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Projeto
da ANS reforça combate à mortalidade materna
Parto Adequado expande foco
e promove medidas para melhorar assistência e evitar mortes na gravidez
e parto
O Projeto Parto Adequado
está ampliando seu foco de ação e reforçando,
entre os hospitais participantes, medidas para reduzir a mortalidade materna.
Inicialmente, as ações serão desenvolvidas nos 27
estabelecimentos públicos de saúde que fazem parte da iniciativa,
mas até o final do ano serão expandidas aos demais 87 hospitais
privados. As medidas contemplam capacitação de profissionais
de saúde, melhorias de unidades de atendimento para entrega de um
melhor cuidado e assistência às gestantes e o empoderamento
das mulheres na tomada de decisões para que tenham acesso a um cuidado
de qualidade e a um parto seguro. O Parto Adequado é uma iniciativa
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Sociedade
Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e Institute for Healthcare
Improvement (IHI), com apoio do Ministério da Saúde.
Recentemente, os hospitais
públicos que integram o projeto se reuniram em São Paulo,
em uma Sessão de Aprendizado Presencial, para dar início
às atividades. A ideia é direcionar o conhecimento proporcionado
através do Parto Adequado, que até agora centrou-se na diminuição
das cesarianas desnecessárias, para teorias de mudanças relacionadas
à redução de mortes maternas, tema de grande preocupação
das autoridades de saúde. Para isso, contam com o apoio financeiro
do programa global MSD para Mães, que tem como objetivo combater
a mortalidade de mulheres no mundo e é parceiro do Parto Adequado.
Medidas para reduzir mortes
relacionadas à gravidez e ao parto já foram testadas com
sucesso no hospital Agamenon Magalhães (HAM), em Recife (PE), que
alcançou resultados bastante expressivos. Agora, as boas práticas
servirão de exemplo para os demais participantes do Parto Adequado.
A meta inicial de 30% de redução de taxa de mortalidade de
mulheres durante a gravidez ou até 42 dias após o parto no
HAM quase dobrou, chegando a 54,23%. Antes do projeto, o intervalo entre
os óbitos era de quase 18 dias. Após a implementação
das ações, o hospital chegou a ficar 229 dias sem registro
de óbito materno.
"O Parto Adequado tem alcançado
resultados muito positivos no que concerne à redução
de cesáreas realizadas sem necessidade. Nosso intuito agora é
evoluir em direção à melhoria do cuidado às
gestantes, ampliando o foco do projeto com medidas específicas que
ajudem a reduzir as altas taxas de mortalidade", destaca o diretor de Desenvolvimento
Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar. "Sabemos que a maioria das complicações
que resultam na morte de mulheres se desenvolve durante a gravidez e a
maior parte delas pode ser evitada e tratada com cuidados pré-natais
durante a gestação e o parto e com assistência qualificada
nas semanas após o parto. São soluções viáveis
e que salvam vidas, contribuindo para a saúde do conjunto da população",
ressalta o diretor.
O presidente da Sociedade
Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, reforça
que além dos bons resultados já obtidos em relação
ao número de cesarianas desnecessárias, os hospitais que
integram o Parto Adequado avançaram também na diminuição
de eventos adversos. "Houve uma queda de 35% em média dos eventos
adversos com mães e bebês. Nossa meta com essa união
de projetos é diminuir ainda mais esses eventos adversos e as taxas
de mortalidade materna", destaca Klajner.
Na Sessão de Aprendizado
Presencial, a coordenadora do projeto na ANS, Jacqueline Torres, propôs
uma dinâmica diferente e pediu que os participantes pensassem nos
abraços de suas mães e trocassem esses abraços entre
si. Na sequência, lembrou aos presentes que muitas crianças
nunca receberão um abraço de suas mães devido à
morte materna. "Foi uma forma de mobilizar afeto, empatia e comprometimento
de todos pelo fim das mortes maternas." Comentou Jacqueline. Ao final do
segundo dia, as lideranças dos hospitais foram convidadas a escolher
um nome para a iniciativa e o vencedor foi "Abraço de Mãe".
O Parto Adequado está
em sua segunda fase de implementação. São 114 hospitais
públicos e privados vinculados à iniciativa, trabalhando
juntos para reduzir o número de cesáreas desnecessárias
e para melhorar o cuidado a gestantes e bebês de todo o país.
O projeto tem como objetivo identificar modelos inovadores e viáveis
de atenção ao parto e nascimento por meio de mudanças
nas práticas de cuidado. Desde a sua criação, em 2015,
o Projeto já evitou 20 mil cesarianas desnecessárias.
(FenaSaúde)
Hapvida
inaugura hospital em Joinville e expande rede própria no país
Com tecnologia de ponta,
o Hospital Geral de Joinville tem oito andares, mais de 140 leitos, e já
gera mais de 400 empregos
O Hapvida, terceira maior
operadora de saúde do Brasil, inaugurou o Hospital Geral de Joinville,
em Santa Catarina, e deu mais uma passo importante na expansão da
sua rede de atendimento no país. Localizada no bairro América,
na Rua Itaiópolis, a nova unidade conta com 20 mil metros quadrados
construídos e capacidade para atender desde casos simples até
os de alta complexidade.
O empreendimento foi inaugurado
no dia 25 de abril e traz o que há de mais moderno na tecnologia
da área da saúde, além de oferecer uma gama de serviços
que envolvem assistência médica, plano de saúde e odontologia.
São 141 leitos distribuídos em oito andares. De início,
foram gerados mais de 400 empregos, sendo 120 somente para médicos.
Ainda serão abertas mais duas clínicas para atendimento eletivo,
uma ao lado do hospital, a Hapclínica América, e outra no
bairro Bucarein.
Em maio deste ano, o Hapvida
também adquiriu o Grupo São Francisco em um negócio
de R$ 5 bilhões. A operação resultou na incorporação
de oito hospitais próprios no interior de São Paulo, além
de operadoras de planos de saúde e odontológicos, bem como
de empresas de resgate rodoviário e saúde ocupacional no
Centro-Oeste e Sul de Minas Gerais.
O Hospital Geral de Joinville
conta com dois andares de internação, área de exames
de imagem com tomografia, colonoscopia, endoscopia, hemodinâmica,
ecocardiograma, eletrocardiograma, ultrassom e duas salas de raio x. Há
também uma sala para quimioterapia, UTIs neonatal, pediátrica
e adulta; um centro cirúrgico com cinco salas; laboratório;
agência transfusional e centro cirúrgico ambulatorial. A estrutura
também dispõe de Pronto Atendimento de Urgência Adulto
e Pediátrico, além de sala de emergência.
Todos os quartos possuem
apenas dois leitos, podendo ser adaptados para apartamento. Cada andar
também possui uma área de isolamento, equipada e separada
para manter a segurança dos pacientes e funcionários.
A preocupação
com as novas gerações também se faz presente, e o
hospital conta com uma maternidade voltada para o parto humanizado, com
salas adaptadas para contribuir com o trabalho de parto. Nos andares com
atendimento infantil também foram montadas brinquedotecas para auxiliar
na recreação dos pequenos.
Rede que só cresce
Maior cidade de Santa Catarina,
com mais de 580 mil habitantes, Joinville é referência em
muitos setores, como o têxtil, plástico, metalúrgico,
químico e farmacêutico. O Produto Interno Bruto (PIB) é
o 30º maior do país:
“Para nós, Joinville
é uma cidade de referência nacional em economia, cultura e
saúde, uma vez que se destaca como a maior cidade do Estado. Queremos
contribuir com a saúde de Joinville para que ela possa se desenvolver
cada vez mais, auxiliando no bem-estar de seus moradores”, afirmou Candido
Júnior, Vice-Presidente Comercial e de Relacionamento do Hapvida
Com mais de 4 milhões
de clientes, o Hapvida tem como um dos diferenciais a integração
do sistema. Com o prontuário eletrônico, a rede consegue manter
o histórico de todos os seus pacientes, evitando repetição
de exames e contribuindo para uma avaliação mais completa
de cada pessoa. Os pacientes contam com o sistema de biometria, pioneiro
entre as operadoras de saúde e que traz mais segurança para
o cliente. “Queremos ajudar no desenvolvimento da saúde em Joinville,
sendo promotores de bem-estar. Nosso objetivo é contribuir para
que a população seja mais saudável”, ressalta Anderson
Nascimento, superintendente da Rede Própria do Hapvida.
Os números superlativos
mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta
da operação e nos constantes investimentos: atualmente, são
mais de 21 mil colaboradores diretos envolvidos na operação
de 27 hospitais, 78 clínicas médicas, 20 prontos atendimentos,
85 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial (Vida&Imagem)
distribuídos em 12 estados onde a operadora atua com rede própria.
(OP9)
Fleury
vai além do diagnóstico com hospital de um dia e gestão
de saúde
Nos últimos cinco
meses, o quase centenário grupo Fleury tem se lançado em
novas frentes para reinventar sua plataforma de negócios. A mais
recente delas, que será aberta hoje, em Higienópolis, é
seu primeiro Day Clinic. Nesse centro de atendimento, pacientes com necessidades
de atendimento ortopédico fazem tratamentos e pequenas cirurgias
e têm alta no mesmo dia. É mais um passo da companhia que
quer se consolidar como um plataforma de saúde, indo além
da medicina diagnóstica.
Desde dezembro, o grupo
vem se lançando em novas frentes para construir essa nova plataforma
de negócios. No fim de 2018 comprou a SantéCorp, empresa
voltada à gestão da saúde de funcionários dentro
das empresas. Em fevereiro, inaugurou um centro de infusões para
aplicação de medicamentos intravenosos no centro de imunobinobiologia
do grupo, no Morumbi. Doentes crônicos, que precisam tomar medicamentos
com regularidade, em vez de irem ao hospital vão ao centro. Nos
três projetos, foram investidos R$ 30 milhões.
As novas áreas de
atuação não significam que o Fleury pretenda virar
um hospital, muito menos uma empresa de planos de saúde. “Todo mundo
está preocupado com a sustentabilidade do setor de saúde”,
afirma Jeane Tsutsui, diretora executiva de negócios da marca Fleury.
De acordo com a executiva,
o objetivo é ampliar a atuação ambulatorial, realizando
procedimentos de pequena complexidade fora do hospital, onde o risco de
infecção, bem como os custos são maiores. Segundo
Jeane, a literatura médica internacional mostra que a redução
de custos num procedimento realizado num Day Clinic é, em média,
20% menor do que o mesmo procedimento feito em um hospital tradicional.
Nas contas de Rodrigo Abdo,
sócio-diretor da Setrus, consultoria especializada no setor de saúde,
porém, essa economia pode ser muito maior e chegar a 50%. Para Abdo,
a estratégia do Fleury de se posicionar como uma plataforma de negócios
em saúde, expandindo para ramos correlatos aos da medicina diagnóstica,
é muito adequada à tendência do mercado.
O grande número de
pedidos de exames feitos por médicos, cuja a necessidade algumas
vezes é questionada, pressiona os custos do sistema de saúde
como um todo. Segundo o consultor, nesse ponto o grupo está construindo
um modelo de negócio que entrega mais soluções, com
menor custo de operação.
Um dia. Além do Day
Clinic, no qual o paciente realiza o procedimento cirúrgico ou ambulatorial
em, no máximo, 12 horas, a marca Fleury tem 13 centros integrados
de diagnóstico em São Paulo. Entre eles, há diferentes
especialidades, como o de neurologia e medicina do sono, endoscopia digestiva
avançada e medicina fetal.
De acordo com Jeane, um
dos fatores que determinaram a instalação do Day Clinic no
centro de excelência ortopédica do grupo é que 70%
das cirurgias e procedimentos da área ortopédica podem ser
feitos em ambiente de atendimento diário.
Sem estrangeiros. No passado,
o Fleury chegou a ter um Day Clinic, mas era voltado para cirurgias em
geral. Ele estava instalado no mesmo prédio no qual vai funcionar
a nova versão desse modelo de negócio.
O antigo Day Clinic operou
até 2009 e foi descontinuado por ocasião da abertura de capital
da empresa. Como, na época, havia uma lei que não permitia
a entrada de capital estrangeiro no setor de hospitais, o grupo decidiu
sair do negócio para poder captar recursos no mercado. Com a mudança
na lei e o plano estratégico de ampliar a atuação
para além da medicina diagnóstica, o grupo voltou a apostar
nesse modelo.
O Grupo Fleury, que faturou
R$ 2,9 bilhões em 2018 e lucrou R$ 331,6 milhões, não
revela se pretende ter mais Day Clinic em outros centros de diagnóstico.
“Estamos avaliando todas as oportunidades para oferecer eficiência
e qualidade para o sistema”, diz Jeane. (Márcia
De Chiara – O Estado de São Paulo)
Bauru
vai manter o plano de saúde no modelo vigente
A licitação
foi realizada nesta segunda e impacto anual do novo contrato chegará
a R$ 3 milhões a mais do que o atual
A Prefeitura de Bauru realizou
ontem licitação para contratação de plano de
saúde dos servidores municipais e, com o resultado do processo,
ficarão mantidos os moldes atuais. O Grupo São Francisco,
que já presta o serviço, foi o vencedor do certame e terá
um novo contrato pelo período de cinco anos. Para os servidores,
não haverá mudança tanto na cobertura oferecida quanto
no valor descontado da folha de pagamento, de 4%. Ficam preservados também
os dependentes, sem necessidade de contrapartidas.
O contrato atual vence em
julho e o prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD) havia se comprometido com os
servidores em tentar manter o modelo atual. "Esse foi um compromisso assumido,
de manter o plano de saúde como ele sempre foi, sem nenhum prejuízo
aos servidores, tudo dentro do prazo", disse Gazzetta.
O município trabalhava
com uma limite orçamentário de R$ 221,00 per capita. O valor
ficou até abaixo desse número, fechado em R$ 215,00 - o atual
é de R$ 188,61.
O per capita da prefeitura,
inclusive, é menor do que o do DAE e da Câmara, que estão
em R$ 302,00. Caso a oferta da operadora ficasse no limite, a prefeitura
gastaria R$ 5,2 milhões a mais por ano para manter o plano. Já
com o valor oferecido, o aumento de despesa será um pouco menor,
e ficará em R$ 3 milhões, estima o governo municipal.
FINANCEIRO
A prefeitura tem 12.898
usuários assistidos pelo plano. Destes, cerca de 3 mil são
servidores ativos e outros 6 mil dependentes, além de dois servidores
inativos e mil dependentes destes.
O valor descontado dos servidores
soma R$ 8,9 milhões por ano. Já a contrapartida da prefeitura
era de R$ 20,1 milhões por ano, chegando ao valor total pago à
operadora no contrato que está acabando, R$ 29 milhões anuais.
A estimativa feita pelo
governo é de que seria possível manter o modelo atual se
a proposta chegasse ao per capita de até R$ 221,00, o que elevaria
o valor anual do contrato para R$ 34,2 milhões. Como o valor descontado
dos servidores continuará o mesmo, o aporte que a prefeitura faz
por ano subiria para R$ 25,3 milhões. Como o per capita ficou em
R$ 215,00, a estimativa é de que o custo anual fique em pouco mais
de R$ 23 milhões, portanto cerca de R$ 3 milhões acima do
atual (Thiago Navarro - JC Net)
Uma
estéril década de microjustiça da saúde no
STF reclama novas respostas
Há exatos dez anos
o Supremo Tribunal Federal promovia, ao longo de praticamente duas semanas
(dias 27, 28 e 29 de abril e 4, 6 e 7 de maio de 2009) e com a participação
de cinquenta especialistas, paradigmática audiência pública[1]
sobre a judicialização da saúde no Brasil. Seu intuito,
tal como noticiado no despacho convocatório do Ministro Gilmar Mendes,
de 5 de março de 2009, era:
“ouvir o depoimento de pessoas
com experiência e autoridade em matéria de Sistema Único
de Saúde, objetivando esclarecer as questões técnicas,
científicas, administrativas, políticas, econômicas
e jurídicas relativas às ações de prestação
de saúde, tais como:
1) Responsabilidade dos
entes da federação em matéria de direito à
saúde;
2) Obrigação
do Estado de fornecer prestação de saúde prescrita
por médico não pertencente ao quadro do SUS ou sem que o
pedido tenha sido feito previamente à Administração
Pública;
3) Obrigação
do Estado de custear prestações de saúde não
abrangidas pelas políticas públicas existentes;
4) Obrigação
do Estado de disponibilizar medicamentos ou tratamentos experimentais não
registrados na ANVISA ou não aconselhados pelos Protocolos Clínicos
do SUS;
5) Obrigação
do Estado de fornecer medicamento não licitado e não previsto
nas listas do SUS;
6) Fraudes ao Sistema Único
de Saúde.
Não obstante a aprendizagem
institucional promovida desde então, o cenário de ineficácia
do direito fundamental à saúde e de fragilidade da sua garantia
ordinária no ciclo da política pública somente se
agravou. Em 2019, a saturação da via judicial chegou a um
ponto de inflexão dramático, porque a equalização
legítima da tensão entre demandas individuais e soluções
universais segue sem resposta desde seu diagnóstico enunciado abertamente
pelo STF em 2009.
Historicamente o foco da
análise tem sido primordialmente incidente sobre a "microjustiça",
ao invés de enfrentar estruturalmente a "macrojustiça", tal
como suscitado pelo Ministro Gilmar Mendes, no julgamento da STA 175-AgR/CE.
Todavia, não é demasiado lembrar que, desde 2009, o Supremo
Tribunal Federal afirmava a necessidade de deslocar o problema do déficit
de eficácia do direito fundamental à saúde para a
seara da macrojustiça orçamentária atinente à
consecução da política pública que lhe materializa:
“[...] em razão da
inexistência de suportes financeiros suficientes para a satisfação
de todas as necessidades sociais, enfatiza-se que a formulação
das políticas sociais e econômicas voltadas à implementação
dos direitos sociais implicaria, invariavelmente, escolhas alocativas.
Essas escolhas seguiriam critérios de justiça distributiva
(o quanto disponibilizar e a quem atender), configurando-se como típicas
opções políticas, as quais pressupõem “escolhas
trágicas” pautadas por critérios de macrojustiça.
É dizer, a escolha da destinação de recursos para
uma política e não para outra leva em consideração
fatores como o número de cidadãos atingidos pela política
eleita, a efetividade e a eficácia do serviço a ser prestado,
a maximização dos resultados etc.
Nessa linha de análise,
argumenta-se que o Poder Judiciário, o qual estaria vocacionado
a concretizar a justiça do caso concreto (microjustiça),
muitas vezes não teria condições de, ao examinar determinada
pretensão à prestação de um direito social,
analisar as consequências globais da destinação de
recursos públicos em benefício da parte, com invariável
prejuízo para o todo. [...] Ainda que essas questões tormentosas
permitam entrever os desafios impostos ao Poder Público e à
sociedade na concretização do direito à saúde,
é preciso destacar de que forma a nossa Constituição
estabelece os limites e as possibilidades de implementação
deste direito.” (grifos nossos)
Ao longo desta década,
por assim dizer, de prevalência da microjustiça, o Conselho
Nacional de Justiça realizou jornadas[2], estruturou fórum
temático[3] e tem buscado subsídios teórico-instrumentais
para lidar com a expansão vertiginosa de pretensões judiciais
em relação ao Sistema Único de Saúde – SUS.
Mas nada disso foi suficiente para mitigar a trajetória[4] de crescimento
de 130% no número de demandas entre 2008 e 2017.
Nesse contexto, é
deveras frustrante constatar que o debate maturado direta ou indiretamente
há uma década se repete como problema presente que voltará
amanhã à tona na pauta do plenário do STF em litígios
quase totalmente semelhantes e, por óbvio, ainda não resolvidos.
No 22/05/2019, a pauta da
Corte Constitucional brasileira enfrentará novamente a judicialização
da saúde. Com exceção da ADI 5595 (que examina retrocesso
no piso federal no setor), a controvérsia nuclear das demais ações
pautadas reside no acesso a tratamentos e medicamentos em face da responsabilidade
solidária na federação, como se pode ler a partir
das teses abaixo:
“EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
855178
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
PEDIDO DE EFEITO MODIFICATIVO. DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO
MÉDICO ADEQUADO AOS NECESSITADOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
DOS ENTES FEDERADOS. ALEGAÇÃO DE OBSCURIDADE EM RELAÇÃO
À ABRANGÊNCIA DO TEMA DE FUNDO E NECESSIDADE DE DELIBERAÇÃO
PELO PLENÁRIO PRESENCIAL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
566471
TRATAMENTO DE SAÚDE.
CONCESSÃO DE MEDICAMENTOS. MEDICAMENTOS NÃO RELACIONADOS
NO PROGRAMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM CARÁTER
EXCEPCIONAL. PRINCÍPIO DA RESERVA DO POSSÍVEL. DIREITO À
SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL. ALEGAÇÃO DE QUE OS ART.
196 E 198, II, DA CF SERIAM NORMAS MERAMENTE PROGRAMÁTICAS.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
657718
DIREITOS SOCIAIS. SAÚDE.
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO NÃO REGISTRADO NA AGÊNCIA NACIONAL
DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA/ANVISA. IMPOSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO
DE OFENSA AO DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE E AO PRINCÍPIO
DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. CF/88, ARTS. 1º, III; 6º; 23,
II; 194; 198, II E §2º; 204 E 212.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
1165959
DIREITOS SOCIAIS. SAÚDE.
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO NÃO REGISTRADO NA AGÊNCIA NACIONAL
DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. ALEGAÇÃO DE
OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE, DA IGUALDADE E DA LEGALIDADE.
CRIME HEDIONDO. CÓDIGO PENAL, ARTIGO 273, PARÁGRAFO 1º-B,
INCISO I, REDAÇÃO DA LEI Nº 9.677/98. CF/88, ARTIGOS
37, 196, 197 E 200, INCISOS I E II.
Nos processos de repercussão
geral arrolados acima, o debate soa repetitivo e relativamente estéril,
porque é como se tivéssemos passado os últimos dez
anos em busca tão somente de medidas paliativas que enfrentassem
os sintomas do mal-estar na saúde pública brasileira, sem
que conseguíssemos corrigir as causas desse adoecimento generalizado.
Já, noutra mirada,
vemos a ADI 5595 que pauta o dever de financiamento suficiente[5] das ações
e serviços públicos de saúde por parte da União
em relação às pactuações assumidas equitativamente
na federação brasileira e, sobretudo, à luz do princípio
da vedação de retrocesso:
“Tese
ORDEM SOCIAL. SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE. CUSTEIO PELA UNIÃO DE AÇÕES E SERVIÇOS
PÚBLICOS DE SAÚDE. PISO PROGRESSIVO. CÔMPUTO DA PARTICIPAÇÃO
NO RESULTADO OU COMPENSAÇÃO FINANCEIRA POR EXPLORAÇÃO
DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
86/2015, ARTS. 2º E 3º. CF/88, ARTS. 1°, CAPUT E III; 5°,
CAPUT, E LIV; 6°; 20, § 1º 196; 197; 198, CAPUT, E §
1°.
Saber se o ato normativo
impugnado ofende os direitos à vida e à saúde e os
princípios da vedação de retrocesso social; da proporcionalidade,
o devido processo legal - em suas acepções substantiva e
de proibição de proteção deficiente.
Saber se o ato normativo
impugnado descumpre dever de progressividade na concretização
dos direitos sociais.
Tamanha é a pressão
orçamentária das demandas judiciais em saúde e tamanho
e o desarranjo federativo nas pactuações que estruturam o
SUS, que a pauta deste dia 22/05 evidencia – de forma amplificada – o verdadeiro
nó górdio da política pública. Isso porque,
de um lado, está a ADI 5595 que enfrenta exatamente uma das causas
da macrolitigância financeira (como esta articulista e Fernando Scaff
analisamos aqui), enquanto, de outro, repete-se o padrão temático
de debate da microjustiça de pleitos individuais por medicamentos
e procedimentos.
Não é sem
razão, portanto, que, no dia 09/05/2019, estiveram em audiência[6]
com o Ministro Dias Toffoli, na Presidência do STF, onze governadores
para tratar exatamente dos julgamentos sobre a judicialização
da saúde pautados para o dia 22/05/2019. A falta de participação
adequada da União no custeio do SUS e no próprio enfrentamento
dos vazios assistenciais que suscitam a origem das demandas judiciais em
saúde foi a reclamação comum aos governadores do Maranhão;
Mato Grosso do Sul; Rio Grande do Norte; Amapá; Ceará; Goiás;
Paraíba; Rio de Janeiro; Rondônia; Roraima e Tocantins.
Diante de um planejamento
sanitário pouco vinculante[7] para o percurso do gasto mínimo
em ações e serviços públicos em saúde
(ASPS) e diante do recalcitrante descumprimento das pactuações
federativas assumidas na Comissão Intergestores Tripartite, o SUS
padece concomitantemente de má gestão e subfinanciamento.
Negar solução a tais problemas é simplesmente adiar
o enfrentamento das causas e, por conseguinte, agravar os efeitos, por
vezes, iníquos da judicialização da saúde.
Eis um diagnóstico
absolutamente consensual, que foi bem sintetizado no seguinte excerto de
nota conjunta[8] do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de
Saúde – CONASS e do Conselho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde – CONASEMS:
“Em termos comparados, nos
países com sistemas universais o gasto público corresponde
a 70% do gasto total com saúde. Já no Brasil, esse índice
corresponde a apenas 47,5% (OMS 2015). O Brasil não gasta pouco
em saúde, porque nosso gasto total é de 9,6% do PIB. O insuficiente
é o nosso gasto público que é de apenas 4,5%.
Conasems e Conass afirmaram
incontáveis vezes que a União é responsável
por um “desfinanciamento” progressivo do SUS. Isto porque em 1993, ela
era responsável por 72% dos gastos públicos com ações
e serviços de saúde reduzindo, em 2015, a apenas 43,08%.
Tal redução, por sua vez, obrigou municípios, estados
e o Distrito Federal a ampliarem o financiamento das necessidades em saúde.
As consequências têm sido o retardamento da consolidação
do SUS, no alcance do que determinam os preceitos constitucionais.
Há de se admitir
a necessidade de qualificação da gestão e aprimoramento
do modelo de atenção à saúde, adequando-os
à realidade epidemiológica. Contudo, é imperioso afirmar
que o subfinanciamento da saúde no Brasil é um fato e que
se assevera nas dificuldades crescentes para a gestão.
[...] O SUS, em quase três
décadas de existência tem sido capaz de produzir resultados
de valor inquestionável para a população. Ainda assim,
os problemas persistem e devem ser enfrentados para que o sistema público
seja consolidado de modo a oferecer os melhores serviços e ações
aos brasileiros. Sustentá-lo é uma obrigação
do Estado e o compromisso dos gestores públicos. Saúde tem
cura, mas tem custo! (grifos nossos)
Uma década se passou
e os indicadores sensíveis de saúde da população
têm francamente se deteriorado[9] (como, por exemplo, mortalidade
infantil, mortalidade materna, cobertura vacinal e internações
sensíveis às condições da atenção
básica). Não podemos, nesse contexto, repetir soluções
parciais já sabidamente incapazes de alterar os rumos que nos trouxeram
até aqui.
Confirmar a cautelar concedida
na ADI 5595 pelo Ministro Ricardo Lewandowski é solução
de macrojustiça que se impõe ao Plenário do STF. A
esse respeito, aliás, vale lembrar que recentemente foi apresentada
a Proposta de Emenda à Constituição nº 39/2019,
cujo primeiro signatário é o Senador Marcelo Castro (MDB-PI),
atual presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso
Nacional e ex-Ministro da Saúde. A PEC 39/2019 tem por intuito assegurar
financiamento proporcionalmente progressivo e fiscalmente sustentável
para a saúde pública, em reforço e no mesmo sentido
da cautelar deferida na ADI 5595 em 31/08/2017.
Para além do debate
de curto prazo das milhares de demandas individuais que pretendem acesso
a medicamentos e procedimentos, por vezes, em pretensões alheias
ao planejamento sanitário e ao rateio federativamente equilibrado
dos recursos vinculados à política pública de saúde,
o STF tem – na ADI 5595 – a oportunidade de enfrentar impasse federativo
na regressividade da participação proporcional da União
no custeio do SUS.
Trata-se de conflito orçamentário
que tem sido denunciado por ex-Ministros da Saúde[10], pelo Conselho
Nacional de Secretários Estaduais de Saúde e pelo Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Como já
dissemos desde o início, esta é uma fronteira de macrojustiça
invocada lá atrás na primeira audiência pública
para debater a judicialização da saúde, literalmente
convocada há uma década pelo Ministro Gilmar Mendes na STA
175.
Quanto mais tempo levaremos
até buscarmos enfrentar as causas para o adoecimento da política
pública de saúde em nosso país? Outra judicialização
é possível e necessária para que avancemos na efetividade
desse direito fundamental, até para que o próprio SUS se
fortaleça e a via ordinária da solução construída
pela política pública seja restabelecida. Afinal, controle
judicial bom é o que retroalimenta o planejamento e fortalece a
execução da política pública em bases universais
[1] Cujo acervo de documentos,
falas, vídeos, bibliografia, jurisprudência, legislação
correlata e contribuições se encontra disponível em
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=processoAudienciaPublicaSaude
[2] Os 103 enunciados das
três jornadas estão disponíveis em http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2019/03/fa749133d8cfa251373f867f32fbb713.pdf
[3] Como se pode ler em
http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/forum-da-saude, em 6 de abril de
2010, o CNJ, por meio da sua Resolução n. 107, instituiu
o Fórum Nacional do Judiciário para monitoramento e resolução
das demandas de assistência à Saúde – Fórum
da Saúde.
[4] Como noticiado em http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/88612-demandas-judiciais-relativas-a-saude-crescem-130-em-dez-anos
e em estudo disponibilizado em http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2019/03/66361404dd5ceaf8c5f7049223bdc709.pdf
[5] Como suscitamos em https://www.conjur.com.br/2017-set-12/contas-vista-stf-reconhece-direito-custeio-adequado-direitos-adi-5595
[6] Noticiada em http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2019-05/no-stf-governadores-defendem-alivio-em-judicializacao-da-saude
[7] Como debatido por esta
articulista e Francisco Funcia em https://www.conjur.com.br/2017-ago-15/contas-vista-entre-extremos-vinculacao-discricionariedade-sus-descaminha
[8] Disponível em
https://www.conass.org.br/nota-conjunta-conasemsconass-financiamento-da-saude/
[9] Como se pode ler em
https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n10/3115-3122/
[10] Desde a criação
da CPMF para o financiamento da saúde com o ex-Ministro Adib Jatene
essa tem sido uma reclamação usual. Mais recentemente, citamos,
por exemplo, as seguintes notícias https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/494671-MINISTRO-DA-SAUDE-DIZ-QUE-SUBFINANCIAMENTO-E-PRINCIPAL-PROBLEMA-DO-SUS.html,
https://exame.abril.com.br/brasil/temporao-quer-mais-r-50-bi-para-o-ministerio-da-saude/
e https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2804200818.htm
(Élida Graziane Pinto - Revista Consultor Jurídico)
Projeto
fixa em 30 horas semanais a jornada do farmacêutico
O Projeto de Lei 1737/19
altera a lei que trata do exercício das atividades farmacêuticas
(13.021/14) para fixar em 30 horas semanais a carga horária semanal
desse profissional. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.
Atualmente, a lei exige
a presença de profissional farmacêutico durante todo o horário
de funcionamento de uma farmácia, mas não estabelece jornada
de trabalho.
O deputado Mauro Nazif (PSB-RO),
que apresentou a proposta, acredita que a jornada reduzida para farmacêuticos
se justifica em razão das condições de trabalho desses
profissionais, a fim de preservar a saúde deles.
“Nossa proposta estabelece
a duração semanal do trabalho, sem fixar a jornada diária.
Isso porque é comum que os profissionais da área de saúde
trabalhem em sistema de plantão de 12 ou até de 24 horas”,
argumenta o parlamentar.
O projeto proíbe
ainda a redução de salário em caso de readequação
de jornada dos profissionais com contrato de trabalho em vigor na data
de publicação da lei, caso a medida seja aprovada.
(Agência Câmara)
Guedes
fala em Congresso decidir sobre cortes e contingenciamentos
Após a repercussão
negativa do contingenciamento de recursos do governo, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, indicou que pode apoiar iniciativa que transfere ao Congresso
a responsabilidade por decidir quais programas e ações terão
seus recursos congelados quando necessário.
A ideia foi apresentada
pelo deputado federal Roberto Peterneli (PSL-SP), em reunião da
Comissão Mista de Orçamento, na semana passada, na qual Guedes
estava presente.
"Já que o Congresso
aprova onde vai gastar, que aprove também onde vai contingenciar
ou cortar.Se houver falta de arrecadação, não pode
deixar essa responsabilidade para o Executivo", disse Peternelli.
"Eu acho que é isso
mesmo. A minha visão é de que os senhores vão ter
de chegar um dia a controlar o orçamento inteiro e os contingenciamentos",
afirmou Guedes na sequência.
Em entrevista ao Estado
em março, o ministro da Economia já havia defendido uma proposta
de emenda à Constituição (PEC) que acabaria com as
despesas obrigatórias e as vinculações orçamentárias.
Segundo afirmou à época, a ideia é delegar aos parlamentares
100% do controle sobre os orçamentos da União, Estados e
municípios.
A medida, porém,
não prosperou para não conflitar com a discussão da
reforma da Previdência.
Na reunião em que
pediu apoio de Guedes à proposta, o deputado Peternelli sugeriu
que,ao aprovar o Orçamento de 2020, o Congresso apontasse, de antemão,
quais programas e áreas sofreriam contingenciamento caso as projeções
de arrecadação não se confirmassem.
Nesse cenário, os
bloqueios seriam decididos pelo Legislativo, e não pelo Executivo,
transferindo, assim,o desgaste do governo ao ter de cortar verbas de universidades,
por exemplo, aos parlamentares. O contingenciamento de 30% dos recursos
destinados a universidades federais motivou protestos por todo o País
na semana passada.
A intenção
de transferir aos parlamentares a responsabilidade de indicar em quais
áreas serão feitos os bloqueios, porém, não
tem apoio de pelo menos duas lideranças consultadas pelo Estado.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do
governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disseram ser contrários
à proposta. Na avaliação deles, a medida fere o sistema
presidencialista.
"A responsabilidade de executar
o Orçamento é do Executivo", afirmou Maia. Para ele, a questão
não é o desgaste, mas o fato de o governo conhecer melhor
as áreas que podem ter recursos contingenciados. Bezerra Coelho
vai na mesma linha.
"O ato de governar tem bônus
e ônus", disse.
Já o senador Marcelo
Castro (MDB-PI),presidente da comissão de orçamento,afirmou
concordar.
"Acho a proposição
razoável e prudente quanto aos cortes previstos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Caso não haja recursos suficientes,
é necessário prever esses cortes." (Tânia
Monteiro - Agência Estado)
CCJ
deve votar amanhã reforma tributária
O presidente da Comissão
de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe
Francischini (PSLPR), afirmou ontem que o colegiado deverá votar
amanhã o projeto de lei que trata da reforma tributária.
O deputado, no entanto, disse estranhar a fala do presidente Jair Bolsonaro
afirmando que o governo enviará ao Congresso outra proposta com
o mesmo tema assim que a reforma da Previdência for aprovada.
Francischini também
reclamou da falta de diálogo com o governo para decidir quais pautas
podem ganhar destaque na CCJ. "Faz três semanas que eu pergunto para
o governo se era para pautar, mas ninguém me respondeu. Por exemplo,
questionei sobre a proposta de emenda à Constituição
que trata da regra de ouro, mandei para todo mundo e só a equipe
técnica da Câmara respondeu." Para ele, o governo perde assim
a chance de montar uma estratégia mais eficaz para fazer avançar
as suas pautas de interesse na Câmara. O texto em análise
da reforma tributária é baseado nas ideias do economista
Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Ele defende a criação
de um novo tributo de bens e serviços, do tipo imposto de valor
agregado (IVA), com a unificação do PIS/Cofins, IPI, ICMS
e ISS, com transição de dez anos.
Discussões. Francischini
criticou também as recentes discussões entre integrantes
do seu partido. Ele disse que "o pessoal" do PSL precisa "segurar um pouco
mais a língua". Ele se referiu às recentes discussões
públicas entre a líder do governo na Câmara, Joice
Hasselmann (SP), e a deputada Carla Zambelli (SP), ambas da mesma sigla.
Para ele, essas brigas não
ajudam em nada na aprovação dos projetos em tramitação
na Câmara.
"Fico chateado com essas
brigas. Acredito que o pessoal tem de segurar um pouco mais a língua
para não agredir colegas na Câmara, principalmente os colegas
de bancada." Apesar das divergências, para Francischini, o PSL votará
unido nas pautas econômicas, tanto a reforma da Previdência
quanto a tributária. "O partido deveria se unir para dar mais apoio
ao governo no Congresso."
Divergência
No fim de semana, as deputadas
Joice Hasselmann e Carla Zambelli divergiram publicamente sobre a convocação
de manifestações em defesa do presidente no próximo
domingo (Marina Haubert e Julia Lindner - Agência
Estado)
Corte
de juro não resolve crescimento baixo
Autor de um comentado texto
que diz que a economia brasileira está entre a recessão e
a depressão, o economista Affonso Celso Pastore reconheceu que existe
espaço para um corte de juros após a eventual aprovação
da reforma da Previdência, mas ressaltou que seu impacto seria reduzido
para reanimar a economia quando os principais componentes da demanda agregada
apresentam baixa tração. O diagnóstico coincidiu com
o de alguns dos maiores especialistas no tema reunidos ontem em seminário
no Rio. A exceção foi o economista Sérgio Werlang,
que, embora reconheça que o eventual afrouxamento monetária
teria efeitos limitados para estimular a atividade, defendeu que o Banco
Central parta imediatamente para ação, cortando juros.
"Não se pode querer
que a política monetária faça tudo, ela tem limites
e não é a tábua de salvação para a economia
brasileira na situação que está hoje", afirmou Pastore,
durante o "V Seminário Anual de Política Monetária",
organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre/FGV) e pelo Valor . Ele acrescentou que o BC pode
até baixar os juros, considerando a inflação e o alto
grau de ociosidade da economia, mas os atuais contextos global, macroeconômico
e político "no mínimo" reduzem a eficácia da política
econômica.
Werlang, por sua vez, foi
enfático sobre a necessidade imediata de corte da taxa básica
de juros, a Selic, já nas próximas reuniões do Comitê
de Política Monetária (Copom). Um dos introdutores do regime
de metas de inflação no país, ele defendeu duas reduções
consecutivas de 0,5 ponto percentual da taxa. "Não é solução,
os políticos vão ver isso, mas por que continuar mantendo
apertado desnecessariamente? Vocês têm razão, não
é isso que vai resolver. Mas não tem sentido deixar mais
apertado do que o necessário", afirmou o ex-diretor de política
econômica, hoje na FGV. Para ele, o corte reduziria "o sofrimento
das pessoas".
O ex-diretor de Política
Econômica do BC Afonso Bevilaqua, professor da PUC-Rio, pontuou que
revisões para baixo na expectativa de crescimento econômico
não estão sendo acompanhadas pelos cortes nas projeções
de inflação do mercado para 2019 e 2020. Esse é um
indício de que o baixo crescimento tem mais a ver com as restrições
da capacidade de oferta, diante do cenário de incertezas, do que
de uma eventual falta de demanda agregada da economia, disse.
"Para o Copom [Comitê
de Política Monetária do BC], contemplar revisões
adicionais de juros básicos as revisões de cenário
da atividade precisam fazer as projeções inflação
se afastarem das metas da política monetária ao longo da
trajetória relevante", disse Bevilaqua.
Para o ex-diretor de Estudos
Especiais do Banco Central Eduardo Loyo, dependendo de como e se for aprovada,
a reforma da Previdência pode ter efeitos distintos sobre as condições
que vão influir sobre as políticas econômicas a serem
adotadas. Segundo ele, que é conselheiro no BTG Pactual, os reflexos
benéficos podem ser maiores do que os negativos, com possibilidade
de que "os espíritos animais" dos empresários se revigorem
em alguma medida e com a chance de haver um espaço monetário
adicional.
"Em caso de decepção
da reforma em relação ao que esperamos, acho que vamos ter
um problema de ter que tolerar um desempenho de atividade muito ruim e
ter que tolerar também uma inflação alta", disse.
Mário Mesquita, ex-diretor
de Política Econômica do Banco Central, engrossa o grupo que
acha que o BC poderá cortar os juros após a aprovação
da Previdência, mas pondera que "não há bala de prata"
nem medidas isoladas que farão a economia crescer do dia para a
noite. Ele descartou a adoção de medidas fora do arcabouço
do sistema de metas de inflação, que, segundo ele, tem sido
muito úteis. Apesar das divergências com Werlang sobre cortes
de juros imediatamente, ponderou que há consenso pelo menos sobre
o que não fazer. "Não voltar a utilizar outros instrumentos
parafiscais para tentar bombar a economia diretamente, uma alimentação
forçada de crédito na economia", disse o economista-chefe
do Itaú Unibanco.
O também ex-diretor
do Banco Central José Júlio Senna afirma que o problema não
é se a redução de juros será de 0,5 ou de 0,25
ponto percentual. "Estamos empacados há quatro décadas. Quando
mais se fala que o estímulo monetário contribui para o avanço
da economia, mais se tira o foco do que é essencial", afirmou. Para
ele, políticos e tomadores de decisão ficam na expectativa
da atuação do BC, que, se ocorrer, não teria tanto
impacto sobre o crescimento da economia. "Não dá, se tiver
[impacto] é mínimo, vamos cuidar do que importa, de destravar
a economia", defendeu.
No artigo "A depressão
depois da recessão", a equipe da AC Pastore & Associados considera
como principal critério para caracterizar a depressão econômica
a estagnação da renda per capita (medida do PIB dividido
pelo população). Nesse documento, a consultoria diz que é
importante não apenas profundidade da recessão e sua retomada,
assim como "saber quanto cada um dos cidadãos que habitam o país
perdeu de renda per capita a partir do início da recessão,
e nesse campo estamos vivendo um ciclo sem precedentes", afirma o texto.
No evento, Pastore afirmou ter recebido muitos comentários sobre
se "depressão" seria o termo técnico adequado a ser usado,
deixando de lado discussões aprofundadas sobre o problema em si.
Pastore projeta um PIB de
1% em 2019 e afirma que, com isso, "serão três anos consecutivos
de renda per capita praticamente estável e 8% abaixo do pico prévio,
o que caracteriza uma depressão. Para ele, a retomada não
deverá vir das exportações líquidas, devido
ao baixo crescimento mundial; nem do consumo das famílias, tem o
desempenho muito fraco, o que tem relação o com a estagnação
da renda per capita; nem do governo, que está sem capacidade de
puxar a economia. O que restariam são os investimentos, que podem
ser puxados pelas concessões e privatizações - e também
ganhar um pequeno reforço de um eventual corte de juros, que juntamente
com a reforma da Previdência poderia estimular o chamado "espírito
animal" dos empresários.
"Você não corre
o menor risco de aprovar a reforma da Previdência e a economia ter
um superaquecimento instantâneo. Isso só existe na mesa de
operação lá da [avenida] Faria Lima. Uma coisa é
o mercado financeiro, outra é a indústria, agricultura, setor
de serviços, de transportes. O BC sabe disso. O que ele não
sabe e não pode dizer é qual é a qualidade da reforma
da Previdência", afirmou Pastore.
Para Senna, a reforma da
Previdência é indispensável, mas outros aspectos precisam
ser solucionados para que o crescimento de fato ocorra. "No dia seguinte
da aprovação da reforma, os empresários ainda estarão
se vendo na luta da carga tributária elevada e infraestrutura precária",
disse. "Nada disso é tocado pela (Alex Ribeiro,
Bruno Villas Bôas e Juliana Schincariol - Valor)
Bye-bye
crescimento em 2019
O crescimento econômico
nos primeiros meses do governo Bolsonaro está bem aquém do
que o consenso esperava logo após a eleição. Observando
puramente o consenso do Focus, a queda na expectativa de crescimento é
relevante, vindo de 2,5% esperados em novembro do ano passado para 1,24%
em maio. Importante analisar o que há realmente de estrutural ou
se há também um componente conjuntural ligado a uma certa
frustração com o governo Bolsonaro.
Um componente, que é
consistente, porém não necessariamente estrutural, é
o recorrente viés de otimismo apresentado nas projeções
dos agentes econômicos, conforme já publicado anteriormente
por nós mesmo. Essa revisão baixista feita ao longo do primeiro
semestre do ano começou desde 2011 e tem uma repetição
sistemática nos últimos 3 anos, conforme publicado pelo Valor
em 15 de abril de 2019, "A recorrente superestimação de projeções
de crescimento do PIB", artigo do Carlos Waack e meu próprio.
A recuperação
econômica é considerada a mais anêmica da história
brasileira. Em termos estruturais, dois fatos saltam aos olhos: a produtividade
do trabalho próxima de zero e a dificuldade da recuperação
nos investimentos. Isso faz com que o Brasil tenha um crescimento potencial
ao redor de 1,5%. A estagnação da produtividade não
é um problema recente, mas foi agravado pela alocação
equivocada de recursos no final do período petista e não
há milagres que possam ser feitos de imediato para uma reversão
acelerada desse problema.
Para a recuperação
da produtividade é necessário investimento em infraestrutura,
em educação, desburocratização e incentivos
corretos para a redução do chamado custo Brasil. Já
os investimentos produtivos estão historicamente baixos e há
problemas de financiamento com necessidade de readequação
do crédito direcionado, mas também anêmica demanda
por investimentos dada a alta capacidade instalada.
Entretanto, mesmo com algum
pessimismo sobre a capacidade de recuperar rapidamente o crescimento do
PIB potencial, seria natural um comportamento cíclico mais favorável
do crescimento no início de um novo governo com uma agenda liberal
e alto capital político. O aumento do otimismo pode ser medido pela
confiança dos agentes econômicos que subiram de maneira quase
contínua de setembro de 2018 até fevereiro de 2019. A confiança
do consumidor, por exemplo, subiu de 83,1 para 96 nesse período,
caindo, porém, para 89,5 em abril.
Vastas são as evidências
que o humor inverteu a partir de março e a lua de mel com o governo
Bolsonaro acabou. Ainda sobre a confiança, em abril de 2019, é
a primeira vez, desde junho de 2016, que a expectativa futura é
pior do que a situação atual para a indústria. Em
termos econômicos nada há para justificar essa reversão
da expectativa futura, a não ser questões político-fiscais,
que serão explicitadas em seguida.
Mais do que inversão,
os indicadores econômicos disponíveis (produção
industrial, arrecadação de impostos, geração
de emprego) para o primeiro trimestre apontam crescimento negativo, conforme
já antecipado pelo IBC-BR (PIB mensal do Banco Central) que caiu
0,6% no primeiro trimestre. Vários economistas já apontam,
inclusive, que o crescimento do presente ano pode ser mais fraco do que
o biênio 2017-18 (1,1%). Desde o artigo anterior no Valor, eu já
considerava altamente provável a repetição do mesmo
padrão de crescimento dos anos anteriores.
A reforma da previdência,
carro-chefe do programa econômico, apresenta uma tramitação
lenta, mas há clima relativamente favorável a sua aprovação,
mesmo com alguma desidratação e não justifica, por
si só, a reversão de expectativas. Uma reforma que economize
cerca de R$ 600 bilhões sendo aprovada no terceiro trimestre é
o que o mercado considera palatável no momento.
Uma explicação
plausível é a decepção com o presidente, que
não era muito conhecido antes da eleição e virou opção
viável ao antipetismo. Ele tem apresentado um comportamento inflamável
e vem se auto-sabotando todo o tempo. O discurso tem sido mais focado nos
grupos ideológicos, que já eram mais próximos do presidente
há mais tempo, e pode estar assustando aqueles que aderiram mais
tardiamente, apenas como opção ao não retorno do grupo
lulo-petista.
A falta de apoio e a insistência
em não arregimentar uma base de sustentação no Congresso
pode agradar aos grupos conservadores mais extremados, que acreditam na
demonização dos políticos, mas esse comportamento
preocupa o mercado e também outros setores menos radicais. O clima
de constante crise política afeta a confiança e inibe novos
investimentos e consumidores a pegarem crédito para bens duráveis
e residências.
Primordial a necessidade
de se criar um clima de negociação com toda a sociedade e
principalmente no Congresso, se há realmente intenção
de aprovar reformas que destravem o crescimento e ajudem na melhoria do
ambiente de negócios. Atualmente, mesmo políticos de centro-direita,
primordialmente no grupo denominado Centrão, estão em pé
de guerra com o Poder Executivo. Não há nenhum clima de confiança
entre as partes, abrindo espaço até para a oposição
petista, que estava semi-morta, levantar bandeiras como a da defesa da
educação, colocando seguidores nas ruas para protestar contra
procedimentos usuais, como o contingenciamento de verbas.
Ainda é prematuro
considerar que o Brasil voltará à recessão, mas se
ao queimar capital político com querelas ideológicas estéreis
não só se perdeu a oportunidade de crescimento cíclico
no início de um novo mandato, mas, ainda pior, há dúvidas
sobre a recuperação do crescimento estrutural da economia,
mesmo apontando-se inicialmente na direção correta com uma
agenda liberal voltada para melhorar o clima de negócios no país.
É a primeira vez,
desde junho de 2016, que a expectativa futura é pior do que a situação
atualtual para a indústria (Marcelo Kfoury Muinhos -
Valor)
Confiança
baixa, PIB travado
Atensão se manteve
no fim de sem a n a , sem trégua, e a segunda- feira já começou
marcada pela insegurança política e pelo temor de mais um
desastre na economia, com estagnação na indústria,
investidores assustados e desemprego elevado até o fim do ano. É
preciso haver menos barulho em Brasília, disse logo cedo o presidente
da bolsa paulista, a B3, Gilson Finkelsztain. O mercado de ações
até se animou, mas o dólar voltou a subir, passando de novo
de R$ 4,10, e a semana se abriu com novas previsões sombrias sobre
o crescimento econômico, agora estimado em apenas 1,24%, e sobre
o desempenho da indústria.
Ainda de manhã o
presidente Jair Bolsonaro anunciou a intenção de enviar ao
Congresso, logo depois de aprovada a reforma da Previdência, uma
proposta de revisão do sistema tributário.
Mas o dólar só
recuou quando ele negou haver briga entre Poderes. Se Câmara e Senado
têm uma "proposta melhor" para a Previdência, concedeu, "ponham
em votação".
Conflitos com o Congresso
já foram negados em outros momentos, mas a ação real
do governo está refletida na incerteza quanto a ajustes e reformas,
no baixo nível de atividade e na piora das expectativas.
A mediana das projeções
do mercado para este ano aponta crescimento de apenas 1,24% para o Produto
Interno Bruto (PIB). É pouco mais que a taxa de crescimento - 1,1%
- contabilizada em cada um dos dois anos anteriores. Não se descarta,
nesta altura, o risco de nova recessão. Na mesma pesquisa, a mediana
das estimativas para a produção industrial acaba de recuar
de 1,70% para 1,47%. Os números são da Focus, a consulta
semanal do Banco Central a cerca de cem entidades financeiras e consultorias.
A indústria tem puxado
para baixo o nível geral dos negócios.
A produção
industrial afeta uma teia muito ampla de atividades.
Além disso, o setor
é a principal fonte, no Brasil, dos empregos internacionalmente
classificados como "decentes" - com carteira assinada, salários
no mínimo razoáveis e benefícios indiretos, como acesso
facilitado a planos de saúde.
A crise na Argentina, importante
cliente, e o desastre da mineradora Vale em Brumadinho têm afetado
os indicadores da indústria, mas o setor estaria em má situação
mesmo sem esses fatores, como assinalam relatórios do Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Os números continuam
ruins quando se exclui o segmento minerador e se considera apenas a indústria
de transformação.
O volume produzido no primeiro
trimestre ainda é 1,9% inferior ao dos três meses finais de
2018 e 1,4% menor que o de janeiro a março do ano passado.
Além disso, 20 dos
26 segmentos industriais identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) apresentaram recuo no primeiro trimestre. A
queda de vendas para a Argentina é, portanto, apenas parte de um
quadro negativo muito mais amplo.
Sem surpresa, o Índice
de Confiança do Empresário Industrial caiu 1,9 ponto em maio,
para 56,5 pontos. Com quatro quedas consecutivas, o indicador baixou 8,2
pontos em quatro meses. Esse período corresponde a quase todo o
mandato do presidente Jair Bolsonaro até agora. Se há algo
surpreendente, é a permanência do índice acima de 50
pontos, na parte positiva, portanto, do cenário pesquisado mensalmente
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar da estagnação
do setor neste começo de governo, empresários apostam em
tempos melhores. Como ocorre frequentemente, as expectativas em relação
à própria empresa são melhores que as avaliações
do quadro geral da economia nos seis meses seguintes. Mas nem isso basta,
como pesquisas têm mostrado, para estimular o investimento produtivo
ou a acumulação de estoques.
De toda forma, alguma boa
disposição permanece e o governo cometerá mais um
erro se desperdiçar esse fator.
Menos barulho em Brasília
e mais articulação política são condições
para o País funcionar e para animar investidores, lembrou o presidente
da B3.
Não se trata só
da bolsa, mas do País. Falta o presidente absorver esse ponto.
(Agência Estado)
Mercado
vê inflação mais alta e reduz estimativa de crescimento
do PIB
É a 12ª queda
seguida na previsão de alta do PIB neste ano. Expectativa de inflação
para 2019 subiu de 4,04% para 4,07%. Números foram divulgados pelo
Banco Central.
Os economistas das instituições
financeiras elevaram a previsão de inflação para este
ano, ao mesmo tempo em que reduziram a estimativa de expansão da
economia em 2019.
As previsões constam
no boletim de mercado também conhecido como relatório "Focus",
divulgado nesta segunda-feira (20), pelo Banco Central (BC). O relatório
é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de
100 instituições financeiras.
Para o crescimento do PIB
deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,45% para
1,24% na semana passada. Foi a 12ª queda seguida do indicador.
O início das revisões
para baixo na expectativa de crescimento do mercado financeiro para o PIB
deste ano começou após a divulgação do resultado
do ano passado – quando a economia avançou 1,1%.
No fim de março,
o Banco Central estimou expansão de 2% para a economia brasileira
neste ano e o Ministério da Economia projetou um crescimento de
2,2% para 2019.
Para o ano que vem, a expectativa
do mercado financeiro de expansão da economia permaneceu estável
em 2,50%.
Os economistas dos bancos
também não alteraram a previsão de expansão
da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,5% para os dois
anos.
Inflação
Para 2019, os economistas
do mercado financeiro elevaram a expectativa de inflação
estável de 4,04% para 4,07%. A meta central deste ano é de
4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75%
a 5,75%.
A meta de inflação
é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la,
o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia
(Selic).
Para 2020, o mercado financeiro
manteve em 4% a estimativa de inflação – em linha com a meta
central, de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá
sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5%
e 5,5%.
Outras estimativas
Taxa de juros - O mercado
manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019.
Esse é o índice atualmente em vigor. Com isso, o mercado
segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão
recuou de 7,5% para 7,25% ao ano. Desse modo, embora em menor intensidade,
os analistas continuam prevendo alta nos juros no ano que vem.
Dólar - A projeção
do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu
de R$ 3,75 de R$ 3,80 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou
estável em R$ 3,80 por dólar.
Balança comercial
- Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações
menos as importações), a projeção em 2019 subiu
de US$ 50 bilhões para US$ 50,50 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de
US$ 46 bilhões para US$ 45,55 bilhões.
Investimento estrangeiro
- A previsão do relatório para a entrada de investimentos
estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, recuou de US$ 83,29 bilhões
para US$ 82 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas passou
de US$ 84,36 bilhões para US$ 82,52 bilhões
(Por Alexandro Martello - G1))
FMI:
Reforma da Previdência fortalecerá previsibilidade da economia
Christine Lagarde mencionou
o Brasil em Nur Sultan, no Cazaquistão
“Temos expectativa que a
aprovação da Reforma da Previdência fortalecerá
a previsibilidade e a certeza sobre o futuro da economia brasileira” disse
a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine
Lagarde, após o encerramento do Fórum Econômico de
Astana. Segundo ela, a Reforma da Previdência vai desencadear um
movimento de solidez e das finanças do Brasil.
O Fórum Econômico
de Astana, ocorrido na cidade de Nur Surtan, capital do Cazaquistão,
nos dias 16 e 17 de maio, reuniu 5.500 delegados de 74 países. Eles
sugeriram que os países da Ásia Central podem dar prosseguimento
às diretrizes do Fórum de Davos (Suíça), em
favor do crescimento da economia mundial. O fórum anual é
considerado um evento econômico chave na Europa e na Ásia.
O tema do fórum deste ano foi "Inspirando o crescimento: pessoas,
cidades, economias".
O Fórum Econômico
de Astana também enfatizou a necessidade de que todas as nações
do mundo, especialmente as da Ásia, busquem cumprir as sugestões
formuladas pela Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável.
"O mais importante é
que precisamos de um crescimento inclusivo e sustentável que melhore
as perspectivas das mulheres, jovens, pobres e aqueles que vivem nas áreas
rurais e que aumentem as expectativas das gerações futuras",
disse Christine Lagarde, dirigindo-se aos participantes do fórum.
“Se a Ásia Central
pode aproveitar o poder da tecnologia financeira, como fizeram as economias
emergentes em outras regiões, os ganhos potenciais para os pobres,
mulheres e jovens serão significativos”, acrescentou a diretora-gerente
do FMI.
Desevolvimento Sustentável
Cazaquistão e sua
capital Nur Sultan, enquanto cooperam com outras nações e
cidades, também precisam estabelecer sua própria abordagem
para o desenvolvimento, disse Alexander Petrov, ministro assistente da
Comissão Econômica da Eurásia e gerente de projetos
de Transformação Digital para a região da Ásia
Central.
“A principal tarefa da liderança
do Cazaquistão e da cidade de Nur Sultan é criar seu próprio
ecossistema. Não podemos copiar a experiência de alguém.
Precisamos desenvolver o nosso próprio programa. Para isso,
é muito importante manter as pessoas capazes de incorporar as tarefas
tecnológicas mais ousadas. É importante que eles não
partam para Cingapura ou para os Estados Unidos, mas fiquem em seus respectivos
lugares para desenvolver seu próprio ecossistema ", disse Petrov.
Delegados de vários
países também observaram que o Fórum Econômico
de Astana, o Fórum de Davos e outros fóruns similares oferecem
uma boa oportunidade para facilitar a cooperação internacional
no combate aos desafios globais.
“Até 2030, 5,1 bilhões
de pessoas, ou 60% da população global, estarão morando
nas cidades. Pressões ambientais serão sem precedentes. Hoje,
apenas 10% dos residentes urbanos têm condições adequadas,
de acordo com as recomendações da Organização
Mundial da Saúde ”, disse o Presidente do Conselho de Administração
do Boston Consulting Group, Hans-Paul Bürkner, que participou do Fórum
Econômico de Astana (José Romildo - Agência
Brasil)
OCDE
reduz projeção de expansão do Brasil
A OCDE rebaixou para 1,4%
a projeção de crescimento do Brasil para este ano, mas vê
potencial para uma forte expansão se reformas forem aprovadas no
país.
Em setembro, a OCDE previa
uma expansão do Brasil de 2,5% neste ano. Em novembro, cortou isso
para 2,1%. Em abril, reduziu para 1,9% e, agora, para 1,4%. Em 2018, o
PIB brasileiro cresceu 1,1%.
A OCDE mostra que entre
2011-18 a economia brasileira ficou estagnada com uma taxa expansão
de 0,1% na média - o pior resultado entre as grandes economias.
Em comparação, China e Índia tiveram crescimento médio
de 7,1% nesse período.
Agora, a entidade constata
que a economia brasileira continua crescendo, mas num ritmo menor, especialmente
em razão de investimentos modestos. Nota que as atenções
estão focadas na capacidade do governo Jair Bolsonaro de conseguir
fazer reformas ou não.
A OCDE diz que a confiança
dos empresários começou a diminuir com a incerteza sobre
as reformas. Estima que, se o Congresso não aprovar uma agenda ambiciosa
de reformas, o teto de gastos, adotado em 2016, será violado já
em 2020. Isso resultará em custos financeiros mais altos, menor
crescimento e possível retorno da recessão.
Mas se uma forte agenda
de mudanças for aprovada, indo além da "urgente e necessária
reforma da Previdência", o crescimento brasileiro será bem
maior e impulsionará mais exportações. Se as incertezas
forem dissipadas, a demanda doméstica pode acelerar e o desemprego
diminuir.
Considerando a "ampla capacidade
ociosa" no Brasil, a inflação deve continuar abaixo da meta
em 2019 e 2020. A política monetária continuará acomodatícia,
ou seja, os juros permanecerão baixos, apoiando os gastos das famílias.
Mais uma vez a OCDE sugere
que o governo brasileiro melhore a qualidade das finanças públicas.
Considera isso crucial para restaurar a confiança. Calcula que a
dívida pública está em 77% do PIB.
Para 2020, a entidade projeta
crescimento de 2,3% no Brasil, também abaixo dos 2,4% previstos
em abril. Mas isso está condicionado as reformas.
Com relação
à vizinha Argentina, a projeção é de contração
da economia de 1,8%, após a queda de 2,5% de 2018. Mas a OCDE avalia
que a demanda está sendo retomada, e a economia argentina pode dar
um salto com expansão de 2,1% no ano que vem.
(Valor)
Intervenção
do BC não livra dólar do patamar de R$ 4,10
O leilão de US$ 1,25
bilhão realizado pelo Banco Central (BC) ontem não foi suficiente
para segurar a valorização da moeda norte-americana. Mais
uma vez, o dólar fechou com cotação em alta, de 0,07%,
e manteve o patamar de R$ 4,105. Durante o dia, chegou a R$ 4,123, maior
nível durante o pregão desde 25 de setembro, período
pré-eleitoral.
O BC interveio com leilões
de linha. A primeira venda, chamada de leilão A, teve início
às 12h15min, com término às 12h20min, no total de
US$ 251 milhões. A segunda venda, leilão B, foi realizada
das 12h30min às 12h35min, com negociação de US$ 999
milhões. Hoje e amanhã estão programadas novas transações
com compromisso de recompra.
- R$ 4,10 é um patamar
muito alto para o dólar. Na sexta, subimos R$ 0,10 em um dia, isso
é um exagero, um desespero do mercado. Por isso, o Banco Central
decidiu interferir - diz Fernanda Consorte, estrategista de câmbio
do Banco Ourinvest.
Na bolsa, que perdeu a marca
dos 90 mil pontos na sexta- feira, o movimento foi distinto ao do dólar
e do mercado externo. Após o tombo de 4,5% acumulado na semana passada,
as ações ficaram atrativas aos olhos dos investidores. Confiantes
com a aprovação de alguma reforma da Previdência -
quer seja do governo Jair Bolsonaro, quer seja um texto alternativo de
deputados e senadores -, o mercado retomou posições nas companhias
abertas e levou o Ibovespa a alta de 2,17%. Durante o pregão, o
índice bateu os 92.116 pontos e fechou próximo do mesmo nível,
a 91.946 pontos.
- Enquanto há expectativa
com a aprovação da reforma, a bolsa deve permanecer no patamar
dos 90 mil pontos. A sinalização do Congresso de que teremos
uma reforma, independentemente de Bolsonaro, é positiva para o mercado
- afirma Thiago Salomão, da Rico Investimentos.
Para analistas, a forte
queda de 6,6% no mês deixou os papéis das companhias baratos.
Eles avaliam que o Ibovespa, maior índice acionário do país,
deve permanecer acima dos 90 mil pontos, ou seja, não teria mais
espaço para queda. O senso de oportunidade fez com que ações
de empresas que acumulam queda expressiva no mês tivessem forte alta
ontem. A Braskem, que recuava 23% em maio, subiu 10,11%.
As principais bolsas mundiais
caíram ontem após a chinesa Huawei, maior fabricante de equipamentos
de telecomunicações do mundo, ser colocada em uma lista negra
de comércio pelo governo norte-americano, o que intensificou a guerra
comercial. Em mais um capítulo da disputa entre os dois países,
que se intensificou nos últimos dias, China acusou os EUA de manterem
"expectativas extravagantes" para um acordo. (ZH Online)
Obtenha mais informações
pelo e-mail assprevisite1@assprevisite.com.b
SP:
56 mil dependentes químicosrecebem tratamento na Cracolândia
Em 2016, foram 40 mil atendimentos.
Ao logo dos últimos 25 anos, várias gestões municipais
e estaduais tentam acabar com o problema.
O número de dependentes
químicos que recebem atendimento na região da Cracolândia
passou de cerca de 40 mil em 2016 para mais de 56 mil em 2018, segundo
dados da Prefeitura de São Paulo.
Enquanto que, em 2016, foram
realizados mais de 40 mil atendimentos a usuários de drogas na região,
o número passou para 56.710 dois anos depois, em 2018.
A questão é
antiga, pois faz mais ou menos 25 anos que a Cracolândia passou a
existir na capital paulista, desafiando várias gestões.
Em todo esse tempo, a Cracolândia
da luz só mudou de lugar. Se, no começo, ela era espalhada
por ruas da região da Luz, hoje, o fluxo de viciados em crack está
concentrado na frente de prédios históricos e culturais da
cidade, como a Estação Júlio Prestes, de 1938, e a
Sala São Paulo de Concertos.
Várias operações
policiais foram realizadas na região neste período, na tentativa
de resolver o problema. Em 2005, foi realizada a Operação
Nova Luz, começando a serem realizadas as internações
voluntárias, em 2009, e as internações compulsórias,
por parte do governo do estado, em 2013.
Em 2014, foi feita uma nova
operação, com o objetivo de acabar com a Cracolândia
– a operação Braços Abertos. Em 2017, uma nova operação
– a Redenção. Agora, a Prefeitura dá início
à segunda fase da operação Redenção.
A Cracolândia começou
em 1994, quando a rua dos Protestantes ficou famosa como a rua do crack.
Era uma droga relativamente nova e que viciava rapidamente. Os cachimbos
começaram a acender e a tomar conta do centro de São Paulo
e se espalhando para as ruas Gusmão, Vitória e Triunfo.
Entre 1995 e 2002, com delegacias
móveis e de combate ao crack, o governo do estado tentou reverter
a situação, com a presença mais efetiva da polícia
no quadrilátero mais degradado do centro da cidade.
Nos últimos 15 anos,
a Prefeitura e o governo do estado criaram ao menos quatro grandes projetos
para revitalização da região e o tratamento de dependentes
químicos. No Projeto Nova Luz, as gestões de José
Serra e Gilberto Kassab fizeram convênios com comunidades terapêuticas.
Para revitalizar a região, a Prefeitura ofereceu redução
do IPTU e do ISS por 5 anos para empresas que se instalassem na região.
Em 2014, a gestão
do prefeito Fernando Haddad cancelou contratos com comunidades terapêuticas
e nasceu o programa Braços Abertos, que previa moradia em hotéis
e trabalho remunerado em troca de tratamento por meio da redução
gradativa do uso de drogas.
Quando João Doria
assumiu a Prefeitura, lançou o programa Redenção,
que priorizou as internações com abstinência das drogas.
Doria chegou a falar que “a cracolândia acabou, não existe
mais”.
Nesta segunda-feira (20),
a Prefeitura, na gestão de Bruno Covas, lançou a segunda
fase do Programa Redenção, que pretende, na primeira etapa,
ter uma abordagem diferente dos dependentes químicos com auxílio
de agentes de saúde. Se a pessoa aceitar ajuda, começa a
segunda etapa, que é a acolhida. O usuário de drogas é
encaminhado para um local com cama, comida, lazer, onde não será
tolerado o uso de drogas.
Depois, o dependente químico
pode receber tratamento para a desintoxicação. A prefeitura
também vai usar hotéis sociais para abrigar quem estiver
em tratamento, que receberá treinamento para conseguir emprego e
um auxílio financeiro durante essa etapa.
Operações
Sobre as operações
na Cracolândia, a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad disse
que a política de redução de danos foi implementada
com sucesso na cracolândia e que a gestão seguinte optou por
outros tipos de ações.
O governo de João
Doria, através da Secretaria Estadual da Saúde, falou que
o estado tem, desde 2013, o programa Recomeço para acolher e tratar
dependentes químicos.
O ex-prefeito Gilberto Kassab
disse que a existência da Nova Luz não significa não
ter a Cracolândia e que as gestões seguintes optaram por não
manter o projeto e também outros trabalhos realizados no governo
dele.
Por telefone, o ex-governador
Geraldo Alckmin destacou ter construído hospitais para atendimento
a dependentes químicos e também um Cratoc, unidade de atendimento
de saúde, para prestar serviços 24 horas por dia a usuários
na região da Cracolâdia. Alckmin afirmou ainda ter feito a
primeira parceria público-privada na habitação, para
a construção de habitações populares na região.
(Giba Bergamin Jr. - G1)
SC:
Hospital São Donato, de Içara, suspende atendimento ambulatorial
na ortopedia
Serviços de urgência
e emergência, além de cirurgias marcadas, continuam.
O atendimento ambulatorial
da ortopedia do Hospital São Donato, em Içara, no Sul catarinense,
foi suspenso nesta segunda-feira (20), confirmou a unidade. Os serviços
de urgência e emergência, além de cirurgias já
marcadas, continuam. A direção do hospital disse que, com
a falta de repasses da Secretaria de Estado da Saúde, não
consegue pagar os médicos.
O G1 aguarda resposta da
pasta sobre a situação. Não há previsão
de quando o atendimento voltará.
O diretor-administrativo
do hospital, Júlio César de Luca, afirmou que "Enquanto a
secretaria não saldar os débitos, fica complicado". Segundo
ele, a pasta deve à unidade cerca de R$ 700 mil. "Pagaram janeiro
e fevereiro, ficaram devendo dezembro, março, abril e maio", disse.
A recomendação
aos pacientes é que procurem outras unidade de saúde do município.
(RBS)
SC:
Dive-SC confirma quatro mortes e 42 casos de gripe no estado
Foram 10 casos a mais de
influenza no estado. Um mulher de 54 anos morreu em Brusque.
A Diretoria de Vigilância
Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) divulgou nesta segunda-feira
(20) que houve uma morte e 10 casos de influenza a mais registrados no
estado em comparação com o último boletim da unidade,
divulgado na segunda-feira(13).
• Vacina da gripe: Quem
pode tomar? Posso ficar doente? Tire suas dúvidas
Com isso, já são
quatro mortes no estado. O último caso confirmado foi uma paciente
de Brusque, no Vale do Itajaí, confirmado pela prefeitura na noite
da última quinta-feira (16). A vítima tinha 54 anos e morreu
por influenza A (H1N1). Segundo a Dive-SC, ela apresentava fator de risco
para o agravamento da doença.
As demais mortes também
eram de pessoas com influenza A (H1N1). Um homem de 52 anos de Tubarão,
uma mulher de 79 anos de Blumenau, além de uma mulher de 48 anos
de Jaraguá do Sul.
No último boletim,
eram 26 casos de A (H1N1) confirmados. Agora, já são 33.
Também foram registrados 8 casos pelo vírus A (H3N2) e 1
pelo vírus Influenza B.
Casos confirmados:
Blumenau - 9
Florianópolis - 5
Chapecó - 5
Itajaí - 3
Joinville - 3
Jaraguá do Sul -
2
Tubarão - 2
Armazém - 1
Braço do Norte -
1
Balneário Camboriú
-1
Brusque - 1
Camboriú - 1
Criciúma - 1
Jacinto Machado - 1
Lages - 1
Maravilha - 1
Palhoça - 1
Pomerode - 1
São José -
1
Paciente morador de São
Paulo, mas que foi atendido em Santa Catarina - 1
Os dados são referentes
ao período que compreende o início de sintomas em 30 de dezembro
de 2018 até os registrados em 15 de maio deste ano. (RBS)
RS:
Estado pagará R$ 216 milhões de dívida com hospitais
e prefeituras
Anúncio foi feito
pelo governador Eduardo Leite, durante evento na Famurs. Acordo foi firmado
no início do mês na Secretaria da Fazenda; valor é
referente a débitos não quitados desde 2014.
O governo do Rio Grande
do Sul vai pagar, de forma parcelada, R$ 216 milhões referentes
à dívida com hospitais e municípios. O governador
Eduardo Leite anunciou nesta segunda-feira (20), em evento na Federação
das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul
(Famurs), que o valor será dividido em 16 parcelas de R$ 13,5 milhões.
O acordo foi firmado no
início deste mês, em encontro realizado na Secretaria da Fazenda,
em Porto Alegre. Participaram a secretária da Saúde, Arita
Bergmann, o subsecretário do Tesouro do Estado, Bruno Jatene, e
o presidente da Famurs, Antonio Cettolin.
Segundo o governo estadual,
a gestão de Eduardo Leite assumiu o estado com um passivo de R$
1,1 bilhão na área da Saúde, referente ao período
de 2014 a 2018, e reduziu para R$ 637 milhões. Com o parcelamento
de parte do valor, ainda faltará o pagamento de R$ 421 milhões.
Em fevereiro, Leite havia
se comprometido a realizar o pagamento em fevereiro. "Inicialmente, prevíamos
um pagamento em 36 meses, mas, com esforços empenhados pela Secretaria
da Fazenda, foi possível reduzir o número de parcelas para
16", afirmou o governador.
O valor total é referente
a débitos não quitados desde 2014. Os repasses são
referentes à execução de programas como Equipes de
Saúde da Família (ESF), Política de Incentivo da Assistência
Básica, Redes de Urgência e Emergência (Samu), Assistência
Farmacêutica Básica e Primeira Infância Melhor (PIM),
entre outras finalidades.
Do valor total da dívida,
R$ 162 milhões são devidos para as prefeituras, e outros
R$ 54 milhões, a hospitais municipais e de pequeno porte, conforme
detalhamento abaixo:
• R$ 7,3 milhões
de 2014 para prefeituras
• R$ 986 mil de 2015 para
prefeituras
• R$ 2,3 milhões
de 2016 para prefeituras
• R$ 4,3 milhões
de 2017 para prefeituras
• R$ 54 milhões para
hospitais
O presidente da Famurs destacou
a disponibilidade da Secretaria da Saúde em realizar a negociação
com a Famurs. "O momento pelo qual vive o RS deixa clara a necessidade
de diálogo", afirmou Cettolin.
Desenvolvimento e reestruturação
Também na reunião,
Leite pediu aos prefeitos que apoiem as medidas de reestruturação
que vêm sendo adotadas pelo governo estadual, e exaltou a importância
da reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional. Segundo
ele, a medida federal dará segurança a investidores estrangeiros
quando à capacidade do país de cumprir compromissos.
Em relação
à viagem que realizou nos Estados Unidos e na Inglaterra, o governador
afirmou ter apresentado a investidores as oportunidades oferecidas pelo
estado. A iniciativa foi parte da agenda de desenvolvimento econômico
estabelecida pelo Piratini.
"O RS, agora, está
no radar dos investidores. Apresentamos uma carteira de projetos, mostramos
as oportunidades de forma clara", afirmou. (RBS)
RS:
Sindicância vai apurar atendimento a bebê de 11 meses que morreu
por gripe
Diretor técnico hospital,
Eduardo Melnick, não quis gravar entrevista, mas disse ao repórter
Bernardo Bortolotto, da RBS TV, que a instituição ainda não
foi notificada sobre o resultado do exame de Maria Luiza Laranjeira Vieira.
Instituição vai investigar o caso.
O Hospital Sapiranga - Sociedade
Beneficente Sapiranguense vai abrir uma sindicância para apurar o
atendimento a um bebê de 11 meses que morreu de gripe A (H1N1), na
quarta-feira (15), no município da Região Metropolitana de
Porto Alegre.
Maria Luiza Laranjeira Vieira
faria um ano no dia 12 de junho. Segundo a mãe Jenifer Laranjeira
Vieira, a menina não foi vacinada porque estava resfriada e tomava
antibióticos. Ela foi internada no hospital na segunda-feira (13)
e diagnosticada com bronquiolite aguda.
O diretor técnico
do hospital, Eduardo Melnick, não quis gravar entrevista, mas disse
ao repórter Bernardo Bortolotto, da RBS TV, que a instituição
ainda não foi notificada sobre o resultado do exame de Maria Luiza.
Segundo Melnick, a análise
não é feita para fins de tratamento dos pacientes, mas, sim,
para questões epidemiológicas. Ele disse ainda que uma comissão
de óbitos normalmente analisa casos como este, mas deve formar uma
equipe para investigar os problemas levantados pela família da criança
durante o atendimento.
Maria Luiza ficou três
dias internada na instituição. A mãe diz que a menina
ficou cerca de 12 horas sem receber a visita de um médico, entre
a terça e a quarta-feira.
"Eu pedi várias vezes
para o médico do plantão ver ela, mas ele não apareceu.
Na quarta-feira, de manhã, quando a outra médica do plantão
chegou, não passaram a minha filha como urgência. Quando a
médica viu ela, disse que ela estava com falta de oxigênio
no sangue. Eu perguntei para ela o que isso significava, ela me disse 'a
gente vai colocar uma máscara nela, e ela vai ficar boa'. A médica
ficou surpresa quando eu disse que ninguém tinha visto ela à
noite", relata a mãe.
Em nota divulgada na tarde
desta segunda-feira, o hospital disse que a paciente internou com quadro
clínico não compatível com Influenza A e que, durante
todo o período de internação, manteve os mesmos sintomas
da chegada ao hospital. Também garantiu que a menina foi sempre
monitorada por equipe médica, de enfermagem e multidisciplinar.
Leia na íntegra abaixo.
Ao G1, a mãe disse
ainda que, num momento de piora da filha, presenciou uma discussão
entre a equipe de médicos. Um dos equipamentos usados para dar oxigênio
para a criança estaria com problema, segundo Jenifer.
"Eu cheguei no quarto e
tinha um monte de enfermeiros de máscara em volta dela. Estavam
brigando entre eles. Tinham coisas que não estavam funcionando e
eles precisavam de autorização para liberar um equipamento
que estava em outro lugar. Minha filha ficou mais de cinco minutos exposta,
sem roupa e sem equipamento de oxigênio, enquanto eles tentavam resolver
isso".
Por nota, a Prefeitura de
Sapiranga informou que a Secretaria Municipal de Saúde foi notificada,
na tarde de sexta-feira (17), pelo Laboratório Central de Saúde
Pública (Lacen), que a criança morreu por gripe A (H1N1).
Leia íntegra abaixo.
Professores e funcionários
da escola em que Maria Luiza frequentava foram informados na sexta-feira
(17) sobre o resultado do exame e imunizados contra gripe no sábado
(18).
Diagnóstico de Influenza
(A e B)
Segundo a Secretaria Estadual
de Saúde, a notificação e investigação
de casos de gripe se dá a partir de internações hospitalares
por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), caracterizada
por um quadro de síndrome gripal, associado à dificuldade
respiratória ou outros sinais de gravidade (saturação
de oxigênio menor 95%, queda da pressão arterial, entre outros).
• Síndrome gripal:
febre de início súbito acompanhada de tosse ou dor de garganta
e pelo menos um dos sintomas: dor de cabeça (cefaleia), dor muscular
(mialgia) ou dor nas articulações (artralgia).
Nota da Prefeitura de Sapiranga
O óbito da criança
de 11 meses em Sapiranga, em decorrência da Gripe A, ocorreu na quarta-feira,
dia 15 de maio. No final da tarde de sexta-feira, 17, a Secretaria Municipal
de Saúde teve a confirmação da Gripe A, e conforme
a notificação e o material do exame no Laboratório
Central de Saúde Pública (Lacen), a criança não
havia sido vacinada.
A Prefeitura Municipal de
Sapiranga, através da Secretaria Municipal de Saúde e da
Vigilância Epidemiológica tomou todas as providências
quanto à notificação compulsória ao Estado
e precauções foram tomadas.
Em Sapiranga a Campanha
Nacional de Vacinação contra a Gripe ocorre em todas as Unidades
Básicas de Saúde (UBSs) e de Estratégia de Saúde
da Família (ESFs), das 7h15 às17h45, sem fechar ao meio-dia.
As doses só não
são disponibilizadas na UPA 24 Horas, na Unidade de Saúde
Especializada (USE), no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
e no prédio da Secretaria de Saúde (ao lado do Hospital Sapiranga),
porque estes locais são voltados a serviços de atendimento
de emergência e de especialistas.
O Dia D de Mobilização
Nacional com todas as unidades de saúde abertas, inclusive a USE,
ocorreu em Sapiranga no dia 4 de maio.
Nota do Hospital Sapiranga
O Hospital Sapiranga, em
vista do ocorrido no último dia 15/05/2019 com a paciente Maria
Luiza Laranjeira Vieira, vem a público esclarecer que, em análise
dos registros de prontuário, bem como em discussão com as
equipes envolvidas, apurou que:
1. A paciente internou no
Hospital Sapiranga às 20h50min do dia 13/05/2019 (segunda-feira),
com quadro clínico não compatível com Influenza A;
2. Durante todo o período
de internação a paciente manteve os mesmos sintomas da chegada
ao Hospital, sendo sempre monitorada por equipe médica, enfermagem
e multidisciplinar, com verificação de sinais vitais, realização/acompanhamento
de exames, não havendo indicativos para início de tratamento
de Influenza A, conforme preconiza o protocolo do Ministério da
Saúde;
3. Por ocasião da
piora do seu estado clínico na quarta-feira (15/05/2019) pela manhã,
foram realizados novos exames, quando então surgiu a hipótese
de Influenza A e imediatamente iniciado o manejo para o seu tratamento;
4. Quanto ao relato dos
familiares de suposta falha de equipamentos, tal não ocorreu, visto
que a paciente encontrava-se em uma emergência com infraestrutura
de suporte para casos graves e com equipe médica presente;
5. Por fim, esclarece que
o resultado do exame coletado na quarta-feira e enviado para o Laboratório
Lacen (POA), via Secretaria Municipal de Saúde, não tem como
objetivo estabelecer diagnóstico para tratamento, mas, apenas fins
estatísticos, diante do dever de notificação que o
hospital possui perante as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual.
(RBS)
DF:
Médica da rede pública vira youtuber de medicina de família
'Diário de um Posto
de Saúde' faz sucesso entre profissionais que atuam no SUS e estudantes
de medicina. Vídeos foram incorporados ao site oficial da Secretaria
de Saúde do DF.
Tornar os temas da saúde
mais leves e acessíveis era um desafio para a médica Luísa
Portugal. Mas ela também queria ajudar os colegas que trabalham
com medicina comunitária a desenvolver técnicas e formas
de abordagem.
Foi então que a especialista
em medicina da família começou a usar uma câmera. Luísa
se tornou uma yotuber.
A médica começou
a postar as primeiras fotos, vídeos e textos nas redes sociais em
2012. Ela estava recém-formada e criou um diário virtual
para denunciar as dificuldades da rede pública (veja mais abaixo).
Em 2016, Luísa passou
a contar com a ajuda de amigos para a edição do material.
Foi assim que o "Diário de um Posto de Saúde" ganhou mais
seguidores e acabou conquistando estudantes de medicina e profissionais
que, como ela, atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).
Na última semana,
os vídeos produzidos por Luísa começaram a ser publicados
no perfil oficial da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A
médica explica que sentia necessidade de compartilhar informações
qualificadas sobre atenção primária e estratégias
de atendimento nas comunidades.
A médica youtuber
passou a produzir vídeos para ajudar os colegas a se comunicarem
melhor durante uma consulta. Técnicas, formas de abordagem e o reenquadramento
de consultas, conforme a necessidade dos pacientes, estão entre
as dicas. Tudo em tom informal e divertido.
Luísa fala sobre
empatia e estratégias de comunicação para que, segundo
ela, o profissional do SUS possa ser mais resolutivo.
"Um exemplo é quando
o paciente leva um acompanhante que quer falar por ele. A consulta fica
complicada. Então, é preciso saber como lidar com eles."
Esse tema, inclusive, virou um dos vídeos mais assistidos do canal.
Como começou
Luísa Portugal tinha
25 quando recebeu o diploma em medicina. Recém-formada, a jovem
resolveu, em 2012, criar um blog para falar das dificuldades enfrentadas
no posto de saúde onde trabalhava, em Goiás.
Para lançar a iniciativa,
a médica fez uma pesquisa e descobriu a página "Diário
de Classe" – uma comunidade virtual no Facebook desenvolvida pela adolescente
Isadora Faber, em Santa Catarina.
Isadora ficou conhecida
no país ao denunciar os problemas da escola pública em que
estudava, em Florianópolis. A página da adolescente inspirou
Luísa a tentar fazer algo parecido em relação à
saúde pública.
Assim, a médica transformou
em realidade o desejo de compartilhar seu dia a dia no posto de saúde
do Setor Vera Cruz II – região oeste da capital de Goiás.
O diário no Facebook
cresceu, ganhou parceiros e seguidores, e, agora, faz parte do site oficial
da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. (Brenda Ortiz - G1)
BA:
Serviços de apoio psicológicos gratuitos auxiliam pessoas
com depressão
Instituições
podem ser encontradas em Salvador e Feira de Santana.
Pessoas vítimas da
depressão e outros distúrbios psiquiátricos, como
transtorno de ansiedade generalizada, podem contar com serviços
de entidades que prestam apoio psicológico gratuito ou com valores
sociais, em Salvador e em Feira de Santana.
O G1 listou associação
civil sem fins lucrativo, universidades e instituições particulares,
que atuam para auxiliar as vítimas. Confira lista abaixo:
Centro de Valorização
da Vida (CVV) atendimento através do telefone 188
O Centro de Valorização
da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio,
atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem
e precisam conversar sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas
todos os dias.
O atendimento pode ser feito
pelo telefone 188 – com chamada gratuita –, através de e-mail ou
chat disponíveis no site do CVV, ou presencialmente nas seguintes
unidades:
• Salvador
Rua do Bângala, Nº.
47/99 Nazaré. Horário: atendimento 24h
• Feira de Santana
Rua Senador Quintino, 713,
Bairro Olho Dágua. Horário: 10h às 22h.
Universidade Federal da
Bahia
A Universidade Federal da
Bahia (Ufba) fornece tratamento psicológico e terapia gratuita para
vítimas de distúrbios psiquiátricos. Os antedimentos
são feitos no Instituto de Psicologia da Ufba, em Salvador, na Rua
Aristides Novis, 197, Federação. Informações
podem ser obtidas pelo telefone: (71) 3235-4589.
Escola Bahiana de Medicina
e Saúde Pública (Bahiana)
A Bahiana também
oferece sessões gratuitas com psicólogos, na Sessão
Clínica do Serviço de Psicologia da Bahiana (Sepsi). A unidade
da escola que faz os atendimentos é em Salvador, na Avenida Dom
João VI, nº 275, Brotas. Informações sobre dias
e horários podem ser obtidas pelo número: (71) 3276-8259.
Centro Universitário
Jorge Amado (Unijorge)
O Centro Universitário
Jorge Amado (Unjorge) também fornece atendimentos psicológicos
para crianças, adolescentes e adultos, por meio do através
do Instituto de Saúde (IS) da universidade, que fica no Campus Paralela,
na Avenida Luis Viana, n. 6775.
O IS funciona de segunda
a sexta-feira, das 7h30 às 22h, e aos sábados, das 8h às
12h. Informações sobre os atendimentos podem ser obtidas
através dos telefones (71) 3206-8015 e (71) 3206-8489, ou através
do site do centro universitário.
Instituto Junguiano da Bahia
O Instituto Junguiano da
Bahia também oferece sessões de terapia abordagem analítica
junguiana, com valores sociais, na clínica escola da instituição.
O Junguiano fica no bairro do Candeal, em Salvador, na Alameda Bons Ares,
nº 15. As consultas e valores podem ser checados por meio dos telefones:
(71) 3043-7089 e (71) 3043-7049. (G1)
CE:
Campanha de vacinação contra gripe alcança 67% dos
grupos prioritários
Mais de 1,7 milhão
foram imunizadas. Ao todo, 2.385 postos de saúde participam da ação
no estado.
A campanha de vacinação
contra a gripe já imunizou 1.704.076 pessoas dos grupos prioritários
desde o dia 10 de abril no Ceará. O número representa 66,48%
do total pretendido pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). A
meta é alcançar 90%.
A população
tem até o dia 31 deste mês para realizar a imunização
no posto de saúde mais próximo de casa. Ao todo, 2.385 postos
de saúde participam da ação no estado. A campanha
oferece uma vacina trivalente, com proteção para H1N1, H3N2
e B/Colorado/06/2017 (influenzas semelhantes à gripe suína).
Dentre as categorias dos
grupos prioritários, 99% dos funcionários do sistema prisional
já foram vacinados, de acordo com o Ministério da Saúde.
Seguindo as taxas de maior imunização estão mulheres
com até 45 dias pós-parto (76,83%), gestantes (75,86%) e
crianças de 6 meses a menores de 6 anos (75,71%). No entanto, com
pouco mais de 10% de alcance, a população privada de liberdade
ainda segue em baixa. Os dados foram fechados n útl
São prioridades também
idosos com 60 anos ou mais, doentes crônicos, trabalhadores da saúde,
população indígena, adolescentes e jovens sob medida
socioeducativa, professores de escolas públicas e particulares e
os profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais
civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas).
Na última quarta-feira
(14), através das redes sociais, o governador Camilo Santana fez
uma convocação à população. "É
preciso que as pessoas dentro das faixas etárias (prioritárias)
procurem se vacinar, levar seus filhos. Quero fazer esse convite para que
todos possam se vacinar. Pensem na vida de vocês, na vida dos seus
filhos porque essa é uma ação de prevenção
e é fundamental", declara. (G1)
Senado
avaliará saque do FGTS e benefícios fiscais para pessoas
com doenças raras
Podem ser votados na próxima
quarta-feira (22), às 9h, pela Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) projetos que beneficiam pessoas com doenças raras. Um dos
textos permite a portadores dessas doenças o saque do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS).
O Projeto de Lei do Senado
(PLS) 703/2015, diversifica as hipóteses de movimentação
da conta vinculada do fundo. O texto, do senador Romário (Pode-RJ),
inclui entre essas hipóteses doença grave, incapacitante
ou rara; doença que demande cuidados permanentes ou de alto custo;
doença que necessite de tratamento multidisciplinar; doença
ou condição que dispense carência para concessão
de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; e doença
ou condição que motive isenção do Imposto de
Renda.
“A liberação
dos depósitos é plenamente justificável em caso de
doença. O que nos parece exagerada é a norma legal atual
que prevê a liberação do FGTS somente quando o trabalhador
ou seus dependentes estiverem em estágio terminal. Muito mais recomendável
é a utilização desses recursos quando ainda for possível
prolongar a vida do trabalhador ou minorar, efetivamente, o sofrimento
do paciente”, argumentou Romário. O relator, senador Humberto Costa
(PT-PE), recomendou a aprovação do texto.
(Agência Senado)
Sarampo:
Ministério fará campanha de vacinação contra
doença
As ações devem
ter início em 10 de junho, segundo a pasta
O Ministério da Saúde
realizará uma campanha de vacinação contra o sarampo
no país. As ações devem ter início em 10 de
junho, segundo a pasta, que não informou quais lugares serão
alvos e nem outros detalhes.
A última mobilização
de vacinação contra a doença foi realizada em agosto
do ano passado —na ocasião, também foi disponibilizada vacina
contra a poliomielite.
Na última semana,
a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou o
primeiro caso autóctone de sarampo na capital desde 2015. Antes,
a pasta já havia confirmado três casos da doença na
cidade, decorrentes de infecções ocorridas fora do país,
em Israel, Noruega e Malta.
A pasta chegou a realizar
ações de bloqueio contra o sarampo na capital. Uma delas
foi feita na região central de São Paulo, em abril, após
uma suspeita de contaminação.
No Brasil, além do
caso em São Paulo, há 27 casos autóctones confirmados
neste ano, segundo o Ministério da Saúde, todos no Pará.
Contando os casos importados, já são mais de 80.
O sarampo é uma doença
grave e contagiosa que pode ser transmitida por meio do contato direto
com a secreção da pessoa infectada ou pelo ar. Febre alta,
tosse, coriza, manchas avermelhadas na pele e manchas brancas no interior
das bochechas são alguns dos sintomas.
A vacina que protege contra
a doença é a tríplice viral, que também imuniza
contra caxumba e rubéola.
Em março, o Ministério
da Saúde confirmou que o Brasil perderá o status de país
livre do sarampo, após registrar um caso no Pará em fevereiro
e não conseguir interromper a transmissão da doença.
A pasta lançou em
abril deste ano o Movimento Vacina Brasil, para tentar conter a queda na
quantidade de imunizações registrada nos últimos anos.
Dados do PNI (Programa Nacional
de Imunizações) mostram que os índices de coberturas
vacinais de bebês e crianças tiveram nova queda em 2017 e
atingiram o nível mais baixo do país em ao menos 16 anos.
Todas as vacinas indicadas
para menores de 1 ano ficaram abaixo da meta do Ministério da Saúde,
que prevê imunização de 95% do público —os índices
variavam entre 70,7% e 83,9%. A BCG foi exceção, com índice
de 91,4%. (Folha de São Paulo)
EUA:
Surto de sarampo chega a 880 casos, o maior desde 1994
Somente na semana passada
foram reportados 41 casos, segundo o Centro de Controle e Prevenção
de Doenças; doença já foi registrada em 24 Estados
americanos
O surto de sarampo nos Estados
Unidos chegou a 880 casos registrados neste ano, o maior desde 1994, informaram
agentes oficiais de saúde na segunda-feira, 20.
Somente na semana passada
foram reportados 41 casos, segundo o Centro de Controle e Prevenção
de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Destes, 30 ocorreram
no Estado de Nova York - a maioria na cidade de Nova York e alguns no Condado
de Rockland. A doença já foi registrada em 24 Estados americanos.
Um porta-voz do CDC disse
que ainda é muito cedo para dizer se o surto já está
diminuindo. Em Nova York, a transmissão do vírus parecia
estar sofrendo uma redução em janeiro, mas no mês seguinte
aumentou novamente. Um surto de vírus em uma determinada região
só é dado por encerrado após 42 dias sem o registro
de um novo caso, de acordo com a fonte.
A transmissão do
sarampo tende a diminuir quando chega o calor do verão, afirmam
especialistas. Não se sabe se isso ocorre porque as crianças
não ficam muito próximas na escola, porque as famílias
passam menos tempo dentro de casa ou porque gotículas que contêm
o vírus permanecem no ar por mais tempo no ar frio e seco do que
no ar quente e úmido.
Surto no noroeste do Pacífico
No noroeste do Pacífico,
que registra um surto sem relação com o de Nova York, as
taxas de imunização subiram mesmo na Ilha de Vashon, em Washington,
que há muito tempo é conhecida pelo alto número de
pais que se recusam a vacinar os filhos.
A região, localizada
a apenas 22 minutos de Seattle em balsa, tem visto mais pais aceitarem
a vacina por uma série de razões, segundo a agência
Associated Press. Muitos estão preocupados com o surto da doença
e outros estão cansados da reputação da ilha de ser
o epicentro de rejeição à vacina.
A taxa de vacinação
entre alunos do jardim de infância nas escolas públicas de
Vashon subiu de cerca de 74% em 2018 para 56% em 2012, de acordo com o
departamento de saúde local. O número ainda é inferior
aos 95% necessários para garantir que o sarampo não se espalhe
amplamente se for introduzido numa área. (NYT/O
Estado de S.Paulo)
Hospitalar
2019: Novos modelos de negócios focados no engajamento do paciente
O principal encontro de
líderes e profissionais de saúde terá 30 eventos simultâneos
que discutirão desde Telemedicina às novidades da atenção
domiciliar entre os dias 21 e 24 de maio, em São Paulo
A mudança dos modelos
de negócios na área de saúde com foco na experiência
e no engajamento dos pacientes é o tema central da 26ª edição
da Hospitalar, o mais importante evento de saúde das Américas,
que acontece entre hoje (21) e sexta-feira, 24 de maio, no Expo Center
Norte, em São Paulo.
Parte da plataforma de negócios
e networking conduzida pelo Grupo Informa Exhibitions, a Hospitalar contará
com mais de 40 eventos simultâneos e mais de 1.200 marcas expositoras,
que terão como temas desde as novas tecnologias na saúde
até os avanços da atenção domiciliar e na saúde
suplementar e corporativa, entre outros.
A expectativa é de
receber pelo menos 85 mil visitas de profissionais de mais de 50 países,
durante os quatro dias de congressos e exposições.
Segundo Vitor Asseituno,
diretor de Mercado da Informa Exhibitions, um novo sistema de Saúde
está sendo desenhado em cima de resultados, experiência, engajamento
e tecnologia – todas as diretrizes com espaço de discussão
na Hospitalar.
“Cada gestor precisa saber
qual será seu papel nesse novo cenário. Trabalhar da mesma
maneira como se fazia há 20 anos não funcionará e,
acima de tudo, não será aceito”, afirma.
Para o executivo, diante
dessa nova realidade da saúde, devem ser cada vez mais frequentes
os debates sobre as mudanças promovidas no setor devido, sobretudo,
ao maior uso de tecnologias, aos custos crescentes, à necessidade
de adoção de novas abordagens e à transformação
da cadeia de valor anteriormente estabelecida no setor.
“É por meio desses
debates, como os que acontecerão na Hospitalar, que temos a oportunidade
de levar conhecimento, boas práticas e discussões para todos
os participantes. O conteúdo é, para nós, a principal
via para ajudar na transformação do setor como um todo”,
completa.
Engajamento do paciente
Levando em conta o tema
central da 26ª edição da Hospitalar – Experiência
e Engajamento do paciente –, Asseituno lembra que o paciente é sempre
a parte fundamental no processo de cuidado, tornando-se coparticipante
das decisões relacionadas à sua própria saúde,
incluindo aquelas relacionadas a alimentação e estilo de
vida.
“Condições
como obesidade e diabetes, por exemplo, são mais comuns em pessoas
que não se exercitam, não se cuidam ou não comem direito.
Por isso o engajamento do paciente para mudar seu comportamento e se tornar
uma pessoa mais saudável é fundamental”, diz.
Segundo o executivo da Informa
Exhibitions, o paciente desengajado custa mais caro, e a instituição
que não tiver uma boa experiência perderá clientes,
o que impactará diretamente no resultado dessas organizações.
“Atualmente as operadoras
de saúde investem em prevenção e promoção
de saúde porque o engajamento dos usuários realmente muda
a retenção deles com o plano de saúde e, consequentemente,
o negócio da empresa”, afirma.
Dentre os quase 40 congressos
que ocorrerão durante a Hospitalar, estão o CISS (Congresso
Internacional de Serviços de Saúde), Hospitalar Facilities,
HIMSS@Hospitalar, além de eventos com as temáticas de Reabilitação,
Saúde Suplementar e Corporativa e Atenção Domiciliar.
O CISS (Congresso Internacional
de Serviços de Saúde), que ocorrerá nos dias 22 e
23 de maio, vai abordar a fundo o tema da Hospitalar, com mesas cujos especialistas
discutirão o papel da digitalização na experiência
do paciente e as evidências científicas em engajamento do
paciente: o que realmente faz a diferença?”
O evento é realizado
pela ISQua (International Society for Quality in Health Care) e ONA (Organização
Nacional de Acreditação) e conta com o apoio de importantes
entidades do setor da saúde como a Associação Brasileira
da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos,
Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO); Confederação
Nacional de Saúde (CNS); Federação Nacional dos Estabelecimentos
de Saúde (FENAESS); Sindicato dos Hospitais do Estado de São
Paulo (SINDHOSP); Associação Nacional de Hospitais Privados
(Anahp) e Associação Brasileira da Indústria de Alta
Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED).
Tecnologia e Inovações
e Facilities
O HIMSS@Hospitalar é
uma exclusividade da Hospitalar no Brasil, sendo o único evento
nacional da saúde que representa o principal fórum global
de tecnologia e inovações para a saúde.
Neste ano, o congresso trará
como tema “Digital Health.19 – Prediction, Prevention and Precision Care”,
que acontecerá entre os dias 21 e 24 de maio. O evento tem como
patrocinadores as empresas InterSystems e Pixeon.
O congresso terá
sua programação dividida em seis grandes temáticas,
cada uma com sua própria programação: Hospital Innovation;
Consumerization of Healthcare; TeleHealth; EHR, Big Data; e Health Analytics.
O Hospitalar Facilities,
que ocorre de 21 a 24 de maio, é uma área que reúne
espaços destinados à promoção de debates, palestras
e demonstrações realísticas.
O primeiro deles é
o Facilities Innovation, um espaço gratuito e demonstrativo para
o público, criado exibir exemplos de como este setor pode ajudar
a reduzir gastos em hospitais, clínicas e laboratórios, melhorando
sua eficiência no atendimento e segurança do paciente.
O segundo espaço
é o Facilities Congresso, onde os profissionais do setor promoverão
debates sobre cases atuais, abordando a integração entre
especialistas de hospitais, clínicas e indústria.
Congressos temáticos
O Congresso de Reabilitação
abordará o envelhecimento da população, o uso das
novas tecnologias e a importância da mudança de um modelo
focado em promoção e prevenção da saúde.
O evento liderado por Linamara
Rizzo, especialista em Medicina Física e Reabilitação,
e ex-secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
de São Paulo, entre 2008 a 2019, é uma parceria com a ABIMO
(Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos
Médicos Odontológicos Hospitalares e de Laboratórios)
e com apoio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência
do Estado de São Paulo.
O Congresso de Atenção
Domiciliar: Transição e Continuidade de Cuidados, idealizado
pelo EnCONSAD (Encontro Regional de Saúde e Atenção
Domiciliar), discutirá, durante dois dias, temas como a atenção
domiciliar no Brasil, estratégias para desospitalização
e transição segura de cuidados, inovações tecnológicas
para Atenção Domiciliar, Atenção Domiciliar
no Século XXI: o que está por vir?, entre outros.
Questões como as
perspectivas de alianças, modelos e investimento, a redefinição
de papéis para novos cenários na saúde, dados e atenção
primária para a construção de um novo setor, entre
outros serão temas do Congresso de Saúde Suplementar e Corporativa
realizado pela Hospitalar em parceria com a TM Jobs, Business Club Healthcare
Latam e o INLAGS – Instituto Latino-Americano de Gestão em Saúde
e Hospitalar, acontece no 2º Mezanino dos dias 21 a 23 de maio.
Serviço:
Hospitalar 2019 – Engajamento
e experiência do paciente: uma abordagem de negócio
Data: De 21 a 24 de maio
de 2019, das 11h às 20h.
Local: Expo Center Norte
(Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo)
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espaço esta aberto para sua Empresa estar presente junto aos nossos
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