Parceiros institucionais convidados
para o Saúde Futuro
Educação
financeira, uma necessidade
O século XX foi para
todos nós o século da evolução técnico-tecnológica.
No atual cenário econômico, advindo das transformações
ocorridas o mercado financeiro, tornou-se algo economicamente mais expressivo
do que um elemento de intermediação entre depósitos
e investimentos. Passou a exercer papel importante na determinação
dos níveis de crescimento de um país, das empresas e mesmo
na composição do patrimônio de cada cidadão.
Se observarmos com atenção,
veremos que há alguns anos atrás, a vida financeira do cidadão
e da cidadã comum, restringia-se ao recebimento do salário,
pagamento de contas diversas, planejamento da aposentadoria e, quando de
um nível econômico maior, as pessoas se preocupavam com os
investimentos.
Na atualidade, o comportamento
é bem diferenciado. Somos levados a nos tornar administradores de
nossas próprias finanças e a gerenciar nossos recursos junto
ao mais diversificado mercado financeiro. Se formos levados a isso, o fazemos
na busca constante de garantir os meios básicos de subsistência.
Tudo que fazemos hoje é na busca da independência financeira
de amanhã. Controlar despesas, poupar, planejar, gastar... Tudo
em busca de uma independência econômica que nos auxilie no
futuro e garanta a qualidade de vida.
Neste sentido, a Educação
Financeira torna-se fundamental. Segundo Cláudia Kodja, graduada
em Administração de Empresas pela Fundação
Getulio Vargas e doutoura em História Econômica pela Universidade
de São Paulo, “se as pessoas desconhecem os conceitos básicos
ligados à poupança e ao crédito estão em enorme
desvantagem e vulneráveis ao risco. A saída é a inclusão
de matérias ligadas à Educação Financeira no
currículo escolar. A atualidade deste tema é evidente, não
apenas em países como o Brasil, que estão iniciando períodos
de experimentação como em estruturas capitalistas dinâmicas”.
Desta maneira, ainda segundo
Kodja, a formalização dos temas relacionados à educação
financeira nos currículos das escolas é uma exigência
dos tempos atuais, devido à importância assumida pelo sistema
financeiro no cotidiano dos cidadãos. Especialmente em países
cujas características de consumo anunciam uma evidente tendência
à gasto e à escassez de poupança.
Em alguns estados do Brasil,
em Escolas Públicas e Particulares, já existe a inclusão
do tema Educação Financeira. Esta inclusão acontece
através de atividades transdisciplinares ou multidisciplinares,
entretanto não existe ainda como componente nas Matrizes
Curriculares. Assim, siglas como Sistema Financeiro Nacional (SFN); Sistema
de Registro Liquidações e Custódia (Selic) e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) farão parte
dos currículos escolares numa ação por decreto, aprovada
pelo governo federal em dezembro de 2011.
Vejo com simpatia esta ação,
pois, segundo a Estratégia Nacional de Educação (Enef)
as Escolas Públicas contarão com aulas de Educação
Financeira incluídas no currículo básico. Mas
é preciso considerar que é necessário ter cautela
e grandes investimentos com a formação continuada dos
profissionais de educação, que necessitarão de
preparo teórico e prático para trabalhar com esta temática
de forma coerente.
É bem verdade que
a responsabilidade dos pais não diminuirá frente a
este processo de orientarem seus filhos a lidar com dinheiro,
sejam crianças, adolescentes e jovens. É na família
que as relações sobre limites, responsabilidades,
planejamento financeiro e a importância de poupar devem se estabelecer.
Sabemos que com planejamento é possível realizar os sonhos
de consumo que são comuns a todas as pessoas. São os pais
os primeiros educadores, a Escola, caberá sistematizar cientificamente
tais conhecimentos. (Márcia Carvalho - Diário
da Manhã)
De
olho nas finanças: Termos mais utilizados
FMI
Fundo Monetário Internacional.
Organização financeira internacional, criada em 1944, que
reúne 184 países para proporcionar assistência financeira
temporária a países em dificuldade.
FUNDING
Volume de recursos disponíveis
para determinada operação financeira.
FUNDO DE INVESTIMENTO
Condomínio de investidores
gerido por uma instituição financeira, que cobra uma taxa
de administração pelo serviço. Há várias
modalidades de fundo. Detalhes sobre elas podem ser obtidos no site da
Anbima.
FUNDO DE PENSÃO
Nome dado às entidades
fechadas de previdência privada. Atendem a empresas (seus funcionários)
ou sindicatos (seus integrantes). Em geral, são fundos mais antigos.
G7
Grupo formado pelos dirigentes
das sete mais importantes potências econômicas que se reúne
para coordenar suas políticas econômicas e monetárias.
Os países que fazem parte do G7 são: Alemanha, Canadá,
Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Devido à sua importância política e militar, a Rússia
foi incluída em 1997 e o grupo passou a adotar a sigla de G8.
G8
Grupo das principais economias
do mundo mais a Rússia.
G20
Grupo formado pelo G7 -as
sete maiores economias do mundo--mais Brasil, Rússia, Argentina,
Austrália, China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul,
México, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.
HEDGE
Mecanismo usado por investidores
(individuais ou fundos) e empresas para se proteger do risco de oscilações
de preços. Por exemplo, se uma empresa tem de pagar uma fatura em
moeda estrangeira no prazo de 60 dias, pode fazer "hedge" comprando essa
moeda hoje para evitar o risco de que, daqui a dois meses, o preço
esteja mais alto, o que elevaria o custo final (em reais) dessa dívida.
(Dicionário Folha)
Vamos
desmistificar os "Investimentos"?
Na hora de investir o seu
dinheiro, o que considerar?
Maioria das pessoas procura
o melhor retorno possível, mas isso deve ser definido em função
do prazo, risco e liquidez do investimento
Depois de muito esforço
e algumas tentativas fracassadas, você finalmente conseguiu estabelecer
o hábito de poupar. Feliz com a conquista, você se sente inseguro
e não sabe ao certo onde investir seu dinheiro. Afinal, o esforço
envolvido foi grande e você teme perder aquilo que conseguiu juntar.
Porém, ao contrário
do que muita gente acredita, não existe uma resposta única
à questão, uma vez que a decisão de onde investir
varia de acordo com o objetivo de cada um de nós.
Qual o seu objetivo de investimento?
Assim, antes de decidir
como investir o seu dinheiro, você precisa ter em mente qual o seu
objetivo: você quer comprar uma casa, pagar seus estudos, garantir
um pé de meia para emergências? É com base em suas
metas que poderá definir, por exemplo, o prazo pelo qual poderá
manter o dinheiro aplicado. Prazo este que terá implicações
sobre o risco e liquidez da sua aplicação.
Como? Simples: quanto mais
tempo (prazo) você tiver para alcançar o seu objetivo, mais
risco pode correr, pois caso venha a sofrer perdas, terá mais tempo
para recuperá-las.
Raciocínio semelhante
permite entender que, quanto maior o prazo, menor a necessidade de liquidez.
Para quem não sabe, a liquidez de uma aplicação é
determinada como sendo o tempo necessário para transformá-la
em dinheiro. Portanto, quando o prazo é longo, você tem mais
tempo para isso, e a necessidade de liquidez é menor.
Que tipo de risco quer correr?
É extremamente difícil
chegar a uma medida de risco que valha para todas as pessoas, já
que cada um encara riscos de uma forma distinta. Podemos usar esportes
para ilustrar isso: para alguns, o mergulho pode parecer extremamente arriscado,
enquanto que para outros é perfeitamente seguro.
Não bastasse isso,
muitas vezes a percepção que o investidor tem de si não
reflete o seu real perfil de risco. Assim, não são raros
os casos de pessoas que se dizem conservadoras, mas que, na prática,
adotam estratégias de investimento excessivamente agressivas, ou
vive-versa.
De maneira geral, pode-se
afirmar que, se você perde o sono com a oscilação de
preço dos seus investimentos, e tem como maior preocupação
a proteção do seu dinheiro, o melhor é optar por aplicações
mais conservadoras, como a renda fixa, por exemplo. Por outro lado, se
você está preparado para as oscilações do mercado
e tem como objetivo fazer o seu dinheiro crescer, provavelmente se interessará
por aplicações mais arriscadas, como é o caso da renda
variável.
Qual a sua situação
financeira e patrimonial?
Porém, ainda que
o seu "apetite" para risco seja importante, ele não é o único
fator a ser considerado na definição do tipo de risco que
você pode correr. Na verdade, o fator mais importante na definição
do risco ao qual você pode se expor é a sua situação
financeira e patrimonial.
E aqui temos em mente não
apenas o quanto você tem disponível para investir, mas também
a forma como aplica o dinheiro que acumulou até o momento (o seu
patrimônio). O valor a ser aplicado é importante, pois algumas
aplicações exigem um valor mínimo de investimento,
ou só se tornam lucrativas a partir de uma determinada quantia investida.
A análise da composição
do seu patrimônio também é importante, porque determina
o grau de liquidez das suas aplicações, o que lhe permite
definir o espaço que possui para correr riscos. Quanto mais líquidas
forem as suas aplicações, maior a sua flexibilidade para
correr alguns riscos extras.
Por outro lado, se você
já tem a maior parte do seu patrimônio investida em ativos
de baixa liquidez, então deve optar por aplicações
mais líquidas e de baixo risco. A lógica aqui é simples:
se você precisar efetuar um resgate de emergência, não
pode ter o dinheiro aplicado em ativos de longo prazo, ou que sofrem forte
oscilação, pois você pode ser forçado a sacar
com desconto ou quando a aplicação acumula perdas.
Que tipo de retorno você
espera?
Quando o assunto é
dinheiro, todos nós temos o mesmo objetivo: fazê-lo crescer
o máximo possível! Exatamente por isso, ao escolher onde
investir o seu dinheiro você não pode analisar exclusivamente
o retorno que a aplicação oferece.
Este é um erro comum
entre os investidores iniciantes. Animados com o bom desempenho do mercado
acionário, alguns investidores colocam todo o seu dinheiro nestas
aplicações, esquecendo-se que se trata de um investimento
com alta volatilidade, indicado para quem investe no longo prazo. Passados
alguns meses, necessitam sacar o dinheiro, são surpreendidos por
um momento de queda da bolsa e forçados a realizar perdas.
Ao tomar esta decisão,
o investidor se esqueceu que o retorno passado de uma aplicação
NÃO pode ser considerado como garantia de rentabilidade futura.
Ainda que não tenha errado ao tentar maximizar o retorno do seu
investimento, sua análise deveria ter considerado apenas aplicações
que se enquadram ao seu objetivo em termos de: valor aplicado, prazo, liquidez
e risco. Somente uma análise dessas variáveis em conjunto
permitirá que você tome uma decisão de investimento
acertada.
Agora que está mais
familiarizado com estes conceitos, é importante que não se
esqueça de diversificar a forma como aplica o seu dinheiro. Desta
forma, você consegue reduzir o risco dos seus investimentos obtendo
a melhor relação de risco e retorno para você (Guia
InfoMoney)
Entendendo
mais sobre Cartão de Crédito
Parcelado Lojista
Forma de parcelamento entre
portador do cartão e o estabelecimento comercial, que recebe o valor
da transação em parcelas mensais. De sua parte o portador
não tem
que arcar com encargos,
ou juros. Vale notar que este parcelamento depende de acordo prévio
entre o estabelecimento e a empresa-bandeira do cartão. Dependendo
do
acordo estabelecido, o parcelamento
pode ser feito em até 12 vezes, sem juros.
Parcerias
Por parcerias entendemos
as empresas que atuam em outras áreas, mas que fazem acordos com
os emissores de cartão para oferecer cartões com a sua marca,
para
tanto os parceiros precisam
oferecer algum tipo de facilidade/diferencial, seja na forma de produto
ou serviço. Dentre as empresas que em geral atuam como parceiros
podemos citar: redes varejistas
(ex. Pão de Açúcar), companhias aéreas e automobilísticas
(ex. Fiat), entidades beneficentes (ex. Instituto Ayrton Senna), etc.
Período de carência
Nos casos de transferência
de saldo de cartão refere-se ao período no qual o emissor
oferece uma taxa mais atrativa ao portador do cartão para que este
consiga quitar a
sua dívida. (Glossário
- InfoMoney)
Poupança favorece
aplicação de pequeno valor
Com uma quantia de 5 mil
reais para investir a gama de possibilidades fica pequena e correr risco
com ela pode ser perigoso, afinal, pode ser que tudo seja perdido em uma
“manobra errada”. O mais indicado, de modo geral, segundo a especialista,
é colocar essa pequena quantia na poupança, pois apesar de
seu baixo rendimento, de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, ele oferece
uma incrível facilidade no manejamento dos recursos, ou seja, você
pode tirar e colocar a qualquer hora, sem burocracia e sem taxas, sem falar
que o investimento também não cobra impostos.
Fundos imobiliários:
queda generalizada dificulta vida do investidor
Quem quiser arriscar deve
conhecer bem os ativos da carteira e não apostar em segmentos
A queda nos fundos de investimento
imobiliário (FIIs) tem sido expressiva – os 111 que têm cotas
negociadas em bolsa fecharam agosto com um valor de mercado 11% menor do
que o patrimônio líquido de suas carteiras. No mesmo mês
do ano passado, o valor de mercado era 10% maior.
Mas o que torna o cenário
mais adverso para o investidor é que ficou mais difícil saber
onde estão os bons e maus negócios nessa indústria.
De janeiro a agosto, o Ifix,
índice da BM&F Bovespa que mede o desempenho dos FIIs negociados
em bolsa, teve queda de 12,6%. Um levantamento feito pela gestora de recursos
Rio Bravo, entretanto, mostra que o recuo não se limitou a alguns
segmentos desse mercado, tendo se espalhado de fundos lastreados em shoppings
a escritórios, passando pelos que possuem carteira diversificada.
Os FIIs de escritórios
– que representam 40% do Ifix – acumularam uma queda média de 13%
do início do ano até meados de agosto, quando termina o levantamento.
O maior tombo, porém, foi entre os de rentabilidade garantida (veja
lista abaixo): 18%. Os FIIs de shoppings perderam 8%.
“Não houve diferença
muito grande [ entre os diversos tipos ], muito embora os shoppings tendem
a sofrer um pouco menos”, afirma João Alberto Domenici, da equipe
de gestão de investimentos da Rio Bravo.
O único segmento
com rentabilidade positiva no ano no levantamento da Rio Bravo foi o dos
fundos lastreados em agências bancárias, com uma alta de 9%
entre janeiro e agosto. Esse segmento tem grande popularidade – o lançamento
do BB Progressivo II (BBPO), em outubro de 2012, fez praticamente dobrar
o número de investidores em FIIs. Ainda assim, no fim do período
o conjunto estava longe do patamar atingido no começo de fevereiro.
(Vitor Sorano e Taís Laporta - Portal iG)
Dicas
para iniciantes acertarem no investimento financeiro
O ‘sucesso’ no mundo dos
investimentos passa pelos estudos, pois é fundamental estar educado
financeiramente antes de correr algum risco.
Investidores de primeira
viagem devem tomar alguns cuidados para não cometer erros típicos
de iniciantes e, assim, perder dinheiro. É o que alertam especialistas
no assunto, que destacam o pensamento no retorno a curto prazo e a concentração
da verba em poucas aplicações como sinônimos de prejuízo
certo.
O ‘sucesso’ no mundo dos
investimentos passa pelos estudos, pois é fundamental estar educado
financeiramente antes de correr algum risco. É o que aconselha o
gerente de câmbio da TOV Corretora, Irlandes Braga. “Relatórios,
textos sobre grandes investidores, livros de análise fundamentalista,
relatórios anuais das empresas listadas na Bolsa de Valores são
algumas das recomendações que faço para quem está
iniciando no universo de aplicações financeiras”, destaca
o executivo.
O agente autônomo
de investimentos da Ação Investimentos, Gustavo Tapajós,
também afirma que é preciso conhecer o perfil e os riscos
dos produtos antes de aplicar algum dinheiro, seja em bolsa de valores
ou qualquer outro título arriscado. “A partir do momento que conhece
o risco de um produto, como renda variável, por exemplo, o investidor
diminui a possibilidade de perda, pois saberá a estratégia
que vai operar, o máximo que pode perder e o momento de sair”, afirma.
Não diversificar
a carteira de investimentos também pode ser um problema. “No momento
atual de alta do dólar, o investidor doméstico deve pulverizar
as aplicações em médio e curto prazo na renda fixa
e poupança, até que realmente haja definições
na economia norte-americana”, explica Irlandes Braga. O gerente de câmbio
explica que, com a alta do dólar, há uma fuga do capital
estrangeiro para mercados mais seguros, o que impacta na Bolsa de Valores.
Atualmente, o investimento
mais rentável é o próprio dólar, avalia Gustavo
Tapajós. “Na Bolsa, há algumas empresas nacionais que se
beneficiam, como a Vale, pois o minério de ferro é vendido
em dólar para o exterior”, explica. Segundo o agente de investimentos,
o setor primário e as grandes exportadoras são os principais
beneficiados com a moeda americana em alta.
Já os mercados que
dependem do consumo, como as grande redes varejistas, são as que
mais sofrem, avalia Tapajós. “Além do dólar, a alta
da inflação também impacta na economia com a queda
do consumo”, ressalta.
Opções de
longo prazo pedem 'paciência' de até 20 anos
Para quem quer assegurar
a vida financeira de um filho ou mesmo já pensa na aposentadoria,
há muitas opções de investimentos a longo prazo que
podem trazer gratas surpresas em períodos como 20 anos, destacam
especialistas.
Em simulação
realizada pelo Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon), uma
família com renda mensal de R$ 3 mil que depositar mensalmente 10%
dos rendimentos, ou R$ 300, na caderneta de poupança, terá
acumulado R$ 115 mil após 20 anos.
“Se a mesma quantia for
aplicada em investimentos como renda fixa ou ações da Bolsa
de Valores, esse valor final pode triplicar”, afirma o presidente do Corecon/AM,
Marcus Evangelista.
O economista recomenda que
o investidor busque um consultor financeiro para auxiliar nas aplicações
de acordo com a capacidade financeira e objetivos da família.
Em um ponto, os especialistas
são categóricos, o importante é diversificar e não
deixar as economias concentradas em uma única aplicação.
Ranking
O melhor investimento de
agosto deste ano continuou sendo o ouro, seguido do dólar e da Bolsa
de Valores. A poupança e os fundos de renda fixa estiveram na parte
intermediária da tabela, com o rendimento básico atrelado
à taxa básica de juros (Selic). (Beatriz Gomes - Portal DM
24)
Os
cinco erros mais comuns cometidos por investidores
Você confiaria sua
saúde a um médico que obteve o diploma através de
um curso por correspondência? Não se preocupe em responder
essa questão absurda, pois ela é apenas uma forma de comparação
com a realidade de muitos investidores - os que acham que um pouco de estudo
é suficiente para exercer com eficiência a arte de investir.
O processo de aprendizado
de quem almeja investir com segurança deve ser semelhante ao de
um processo de graduação. Não é somente a leitura
de alguns livros e a participação em uma palestra ou curso
introdutório que o deixará capacitado.
Separei cinco erros que
reparo no dia a dia dos investidores. Alguns chegam até a ser óbvios,
mas nem por isso menos importantes.
1) Cuidado com o perfil
da operação e o controle do tempo
Imagine um investidor que
monta uma operação complexa, que necessita de uma atenção
maior. Mas ele trabalha o dia todo e não tem condições
de acompanhar o mercado em tempo integral. São grandes as chances
de ele não conseguir alcançar seu objetivo. Antes de adotar
estratégias mais agressivas, é preciso saber qual é
sua disponibilidade de tempo para a operação.
2) Escolha de ativos
A pergunta clássica
de muitos investidores: que ativos eu devo comprar? A resposta é
muito simples: priorize a segurança e fuja dos micos. Com exceção
de alguns poucos que, uma vez ou outra, conseguem fazer pequenas fortunas
com operações arriscadíssimas, a tendência de
quem opera micos é se dar mal.
Aquele amigo seu que diz
ter ganhado horrores com a MICO3, nunca vai dizer o quanto ele perdeu com
a MICO4. E pode ter certeza de que não foi pouco!
O melhor a fazer é
focar nas "blue chips". Pode ter certeza que a tarefa será infinitamente
mais controlável e previsível.
3) Montagem da operação
Erros durante a montagem
da operação são muito comuns. A boa notícia
é que são fáceis de evitar. Ao responder as seguintes
questões pode-se, tranquilamente, bloquear todas as possibilidades
de cometer um grande equívoco.
- Você vai comprar
a ação a quanto?
- Já sabe onde vai
posicionar o "stop loss" e o "stop gain"?
- Sabe explicar por que
montou a operação dessa forma?
Quando tem essas respostas
em mente o investidor deixa de ser um "torcedor" e dá o primeiro
passo para chegar ao nível da estratégia. É claro
que as perguntas não vão fazer com que as perdas acabem.
Mas quando tiver que assumir um prejuízo, será algo já
dentro de um limite estipulado. Ou seja, nada de emoção descontrolada.
Importante lembrar que o
investidor precisa ser fiel à sua estratégia. Ou seja, a
partir do momento em que tem as respostas para as três perguntas,
precisa ir com elas até o fim.
4) Gerenciamento de risco
Uma tática muito
utilizada pelos estrategistas é analisar o "beta" do ativo antes
de operar. O "beta" é uma simples e eficiente forma de gerenciamento
de risco que aponta o comportamento do papel em relação ao
Ibovespa. Um ativo de "beta" igual a quatro, por exemplo, andará
4 vezes mais que o Ibovespa - para cima ou para baixo. Fique atento a esse
indicador para evitar surpresas.
Mas a lição
sobre gerenciamento de risco que fica é que na bolsa não
existe quem não perca dinheiro, mas quem ganha mais do que perde.
Esse investidor está sempre preocupado em montar uma operação
de acordo com os caminhos apresentados para evitar os três erros
anteriores.
5) Não acompanhar
as operações de forma irracional
A linha entre a racionalidade
e a emoção é tênue e de mão única.
Uma vez feita uma bobagem não resta outra alternativa a não
ser assumir o prejuízo. É nesse momento que surgem os "investidores"
que abandonam a bolsa e passam a chamá-la de cassino.
As histórias de gente
que quebrou investindo em ações existem, claro. Mas você
pode ter certeza de que essas pessoas entraram no mercado pela porta dos
fundos: com CPF, RG e nenhum (ou pouco) conhecimento. Para elas, a infinita
estrada do aprendizado foi uma mera ruela - e sem saída.
A lição é
que deixar de investir na bolsa é perder uma grande oportunidade.
Quando o investidor segue o caminho certo (apresentado aqui em resumo),
certamente terá um bom retorno, pois fez a blindagem emocional e
ficou apto a acompanhar seus investimentos de forma absolutamente racional.
(Marcelo Coutinho)
Você
sabia? Termos do Mercado
Empresa Constituidora (patrocinadora)
Termo que denomina as empresas
que propõe a contratação de planos coletivos de previdência
e que participam total, ou parcialmente, do custeio das contribuições
ao plano. A empresa fica investida de poderes de representação
exclusivos para a contratação do seguro.
Empresa Júnior
Empresa criada dentro de
faculdade, universidade ou escola técnica, constituída por
alunos orientados por professores para a realização de atividades
empresariais contratadas por clientes reais. Ao oferecerem serviços
de consultoria e assistência gratuitos (ou a custos muito baixos),
estas empresas ajudam no desenvolvimento das micro e pequenas empresas
do país
Encargos Contratuais
Termo genérico usado
para designar os encargos cobrados pelo emissor, que incluem além
do custo do financiamento, a remuneração de administração
do financiamento e da garantia. Cobrados em geral na forma de um percentual
sobre a dívida acumulada pelo crédito rotativo, estes encargos
só são devidos a partir do dia seguinte ao do vencimento
da fatura. Na fatura mensal, vêm discriminados os Encargos Contratuais
do Período e os Encargos Máximos para o Próximo Período.
Dessa forma, é possível o titular saber antecipadamente o
percentual máximo que irá pagar, caso decida financiar suas
compras
Endividamento
Ocorre quando a pessoa,
ou empresa, pega emprestado o dinheiro que necessita. Neste caso, é
importante ficar atento aos juros que serão cobrados por quem empresta
e a capacidade de pagamento de quem está pegando o dinheiro emprestado.
No caso de pessoas físicas, é recomendável que as
parcelas dos empréstimos tomados nunca ultrapassem 25% da renda
mensal familiar, para que as finanças não saiam do controle
(Glossário - InfoMoney)
De Olho
no SUS: Atendimento
Medicamento Fracionado
Medicamentos fracionados
são remédios fabricados em embalagens especiais e vendidos
na medida exata que você precisa. Por exemplo, se você precisa
tomar 4 comprimidos, não precisa mais comprar a caixa com 6. Agora,
as farmácias e as drogarias de todo o Brasil poderão oferecer
remédios na quantidade exata que seu médico recomendou.
Benefícios
Comprando medicamentos fracionados:
- Você compra remédios
apenas na quantidade que precisa;
- Você economiza no
tratamento;
- Você evita os riscos
de intoxicação pelo consumo das sobras de medicamentos estocados
em casa;
- Você e o Brasil
reduzem desperdício.
Lista de medicamentos fracionados
Vários remédios
já são vendidos fracionados. Você encontra antibióticos,
expectorantes, anti-hipertensivos, diuréticos, inibidores de alfa-redutase,
antilipêmicos e antiulcerosos.E, em breve, muitos outros poderão
ser comprados em frações. Medicamentos que não exigem
receita, também poderão ser fracionados.
Veja relação
no link
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/4f4d620047457f218abede3fbc4c6735/tabela+SITE_240211.pdf?MOD=AJPERES
Benefícios
Comprando medicamentos fracionados:
- Você compra remédios
apenas na quantidade que precisa;
- Você economiza no
tratamento;
- Você evita os riscos
de intoxicação pelo consumo das sobras de medicamentos estocados
em casa;
- Você e o Brasil
reduzem desperdício.
Como comprar?
Para comprar medicamento
fracionado, basta apresentar a receita em uma drogaria ou farmácia
habilitada. O remédio será fracionado sob supervisão
e responsabilidade do farmacêutico. (Portal da Saúde)
O que
acontece no SUS
Pesquisa
vai avaliar uso de medicamentos no Brasil
Pesquisa
Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção
do Uso Racional de Medicamentos mostrará como o brasileiro
consome remédios e o acesso à política de assistência
farmacêutica naAtenção Básica
O
Ministério da Saúde lançou na quinta-feira (19) uma
pesquisa inédita no país sobre o acesso da população
a medicamentos. A Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização
e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) vai entrevistar,
a partir de segunda-feira, 38,4 mil pessoas, em 245 municípios brasileiros,
sobre temas como o uso de remédios, acesso aos produtos no Sistema
Único de Saúde (SUS), uso racional de medicamentos e a automedicação.
O público entrevistado será dividido por gênero, escolaridade
e em sete faixas etárias - desde crianças a idosos. As informações
serão transmitidas em tempo real por tablets e a previsão
é que, no início de 2014, os dados do inquérito estejam
finalizados.
Para
o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, os resultados da
pesquisa vão possibilitar conhecer os hábitos da população
e possibilitar o uso racional de medicamentos. Só nos últimos
cinco anos, houve quase 60 mil internações por intoxicação
medicamentosa. “A pesquisa vai oferecer um diagnóstico sobre a relação
da população com o remédio e mostrar o que ainda podemos
melhorar. Já aumentamos a oferta de remédios e o orçamento
para a compra de medicamentos subiu quase seis vezes nos últimos
dez anos. Queremos garantir que toda a população saiba que
o tratamento está à disposição e como fazê-lo
da forma mais segura possível”, afirmou.
Ainda
segundo Gadelha, o medicamento é um bem somente se for usado de
forma adequada. “Queremos mostrar para as pessoas que a saúde
é composta por uma série de bons hábitos, desde uma
boa alimentação a prática regular de exercícios.
Precisamos evitar que o brasileiro continue com esta ideia de que somente
o medicamento que traz saúde e a qualidade de vida. A saúde
é um conjunto de ações”, destacou o secretário.
APURAÇÃO
– Os 140 entrevistadores estarão em campo nesta segunda-feira (23)
para coletar os dados que serão analisados por professores-pesquisadores
de 12 instituições parceiras do Ministério: Universidades
Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), Minas Gerais (UFMG), Ceará
(UFC), Brasília (UnB), Santa Catarina (UFSC), Bahia (UFBA), São
Paulo (Unifesp), Pelotas (UFPel) e Campinas (Unicamp), Faculdade de Medicina
da Santa Casa de São Paulo, Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A
coordenação dos trabalhos será de responsabilidade
das Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Minas Gerais
(UFMG). “É muito importante as universidades estarem trabalhando
junto com o Ministério da Saúde para a melhoria do Sistema
Único de Saúde, o SUS”, disse o vice-reitor da UFRGS, Rui
Oppermann.
A
pesquisa também vai revelar como ocorre o acesso a esses produtos
no SUS, pelo programa Farmácia Popular e pelas drogarias privadas;
se as pessoas seguem as prescrições médicas e se persistem
no tratamento com medicamentos; se há variação no
acesso aos remédios de acordo com condições sociais,
econômicas e demográficas; e a avaliação dos
serviços de assistência farmacêutica na Atenção
Básica e uso racional de medicamentos da população.
O
levantamento vai contar um investimento de R$ 9,4 milhões e vai
mostrar como é a utilização dos medicamentos para
as doenças mais comuns e para as doenças crônicas.
ENTREVISTA
- A pesquisa será dividida em duas etapas. A primeira, que começa
na próxima semana, será realizada nos domicílios dos
26 estados e no Distrito Federal. Os entrevistadores, identificados com
crachás e com a carta de apresentação do Ministério
da Saúde, vão questionar sobre os hábitos e, inclusive,
verificar quais os medicamentos que a população possui em
casa.
O
questionário será respondido em um tablet e, em caso de haver
conexão 3G no município, será transmitido em tempo
real para o instituto de pesquisa. Quando esse tipo de conexão não
estiver disponível, o entrevistador enviará os dados assim
que tiver acesso à internet.
A
segunda parte da PNAUM será a aplicação de questionário
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos locais de entrega
dos medicamentos nesses serviços. Nesta etapa, secretários
de saúde, coordenadores municipais da assistência farmacêutica,
responsáveis pela distribuição de medicamentos nas
farmácias ligadas ao SUS, médicos e usuários também
serão entrevistados. O enfoque será o funcionamento dos serviços
de assistência farmacêutica. (Agência Saúde)
Por
dentro dos planos de saúde
Garantia de atendimento
aos consumidores de planos de saúde nos prazos previstos em lei
A Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) publicou a resolução normativa
RN nº 259 que define prazos máximos para o atendimento dos
consumidores pelos planos de saúde
Confira os prazos para ser
atendido por seu plano de saúde no link
http://www.ans.gov.br//index.php/aans/central-de-atendimento/
index.php/945-tempo-de-atendimento-a-norma-ainda-nao-esta-em-vigor
Médicos, hospitais,
laboratórios e clínicas NÃO são obrigados a
obedecer os prazos para atendimento estabelecidos pela ANS
Quem deve respeitar esses
prazos é a operadora de planos de saúde. Isso significa garantir
acesso a PELO MENOS UM prestador de serviço de saúde habilitado
para prestar o atendimento solicitado no prazo legal, e não necessariamente
a um profissional ou estabelecimento de saúde específico
escolhido por você. Portanto, se o profissional de saúde ou
a clínica, laboratório ou hospital de sua escolha não
puder atendê-lo dentro do prazo estipulado pela ANS, e for seu desejo
ser atendido somente por este profissional ou estabelecimento, você
deve aguardar o período estipulado por ele. Caso você abra
mão de ser atendido por este prestador de serviço de saúde,
a operadora do seu plano deverá indicar outro profissional ou estabelecimento
de saúde para realizar o atendimento dentro do prazo definido na
norma. Para isso, o plano deve oferecer um número de profissionais
e serviços coerente com o perfil e a quantidade de seus beneficiários.
Além disso, a operadora que comercializa o plano deve planejar a
expansão de sua rede conveniada de forma a atendê-los. A norma,
portanto, não interfere na autonomia do médico ou de qualquer
outro profissional de saúde quanto à marcação
de consulta e ao gerenciamento de sua agenda.
E se o plano não
me atender no prazo, o que devo fazer?
Caso não consiga
agendar o atendimento que precisa, inicialmente, você deve entrar
em contato com a operadora de seu plano de saúde e solicitar que
ela efetue o agendamento. A operadora deverá fornecer um número
de protocolo e providenciar o atendimento. A norma prevê inclusive
alguns casos que envolvem o custeio por parte da operadora do transporte
do paciente ou reembolso.
Feito isso, caso mesmo assim
a operadora não efetue o agendamento dentro do prazo estabelecido
pela norma, você pode fazer uma denúncia à Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por um dos seguintes canais:
Disque ANS, tel. 0800 701 9656, de 2ª a 6ª feira, exceto feriados
nacionais, das 8h às 20h; formulário de atendimento disponível
para reclamação à direita, nesta página; ou
pessoalmente, em um dos 12 Núcleos da ANS existentes em todas as
regiões do país. (Central de Atendimento da ANS)
Plano
de saúde: Entendendo os conceitos
DLP – Doenças ou
Lesões Preexistentes – Sigla usada pelasoperadoras de saúde
e o setor de saúde suplementar paraidentificar as doenças
ou lesões das quais os beneficiáriosde planos já são
portadores antes da contratação do plano.
Doença Transmissível
– É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico,
ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão
desse agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectados; ou
de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou
indiretamente, por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza
vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado. Sinônimo:
doença infecciosa.
DST – Doenças Sexualmente
Transmissíveis. Exemplos: gonorreia, sífilis, HPV, herpes
genital.
Economia da Saúdee
– Refere-se aos estudos sobre gasto e financiamento em saúde, alocação
e utilização de recursos, avaliação econômica
(análise custo–efetividade e custo–benefício) de programas,
procedimentos, intervenções e políticas públicas,
eficiência e custos na prestação de serviços,
análise da demanda e utilização de serviços,
processos de reforma setorial, organização dos serviços
e modalidades de pagamento, análise de funcionamento e das falhas
de mercado no setor saúde.
Eficácia em Saúde
– Resultados ou consequências de um tratamento, medicamento, tecnologia
ou programa de saúde de um ponto de vista estritamente técnico
ou numa situação de utilização ideal. É
a capacidade de produzir o efeito desejado.
Eficiência em Saúde
– Relação entre os recursos utilizados e os resultados obtidos
em determinada atividade.
A produção
eficiente é aquela que maximiza os resultados obtidos com um dado
nível de recursos ou minimiza os recursos necessários para
obter determinado resultado. É a relação entre o impacto
real e os custos de produção. (Dicionário de
Termos Técnicos ABRAMGE)
Legislação:
O que trata de que?
Regulamentação
- Documentos Gerais
(Informe Semanal)
PORTARIA CONJUNTA Nº
2 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA Dispondo sobre parcelamento de
débitos para com a Fazenda Nacional, de que trata a Medida Provisória
nº 303, de 29 de junho de 2006
http://www.abramge.com.br/Regulamentacao/17_pc2_mf_06.doc
RESOLUÇÃO
Nº 36 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA RESOLUÇÃO
Nº 36 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA, de 19/07/2006, dispondo sobre
o desligamento do Programa de Recuperação Fiscal - REFIS
para fins de pagamento ou de parcelamento de débitos nos termos
dos arts. 1º, 8º e 9º da Medida Provisória nº
303, de 29 de junho de 2006.
http://www.abramge.com.br/Regulamentacao/18_r36_mf_06.doc
RESOLUÇÃO
DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC DA ANVISA Nº 93 RESOLUÇÃO
DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC DA ANVISA Nº 93, de 26/05/2006, dispondo
sobre o Manual Brasileiro de Acreditação de Organizações
Prestadoras de Serviços de Saúde e as Normas para o Processo
de Avaliação
http://www.abramge.com.br/Regulamentacao/19_rdc93_2006.doc
RESOLUÇÃO
Nº 06 DO CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA
RESOLUÇÃO Nº 06 DO CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS
EM RADIOLOGIA, de 31/05/2006, dispondo sobre a Reformulação
do Código de Ética dos Profissionais das Técnicas
Radiológicas. Revoga a Resolução CONTER nº 01,
de 02/12/1987 e seu anexo.
http://www.abramge.com.br/Regulamentacao/20_cntr_6.doc
(Regulamentações - ABRAMGE)
Informes
sobre Saúde Suplementar
Destaques
do sistema
(Informe Semanal)
Justiça
admite extensão de plano médico a ex-empregado
Atualmente,
a legislação garante tanto ao empregado demitido sem justa
causa bem como ao aposentado que mantenham os planos de saúde empresariais
após o seu desligamento, desde que assumam o pagamento integral
das mensalidades.
A
condição imposta pela lei para usufruir deste benefício
é de que o ex-empregado tenha contribuído com o pagamento
das mensalidades. No caso do empregado demitido sem justa causa, este poderá
permanecer no plano empresarial por um período mínimo de
seis meses e máximo de 24 meses contados a partir do seu desligamento.
Quanto ao aposentado, se esta contribuição se deu por período
superior a dez anos, lhe é garantido o direito de permanecer no
plano por período indeterminado.
No
entanto, uma questão que vem ganhando grande relevância diz
respeito à noção do que se considera "contribuição"
para fins de garantia do direito previsto em lei e como interpretar o direito
do ex-empregado (demitido ou aposentado) que goza de planos de saúde
custeados integralmente pelo empregador, sem desconto fixo em folha do
empregado ou, no máximo, arcam com a chamada coparticipação
apenas quando da efetiva realização de exames, consultas
e procedimentos.
Os
planos e seguros saúde, de modo geral, buscam desqualificar quaisquer
descontos pagos pelos beneficiários fazendo contraposição
entre a expressão “contribuição” e “coparticipação”,
se amparando na disposição do § 6º, do artigo 30,
da Lei 9.656/98, segundo o qual: “(...) nos planos coletivos custeados
integralmente pela empresa, não é considerada contribuição
a coparticipação do consumidor, única e exclusivamente,
em procedimentos, como fator de moderação, na utilização
dos serviços de assistência médica ou hospitalar”.
Vale
dizer, os planos e seguros saúde sustentam que a própria
lei lhes daria respaldo para negar aos ex-empregados (demitidos ou aposentados)
a manutenção dos contratos quando os mesmos sejam custeados
integralmente pelo empregador ou, alegam ainda, que eventual coparticipação
não tem a natureza de "contribuição" para justificar
a garantia de extensão do contrato prevista em lei.
Contudo,
esta linha de raciocínio não tem prevalecido no Judiciário.
O
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por exemplo,
tem reiteradamente decidido que o custeio integral do serviço de
saúde pelo empregador não afasta o entendimento de que o
empregado também contribuiu, ainda que indiretamente, pois se trata
de prestação in natura que integra a remuneração.
Por
ocasião do julgamento da Apelação 0025375-44.2010.8.26.0554,
se assentou que “(...) o sistema de coparticipação não
deixa de configurar a contraprestação, logo não desnaturando
as exigências do artigo 31 da Lei 9.656/98, isso porque houve o efetivo
pagamento pelo apelante por mais de dez anos, para que posteriormente tivesse
direito à manutenção do seu plano de saúde.
Ademais, ainda que assim não fosse, a contribuição
existe, na medida em que o segurado recebia o benefício como forma
de salário indireto”.
Também
quando do julgamento da Apelação Cível 301.610-4/3-
00, decidiu a Corte Paulista que: “A exceção excludente,
na interpretação dada pela apelante ao § 6º do
art. 30, aplicável ao artigo 31, todos da Lei 9.656/98. A falta
de clareza na redação do parágrafo invocado, por si,
já beneficia o consumidor, que, por força da norma protetiva
do Código de Defesa do Consumidor, não pode ter contra si
a interpretação de textos legais. Se se aceitar a argumentação
do apelante, ter-se-á que aceitar a inutilidade quase total do ‘caput’,
já que nenhum aposentado poderia gozar da continuação
se não houvesse pago a prestação juntamente com o
empregador. E como a grande maioria é subsidiada exclusivamente
pela empresa o aposentado ficaria à míngua de qualquer assistência
médica na velhice e depois de ter contribuído, direta ou
indiretamente, ao longo da vida toda. Afirma-se que direta ou indiretamente
o aposentado contribuiu enquanto empregado porque já se decidiu
que o plano de saúde oferecido pela empregadora nada mais é
do que o pagamento salarial indireto, a justificar a conclusão de
que o empregado não contribuiu diretamente, mas o fez indiretamente
porque a contribuição integrava o seu salário” (destacamos).
Nessa
mesma linha de raciocínio, assentou ainda “(....) ser irrelevante
o fato de a ex-empregadora arcar com a totalidade do valor do plano de
seus empregados, os quais, quando muito, apenas suportariam com parcela
simbólica do prêmio, já que tal subsídio assume
o caráter de salário indireto” (Apelação 0024447-39.2011.8.26.0011).
Como
se vê, o Judiciário vem interpretando de forma extensiva a
palavra “contribuição”, para admitir como tal tanto o pagamento
direto, feito pelo empregado mediante desconto em folha de pagamento, quanto
à contribuição indireta, caracterizando-se esta segunda
modalidade na hipótese de o empregador arcar integralmente com o
pagamento do plano de saúde como forma indireta de remuneração
para o empregado (salário indireto), motivo pelo qual um mero jogo
de palavras calcado no §6º, do artigo 30, da Lei 9.656/98 não
pode obstar a manutenção pelos ex-empregados (demitidos ou
aposentados) dos planos de saúde de que eventualmente tenham usufruído
durante a vigência do contrato de trabalho.
Portanto,
diante da negativa de planos ou seguros saúde em manterem a extensão
do contrato ao ex-empregado (demitido ou aposentado), cabe recorrer ao
Judiciário para garantir tal direito.
Luciano
Correia Bueno Brandão é advogado titular do Escritório
Bueno Brandão Advocacia, especializado em Direito à Saúde.
Membro da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP)
e membro efetivo da Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde
e Assistência Médica da OAB, secção São
Paulo. (Luciano Correia Bueno Brandão - Consultor Jurídic)
Planos
devolveram volume recorde ao SUS
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou durante sessão
temática do Senado sobre financiamento da saúde, o volume
recorde de ressarcimento das operadoras de plano de saúde ao Sistema
Único de Saúde (SUS).
Até
agosto deste ano, os planos de saúde devolveram R$ 84,8 milhões
ao SUS. O montante já é maior que os ressarcimentos anuais
registrados desde 2000 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS).
Segundo
o ministro, estimativas indicam que mais de 50 milhões de brasileiros,
que têm planos de saúde, utilizam o SUS, seja nas ações
de atenção, de vigilância, vacinação
e prevenção. Somente nos últimos dois anos, foram
ressarcidos R$ 154,4 milhões, maior valor desde quando foi criada
a ANS, em 2000. De 2001 a 2010, o valor do ressarcimento foi de R$ 92,14
milhões.
“As
pessoas com planos de saúde têm direito a utilizar o SUS,
e a lei também nos autoriza a buscar o ressarcimento destes atendimentos.
Para isso, realizamos mudanças na área da gestão,
melhorando o controle com o número do cartão SUS e com utilização
de ferramentas de tecnologia da informação”, explicou Padilha.
Segundo ele, estas medidas contribuíram para a recuperação
destes recursos.
Durante
a sessão, o ministro lembrou que nenhum país com mais de
100 milhões de habitantes tem um sistema público universal
e gratuito, desafio construído pelo Congresso Nacional por meio
da reforma constitucional de 1988. No entanto, reforçou que, para
garantir saúde pública universal e gratuita para os cerca
de 200 milhões de brasileiros, é preciso pensar numa fonte
de recursos permanente e estável para o setor.
EMENDA-
O ministro elogiou a regulamentação da Emenda Constitucional
29, destacando que a União deve aplicar na saúde o valor
empenhado no ano anterior, mais a variação nominal do PIB.
Já os estados e o Distrito Federal devem investir 12% de sua receita,
enquanto os municípios 15%, no mínimo. “Este foi um ganho
importante para a saúde porque determinou o que são ações
e serviços, estabelecendo, como regra permanente, que todos os três
níveis de Governo terão que cumprir enquanto esta regulamentação
existir”, observou o ministro.
A
sessão contou com as participações da ministra do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e do presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL). Também participaram das discussões,
o presidente e o relator da Comissão de Financiamento do Sistema
de Saúde do Brasil, respectivamente senadores Vital do Rêgo
e Humberto Costa (PT-PE); além dos presidentes do Conselho Nacional
de Saúde, Maria do Socorro de Souza, e do Movimento Saúde
+ 10, Ronald Ferreira dos Santos.
A
ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior,
também reconheceu a necessidade de ampliar o financiamento da Saúde.
“Uma coisa nos une: a necessidade de melhorar a prestação
dos serviços de saúde. Isso passa por gestão e por
ampliação do financiamento da saúde. Precisamos achar
o caminho possível, no curto, no médio e no longo prazo”,
frisou a ministra, destacando a importância de debates para que este
caminho seja encontrado.
RESSARCIMENTO
- Os atendimentos realizados na rede pública de saúde geram
um conjunto de Autorização de Internação Hospitalar
(AIH) trimestral. As AIH são enviadas para a ANS, que faz a comparação
com seu cadastro de beneficiários. Os atendimentos de beneficiários
de plano de saúde, realizados na rede pública, geram uma
cobrança, por parte da ANS, para as operadoras. Os pagamentos efetuados
para à Agência são repassados ao Fundo Nacional de
Saúde (FNS). (CBN Notícias)
Artigos
sobre Planos de Saúde
(Informe Semanal)
Aposta na Justiça
para barrar planos
ANS quer prosseguir com
suspensão de venda de 212 convênios
Apenas 10% dos planos satisfazem
consumidor
Presidente da Agência
Nacional de Saúde diz que atendimento das operadoras ainda deixa
a desejar. Por isso, afirma que o órgão não descansará
enquanto não convencer a Justiça de que a suspensão
das más prestadoras de serviços é importante para
garantir a qualidade
Em meio à batalha
judicial iniciada pelos grandes planos de saúde para reverter as
punições que suspendem a venda de convênios no país,
o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
André Longo, diz que o órgão brigará na Justiça,
sem trégua, para manter o atual método de cálculo
e avaliação das infrações. A intenção
é prosseguir com a suspensão da venda de 212 planos de 21
operadoras, que não conseguiram atender seus consumidores dentro
de prazos estabelecidos pela legislação e acumulam reclamações
como a negativa de cobertura. A medida está sub judice, o que prejudica
os consumidores, que continuam comprando planos de péssima qualidade
e, pior, pagando caro. “Podemos e devemos reverter esse processo na Justiça”,
sustenta o executivo.
Para ele, processos para
melhorar a qualidade dos convênios estão sendo intensificados.
Nos próximos dias, a ANS divulgará o resultado de projeto
piloto que mede a satisfação dos consumidores com seus convênios
médicos. O levantamento revela que, das 89 operadoras que participaram
do processo, apenas nove conseguiram ficar na faixa de maior satisfação
do consumidor. Ou seja, apenas 10% entregam plenamente o que prometem.
A agência também divulgará um mapeamento sobre a oferta
de planos individuais e familiares no mercado nacional, já que esse
segmento — ao contrário dos contratos coletivos — tem preços
controlados e vem sendo alvo de desinteresse das empresas que estão
deixando de comercializar o produto. O caso mais recente de saída
desse mercado foi a Golden Cross, que repassou todos os cliente individuais
para a Unimed-Rio. A intenção é mostrar que a oferta
está firme. “Não há desabastecimento”, defende Longo.
Veja, a seguir, os principais
trechos da entrevista.
Operadoras de grande porte,
entre elas, a Amil e a Sul América, recorreram à Justiça
pedindo a revisão do modelo de cálculo utilizado pela ANS
para suspender a venda de planos de saúde. A agência pretende
mudar essa fórmula?
Não. Podemos e devemos
reverter esse processo na Justiça. É preciso dizer que esse
é um modelo que aposta no protagonismo do consumidor. É o
usuário que informa à agência quando as regras não
são cumpridas, tanto os prazos para atendimento quanto a negativa
de cobertura. Esse modelo foi discutido com o setor antes de entrar em
vigor. O que ocorre é que ele criou uma dificuldade para as operadoras,
mas é um monitoramento muito importante para garantir que o consumidor
tenha o que contratou. A judicialização desse processo nos
preocupa, porque pode gerar uma instabilidade, afetando a mediação
de conflitos que hoje atingem quatro a cada cinco demandas que chegam à
agência. O monitoramento é para todos, pequenos e grandes,
mas colocou duas grandes operadoras em evidência. Todos precisam
ampliar seus esforços para atender a demanda de seus clientes. A
suspensão atinge aqueles que são reincidentes na falha.
Qual o ponto de maior conflito
no modelo de cálculo?
As operadoras têm
prazo para responder e enviar documentos à agência. Mas, muitas
vezes, as respostas são imprecisas, sem clareza. As empresas alegam
que, mesmo com essas falhas, as reclamações não poderiam
ser computadas no índice da ANS. Esse é um dos pontos que
estão sendo discutidos judicialmente. É importante deixar
claro que isso é muito ruim, pois deve haver um estímulo
para que as respostas ocorram de forma adequada.
A ANS realizou projeto piloto
para medir a satisfação do brasileiro com a sua operadora.
Quais foram as respostas
desse programa?
Vamos anunciar esses resultados
com detalhes nos próximos dias. Participaram do monitoramento piloto
89 operadoras, que representam mais de 17 milhões de usuários.
Foram realizadas mais de 60 mil entrevistas. Nove empresas estão
no maior patamar, de muita satisfação do consumidor, as outras
ficaram na faixa da satisfação.
No passado, a ANS já
considerou autorizar índices de reajustes maiores ou menores, de
acordo com
a qualidade do serviço
prestado pela operadora. Essa proposta ainda permanece?
Estamos investindo para
acelerar os processo de qualidade, para depois pensarmos em colocar os
resultados para influenciar os preços dos planos. Hoje, o consumidor
já pode avaliar a qualidade da operadora para exercer a portabilidade
(levar o convênio para outra empresa). O índice de reclamações
é um bom indicador para medir essa satisfação do usuário.
No último índice, de agosto, por exemplo, entre as operadoras
mais reclamadas, 12 estão com medida cautelar e sete operadoras
de grande porte estão suspensas.
Em qual medida o rol de
novos procedimentos que entra em vigor em 2014, incluindo coberturas como
medicamentos para câncer, vai repercutir no índice de reajuste
dos planos de saúde?
Vamos avaliar essas repercussões
ao longo do ano de 2014, para compor o índice de aumento de 2015.
O último rol teve um impacto próximo a 1%. O maior efeito
virá da inclusão de medicamentos para o câncer, mas,
em muitos casos, o que ocorrerá é a substituição
de drogas venosas pelo medicamento oral, além da redução
dos gastos com internações. Operadoras que já trabalham
com os medicamentos estimam os gastos em reais por usuário/ano.
O impacto não deve ser muito maior que o do último rol.
Qual o futuro dos planos
individuais?
Especialistas apontam que,
após 2020, as mensalidades terão os
preços insuportáveis
para o consumidor, e a longevidade do brasileiro vai pesar nos custos da
carteira.
O que preocupa o setor é
a sustentabilidade, o alto custo da tecnologia e o pacto intergeracional.
Em 2030, a população brasileira com mais de 60 anos vai duplicar
e, em 2050, triplicar. No ano de 2023, triplicará, também,
a população com mais de 80 anos. Nessa faixa etária,
reduz-se a capacidade de pagamento do consumidor. Nesse caso, o que precisamos
fazer é reforçar o modelo de assistência e de prevenção.
Estamos aguardando que a Susep (Superintendência de Seguros Privados)
autorize a oferta de um produto (VGBL) aos usuários de planos de
saúde. Uma espécie de poupança que serviria para arcar
com as mensalidades após os 60 anos. O que ainda está em
estudo é o grau de isenção fiscal desse produto, que
poderá ser portado pelo consumidor quando ele mudar de operadora.
Muitas operadoras já
deixaram de comercializar planos individuais, que têm reajustes controlados
pela ANS, priorizando os planos coletivos, com maior liberdade para aumento
de preços. Já existe desabastecimento no mercado de planos
individuais?
Não há desabastecimento.
A ANS realizou um estudo sobre a oferta de planos individuais em todo o
país e vai divulgá-lo em breve. O levantamento aponta para
um equilíbrio. Nos últimos cinco anos, a população
cresceu na ordem de 5,4% e os planos individuais, 9,3%. Cooperativas médicas
ainda investem fortemente nesse produto. Quem deixou de comercializá-lo,
em parte, foram algumas seguradoras, que têm um foco mais econômico
(olham mais para os sinistros, ou total de uso dos convênios) e menos
assistencial.
Liberou geral
A guerra de liminares entre
as operadoras de plano de saúde e a Agência Nacional de Saúde
(ANS) se arrasta há quase um mês. A reguladora havia suspendido
a comercialização de 212 convênios no fim de agosto.
Mas, após o comunicado oficial, as operadoras que estavam na lista
de más prestadoras de serviços entraram com recurso judicial
para impedir a decisão. Como ainda não conseguiu convencer
a Justiça de que está protegendo o consumidor, a ANS liberou
todos os convênios com problemas, inclusive os que haviam sido suspensos
anteriormente, a voltarem ao mercado. No país, 48,6 milhões
de pessoas têm planos de assistência médica.
Sem controle
O caso mais recente de desistência
em operar com planos de saúde individuais, cujos reajustes são
controlados pela Agência Nacional de Saúde (ANS), é
o da Golden Cross. A empresa repassou a sua carteira de clientes para a
Unimed-Rio. As companhias justificam que esse modelo de convênio
têm custos mais elevados em relação aos coletivos,
que podem elevar os preços sem controle. A carteira da Golden, com
60 mil clientes, será incorporada pela Unimed-Rio a partir de 1º
de outubro. A operação incluiu beneficiários de todo
o país. (Marinella Castro - Portal Uai)
A
cultura do sistema em doses homeopáticas
(Informe Semanal)
Trechos da literatura do
segmento de saúde suplementar
Livro: Plano de Cuidado
para idosos na Sáude Suplementar - Agência Nacional de Saúde
Suplementar-ANS
Elaboração
técnica: Francisco Edilberto Gomes Bonfim, Karla Santa Cruz Coelho,
Maria Tereza Pasinato, Martha Regina de Oliveira e Renato Veras.
Plano de Cuidado para idosos
na Sáude Suplementar
O envelhecimento populacional
e o aumento da prevalência de doenças crônicas no setor
suplementar de saúde brasileiro: uma oportunidade para a mudança
de modelo assistencial
4. O Plano de Cuidado do
Idoso na Saúde Suplementar: Proposta para um Nvo Modelo Assistencial
(segunda parte do capítulo)
Para a implantação
das mudanças necessárias no modelo, torna-se necessário
responder a uma questão central: como promover a saúde e
prevenir a incapacidade, através da integração de
ações de promoção da saúde, prevenção
dos riscos e atenção à saúde em todos os níveis
de complexidade?
Para responder a essa questão,
delineou-se o conceito de plano de cuidado na saúde suplementar.
Este engloba os conceitos de linha de cuidado e plano terapêutico.
Dessa forma, o plano de cuidado incorpora a avaliação do
beneficiário desde sua entrada no sistema, com a estratificação
realizada a partir de seu risco e estado funcional e a definição
da melhor linha de cuidado como o caminho a ser percorrido. Esse caminho
inclui: procedimentos necessários, hierarquização
de rede, programas de promoção da saúde e prevenção
dos riscos e doenças adequados e integrados aos cuidados, entre
outros.
Para a definição
de um plano de cuidados, é importante responder às seguintes
perguntas: “quais os problemas de saúde do paciente – o quê?”;
“quais as intervenções mais apropriadas – como?”; “quais
as justificativas para mudança – por quê?”; “quais profissionais
precisam fazer parte desse cuidado – por quem?; “em quais serviços
de saúde – onde?”; “com que ordem de organização?
Com uma figura com areferências
hierarquizadas e organizadaso modelo procura sintetizar as inter-relações
entre as diversas ações emprendidas pela ANS na última
década, de forma a situá-las entre as questões demandadas
para a constituição de um modelo assistencial que abarque
a construção de planos de cuidado para sua população
de beneficiários.
A proposta procura ultrapassar
o desafi o de ter uma assistência integral à saúde,
com a reorganização dos processos de trabalho na rede. Com
isso, um ponto chave para a mudança do modelo assistencial reside
na entrada do benefi ciário no sistema, pois é nesse momento
que se dará a avaliação da saúde dos benefi
ciários, que no caso dos idosos envolve desde aspectos epidemiológicos,
passando por aspectos nutricionais e de suporte familiar. Nesse sentido,
destacamos a relevância da ferramenta aprimorada pela Sociedade Brasileira
de Geriatria e Gerontologia (SBGG) – a Avaliação Geriátrica
Ampla (AGA).
A proposta dessa ferramenta
é realizar a avaliação integral do paciente idoso.
Não se trata de uma consulta de geriatria, mas de uma avaliação
complexa, na qual se avaliam o risco e todas as consequências dessa
avaliação.
Na bibiliografia internacional,
existem vários propostas que focam em modelos diferenciados de atenção
aos idosos, como o Guide Care Model3, formulado pela Johns Hopkins School
of Medicine; o GRACE (The Geriatric Resources for Assesssment and Care
of Elders), desenvolvido pela Indiana University School of Medicine e o
PACE (Program of All Inclusive Care for the Elderly 4 ) (Béland;
Hollander, 2011). Os três modelos realizam o planejamento do cuidado,
baseado em estratificação de risco, o diagnóstico
multidimensional, a definição de metas terapêuticas
e de intervenções preventivas, curativas, paliativas e reabilitadoras,
associadas à implementação de um plano de cuidados,
através da reorganização da atenção
à saúde (Boult; Wieland, 2010).
Um modelo de assistência
à saúde do idoso deve procurar preservar e recuperar a capacidade
funcional, pois parte-se do pressuposto de que todos os idosos devem ser
acompanhados e o risco de fragilização deve ser monitorado
em todos os níveis de complexidade – desde aquele com ações
a serem adotadas para os idosos saudáveis e independentes até
o estágio que exige maior cuidado, com idosos fragilizados e dependentes.
Promover a integração da atenção à saúde
do idoso em todos os níveis significa apostar na independência
e autonomia como um valor inerente à qualidade de vida dos idosos.
Os idosos mais doentes,
mais fragilizados, com menor capacidade funcional, são os que têm
a maior probabilidade de adoecer agudamente. Surge daí a necessidade
de uma forma não só de identificar os idosos fragilizados
ou com riscos de fragilização, mas também de se criar
categorias diferenciadas de risco, para possibilitar uma nítida
separação entre aqueles de maior risco e, portanto, com necessidade
de intervenção imediata. A fragilidade é um conceito
importante para avaliar a saúde do idoso, sendo definida como uma
vulnerabilidade que o indivíduo apresenta aos desafios do próprio
ambiente. Esta condição é observada em pessoas muito
idosas ou naquelas mais jovens, que apresentam uma combinação
de doenças ou limitações funcionais que reduzem sua
capacidade de adaptar-se ao estresse causado por doenças agudas,
hospitalização ou outras situações de risco.
A maioria das doenças
crônicas que acometem o indivíduo idoso tem na própria
idade o principal fator de risco. Envelhecer sem nenhuma doença
crônica é mais exceção do que regra. No entanto,
a presença de uma doença crônica não implica
que o idoso não possa gerir sua própria vida e realizar as
atividades do cotidiano de forma totalmente independente. A maioria dos
idosos, principalmente os idosos mais jovens, é, na verdade, absolutamente
capaz de decidir sobre seus interesses e organizar-se sem nenhuma necessidade
de outros. De acordo com os mais modernos conceitos gerontológicos,
o idoso que mantém sua autodeterminação e prescinde
de qualquer ajuda ou supervisão para realizar suas atividades diárias
deve ser considerado um idoso saudável, ainda que seja portador
de uma ou mais doenças crônicas. Decorre daí o conceito
de capacidade funcional, ou seja, a capacidade de manter as habilidades
físicas e mentais necessárias para uma vida independente
e autônoma (Gordilho et al., 2000).
Dessa forma, a avaliação
funcional é básica para precisar um diagnóstico, um
prognóstico e um julgamento clínico adequado para um planejamento
assistencial efetivo. A prática médica mostra que a diminuição
da capacidade funcional do idoso é que o tornará dependente
de um nível mais complexo de assistência. Essa diminuição
poderá ser ocasionada pela evolução da própria
patologia de base, por sua má administração e sequelas,
ou pela inadequada assistência recebida, seja familiar, social ou
institucional. Nesse contexto, o conceito de capacidade funcional deve
ser entendido como o elemento central para o manejo de uma nova política
de cuidado para o idoso.
Do ponto de vista do sistema
de saúde, a capacidade funcional surge como o conceito de saúde
mais adequado para instrumentar e operacionalizar uma política de
atenção à saúde do idoso. Ações
de promoção de saúde, assistenciais e de reabilitação
em saúde devem objetivar melhorar a capacidade funcional, ou no
mínimo manter a capacidade funcional e, sempre que possível,
recuperar a capacidade funcional perdida pelo idoso.
A prevenção
de riscos e doenças na idade avançada tem um caráter
distinto das demais faixas etárias. O objetivo é elevar a
qualidade de vida e, para tal, deve-se organizar uma estrutura distinta
daquelas existentes para as demais faixas etárias.
Dessa forma, uma política
de saúde do idoso deve ter como objetivo maior a manutenção
da máxima capacidade funcional do indivíduo que envelhece,
pelo maior tempo possível. Isto significa valorizar a autonomia
ou autodeterminação e a manutenção da independência
física e mental do idoso. Sabe-se que tanto as doenças físicas
como as mentais podem levar à dependência e, consequentemente,
à perda da capacidade funcional.
As dependências física
e mental são importantes fatores de risco para mortalidade, mais
do que as próprias doenças que levaram à dependência,
já que nem todo doente se torna dependente. Dentro desse contexto,
estabelecem-se novas prioridades e novas ações de saúde,
que deverão nortear as políticas de saúde. (Término
da segunda parte do capítulo 4)
Boas
Práticas da Gestão
A Qualidade da Atenção
à Saúde
Desde a gestão 2004-2006,
a Agência Nacional de Saúde Suplementar propõe novos
modelos assistenciais, de acordo com um marco regulatório definido
pela compreensão de que esse setor é, antes de tudo, um lugar
de produção da saúde.
Pesquisa feita por MALTA
et al (2005) sobre os modelos assistenciais desenvolvidos pelas operadoras
identificou que as operadoras de planos de saúde, cada uma com suas
especificidades, representam certos modelos de organização
de serviços de saúde que podem ser regulados pelo Estado,
de forma a darem maiores garantias assistenciais a seus beneficiários.
Também foi identificada como uma perspectiva real nessa pesquisa,
a possibilidade de as operadoras se constituírem enquanto promotoras
e gestoras do cuidado em saúde, e que isso pode ser regulado.
Essas novas possibilidades
que se apresentam constituem-se no que Merhy (2002) tem denominado de reestruturação
produtiva na saúde, marcada muito mais pela modelagem que opera
a produção das ações de saúde pelas
chamadas tecnologias leves ou não dependentes dos equipamentos,
do que pelas mudanças resultantes da introdução de
novos equipamentos no setor. Esse movimento já foi compreendido
e reinterpretado, por exemplo, pela proposta da Atenção Gerenciada
(Managed Care) desenvolvida nos EUA desde a década de 80 como parte
do projeto do capital financeiro para reformar a saúde, inventando
também novas formas de trabalhar a gestão do cuidado pela
otimização da relação custo versus qualidade
(UGÁ et al 2002; IRIART 2000, 2003).
Mas a estratégia
da Atenção Gerenciada não é o único
caminho trilhado nessa direção. Já podem ser identificadas
experiências públicas que também têm apostado
nesse novo desenho para a área de saúde por meio da priorização
do território das tecnologias leves numa perspectiva mais ampla
e centrada na lógica do beneficiário.
Como Merhy constata, algumas
dessas práticas podem ser aproveitadas, não para o aprisionamento
do trabalho médico e maior controle desse, como preconizado pela
Atenção Gerenciada, mas para a implementação
de novas formas de operar, centradas nas ferramentas leves do trabalho
em saúde. Novas práticas produtoras e promotoras de saúde
estão sendo experimentadas em algumas instituições
públicas. Essas experiências também ocorrem - como
pode ser identificado na pesquisa citada anteriormente – nas operadoras
de autogestão e, de forma mais isolada, em outras operadoras.
Para a busca da qualificação
da atenção no setor da saúde suplementar, é
necessário que a ANS desencadeie processo de monitoramento e avaliação
na perspectiva da atenção à saúde, de forma
a instituir novo modelo de regulação com novos processos
e práticas de micro e macrorregulação que induzam
à reversão da atual lógica de organização
e funcionamento do setor.
A regulação
pública inicial do setor da Saúde Suplementar centrou-se
em regular a saúde financeira das operadoras, o direito dos beneficiários
e a questão dos produtos. Embora importante, não foi suficiente
para compor a regulação na perspectiva da produção
da saúde. Para isso foi necessário apostar em um novo enfoque
regulador que considere: a operadora como gestora do cuidado em saúde
e, portanto, responsável pelos resultados e pela qualidade da atenção
prestada; que a construção de uma atenção à
saúde deva ser direcionada para a realização da integralidade
da atenção; que esta integralidade pressuponha a produção
das ações de saúde nos territórios da promoção,
proteção, recuperação e reabilitação
da saúde dos beneficiários; e que o setor da saúde
suplementar tenha uma agenda partilhada e articulada com o SUS.
Tendo em vista que a regulação
exercida pela ANS tem ocorrido especialmente na macrorregulação,
defende-se uma nova perspectiva no processo regulador do Estado, qual seja
a necessidade de atuar regulando a produção do cuidado em
saúde.
Para adentrar o universo
das modelagens assistenciais praticadas pelas operadoras e assim incorporar
também a regulação de nível micropolítico,
desvendando as relações entre operadoras, prestadores e beneficiários,
torna-se necessário entender melhor as especificidades inerentes
ao processo de trabalho em saúde.
O processo de trabalho em
saúde difere do consumo de serviços em geral, porque, no
setor saúde, o beneficiário não se porta como um consumidor
comum diante da mercadoria, pois está desprovido de conhecimentos
técnicos e não detém informações suficientes
para a tomada de decisão sobre o que irá consumir. Outra
especificidade existente nesse processo é a sua finalidade, ou seja,
a ação cuidadora em saúde, ter como objeto o indivíduo
ou grupos: doentes, sadios ou expostos a riscos. Acrescese a isso o fato
de que os meios de trabalho correspondem aos saberes, equipamentos e instrumentos
utilizados e o produto final corresponde à própria ação
de atenção à saúde, a qual é produzida
e consumida de forma concomitante (MALTA 2001; MALTA & MERHY 2003).
Entender e operar nesse
espaço - do processo de trabalho em saúde enquanto micropolítica
- pode ser o lugar estratégico da mudança. Esse movimento
visa criar novos formatos do trabalho em saúde, que devem ser pautados
pela necessidade de responder ao sofrimento dos beneficiários, buscando
articular novas formas de prestação de atenção
que possa lhes dar proteção ou resolução dos
seus problemas. (Término do tópico)
(Fonte - Programa de Qualificação
da Saúde Suplementar- ANS)
Obesidade
Mais da metade da população
brasileira tem excesso de peso
Dados inéditos do
Ministério da Saúde revelam que, pela primeira vez, o percentual
de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da população
brasileira. A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico) mostra que 51% da população (acima de 18
anos) está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de
43%. Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres,
48%.
O estudo inédito
também revela que a obesidade cresceu no país, atingindo
o percentual de 17% da população. Em 2006, quando os dados
começaram a ser coletados pelo Ministério, o índice
era de 11%. O aumento atinge tanto a população masculina
quanto a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos
homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres
estão obesas. Entre os homens, a obesidade é de 16%.
O estudo retrata os hábitos
da população e é um importante instrumento para desenvolver
políticas públicas de saúde e estimular os hábitos
saudáveis. Nesta edição, foram entrevistados 45,4
mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de
2012 a fevereiro de 2013.
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda
a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso
no país. “Os dados reforçam que a hora é agora. Se
não tomarmos – o conjunto da sociedade, familiares, trabalho, agentes
de governo -, as medidas necessárias, se não agirmos agora,
corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e
dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente”, disse.
ALIMENTAÇÃO
– Apesar de a obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há
importante influência significativa do sedentarismo e de padrões
alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte
aliado na prevenção de doenças crônicas não
transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças está
sendo deixado de lado por uma boa parte dos brasileiros.
Apenas 22,7% da população
ingerem a porção diária recomendada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao
dia. Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura
saturada: 31,5% da população não dispensam a carne
gordurosa e mais da metade (53,8%) consome leite integral regularmente.
Os refrigerantes também têm consumidores fieis – 26% dos brasileiros
tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana.
FASES DA VIDA – Se na faixa
etária entre 18 e 24 anos, 28% da população está
acima do peso ideal, a proporção quase dobra na faixa etária
dos 35 anos aos 44 anos, atingindo 55%. O percentual de obesidade
acompanha este crescimento e mais que dobra se comparados os dois períodos:
7% para 19%, respectivamente. Com o passar dos anos, os brasileiros também
tendem a diminuir a prática da atividade física: 47% dos
jovens com idade entre 18 a 24 anos se exercitam regularmente. E entre
35 a 44 anos, o índice cai para 31%.
O Vigitel 2012 mostra ainda
que o envelhecimento da população reflete positivamente na
alimentação do brasileiro. Se entre os 18 e 24 anos mais
da metade dos homens brasileiros come carne com gordura regularmente (48%),
este índice cai para 27% entre aqueles que já passaram dos
65 anos. O fenômeno se repete com o consumo de refrigerante. Entre
os jovens com idade entre 18 e 24 anos, 36 % declararam tomar regularmente
a bebida. Aos 65 anos, o percentual cai para menos de um terço,
ficando em 12%.
Em contrapartida, há
aumento de consumo de frutas e hortaliças nas faixas etárias
superiores. Entre os 18 e 24 anos, 17% comem cinco porções/dia
e 24% cinco porções semanais. Aos 65 anos, os percentuais
aumentam para 28% e 46%, respectivamente.
ESCOLARIDADE -O Vigitel
2012 permite ainda conhecer os hábitos dos brasileiros conforme
o sexo e a escolaridade. Frutas e hortaliças estão presentes
regularmente no cardápio de 45% dos brasileiros que concluíram,
no mínimo, 12 anos de estudo. O percentual reduz para 29% entre
as pessoas que estudaram até, no máximo, oito anos.
Se levarmos em consideração
a recomendação da Organização Mundial da Saúde
(OMS) de 400 gramas diárias de frutas e hortaliças, as proporções
vão para 31% para quem tem 12 anos e mais de escolaridade e 18%
para quem não conclui o ensino fundamental ou tem menos de oito
anos de escolaridade.
A gordura saturada também
é mais comum na mesa das pessoas com menos estudo: 32% comem carne
com excesso de gordura e 53% bebem leite integral regularmente. Já
entre a população com maior escolaridade, os percentuais
registrados estão abaixo da média nacional, com 27% e 47%,
respectivamente.
A pesquisa revela também
que 45% da população com mais de 12 anos de estudo praticam
algum tipo de atividade física (no horário livre de lazer).
O percentual diminui para menos de um quarto da população
(21%) para quem estudou até oito anos. Os homens (41%) são
mais ativos que as mulheres (26%). A frequência de exercícios
físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12
anos de estudo (37%) é o único indicador da população
feminina que figura acima da média nacional (33%). (Programa Voce
Saudável - ANS)
Uso
de medicamentos no Brasil
O Ministério da Saúde
lançou na última quinta-feira (19) uma pesquisa inédita
no país sobre o acesso da população a medicamentos.
A Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção
do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) vai entrevistar, a partir de segunda-feira
(23), 38,4 mil pessoas, em 245 municípios brasileiros, sobre temas
como o uso de remédios, acesso aos produtos no Sistema Único
de Saúde (SUS), uso racional de medicamentos e a automedicação.
O público entrevistado será dividido por gênero, escolaridade
e em sete faixas etárias – desde crianças a idosos. As informações
serão transmitidas em tempo real por tablets e a previsão
é que, no início de 2014, os dados do inquérito estejam
finalizados.
Para o secretário
de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério
da Saúde, Carlos Gadelha, os resultados da pesquisa vão possibilitar
conhecer os hábitos da população e possibilitar o
uso racional de medicamentos. Só nos últimos cinco anos,
houve quase 60 mil internações por intoxicação
medicamentosa. "A pesquisa vai oferecer um diagnóstico sobre a relação
da população com o remédio e mostrar o que ainda podemos
melhorar. Já aumentamos a oferta de remédios e o orçamento
para a compra de medicamentos subiu quase seis vezes nos últimos
10 anos. Queremos garantir que toda a população saiba que
o tratamento está à disposição e como fazê-lo
da forma mais segura possível", afirmou.
Ainda segundo Gadelha, o
medicamento é um bem somente se for usado de forma adequada.
"Queremos mostrar para as pessoas que a saúde é composta
por uma série de bons hábitos, desde uma boa alimentação
a prática regular de exercícios. Precisamos evitar que o
brasileiro continue com esta ideia de que somente o medicamento que traz
saúde e a qualidade de vida. A saúde é um conjunto
de ações", destacou o secretário.
Os 140 entrevistadores estarão
em campo para coletar os dados que serão analisados por professores-pesquisadores
de 12 instituições parceiras do Ministério: Universidades
Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), Minas Gerais (UFMG), Ceará
(UFC), Brasília (UnB), Santa Catarina (UFSC), Bahia (UFBA), São
Paulo (Unifesp), Pelotas (UFPel) e Campinas (Unicamp), Faculdade de Medicina
da Santa Casa de São Paulo, Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A coordenação
dos trabalhos será de responsabilidade das Universidades Federais
do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa também
vai revelar como ocorre o acesso a esses produtos no SUS, pelo programa
Farmácia Popular e pelas drogarias privadas; se as pessoas seguem
as prescrições médicas e se persistem no tratamento
com medicamentos; se há variação no acesso aos remédios
de acordo com condições sociais, econômicas e demográficas;
e a avaliação dos serviços de assistência farmacêutica
na Atenção Básica e uso racional de medicamentos da
população. (Portal Saúde)