O 7º Encontro AssPreviSite, na cidade de Belo Horizonte, sexta-feira, foi mais um evento de sucesso, à semelhança dos eventos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A edição de Minas contou com a presença do Dr. Carlos Eduardo, Diretor de Monitoramento e Controle da SPC, Dr. José Ribeiro Pena Neto, doVice-presidente da ABRAPP, do Dr. Fábio Junqueira de Carvalho, JCMB Advogados e Consultores, da Dra. Débora Nogueira, Fator Administração de Recursos, Dr. Rafael Santoro, da Towers Perrin Human Resources e da Dra. Caroline Silveira de Camargo, Unibanco Asset Management. Agradecemos o apoio de nossos patrocinadores e das EFPCs que nos prestigiam com a presença de seus dirigentes e profissionais.
O dólar comercial encerrou a sexta-feira cotado a R$ 1,6360 com alta de 0,06% em relação ao fechamento de quinta-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a semana em baixa de 0,17% com o volume financeiro no patamar de R$ 7,03 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em alta de 1,37% e a Nasdaq subiu 2,09%.
AssPreviSite
Funcef:
Autopatrocínio parcial no REB e no Novo Plano
O Conselho Deliberativo
(CD) da FUNCEF aprovou na reunião de 29/05/2008 a regulamentação
do instituto de autopatrocínio sobre perda parcial de remuneração
do participante no REB e no NOVO PLANO.
É facultada ao participante
a opção por esse instituto, denominado de autopatrocínio
parcial, responsabilizando-se pelo recolhimento das contribuições,
parte participante e parte patrocinador, sobre parcela da remuneração
perdida, para manutenção do salário de participação.
A partir da decisão
do Conselho Deliberativo, ficam mais transparentes as regras para o exercício
desse direito por parte do participante. Tais regras são as mesmas
vigentes no plano REG/Replan. Veja os detalhes no link http://www.funcef.com.br/cgi-bin/PageSvr.dll/Get?id_doc=1504
(Funcef/AssPreviSite)
Previ:
composição consolidada dos Colegiados
No menu Institucional, opção
Administração, você encontra os atuais integrantes
das instâncias colegiadas da PREVI: Diretoria Executiva, Conselho
Deliberativo, Conselho Fiscal e Conselhos Consultivos dos Planos 1 e PREVI
Futuro. A tabela com os integrantes discrimina os eleitos pelos participantes
e os indicados pelo Banco do Brasil, além de apresentar os titulares
e respectivos suplentes. Essa página é atualizada sempre
que há alteração na composição de cada
instância colegiada. O link para o acesso é http://www.previ.com.br/portal/page?_pageid=56,391825&_dad=portal&_schema=PORTAL
(Previ/AssPreviSite)
Petros:
Anatel dá sinal verde para a Supertele
A proposta de alteração
do Plano Geral de Outorgas (PGO), que possibilita a oficialização
da aquisição da empresa de telefonia Brasil Telecom pela
Oi, foi aprovado por unanimidade pela Anatel - Agência Nacional de
Telecomunicações.
As alterações
no PGO aprovadas pela Agência irão à audiência
pública durante 30 dias, a partir de 17 de junho próximo.
Após este período, a proposta voltará à Anatel,
que encaminhará a versão final para avaliação
do Ministério das Comunicações e, por fim, receberá
homologação, via decreto, da Presidência da República.
De acordo com as negociações,
fechadas em abril último para o que se denominou “Supertele”, a
Petros passará a deter 10% na Telemar Participações,
empresa que controla diretamente a OI e controlará também
a Brasil Telecom. Na composição societária estão
também o BNDES e os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil)
e Funcef (Caixa Econômica Federal). O bloco controlador da nova empresa
conta com a La Fonte, Andrade Gutierrez e a Fundação Atlântico
(fundo de pensão da Oi/Telemar).
Veículos de comunicação
ouviram especialistas em telefonia que aprovaram as alterações
fixadas pela Anatel. Em breve, no site da Petros, comunicaremos como nossos
participantes poderão fazer parte da audiência pública.
(Petros/AssPreviSite)
Forluz:
Diretor de Investimentos e Controle é reconduzido
Em reunião do Conselho
Deliberativo, realizada quinta-feira, o diretor de Investimentos e Controle,
Helmer Lima de Paula, foi reconduzido por unanimidade para mais um mandato,
com vigência até 30 de junho de 2012. (Folrluz/AssPreviSite)
Aerus:
Salvação da Varig não foi um bom negócio
Processo de recuperação
deixou uma herança de dívidas, desemprego e suspensão
de vôos
A Varig, vendida por US$
320 milhões para a Gol, num processo de reestruturação
sob suspeita de ter tido ingerência do governo, é hoje uma
empresa com 3,7 mil funcionários, 34 aviões, apenas um vôo
para a Europa (Paris), quatro para a América do Sul e vôos
para 12 cidades brasileiras. O processo de recuperação judicial
deixou uma herança de 7,3 mil aposentados, alguns recebendo só
20% de seus benefícios pelo fundo de pensão Aerus, em liquidação
por causa de um rombo de R$ 3,5 bilhões.
"Não valeu a pena
salvar a Varig. Pelo lado social, o desemprego foi intenso. A rede de vôos
internacionais foi liquidada, restaram os slots (intervalos de pouso e
decolagem) de Congonhas, mais valiosos que o próprio nome dela",
opina o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio.
Na época do leilão
da Varig, em julho de 2006, o auge da crise a deixou com dois aviões
e vôos apenas na Ponte-Aérea. Dos 9,5 mil funcionários,
5,5 mil foram demitidos. Como resultado, a companhia que já teve
a hegemonia nos vôos dentro do País e para o exterior caiu
para 2% do mercado nacional. Em maio, a Varig tinha 7,97% dos vôos
nacionais e 16,68% dos internacionais.
Quando foi adquirida pela
Gol, em 28 de março de 2007, a Varig tinha 2 mil funcionários
e 18 aeronaves. Até o quadro atual, foram contratadas 1,7 mil pessoas,
sendo 850 da Varig que permanece em recuperação judicial,
que virou Flex. Os planos da Varig para este ano incluem um total de 4,1
mil trabalhadores e a redução da frota para 29 aeronaves.
Sampaio recorda da Varig
que, no auge, voava para quase 50 destinos internacionais, todas as capitais
brasileiras, com mais de 100 aviões e 16 mil funcionários.
Em 1991, um dos melhores anos, a Varig tinha mais de 90% dos vôos
internacionais operados por empresas brasileiras. No mercado local a participação
era de 45%.
A reestruturação
deixou outra herança, uma dívida de R$ 7 bilhões herdada
pela Flex. Só de pendências trabalhistas são R$ 500
milhões. Seu único avião é alugado pela própria
Varig. A maior esperança de recuperação da Flex reside
numa ação que cobra R$ 5 bilhões por perdas com o
congelamento de tarifas entre os anos 80 e 90.
Como parte do plano de recuperação
judicial da Varig, a Gol antecipou uma emissão de debêntures
de R$ 97 milhões, sendo duas operações de R$ 48,5
milhões, lembra a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas,
Graziella Baggio. Uma dessas emissões rendeu ao Aerus R$ 34 milhões.
Mesmo assim, muitos aposentados ainda lutam para sobreviver. (Alberto Komatsu
- O Estado de S.Paulo)
Aerus:
Funcionários e inativos da Varig fazem passeata
Funcionários ativos,
aposentados e demitidos da antiga Varig – atual Flex Linhas Aéreas
– realizaram um ato público ontem para denunciar suas situações.
Desde abril de 2006, a Secretaria de Previdência Complementar (SPC),
órgão responsável pela fiscalização
dos fundos de pensão do país, determinou a intervenção
e a liquidação do Fundo de Pensão dos Aeronautas e
Aeroviários Brasileiros, o Aerus.
Dificuldades – Segundo o
comissário de bordo aposentado José Paulo Resende, com o
fim do Aerus, o benefício recebido pelos aposentados diminui a cada
ano. Ainda de acordo com ele, os funcionários ativos teriam perdido
todo o valor depositado até hoje no fundo, criado em 1982.
"A situação
é crítica. Com tantos cortes, muitos não estão
conseguindo viver dignamente. Eu, graças a Deus, tenho a ajuda da
minha mulher, que também é aposentada, mas faz doces e vestidos
de noiva para fora. Só com o que eu ganho não daria."
Rescisões – As reclamações
da classe não se resumem ao corte do Aerus. De acordo com os manifestantes,
os funcionários demitidos há dois anos, quando a companhia
aérea foi vendida para o Grupo Volo, até hoje não
receberam o pagamento das respectivas rescisões trabalhistas.
"O Volo comprou a Varig
por US$ 24 milhões e nove meses depois a revendeu para a Gol por
US$ 320 milhões. Será que o governo não vê que
os únicos prejudicados estão sendo os trabalhadores?", questionou
José Paulo. (Rafael Marques - O Fluminense)
SeespPrev:
Taxa de administração cai para 3,5%
O Seesp (Sindicato dos Engenheiros
do Estado de São Paulo) anuncia a redução da taxa
de administração do Plano de Previdência dos Engenheiros:
que caiu de 7% para 3,5%. Esta conquista é o resultado da negociação
entre o Sindicato e o BB Previdência, responsável pela gestão
do fundo de pensão da categoria.
Instituído em 2003
pelo Sindicato, o SeespPrev é pioneiro e tem ainda como grande atrativo
sua taxa de carregamento, que incide sobre os rendimentos da aplicação
financeira, de apenas 0,5% – uma das mais baixas no setor. Com isso, se
os recursos do fundo, num determinado mês, renderem R$ 100 mil, apenas
R$ 500 ficarão com o administrador; o montante de R$ 99,500 será
incorporado ao plano.
Para receber o benefício,
pode-se optar por uma renda mensal por tempo determinado ou indeterminado
ou ainda por uma retirada de até 25%. Para completar, as contribuições
poderão ser deduzidas do Imposto de Renda, observados os limites
legais. Em caso de falecimento, o benefício será pago aos
legítimos herdeiros. (Executivos Financeiros)
Iprev:
Fundo não vai alterar benefícios
Florianópolis - O
projeto do Iprev não altera os benefícios previdenciários
que os servidores públicos já recebem. A principal mudança,
assim que o projeto for aprovado, será a criação de
dois fundos, um financeiro e outro previdenciário.
Os atuais servidores públicos
irão compor o fundo financeiro baseado no regime de repartição
simples em que a arrecadação é usada para o pagamento
dos benefícios atuais. Um sistema prestes a falir porque, tradicionalmente,
os estados não têm política de reposição:
se aposentam mais servidores do que são contratados.
Em Santa Catarina, a cada
mês, 75 servidores pedem aposentadoria. Em cinco anos foram admitidos
19,8 mil concursados. No fundo, o servidor contribui com 11% e o patronal
com 22%. Hoje, o Estado tem um ativo e meio para cada inativo. No Rio Grande
do Sul essa lógica já se inverteu: há mais servidores
aposentados do que na ativa. Os novos servidores contratados a partir da
sanção do projeto irão compor o fundo previdenciário,
que será baseado no sistema de capitalização cujas
cotas serão 11% para ambos, servidor e governo. A possibilidade
de investir recursos do fundo no mercado financeiro preocupa servidores.
Outra mudança é
a composição dos conselhos de administração
e fiscal, que terão entre seus membros servidores públicos
indicados pelos Poderes e representantes eleitos pelos sindicatos. Hoje,
essa possibilidade não existe.
Iprev será único
órgão gestor do sistema
O Iprev será o único
órgão gestor em Santa Catarina. Será o responsável
pela organização previdenciária do Executivo, Legislativo,
Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas.
Essa é uma exigência federal.
Os servidores públicos
pretendem lotar as dependências da Assembléia amanhã
para protestar contra o projeto que cria o Iprev, assim como o fizeram
nas audiências públicas e nas vigílias às quintas-feiras
na Casa.
A maior rejeição
ao projeto vem dos servidores sindicalizados. Eles também temem
que a alíquota de contribuição possa aumentar. O governo
justifica que qualquer aumento só será possível depois
de aprovado pelo Conselho de Administração, pelo governador
e pelos deputados estaduais. (Diário Catarinense)
Fundos:
Controladores da Vale gastarão US$ 3,8 bi
Os acionistas da Valepar,
holding que controla a Vale do Rio Doce, terão de aportar cerca
de US$ 3,8 bilhões para manter a atual posição de
controle no capital da mineradora. Em comunicado, a Vale informou que esses
acionistas acompanharão a oferta de ações da companhia
para continuar com a participação de 52,3% que possuem atualmente
nas ações ordinárias (ON, com direito a voto).
A Vale registrou na Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) uma distribuição de papéis
ordinários e preferenciais (PN, sem direito a voto) que pode alcançar
US$ 14 bilhões. Esta será a maior oferta de uma companhia
no mercado de ações brasileiro.
O valor do desembolso total
dos acionistas da Valepar pode ser estimado tendo em vista o anúncio
da japonesa Mitsui, na sexta-feira. Em sua página na internet, a
empresa informou que deverá destinar 75 bilhões de ienes
(US$ 694 milhões) para integralizar a sua parte.
Como a Mitsui possui 18,2%
do capital da Valepar e precisará de US$ 694 milhões, os
demais acionistas da controladora da Vale devem ter que aportar, em conjunto,
um valor equivalente a sua fatia (81,8%), o que somaria US$ 3,1 bilhões.
Os demais acionistas da Valepar são Bradespar, com 21,2%, BNDESPar,
com 11,5%, e os fundos de pensão Previ, Funcef, Petros e Fundação
Cesp, que, por meio da Litel Participações, detêm 49%
da empresa.
Para manter as atuais participações
acionárias, o maior desembolso deverá ser feito pela Previ,
no valor de US$ 1,5 bilhão. A Bradespar teria que aportar US$ 807
milhões e a BNDESPar, mais US$ 438 milhões. Também
teriam que colocar dinheiro Funcef (US$ 214 milhões), Petros (US$
129 milhões) e Fundação Cesp (US$ 17 milhões).
A expectativa é que
a operação da Vale ocorra em julho e, até agora, a
mineradora não informou quantas ações ordinárias
e preferenciais pretende emitir. A oferta será global, ou seja,
os esforços de venda acontecerão tanto no Brasil como no
exterior. A distribuição envolverá ações
locais e recibos negociados na Bolsa de Nova York.
O objetivo da captação
bilionária é fortalecer a estrutura de capital da companhia
para uma futura aquisição. A Vale ainda estuda os alvos e,
por isso, não há nenhum negócio iminente, de acordo
com a empresa. Qualquer grande investida ainda demandará dezenas
de bilhões de dólares adicionais.
(Fernando Torres - Valor Online)
Fundos:
Nova regra pode mudar preço da BrT
As novas regras propostas
pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
para o Plano Geral de Outorgas que vai a consulta pública esta semana
podem fazer com que a Oi reveja o preço oferecido pelo controle
da Brasil Telecom. A opinião é de Eduardo Tude, da consultoria
Teleco, para quem a proposta de separar a telefonia fixa da banda larga
em empresas distintas é negativa para o plano de compra da Oi.
"Isso deve afetar o valor
da equação", disse em entrevista à agência de
notícias Reuters.
Pelo acordo assinado entre
as duas operadoras em 25 de abril, a Oi pagará R$ 5,86 bilhões
pelo bloco de controle da BrT, mas a transação total - que
inclui as ofertas públicas pelas demais ações em circulação
- pode levar o valor para R$ 12,3 bilhões, de acordo com estimativas
da própria Oi.
De qualquer forma, Tude
salienta que o nível de informação sobre o assunto
ainda é superficial. O documento da proposta divulgada na última
semana pela Anatel só estará disponível ao público
em detalhes na terça-feira, quando entra em consulta pública
por 30 dias. De acordo com as informações divulgadas pelos
conselheiros à imprensa, a concessionária de telefonia fixa
que quiser adquirir outra terá de criar empresas específicas
para as atividades de telefonia fixa e de banda larga, como forma de estimular
a competição no mercado de banda larga, que é o mais
disputado por ser mais rentável.
Na sexta-feira a Telefônica
divulgou documento manifestando "preocupação" com essa regra.
"A se confirmarem estas informações, a empresa entende que
esta proposta contraria o interesse do consumidor, que deseja beneficiar-se
das vantagens proporcionadas pela oferta de pacotes integrados de serviços",
disse a empresa, que também defendeu que a separação
imporia às operadoras fixas um conjunto de ineficiências que
poderia resultar em aumento de tarifas.
A Associação
Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações
Competitivas (Telcomp) demonstrou opinião contrária, indicando
que as medidas podem trazer redução nas tarifas de telefonia
fixa. "Foi um passo muito importante que sinaliza que a Anatel vai focar
mais na concorrência para ajudar o consumidor final", disse segundo
o presidente-executivo da Telcomp, Luis Cuza. (Gazeta
Mercantil/Reuters)
Fundos:
Oi pode ter de renegociar valores com BrT
Se for obrigatória
a criação de empresas de telefonia fixa e banda larga, valor
de cada uma sofrerá redução devido à separação
de ativos
Para Telefônica, modelo
caminha na contramão da convergência; "resolveram um problema
e criaram outro", afirma consultor
A proposta de mudança
no PGO (Plano Geral de Outorgas), que será publicada na terça,
manteve a incerteza da fusão entre Oi (Telemar) e BrT (Brasil Telecom).
Por um lado, a decisão dos conselheiros em permitir que uma operadora
de uma região possa comprar outra que atua em área diferente
viabilizou a operação. Mas a decisão de obrigar as
concessionárias a promoverem a separação entre o Serviço
Telefônico Fixo Comutado -a rede de telefonia- e o SCM (Serviço
de Comunicação Multimídia) -basicamente, o acesso
à banda larga- emperrou de novo as negociações entre
Oi e BrT.
Na semana passada, o presidente
da Oi, Luiz Eduardo Falco, afirmou que, caso a separação
saísse do papel, a fusão ficaria inviabilizada. Isso porque
a nova situação cria um complicador. A Oi terá de
renegociar os valores pagos aos acionistas da BrT porque, com a divisão
das empresas, o valor de cada uma das empresas sofre redução
com a separação dos ativos. "Resolveram um problema [permitindo
a fusão], mas criaram outro [a separação dos ativos]",
diz Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria de telecomunicações.
Pelo texto aprovado ontem,
negociado entre os conselheiros para dar início ao processo de fusão
da BrT e da Oi, a separação é necessária porque
os serviços de telefonia fixa são concessão e fazem
parte de um regime público de outorga.
Os serviços de comunicação
multímida são classificados como regime privado e as empresas
atuam como autorizadas, e não como concessionárias.
Outra medida relevante proposta
é que, ao determinar que haja a separação das empresas,
a Anatel também reforçou que uma concessionária que
adquirir outra terá que cumprir metas de infra-estrutura de universalização
do acesso à banda larga, ainda que esteja impedida de explorar comercialmente
os serviços de comunicação multimídia.
Ao determinar a separação
entre as empresas, a alegação dos conselheiros da Anatel
foi a de que a empresa que detém uma concessão de telefonia
fixa detém também a infra-estrutura de transmissão
da banda larga e que permitir que essas empresas atuassem de forma consolidada
representaria concentração de mercado. Também representaria
riscos para a concorrência e atuação das médias
e pequenas empresas no crescente uso da internet entre a população.
Descontentamento
Essa proposta da Anatel,
que não agradou ao governo Lula nem às empresas do setor,
será submetida a consulta pública pelo prazo de 30 dias.
Depois desse prazo, a Anatel terá de aprovar o texto final, que
será enviado ao governo. Cabe ao presidente Lula baixar um decreto
mudando o PGO. Ele pode ou não seguir as recomendações
da agência reguladora.
O Ministério das
Comunicações espera alterar a proposta na fase de discussão
pública do texto e alega que há uma tendência mundial
de convergência digital e de incorporação de empresas
no setor.
As condições
dessa nova forma de atuação farão parte deregras específicas
que serão elaboradas pela Anatel no prazo de até 180 dias
após a publicação do decreto com a versão atualizada
do PGO.
Outro ponto importante na
proposta de revisão da Anatel para a lei das concessões é
que uma concessionária ao adquirir outra concessionária está
impedida de comprar uma terceira. Por outro lado, ao passar a atuar em
uma segunda área de concessão (no país o total são
quatro áreas de concessão), a concessionária de telefonia
fixa terá que ter atuação nacional.
Ou seja, como concessionária
poderá atuar em até duas regiões, mas terá
que atuar como autorizada nas duas regiões de concessão restantes.
Ao estabelecer esses limites, a Anatel alega que está estimulando
a competição.
Fernando Freitas, diretor
de relações institucionais da Telefônica, acredita
que a decisão da Anatel contraria a sua própria proposta
de estimular a convergência entre voz, dados, vídeo e acesso
à internet. "Ela [a proposta] dificulta a oferta de produtos combinados,
como pacotes que reúnem voz, vídeo e acesso à banda
larga," diz.
Para Freitas, a venda de
pacotes combinados, por exemplo, ficará mais complicada porque a
Telefônica teria (caso as medidas sejam aprovadas) de montar uma
nova estrutura para as empresas do SCM e isso, inevitavelmente, acarretará
aumento de tarifas.
No exterior
No Reino Unido, onde esse
processo também ocorreu, a BT (British Telecom) teve de separar
suas operações (telefonia e banda larga) e o resultado é
que ela está dando mais lucro. "Sua rede estava ociosa", diz Luiz
Cuza, presidente da Telcomp (Associação Brasileira das Prestadoras
de Serviços de Telecomunicações Competitivas). "Hoje
existem cerca de 30 outras operadoras pagando à BT pelo uso de sua
rede." Ainda segundo ele, sem o compartilhamento das redes, o preço
da tarifa só tende a crescer. "Em 2000, a assinatura básica
no Brasil era R$ 19,77. Hoje, ela saltou para R$ 41", diz.
Governo espera que 5º
conselheiro derrube proposta de dividir teles
O governo espera que a nomeação
do quinto conselheiro da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações),
que deve ser a assessora da presidência do Senado Emília Ribeiro,
derrube a proposta de divisão das companhias telefônicas em
duas (fixa e banda larga).
O princípio de divisão
das telefônicas foi incluído na proposta de mudança
do PGO (Plano Geral de Outorgas) aprovada anteontem pelos atuais quatro
conselheiros da agência e que será colocada para consulta
pública por 30 dias.
A inclusão dessa
regra foi exigência dos conselheiros Pedro Jaime Ziller e Plínio
de Aguiar Júnior, ex-sindicalistas, que avaliam a divisão
como forma de evitar corte de empregos.
Eles aceitaram, porém,
que fossem incluídos dois parágrafos que mantêm o tema
em discussão e, com isso, toparam votar a proposta de mudança
no PGO que dá início ao processo que permitirá a fusão
BrT-Oi.
O primeiro diz que em 180
dias a Anatel deverá publicar regulamentação específica
sobre como seria feita essa divisão das empresas. O segundo diz
que a medida será precedida de estudos sobre sua viabilidade do
ponto de vista concorrencial, social e econômico.
Nessa fase de discussão,
o governo espera que a Anatel exclua da proposta final de mudança
no PGO a divisão das empresas de telecomunicações
em duas. Para isso, acredita ser fundamental a presença do quinto
conselheiro.
Na próxima semana,
o ministro Hélio Costa (Comunicações) vai definir
com o presidente Lula o nome a ser submetido ao Senado. Emília Ribeiro
é a mais cotada e deve ser a escolhida com o apoio do PMDB e até
de setores da oposição.
Disputam também a
indicação Jarbas Valente, superintendente da Anatel e preferido
do presidente da agência, Ronaldo Sardenberg; e Márcio Wohlers,
professor da Unicamp, ligado ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Não está descartado,
também, que o presidente adote a manobra regimental de indicar um
conselheiro substituto, que ocuparia o posto até que o nome definitivo
fosse aprovado pelo Senado. Ela seria colocada em prática caso se
torne inviável aprovar antes do recesso parlamentar a indicação
do quinto conselheiro. (VALDO CRUZ - Folha de S.Paulo-14.06)
Fundos:
Planalto vai decidir sobre PGO
Presidência tem palavra
final sobre a mudança nas regras que vai permitir a compra da BrT
pela Oi
O Palácio do Planalto
dará a palavra final sobre as novas regras da telefonia constantes
do Plano Geral de Outorgas (PGO), que permitirá a conclusão
da compra da Brasil Telecom pela Oi. Como o PGO é estabelecido por
decreto, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva bater
o martelo sobre o tema. A Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) está cumprindo seu papel legal de elaborar e propor o novo
plano, mas qualquer detalhe da proposta da agência que desagradar
ao governo poderá ser mudado posteriormente. Por isso, as pressões
feitas sobre a Anatel nos últimos dias, vindas principalmente da
Casa Civil, tinham mais o objetivo de acelerar a discussão do que
de interferir no conteúdo.
A votação
na Anatel estava parada há um mês por causa de um impasse
dos conselheiros em torno de uma questão técnica: se os serviços
de banda larga deveriam ser administrados junto ou separado dos serviços
de telefonia fixa. O placar estava em dois a dois e não havia um
quinto conselheiro para desempatar. Impaciente com a indefinição,
o Planalto ameaçou nomear um conselheiro-tampão para viabilizar
a votação. Fontes do setor avaliaram que, se adotada, a medida
representaria a desmoralização e o enfraquecimento da Anatel.
A idéia do conselheiro-tampão chegou a ser comparada com
a interferência do governo na Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), no caso da Varig.
A ameaça não
foi concretizada, mas surtiu efeito. Contrariando todos os sinais de que
a votação seria adiada pela quarta vez, o conselho diretor
da agência aprovou, na quinta-feira, a proposta de reformulação
do PGO. O impasse foi superado porque Ronaldo Sardenberg recuou de posição,
ainda que temporariamente. Ele começava a ter seu comando questionado
tanto no governo quanto no mercado e tentou, com isso, mostrar coesão
dos conselheiros sob sua presidência. Prevaleceu a tese do conselheiro-relator,
Pedro Jaime Ziller, de exigir empresas separadas para banda larga e telefonia
fixa.
As pressões para
acelerar o processo vieram também das empresas. O presidente da
Oi, Luiz Eduardo Falco, esteve em Brasília na quarta-feira conversando
com conselheiros da Anatel. Nas últimas semanas, em diversas ocasiões,
Falco não escondia sua insatisfação com a demora,
já que a Oi terá que pagar uma multa de R$ 490 milhões
à BrT se um novo PGO não for aprovado em 240 dias, a contar
de 25 de abril.
A proposta aprovada na quinta
ainda não é definitiva. Depois da consulta pública,
será novamente avaliada pelo conselho e seguirá como sugestão
para o Ministério das Comunicações, que também
teria poderes para alterar o texto, já que cabe ao ministro da pasta,
hoje ocupada por Hélio Costa, fazer a exposição de
motivos do decreto. Depois, o texto também passará pelo crivo
do Planalto, mais especificamente da Casa Civil.
Outro fator a ser considerado
é o termino do mandato de Sardenberg na presidência da Agência,
previsto para o dia 30 deste mês, mesmo tendo mandato de conselheiro
até 2011. Apesar de sua recondução ser dada como certa
por fontes do governo, qualquer passo em falso neste momento, como uma
prolongada indecisão sobre o PGO, poderia pesar contra ele, na avaliação
das mesmas fontes.
''É solução
para fato consumado'', diz ex-ministro
O ex-ministro das Comunicações
Juarez Quadros avaliou ontem que o novo Plano Geral de Outorgas (PGO),
proposto pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), ''foi apenas uma solução para um fato consumado'',
pois a Oi já havia anunciado a compra da Brasil Telecom (BrT) antes
mesmo da mudança da regra. Segundo ele, a Anatel e o governo deveriam
ter se antecipado ao mercado e proposto uma alteração nas
regras com base na evolução do setor de telecomunicações
brasileiro, depois de 10 anos da edição do PGO. ''Se tivesse
havido essa antecipação, seria difícil alguém
entender que isso aí foi uma solução de um problema
empresarial e não uma solução de política pública'',
acrescentou. Quadros acredita que durante o tempo em que a proposta ficar
em consulta pública poderá haver questionamentos quanto a
sua segurança jurídica. (Gerusa Marques
- Folha de S.Paulo-14.06)
Fundos:
É positiva a aprovação que permite a fusão
BrT-Oi?
NÃO
Perdem todos?
LUIZ TARCÍSIO TEIXEIRA
FERREIRA
A principio, pelo menos,
a fusão da Brasil Telecom (BrT) com a Oi deveria beneficiar a sociedade
e o Estado, sem prejudicar as concessionárias -não só
as envolvidas na operação, mas também as demais que
nada têm a ver com o assunto. Claro, porque essa deve ser uma decisão
de Estado, preocupado com o setor como um todo, com a coletividade servida
e consigo próprio naquilo que respeita às suas receitas.
A decisão da Anatel
tal como adotada, modificando o PGO (Plano Geral de Outorgas) para permitir
a fusão das empresas, mas introduzindo outras alterações
-como a que determina que serviços de comunicação
multimídia (por exemplo, serviço de banda larga) sejam separados
dos serviços das concessionárias (todas) e operados pelo
mesmo grupo por meio de outra empresa a ser criada-, vai acabar por onerar
ainda mais o consumidor em futuros reajustes tarifários.
Além disso, prejudica
a eficiência administrativa e tributária das concessionárias,
com o que trabalha na contramão do princípio legal da "modicidade
tarifária" (que determina a busca pela menor tarifa), sem ganhos
para a União, exceto um discutível ganho de competitividade
de "players" maiores num mercado globalizado.
Este espaço não
permite obviamente as demonstrações econômico-financeiras
com que o mercado trabalha, mas que serão aqui pinceladas. Diga-se
desde logo que os serviços de comunicação multimídia
são aqueles que mais crescem, atual e tendencialmente, no mercado
de telecomunicações, afetando positivamente a produtividade
dessas empresas. Esses ganhos de produtividade, é sabido, ajudam
muito a diminuir o reajuste das tarifas, pois são em parte repassados
aos usuários, abatidos do índice de correção
desses serviços.
A regra é clara:
maior produtividade das concessionárias, menor o índice de
correção dos serviços de telecomunicações.
É certo, por exemplo, que, no ano passado, a Embratel teve índice
de correção tarifário negativo exatamente em virtude
dos ganhos de produtividade obtidos.
Com a retirada dos serviços
multimídia das concessionárias de STFC (telefonia fixa) e
a obrigação de que sejam operados por empresa distinta, os
ganhos de produtividade decairão imediatamente. Resultado: os próximos
reajustes tarifários sofrerão o impacto dessa perda e a tarifa
será aumentada em percentuais maiores.
Além disso, essa
modificação introduzida pela Anatel no PGO determina que
as concessionárias criem nova empresa para operar os serviços
multimídia, num contra-senso administrativo-tributário-gerencial
inexplicável sob eventual pretexto de transparência de custos.
Resultado: perda de eficiência
administrativa e da gestão tributária dessas empresas, com
reflexos inevitáveis sobre seus custos e, conseqüentemente,
sobre a tarifa. Será difícil aquilatar quanto isso trabalha
contra o modelo e contra todos, mas a direção é indiscutivelmente
negativa. Ora, eficiência, racionalização e produtividade
são condições indispensáveis para obtenção
da "modicidade tarifária" exigida pela Lei Geral de Concessões
(lei 8.987/95, artigo 11) e pela Lei Geral de Telecomunicações
(lei nº 9.472/97, artigo 2º, I, e artigo 108, parágrafo
2º). Constitui, mesmo, preceito elevado à condição
de principio constitucional da administração pública,
inscrito no artigo 37 da Carta da República, aplicável, também,
às concessionárias de serviços públicos.
Discute-se que até
mesmo a União deixaria de arrecadar 2% sobre a receita dos serviços,
agora retirados das concessionárias, como determinam os contratos
de concessão em vigor.
Não se debate aqui
o argumento de que a pretendida fusão BrT-Oi traria maior competitividade
ao mercado interno, criando empresa de porte semelhante ao de uma Telefônica
ou Embratel. O que se coloca, para além dos argumentos expostos,
é se a modificação do PGO para em princípio
solucionar uma única fusão pretendida, sob o argumento de
um interesse nacional transcendente, poderia, legítima e razoavelmente,
espalhar efeitos maléficos por todas as demais concessionárias
dos serviços de telecomunicação e desestruturar toda
uma cadeia de serviços que vem funcionando adequadamente.
SIM
Tiro certeiro
LUIS CUZA
Após mais de dez
anos da Lei Geral de Telecomunicações, a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) dá um passo fundamental
em direção à construção de uma nação
com acesso à comunicação. Um avanço na implementação
do único apoio do tripé -universalização, qualidade
e, agora, competição- que faltava para que os usuários
finalmente pudessem ter, de fato, direito a opções na telefonia
fixa e serviços convergentes, com redução real de
preços.
A agência priorizou
a competição. Essa decisão parte da constatação
de que só regular obrigações perante usuários
finais não é suficiente para garantir boa qualidade, acesso
e preço. Ela ocorre em consonância com todo o movimento mundial
de, por um lado, fomentar um mercado concorrencial com medidas efetivas
para que outros competidores possam entrar nesse setor, que é marcado
por barreiras estruturais imensas, e, por outro lado, fomentar a construção
de redes de nova geração.
Aproveitando a oportunidade
de alterar o PGO (Plano Geral de Outorgas) e reconhecendo o processo de
convergência que leva a uma concentração ainda maior
das empresas, atrelaram-se ao plano obrigações de adotar
formas e processos que permitam à agência fiscalizar práticas
predatórias no trato da concessionária com outros operadores.
Esse é o intuito da separação de outorgas em empresas
distintas, medida esta não só respaldada legalmente, mas
também desejável.
Quanto à legalidade,
a proposta feita é inquestionável. Ela encontra amparo na
Lei Geral de Telecomunicações (lei 9.472/97), nos artigos
18, I e II (competência do Poder Executivo), 70 (proíbe subsídios
cruzados e comportamentos prejudiciais à concorrência), 71
(poder de estabelecer restrições, limites e condições
a empresas), 86 (a concessionária só se presta a abrigar
o serviço objeto da concessão), 98, III (a transferência
do contrato de concessão não pode prejudicar a competição)
e 155 (dever das concessionárias de disponibilizar suas redes para
competidores), apenas para citar alguns.
Quanto à conveniência
e à oportunidade dessas medidas, é preciso lembrar que, historicamente,
a verticalização é uma constante no setor de telecomunicações,
o que tem levado a práticas de tentativas de eliminação
de competidores.
Sabendo que as práticas
predatórias são constantes e que isso impede que qualquer
nova empresa aborde o usuário e, finalmente, ofereça serviços
e opções, a Anatel, baseada não só em farta
literatura, mas na experiência existente de outros países,
elegeu a separação funcional associada à separação
legal ou jurídica para garantir a competição nesse
mercado, entre outras medidas.
Na separação
funcional, há a separação de ativos em unidades de
negócios distintas, com definições de processos e
procedimentos que permitam um menor risco de discriminação
(preço, qualidade). Envolve, inclusive, medidas de governança
corporativa, incentivos aos administradores e empregados que são
distintos para executar os negócios das diferentes unidades.
Já a separação
legal representa um passo acima e denota a transformação
dessas unidades de negócios em empresas legalmente distintas, com
contabilidade, documentos societários, empregados, planos de carreira
e incentivos próprios, mas ainda sob a mesma propriedade.
A separação
funcional-legal ou jurídica é absolutamente legítima
e justificável para preservar o mercado, embora somente surta efeito
se acompanhada de outras medidas, como a desagregação de
redes. Não restará mais privilégios para as concessionárias,
que, finalmente terão que competir! (Folha de S.Paulo-14.06)
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Evento ajuda a preparar para a aposentadoria
Tendo nos participantes
a sua própria razão de existir, os fundos de pensão
preocupam-se não só em garantir renda ao aposentado,
mas também em prepará-lo para a nova fase da vida em
que vai ingressar na aposentadoria. É prova disso o sucesso que
sempre desperta o workshop De Bem com a Vida, que será apresentado
nos dias 30 de junho e 1º de julho, em São Paulo.
Mais fundos de pensão
oferecem aos seus participantes programas de preparação para
a aposentadoria, em seus muitos aspectos, inclusive o planejamento
e a educação financeira que essa nova etapa da vida exige.
O workshop, que terá
em sua equipe de instrutores uma dirigente de fundo, Marise Gasparini,
Presidente da ARUS, e especialistas em assistência social, psicologia,
economia e administração de empresas, vai abordar em seus
vários módulos a necessidade de sermos sensíveis aos
muitos aspectos da vida, ao lado da importância dos cuidados com
a saúde, a educação financeira, o planejamento do
pós-emprego e o aprofundamento dos relacionamentos pessoais, profissionais
e familiares.
Ao participar do workshop
os profissionais de associadas credenciam-se melhor para atuar como orientadores
e multiplicadores de informações em suas entidades, podendo
assim contribuir muito mais para o sucesso dos programas de preparação
para a aposentadoria realizados por seus fundos.
Maiores informações
e inscrições: www.portaldosfundosdepensao.org.br/agenda (Diário
dos Fundos de Pensão)
Teto
para reajuste no INSS
Governo: aumento acima da
inflação só a quem recebe até R$ 1.245
A liderança do governo
na Câmara tem uma nova proposta para barrar o projeto que determina
reajuste igual ao do salário mínimo para todos os 25,3 milhões
de beneficiários do INSS. O projeto em estudo pela base aliada do
governo Lula é que seja dado reajuste com aumento real, acima da
inflação, para quem ganha até três mínimos
(R$ 1.245).
A proposta que está
sendo estudada pelo Planalto tem como base um outro projeto, apresentado
no mês passado pelas entidades de aposentados ao ex-ministro da Previdência
Luiz Marinho. Por ela, o governo pagaria um reajuste fixo, em reais, no
mesmo valor do aumento do mínimo, para uma faixa maior de aposentados,
até um limite pré-determinado. A partir desse valor, a correção
seria igual ao índice de inflação — como já
acontece hoje para quem ganha acima do piso. Neste ano, o reajuste do mínimo
foi de 9,21%. Já as aposentadorias maiores que o piso tiveram alta
de apenas 5%.
O deputado Henrique Fontana
(PT-RS), líder do governo na Câmara, defende um reajuste maior
para os aposentados, mas é contra o mesmo índice dado ao
piso: “Buscamos alternativas”.
A alteração
no relatório do projeto que estendeu o mesmo índice para
todos os aposentados foi aprovada quarta-feira em reunião extraordinária
da Comissão Especial do Salário Mínimo. O resultado
da votação na comissão foi de 11 a zero. Agora, o
projeto vai a plenário e deve ser votado até o dia 17 de
julho, quando a Câmara entrará em recesso. (O Dia Online)
Reajuste
real a benefício maior que R$ 415
O PT e o governo vão
propor às centrais sindicais e ao Poder Legislativo a instituição,
em lei, de uma política duradoura de aumentos superiores à
inflação para os benefícios da Previdência Social
com valor acima do salário mínimo (atualmente R$ 415,00 mensais).
A idéia é estabelecer a aplicação, todos os
anos, na mesma data-base do mínimo, de uma fórmula de reajuste
- só que menor - para os benefícios. Os benefícios
seriam reajustados pela fórmula enquanto durar a política
de recomposição do piso salarial.
"O que queremos não
é um único, mas sim sucessivos reajustes acima da inflação,
previamente definidos, por alguns anos, para essa faixa de aposentados
e pensionistas", explicou, ao Valor, o vice-líder do governo no
Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG). "Da mesma forma que já
fizemos com o mínimo, a intenção é criar para
eles uma política de valorização, só que com
aumentos reais um pouco menores".
O projeto de lei 1/2007,
que estabelece a política de valorização do salário
mínimo (na prática em vigor desde o ano passado), prevê
mais três aumentos reais com base na inflação do INPC
e na variação real do Produto Interno Bruto, um em fevereiro
de 2009 e os outros dois em janeiro de 2010 e de 2011. Uma política
de reajuste também para benefícios até final de 2008
- o plano do PT, segundo Machado - garantiria, pelo menos, três anos
sucessivos de aumentos acima da inflação para os aposentados
que ganham mais que o mínimo. Pelo projeto, a política de
valorização do mínimo vai até 2023. Para o
período de 2012 em diante, os critérios poderão ser
revistos.
Nos últimos anos,
os benefícios da Previdência Social tiveram reajuste praticamente
limitado ao índice de inflação - excluídos
pequenos ajustes para arredondar valores e os benefícios reajustados
de acordo com a variação do salário mínimo.
Conforme Gilmar Machado,
a elaboração de uma proposta para instituir uma política
que assegure percentuais adicionais à inflação, nos
próximos anos, já foi acertada pelo PT da Câmara com
o novo ministro da Previdência, deputado licenciado José Pimentel
(PT-CE). "Ele saiu daqui com a missão de levar isso ao presidente
Lula e conduzir as respectivas negociações com os setores
da sociedade envolvidos", diz o vice-líder do governo no Congresso.
Se houver, antes, um acordo com as centrais sindicais, ficará mais
fácil negociar a proposta no Legislativo, explica ele.
O governo pretende, com
uma política de reajustes reais específica para as aposentadorias,
contrapor-se à tentativa de extensão dos mesmos reajustes
do salário mínimo a todos os benefícios previdenciários.
Essa vinculação, considerada prejudicial ao esforço
de elevação do piso salarial, já tinha sido aprovada
pelo Senado, em março desse ano, ao emendar o projeto de lei 1/2007,
após a votação do texto pela Câmara. Na quarta-feira
da semana passada, a mesma emenda foi aprovada também pela comissão
especial da Câmara encarregada de analisar as mudanças feitas
pelo Senado no projeto.
Questionada regimentalmente
por Gilmar Machado, a decisão da comissão colocou mais pressão
sobre o governo para elaborar uma proposta alternativa. Como o Senado já
se posicionou, a aprovação final da emenda, em princípio,
depende apenas do plenário da Câmara, a não ser que
a Mesa da Casa acate a contestação do vice-líder.
A emenda passou na comissão
graças a uma manobra que uniu parlamentares tanto de oposição
quanto de partidos da base governista. Eles aproveitaram uma distração
da ala mais fiel ao Palácio do Planalto. Realizada em duas partes,
a reunião que aprovou a emenda durou, ao todo, cerca de cinco minutos
apenas, num dia em que as atenções dos governistas mais fiéis
estavam concentradas na votação da nova CPMF. Segundo a Secretaria
de Comissões Especiais da Câmara, a reunião começou
às 15h18, foi suspensa às 15h22, retomada às 19h31
e encerrada às 19h32. Na primeira parte, houve rápida leitura
do parecer do relator, deputado Edgar Moury (PMDB-CE). Na segunda, a emenda
foi aprovada por votação simbólica. De um total de
18 membros da comissão, 13 estavam presentes. O quórum mínimo
era 10. Para facilitar aprovação, na primeira etapa, Delgado
ainda substituiu o relator, que antes era Roberto Santiago (PV-SP), sob
a justificativa de que o prazo de entrega de seu parecer estava vencido
há muitos dias. Segundo a secretaria da comissão, a substituição
foi regimental porque de fato houve esse atraso.
Machado pede que a reunião
seja anulada, argumentando coincidência de horário entre a
primeira etapa e o debate da ordem do dia no plenário da Câmara,
o que o regimento não permite. A secretaria da comissão admite
que, pelos registros, houve coincidência de horários, de três
minutos, mas argumenta que foi apenas um desajuste entre os relógios
da comissão e do plenário e não uma interposição
de fato. (Mônica Izaguirre - Valor Online)
Pecúlio
aos aposentados que voltarem a trabalhar
Tramita na Câmara
dos Deputados o Projeto de Lei 2886/08, que altera as leis 8.212/91 e 8.213/91
e institui o pecúlio para os aposentados que voltarem a trabalhar
em atividade sujeita ao Regime Geral de Previdência Social. De acordo
com o projeto, de autoria do deputado João Dado (PDT/SP), esse pecúlio
consistirá em pagamento único do valor de suas contribuições
à Previdência. O valor recolhido por meio do pecúlio
será pago ao aposentado quando ele se afastar novamente da atividade
profissional.
Segundo o deputado, atualmente,
o aposentado que retorna à atividade é considerado segurado
obrigatório do RGPS e contribui da mesma forma que os demais segurados.
No entanto, sua contribuição não lhe é revertida
na forma de benefícios ou serviços, salvo no pagamento de
salário-família e na reabilitação profissional,
quando se tratar de segurado empregado.
O objetivo do projeto, de
acordo com João Dado, é devolver aos aposentados as contribuições
individuais que foram recolhidas e que não terão contrapartida
em direito a outro benefício de prestação continuada.
Segundo a Agência
Câmara, João Dado afirma que a proposta confere coerência
ao RGPS, que, tendo caráter contributivo, deve obrigatoriamente
assegurar a conversão da contribuição em benefício
de seus segurados.
O projeto será analisado,
em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social
e Família; de Finanças e Tributação, e de Constituição
e Justiça e de Cidadania. (Anfip)
Quais
profissões têm aposentadoria especial garantida
Metalúrgicos, pintores,
pedreiros que trabalham em grandes obras, eletricitários, frentistas,
vigilantes e funcionários de hospitais que têm contato com
agentes infecto-contagiosos estão entre os profissionais que mais
conseguem, na Justiça, contabilizar o tempo de trabalho como especial
para a aposentadoria.
Atualmente, a concessão
do benefício depende da análise do risco -físico,
químico, biológico ou ergométrico- a que o trabalhador
está exposto. De acordo com a freqüência, o risco e o
grau de exposição aos fatores nocivos, o tempo de contribuição
exigido nessas atividades para a aposentadoria especial pode ser de 15
anos, 20 anos ou 25 anos.
Normalmente, o tempo de
contribuição para conseguir a aposentaria é de 35
anos. Muito ruído no trabalho, calor, frio ou vírus podem
ser considerados agentes nocivos.
Quem trabalha em espaços
apertados ou precisa ficar em posições desconfortáveis
também pode pedir contagem de tempo especial. Para conseguir a contagem,
o trabalho nocivo deve ser reconhecido pelo INSS ou pela Justiça.
"A empresa tem de avaliar
cada um dos ambientes de trabalho para medir a exposição
do funcionário e emitir um laudo. No hospital, por exemplo, o enfermeiro
tem direito ao tempo especial. Um faxineiro que passe pelo mesmo ambiente
também pode conseguir, na Justiça, o mesmo direito", afirma
o advogado Daisson Portanova.
Se a empresa não
fornecer o laudo -chamado Perfil Profissiográfico Previdenciário,
o PPP-, o segurado deve fazer o pedido na justiça trabalhista.
"Isso é comum na
construção civil. Mas o pedreiro pode abrir um processo contra
a empresa para que o laudo seja feito se achar que trabalha em condições
especiais de trabalho", diz o advogado Robson Marques Alves.
Na Justiça
Para pedir a contagem especial,
o segurado deve ir, antes, ao INSS. Se o instituto não conceder
a contagem, o segurado deverá ir à Justiça.
Quem já tiver o laudo
deverá procurar a Justiça Federal. Quem ainda não
tem o laudo deverá fazer o pedido na Justiça trabalhista.
"Mas o INSS não aceita
laudos da Justiça trabalhista na concessão de benefícios
previdenciários. Portanto, depois de obter o laudo, o trabalhador
deverá ir à Justiça Federal para reconhecê-lo
e obter a contagem especial", diz Alves.
O INSS não comenta
decisões judiciais. (Paulo Muzzolon - Agora S.Paulo-14.06)
Como
calcular o tempo de contribuição sem sair de casa
O segurado que pretende
se aposentar por tempo de contribuição deve ficar atento
às exigências legais. A aposentadoria integral requer tempo
de contribuição de 35 anos, para o homem, e 30, para a mulher.
Professores de Educação Infantil, Ensino Médio ou
Ensino Fundamental têm uma regra diferenciada, com redução
de cinco anos.
Para simular a contagem
do tempo de contribuição, o segurado pode acessar a página
do Ministério da Previdência Social (www.previdencia.gov.br)
e escolher a opção Serviços na página inicial
ou clique aqui. É preciso ter em mãos o número do
PIS, do Pasep ou do Cici (Cartão de Inscrição de Contribuinte
Individual), além das datas de início e fim de cada atividade
e/ou contribuição.
Após o preenchimento
de todas as informações solicitadas no formulário,
o sistema fornece um relatório indicando o tempo de contribuição
e, se for o caso, o tempo que ainda falta para completar o prazo legal.
Caso não tenha acesso
à internet, o segurado poderá agendar pela Central 135 o
dia e hora para que os servidores da Agência da Previdência
Social (APS) façam o cálculo. É preciso levar documento
que comprove o tempo de trabalho, como a Carteira de Trabalho, ou comprovantes
de pagamento da contribuição (GPS).
Direito
Para ter direito à
aposentadoria por tempo de contribuição é preciso
cumprir a carência de 180 contribuições mensais, o
equivalente a 15 anos de contribuição.
O valor da aposentadoria
por tempo de contribuição corresponde a 100% do salário-benefício
quanto maior a contribuição e o tempo, maior o valor do benefício.
É que o salário de benefício é calculado pelo
Fator Previdenciário, que leva em consideração no
momento da aposentadoria - o tempo de contribuição, a expectativa
de sobrevida e a idade. Quanto maior for o tempo de contribuição
e a idade, maior será o Fator Previdenciário e, conseqüentemente,
o valor do salário de benefício.
Mas quem deseja se aposentar
por tempo de contribuição proporcional é preciso ficar
ciente que a Emenda Constitucional nº 20, de 1998, acabou com esta
modalidade. Somente os segurados inscritos no Regime Geral da Previdência
Social (RGPS) até o dia 16 de dezembro de 1998 têm direito
a requerê-la. (Cruzeiro do Sul-14.06)
Benefício
maior que R$ 1.930 pode ter revisão
Os segurados do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) que tiveram o benefício ou a revisão
concedidos de abril de 1991 a junho de 2003, mas cujo valor final ficou
limitado ao teto da época, podem incorporar, hoje, o que deixou
de ser pago.
O Agora traz os valores
mínimos que os segurados devem receber, hoje, para terem direito
ao reajuste (veja a tabela ao lado). Os cálculos são do consultor
previdenciário Marco Anflor. Quem se aposentou em abril de 1996,
por exemplo, deve ganhar mais de R$ 1.930 para conseguir a grana.
O reajuste pode chegar a
20,42% para os segurados que pediram a revisão da URV (Unidade Real
de Valor).
A diferença deve
ser aplicada quando houve aumento real do teto, o que ocorreu em 1998 e
2003 -de 10,86% e 28,39%, respectivamente.
Quando o segurado se aposenta
ou ganha alguma revisão, só consegue receber até o
teto previdenciário vigente na época. Se o cálculo
aponta um benefício superior, o segurado fica sem receber tudo.
"É comum isso ocorrer
com quem contribuía com valores próximos ao teto e ganhou
a revisão da URV e com aposentados cujo fator previdenciário
deu índice superior a 1", afirma o consultor. O fator pode aumentar
ou diminuir o benefício segundo o tempo de contribuição
do segurado, sua idade e a expectativa de vida.
A revisão
O STF (Supremo Tribunal
Federal) já garantiu a incorporação dos valores que
não foram pagos a segurados que ganharam a revisão da URV
quando o teto teve um aumento real em 1998. Segundo especialistas, o mesmo
entendimento também pode ser aplicado em 2003.
"O segurado que, pelo cálculo
do salário de benefício, iria receber mais do que o teto,
poderá pedir que esses valores sejam incorporados nos reajustes
posteriores", diz o advogado Daisson Portanova.
O INSS pode recorrer e informa
que não comenta as revisões judiciais. (Paulo Muzzolon -
Agora S.Paulo-15.06)
Antecipação
do benefício por invalidez dá revisão
Os segurados do INSS que
se aposentaram por invalidez, mas que tiveram que aguardar para conseguir
o benefício, podem receber uma grana na Justiça se provarem
que deveriam ter sido afastados antes. Nos casos em que o problema da incapacidade
for antigo, o segurado poderá pedir que a data de concessão
do benefício seja recalculada para uma data anterior.
Com isso, ele poderá
receber os atrasados (valores não pagos nos últimos cinco
anos), porque o valor da aposentadoria é maior que do auxílio.
O segurado deverá
provar que a incapacidade é antiga e que não teve alterações
enquanto ficou afastado com o auxílio-doença. "A análise
será do perito judicial", afirma o consultor Marco Anflor.
Que recebe R$ 2.000 de benefício
e provar que deveria ter se aposentado dois anos antes pode ganhar R$ 6.560
em atrasados (confira a comparação ao lado). Mas os atrasados
só valem a partir da abertura da ação.
Quem recebeu o auxílio
a partir de 1999, se aposentou em 2006 e entrou com ação
em 2008 terá os atrasados de 2003, cinco anos atrás, a 2006,
que é a data de início da aposentadoria. Por isso, é
melhor pedir uma nova data da aposentadoria logo após a concessão
do benefício.
Quando o segurado precisar
ser afastado do trabalho, deve passar pela perícia do INSS.
Se o perito avaliar que
a incapacidade é temporária, irá conceder o auxílio-doença.
Se achar que a incapacidade é permanente, dará a aposentadoria.
Em muitos casos, o segurado recebe o auxílio por um período,
para tratamento. Se não melhorar, é aposentado. Mas o benefício
não é retroativo -ou seja, a aposentadoria será concedida
quando a perícia do INSS decidir.
Na perícia
O perito judicial irá
analisar, com base nos laudos médicos, se houve alteração
no problema do segurado. "Se houve, e a incapacidade que gerou a aposentadoria
por invalidez for um agravamento do problema que deu direito ao auxílio-doença,
ele não terá os valores atrasados", diz Anflor.
Por exemplo, se o trabalhador
se afasta por causa de uma hérnia de disco, ele não terá
revisão se a aposentadoria por invalidez for resultado do agravamento
da doença. Só há direito se ele provar que a hérnia
já o incapacitasse para o trabalho antes, durante o recebimento
do auxílio, e que o tratamento médico não surtiria
efeito. O INSS não comenta revisões. (Paulo Muzzolon - Agora
S.Paulo)
Comissão
aprova mudança de nome do auxílio-doença
A Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira
(11), parecer ao Projeto de Lei 2700/07, de autoria do deputado Ricardo
Berzoini (PT/SP), que substitui o termo "auxílio-doença"
por "auxílio-incapacidade" nas legislações trabalhista
e previdenciária.
O relator da proposta no
colegiado, deputado Dr. Rosinha (PT/PR), apresentou parecer favorável
por considerar que a Previdência Social é responsável
pela emissão de parecer sobre a capacidade laboral dos trabalhadores
e não sobre a constatação da doença e de seu
diagnóstico, atribuição dos médicos. Para o
relator, o termo "auxílio-doença" gera confusão entre
os segurados, os médicos assistentes e os médicos do trabalho
e pode levar a dúvidas na interpretação pelo Judiciário.
A proposta segue agora para
a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
(Anfip)
Justiça
barra consignado indevido
A Justiça Federal
do Pará proibiu descontos na aposentadoria que não são
reconhecidos pelo beneficiário. A determinação publicada
esta semana vale para todos os estados, inclusive o Rio, e evita a proliferação
de quadrilhas que fraudam a Previdência ao conseguir empréstimos
em bancos usando documentos falsos.
Antes da decisão,
o abatimento continuava a ser feito enquanto o INSS e o banco investigavam
a fraude. De acordo com a resolução da Justiça, é
necessário apenas que o aposentado faça uma reclamação
com a instituição para que o desconto seja suspenso.
Segundo o Ministério
Público Federal, se for comprovada a fraude, o beneficiário
tem direito de receber a cobrança indevida em dobro, como prevê
o Código de Defesa do Consumidor. (O Dia Online)
Consignado:
Justiça ordena fim de desconto
A Justiça Federal
no Pará ordenou ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)
suspender imediatamente os descontos na aposentadoria que não são
reconhecidos pelos idosos. A decisão é válida para
todo País e foi tomada logo após serem descobertas fraudes
na Previdência. Quadrilhas obtinham empréstimos em bancos
utilizando documentos falsos e o recurso era descontado da conta de aposentados.
Antes da decisão
judicial, o desconto do consignado continuava a ser efetuado enquanto o
INSS e o banco investigavam a fraude. A decisão veio do juiz federal
substituto da 5ª Vara da Seção Judiciária do
Pará, Antonio Carlos Almeida Campelo, divulgada no dia 30 de maio.
Para beneficiar-se da decisão,
de acordo com a Justiça, basta que os segurados tenham formalizado
perante o INSS a reclamação de que foram vítimas de
fraudes que os lesaram. Os descontos estão suspensos até
decisão administrativa definitiva no órgão previdenciário.
Em caso de desobediência à decisão liminar, o INSS
sujeita-se à cobrança de multa diária fixada pelo
juiz federal em R$ 100 mil.
Caberá ao INSS, de
acordo com o magistrado da 5ª Vara Federal, suspender de imediato
os descontos e apurar, mediante procedimento administrativo, se o empréstimo
consignado realmente existiu e se foi executado de acordo com a lei. Concluído
esse procedimento, o desconto incidente sobre o benefício previdenciário
será ativado ou não.
Determinação
Segundo o site da Justiça
Federal do Pará, o juiz determinou que a Previdência Social,
com sede em Brasília, e todas as instituições financeiras
citadas na ação sejam intimadas por meio de carta precatória.
O Núcleo Judiciário da Justiça Federal informou que
o mandado de intimação já foi expedido pela Central
de Mandados.
Campelo concedeu a liminar
ao apreciar ação civil pública proposta pelo Ministério
Público Federal contra o INSS e mais 53 instituições
de crédito, entre elas, grandes bancos.
O MPF informou ao juízo
que, antes de ingressar com a ação, instaurou um procedimento
administrativo para investigar fraudes contra beneficiários do INSS,
em razão de supostos empréstimos consignados, não
autorizados, que estariam sendo descontados mensalmente de seus proventos.
Tais fatos, segundo o Ministério Público, são investigados
pela Polícia Federal no Pará e Maranhão, na Operação
Flagelo.
Segundo o site, o MPF diz
que a questão envolve relação de consumo entre o beneficiário
e a instituição financeira, que deverá suportar os
prejuízos oriundos de eventual fraude no processo de empréstimos
consignados. Acrescentou ter constatado “ser longo e burocrático
o processo administrativo” perante o INSS, quando se trata de solicitar
o cancelamento de descontos irregulares denunciados pelos aposentados.
(Diário da Manhã-14.06)
CSS:
Contribuintes do INSS terão isenção
O projeto estabelece a isenção
para quem ganha até R$ 3.038, valor que corresponde ao maior benefício
pelo INSS
O projeto que cria a Contribuição
Social para a Saúde (CSS), tratada como a ´nova CPMF´,
traz algumas novidades para os contribuintes. Pelo projeto aprovado na
Câmara e que agora segue para o Senado, todos os trabalhadores que
contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ficarão
isentos de pagar o imposto de 0,1% que incide na parcela de até
R$ 3.038 da renda mensal. Aposentados e pensionistas, além de pessoas
que ganham menos de R$ 3.038, não pagarão nada.
A CSS, assim como a CPMF,
estabelece a cobrança sobre todas as operações financeiras.
Ao sacar parte do salário no caixa eletrônico ou emitir um
cheque, por exemplo, o brasileiro passa a pagar 0,1% sobre o valor envolvido.
O projeto, no entanto, estabelece
a isenção para quem ganha até R$ 3.038 — valor que
corresponde ao maior benefício pago hoje aos aposentados do INSS.
Quem possui renda mensal superior a R$ 3.038 pagará imposto apenas
sobre o valor que ultrapassar esse montante. O trabalhador que ganha R$
10 mil, por exemplo, pagará imposto sobre a movimentação
de R$ 6.962. Se o contribuinte vender algum bem, como um carro, e movimentar
o valor recebido, a cobrança da CSS ocorre normalmente. Além
disso, a isenção será concedida apenas a quem contribui
para o INSS. Isso inclui tanto os trabalhadores com carteira assinada quanto
os autônomos.
Trabalhadores informais
ficam de fora. O desconto será sobre todo o valor movimentado. Como
tem isenção até o valor de R$ 3.038, o contribuinte
terá direito de recuperar parte do imposto. ´Quando for pagar
o INSS no mês seguinte, ele vai ter um desconto´, esclarece.
Se a contribuição for de R$ 334,28 — o atual teto da Previdência
Social — o valor pago será de R$ 331,25.
Outra novidade é
que os recursos que serão arrecadados pelo governo, estimados em
R$ 10 bilhões por ano, serão repassados integralmente ao
Fundo Nacional de Saúde. ´Essa é a garantia de que
os recursos serão utilizados na saúde´, explica o deputado.
Aprovado na Câmara,
o projeto segue para o Senado. Se receber sinal verde dos senadores, ele
vai à sanção presidencial e a cobrança da CSS
passa a valer em janeiro de 2009. (Diário do Nordeste-15.06)
Seminário
sobre Previdência: Inscrições até hoje
As inscrições
para o seminário “Previdência como Instrumento de Proteção
Social”, que o Ministério da Previdência Social realiza, com
apoio da ANFIP, nesta quarta-feira (18), em São Paulo, podem ser
feitas até hoje (dia 16).
Essa é a segunda
edição do evento, que foi realizado em Brasília no
início de abril, e deverá se repetir nas Gerências
Regionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Belo Horizonte
(MG), Recife (PE) e Florianópolis (SC), ainda este ano. O intuito
do encontro é disseminar informações sobre o panorama
atual da Previdência e os desafios do sistema para o futuro, além
de envolver a sociedade em um debate público em torno do tema.
(Anfip)
Empresas e Economia
Obrigado
pelo seu prestígio e apoio!
Aposentadoria
de verdade
Preocupação
em garantir renda razoável para o futuro provoca corrida aos planos
privados, e gaúchos são os que fazem as maiores contribuições
mensais
O brasileiro está
mais preocupado com a qualidade de vida na velhice, e a prova desse comportamento
é o expressivo crescimento da previdência privada no Brasil
este ano. Para o setor, o primeiro trimestre foi o melhor da história.
E o gaúcho é apontado por grandes empresas do segmento como
o cliente que faz os depósitos mensais mais altos no país.
Só a previdência
privada aberta, dona da maior fatia do mercado, teve acréscimo de
23% no volume de captação de recursos entre janeiro e março
de 2008, na comparação com igual período do ano passado.
O segmento arrecadou R$ 7,3 bilhões, conforme a Federação
Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), que reúne
89 empresas do setor. Os bons resultados são puxados sobretudo pelos
planos Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), indicados para quem
não declara Imposto de Renda ou o faz pelo formulário simplificado.
- O principal atrativo para
se investir em planos de previdência é a ausência de
tributação sobre rendimentos, na comparação
com as demais alternativas, como renda fixa - compara João Batista
Mendes Ângelo, porta-voz da Fenaprevi.
Entre as maiores empresas
de previdência aberta do país, a Brasilprev traçou
um perfil dos clientes por Estados. Em média, o brasileiro faz contribuição
mensal de R$ 190. No Rio Grande do Sul, no entanto, a quantia é
30% superior: chega a R$ 217. É do gaúcho também a
maior reserva média do país.
- O Rio Grande do Sul tem
uma reserva média de R$ 13 mil, enquanto a média brasileira
é de cerca de R$ 10 mil - afirma José Eduardo Vaz Guimarães,
diretor de Produtos e Mercado da Brasilprev.
Médias e grandes
empresas dão incentivos para que seus funcionários tenham
uma aposentadoria mais tranqüila. Nesse modelo de previdência
complementar - chamado de previdência fechada, porque é formado
pelos fundos de pensão de empresas privadas ou entidades de classe
- , a diferença é que a corporação também
contribui para a poupança do empregado. Para cada real aplicado
pelo colaborador, a empresa deposita um percentual. Em alguns casos, a
cada R$ 1 investido, o funcionário recebe outro R$ 1 da empresa,
diz o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas
Ricardo Araújo.
Pelos cálculos de
José de Souza Mendonça, diretor-presidente da Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp),
existe mercado para quadruplicar a participação dessa modalidade
no país. Ele calcula que há um público de 10 milhões
de pessoas com rendimentos acima de R$ 2 mil em condições
de aderir aos planos. Ao constituir previdência complementar para
seus funcionários, salienta Mendonça, as empresas buscam
manter a mão-de-obra qualificada.
- Funcionário que
não precisa se preocupar com o futuro pensa mais no seu trabalho
- justifica Mendonça.
Os recursos que retornam
ao bolso dos trabalhadores injetam uma valor significativo na economia.
Apenas em fevereiro, as entidades fechadas pagaram R$ 1,3 bilhão
em aposentadorias e R$ 160,1 milhões a título de pensões.
Dinheiro que contribui para uma velhice bem mais digna.
Glossário
Previdência privada
É uma forma de poupar
dinheiro no longo prazo. O objetivo é evitar que a pessoa tenha
uma redução muito grande da renda com a aposentadoria. Serve
também para poupar capital para realizar um projeto de vida, seja
a abertura de um negócio próprio, um curso ou ainda uma viagem.
A opção pela previdência fechada traz vantagens fiscais
e tributárias.
Rentabilidade
Em um plano de previdência,
o cliente investe num fundo que aplica os recursos em títulos e/ou
ações, com o objetivo de aumentar do rendimento do capital
para ser utilizado no futuro. Na data de saída do plano, o saldo
pode ser resgatado total ou parcialmente, ou ainda ser revertido em renda
mensal (vitalícia ou temporária).
Perfil do participante
Pessoas que recebem quantias
superiores ao teto do benefício pago pela Previdência Social
(R$ 3.038,99) ou que esperam receber na velhice um valor acima deste patamar
devem pensar em formar uma poupança, que pode ser por meio da previdência
privada.
Tempo de investimento
A previdência privada
é recomendável para quem quer fazer aplicações
por um período superior a cinco anos. Investimentos por prazos inferiores
não são vantajosos.
As alternativas
Os planos de previdência
podem ser abertos - Entidades Abertas de Previdência Privada (EAPP)
- ou fechados - Entidades Fechadas de Previdência Privada (EFPP):
Previdência privada
aberta
- São oferecidos
pelas entidades abertas, administradas por instituições bancárias
e regulamentadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Nesses planos, é preciso avaliar diversas variáveis antes
de escolher a melhor opção:
Declaração
completa de Imposto de Renda - Quem declara IR pelo modelo completo deve
optar pelo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Esse plano permite
deduzir as contribuições efetuadas da base de cálculo
do IR até o limite de 12% da renda bruta anual, desde que se contribua
ou seja segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou regime
próprio de servidor público. No momento do resgate, o valor
total terá desconto do IR.
Declaração
simplificada de Imposto de Renda - Quem declara IR pelo modelo simplificado
deve optar pelo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Nesse plano,
a pessoa não pode abater os aportes efetuados da base de cálculo
do IR. No momento do resgate, porém, a tributação
do IR incide apenas sobre o rendimento obtido e não sobre o valor
total do saque.
Regime de tributação
- Quem pretende ficar com o investimento por mais tempo pode conseguir
reduzir o IR com a tributação regressiva, cujas alíquotas
vão de 35% a 10%. Quanto mais longo o período de poupança,
mais baixa a alíquota.
Taxas - São cobradas
três taxas: a de carregamento, a de administração do
fundo e a de saída. Os juros variam de acordo com cada entidade
de previdência.
Escolha da operadora - Pelas
regras em vigor, a previdência privada capta os recursos, mas os
investe em nome da própria entidade administradora. Em caso de falência,
é bom ter em mente que o poupador obterá seus recursos de
volta só depois que todas as dívidas da empresa, inclusive
as trabalhistas, forem pagas. Uma opção é começar
a pesquisa pela internet. Nos sites das principais empresas, os interessados
podem fazer simulações e calcular o valor das contribuições
mensais e quanto vão receber no futuro.
Vantagens da previdência
privada aberta
- É possível
transferir os recursos de uma empresa a outra. Como o desempenho dos planos
é divulgado em jornais especializados, basta acompanhar o mercado
para verificar se vale a pena migrar.
- As novas modalidades permitem
o saque de toda a verba depositada já no período de contribuição.
No entanto, quem faz a retirada depois de poucos meses de contribuição
corre risco de ficar no prejuízo, já que na saída
do capital ocorre desconto do Imposto de Renda (IR), alertam consultores.
Previdência privada
fechada
- São planos restritos
aos funcionários da empresa ou grupo de empresas patrocinadoras
ou das instituidoras (associações de classe e sindicatos).
Os planos são administrados por entidades sem fins lucrativos, que
funcionam sob a orientação da Secretaria de Previdência
Complementar, do Ministério da Previdência.
Regime de tributação
- Esta modalidade é isenta de impostos para o contribuinte. A gestão
dos recursos arrecadados no fundo também é isenta. O funcionário
pode, ainda, deduzir até 12% do valor depositado na declaração
do IR.
Taxas - Os valores cobrados
variam de 4% a 6%.
Como funciona
Nas entidades de previdência
fechada, o funcionário investe uma quantia, e a empresa, outra.
Essa quantia varia de acordo com cada contrato. Mas o percentual mínimo
é de 10% do montante depositado pelo participante. A maioria das
empresas contribui com quantia igual ao do funcionário. Cada funcionário
costuma contribuir com um percentual do salário que varia de 4%
a 10%. (Dionara Melo - Zero Hora-14.06)
Caixa Vida
& Previdência
A "Caixa Vida & Previdência"
cresceu 39,6% no primeiro trimestre. O mercado de previdência complementar
cresceu 23%. O faturamento acumulado da empresa é de R$ 546,9 milhões.
(Guilherme Barros - Folha de S.Paulo-14.06)
Aida-Br
lança livro
A Associação
Internacional de Direito de Seguro (Aida-Br) lançará o livro
"Seguros e Previdência: I Congresso Brasileiro", obra que compila
as palestras e debates do I Congresso Brasileiro de Direito de Seguros
e Previdência, evento realizado em 2007, em São Paulo. A publicação,
editada pela Juruá Editora, foi organizada pelo ex-presidente da
entidade Sergio Barroso de Mello. O lançamento acontecerá
no próximo dia 18 em São Paulo. Informações
sobre como adquirir o livro pelo telefone (11) 3159-4968. (Monitor
Mercantil)
Livro
traz perspectitvas do mercado ressegurador
Quais as conseqüências
da abertura do mercado ressegurador brasileiro? Que mudanças a abertura
deste mercado trará ao país? Como funcionam os principais
mercados resseguradores do mundo? Para responder estas e outras perguntas,
o advogado Ilan Goldberg escreveu o livro "Do Monopólio à
Livre Concorrência - A Criação do Mercado Ressegurador
Brasileiro". A obra faz parte da coleção "Direito Regulatório"
e será lançado em 1º de julho no Rio de Janeiro e 08
de julho em São Paulo. (Monitor Mercantil)
Controles
internos também no resseguro
As resseguradoras locais
e admitidas, com escritório de representação instalado
no País, além das corretoras de resseguros, também
estão obrigadas a implantarem ferramentas de controles internos
para as suas atividades e sistemas de informações, sujeitando-se
às mesmas as regras já aplicadas para as seguradoras, entidades
de previdência complementar aberta, empresas de capitalização
e corretoras de seguros.
A extensão do regulamento
para as operações de resseguros foi determinada pela Superintendência
de Seguros Privados (Susep), em decisão formalizada na recém-divulgada
Circular 363, que altera a legislação original, de fevereiro
de 2004 (Circular 249). O período de ajuste à exigência
estende-se até 10 de julho de 2009, sendo que para a definição
de mecanismos internos as resseguradoras têm prazo de conclusão
mais curto, até 31 de dezembro próximo.
Os resseguradores e os brokers
estão obrigados também a nomearem um diretor responsável
pelos controles internos, sistema que terá que conter, entre outros
instrumentos, os meios de identificação e avaliação
dos fatores internos e externos que possam afetar ou contribuir adversamente
para a realização dos objetivos da empresa. (CQCS)
Greenspan:
Mercado dos EUA mostra melhora
Os mercados financeiros
dos Estados Unidos, sacudidos pelo colapso do mercado de crédito
imobiliário, deram mostras de ter passado por uma ""recuperação
acentuada" desde março, disse ontem Alan Greenspan, ex-presidente
do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA).
Para ele, o pior da crise
já passou e existe agora "possibilidade reduzida" de que os EUA
sofram recessão profunda. Os comentários corroboram a avaliação
do atual presidente do Fed, Ben Bernanke, para quem o perigo de ""desaquecimento
significativo" se reduziu. (Bloomber/Folha de S.Paulo-14.06)
Ibre
sugere que BC saia do mercado cambial
A atitude mais sensata do
governo neste momento seria a de sair totalmente do mercado cambial e interromper,
por completo, a acumulação de reservas. A decisão
deve levar a uma valorização do real, o que, no curto prazo,
pode ser uma ajuda muito proveitosa à empreitada antiinflacionária
do Banco Central.
A recomendação
consta da Carta do Ibre que será publicada na próxima semana
na edição de junho da Conjuntura Econômica. Intitulado
"É uma boa hora para o governo sair do mercado de câmbio",
o texto afirma que a obsessão em impedir a valorização
do real, hoje, é inútil e possivelmente prejudicial à
economia.
"O seguro proporcionado
pelas reservas revelou-se totalmente suficiente para manter a estabilidade
macroeconômica brasileira durante uma das piores turbulências
internacionais das últimas décadas, e não há
nenhum sentido em se pagar mais para ampliá-lo", afirma.
De acordo com o artigo,
num momento como este, em que o BC combate uma grave ameaça de retomada
da alta dos preços, embalada tanto pela forte expansão da
demanda interna quanto pelo cenário global, evitar a valorização
do real torna ainda mais difícil o trabalho da autoridade monetária.
A Carta do Ibre faz, no
entanto, uma ressalva. Segundo o texto, a intenção não
é a de defender a valorização da moeda nacional como
um bem em si mesmo.
De acordo com o artigo,
"quando se pensa no médio e no longo prazo, a melhor estratégia
para o Brasil seria a de uma forte expansão da poupança pública,
que abriria espaço para o crescimento do consumo das famílias
e dos investimentos sem que a demanda pressionasse tão violentamente
a capacidade de oferta da economia nacional. Isso significaria, provavelmente,
o país operar com déficit em conta corrente menor do que
aquele que será atingido com a manutenção da política
econômica atual, e com o real menos valorizado. O problema é
que há sinais de que o governo não adotará essa estratégia".
(Guilherme Barros - Folha de S.Paulo-14.06)
Cautela
com agenda pressiona juros
Vários índices
de inflação poderão orientar investidores sobre o
rumo da inflação e da política monetária do
BC
Os juros futuros subiram
mais, sexta-feira, dada a cautela dos investidores com a agenda de índices
de inflação de junho nesta semana. Esses indicadores direcionarão
o comportamento dos juros e das apostas para a próxima reunião
do Copom, em julho. A taxa de janeiro 2009 subiu a 13,24%; e a de janeiro
2010, a 14,86%. Na Bovespa, especulações de investidores
posicionados nos vencimentos de opções sobre ações
na segunda-feira e de índice futuro na quarta-feira se sobrepuseram
à grande descoberta de petróleo na Bacia de Santos, enquanto
a estréia das ações da OGX no Novo Mercado ampliou
o volume de negócios. O papel da OGX saiu no topo da faixa de preço
sugerido, a R$ 1.131, e fechou em alta de 8,31%, a R$ 1,225,00. O Ibovespa
caiu 0,17% (67.203,5 pontos) sexta-feira, 3,7% na semana e 7,42% no mês.
O dólar avançou 0,06%, a R$ 1,636 no balcão.
(Denise Abarca, Claudia Violante e Silvana Rocha - O Estado de S.Paulo)
Bolsa
perde 0,17% e fecha semana com queda de 3,7%
No acumulado deste mês,
desvalorização chega a 7,4%
A semana foi decepcionante
na Bolsa de Valores de São Paulo. Seu principal índice, o
Ibovespa, terminou com perdas acumuladas de 3,7% no período. No
pregão de sexta-feira, a baixa ficou em 0,17%. No acumulado do mês,
a desvalorização da Bovespa alcança os 7,42%.
A grande vilã do
período foi a Vale. A empresa, que perde apenas para a Petrobras
em termos de peso na composição do Ibovespa, foi afetada
por rumores de que poderia fazer uma grande aquisição no
exterior. O risco de aumento no endividamento da companhia desagradou aos
investidores. A ação PNA da Vale caiu 9,10% na semana; a
ON recuou 8,14%.
Em Wall Street, o dia foi
diferente. O recuo do petróleo somado ao índice de inflação
ao consumidor, que ficou dentro do esperado, permitiram uma recuperação
das Bolsas.
O índice Dow Jones,
que reúne as 30 ações americanas mais negociadas,
teve valorização de 1,37% na sexta-feira. A Bolsa eletrônica
Nasdaq subiu 2,09%.
O CPI (índice de
preços ao consumidor americano) teve aumento de 0,6% em maio. Se
forem descontados os custos dos setores de alimentos e energia, itens considerados
voláteis, o indicador teve alta de 0,2% no mês passado.
O preço do barril
de petróleo, temido devido à sua potencial pressão
inflacionária, caiu 1,37% ontem em Nova York, para fechar a US$
134,86.
Apesar da queda do petróleo,
as ações da Petrobras responderam positivamente ao anúncio
de mais uma descoberta de óleo leve na bacia de Santos. Suas ações
fecharam sexta-feira com altas de 1,96% (ordinárias) e 1,59% (preferenciais).
O setor de telecomunicações
teve um dia agitado, em reação à mudança na
lei de outorgas aprovada pela Anatel, que pode levar à concretização
da fusão entre a Brasil Telecom e a Oi (ex-Telemar).
A ação PN
da Brasil Telecom Participações terminou com baixa de 7,91%.
O papel PN da Brasil Telecom caiu 5,45%; e o PN da Telemar fechou estável.
Para as empresas do segmento
de celulares, o pregão foi favorável. A ação
PN da Vivo teve alta de 5,80%; a ON da TIM Participações
subiu 4,68%.
O desempenho ruim da Bovespa
na semana, que desceu aos 67.203 pontos, se afastando de seu recorde -os
73.516 pontos de 20 de maio-, faz com que os analistas questionem se uma
recuperação não deve ocorrer em breve. Na semana apenas
19 das 66 ações do Ibovespa registraram ganhos.
O saldo das operações
dos estrangeiros na Bolsa em junho estava negativo em R$ 3,51 bilhões
no dia 10.
O dólar, com leve
alta de 0,06% ontem, encerrou a semana cotado a R$ 1,636.
(FABRICIO VIEIRA - Folha de S.Paulo-14.06)