Previdência
- Clipping de Notícias - 07.02.2012
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
(Caso
deseje cancelar o recebimento deste material - favor retornar mensagem
com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Venha conversar com a PREVIC, SPPC, ABRAPP, APEP, ANAPAR e destacados especialistas no próximo dia 02 de março, no Hotel Windsor Guanabara, no Rio de Janeiro. O Encontro AssPreviSite irá proporcionar a dirigentes, conselheiros, gestores e profissionais das entidades um excelente momento para interagir com a visão de contexto dos significativos movimentos previstos para o ano de 2012. Serão abordados os diversos tópicos que influenciam a vida das Entidades de Previdência Complementar do nosso país. Programe-se já! Não perca. O evento tem o patrocínio do Itaú Unibanco e acontece das 9:30 às 17:30 no Auditório Candelária, no Hotel Guanabara, na Av. Presidente Vargas, 392, centro do Rio. A taxa de adesão é de R$ 300,00 (trezentos reais). Informações complementares e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,7270, com alta de 0,58% em relação ao fechamento da sexta-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a segunda-feira em alta de 0,01%, com o volume financeiro no patamar de R$ 5,19 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em baixa de 0,13% e a Nasdaq caiu 0,13%.
AssPreviSite
"Previdência
Complementar:
Do Fomento, Educação
e Previdência do Servidor - Trends de 2012"
02 de Março:
Encontro Anual AssPreviSite - Rio
União
discute previdência complementar
Reunião de líderes
da Câmara dos Deputados discute hoje o projeto de lei que cria o
regime de previdência complementar para o servidor federal. A reunião
terá a presença do presidente da Casa, deputado Marco Maia
(PT-RS). O texto é o destaque do Plenário nesta semana.
Os parlamentares vão
debater o substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família,
que prevê a criação de três fundos de previdência
complementar com participação do servidor e do governo. A
União já aumentou de 7,5% para 8,5% a alíquota máxima
que pagará enquanto patrocinador dos fundos.
Entre as principais mudanças
está a criação de um teto para aposentadorias dos
novos servidores federais. O parâmetro é o limite pago pela
Previdência Social aos trabalhadores da iniciativa privada. Atualmente,
o valor está em R$ 3.916,20.
Os servidores que desejarem
ganhar acima do teto terão que aderir ao Funpresp (Fundo de Pensão
dos Servidores Públicos Federais), que será formado para
complementar os benefícios.
Ao atual servidor que optar
pela previdência complementar será assegurado um benefício
especial. Este será calculado com base nas parcelas das contribuições
recolhidas ao regime próprio de previdência acima do teto
do INSS, que será atualizado pelo Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA). (Alessandra Horto - O Dia)
Funpresp
pode ser votado na Câmara esta semana
O Projeto de Lei 1992/2007
que pretende instituir o regime de previdência complementar para
os servidores públicos civis federais é o destaque do Plenário
da Câmara dos Deputados nesta semana. Há previsão inclusive
que a proposta possa ser pautada em sessões extraordinárias.
De acordo com o projeto, as alterações – caso aprovadas –
não atingirão os atuais servidores ativos e inativos da União
e serão válidas apenas para os aprovados em concurso público
após a aprovação da lei.
O projeto prevê a
limitação das aposentadorias dos servidores públicos
federais até o teto do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS) – hoje fixado em R$ 3916,20 – assim como os trabalhadores da iniciativa
privada. Para os servidores que ganham acima desse valor, a complementação
das aposentadorias será realizada através da criação
da Fundação de Previdência Complementar do Servidor
Público Federal (Funpresp), que capitalizará os recursos
responsáveis pelo pagamento das aposentadorias acima do teto.
O Funpresp poderá
ser um grande investidor na infraestrutura do país. Além
da sustentabilidade financeira do regime de previdência pública
no longo prazo, para o secretário de políticas previdência
complementar do Ministério da Previdência Social, Jaime Mariz,
a aprovação do Funpresp representa potencial para investimento
em obras de infraestrutura – como rodovias, portos e aeroportos – fundamentais
para o desenvolvimento do país nos próximos anos. O secretário
destaca as oportunidades geradas pela realização da Copa
do Mundo e das Olimpíadas no Brasil em 2014 e 2016.
De acordo com o secretário,
o Funpresp vai possibilitar a expansão da poupança interna
brasileira, já que a previsão é que nas próximas
décadas o fundo dos servidores federais torne-se a maior entidade
fechada de previdência complementar da América Latina, tanto
em número de participantes como em volume de recursos. Para se ter
uma ideia, a aposta é que nos próximos anos o Funpresp supere
a Previ, o fundo de previdência complementar dos funcionários
do Banco do Brasil, hoje o 24° do mundo com um patrimônio de
R$ 160 bilhões e 140 mil participantes. Atualmente, o quadro da
União é formado por 1, 1 milhão de servidores em atividade.
Mariz ainda destaca que a previdência complementar para os funcionários
públicos já é instituída pelas principais economias
globais. “É assim que o mundo inteiro aposenta seus servidores.
Dos 12 maiores fundos de pensão do mundo, 11 são de servidores
públicos”, aponta. (Ana Carolina Melo - Ascom/MPS)
Nomeaçõe
só após aprovação do Funpresp
Governo quer retardar nomeações
até aprovar Previdência Complementar
O governo quer aprovar até
o final de abril, na Câmara e no Senado, o projeto que cria o Regime
de Previdência Complementar do Servidor Público da União.
Com esse calendário otimista, a intenção do governo
é tentar segurar novas nomeações até lá,
para que os futuros servidores já sejam contratados com base nas
novas regras. Mas este plano só será cumprido se o Congresso
não demorar a votar a proposta. O projeto é o primeiro item
da pauta do plenário da Câmara desta terça-feira, mas
a votação pode ficar para depois do carnaval.Não se
sabe o número certo de servidores já aprovados em concursos
que podem ser nomeados este ano, mas a expectativa é de que o volume
seja grande. Em 2011, por exemplo, foram contratados 20.606 funcionários
concursados, segundo o boletim estatístico de dezembro do próprio
Ministério do Planejamento e Gestão. Em 2010, este número
foi bem maior: 36.600. Para este ano, o Orçamento da União
prevê gasto de R$ 2,1 bilhões para a realização
de concursos e nomeações - estão previstas a criação
de 57.260 vagas nos três Poderes, sendo 54 mil apenas no Executivo.
Mas isso é apenas um indicativo, não significando o preenchimento
dessas vagas.
Ao ser questionado sobre
a estratégia de tentar suspender as nomeações, em
entrevista ao GLOBO, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves,
explicou que a ideia é incentivar a entrada de servidores já
pelas novas regras. É que o governo terá que arcar com as
despesas do atual sistema - que tem um déficit em torno de R$ 60
bilhões - e do novo. Garibaldi reiterou que é preciso aprovar
a proposta com urgência porque o déficit do Regime Próprio
de Previdência do Servidor Público vem crescendo de forma
"assombrosa".
- Os concursos serão
realizados. O governo vai suspender as nomeações, enquanto
não aprovar (o novo regime). Têm declarações
de outros porta-vozes do governo neste sentido, porque, se não,
não tem o efeito desejado - disse o ministro, e acrescenta: - O
déficit vem crescendo a um ritmo de 10% (ao ano). E há uma
certeza de que vamos reduzir isso dentro de 30 anos, mas não vamos
ainda zerar, porque o governo ficará atendendo às exigências
de dois regimes previdenciários: o do atual servidor, que não
será atingido, e o do futuro servidor, que vai realmente ingressar
no novo regime.
O Ministério do Planejamento
e Gestão, mais cuidadoso, disse que a realização de
concursos e nomeações é feita de acordo com a "necessidade"
e sustentou que não há vinculação desse tema
com a votação do Funpresp: "O Ministério do Planejamento
autoriza as demandas por concursos e nomeações a partir de
análises caso a caso, considerando a necessidade dos órgãos,
as prioridades de governo, e o cenário econômico do momento",
informou o Planejamento (Cristiane Jungblut - O Globo)
Nova
previdência será 1.ª batalha na Câmara
Projeto limita aposentadoria
pública ao teto do INSS. Planalto quer votar a proposta antes do
carnaval, mas não há consenso na base governista
O Planalto precisará
de muito jogo de cintura para conseguir que a Câmara dos Deputados
aprove o fundo de previdência complementar do funcionalismo até
o carnaval. A pressa para levar o Projeto de Lei 1.992/07 ao plenário
foi expressa pelo líder do governo na Casa, deputado Cândido
Vaccarezza (PT-SP). Mas, além de enfrentar resistências da
oposição e de sindicatos de servidores, o governo federal
ainda precisa convencer a própria base a abraçar o projeto,
que tramita em caráter de urgência.
O texto cria um regime previdenciário
para quem ingressar no serviço público da União a
partir da promulgação da lei. Pelas novas regras, a aposentadoria
ficaria limitada ao teto pago pelo INSS aos trabalhadores da iniciativa
privada (atualmente em R$ 3.912,20). Para ganhar mais do que isso, o servidor
terá de contribuir com um fundo.
A versão atual do
projeto prevê que o governo federal dará uma contrapartida,
de no máximo 8,5% do salário que exceder o teto do INSS.
A medida é considerada fundamental pela presidente Dilma Rousseff
para estancar o déficit da previdência pública no longo
prazo.
A pauta de votações
da Câmara está trancada por cinco medidas provisórias.
Esse obstáculo, entretanto, pode ser contornado com a convocação
de sessões extraordinárias para apreciar o PL 1.992/07. A
estratégia será definida hoje à tarde, quando ocorre
a primeira reunião de líderes da Casa. Mas há quem
duvide que o Planalto vai conseguir ditar o ritmo da tramitação
do projeto.
O novo líder do PSDB
na Casa, deputado Bruno Araújo (PE), diz que não há
acordo para a votação ocorrer logo. Para o líder do
PPS na Câmara, o deputado paranaense Rubens Bueno, o início
do ano legislativo pode atrapalhar os planos de Vaccarezza. “Nos primeiros
dias temos de fazer as eleições das comissões técnicas.
São mais de 20. Também temos de redefinir as lideranças.
Eu mesmo preciso definir meu futuro. A nossa bancada também não
tem uma posição fechada sobre o assunto. Acho que a votação
nesse momento é muito difícil”, diz.
Não há consenso
nem mesmo na base aliada. O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), um dos
vice-líderes do partido na C?mara, afirma que o projeto deve ser
votado em breve, como quer o Planalto, mas somente após algumas
alterações no texto. “Como a pauta da Câmara
está trancada pelas MPs, surge a possibilidade de várias
negociações, para votar este ou outro assunto. Mas, mesmo
assim, acredito que o texto ainda será negociado, pelo conteúdo
e pela sistemática da Câmara.” O petista confirma que há
muitos questionamentos na base. “Ainda é preciso passar pela fase
de convencimento. Mas a perspectiva é de aprovar, com alguma alteração.”
Contrários
Temendo que o assunto seja
colocado na pauta em breve, a Confederação
dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) está
organizando uma ação política para hoje na Câmara.
A entidade pretende interpelar os deputados e convencê-los a não
aprovar o projeto. “Para nós o PL 1.992 não tem sentido algum,
não é necessário. A Previdência Social não
é deficitária, vamos continuar com essa luta.” Para os sindicatos,
o déficit foi causado pela incorporação no regime
público de celetistas (trabalhadores regidos pelas regras privadas,
a CLT) após a Constituição de 1988 e por contabilidade
indevida, como nas pensões de militares. (Rosana Félix
- Gazeta do Povo)
Fundos
migram para bolsa e títulos "de inflação"
A migração
dos investimentos é a estratégia dos fundos de pensão
para aumentar o patrimônio em 2012, tanto em renda variável
como em renda fixa, e até para novos ativos, como debêntures
de infraestrutura e BDRs.
A fundação
dos funcionários da Caixa Econômica Federal, Funcef, por exemplo,
deve diminuir a participação de títulos atrelados
à Selic (taxa básica de juros) de 9% para 7% da carteira,
em favor de títulos públicos ou privados indexados ao Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas ao mesmo tempo considera
manter os 33% da carteira em renda variável.
"Entramos na Bolsa em agosto
e setembro do ano passado, de forma gradual, entre 51 mil e 52 mil pontos",
contou o diretor financeiro da Funcef, Demósthenes Marques, em entrevista
exclusiva ao DCI. Só na última sexta-feira, o Ibovespa fechou
em alta de 0,97%, aos 65.217 pontos. A valorização dos papéis
que a Funcef comprou em agosto e setembro, quando a bolsa esta por volta
dos 52 mil pontos, ficou ao redor dos 27%.
Já o fundo de pensão
dos funcionários da Vale, a Valia, diz que está migrando
dos títulos de curto prazo para outros investimentos. "Com a expectativa
de queda da Selic, estamos alongando a renda fixa para títulos com
maior prazo e ligados a inflação e teremos pouca coisa em
DI", contou Maurício da Rocha Wanderley, diretor-financeiro da Valia.
A fundação
fechou o balanço de 2011 com 10,6% de crescimento em seu patrimônio,
para R$ 14,6 bilhões. (Ernani Fagundes - Panorama Brasil)
Funcef:
Processo de Seleção de Conselheiros
Estão abertas até
a próxima sexta-feira (10/2) as inscrições para participar
do Processo de Seleção de Conselheiros da FUNCEF (PSC), que
tem como objetivo encontrar profissionais com perfis adequados para futuras
indicações em Conselhos de Administração
e Fiscal nas empresas em que a Fundação tem participação
societária.
Perfis – Além de
ser participante da ativa ou aposentado da Fundação, o candidato
deve possuir uma boa trajetória profissional na CAIXA e competências
como capacidade de análise e de adaptação, flexibilidade
e compromisso com os resultados. O conselheiro também deve ter senso
de justiça e tempo para dedicação ao trabalho.
Gestão e Contabilidade
– Cada participante pode cadastrar seu currículo para apenas uma
modalidade de Conselho. Isso porque o perfil exigido para os dois cargos
é bem distinto. Para o Conselho de Administração,
o perfil requerido é mais voltado para os aspectos estratégicos
da Organização. Já para o Fiscal é necessário
que haja acompanhamento e cumprimento dos objetivos estratégicos
além de conhecimentos específicos para analisar as demonstrações
financeiras e aspectos tributários da Companhia. (Funcef/AssPreviSite)
Previ:
Eleições 2012
A partir desta quarta-feira,
8/2, e até às 18 horas, horário de Brasília
(DF), do dia 29/2/2012, estará aberto o prazo para a inscrição
das chapas que concorrerão às eleições na PREVI
em 2012. Somente serão aceitos requerimentos de inscrição
de chapas cuja composição apresente candidatos para todos
os cargos em disputa, inclusive suplentes. Os candidatos deverão
preencher os pré-requisitos estabelecidos na legislação
vigente e no Estatuto da PREVI, conforme já divulgado no Edital
de Convocação das Eleições.
Contatos da Comissão
Eleitoral
As dúvidas sobre
o processo podem ser esclarecidas junto à Comissão Eleitoral,
no horário das 9 às 18 horas, pelo telefone (21) 3870-1441,
pelo fax nº (21) 3870-1053 ou encaminhadas para o e-mail eleicoesprevi2012@previ.com.br.
As correspondências
poderão ser enviadas para o endereço:
COMISSÃO ELEITORAL
PREVI 2012
Praia de Botafogo, nº
501 - 4º andar
CEP: 22250-040 - Rio de
Janeiro - RJ
Todas as informações
sobre o processo eleitoral estão disponíveis aqui no site.
Na página sobre as Eleições PREVI 2012 você
encontra o Cronograma, o Edital de Convocação e o Regulamento
de Consultas aos Participantes e Assistidos, dentre outras informações.
(Previ/AssPreviSite)
Fipecq:
Análise Macroeconômica
No dia 28 de fevereiro
de 2012 a Fundação de Previdência Complementar
dos Empregados ou Servidores da FINEP, do IPEA, do CNPq, do INPE e do INPA
- FIPECq realizará em Brasília/DF a “3ª Mesa-Redonda
Regional Centro Norte: Análise Macroeconômica”.
O evento acontecerá
das 16 às 18 horas, no Auditório da Fundação
Ceres; contará com a participação dos técnicos
do IPEA e oferecerá 2 créditos para o processo de Recertificação
pelo ICSS.
As inscrições
são gratuitas e poderão ser feitas diretamente com a Secretaria
Geral e dos Órgãos Colegiados da FIPECq pelo e-mail: sarita@fipecq.org.br
(Diário dos Fundos de Pensão)
CBS
Previdência: 100 mil participantes
A CBS Previdência
atingiu um marco histórico em janeiro/2012:
100.000 pessoas, entre ativos
e aposentados, que são ou já foram participantes dos planos
de benefícios administrados pela entidade.
O novo participante, que
recebeu a inscrição n.° 100.000, foi o Sr. MARCELO
RODRIGUES DO NASCIMENTO, residente em Volta Redonda, que aderiu ao Plano
Milênio.
A CBS agradece ao Sr. Marcelo
Nascimento e a todos os seus milhares de participantes que, ao longo
de mais de 5 décadas, construíram essa história
de sucesso, confiança e solidez! (CBS/AssPreviSite)
Fundação
Cesp: Prêmio “Top of Quality”
A Fundação
CESP, maior fundo de pensão patrocinado por empresas privadas no
país, acaba de receber o prêmio “Top of Quality”, promovido
pela revista Top Business e pela CNEP (Companhia Nacional de Eventos &
Pesquisas). Realizado há cinco anos, o prêmio tem por objetivo
reconhecer a excelência de produtos e serviços de empresas
e instituições de diversos setores, selecionadas a partir
de questionários enviados a corporações privadas e
estatais de todo o país. (Diário dos Fundos de Pensão)
Banesprev:
Comunicados aos participantes
Comunicado aos Participantes
e Assistidos do Plano Banesprev I
Durante a vigência
de um plano de benefícios surgem situações que exigem
adequações regulamentares.
No caso do Plano Banesprev
I, tivemos os seguintes e relevantes fundamentos que justificam/exigem,
sob o aspecto formal adequações regulamentares, a saber:
exclusão da taxa
real de juros atuarial, uma vez que essa é definida na Nota Técnica
Atuarial, DRAA e Plano Anual de Custeio;
alteração
da razão social de alguns Patrocinadores; e
padronização
da nomenclatura do órgão responsável de supervisão
e fiscalização das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar – EFPC;
Essas adequações
foram propostas pela Diretoria Executiva e devidamente aprovadas pelo Conselho
Deliberativo do Banesprev em reunião de 13/12/2011.
Em cumprimento ao disposto
no Parágrafo 4º do Artigo 5º da Resolução
CGPC nº 08/2004, alterado pela Resolução CNPC nº
6/2011, disponibilizamos o Quadro Comparativo das adequações
efetuadas no Regulamento do Plano de Benefícios BANESPREV I.
Comunicado aos Participantes
e Assistidos do Plano Banesprev III
Durante a vigência
de um plano de benefícios surgem situações que exigem
adequações regulamentares.
No caso do Plano Banesprev
III, tivemos os seguintes e relevantes fundamentos que justificam/exigem,
sob o aspecto formal adequações regulamentares, a saber:
sucessão por incorporação
do Banco do Estado de São Paulo S/A – BANESPA pelo Banco Santander
(Brasil) S.A;
exclusão da taxa
real de juros atuarial, uma vez que essa é definida na Nota Técnica
Atuarial, DRAA e Plano Anual de Custeio; e
alteração
da razão social de alguns Patrocinadores.
Assim, essas adequações
foram propostas pela Diretoria Executiva e devidamente aprovadas pelo Conselho
Deliberativo do Banesprev em reunião de 13/12/2011.
Em cumprimento ao disposto
no Parágrafo 4º do Artigo 5º da Resolução
CGPC nº 08/2004, alterado pela Resolução CNPC nº
6/2011, disponibilizamos o Quadro Comparativo das adequações
efetuadas no Regulamentação Básica do BANESPREV III.
(Banesprev/AssPreviSite)
Fundos:
Mudança na Petrobrás
'É tempo de mudança,
é preciso mudar', afirmou Gabrielli em entrevista, lembrando que
está a frente da Petrobrás há quase sete anos
O presidente da Petrobrás,
José Sergio Gabrielli, disse ontem, que o calendário da mudança
na presidência da Petrobrás "talvez tenha sido antecipado".
Na abertura do programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da estatal
disse que já discutia com a presidente Dilma Rousseff uma mudança
da presidência da Petrobras "desde o primeiro momento" e ressaltou
que é um projeto consensual, mas admitiu que a sua saída
tenha sido antecipada em função dos acontecimentos, destacando
as mudanças no governo da Bahia. "É tempo de mudança,
é preciso mudar", afirmou, lembrando que está a frente da
Petrobrás há quase sete anos.
Gabrielli irá trabalhar
na equipe do governo de Jacques Vagner, que está atualmente em seu
segundo mandato. "Com a experiência adquirida na Petrobrás,
acho que posso ajudar na equipe", disse. Até agora ele ainda não
revelou que posição deve assumir no governo baiano.
Ele negou que sua saída
esteja relacionada a desavenças com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, no que diz respeito à política de preços
dos combustíveis, como se comenta no mercado.
Gabrielli disse que os acionistas
da estatal, que são investidores de longo prazo, são favoráveis
à estabilidade do fluxo de caixa.
O executivo alegou, ao ser
questionado sobre o congelamento dos preços dos combustíveis,
enquanto os preços no mercado internacional apresentam forte oscilação,
que a manutenção dos preços permite a maior previsibilidade
do fluxo de caixa.
Segundo ele, foi a política
de maior estabilidade dos preços que permitiu à Petrobras
ampliar os investimentos da estatal entre 2009 e 2010, após, portanto,
a crise de 2008, com menor necessidade de captação de recursos
no mercado financeiro
Gabrielli também
afirmou que qualquer empresa de petróleo do mundo tem influência
política. Mais cedo, ele havia dito que achava lícito que
a Petrobrás abrigasse indicações políticas,
mas também alegara que a imprensa carregava nesse assunto e cada
um interpretava como queria. Apesar de admitir a influencia política,
ele defendeu que todos os membros da diretoria da estatal, a exceção
dele próprio, são todos funcionário de carreira na
companhia.
Questionado se ele se considera
o representante do PT da estatal, ele disse que não e argumentou
que nunca tomou uma decisão que fosse beneficiar o partido e prejudicar
a companhia. "Tenho certeza que não fiz nada nesse sentido".
O executivo participou ontem
do programa Roda Viva, da TV Cultura (Luciana Collet - Agência
Estado)
Fundos:
Invepar, Triunfo e Engevix vencem leilão
Terminou o leilão
de concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília
(DF), na BM&F Bovespa. O valor global arrecadado pelo governo foi de
R$ 24.535.132.500,00.
O consórcio liderado
pela Invepar (em parceria com a sul-africana ACSA) venceu a disputa por
Guarulhos (SP), oferecendo R$ 16,213 bilhões – ágio de 373%
em relação ao lance mínimo estipulado pelo governo
(R$ 3,424 bilhões). A segunda mais alta foi do consórcio
liderado por EcoRodovias, que ofereceu R$ 12,863 bilhões (ágio
de275%). Também concorreu no leilão a viva-voz a OHL Brasil
em parceria com a espanhola Aena (cujo maior lance de R$ 12 bilhões,
ágio de 250%). Só os três foram classificados para
a segunda rodada.
Já a Triunfo Participações
e Investimentos venceu a concessão de Viracopos, com lance de R$
3,821 bilhões (ágio de 159% em relação ao mínimo
de R$ 1,471 bilhão). Ao todo, quatro consórcios fizeram lances
por Viracopos. Além do Consórcio liderado pela Triunfo, também
apresentaram propostas o Consórcio Novas Rotas, liderado pela Odebrecht,
em parceria com a operadora de Cingapura Changi (R$ 2,524 bilhões);
o Consórcio Operador Brasileiro de Aeroportos (OBA), liderado pela
OHL Brasil em parceria com a operadora espanhola Aena (R$ 1,7 bilhão);
e o Consórcio Invepar-ACSA, liderado pelo Grupo Invepar, em parceria
com a operadora sulafricana Airports Company South Africa (R$ 2,113 bilhões).
Os quatro foram classificados ao leilão de viva-voz, mas nenhum
ofereceu propostas nessa etapa.
No caso do aeroporto de
Brasília, o vencedor foi o consórcio liderado pela Engevix,
com lance inicial de R$ 3,5 bilhões e venceu a disputa com uma oferta
de R$ 4.501.132.500,00 (ágio de 673,39%). Outros concorrentes foram
os consórcios de OHL Brasil (cujo maior lance foi de R$ 4,4 bilhões),
Invepar (lance de R$ 3,213 bilhões) e Fidens (R$ 3,082 bilhões).
Apenas Invepar não ofereceu lances na segunda rodada.
(Fábio Pupo, Marina Falcão e Rodrigo Pedroso - Valor)
Fundos:
Cumbica, Viracopos e Brasília são privatizados
O sucesso do primeiro leilão
de privatização de aeroportos no Brasil superou até
os mais otimistas membros do governo federal, com um ágio médio
de 347% em relação aos R$ 5,4 bilhões de outorga mínima
prevista no edital
Sem nenhuma liminar de última
hora para impedir a disputa, o governo conseguiu leiloar ontem os aeroportos
de Guarulhos, Viracopos e Brasília com um sucesso acima do esperado
pelos seus integrantes mais otimistas: o valor mínimo de outorga
de R$ 5,4 bilhões atingiu R$ 24,5 bilhões em menos de duas
horas e meia, ágio médio de 347%, metade do tempo que era
previsto pelos próprios organizadores da disputa, na BM&F Bovespa.
O resultado do leilão
também gerou questionamentos dos pessimistas. Sem nenhuma operadora
de renome internacional entre os consórcios vencedores, a gestão
dos três aeroportos ficará sob responsabilidade de empresas
estrangeiras do mundo emergente. A Invepar, vitoriosa em Guarulhos com
um lance de R$ 16,213 bilhões que não recebeu contraofertas,
aliou-se à sul-africana ACSA. A Engevix, que arrematou a concessão
de Brasília com uma proposta de R$ 4,51 bilhões e ágio
de 673% sobre o valor inicial, fechou parceria com a argentina Corporación
América - detentora de uma rede de 33 aeroportos na Argentina e
com um histórico de renegociações contratuais e falta
de investimentos. A Triunfo, ganhadora do leilão de Viracopos com
uma oferta de R$ 3,821 bilhões, associou-se à francesa Egis
Aiport Operation - curiosamente, suas operações se concentram
no Congo, na Costa do Marfim, no Chipre e no Taiti.
Consórcios formados
por operadoras estrangeiras como Fraport (Alemanha), Zürich Flughafen
(Suíça) e Changi (Cingapura) ficaram longe das propostas
vitoriosas. Também não participou da batida de martelo no
pregão o "quarteto fantástico" das empreiteiras - Odebrecht,
Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão -, a maioria
com vasta experiência internacional na construção de
aeroportos.
O ministro-chefe da Secretaria
de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, elogiou a "coragem"
dos investidores e disse que o "apetite" das ofertas reflete a confiança
no país. A assinatura dos contratos de concessão, após
um processo de homologação do leilão e de abertura
de prazos para recursos administrativos, deve ocorrer em maio. Para o ministro,
a ausência das principais empreiteiras e operadoras do mundo entre
os vitoriosos não é motivo de incômodo. "Não
podemos ter preconceito com a origem do capital. Se não, nós
mesmos teríamos complexo eterno de vira-lata."
Nas duas horas e meia de
leilão, houve sussurros e expressões de espanto quando a
OHL - em parceria com a operadora espanhola Aena - apresentou uma oferta
de R$ 12 bilhões pela concessão de Guarulhos, até
então maior da disputa. O "advisor" de um banco que assessorava
outro consórcio logo comentou: "Essa conta não fecha". Quando
a disputa terminou, o próprio presidente da OHL, José Carlos
Oliveira, conhecido pela agressividade de seus lances nos leilões
de rodovias, disse que havia chegado ao "limite". Depois, questionado se
a proposta vencedora de mais de R$ 16 bilhões da Invepar trará
retorno aos investidores, ele apenas sorriu antes de caminhar para a saída:
"Tomara que dê certo".
Um alto funcionário
do governo comentou, reservadamente, que não esperava uma outorga
superior a R$ 6 bilhões para Guarulhos. Para ele, a saída
da futura concessionária será explorar receitas não
tarifárias - como publicidade e espaços comerciais - rapidamente
para obter retorno do investimento. "Ela precisará antecipar obras
como uma mega-ampliação do estacionamento e a oferta de hotéis
e até centro de convenções no entorno do aeroporto",
afirmou o funcionário.
Há muito espaço
para ganhar eficiência, avalia Adalberto Febeliano, diretor de relações
institucionais da Azul Linhas Aéreas, que acompanhou o leilão.
Até o fornecimento de eletricidade à aeronave enquanto ela
está em solo, para manter as luzes e o ar condicionado ligados,
é feito por empresas como Swissport. "É o tipo de serviço
que a operadora pode oferecer e gerar receita adicional", exemplifica Febeliano.
O tamanho do desafio da
Invepar é ilustrado pela receita total projetada pelo governo para
todo o período de concessão de Guarulhos. Nos estudos que
balizaram o processo de concessão, estimam-se R$ 17 bilhões
em 20 anos, cerca de 5% a mais do que a Invepar pagará somente como
valor de outorga, em parcelas anuais. Mesmo assim, o presidente da empresa,
Gustavo Rocha, garantiu que "vamos entregar o retorno esperado ao nosso
acionista". Ele não detalhou seu plano de negócios, mas antecipou
que a ampliação de receitas não tarifárias
é parte essencial da estratégia. "Estamos tranquilos."
Pelas regras do contrato
de concessão, as tarifas aeroportuárias não podem
subir. No ambiente de festa do leilão, a Infraero ganhou elogios.
"Ela tira leite de pedra", comentou o presidente da Invepar. "Ao contrário
do que pode parecer, temos satisfação em ter a Infraero como
sócia", reforçou o presidente da Engevix, José Antunes
Sobrinho.
Com apoio de fundos,
Invepar faz lance de R$ 16 bilhões
Vencedora do leilão
do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, com uma única tacada e um
valor surpreendente - R$ 16,2 bilhões pela outorga -, a Invepar
- Investimentos e Participações em Infraestrutura SA terá
missão dupla: garantir retorno para o pesado aporte e para os investimentos
ao longo da concessão de 20 anos. Vai operar um terminal onde passam
160 mil pessoas por dia. Controlado pelos fundos de pensão Previ
(majoritária, com 38% do capital), Petros, Funcef e pela empreiteira
OAS (minoritária, com 19,4%), o consórcio deu lance três
vezes maior do que a soma de seus ativos no país - de R$ 4 bilhões,
conforme o relatório anual de 2010.
Para vencer o leilão,
a estratégia da empresa foi apresentar um lance inicial que tirasse
os concorrentes logo de cara do jogo. Responsável pela terceira
maior oferta na BM&FBovespa, de R$ 12 bilhões, o consórcio
liderado pela OHL Brasil jogou a toalha logo que viu a proposta da Invepar.
"Chegamos ao nosso limite", disse o presidente do grupo, José Carlos
Oliveira Filho. O lance da Invepar, em parceria com a sul-africana Airports
Company South Africa (ACSA), teve um ágio de 373% em relação
ao preço mínimo inicial fixado pelo governo.
Com estrutura de holding,
a Invepar tem sob seu guarda-chuva seis empresas operacionais: Linha Amarela,
Raposo Tavares, Metrô Rio, 25% da CRT, Bahia Norte e Litoral Norte.
A empresa está num momento de diversificação dos negócios,
para aumentar seu faturamento, que foi de R$ 1,1 bilhão no ano passado.
Para conseguir dar retorno
aos investidores, a empresa planeja aumentar as receitas não tarifárias,
como a construção de um grande estacionamento no aeroporto
e a renegociação de contrato com os varejistas, além
de melhor aproveitamento do espaço comercial. Outro plano da Invepar,
que começa a administrar Cumbica em maio, é de abrir seu
capital no prazo de 12 a 24 meses. De acordo com a Infraero, a administração
do aeroporto no ano passado gerou uma receita de R$ 770,5 milhões
à estatal.
"Queremos fazer do aeroporto
uma verdadeira porta de entrada do país. Nossa expectativa é
de retorno e forte crescimento de receita nos próximos 20 anos",
afirmou, ao Valor, o presidente executivo da Invepar, Gustavo Rocha. Em
2011, cerca de 29 milhões de passageiros passaram por Cumbica segundo
a Infraero. A estimativa da nova administradora é que o número
pule para 50 milhões em 2020. Para conseguir retorno sobre o investimento
de R$ 16,2 bilhões, Rocha se mostrou confiante na flexibilidade
que a iniciativa privada tem em conseguir aumentar a receita. "O operador
privado consegue melhor funding e é mais livre para controlar seus
gastos", disse.
O valor da outorga da concessão
será pago ao longo dos 20 anos, com R$ 800 milhões anuais.
A homologação do negócio e a assinatura do contrato
estão previstas para maio, mas o pagamento da primeira parcela só
vai ocorrer ao final de 12 meses desde a transferência da operação.
Além do valor de
outorga, a Invepar está obrigada por contrato a investir R$ 4,6
bilhões na ampliação da capacidade do aeroporto. A
exigência foi feita pelo governo visando o as competições
esportivas em 2014 e 2016. Por isso, a empresa vai focar os investimentos
nos próximos anos na construção do terminal 3.
Rocha acredita que a Invepar
fez o maior negócio de infraestrutura do país na área
de transporte e vai conseguir pagá-lo com os resultados do próprio
negócio. "Este setor está começando agora a se desenvolver
no Brasil e está dentro da nossa estratégia. Queremos ser
um dos principais players dessa área", afirmou. "Vamos investir
em modernização de free shopping, praças de alimentação,
desenvolvimento imobiliário e na parte de carga. No momento, a prioridade
é preparar o aeroporto para a Copa".
Até chegar ao lance
que inibiu qualquer oferta maior quando o leilão passou para lances
viva-voz, a Invepar afirmou ter feito um estudo de oito meses, que envolveu
cerca de cem pessoas e contou com a participação de austríacos
e espanhóis, sobre a taxa de retorno do investimento. "Estávamos
apostando neste negócio há muito tempo, foi muito trabalho
e muito estudo e o foco era Guarulhos", disse Marco Geovanne, diretor de
participações da Previ.
Segundo informou, a ACSA
foi quem preparou os aeroportos da África do Sul para a Copa de
2010. "Eles têm experiência e vão trabalhar nisso conosco",
afirmou, lembrando que a companhia administra aeroportos que transportam
50 milhões de passageiros por ano no país africano, além
de outros 20 milhões em Mumbai, na Índia.
Após o terminal 3,
em construção, o novo operador de Cumbica deverá iniciar
o quarto um outro terminal, além de novo pátio para as aeronaves
e um terminal de carga também até 2016. Com cerca de 4.500
funcionários, a Invepar vai incorporar cerca de dois mil empregados
da Infraero (Daniel Rittner, Rodrigo Pedroso e Vera Saavedra Durão
- Valor Online)
Fundos:
Operadores 'modestos' levam aeroportos
Responsáveis por
terminais na África e na Argentina dominam leilão de privatização
de Cumbica, Viracopos e Brasília
Os três grupos vão
pagar R$ 24,5 bilhões pela concessão, 347% superior ao esperado;
BNDES financia 80%
Pesos-pesados da administração
de aeroportos globais, como os de Cingapura, Frankfurt e Zurique, foram
derrotados ontem no leilão dos aeroportos brasileiros de Cumbica,
Viracopos e Brasília.
Quem levou foram operadores
da África e da América Latina, que não administram
nenhum dos 30 maiores aeroportos do mundo. Os três grupos vencedores
pagarão R$ 24,5 bilhões pela concessão, 347% mais
que o lance mínimo. O BNDES financia 80% desse investimento.
As concessões serão
de 20 anos (Cumbica), 25 anos (Brasília) e 30 anos (Viracopos).
A estatal Infraero manterá participação de 49%. Os
consórcios são obrigados a manter um investimento mínimo
(e mais concentrado) até a Copa-14 (ver quadro ao lado).
A Anac (Agência Nacional
de Avião Civil) disse que controlará o reajuste das tarifas.
Os vencedores de Cumbica
foram o consórcio formado por 90% da Invepar (sociedade entre a
construtora OAS e fundos de pensão Previ, Funcef e Petros) e 10%
da sul-africana Acsa.
"O fato de ser um país
emergente não diminui ninguém porque, senão, teríamos
de ter o complexo de vira-lata eterno. Não temos vergonha de ser
emergentes", afirmou o ministro da Aviação Civil, Wagner
Bittencourt.
"São atores perfeitamente
possíveis de ganhar e ganharam. Pena que os outros não tenham
tido tanta ambição."
O maior aeroporto brasileiro,
em Guarulhos, com 30 milhões de passageiros/ano, terá como
operadora a Acsa, que trabalha, há quase dez anos, com nove unidades
da África do Sul, entre elas a de Johannesburgo e a da Cidade do
Cabo. Juntas, recebem 35 milhões de passageiros/ano.
Embora o aeroporto de Johannesburgo
seja elogiado pela beleza, o país não primou pela excelência
na Copa-10. Jatos executivos lotaram os pátios e voos comerciais
tiveram de ser desviados. Houve caso de aviões vindos da Europa
que tiveram de retornar em pleno voo.
Viracopos, em Campinas,
será operado pela Egis, consultoria francesa que administra 11 aeroportos
na África (Argélia, Congo, Gabão) e na Polinésia,
além do terceiro aeroporto de Paris, o Beauvais, a 55 km da capital
francesa. Juntos, têm 13 milhões de passageiros ao ano (menos
que Congonhas, que recebe 16,7 milhões).
A Egis tem 10% do consórcio,
em sociedade com a Triunfo (45%) e a UTC (45%).
TÁTICA AGRESSIVA
Vencedores do aeroporto
de São Gonçalo do Amarante, em Natal, o consórcio
formado pela Infravix (construtora Engevix) e pelo operador aeroportuário
argentino Corporación América, foi o mais agressivo no leilão,
levando Brasília com 675% de ágio.
Com 40 aeroportos na América
do Sul e na Armênia, dos quais 33 na Argentina, a empresa tem uma
história conturbada em seu país.
Venceu o leilão de
privatização nos anos 90 pagando ágio elevadíssimo,
mas não conseguiu honrar contratos.
Com dívidas de US$
600 milhões e atrasos no cronograma de investimentos, o grupo conseguiu,
em 2007, renegociar o contrato, trocando a dívida por uma participação
de 20% do Estado. Com a "reestatização", deixou de pagar
a outorga em troca de um porcentual das receitas para o governo.
Consórcio de fundos
de pensão ganha Cumbica
O governo concedeu os três
mais atraentes aeroportos brasileiros, mas poderá continuar a ser
o dono do maior deles, o de Guarulhos (SP).
O vencedor da licitação,
o consórcio Invepar-Acsa, é formado pela brasileira Invepar
(com 90%) e com a operadora sul-africana Acsa (10%).
A Invepar é formada
pela construtora OAS, com 50% do capital, e os três maiores fundos
de pensão de empresas públicas -Previ, do Banco do Brasil,
Petros, da Petrobras, e Funcef, da CEF- com a outra metade das ações.
Como a nova empresa que
vai operar o aeroporto terá 49% de capital da Infraero e 51% da
Invepar-Acsa, a estatal e os fundos de pensão terão 63% das
ações da companhia que vai gerir Guarulhos.
O ministro da Aviação
Civil, Wagner Bittencourt e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale,
afirmaram que o governo não vai ter influência na administração
da nova empresa. Mas que a Infraero pretende se manter com o tamanho atual
e, caso haja aumento de capital, a estatal vai entrar com mais dinheiro
para evitar ser diluída.
Em Campinas, a vencedora
da licitação foi o consórcio Aeroportos do Brasil,
formado pelas construtoras TPI e UTC (90%) e a operadora francesa Egis
Airport (10%).
Em Brasília, venceu
o consórcio Inframérica, formado por Engevix (50%) e Casa
(50%), operadora argentina com 49 aeroportos no mundo, entre eles o de
São Gonçalo do Amarante (RN), o primeiro brasileiro privatizado.
Os ágios (sobrepreços)
no leilão foram considerados altos. Em Guarulhos, o consórcio
ofereceu R$ 16,1 bilhões por 20 anos de contrato, 373% mais que
o preço mínimo.
Ano a ano, a empresa terá
que pagar ao governo R$ 800 milhões. O valor da outorga é
maior que toda a arrecadação do aeroporto em 2010 -R$ 693,1
milhões. A operadora terá de bancar ainda obras avaliadas
em R$ 4,6 bilhões -R$ 1,4 bilhão até 2014.
"As propostas refletiram
muito mais o espírito de risco", afirmou o advogado Adelmo Emerenciano.
Em Campinas, com R$ 3,8
bilhões, o ágio foi de 159%. Brasília teve o mais
alto, 675% -chegando a R$ 4,5 bilhões.
Esse valor ocorreu porque
foi Brasília foi o único aeroporto para o qual houve disputa
na fase de viva-voz. O consórcio da mineira Fidens com a ADC&HAS
(EUA) deu um lance e saiu do páreo.
Na disputa com o grupo formado
por brasileiros e argentinos, os espanhóis da OHL/Aena desistiram
depois do terceiro lance.
Em Guarulhos e Campinas,
não houve essa disputa. A proposta vencedora foi dada nos lances
em papel. A segunda colocada em Guarulhos foi a proposta da brasileira
EcoRodovias com a alemã Fraport, que ficou R$ 3,3 bilhões
abaixo da vencedora.
"Estamos seguros do que
fizemos", disse Gustavo Rocha, presidente da Invepar.
Preço alto deixa
dúvida sobre rentabilidade
Simulações
mostraram que ágio a ser pago por aeroportos não permitiria
amortizar investimento até fim da concessão
Para desistente, seria necessário
abrir mão de lucro para cobrir proposta vencedora do terminal de
Guarulhos
As maiores construtoras
do país -que participaram do leilão em parceria com operadores
dos melhores aeroportos do mundo- desistiram da disputa.
Camargo Corrêa, Andrade
Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão nem chegaram a fazer proposta
no viva-voz, após o lance inicial.
A Folha apurou que elas
consideraram o ágio elevado demais para garantir retorno sobre o
investimento no prazo da concessão.
Para Guarulhos, vendido
por R$ 16,2 bilhões, elas chegariam a, no máximo, R$ 10 bilhões
com chance de retorno sobre o investimento.
Um dos desistentes afirmou
à Folha que, pelas simulações, teria de abrir mão
de lucros para cobrir a proposta vencedora em Guarulhos.
Ainda segundo ele, com a
receita obtida, daria para pagar impostos, no máximo.
Outra evidência dessa
suposta distorção foi a relação entre o valor
a ser pago pela outorga ao longo dos anos e a receita do aeroporto.
Em 2011, a receita bruta
de Guarulhos foi de R$ 1 bilhão. Somente para pagar a concessão,
durante o prazo de 20 anos, o consórcio vencedor desembolsará,
em média, R$ 810 milhões por ano.
Isso sem contar o pagamento
de impostos, encargos, os custos operacionais e os investimentos que terão
de ser feitos ao longo dos anos.
Em Brasília, o vencedor
(consórcio Inframérica) pagará, em média, R$
180 milhões por ano até 2037. Em 2010, a receita bruta do
aeroporto foi de R$ 200 milhões.
Para o aeroporto internacional
de Campinas, que teve ágio de 159%, o consórcio vencedor
(Aeroportos Brasil) pagará R$ 127,4 milhões por ano, em média,
até 2042. Em 2011, a receita bruta foi de R$ 300 milhões.
SUPERAVIT
O governo não só
se surpreendeu com o resultado do leilão dos aeroportos como já
prevê arrecadar no início do ano que vem pelo menos R$ 1,3
bilhão com as concessões. Os recursos contribuirão
para engordar o superavit primário de 2013.
Com a concessão,
o governo passou a garantir receita extra de, ao menos, R$ 1 bilhão
por 20 a 30 anos.
A presidente Dilma Rousseff
celebrou o resultado. No ano passado, ela fora informada pela sua equipe
de que o valor estimado da concessão dos três aeroportos ficaria
em torno de R$ 10 bilhões. (DIMMI AMORA, MARIANA BARBOSA,
JULIO WIZIACK E MARIANA SALLOWICZ - Folha de S.Paulo)
Fundos:
Invepar está confiante no retorno
Grupo que venceu a disputa
por Guarulhos ficou 8 meses trabalhando na proposta, que contou com consultores
da Áustria e Espanha, envolvendo cerca de 100 pessoas
A Invepar, que venceu a
disputa pelo Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, destaca que um
operador privado tem mais flexibilidade de estratégia e busca de
funding. O presidente da empresa, Gustavo Rocha, disse estar confiante
no retorno do projeto, apesar da proposta agressiva de R$ 16 bilhões
pelo terminal.
As obras em Guarulhos até
a Copa do Mundo, segundo Rocha, vão se concentrar no terminal de
passageiros. "A Infraero está tirando leite de pedra" disse o executivo
quando questionado sobre a situação atual dos aeroportos
brasileiros.
O executivo destacou que
o Grupo Invepar ficou 8 meses trabalhando em sua proposta, que contou com
consultores da Áustria e Espanha, envolvendo cerca de 100 pessoas.
Sobre seu parceiro internacional, a ACSA, da África do Sul, disse
que a empresa foi a responsável pela administração
dos aeroportos na Copa de 201O.
IPO
A Invepar pretende abrir
seu capital no prazo de 12 a 24 meses, segundo o presidente da empresa,
Gustavo Rocha. O presidente da Invepar disse ainda que a proposta da empresa
pelo aeroporto de Guarulhos, a mais alta do leilão, foi muito bem
avaliada e discutida, com cerca de 100 executivos participando de sua elaboração,
incluindo técnicos de seu parceiro internacional, a sul-africana
ACSA. O lance oferecido foi de R$ 16,2 bilhões. (Silvana Mautone,
Fernanda Guimarães e Altamiro Silva Junior - Agência Estado)
Fundos:
Interesse pelos ativos de infraestrutura
Estamos presenciando atualmente
a voracidade dos investidores por ativos de infraestrutura no Brasil.
Apesar dos riscos de ser
um sócio da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária)
e de fragilidades do edital, nos deparamos com participantes dispostos
a pagar um valor incrível, às vezes até questionável,
como no caso do consórcio vencedor de Guarulhos.
Esse fato apenas evidencia
dois grandes temas: o primeiro, a latente ineficiência do Estado
em gerir esses ativos de infraestrutura.
Quando os ativos foram analisados
por competidores que entendem do mercado, eles conseguiram visualizar mais
eficiência na administração, dado que o custo operacional
hoje praticado pela Infraero é muito elevado, por conta de sua ineficiência.
Também enxergaram
oportunidades de negócios já existentes em inúmeros
aeroportos no mundo e ignorados no Brasil.
A ineficiência chega
ao ponto de o aeroporto de Guarulhos perder clientes de estacionamento
-sendo que ele detém monopólio do serviço- para competidores
localizados a mais de três quilômetros, por não disponibilizar
vagas. Se não fosse trágico, seria até engraçado.
E o segundo grande tema
é a oportunidade que o país está perdendo com a morosidade
dos processos licitatórios de transferência desses ativos
de aeroportos, portos, rodovias, entre outros, para a iniciativa privada.
Esperamos que essas evidências
façam essa situação mudar.
Outra questão é:
como se comportará a Infraero como sócia?
Esperamos que a estatal
não atrapalhe a necessidade de investimento e crescimento dos aeroportos.
Inúmeros outros processos
de concessão e PPPs (Parcerias Público-Privadas) encontram-se
paralisados, caminhando vagarosamente pela malha do Estado em todas as
esferas: municipal, estadual e federal.
O risco é perdermos
a janela de oportunidade por mais uma ineficiência do Estado brasileiro.
(EDUARDO PADILHA - Folha de S.Paulo)
Fundos:
O espantoso leilão dos ares
Lances pelos aeroportos
foram altíssimos; governo deveria aproveitar a onda e privatizar
mais
Desde o fim do espantoso
leilão de privatização dos aeroportos até o
começo da noite de ontem, analistas financeiros faziam contas para
entender como os consórcios vencedores esperam lucrar com seu empreendimento.
Os analistas, independentes
das empresas envolvidas, não entendiam nem as contas das empresas
nem concordavam com as contas de outros colegas.
Mas a frase de um deles
resumia o espírito das conversas de gente do governo e de participantes
do leilão, durante o dia de ontem. "Deve estar sobrando dinheiro
barato em algum lugar. O governo deveria vender logo os outros aeroportos."
Dados os preços de
ontem, na verdade, o governo deveria vender qualquer coisa: aeroporto,
estrada, porto, açude, trilha de vaca, cacimba ou até a Esplanada
dos Ministérios (cedendo alguns ministros de brinde, de preferência).
Os analistas podem estar
errados, prevendo retornos baixos. Erraram, por exemplo, na conta das concessões
de usinas hidrelétricas (Jirau e Santo Antônio), erraram em
leilões mais recentes de rodovias. De resto, empresas que disputam
concessões têm mais conhecimento do negócio que um
isolado analista de instituição financeira.
De qualquer modo, a conta
dos vencedores é pesada. No caso de Guarulhos, primeiro é
preciso pagar a concessão: R$ 16,213 bilhões, em parcelas
distribuídas por 20 anos (tempo da concessão). Há
ainda os investimentos (R$ 4,6 bilhões) mais 10% da receita bruta
anual. A receita atual de Guarulhos não dá nem para a saída.
Até 80% do investimento
pode ser financiado pelo BNDES. Os vencedores de Guarulhos (fundos de pensão,
OAS e a estatal sul-africana de aeroportos, Acsa) podem vender ações.
Arruma-se financiamento (barato, no bancão estatal, mas que tem
custo) e capital para o investimento (que, por meio de ações,
dilui o lucro). Ainda resta a questão do retorno.
Problema das empresas, certo?
É, essa é a lógica do leilão. Mas, mesmo com
as multas pesadas em caso de descumprimento de contrato, as melhorias podem
atrasar ou não ser tão "melhores" assim.
O consórcio vencedor
de Guarulhos é 90% dos fundos de pensão Previ (funcionários
do Banco do Brasil), da Petros (Petrobras), da Funcef (da Caixa Econômica
Federal) e da empreiteira OAS.
Haveria mão do governo
aí, nos lances altos (o governo indiretamente nomeia parte do conselho
desses fundos, pois as empresas são estatais)? Não parece,
pois as propostas derrotadas, se menores, também eram espantosas.
De resto, há uma empresa privada no grupo.
De resto, esses três
fundos são os maiores do país, têm 45% do patrimônio
dos fundos de pensão brasileiros, foram feitos para isso mesmo,
juntar poupança, e, pois, precisam colocar o dinheiro em algum lugar,
além de terem metas de rentabilidade para cumprir. Não é
tão fácil inventar teorias conspiratórias.
Por fim, além de
haver "dinheiro sobrando" para privatizações, é preciso
lembrar que aeroportos fazem parte de um sistema nacional: não adianta
arrumar três se os demais não funcionam (aviões saem
de um lugar, precisam chegar a um outro -bidu). Quando serão concedidos
os aeroportos do Rio, de Minas, do Rio Grande do Sul? (Vinicius Torres
Freire - Folha de S.Paulo)
Fundos:
O impacto deste leilão
O sucesso do leilão
de concessões dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas,
realizado nesta segunda-feira, não pode ser medido somente pelo
forte interesse despertado entre os 11 consórcios concorrentes (ágio
médio de 348%) e pela nova fonte de receitas para o Estado, de nada
menos que R$ 24,5 bilhões.
O principal fator desse
sucesso está em ter demonstrado definitivamente que a transferência
da gestão de importantes serviços públicos para o
setor privado é o único modo de garantir rápido avanço
à infraestrutura do Brasil.
Esses três aeroportos
movimentam juntos cerca de 30% dos passageiros; 57% das cargas; e 19% das
aeronaves que passam pelos terminais do País. E, uma vez ampliados,
contribuirão decisivamente não só para o aumento dos
transportes de passageiros e carga, mas para a redução das
tarifas, à medida que elevarão a escala de operação.
Ainda resiste dentro do
governo Dilma – especialmente no PT, principal partido da base de sua sustentação
política – o entendimento de que qualquer iniciativa com algum cheiro
de privatização é um atentado contra interesses nacionais.
Essa gente continua apegada a velhos preconceitos ideológicos e
por isso refuga tudo o que transpira delegação de serviços
públicos. Ignora que o Tesouro está excessivamente espremido.
E não há recursos que deem conta de tudo quanto tem de ser
feito para evitar os apagões do serviço público no
Brasil.
Nas últimas semanas
que precederam à realização do leilão, a Central
Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindicato Nacional dos Aeroviários
e outros mais tentaram ação desesperada para impedir o fato
consumado. Argumentaram que o leilão transfere o filé mignon
dos projetos de ampliação dos aeroportos e deixa os ossos
para Infraero – estatal que controla a infraestrutura de 69 aeroportos
no Brasil –; desvia recursos públicos administrados pelo BNDES;
e exige participação de capitais estrangeiros na administração
dos terminais.
Pois os resultados do leilão
mostram não apenas que a Infraero continua com 49% de todos os negócios
na área, como também dispõe agora de nada menos que
R$ 24,5 bilhões, com o quais não contava, para obras de expansão
por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).
O outro foco de críticas
dentro do governo é a transferência de recursos do BNDES para
o financiamento das obras dos consórcios vencedores. Repete-se aí
o surrado discurso daqueles que condenaram a participação
do BNDES nos processos de privatização realizados ao longo
do governo Fernando Henrique. E, no entanto, esses financiamentos cumpriram,
como cumprem ainda, a função de aumentar o interesse pelos
leilões. De mais a mais, o BNDES existe para financiar atividades
privadas, não para bloqueá-las.
A participação
de empresas estrangeiras nos consórcios foi exigida porque nenhuma
das brasileiras tem experiência em operar terminais aeroportuários.
Não se trata de desnacionalizar o setor ou quaisquer outros, como
esses fundamentalistas tentaram fazer acreditar.
Se esse leilão contribuiu
para o reencontro do governo Dilma com as melhores práticas de investimento
público e governança, então seu sucesso não
será limitado aos bons resultados obtidos nesta segunda. (Celso
Ming - O Estado de S.Paulo)
PREVIC,
SPPC, ABRAPP, APEP e ANAPAR: "Trends" do setor
As principais instituições
e associações do Sistema já confirmaram presença
no Espaço AssPreviSite do dia 02 de março, com o tema “Previdência
Complementar: Do fomento, Educação e Previdência do
Servidor - Trends de 2012”, no Hotel Windsor Guanabara, no centro
do Rio de Janeiro.
Grandes nomes do setor tratam
os principais temas da atualidade junto aos nossos convidados, dirigentes,
conselheiros, especialistas, atuários, advogados e gestores das
várias áreas de atuação dentro de uma EFPC.
Com o patrocínio
do Itaú Unibanco o encontro promove uma ampla abordagem dos aspectos
marcantes que estão se apresentando para o desenvolvimento, crescimento
e fomento do setor. Aborda o estágio, status e evolução
das ações de educação previdenciária
do segmento. Traz uma oportuna avaliação da amplitude
e contexto do advento da previdência complementar do servidor público
em nosso país.
É um excelente momento
para uma especial absorção das tendências e previsões
para o segmento. É muito interessante para o todo o grupo
de profissionais atuantes
no setor.
Informações
Gerais
Data: 02 de Março
de 2012
Horário: 09:30 às
17:30 horas
Local: Hotel Windsor Guanabara,
o centro do Rio de Janeiro
Taxa de adesão: R$
300,00 (Trezentos Reais) – Incluso: Coffee Break manhã e tarde
Dados complementares e solicitações
de inscrições: e-mail assprevisite2@terra.com.br
(AssPreviSite)
INSS
substitui cinco sistemas de benefícios por apenas um
Sistema Integrado de Benefícios
substituirá gradualmente o Sabi, Prisma, Benefícios Web e
Sub
A Agência da Previdência
Social (APS) em Araraquara (SP) será piloto no estado, a partir
de 14 de fevereiro, do Sistema Integrado de Benefícios (Sibe). Esse
sistema faz parte do Novo Modelo de Gestão (NMG), que visa a modernização
do Instituto com a integração e substituição
gradativa dos atuais sistemas de concessão, reativação,
atualização e revisão de benefícios (Sabi,
Prisma, Benefícios Web e Sub) para um único sistema.
A APS Araraquara será
a quarta unidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no País
a iniciar os testes do novo sistema. A primeira delas foi a APS Anápolis
(GO), que desde outubro do ano passado vem testando o sistema. No último
dia 31, foi a vez de a APS Mossoró (RN) iniciar seus testes. A Agência
Santa Efigênia (MG) será a terceira unidade da Previdência
a começar os testes, a partir do dia 7.
A unidade paulista foi escolhida
para realizar os testes do novo sistema no estado por causa de sua tradição
em ser piloto em vários outros sistemas, como o Prisma (1996), o
Sabi (2003) e o CNIS V3 (2011). O piloto é necessário para
verificar como o sistema se comporta em um ambiente de produção
(análise, concessão, pagamento de benefícios e atualização),
para posterior expansão às demais unidades do INSS.
Sibe
Em um primeiro momento,
o novo sistema vai substituir a solução tecnológica
referente ao Benefício de Prestação Continuada da
Assistência Social (BPC/Loas) ao idoso e à pessoa com deficiência
e implantar a ferramenta de monitoramento dos processos de concessão.
Mais tarde, os demais sistemas relacionados ao benefício por incapacidade,
aposentadorias, revisões, atualização, módulo
judicial e cálculo serão substituídos. (Nelmar Rocha
- Ascom/MPS)
Aposentados
vão pressionar STF por decisões em 2012
Desaposentação,
decadência e fator previdenciário: ano decisivo para segurados
do INSS
Neste ano, as atenções
de aposentados e pensionistas do INSS vão se voltar para o Supremo
Tribunal Federal (STF). Três grandes questões de interesse
dos inativos, que impedem o julgamento de milhares de ações
no Judiciário, podem, enfim, ter definição nos próximos
meses: desaposentação, prazo decadencial e fator previdenciário.
As atividades no Poder Judiciário
começaram há poucos dias, e a COBAP já se mobiliza
para fazer pressão sobre os ministros do STF. A ideia é fazer
valer o status de ‘amicus curiae’ (‘Amigo da Corte’), obtido, ano passado,
na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.111. A ADI contesta
a permanência do fator previdenciário como variável
para cálculo das aposentadorias do INSS.
O advogado da entidade,
Pedro Dornelles, quer agilizar as discussões sobre a constitucionalidade
do prazo decadencial. Criada em 1997 — por meio do Artigo 103, que alterou
a Lei 8.213/97 —, a decadência é o período máximo
de 10 anos exigidos para se entrar com ação de revisão
de benefícios na Justiça.
“Há várias
ações previdenciárias emperradas na Justiça
por causa da decadência: a ação de revisão do
teto, a conversão do tempo de contribuição comum para
especial e até a própria desaposentação. Vou
ao relator, ministro Ayres Brito, para pedir agilidade”, avisa Dornelles.
(Cobap)
Acordo
previdenciário para comunidade japonesa no Brasil
Uma missão do governo
japonês visita, entre hoje (7) e 13 de fevereiro, as cidades de Manaus,
Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. O objetivo é divulgar
a entrada em vigor do acordo Brasil-Japão entre as principais comunidades
nipônicas no Brasil.
A partir do dia 1º
de março, cerca de 300 mil brasileiros que residem no Japão
e 80 mil japoneses que vivem no Brasil serão beneficiados pelo Acordo
de Previdência Social assinado entre os dois países.
Segundo o acordo, o tempo
de contribuição de um brasileiro, por exemplo, que trabalhou
no Brasil e no Japão poderá ser utilizado no cálculo
da sua aposentadoria. O mesmo acontece com um japonês de contribuiu
para a previdência dos dois países.
Agenda
A missão japonesa
visita a cidade de Manaus nesta terça-feira (7), e fará palestra,
às 16h, no Centro Cultural do Consulado Geral do Japão, Rua
Fortaleza, 412, Adrianópolis. Já na quinta-feira (9), a missão
estará no Rio de Janeiro, das 12h às 14h, na Câmara
do Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, Praia de Botafogo,
228.
Nesta sexta-feira (10) haverá
palestra em São Paulo, às 12h, no Maksoud Plaza Hotel, Alameda
Campinas, 150, Bela Vista. Ainda em São Paulo, a missão visita
a Sociedade Brasileira de Cultura japonesa e de Assistência Social
Bunkyo, no dia 11, às 1h4, na Rua São Joaquim, 381, Liberdade.
Finalizando a visita, a
missão estará em Curitiba na segunda-feira (13), às
9h30, na Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão,
na Avenida Comendador Franco, 871, Jardim Botânico. (Ascom/MPS)
Previdência
Social mais perto de você
Segurado Benedito Inácio
Ferraz tinha que percorrer uma distância de 40 quilômetros
para ter acesso aos serviços da Previdência Social
Sempre que precisava resolver
algum assunto a respeito da sua aposentadoria, o segurado Benedito Inácio
Ferraz tinha que percorrer uma distância de 40 quilômetros
para ter acesso aos serviços da Previdência Social. Desde
setembro de 2011, quando foi inaugurada a agência do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) em Cambará, no interior do Paraná,
o segurado não precisa mais fazer o deslocamento, economizando tempo
e dinheiro.
Assim como Benedito, milhões
de segurados foram beneficiados com a construção de novas
Agências da Previdência Social (APS). Desde 2009, 128 agências
foram inauguradas em todo o país dentro do Plano de Expansão
da Rede de Atendimento (PEX). Somente em 2011, 58 agências foram
entregues à população.
A presidenta Dilma Rousseff
Rousseff informou que o governo vai implantar, somente em 2012, mais 182
APS. Com isso, muitos segurados não precisam mais fazer grandes
deslocamentos para ter acesso aos serviços previdenciários.
“No Pará, às
vezes, uma pessoa tinha que se deslocar até 600 quilômetros
para ir a um posto da Previdência, que era o mais próximo.
Para resolver esse problema, vamos inaugurar, até o final do ano,
mais 14 agências no estado”, ressaltou Dilma. “Faremos também,
em todos os lugares que for necessário, concurso público
para contratar servidores onde há carência de funcionários”,
acrescentou.
Para atender à demanda
crescente, o governo está investindo na construção
de 720 novas agências em todo o país, por meio do PEX. Além
disso, a Previdência Social está investindo na modernização
da atual rede. Todas as unidades de atendimento estão sendo reformadas,
ampliadas ou transferidas para prédios próprios. Para a expansão
e modernização da rede existente, o investimento é
de R$ 616,5 milhões, chegando a R$ 1,1 bilhão com as obras.
(Daniel Dutra - Ascom/MPS)
Sem
acordo, Grécia fica próxima do calote
FMI, Banco Central Europeu
e Comissão Europeia exigem mais medidas de austeridade para liberar
€ 130 bilhões
Enquanto a pressão
internacional cresce, sindicatos protestarão hoje contra as medidas
com uma greve geral
A Grécia flerta cada
vez mais com a possibilidade de não ter como pagar suas dívidas.
Sem chegar a um consenso sobre as medidas de austeridade exigidas pelos
credores, o governo mais uma vez descumpriu um prazo dado pelos negociadores
do acordo para um segundo pacote de resgate ao país.
Dessa forma, até
mesmo a permanência do país na zona do euro está em
risco.
Enquanto a pressão
internacional pelo acordo cresce, sindicatos protestarão hoje contra
as medidas com uma greve geral e manifestações na praça
Sintagma, em frente ao Parlamento grego.
Em entrevista após
encontro em Paris, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente
francês, Nicolas Sarkozy, disseram que "o tempo está se esgotando"
e que não haverá um novo resgate se a Grécia não
aceitar as condições do Banco Central Europeu (BCE), da Comissão
Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A questão discutida
agora não são as perdas que os credores privados terão
com o acordo, mas, sim, a disposição do governo de se comprometer
com as medidas de austeridade econômica.
Para ter acesso a um novo
empréstimo, de € 130 bilhões, a coalizão que
governa a Grécia precisa aceitar a redução do deficit
público, cortes de empregos e de empresas públicas, menores
salários e aposentadorias, uma reforma trabalhista e a reestruturação
de bancos domésticos.
A tarefa se torna mais difícil
quando os partidos que fazem parte do governo são tão heterogêneos:
o primeiro-ministro Lucas Papademos conta com socialistas, conservadores
e ultradireitistas em sua base de apoio.
O encontro de lideranças
que pode acabar com o impasse foi adiado para hoje.
Na semana passada, Evangelos
Venizelos, ministro das Finanças, disse que a proposta opõe
ajuda financeira a dignidade nacional.
Ontem, o ministro de Reforma
Administrativa do país anunciou que o governo concordou em cortar
15 mil servidores até o fim do ano.
Sem o novo empréstimo,
que se somaria aos € 110 bilhões já disponibilizados
em 2010, a Grécia não terá como pagar parte da dívida,
no valor de € 14,5 bilhões, que vence no dia 20 de março.
(RODRIGO RUSSO - Folha de S.Paulo)
Sarkozy
e Merkel: Pressão sobre a Grécia
Líderes políticos
gregos estão relutantes em aprovar as reformas porque elas podem
provocar revoltas sociais
Os líderes de França
e Alemanha aumentaram a pressão para que a Grécia implemente
reformas dolorosas e pavimente o caminho para um novo pacote de resgate
para evitar que o país declare default sobre sua dívida.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha,
Angela Merkel, se reuniram em Paris na manhã de ontem.
"Nós acreditamos
que os elementos para um acordo nunca estiveram tão próximos,
tanto para os credores públicos como para os privados", afirmou
Sarkozy após a reunião com Merkel. "O tempo urge, nós
precisamos concluir" as negociações, acrescentou. A Grécia
está negociando um novo pacote de resgate com seus parceiros europeus
e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que em outubro do ano passado
concordaram em oferecer uma segunda ajuda de € 130 bilhões
para o país.
O governo grego também
está negociando paralelamente com credores do setor privado um desconto
de € 100 bilhões sobre a dívida da Grécia. Sarkozy
e Merkel disseram que os juros sobre a dívida deveriam ser colocados
em uma conta bloqueada, para garantir que "esse dinheiro esteja disponível
em uma base permanente", segundo Merkel.
Apesar do crescente descontentamento
dos países europeus com a forma como a Grécia está
lidando com a crise, os líderes políticos gregos estão
relutantes em aprovar as reformas porque elas podem provocar revoltas sociais
no país. (Danielle Chaves - Agência Estado)
Governo
grego faz reunião hoje
O primeiro-ministro da Grécia,
Lucas Papademos, adiou para hoje a reunião com os líderes
políticos do governo de coalizão para pudesse ter, ontem,
uma conversa com representantes da União Europeia e do Fundo Monetário
Internacional (FMI), segundo informações divulgadas por seu
gabinete.
Os líderes políticos
dos três partidos que formam o governo de coalizão da Grécia
concordaram no domingo, após uma reunião de cinco horas,
com uma redução equivalente a 1,5 ponto percentual do Produto
Interno Bruto (PIB) nos gastos de 2012 - algo em torno de 3,3 bilhões
de euros (US$ 4,3 bilhões). Eles também aceitaram aumentar
a competitividade grega por meio do corte de salários e recapitalizar
os bancos sem nacionalizá-los.
Todas essas mudanças,
assim como um acordo paralelo para diminuir a dívida da Grécia
detida pelos credores privados, precisam ser aprovadas no parlamento grego
para que o país receba um novo pacote de empréstimos da União
Europeia e do FMI no valor de 130 bilhões de euros. Sem esse dinheiro,
a Grécia será forçada a declarar moratória
no mês que vem, pois não possui os recursos necessários
para pagar uma dívida de 14,5 bilhões de euros que vencerá
em 20 de março. (O Tempo)
Parece
distante a saída para a zona do euro
Tudo indica que a dupla
Merkozy, formada pela chanceler alemã Angela Merkel e pelo presidente
francês Nicolas Sarkozy, que comanda as discussões na zona
do euro, está subestimando o volume de recursos necessário
para a região sair da profunda crise que está vivendo e contagia
todo o planeta.
A mais recente crítica
partiu de Adrian Blundell-Wignall, assessor especial da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Estudo de Blundell-Wignall defende que o novo fundo de socorro da União
Europeia deveria ter o dobro do tamanho que está sendo cogitado.
O novo fundo, o European Stability Mechanism (ESM), que vai substituir
o atual European Financial Stability Facility (EFSF), foi aprovado na semana
passada pela cúpula da União Europeia para funcionar a partir
de julho, um ano antes do previsto. O ESM vai poder emprestar € 500
bilhões, volume superior aos € 440 bilhões do EFSF,
mas considerado insuficiente. Blundell-Wignall sugere que os dois fundos
coexistam, totalizando cerca de € 1 trilhão (US$ 1,3 trilhão).
Para ele, a Europa precisa de mais dinheiro para conter a crise.
Blundell-Wignall sugere
que o EFSF obtenha uma licença bancária para ter acesso aos
recursos ilimitados do BCE, que pode imprimir dinheiro e vem emprestando
aos bancos a taxas bem baixas e prazos longos para abrir espaço
para a compra de títulos do governo, o que garantiu certa calma
aos mercados nas últimas semanas. O BCE poderia também emprestar
dinheiro ao FMI para que possa ajudar países europeus, uma proposta
já cogitada pelos líderes da zona do euro.
Embora a parte principal
foque o poder de fogo do fundo de socorro da União Europeia, o estudo
também dedica atenção especial ao setor financeiro
por causa de sua capacidade de disseminar a crise, recomendando o reforço
de capital das instituições.
Blundell-Wignall não
é um economista diletante. Ex-funcionário do banco central
da Austrália, ele já alertava, no início de 2007,
para os perigos do excesso de liquidez global daquele momento, que estava
estimulando a formação de bolhas, chamando a atenção
para o estouro do mercado imobiliário americano quando poucos atentavam
para isso.
A insuficiência do
fundo de socorro da União Europeia foi levantada anteriormente pelos
Estados Unidos, China e Fundo Monetário Internacional (FMI). Nas
últimas semanas, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, discutiu
o assunto várias vezes, publicamente. Lagarde chegou a falar da
possibilidade de "uma crise de solvência" em países como a
Itália e Espanha caso a capacidade do fundo de resgate não
seja ampliada. Um "firewall" mais musculoso acalmaria os mercados e reduziria
a pressão sobre os custos de financiamento.
A principal oposição
à ampliação do fundo vem de Angela Merkel, para quem
a maior disponibilidade de recursos favoreceria a irresponsabilidade fiscal
dos países. No entanto, 25 dos 27 países da União
Europeia acabam de concordar com o pacto fiscal de maior austeridade orçamentária,
na reunião de cúpula do bloco realizada há uma semana,
apesar da certeza de que a maior austeridade fiscal vai aprofundar a recessão
e dificultar o ajuste. Neste ano, pela primeira vez desde o início
da crise, o FMI prevê para os 17 países da zona do euro uma
"leve recessão" de 0,5%.
Os 25 países que
concordaram com o pacto fiscal terão que colocar em suas constituições,
em cinco anos, a chamada "regra de ouro", que prevê que o déficit
estrutural não ultrapasse 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal.
Se o déficit for superior a 3% do PIB, as sanções
serão quase que automáticas. Ficaram de fora do pacto o Reino
Unido, como era previsto, e a República Tcheca, uma surpresa.
O economista Jean Pisani-Ferry
rebate uma a uma as justificativas que os líderes da zona do euro
estão dando para ênfase à austeridade fiscal ("Financial
Times" de 5/2), estratégia, segundo ele, fadada ao insucesso. Uma
das justificativas é que a crise teria nascido do descontrole fiscal,
explicação em que não se encaixam a Espanha e a Irlanda,
segundo Pisani-Ferry. Outra é a crença de que a austeridade
seria precondição para a emissão do bônus único
para a região, promessa ainda distante.
A reação dos
mercados ao acordo do pacto fiscal será conhecida neste mês
quando países da zona do euro precisarão rolar cerca de €
900 bilhões em títulos, e também em março,
quando vencem mais de € 1 trilhão. Até exatamente o
fim de março, Merkel prometeu dar uma resposta às pressões
pelo aumento do fundo de resgate. Tomara que não seja tarde demais.
(Valor Online)
EUA: Recuperação
Cresce nos EUA a percepção
de que país se descola da crise na Europa
A tese de que os Estados
Unidos poderão se "descolar" da crise europeia ganhou destaque nos
últimos dias com a divulgação de novas estatísticas
que mostram uma recuperação acima da esperada da maior economia
do mundo. O país está sendo beneficiado pelo fluxo de capitais
que aporta nos títulos do Tesouro americano para fugir do risco
europeu, afirmou ontem o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional
(FMI), Olivier Blanchard.
Quem usou essa expressão
- descolamento - foi o prêmio Nobel de economia Paul Krugman, em
uma nota publicada no seu blog no site do jornal "The New York Times".
Para ele, é altamente questionável afirmar que a iminente
recessão na Europa vai ter impacto significativo nos EUA. "Não
aconteceu um descolamento em 2008-2009, mas aquele foi um desastre histórico",
escreveu Krugman. "Desta vez, poderá ser diferente."
As perspectivas para o crescimento
da economia americana entraram em viés de alta com a divulgação,
na última semana, de dados que mostram a criação de
243 mil postos de trabalho no país em janeiro, o que levou à
queda do desemprego, de 8,5% para 8,3%. As projeções do FMI
são de que a Europa vai ter uma recessão moderada, com uma
contração de 0,5% neste ano, enquanto que para a economia
americana vai se expandir 1,8%.
O termo "descolamento" foi
muito usado em 2008, quando as economias emergentes pareciam ter uma força
própria que as protegia da crise imobiliária nos principais
países desenvolvidos. Mas a ideia de um descolamento foi rapidamente
abandonada no fim daquele ano, a partir da quebra do banco Lehman Brothers,
que espalhou a crise financeira para todo o planeta.
Krugman cita uma série
de dados, compilados pelo banco Wells Fargo, que mostram que as exportações
para a Europa representam pouco da economia americana - na média
do país, 2% do Produto Interno Bruto (PIB), embora em alguns Estados,
como a Geórgia, ultrapasse 4% do PIB.
Krugman, porém, faz
uma série de ressalvas ao seus argumentos sobre o "descolamento",
como afirmar que os laços com a Europa não são apenas
comerciais, mas também financeiros. "Se a Europa causar um evento
do tipo Lehman Brothers, pertubando os mercados financeiros em todo o mundo,
suspendem-se as apostas [em um descolamento americano]", afirmou.
Krugman não é
o único a apontar uma certa resiliência da economia americana
em relação à Europa. "Há uma percepção
por aí de que a crise não resolvida na Europa está
tendo um grande impacto na economia americana", afirmou Blanchard, do FMI,
em evento ontem do Carnagie Endowment for Internacional Peace, um centro
de estudos de Washington. "Não estou certo disso."
Segundo Blanchard, de um
lado bancos europeus estão diminuindo as suas operações
nos Estados Unidos, o que contribui para aumentar os juros de certas operações.
Mas, de outro lado, o agravamento da crise também produziu uma migração
de capitais para os Estados Unidos, em busca de um porto seguro nos títulos
do Tesouro americano, o que contribuiu para derrubar os juros de longo
prazo.
"As incertezas na Europa
diminuíram em até um ponto percentual os juros de longo prazo
nos Estados Unidos", afirmou Blanchard.
Ele também faz a
mesma ressalva de Krugman: se algo extremo ocorrer na Europa, os Estados
Unidos não estarão imunes, porque o contágio irá
se dar por vários canais diferentes.
"O colapso do euro seria
catastrófico para o mundo e para os Estados Unidos, em particular",
afirmou o Uri Dadush, diretor no Carnegie Endowment, durante o mesmo evento.
Apesar dos recentes dados
favoráveis, disse Blanchard, há vários fatores que
conspiram contra um crescimento dos Estados Unidos próximo do potencial,
como a retração dos consumidores americanos, que estão
poupando para pagar dívidas, e a contenção nos gastos
públicos. (Alex Ribeiro - Valor Online)
Selic
maior em 2013 entra na conta do mercado
O mercado futuro de juros
aponta novos cortes da taxa Selic nos próximos meses e os analistas
veem movimento semelhante. Mas, para 2013, a pesquisa Focus aponta reversão
do ciclo de alívio monetário que teve início em agosto
do ano passado. A projeção do mercado para a taxa básica
de 2013 avançou de 10,38% para 10,75% ao ano. Na estimativa do grupo
Top 5, das instituições com maior taxa de acerto para o curto
prazo, a Selic de 2013 irá a 11%.
O relatório sobre
distribuição de frequência das projeções
de indicadores, divulgada uma vez por mês, confirma a trajetória
de alta do juro brasileiro, movimento em linha com a expectativa para a
inflação.
O Banco Fator pondera que
as expectativas para a inflação de 2012 se concentraram em
5,3% em 3 de fevereiro, praticamente a mesma distribuição
do fim de dezembro do ano passado, exceto por uma leve alteração,
refletindo projeções menores no período recente. Para
2013, as expectativas observadas no início de fevereiro ficaram
concentradas em três níveis: 4,5%, 5,1% e 5,5%. No confronto
com as distribuições do fim de dezembro e novembro, afirma
o Fator, é possível perceber que essa concentração
já existia, porém em maior grau para valores em torno de
4,5%. O resultado revela, portanto, piora nas projeções inflacionárias.
Para a taxa Selic nos próximos
12 meses, o Banco Fator ressalta que a evolução recente das
distribuições de frequência aponta para concentração
em torno de 10,50% ao ano em 3 de fevereiro, valor maior quando comparado
com as distribuições de 30 de novembro e de 30 de dezembro,
quando estavam concentradas ao redor de 10%. As distribuições
em 29 de julho e 31 de outubro estavam em 13% e 11% ao ano respectivamente.
A LCA Consultores alerta
que está ganhando força novamente a expectativa de que o
BC deverá voltar a elevar a taxa Selic no início de 2013
- até 10,50% ao ano.
A consultoria comenta que,
na semana passada, o mercado havia adiado para agosto o encerramento do
ciclo de cortes da Selic que deveria chegar a 9,50% ao ano. A expectativa
quanto à taxa permanece, mas a perspectiva de encerramento do ciclo
de baixa foi antecipado para maio.
Frente à perspectiva
de retomada da atividade no segundo semestre de 2012, espera-se que o BC
retire parte do estímulo monetário dado até então,
elevando a Selic além de 10,75% ao final de 2013. No entanto, as
projeções mensais indicam que o juro básico superaria
10,75% até agosto de 2013. A mediana das projeções
é de 10,88%.
Atento à última
ata do Copom, o mercado entendeu que a Selic segue para patamar abaixo
de 10% ao ano. Mas a LCA Consultores avalia que Selic muito menor, abaixo
de 9,5% por exemplo, seria compatível apenas com uma deterioração
muito séria do cenário internacional - evento cuja probabilidade
tem caído. "Caso a melhora recente do cenário externo continue,
a chance de o BC desacelerar o ritmo de cortes seguirá aumentando",
conclui a consultoria.
A retomada da atividade
econômica no segundo semestre que está na conta do mercado
e a consequente inversão do ciclo de afrouxamento monetário
prevista para 2013 é apenas uma aposta a médio prazo que
depende, principalmente, da situação econômica na zona
do euro para se concretizar. A avaliação é do economista-chefe
da Concórdia Corretora, Flávio Combat.
"A expectativa geral é
que a Europa passe por um período de estabilização
ao longo do segundo semestre, mas sabemos que o pacto fiscal tem efeito
recessivo a médio prazo", diz Combat, para quem o Comitê de
Política Monetária (Copom) deve aumentar os juros para 10%
ao ano em 2013.
Segundo ele, caso a economia
europeia "entre nos trilhos" neste ano o reflexo na economia doméstica
seria inflacionário, o que justifica um novo ciclo de aperto monetário
para manter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
na casa dos 5%.
Como, no entanto, a recuperação
na zona do euro ainda não foi materializada e depende da continuidade
da união entre Alemanha e França, é possível
que a Selic fique estacionada em 9,5% também no próximo ano,
pondera o analista da Concórdia. (Angela Bittencourt e Arícia
Martins - Valor Online)
Mercado
eleva previsão para IPCA e PIB neste ano
A sondagem mostrou ainda
que investidores mantiveram a expectativa de que a Selic encerre este ano
em 9,50 %
O mercado financeiro aumentou
ligeiramente a expectativa para a inflação e o crescimento
da economia neste ano, ao mesmo tempo em que manteve a previsão
para a taxa básica de juro em 2012 e a elevou para 2013, mostrou
o relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira.
A estimativa para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu a 5,29 por cento
neste ano, ante 5,28 por cento na semana anterior. No caso do Produto Interno
Bruto (PIB), o mercado prevê crescimento de 3,30 por cento em 2012,
contra 3,27 por cento no Focus anterior.
A sondagem mostrou ainda
que investidores mantiveram a expectativa de que a Selic encerre este ano
em 9,50 por cento, mas voltaram a elevar a previsão para 2013, quando
a taxa básica de juros deve terminar em 10,75 por cento ao ano.
No Focus da semana passada, a estimativa apontava a Selic em 10,38 por
cento no final de 2013. (Reuters/Gazeta do Povo)
Focus
projeta inflação menor
O termômetro da inflação
do relatório Focus indicou tendência de queda no IGP-M que
chegou a 4,91% na última sexta-feira, 3. Há quatro semanas,
o índice era de 5,07%. Para 2013, o IGP-M é projetado em
4,95%. No entanto, o IPCA mostra tendência de alta de 5,28% há
uma semana para 5,29% no fechamento da semana passada. Há quatro
semanas, o IPCA chegava aos 5,31%.
O IGP-DI motra tendência
de queda de 4,98% hoje, enquanto há uma semana o índice estava
em 5,01%. Para 2013, a previsão é que o IGP-DI recue e fique
em 4,90%. Outro indicador, o IPC-Fipe mostra também possibilidade
de queda. Hoje chega a 5,21%. A tendência mostra decréscimo
em relação a uma semana atrás (5,22%) e há
quatro smeanas (5,26%).
Na média do período,
a taxa de câmbio é cotada a R$ 1,76, enquanto há uma
semana era de R$ 1,78 e um mês atrás, de R$ 1,79. A taxa Selic
esperada hoje é de 9,50%, como também era há uma semana
atrás e há um mês atrás. Para o Focus, a Selic
deve chegar em 2013 a 10,75%, indicando alta no comportamento semanal.
A dívida líquida
do setor público está prevista para ficar em torno de 36,95%
do PIB, da mesma forma como foi previsto há uma semana atrás.
Em relação há um mês atrás houve decréscimo
na expectativa que era de 37,40%. O Focus estima que em 2013 a dívida
líquida do setor público fique em 35,80% do PIB.
O crescimento do PIB (3,30%)
teve ligeira alta em relação há uma semana (3,27%),
mas continua estável na comparação há um mês
atrás (3,30%). Em 2013, a expectativa é que o PIB cresça
4,20%.
A produção
industrial foi revisada para baixo (2,79%) na comparação
com a última semana (3%) e último mês (3,43%). O saldo
em conta corrente segue tendência de baixa (US$ -67,95 bilhões)
em relação há uma semana (-US$65,90 bilhões)
e há um mês (US$-66,40 bilhões). A balança comercial
também aponta para baixo (US$ 19,50 bilhões), mais negativa
do que há uma semana (US$ 19,50 bilhões), porém um
pouco mais alta do que há um mês (US$ 19,40 bilhões).
O investimento estrangeiro
previsto continua em US$ 55 bilhões em todos os períodos.
Os preços administrados também continuam constantes em 4%
hoje, há uma semana e há um mês. (Executivos
Financeiros)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
BC
intervém para conter queda do dólar
Pela primeira vez desde
setembro de 2011, instituição voltou a comprar moeda americana
no mercado à vista
Empresas brasileiras já
captaram ao menos US$ 13,4 bi no exterior, contra US$ 38,6 bi em todo o
ano passado
Diante da contínua
queda do dólar, o BC (Banco Central) voltou ontem a comprar a moeda
no mercado à vista. Foi a primeira operação do tipo
desde setembro de 2011.
Na sexta-feira, o BC já
tinha realizado uma intervenção, mas no mercado futuro, que
negocia contratos para compra e venda da moeda em datas posteriores.
A forte entrada de recursos
externos nas últimas semanas fez o dólar cair de R$ 1,87
no início do ano para quase R$ 1,70 em fevereiro.
Ontem, a moeda chegou à
mínima de R$ 1,714, mas, após a intervenção
do BC, subiu para R$ 1,717, ainda assim queda de 0,29% no dia.
O BC havia abandonado as
operações de compra devido ao agravamento da crise europeia,
que provocou uma valorização global do dólar no segundo
semestre de 2011.
Aqui, a moeda chegou perto
de R$ 1,90 e o BC fez intervenções para segurar a alta.
Mas o cenário externo
começou 2012 com menos instabilidade, devido aos sinais de recuperação
nos EUA e às ações do Banco Central Europeu para aliviar
a crise.
Com isso, empresas brasileiras
conseguiram retomar as captações no mercado externo, que
estavam quase paralisadas, com objetivo de financiar seus investimentos.
Desde janeiro, 13 empresas
já captaram US$ 13,4 bilhões, segundo levantamento da corretora
BGC Liquidez, mais de um terço do total de 2011 (US$ 38,6 bilhões).
A soma das captações
deste ano, porém, já deve ter superado US$ 15 bilhões
com as operações de Santander e Brasil Telecom feitas ontem.
O economista-chefe da BGC
Liquidez, Alfredo Barbutti, nota que os investidores estrangeiros também
retomaram o apetite por ações de companhias brasileiras.
Até o dia 1º
de fevereiro, entraram US$ 7,4 bilhões em investimento externo na
Bolsa. Já em 2011, os estrangeiros tinham sacado US$ 1,3 bilhões.
"A tarefa do BC de segurar
a queda do dólar é difícil, pois há uma entrada
forte de moeda", afirma Barbutti.
A expectativa de economistas
é que o BC continue agindo para evitar a queda mais acentuada da
moeda. Não descartam, também, medidas do Ministério
da Fazenda, que em 2011 elevou impostos sobre algumas operações.
"A valorização
do real é prejudicial às exportações e preocupa
o governo", observa Reginaldo Galhardo, gerente da Treviso Corretora.
JUROS
Mesmo com a valorização
do real, o que poderia ajudar a baratear importados, analistas ouvidos
pelo BC reforçaram apostas de que a autoridade monetária
voltará a subir a taxa de juros em 2013.
Segundo o boletim Focus,
a expectativa é que os juros caiam até 9,5% neste ano, mas
subam para 10,75% em 2013. A taxa está em 10,5%. (MARIANA SCHREIBER
e MARIANA CARNEIRO - Folha de S.Paulo)