Previdência
- Clipping de Notícias - 30.01.2012
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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deseje cancelar o recebimento deste material - favor retornar mensagem
com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Março traz uma oportuna análise geral do sistema que acontecerá após o carnaval no Rio de Janeiro. O tradicional Encontro AssPreviSite, que este ano ocorre no no 02 de março, irá proporcionar a dirigentes, conselheiros, gestores e profissionais das entidades um excelente momento para interagir com a visão de contexto dos significativos movimentos previstos para o ano de 2012 sob a ótica das mais importantes instituições do nosso segmento abordando os diversos tópicos que influenciam a vida das Entidades de Previdência Complementar do nosso país. Programe-se já! Não perca. O evento ocorre das 9:30 às 17:30 no centro do Rio. A participação tem uma taxa de adesão de R$ 300,00 (trezentos reais). Informações complementares e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou a sexta-feira cotado a R$ 1,7390, com queda de 0,28% em relação ao fechamento da quinta-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a semana em queda de 0,08%, com o volume financeiro no patamar de R$ 5,911 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou a sexta-feira em queda de ,58% e a Nasdaq subiu 0,40%.
02 de Março:
Encontro Anual AssPreviSite - Rio
"Previdência
Complementar:
Do fomento, Educação
e Previdência do Servidor - Trends de 2012"
AssPreviSite
Anabb:
Ação IR Previ
Detalhes sobre o andamento
na justiça
As ações judiciais
estão entre os assuntos mais questionados pelos associados, principalmente
porque buscam reaver perdas dos associados. Uma delas é a ação
coletiva IR Previ.
Veja mais detalhes sobre
esta ação.
DO QUE SE TRATA: é
uma ação coletiva que visa desobrigar todos os associados
do recolhimento do Imposto de Renda incidente sobre a complementação
de aposentadoria paga pela Previ, correspondente às contribuições
que foram recolhidas por participantes (ativos) e assistidos (aposentados)
no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995.
EM QUE SE BASEOU: com a
vigência da Lei nº 7.713/1988, a partir de 1° de janeiro
de 1989, as contribuições pagas à Previ por funcionários
da ativa e aposentados eram tributadas, pois a lei determinava essa cobrança
no momento da contribuição. Isso significava que o IR não
iria incidir no momento do recebimento do benefício da aposentadoria.
Com a introdução
da Lei nº 9.250/1995 em janeiro de 1996, a forma de tributação
foi modificada. Ou seja, as contribuições pagas à
Previ passaram a ser deduzidas na base de cálculo do IR, sendo determinada
sua incidência no recebimento da aposentadoria.
Em conseqüência
das mudanças de lei, ocorreu a dupla tributação das
contribuições aportadas entre 01/01/1989 a 31/12/1995 aos
participantes de entidades de previdência privada.
QUEM SE HABILITA: todos
que tenham contribuído para a Previ no período de janeiro
de 1989 a dezembro de 1995, na condição de participante (funcionário
da ativa) ou assistido (aposentado), e que, atualmente, estejam recebendo
complemento de aposentadoria pago pela Previ, ou que ainda estejam na ativa
e venham a se aposentar futuramente.
SITUAÇÃO ATUAL
DA AÇÃO JUDICIAL: a ação coletiva da ANABB
vem obtendo parecer favorável nos tribunais, mas ainda cabe recurso
da Previ. Algumas ações individuais sobre o tema já
foram liquidadas, e por isso, há entendimento favorável do
judiciário. Esse fator pode dar segurança a ação
coletiva da ANABB. (Anabb)
Fusan:
A importância e a vez dos Aposentados
Pela primeira vez o Dia
do Aposentado, 24 de janeiro, foi comemorado pela Fusan. Em Curitiba a
comemoração foi no dia 25 de janeiro e foram homenageados
com placas e certificado o Sr. Luiz Bastos Mafra, aposentado pela Fusan
desde 1988 e os diretores que representaram a Assepan – Associação
dos Aposentados da Sanepar, srs. José Benedito dos Prazeres e Juan
Kantec Navarro.
A solenidade contou com
a presença dos diretores da Sanepar - presidente Fernando Ghignone,
financeiro Dirceu Wichnieski, administrativo Antonio Hallage e comercial
Antonio Carlos Sales Belinati, com a Gerente de Recursos Humanos Tânia
M. O. N. Toninello e com a maior parte dos membros dos Conselhos das Fundações.
O presidente da Fusan Rauen,
abriu a solenidade lembrando que a comemoração do Dia do
Aposentado é considerado o marco histórico da Previdência
Social, e que este evento é simbólico, pois por meio da Assepan
nós estamos homenageando a todos os aposentados. Esta data é
especialmente significativa, porque demandou durante muitos anos esforços
e contribuições previdenciárias do empregado e da
empresa, para que a Fusan pudesse cumprir a sua missão de Pagar
Benefícios Previdenciários, ressaltou igualmente que em todo
estado a mesma homenagem seria prestada aos aposentados, por meio dos Representantes
das Fundações e de Gerentes da Sanepar.
O presidente da Sanepar
Ghignone destacou a importância dos trabalhos realizados pelas Fundações
Sanepar, frisando que as entidades têm total apoio da empresa, que
por sua vez investe no fortalecimento desta relação. Para
Ghignone, a implantação do PDVTC é um sinal de respeito
e valorização aos empregados, que voluntariamente fazem a
opção pela aposentadoria, assinalando que estes mesmos profissionais
poderão no futuro, voltarem a prestar serviço à Sanepar,
reconhecendo ao final, que os já aposentados realizaram valiosos
serviços em prol do Saneamento do Paraná.
O sr. Mafra muito se emocionou
com a homenagem, falando da importância para ele de receber em nome
dos demais aposentados, a placa e o certificado, ele falou do orgulho que
sente de fazer parte da família sanepariana.
Durante os dias 23 e 27
de janeiro, os aposentados que procuraram algum serviço nas Fundações
Sanepar, receberam um cartão e um bombom em comemoração
ao seu dia. (Fusan/AssPreviSite)
Banesprev:
Optantes pelo Autopatrocínio ou BPD
O Banesprev comunica que
a cobrança referente a fevereiro para o Plano III ocorrerá
em 29/02/2012 e para os planos I, II e IV ocorrerá em 01/03/2012.
Os termos de opção
que chegarem ao Setor de Contribuições até 13/02/2012
terão sua cobrança ainda na data mencionada. Os demais pedidos
somente entrarão na cobrança de março/2012.
Saiba ainda que solicitações
com opção de pagamento por boleto bancário ou qualquer
outro evento dos participantes que possuem cobrança por boleto bancário
serão aceitas até 09/02/2012.
Solicitações
de Resgate/Portabilidade:
O Banesprev aproveita para
informar que os pagamentos de resgates referentes a fevereiro, serão
efetuados em 29/02/2012, para as solicitações que chegarem
ao Setor de Contribuições até 13/02/2012.
Para os casos de portabilidade,
as solicitações devem ser encaminhadas para análise.
Estando a documentação e informações corretas,
a transferência será efetivada até o quinto dia útil
do mês subseqüente à data do protocolo do Termo de Portabilidade.
A entidade lembra que para
casos com data de rescisão contratual em fevereiro, qualquer que
seja a opção efetuada, a mesma será processada no
final do mês subseqüente, ou seja, no final de março/2012.
(Banesprev/AssPreviSite)
Forluz:
Índices positivos de satisfação
A Forluz realizou, no segundo
semestre e 2011, a Pesquisa de Satisfação com Participantes
2011. Conduzida pela empresa Creare, o objetivo foi avaliar a percepção
dos participantes assistidos e ativos da capital e interior de Minas sobre
a Fundação e seus serviços. A pesquisa é um
importante instrumento de avaliação para que a Fundação
adote medidas visando aperfeiçoar suas atividades. Foram feitas
740 entrevistas com participantes ativos e assistidos.
No caso do atendimento presencial,
o item “capacidade das atendentes em transmitir confiança e segurança
ao participante” foi de 100%, entre bom e ótimo. A agilidade no
atendimento também foi avaliada em 100% entre bom e ótimo.
Quanto ao Programa de Educação
Previdenciária e Financeira da Forluz, a pesquisa revelou que 93%
dos participantes o consideram como bom e ótimo.
Para a principal pergunta,
“Como se sente em relação aos serviços prestados pela
Forluz”, o resultado foi de 91,5% de satisfeito/muito satisfeito. Nos quadros
a seguir, confira outros números da pesquisa. Os resultados completos
você acessa na seção de notícias do portal.
(Forluz/AssPreviSite)
Fundação
Copel: 88,7% de satisfação em 2011
A Fundação
Copel atingiu grau de satisfação de 88,7% em 2011, crescimento
de 7,6% sobre 2010. Entre os participantes ativos, o índice chegou
a 86%. Para os participantes em benefício, 91,4% estão satisfeitos
com a qualidade dos serviços prestados.
Na percepção
da imagem, a Fundação Copel apresentou resultado positivo
de 93,6%.
Realizada pela empresa nacional
Datacenso Instituto de Pesquisas, num universo de 16.142 participantes
da Fundação Copel, foram realizadas 730 entrevistas, de 12
a 21 de dezembro de 2011, com grau de confiança de 95%.
Resultados
Segundo o presidente da
Fundação Copel, Helio Pizzatto, a pesquisa representa um
norte para identificar melhorias contínuas. “Nosso trabalho é
avançar na satisfação e promover novas ações
de excelência nos serviços”.
A pesquisa completa está
disponível na área restrita: Quem Somos / Pesquisa de Satisfação
no portal da Fundação Copel (www.fundacaocopel.org.br)
(Fundação Copel/AssPreviSite)
Real
Grandeza: Planejamento Estratégico
A Real Grandeza está
trabalhando na elaboração do mapa que vai orientar seus passos
para os próximos anos. Trata-se do processo de Planejamento Estratégico,
que busca aprimorar práticas de gestão e obter ganhos de
eficiência na prestação de serviços.
Esse mapeamento vai contemplar
um horizonte de três anos (2012-2014). Um Plano de Ação
traçará objetivos e metas a serem atingidas no período
e envolverá alguns ajustes na estrutura organizacional. Uma vez
concluído, o projeto formalizará Missão, Valores e
Visão de Futuro da entidade.
A partir do estabelecimento
das prioridades corporativas, o resultado esperado do trabalho é
o alinhamento e a mobilização de todo o corpo funcional para
alcance dos objetivos estratégicos definidos.
O comprometimento dos colaboradores
com o processo de mudanças é fator chave para a promoção
do salto qualitativo considerado necessário para que a Real Grandeza
siga sua trajetória de sucesso, vencendo o desafio de continuar
proporcionando segurança e tranquilidade aos participantes, em sintonia
com as aceleradas transformações do ambiente econômico,
social e demográfico.
Etapas – O principal resultado
esperado é o estabelecimento, de forma integrada, das prioridades
corporativas da entidade, promovendo o alinhamento entre as áreas
e a utilização, de forma mais eficiente, de recursos e esforços
para atingir os objetivos estratégicos que forem definidos.
A primeira etapa do processo,
iniciado em setembro do ano passado, consistiu da elaboração
do diagnóstico da situação atual da Real Grandeza.
“Para isso, foram realizadas entrevistas com membros dos conselhos Deliberativo
e Fiscal, com os membros da Diretoria Executiva e com gerentes e assistentes
da Real Grandeza, totalizando 22 pessoas”, explica Abilio Santos Ferreira
Filho, gerente da Assessoria de Controladoria e Planejamento, coordenador
do projeto, que está sendo executado pela consultoria Fator 8 Desenvolvimento
Empresarial.
Nas etapas seguintes, foram
realizados workshops nos quais membros dos conselhos e da diretoria, além
de gerentes e assistentes, participaram de debates para a definição
dos conceitos estratégicos, a identificação das oportunidades
e ameaças advindas do ambiente externo e a avaliação
dos pontos fortes e fracos da entidade. Os resultados das discussões
serviram de base para o estabelecimento de diretrizes, de prioridades corporativas
e de objetivos estratégicos por diretoria. O projeto inclui ainda
a análise da estrutura organizacional da Real Grandeza, com o objetivo
de alinhar o organograma aos objetivos estratégicos.
A conclusão do projeto
está prevista para o início deste ano, quando será
elaborado, com a participação efetiva de todos os gestores
da Real Grandeza, um conjunto de ações e medidas necessárias
para que os objetivos estratégicos sejam alcançados, o chamado
Plano de Ação. (Real Grandeza/AssPreviSite)
Aerus:
Reflexões no ar
A matéria “Sem plano
de voo”, publicada dia 22 na Revista O GLOBO, levou-me a várias
reflexões. A primeira delas, que salta aos olhos e ativa memórias,
é que, num ambiente extremamente competitivo no Brasil e no mundo,
a indústria da aviação não foi tratada pelos
últimos governos com a devida preocupação patriótica,
como vários outros setores têm sido tratados.
As empresas brasileiras
de aviação — os exemplos vêm se repetindo ao longo
dos anos — não podem competir em igualdade de condições
com as concorrentes estrangeiras por uma série de razões.
A maior delas talvez seja o baixo retorno da atividade adicionada às
diferenças impostas pelo Custo Brasil, principalmente aquelas empresas
com grande envolvimento na operação internacional de longo
curso. A verdade é que hoje o Brasil não tem uma aviação
de longo curso genuinamente brasileira.
Só para citar alguns
exemplos, nenhuma empresa conseguirá competir no mercado internacional
carregando em suas asas uma pesada carga de impostos. As empresas nacionais
até recentemente pagavam pelo seu combustível 6,7% a mais
do que as estrangeiras, pela incidência do PIS/Cofins; o bilhete
nos Estados Unidos é taxado em 7,5%, na Europa, 16%, e aqui 34,7%;
o custo do capital de giro no mercado externo fica em torno de 3,5% a 6%
ao ano, enquanto aqui está em 3,5% ao mês.
Outra razão está
nas condições precárias do setor, tanto na pontualidade
quanto na regularidade, fruto do esforço das empresas em otimizar
suas frotas em função de preços promocionais extremamente
baixos, fora da realidade. Isso sem falar na precária infraestrutura,
principalmente aeroportos, que em países com economias muito inferiores
à nossa dispõem de instalações funcionais bastante
superiores.
Por fim, o título
da capa da revista (“Cemitério de aviões”), retratando com
fotos o abandono e a deterioração de máquinas que
um dia cruzaram os céus brasileiros transportando milhões
de passageiros e carga, leva-me a estabelecer um paralelo com os aposentados
da Varig, participantes do Aerus, plano de aposentadoria criado pelo governo,
baseado em três pilares: a contribuição das empresas
patrocinadoras, a contribuição dos participantes e uma taxa
de 3% sobre as tarifas nacionais com vigência de 30 anos, para torná-lo
auto sustentável. Quase dez anos depois, o governo unilateralmente
extinguiu a taxa de 3% sobre as tarifas, levando o plano a dificuldades
e impondo a milhares dos assistidos do Aerus uma situação
semelhante à dos aviões mostrados na reportagem. Só
que as pessoas não podem ser desmontadas ou reaproveitadas. Elas
estão morrendo. (CARLOS LUIZ MARTINS - O Globo)
Fundos:
BB troca 13 diretores e nega ingerência
O Banco do Brasil anunciou
a troca de 13 diretores. De acordo com a assessoria de comunicação
do BB, as alterações ocorreram em razão da aposentadoria
de quatro executivos. Uma quinta diretoria (a de distribuição
em São Paulo) estava vaga e, nas outras, foram feitos simplesmente
"remanejamentos internos".
Segundo nota da direção
do BB, as trocas "são naturais", e o rodízio contribui para
a formação os executivos. O BB -que lidera o ranking das
instituições financeiras do país- nega haver ingerência
política em seu comando.
No fim do ano passado, o
banco realizou três remanejamentos em sua cúpula depois da
saída de Allan Simões Toledo da vice-presidência da
área internacional.
Toledo teria se desentendido
com o presidente da instituição, Aldemir Bendine. (Folha
de S.Paulo-29.01)
Fundos:
BB confirma mudança em 13 diretorias
A instituição
rechaça a hipótese de problemas na gestão ou influência
política na troca
O Banco do Brasil confirmou
na sexta-feira à noite mudança de 13 diretores na instituição.
Em comunicado, a instituição diz que "as mudanças
são naturais e decorrem da aposentadoria de quatro diretores e da
necessidade de preenchimento da diretoria de distribuição
São Paulo, que estava vaga". A instituição rechaça
a hipótese de problemas na gestão ou influência política
na troca. "Além do preenchimento dos cargos vagos, o BB promoveu
o rodízio de diretores, buscando a formação multidisciplinar
de seus executivos".
Entre os diretores que foram
trocados, estão os das áreas de micro e pequenas empresas,
de reestruturação de ativos, comercial, gestão de
pessoas, agronegócios, marketing e comunicação, gestão
de riscos, finanças, crédito, mercado de capitais, private
banking, controladoria e distribuição São Paulo.
Na virada do ano, em 27
de dezembro de 2011, o então vice-presidente de atacado, negócios
internacionais e private bank do BB, Allan Simões Toledo, foi demitido
pelo Conselho de Administração do banco após solicitação
feita pelo presidente da casa, Aldemir Bendine.
Toledo teria sido demitido
porque adotara posições frontalmente contrárias às
de Bendine e da maioria dos diretores. Além disso, teria explicitado
preocupação com as avaliações de risco da diretoria
em algumas grandes operações. Por isso, teria sido isolado
pelo presidente do banco e por um conjunto de diretores. E estes, descontentes,
teriam se queixado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao secretário-executivo
do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, do comportamento de Toledo.
Oficialmente, o Banco do
Brasil informou que a saída de Toledo foi um "ato de gestão
do conselho de administração" do banco. Tanto a saída
de Toledo como a troca desta sexta-feira foram aprovadas pelo secretário-executivo
Nelson Barbosa, homem de confiança do ministro Mantega e presidente
do Conselho de Administração do BB. (Fernando Nakagawa
- Agência Estado)
Fundos:
"Pai do pré-sal" deixa diretoria
Quatro dias depois da confirmação
de que Maria das Graças Foster será a nova presidente da
Petrobras a partir de fevereiro, uma nova mudança na diretoria da
estatal foi anunciada sexta-feira. Filiado ao PT, geólogo, e considerado
no governo como o "pai do pré-sal", Guilherme Estrella teve a saída
confirmada da diretoria de Exploração e Produção.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou, contudo, que
o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também será
substituído. "O Estrella vai sair porque quer sair. Já o
Sérgio Machado não pediu para sair", limitou-se a afirmar
o ministro.
O próprio Lobão
foi pego de surpresa com a saída do petista da diretoria, embora
essa possibilidade já viesse sendo cogitada desde a semana passada.
O ministro convocou uma coletiva ontem exclusivamente para negar a saída
de Machado. "Não há nenhuma cogitação de substituição
do Sérgio Machado. Ele está mais firme ou tão firme
quanto o Pão de Açúcar", assegurou o ministro.
"A menos que algum diretor
pretenda por iniciativa própria sair, as mudanças na diretoria
se resumirão à saída de Graças Foster e à
outra pessoa que venha a substituir-lhe", declarou, poucos minutos antes
de saber da demissão de Estrella. O substituto de Graças
Foster na Diretoria de Gás e Energia será conhecido até
9 de fevereiro, data da próxima reunião do Conselho Administrativo
da Petrobras.
O ministro também
confirmou a possibilidade de criação da diretoria corporativa,
que deverá ser ocupada pelo ex-presidente do PT e da estatal José
Eduardo Dutra. Ele elogiou o petista. "É um nome excelente. O ex-presidente
do PT já foi presidente da empresa, da BR Distribuidora. Tem qualificação
plena para exercer qualquer função na Petrobras", enalteceu.
(ERICH DECAT e PAULO DE TARSO LYRA - Correio Braziliense - 28.01)
Fundos:
Incorporação da Petroquisa pela Petrobras
Acionistas da Petrobras
aprovam incorporação da Petroquisa
Os acionistas da Petrobras
aprovaram a cisão parcial da BRK Investimentos Petroquímicos,
empresa da qual a Petrobras e a Petroquisa possuem participação
no capital social.
Essa decisão tem
como consequência a incorporação na Petrobras e na
Petroquisa das parcelas que as duas empresas possuem no capital da BRK.
Também foi aprovada
a incorporação, pela Petrobras, da subsidiária integral
Petrobras Química - Petroquisa, com a transferência total
do patrimônio líquido da subsidiária para a controladora,
sem aumento de seu capital social.
Segundo a estatal petrolífera,
as operações visam à reorganização do
seu portfólio de investimentos no setor petroquímico.
Além disso, a operação
vai "minimizar custos, simplificar a estrutura societária, favorecer
a integração entre as atividades no setor e tornar mais objetiva
a governança dos investimentos em sociedades no referido setor",
apontou em comunicado. (Brasil Econômico)
Fundos:
BrT emitirá R$ 2 bilhões em debêntures
O oferta está sujeita
à aprovação pelos órgãos competentes,
bem como a condições de mercado.
A Brasil Telecom protocolou
perante a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima) pedido de análise prévia
e solicitação à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) de registro da distribuição pública de debêntures.
A empresa pretende emitir
R$ 2 bilhões. Os títulos são simples e não
conversíveis em ações.
Segundo a companhia, a oferta
está sujeita à aprovação pelos órgãos
competentes, bem como a condições de mercado. (Brasil
Econômico)
Fundos:
Presidente da Embraer alerta para riscos do país
O presidente da Embraer,
Frederico Curado, saiu preocupado com as incertezas sobre a atividade global,
repetidas a exaustão no Fórum Mundial de Economia. Sobre
o Brasil, vê boas perspectivas, mas reclama do custo da mao de obra,
que considera "uma ameaça" para as empresas, e sugeriu uma efetiva
desindexação da economia.
Depois de ouvir as avaliações
de que o crescimento dos EUA será insuficiente para reduzir a taxa
recorde de desemprego, de que a União Europeia continuará
apontando para a recessão, e salvam-se Ásia e América
Latina, Curado disse que a receita para a Embraer não tem mágica:
"Vamos continuar investindo porque, se em dois ou cinco anos, o mundo voltar
a um ciclo de crescimento, a Embraer precisa estar preparada para isso."
Os investimentos este ano,
que serão anunciados dentro de alguns dias, devem superar os US$
500 milhões, comparados aos US$ 450 milhões no ano passado.
Mas o executivo estima que está cada vez mais caro produzir no Brasil.
Para ele, com a solida situação macroeconômica do pais
"a qualidade de vida e poder de compra melhoraram, mas têm ocorrido
de maneira tão rápida e talvez um pouco desequilibrada. Uma
melhora gradual seria ideal, não com grande salto imediato".
O executivo reclama que
"agora as pressões no custo da mao de obra são gigantescas.
No nosso caso, de mao de obra de engenharia, estamos caminhando para um
aumento de custo intrínseco que, se pelo lado social é importante,
pelo lado da economia á uma ameaça."
Segundo Curado, em dez anos,
o custo nominal da hora na produção da Embraer subiu 75%
em dólar, por conta de câmbio e aumentos salariais. A empresa
conseguiu ganho em produtividade, mas que não compensa o câmbio
desfavorável.
Ele alerta para o país
"ter o cuidado de não cair de um extremo para outro, achar que estamos
maravilhosamente bem e que não temos problema nenhum, e que nada
pode dar errado, porque pode dar sim".
O que fazer? Sua proposta
é desindexar a economia, que admite ser fácil de falar e
difícil de fazer. "A indexação existe. Inflação
zero no Brasil é 4% a 5%, temos essa inércia inflacionária".
Curado lamenta que o Brasil
tenha perdido peso industrial, "algo inegável e que não pode
ser escondido" e nota que está cada vez mais caro fabricar no país.
"E com a guerra tarifária entre os Estados, o que é um incentivo
para as importações, vemos como a situação
é absurda."
O presidente da Embraer,
que prefere sempre "ver a metade do copo cheio", acha que o governo de
Dilma Rousseff tem demonstrado uma preocupação com a indústria
brasileira que ele não via há muito tempo. Nota que o programa
Brasil Maior não chega a ser uma política industrial estruturada,
mas é um bom primeiro passo para ajudar na competitividade das empresas.
Mas sua preocupação
é também com o impacto de uma guerra de subsídios
deflagrada pela China, Rússia e Japão, novos concorrentes
no mercado de jatos regionais. "A China apoia sua indústria maciçamente,
sem transparência. Na Rússia também. Mas menos no Japão,
que assinou acordos na Organização de Cooperação
e Desenvolvimento Econômico."
Para a Embraer, resta nesse
cenário buscar equidade de condições através
de ação diplomática, e do lado empresarial melhorar
a inovação, investir e tentar aumentar a distância
em relação aos concorrentes "porque eles chegam devagarzinho".
(Assis Moreira - Valor Online)
Novo
teto: Quem consegue se aposentar
O novo teto do INSS, que
passou de R$ 3.691,74 para R$ 3.916,20 no início do ano, dará
uma aposentadoria maior para quem sempre contribuiu com valores altos.
Em contrapartida, o segurado
que pretende se aposentar ganhando o valor máximo terá que
trabalhar por mais tempo para compensar o reajuste de 6,08% aplicado sobre
o teto da Previdência.
O reajuste equivale à
inflação de 2011, medida pelo INPC (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor), e é o mesmo aplicado nos benefícios
acima do mínimo. (Juliano Moreira - Agora S.Paulo-28.01)
Aposentadoria
neste ano
Quem completa neste ano
as condições para se aposentar não pode deixar a ansiedade
falar mais alto.
Um ato impulsivo pode virar
um arrependimento permanente.
Trabalhadores desavisados
frustam-se com a constatação de que o benefício a
que têm direito pode ser insuficiente para garantir uma velhice tranquila,
em especial desde 1999, quando foi criado o fator previdenciário.
O fator reduz o pagamento
de quem antecipa a aposentadoria -considerando a idade, o tempo de contribuição
do segurado e a expectativa de vida dos brasileiros.
Adiar pode dar mais retorno
ao trabalhador
Quem tem pleno controle
de suas contas pode levar vantagem em antecipar a aposentadoria, desde
que faça um bom investimento com o dinheiro extra que vai ganhar
da Previdência.
Cada ano de trabalho a mais
reduz o desconto do fator previdenciário e, assim, aumenta o valor
do benefício.
Mas há alguns investimentos
capazes de garantir um aumento ainda maior com o passar dos anos do que
o benefício do INSS.
Para o especialista em cálculos
previdenciários Newton Conde, da Conde Consultoria Atuarial, isso
ocorre se o segurado consegue uma aplicação que rende, por
ano, ao menos, 8% acima da inflação.
Se ele investir tudo o que
ganhar do INSS, e viver só com seu salário até parar
de trabalhar, terá no futuro uma renda maior do que teria se adiasse
o benefício. (Gisele Lobato - Agora S.Paulo-29.01)
Revisão
pelo teto da aposentadoria
O INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) incluiu, entre agosto e dezembro de 2011, mais 37.582
aposentados na lista de pagamento da revisão pelo teto.
Esses segurados juntam-se
aos 131 mil nomes beneficiados logo quando a revisão foi anunciada,
totalizando 168.582 com esse direito.
Para saber se está
entre os que entraram nessa lista, o aposentado pode consultar o site da
Previdência ou ligar para o 135.
O INSS não informou
se todos os beneficiados já foram avisados por carta.
De acordo com o instituto,
o reajuste dos benefícios já foi pago para todos os que foram
incluídos na lista.
No caso dos atrasados -diferenças
não pagas nos últimos cinco anos-, quem tem até R$
15 mil para receber ganhará o pagamento no dia 31 de maio deste
ano, data em que será pago o próximo lote de atrasados.
Quem tinha atrasados de
até R$ 6.000 e entrou na lista até o fim de outubro já
recebeu naquele mês, com o primeiro lote de atrasados, segundo o
INSS.
Agora, o instituto ainda
analisa o caso de mais 2.788 segurados, que têm nova oportunidade
para entrar na lista. Não há prazo para essa análise
terminar.
Para o INSS, esse deve ser
o último lote dos que ainda poderão entrar na listagem.
Se esses aposentados forem
incluídos até o dia 31 com direito a até R$ 15 mil,
receberão no dia 31 de maio.
Quem entrar na lista depois
disso receberá os atrasados somente no penúltimo lote, em
30 de novembro.
No Rio de Janeiro, dois
associados à Faaperj, a federação dos aposentados
e pensionistas do Estado, foram incluídos na lista em 2011 e avisados
via carta.
REAJUSTE
O INSS começou a
pagar neste mês os benefícios com o reajuste -de 14,13% para
o piso e de 6,08% para os que ganham mais de um mínimo. Os extratos
com os novos valores estão disponíveis para consulta no site
do INSS. (Folha de S.Paulo)
Previdência
fecha 2011 com mais de R$ 12 bi em caixa
Ao contrário dos
números que são falsamente divulgados por setores privatistas
do governo federal e segmentos retrógrados da grande imprensa, a
previdência social pública apresentou R$ 12,31 bilhões
de superávit no ano de 2011.
O resultado positivo se
encontra no Fluxo de Caixa do INSS. Para os que desconhecem ou escondem
a verdade, é preciso esclarecer que o Fluxo de Caixa é o
documento oficial que apresenta o balanço financeiro da previdência
social, mostrando todas as receitas e todas as despesas.
Números mostram claramente
a real situação financeira da previdência, já
incluídos os repasses do orçamento da seguridade social.
Portanto, qualquer afirmação
em contrário é falsa e tecnicamente errada. (Maurício
Oliveira – Cobap)
Aposentados:
Preces por reajuste real
Rio - Milhares de segurados
do INSS de todo o País se reuniram em Aparecida do Norte (SP) pelo
Dia Nacional do Aposentado, comemorado na última terça-feira.
A celebração no santuário, no entanto, ganhou tons
de protesto contra as políticas do governo federal relativas aos
idosos. Este ano, são esperadas pelos organizadores mais de 15 mil
pessoas nas manifestações.
A não-concessão
de reajuste acima da inflação aos segurados que ganham acima
do piso previdenciário (R$ 622), a ausência de política
permanente de aumento do poder de compra dessa categoria, somada à
manutenção do fator previdenciário no cálculo
das aposentadorias e à minirreforma da Previdência, prevista
para ser implementada ainda este ano, são fatores que causam descontentamentos
em aposentados e pensionistas do INSS.
“Hoje (ontem) o dia será
marcado por lutas. Não temos o que comemorar. A Previdência
está sendo muito dura com os aposentados. Mostraremos que estamos
vivos. São dois anos de governo Dilma sem aumento acima da inflação”,
desabafa Warley Martins, presidente da Confederação Brasileira
dos Aposentados e Pensionistas (Cobap).
Centrais sindicais, como
a CUT, se juntaram ao movimento dos idosos. “O governo precisa se abrir
para o diálogo. Juntos com os trabalhadores encontraremos uma saída
para a recuperação do poder de compra dos aposentados que
ganham acima do mínimo, já que a maioria é composta
por pessoas de baixa renda e não por ricos”, avalia Quintino Severo,
secretário-geral da CUT.
Reunião em fevereiro
As entidades representativas
dos aposentados apresentarão ao governo nova proposta para a concessão
de aumento real aos segurados que ganham acima do mínimo. O índice
de reajuste seria da ordem de 7%, mais a inflação, podendo
aumentar ou diminuir de acordo com as quatro principais receitas da Seguridade.
Uma reunião com o
ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e o secretário-geral
da Presidência, Gilberto Carvalho, deve acontecer já em fevereiro.
O ministro interino da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, se comprometeu
com centrais sindicais em agendar encontro para esta semana. (O Dia-28.01)
Aposentados
fazem protesto em Aparecida
Os pedidos de saúde
e paz encaminhados a Nossa Senhora Aparecida foram acompanhados por um
desejo especial entre os fiéis que lotaram a missa das 8h na basílica
que leva o nome da santa: o reajuste maior para aposentados que ganham
acima do mínimo.
Reunidos por oito centrais
sindicais do Rio Grande do Sul a Pernambuco, mais de 2.000 mil aposentados
dividiram-se entre velas e orações em Aparecida (180 km de
SP), especialmente à presidente Dilma Rousseff.
"Benção especial
aos aposentados e pensionistas que lutam por seus direitos. Viva os trabalhadores
do Brasil", incluía nos sermões dom Joércio, que celebrou
a missa.
O altar serviu de espaço
para discursos das centrais. (Juliano Moreira - Agora S.Paulo)
Apagão
no INSS do DF
Os segurados que foram sexta-feira
às agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
tiveram uma surpresa desagradável. Muitos não puderam ser
atendidos porque o sistema da Dataprev, empresa de processamento de dados
da Previdência Social, estava fora do ar. A autarquia confirmou o
problema, que foi detectado na quinta-feira e ainda não tem prazo
para ser corrigido.
Com o sistema fora do ar
não é possível prestar serviços aos segurados,
nem mesmo agendar atendimentos. A orientação do INSS é
para que os funcionários dos postos e agências da autarquia
colham os dados pessoais dos segurados, inclusive um telefone seguro para
contato. O órgão informou que se comunicará com os
segurados cujo atendimento já estava agendado e que foram prejudicados.
O problema é que
o atendimento pode não ser feito imediatamente. Existe uma agenda
com outros segurados na fila, aguardando dia e hora marcados. No caso da
perícia médica, o tempo médio de espera no Distrito
Federal chega a 36 dias. Para a concessão dos demais benefícios,
como a aposentadoria, o prazo médio cai para 27 dias.
Devido à falha, o
INSS também não sabe informar se existirá, nem mesmo
nos próximos dias, chances de retomar o atendimento ao segurado
que já estava agendado e saiu prejudicado. (Vânia Cristino
- Correio Braziliense-28.01)
FAP:
Novo edital com resultado da contestação
Empresas têm até
o dia 28 de fevereiro de 2012 para recorrer da decisão
Foi publicado na sexta-feira
(27) o terceiro edital com o extrato do julgamento da contestação
do resultado do Fator Acidentário de Prevenção (FAP)
2010, com vigência em 2011. A lista com o resultado de 20 empresas
de diversos segmentos está disponível na seção
3, páginas 166 e 167 do Diário Oficial da União (DOU).
O julgamento completo poderá ser consultado pela internet, com acesso
restrito a cada empresa. Clique aqui para acessar o edital
As empresas têm até
o dia 28 de fevereiro de 2012 para recorrer, em segunda instância,
da decisão do Departamento de Politicas de Saúde e Segurança
Ocupacional (DPSSO). O recurso deverá ser feito via formulário
eletrônico, disponível no site do Ministério da Previdência
Social (MPS), e encaminhado eletronicamente à Secretaria de Políticas
de Previdência Social do MPS.
O coordenador-geral de Política
de Seguro contra Acidentes do Trabalho e Relacionamento Interinstitucional
(CGSAT), Luiz Eduardo Alcântara de Melo, lembra que não há
a necessidade de encaminhar o recurso eletrônico na forma impressa.
A partir do FAP 2010, tanto as contestações como a consulta
ao resultado dos julgamentos são feitas de forma eletrônica.
“É importante que as empresas estejam atentas às publicações
no DOU. À medida que os julgamentos forem concluídos, novos
editais serão divulgados com os resultados das demais empresas”,
enfatiza Alcântara de Melo.
Desde o primeiro edital,
publicado em 16 de dezembro de 2011, já foram divulgados os resultados
do julgamento das contestações de 60 empresas. No total,
2.077 empresas contestaram o FAP 2010.
Agora, todos os editais
relativos ao FAP podem ser consultados na página do Ministério
da Previdência Social. Para acessar, basta clicar em FAP - Fator
Acidentário de Prevenção. (Talita Lorena
- Ascom/MPS)
Prazeres
da "melhor idade"
A voz em Congonhas anunciou:
"Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade,
gestantes e portadores do cartão tal terão preferência
etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que,
não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo,
gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor
idade" -algo entre os 60 anos e a morte.
Para os que ainda não
chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes
antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém
estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a
rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu
e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato
de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo
o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da "melhor
idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura
no coração, a pressão lembrando placar de basquete
americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão
e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência
à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós,
da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica
da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar
as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes
receitam e depois não conseguem retirar.
Outro dia, bem cedo, um
jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo
da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra,
Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada! Estou voltando da farmácia!".
E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você
extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir. (Ruy Castro
- Folha de S.Paulo-28.01)
Livro:
Analogia e Direito do Trabalho
AUTOR Wilson Ricardo Buquetti
Pirotta
EDITORA LTr (0/xx/11/2167-1100)
QUANTO R$ 30,00 (123 págs.)
Os limites do raciocínio
pela analogia são vistos por Pirotta em dissertação
de mestrado (Fadusp), nos termos que Estevão Mallet, no prefácio,
situa como integrado ao ordenamento trabalhista. O escritor pede, na conclusão,
a mobilização democrática da analogia, em favor dos
direitos humanos e seus de paradigmas. (Folha de S.Paulo-28.01)
Fitch
rebaixa Itália, Espanha e mais 3 países
Para agência, crise
do euro pode piorar. Desemprego sobe a 22,85% e atinge 5,27 milhões
de espanhóis
A agência de classificação
de risco Fitch rebaixou sexta-feira a nota da dívida soberana de
Itália, Espanha, Bélgica, Chipre e Eslovênia, afirmando
haver 50% de chance de um novo corte nos próximos dois anos. Segundo
a Fitch, esses países estão vulneráveis a choques
monetários e financeiros. O rating da Itália caiu de "A+"
para "A-"; o da Espanha, de "AA-" para "A"; o da Bélgica, de "AA+"
para "AA"; o da Eslovênia, de "AA-" para "A"; e o de Chipre, de "BBB"
para "BBB-" - apenas um nível acima de junk, ou grau altamente espculativo.
A nota da Irlanda, que também estava sob revisão, permaneceu
"BBB+". A perspectiva para os seis países é negativa, ou
seja, com possibilidade de um novo corte. No caso da Espanha, a Fitch citou
ainda o fraco desempenho fiscal de 2011 e a deterioração
das perspectivas macroeconômicas. Como a confirmar esse cenário,
o governo espanhol informou ontem ter fechado 2011 com 5,27 milhões
de desempregados, ou 22,85% da população economicamente ativa
do país. No terceiro trimestre, o índice ficara em 21,5%.
Crise já eliminou 2,7 milhões de vagas na Espanha É
a maior taxa em 17 anos. Não se vê um índice semelhante
em qualquer dos 27 países da União Europeia (UE), ou mesmo
entre os 34 membros da Organização para a Cooperação
e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). E, com uma economia rumando
a uma recessão, há poucas perspectivas de melhora a curto
prazo. O Banco Central do país projetou, na última segunda-feira,
que o desemprego atinja 23% este ano e em 2013. Desde o fim de 2007, segundo
o jornal espanhol "El País", foram eliminadas 2,7 milhões
de vagas no país. Destes, 55% foram no setor de construção.
- A situação da Espanha é complicada porque o país
precisa ajustar o déficit (orçamentário) no contexto
de um cenário muito difícil para o emprego - disse à
agência de notícias Reuters Nicolas Lopez, analista-chefe
da M&G Valores. O novo governo deve apresentar uma proposta de reforma
trabalhista até meados de fevereiro. A proposta obteve o apoio -
ainda que provisório - dos principais sindicatos e grupos empresariais
da Espanha. O governo prometeu reduzir os custos, para os patrões,
de demissões e contratações, bem como maior proteção
para os trabalhadores. Fitch teme perda de apoio político para reformas
A Fitch havia colocado as notas dos seis países em revisão
em 16 de dezembro. Também estão com perspectiva negativa
França ("AAA"), que este mês foi rebaixada pela Standard &
Poor"s, e Portugal ("BB+"). E a agência não demonstrou otimismo
com a atual situação da zona do euro. "Uma recessão
ecnômica mais profunda e mais prolongada que o previsto atualmente
minariam o suporte político e a aceitação pública
para a austeridade fiscal e reformas estruturais. Também teria o
potencial de enfraquecer o compromisso dos países da zona do euro
mais fortes econômica e fiscalmente, bem como do BCE (Banco Central
Europeu), em dar o apoio necessário a seus pares", afirmou a Fitch
na nota sobre os rebaixamentos. Já o premier italiano, Mario Monti,
destacou os aspectos positivos citados pela Fitch, como o compromisso do
governo com as reformas (POrtal G1)
Credor
privado abre mão de 70% da dívida grega
Troika pressiona Atenas
por mais cortes e austeridade. Alemanha quer que UE tenha controle das
finanças da Grécia
O Instituto de Finanças
Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que representa os credores
privados nas negociações da dívida soberana grega,
ofereceu um perdão de 70% do débito, como contribuição
das instituições no resgate financeiro do país. A
informação foi divulgada ontem pelo presidente do Deustche
Bank, Josef Ackermann, em entrevista à TV alemã N-TV. Se
confirmada, a notícia representa um avanço significativo
nas negociações, que estavam emperradas quanto ao valor que
os bancos privados aceitariam perder e os juros que serão embutidos
nos títulos que substituirão os antigos bônus. A Grécia
precisa chegar a um acerto com os credores para poder receber recursos
de assistência e evitar um calote de sua dívida. - Colocamos
sobre a mesa uma oferta muito atraente - disse Ackermann, que também
preside o IIF. - Estamos preparados para assumir quase 70% de perdas. Todos
precisam fazer uma contribuição. O IIF está coordenando
uma oferta por parte dos credores do setor privado, conhecida como Iniciativa
do Setor Privado (PSI, na sigla em inglês). Eleição
na Grécia deve gerar maior resistência à UE Na outra
ponta, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional
(FMI) estão pressionando o governo grego a implementar cortes no
Orçamento e novas medidas de austeridade, como condição
incontornável para um novo pacote de resgate. Segundo documento
obtido pela agência Reuters, a Grécia ainda precisa convencer
seus parceiros da zona do euro e o FMI a liberar o segundo plano de resgate,
avaliado em 130 bilhões. A ajuda é fundamental para que o
país evite um calote. A UE, o FMI e o Banco Central Europeu (BCE)
- a chamada "Troika" - estão elaborando um documento, que inclui
uma lista de medidas que eles esperam ver implementadas por Atenas. No
topo das exigências está a aprovação de um orçamento
suplementar com mais cortes para que o país possa alcançar
a meta fiscal acertada para 2012. A Troika sugere grandes cortes de gastos
nos departamentos de Defesa e Saúde. O documento, porém,
não especifica a quantidade de cortes necessários. A UE e
o FMI também estão pressionando a Grécia a adotar
uma reforma já atrasada de pensões suplementares, e garantir
um plano para repor apenas um de cada cinco funcionários públicos
que deixarem a força de trabalho. Segundo o documento, eles querem
ainda que o banco central da Grécia conclua sua análise sobre
o tamanho real do rombo de capital nos bancos do país. A pressão
maior, no entanto, vem do governo alemão, que quer que a Grécia
ceda o controle de sua política orçamentária às
instituições europeias, como parte das negociações
para o segundo pacote de resgate, revelou uma fonte à agência
Reuters. - Há discussões internas dentro do Grupo do Euro
e várias propostas. Uma delas vem da Alemanha sobre como tratar
de forma construtiva os programas de ajuda a países que estão
continuamente fora do eixo. Eles querem determinar se isto é algo
que pode ser ignorado ou se é hora de dizer: "basta" - disse a fonte,
acrescentando que, entre as propostas, o grupo está discutindo que
as instituições europeias que já operam na Grécia
obtenham algum poder de decisão. A Grécia não comentou
a pressão alemã, alegando tratar-se de relatos anônimos.
- Nenhum país apresentou uma tal proposta no Grupo do Euro - disse
um alta fonte do Ministério da Fazenda grego. As pressões
do governo alemão devem provocar uma forte reação
em Atenas, que está com eleições previstas para abril.
Já o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble,
falando no Fórum Econômico Mundial, em Davos, disse ontem
que criar um novo pacote de resgate para a Grécia não é
fácil por causa dos descumprimentos de algumas metas no passado,
mas acrescentou que isso será feito nos próximos dias. -
Nós não esperamos um default na Grécia - disse ele.
FMI: ainda há motivos de "grandes preocupações" Apesar
das incertezas e dos impasses, os ministros das Finanças da zona
do euro mostraram otimismo ontem de que um acordo para evitar um calote
da Grécia esteja perto de ser alcançado. Eles creem que as
principais peças para resolver a crise da dívida na zona
do euro estejam entrando no lugar. A principal autoridade econômica
europeia disse que um acordo entre o governo grego e seus credores privados
sobre perdas voluntárias aos investidores será conseguido
nos próximos dias e que a zona do euro está progredindo para
fortalecer suas proteções financeiras. - Estamos muito perto
de um acordo, senão hoje (ontem), então no fim de semana
e preferivelmente em janeiro, não fevereiro. Estamos muito perto
- disse o comissário para Assuntos Econômicos e Monetários
da UE, Olli Rehn, em Davos. Para o FMI, porém, ainda há razões
de "grandes preocupações", não só sobre a UE,
mas igualmente em relação a EUA e Japão. A diretora-gerente
do Fundo, Christine Lagarde, disse que esses países precisam demonstrar
um compromisso a médio prazo para reduzir suas dívidas. -
Há uma combinação de preocupações com
os setores bancários ao redor do mundo, - disse Lagarde em Davos
(Bloomberg News/Portal G1)
Novela grega
Crise europeia se encaminha
para desfecho, com perdas de até 70% para os credores privados do
mais frágil membro da zona do euro
A Grécia precisa
de mais dinheiro para evitar um iminente colapso econômico e político.
Não há saída.
Essa é a conclusão
do arrastado enredo de negociação dos credores privados com
os integrantes da zona do euro. O processo pode ser concluído nos
próximos dias com o perdão de € 100 bilhões na
dívida do país, uma perda de 70% para investidores.
Mesmo assim, a redução
seria insuficiente para cumprir a meta de limitar a dívida grega
a 120% do PIB até 2020, objetivo do programa de ajuda acordado em
outubro pela liderança europeia. O programa depende de credores
privados aceitarem abrir mão de parte de seus direitos em troca
de € 130 bilhões em dinheiro novo (da Europa e do FMI) e de
medidas radicais de austeridade para os gregos.
O problema é que
as premissas do acordo se mostraram por demais otimistas. A queda do PIB
grego em 2011, estimada originalmente em 3%, teria sido, na verdade, próxima
de 6%.
O quadro para 2012 não
é menos desanimador. As dificuldades políticas para cortar
o deficit público são compreensíveis, tendo em vista
o ambiente de depressão econômica no país. Com a arrecadação
em queda, o esforço se torna algo digno de Sísifo. A fadiga
do sistema político e da população só faz crescer,
e um fracasso do programa pode levar à queda do governo de coalizão
formado há três meses.
Parece inescapável,
assim, a injeção de mais dinheiro público. Como a
maior parte da dívida grega passará para credores oficiais
-BCE (Banco Central Europeu) e fundos públicos criados para absorver
perdas- após a reestruturação, cresce a pressão
para que tais organismos também aceitem uma redução.
Estima-se que € 20 bilhões a € 30 bilhões sejam
suficientes para fechar a conta.
O BCE é o principal
candidato ao esforço adicional, pois detém € 50 bilhões
em papéis gregos, adquiridos ao longo dos últimos dois anos.
Como a compra foi feita com desconto -os preços de mercado já
tinham caído-, uma redução do valor de face desses
títulos pode ser feita sem causar perdas efetivas.
As autoridades europeias
se reúnem na segunda-feira para definir os novos passos de combate
à crise. Podem ser anunciados novo tratado de coordenação
fiscal, ações para estimular o investimento e, possivelmente,
um reforço para as redes de proteção financeira, hoje
limitadas a € 500 bilhões.
Nada disso acalmará
os ânimos, porém, se a negociação com a Grécia
não for concluída logo. Um colapso do programa de ajuste
levaria o país a um calote descontrolado antes de março e
poria na mesa a retirada da Grécia da zona do euro.
A Europa recairia na imprevisibilidade,
e o mundo ficaria de novo sob a ameaça de uma pandemia financeira.
(Folha de S.Paulo-28.01)
Economia
americana tem avanço tímido
Maior PIB fecha o ano com
crescimento de 1,7%; alta do 4º trimestre fica abaixo do esperado,
e Bolsa cai 0,58%
Governo diz que avanço
é encorajador, mas é preciso mais para recuperar empregos
perdidos na recessão
O PIB americano avançou
2,8% no quarto trimestre de 2011, um ponto percentual acima do resultado
registrado nos três meses anteriores.
Apesar da aceleração
no último período do ano, o número veio abaixo das
expectativas do mercado, o que colaborou para a queda de 0,58% do índice
Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Valores de Nova York.
Analistas mantêm a
projeção de crescimento modesto nos EUA a curto prazo.
Mesmo com a melhora de alguns
setores, a situação ainda precária da economia fez
o Fed -o BC americano- dizer nesta semana que os juros baixos atuais (entre
zero e 0,25%) devem durar até o fim de 2014 -a previsão anterior
era até meados de 2013.
Na comparação
de 2011 com o ano anterior, o PIB dos EUA avançou 1,7%, resultado
que só foi melhor que o do Reino Unido, entre as poucas grandes
economias que já divulgaram o resultado do ano passado. A China
se expandiu em 9,2%, por exemplo.
Relatório do Citi
aponta que a demanda interna nos EUA foi morna de outubro a dezembro e
que o incremento de 2% no consumo não deve se repetir, já
que foi puxado por um resultado excepcional do setor automotivo.
O banco enfatiza que a alta
de 1,7% no investimento fixo não residencial (o que inclui a aquisição
de máquinas) foi a menor em dois anos.
Outro destaque foram os
gastos do governo, que recuaram quase 5%. Entre eles, desembolsos na área
de Defesa registraram o pior resultado, com retração de 12,5%.
Para o HSBC, o gasto governamental
foi o dado mais sensível entre todos os componentes do PIB. "Se
o país não estivesse passando por um período de austeridade
fiscal, o crescimento teria sido próximo de 2,2%."
O relatório do banco
prevê que a contração continuará até
2013, pois administrações estaduais e locais ainda enfrentam
quebras nas receitas. A instituição projeta crescimento de
1,5% da economia americana neste ano.
Na última semana,
relatório do Fed já havia indicado que o país vê
avanço moderado do PIB nos próximos trimestres.
Ao comentar o resultado
do PIB ontem, a Casa Branca afirmou que a expansão em 2011 é
encorajadora, mas que é preciso que a economia cresça mais
rápido para que o país recupere os empregos perdidos durante
a recessão.
A taxa de desemprego caiu
nos últimos meses, mas ainda está alta: 8,5%.
CENÁRIO GLOBAL
Tony Volpon, da corretora
Nomura, diz que a recuperação dos EUA ocorre de forma desigual
entre os diferentes setores da economia.
Segundo ele, deve haver
leve recessão na Europa e manutenção do crescimento
das economias dos mercados emergentes, uma vez que medidas recentemente
anunciadas pelo Banco Central Europeu reduziram os riscos de quebra do
sistema financeiro e de choque global.
"Os emergentes estão
retirando medidas de contenção do crescimento [por exemplo,
anunciando cortes de juros]. Estamos vendo os emergentes pisarem no acelerador
todos juntos", afirmou.
"No final do ano, deve haver
uma aceleração global", completou. (VERENA FORNETTI
- Folha de S.Paulo-28.01)
A
boa consciência da França
Reconhecer como genocídio
morte de armênios é obra de políticos oportunistas
para agradar a cidadãos
Como compreender a decisão
do Parlamento francês de definir algo que aconteceu há quase
um século como genocídio dos armênios pelos turcos?
Do ponto de vista político,
não faz sentido para a França um conflito com a Turquia -o
mais importante país do Oriente Médio e uma potência
emergente. Por que, então, esse testemunho oficial sobre algo que
aconteceu, mas que hoje nada tem a ver com a França?
Só encontro uma explicação:
trata-se de uma manifestação de "boa consciência" de
uma França imperial para com seus cidadãos, que são
homens e mulheres dotados de elevados princípios morais.
O que significa "boa consciência"
nesse caso? Infelizmente, nada de bom. A dominação, o império,
as muitas formas de exploração precisam sempre de boa consciência.
Precisam de boas razões
morais para seus atos, ou, quando é impossível, exibir para
todos sua consciência moral, neste segundo caso configurando-se a
boa consciência.
A França, como Reino
Unido e EUA, precisa dela porque seu livro de violência imperial
com os povos da periferia e, em particular, com o Oriente Médio
é longo e tenebroso.
Até a Segunda Guerra,
esse imperialismo se manifestou por meio do sistema colonial.
Quando os povos da região
lograram sua independência, o imperialismo francês e de seus
associados ricos manifestou-se pontualmente pela guerra e, em geral, por
meio do "soft power" -conselhos, ameaças e pressões sobre
elites locais geralmente aliadas e corruptas.
O prontuário da França
nessa matéria no Oriente Médio é lamentável,
e é terrível na África. A África subsaariana
é, na prática, uma colônia administrada por um banco
central comum com sede em Paris.
A participação
do governo francês no genocídio dos tutsis em Ruanda é
algo que volta e meia é discutido na grande imprensa do país.
Com grande pesar dos franceses.
Diante disso, a necessidade
de boa consciência torna-se imperativa. Geralmente, ela se manifesta
sob a forma de "soft power", sem conflito com os interesses nacionais do
país: julgam-se os governantes dos países mais pobres pelos
padrões de avanço cultural e político dos países
ricos; e, com base nesse julgamento, criticam duramente como "autoritários"
e "populistas" os governantes que ousam ser nacionalistas e estabelecer
limites aos interesses de suas multinacionais.
Enquanto isso os ditadores
amigos são amavelmente esquecidos.
Sob essa forma, a boa consciência
coincide com a lógica da dominação. Ela expressa os
valores da democracia ao mesmo tempo em que atende a interesses considerados
nacionais.
Mas há momentos em
que coisa não é tão simples. Que é preciso
pensar em termos dialéticos.
Dado que os cidadãos
dos países ricos são exigentes em termos de princípios
democráticos e de direitos humanos, políticos oportunistas
aproveitam alguns momentos para apaziguar a boa consciência dos seus
cidadãos com atos "heroicos". É o que acontece com o reconhecimento
de genocídio dos armênios.
Nesse caso, o preço
da boa consciência é uma decisão que não serve
à Armênia, ofende a Turquia e não interessa à
França. Mas apazigua consciências culpadas. (Luiz Carlos
Bresser-Pereira - Folha de S.Paulo)
A crise e
o Brasil
Recuperação
débil da economia dos EUA estreita as opções para
o crescimento brasileiro, cada vez mais dependente da China
Os meios de comunicação
americanos demonstraram alívio, se não alento, com a notícia
de que o crescimento da economia de seu país foi mais acelerado
no fim de 2011.
Tendo em vista que ainda
em meados do ano se temia a volta da recessão, algum otimismo é
compreensível. Mas os EUA cresceram só 1,7% no ano passado.
Prevê-se que, no melhor dos casos, não cresçam mais
que 2% neste ano.
A maior economia do mundo
cresceu menos que 1% acumulado desde o final de 2007 (houve crescimento
negativo em 2008 e 2009). O rendimento médio dos trabalhadores foi
reduzido outra vez, fato agravado pela tendência, de décadas,
de aumento da desigualdade.
O relativo empobrecimento
reflete-se na alta acanhada do consumo verificada, mesmo no remediado trimestre
final de 2011, o que prejudica a retomada do investimento, também
diminuta.
Não bastassem tais
indicadores ainda preocupantes, o banco central dos Estados Unidos, o Fed,
anunciou na quarta-feira passada que pretende manter sua política
de juro zero até 2014.
É fácil deduzir,
portanto, que o Fed não prevê um reaquecimento relevante da
atividade produtiva nos próximos dois anos, pelo menos. Tanto que
deixou aberta a possibilidade de ainda mais relaxamento monetário
por meios heterodoxos. Isto é, a compra de ativos financeiros ora
em poder do mercado, o que na prática injeta mais dólares
na economia e se chama coloquialmente de "impressão de dinheiro".
O Fed tem, de modo recorrente,
reclamado o auxílio do governo na tarefa de estimular a economia.
Os governos americanos, da esfera municipal à federal, no entanto,
têm contribuído para enfraquecer a recuperação,
dados os maciços cortes de gastos.
No âmbito federal,
verificam-se ainda extremados conflitos entre Executivo e Congresso, além
da letargia na Presidência. O tumulto político redunda em
aumento de incerteza para os agentes econômicos e cria empecilhos
para a implementação de qualquer programa coerente de estímulo.
Decerto a situação
americana é melhor que a da zona do euro, cujo nível de produção
deve voltar ao nível de 2007 apenas em 2014.
O efeito combinado dessas
crises será sem dúvida relevante para o Brasil. De imediato,
a longa e ainda duradoura crise euroamericana nos impõe novos problemas,
para a indústria em particular, entre outras razões por favorecer
a renitente valorização do real.
Além disso, a crise
no mundo desenvolvido aumenta a dependência brasileira da China,
que vive também um período tenso. Em suma, a longa crise
estreita os caminhos possíveis do nosso crescimento. (Folha de S.Paulo-29.01)
Berço
esplêndido até quando?
Nós aqui, sem estratégia,
ainda criamos dificuldades para atrair investidores; sem falar no custo
Brasil
Alguns dos principais líderes
mundiais públicos e privados estão reunidos na gelada Davos,
na Suíça, debatendo acaloradamente o futuro. A crise financeira
da Europa -com seus reflexos na economia global- está por trás
das discussões todas.
Como sempre, analistas farão
as mais variadas previsões, das quais muitas jamais se confirmarão.
É o World Economic
Forum (WEF), onde os dirigentes têm uma excelente oportunidade de
trocar ideias e experiências, além de entabular negócios.
E, finalmente, a agricultura
ganhou importância no temário geral, empurrada pelas questões
ligadas ao combate à fome e ao aquecimento global, entre outros
fatores.
Um competente grupo de trabalho
foi constituído para estudar o assunto, e construiu o documento
"Uma nova visão para a agricultura", alicerçado em três
pilares (segurança alimentar, sustentabilidade e oportunidade econômica).
Ele estabelece o Compromisso
20/20/20, propondo que a cada década o planeta aumente a produção
agrícola em 20%, reduza as emissões de gases de efeito estufa
em 20% e diminua a pobreza rural em outros 20%.
Naturalmente, cada um desses
pilares tem uma variada receita de propostas e projetos que passam pelo
uso de novas tecnologias, minimização de desperdício,
melhoria de hábitos alimentares, redução do impacto
no ambiente, gestão de bacias hidrográficas, sequestro de
carbono, preservação da biodiversidade, aumento da renda
dos mais pobres etc.
E também assinala
a necessidade de esforços coordenados e concentrados no sentido
de investimentos em inovação, infraestrutura e logística
e mecanismos de mercado acessíveis a todos.
O interessante desse trabalho
de fôlego é a premissa principal: mobilizar o setor privado
internacional para tornar a agricultura o motor central do crescimento
social e da estabilidade do futuro.
Não há nenhuma
garantia de que isso gere ações concretas, até porque
a receita é extremamente variada e rica, dependendo do país
em que seja aplicada.
Mas é a primeira
vez que um fórum da qualidade do WEF, com a assistência de
tantos líderes poderosos, trata do agro de forma objetiva e propositiva.
A compreensão de
que a fome é ameaça à paz pode estar determinando
essa novidade.
E, é claro, o Brasil
emerge como um potencial grande produtor mundial. Mas, surpreendentemente,
com importância relativa menor.
A propósito, nesta
semana estive em Berlim para um encontro de grandes empresas mundiais ligadas
ao agro para discutir investimentos em agricultura na África.
Os números mostrados
lá foram impressionantes. Somente a África subsaariana teria
mais de 200 milhões de hectares agricultáveis, três
vezes a área atualmente cultivada no Brasil. Nós temos mais
100 milhões de hectares para incorporar à área produtiva.
E temos tecnologia, gente e competência para crescer rapidamente,
mas não temos estratégia, política coordenada, regras.
Já os países
africanos não têm isso, nem infraestrutura, nem gente preparada
e ainda lhes falta institucionalidade, como a propriedade da terra, por
exemplo.
Mas os governos africanos
estão chamando os investidores e pedindo para dizerem o que querem,
propondo-se a fazer o que for necessário para que venham investir.
E esses, percebendo o potencial
de altíssimos lucros em razão de custos baixos e de um gigantesco
mercado demandante, querem ir logo, com pressa.
E nós aqui, sem estratégia,
ainda criamos dificuldades de toda ordem para atrair investidores. Sem
falar no nosso conhecido custo Brasil.
Será possível
que ficaremos deitados eternamente em berço esplêndido? Está
na hora de nos levantarmos do berço, trabalhar com vigor para depois
dormirmos tranquilos na grande cama que estão querendo levar para
outros continentes.
Basta ver os pesados investimentos
agrícolas que estão sendo feitos por empresários estrangeiros
na Rússia, na Ucrânia e em outros países da Europa
Central. E agora é a vez da África... (ROBERTO RODRIGUES
- Folha de S.Paulo-28.01)
BC menos obscuro
Banco Central surpreende
analistas ao ser explícito sobre trajetória dos juros e sugere
que pode amenizar o padrão cifrado de suas atas
Causou certo alvoroço
a divulgação, na semana passada, da ata da reunião
em que, oito dias antes, o Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central determinou uma nova redução da taxa
de juros básica (Selic) para 10,5% ao ano.
Uma das razões foi
o tom inesperado do informe: a autoridade monetária se mostrou menos
cautelosa com relação à alta dos preços do
que no relatório trimestral que divulgara no final de dezembro.
Porém, mais surpreendente foi a mudança no estilo de comunicação
do Banco Central.
Os documentos por meio dos
quais o BC transmite ao público sua avaliação do estado
e das perspectivas da economia, assim como dos fatores que justificariam
suas decisões, costumam ser redigidos numa linguagem bastante rebuscada,
formal e elíptica.
A recente ata não
foge à regra, mas trouxe um trecho, que apesar do uso do jargão,
deixa clara a perspectiva de evolução dos juros: "O Copom
atribui elevada probabilidade à concretização de um
cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares
de um dígito".
Essa referência mais
direta a uma taxa abaixo de 10% chegou a causar contrariedade entre alguns
analistas econômicos. Esses profissionais há anos concentram
muito de suas atividade em decifrar as entrelinhas das mensagens do BC.
Mudanças no estilo
de comunicação das autoridades monetárias têm
sido observadas também no exterior. O Fed (banco central dos EUA),
por exemplo, há cinco meses afirmava que pretendia manter a taxa
de juros básica em nível muito baixo até 2013. Na
semana passada, reiterou e estendeu essa sinalização, apontando
para juros baixíssimos até o final de 2014.
No caso dos EUA a opção
das autoridades monetárias por emitir sinais explícitos sobre
suas decisões futuras, contrariando seu proceder tradicional, está
ligada ao ambiente mais propício à experimentação
criado pela crise financeira global.
Com efeito, as dificuldades
enfrentadas por países ricos têm colocado em xeque várias
"certezas" acerca das práticas mais recomendáveis de política
econômica e, evidentemente, reforçaram a ideia de que "circunstâncias
excepcionais exigem respostas excepcionais".
A visibilidade do processo
decisório do Banco Central brasileiro ainda é limitada. Não
se divulga, por exemplo, o voto de cada integrante do Copom na deliberação
sobre a taxa Selic, ao contrário do que se verifica nos EUA.
A decisão de apresentar,
na última ata, avaliação um pouco menos misteriosa
sugere uma renovação de atitude que poderia avançar
muito mais, na direção de um verdadeiro aumento da transparência.
(Folha de S.Paulo)
Inflação
eleva arrecadação em R$ 50 bi
O aumento generalizado de
preços no ano passado, e que quase resultou no estouro da meta de
inflação perseguida pelo governo, gerou acréscimo
de R$ 50 bilhões na arrecadação de tributos federais,
segundo levantamento feito pelo Ministério da Fazenda para o Valor.
Essa receita extra decorreu da variação adicional de 0,59
ponto percentual no IPCA, que passou de 5,91%, em 2010, para 6,5% no ano
passado.
O ganho obtido com a inflação
foi mais que suficiente para cobrir o gasto de R$ 47,5 bilhões com
os investimentos realizados pelo governo federal em 2011. A arrecadação
decorrente do IPCA mais alto em 2011 foi bem maior que os R$ 32 bilhões
de ganho com a inflação ocorrido em 2010.
O cálculo sobre o
"efeito preço" leva em conta valores nominais e deflacionados da
receita administrada e o pressuposto de que a cada 1% de aumento ou redução
na inflação, há uma alta ou diminuição
de 0,5% na arrecadação dos impostos e contribuições.
Segundo a Fazenda, o efeito
da variação de preços está disseminado nos
11 grupos de tributos federais. Devido à concentração
dos reajustes no setor de serviços, no entanto, o impacto foi maior
no recolhimento da Cofins, PIS, Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL). "Esses tributos são os que melhor refletem o efeito da inflação
na arrecadação do ano passado", explicou fonte da área
econômica.
O PIS e a Cofins incidem
sobre as vendas, abarcando o grande universo de empresas do setor de serviços,
de onde partiram as maiores pressões de preços em 2011. O
IRPJ e a CSLL são cobrados de acordo com o lucro da pessoa jurídica,
que reflete, indiretamente, o encarecimento de serviços e produtos.
O acréscimo de arrecadação
decorrente da variação de preços no Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) foi marginal, porque, em 2011, os preços
dos produtos manufaturados aumentaram em menor escala. O setor fabril enfrentou
maior concorrência com os importados em uma disputa que conseguiu
conter as remarcações dos itens industrializados.
De acordo com o ministério,
os serviços e produtos que geraram as maiores receitas tributárias
decorrentes da inflação são praticamente os mesmos
que ficaram mais caros, conforme a apuração feita pelo IBGE
para o cálculo do IPCA: passagens aéreas, combustíveis,
serviços bancários, serviços médicos e hospitalares,
planos de saúde, educação, telefonia e energia elétrica.
Em 2011, a receita tributária
federal totalizou R$ 993,667 bilhões, com alta real de 10,1%, a
maior taxa dos últimos quatro anos. Ao apresentar o resultado, o
secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, avaliou que
em 2012 não haverá expansão de dois dígitos.
O ritmo de expansão
da receita está em queda desde outubro e nova retração
será registrada em janeiro. "O governo adotou medidas que levaram
ao desaquecimento paulatino da economia. A arrecadação continuou
crescendo, mas a taxas menores", disse Barreto. (Luciana Otoni -
Valor Online)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Ibovespa
interrompe sequência de 8 altas
A sequência de oito
altas seguidas da bolsa brasileira foi interrompida na sexta-feira. O mercado
teve uma jornada de volatilidade e o volume foi mais fraco. Os investidores
aproveitaram para embolsar parte dos ganhos recentes. A queda, contudo,
não conseguiu impedir o Ibovespa de se aproximar do nível
dos 63 mil.
Na sexta-feira, o índice
registrou leve baixa de 0,08%, aos 62.904 pontos. O giro financeiro atingiu
R$ 5,912 bilhões. No ano, o Ibovespa defende alta de 10,84%. Em
dólar, a valorização em 2012 atinge expressivos 19,24%.
A bolsa brasileira operou
em grande parte descolada da cena externa e os agentes deram pouco peso
ao noticiário econômico. Destaque da sexta-feira, o Produto
Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,8% no quarto trimestre
do ano passado, em termos anualizados, abaixo da expansão de 3%
projetada, mas acima do aumento de 1,8% do terceiro trimestre.
Saldo de investidores estrangeiros
na bolsa soma R$ 5,4 bi no ano
A surpresa negativa contrastou
com o desempenho do índice de confiança do consumidor, medido
pela "Reuters" e Universidade de Michigan, que subiu para 75,0 ao fim de
janeiro, após marcar 69,9 no fim de dezembro. O dado superou as
estimativas dos analistas.
Já na Europa, as
negociações entre o governo da Grécia e os credores
privados sobre a redução da dívida do país,
mais uma vez, não tiveram um desfecho. Hoje, os líderes da
União Europeia se reúnem em Bruxelas, na Bélgica,
para tentar finalizar os acordos para criar um mecanismo permanente de
resgate e impor uma disciplina fiscal mais rígida entre os seus
integrantes, enquanto buscam enfrentar os problemas de fraco crescimento
econômico e elevado desemprego.
A agência de classificação
de risco Fitch Ratings, por sua vez, anunciou na sexta o rebaixamento dos
ratings (notas) soberanos de cinco países da zona do euro - Bélgica,
Chipre, Itália, Eslovênia e Espanha -, mas manteve a nota
da Irlanda em "BBB+". Todos estão com perspectiva negativa, ou seja,
estão sujeitos a um novo corte da nota.
Ainda que considere otimista
demais dizer que o cenário está mudando para a bolsa brasileira
por conta da forte valorização no acumulado do ano, o diretor
da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, destaca que as preocupações
estão um pouco menores.
A melhora de indicadores
tanto americanos quanto europeus, a maior ação dos líderes
do "velho continente" e os leilões de títulos bem-sucedidos
estão entre as razões para a redução da aversão
a riscos por parte dos investidores.
"Temos um fluxo expressivo
neste início de ano e ações principalmente ligadas
a commodities, deprimidas no fim de 2011, estão se recuperando",
lembra ele. "O cenário geral, entretanto, segue bastante conturbado.
Não dá para dizer que há uma tendência de maior
consistência de alta", diz.
A continuidade do ingresso
de recursos internacionais, diz ele, dependerá da evolução
do quadro externo. "No segundo semestre, poderemos ter mais definições
sobre programas de austeridade da Espanha e da Itália e saberemos
se a recuperação dos Estados Unidos é consistente",
afirma Bandeira. "Os mercados poderão ganhar fôlego e novamente
a bolsa brasileira será beneficiada."
Os números mostram
que o saldo (aplicações menos resgates) dos investidores
estrangeiros no mercado à vista da bolsa estava positivo em R$ 5,418
bilhões no acumulado do ano até o dia 24. (Beatriz
Cutait - Valor Online)
ESNS
e IBA lançam concurso
Trabalhos
sobre temas inéditos relacionados à ciência atuarial
poderão concorrer, a partir de março, ao Prêmio Peón
de Sá, que será lançado pela Escola Superior Nacional
de Seguros (ESNS) em parceria com o Instituto Brasileiro de Atuária
(IBA).
Os
trabalhos que obtiverem as três primeiras colocações
serão publicados pela ESNS e seus autores receberão premiação
em dinheiro, que pode chegar a R$ 10.000,00. Podem participar do concurso
profissionais e estudantes de graduação em Ciências
Atuariais associados ao IBA.
Mais
informações pelo telefone (21) 3380-1083, através
do e-mail parcerias@esns.org.br ou no www.funenseg.org.br, onde é
possível acessar o regulamento. O resultado do concurso será
divulgado em maio, no site da Escola e no www.atuarios.org.br (Escola
Nacional de Seguros/CQCS)