Previdência
- Clipping de Notícias - 13.06.2011
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
(Caso
deseje cancelar o recebimento deste material - favor retornar mensagem
com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
O Ministério da Previdência Social estuda formas de alterar o INSS. Embora ainda não haja um projeto final para mudar a regra da pensão, pontos como a ausência de carência para receber o benefício, o direito à pensão por toda a vida independentemente da idade da viúva e a dependência presumida do cônjuge devem ser trabalhados. (vide matérias abaixo)
O dólar comercial encerrou a sexta-feira cotado a R$ 1,5970, com alta de 0,50% em relação ao fechamento da quinta-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a semana em baixa de de 1,22%, com o volume financeiro no patamar de R$ 4,956 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou a sexta-feira em queda de 1,42% e a Nasdaq caiu 1,53%.
AssPreviSite
Investimento
de fundo de pensão terá padrão trabalhista
O governo brasileiro assinará
um acordo para exigir que fundos de pensão no País adotem
critérios sociais e apenas invistam em projetos e companhias que
possam implementar padrões mínimos de garantias a seus trabalhadores.
O ministro da Previdência
Social, Garibaldi Alves Filho, vai assinar esta semana, em Genebra, o acordo
com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A meta
é promover formas de trabalho socialmente decentes por meio de políticas
de investimento das entidades de previdência complementar.
Na prática, o acordo
é mais uma forma de garantir que o dinheiro de fundos de pensão
seja direcionado acima de tudo para empresas que não tenham problemas
com suspeitas de trabalho forçado ou trabalho infantil, e adaptem
políticas de salários decentes.
A assinatura do documento
será feita durante a 100.ª Reunião da Conferência
Internacional do Trabalho, que está sendo realizada desde o dia
1.º de junho.
Além de Alves, o
Brasil envia ao evento o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e a ministra
da Secretaria das Mulheres, Iriny Lopes.
Segundo fontes na Organização
Internacional do Trabalho, o Brasil é o país que desembarca
em Genebra com o maior número de ministros para participar do evento.
(Jamil Chade - O Estado de S.Paulo)
Previc:
Palestras do IV Seminário estão disponíveis
Certificados serão
enviados posteriormente
A Superintendência
Nacional de Previdência Complementar – Previc disponibilizou os arquivos
das palestras ministradas no IV Seminário de Educação
Previdenciária em seu endereço eletrônico. O Seminário,
que foi promovido pela Previc e pela Secretaria de Políticas de
Previdência Complementar – SPPC, aconteceu nos dias 1º e 2 de
junho, no edifício sede da autarquia, em Brasília.
Estiveram presentes, no
evento, conselheiros, dirigentes e diretores das entidades fechadas de
previdência complementar (EFPC), além de pessoas envolvidas
no desenvolvimento dos programas de educação previdenciária.
As apresentações
estão disponíveis no link: http://www.mpas.gov.br/previc.php?id_spc=953.
Para acessá-las basta clicar no título do evento. A Previc
e a SPPC informam, ainda, que os certificados de participação
estão sendo providenciados, e em breve serão enviados por
meio do e-mail cadastrado pelos participantes no dia do Seminário.
(Inaiá Sant’Ana de Menezes - Previc/AssPreviSite)
Educação
Previdenciária: Boa receptividade
Diversas EFPC se manifestaram
favoráveis a proposta encaminhada pelo AssPreviSite para uma atuação
complementar, no âmbito informativo, de forma a apoiar as ações
de educação financeira e previdenciária destas entidades.
Vários fundos já
estão engajados em programas voltados a educação financeira
e previdenciária. A proposta do AssPreviSite visa levar um conteúdo
informativo para os canais de relacionamento com participantes e
o sistema de comunicação das Entidades incrementando-os com
informações atualizadas para o corpo de participantes
de seus planos de previdência. Esta mecânica visa esclarecer,
de forma simples e objetiva, questões de seu interesse ligadas à
previdência oficial e complementar, além de aspectos básicos
da educação financeira.
O AssPreviSite possui uma
“expertise” noticiosa que pode alinhar-se com os esforços da EFPC,
independente do seu porte, alavancando ainda mais os programas de Educação
Financeira e Previdenciária dos fundos de pensão. Esta
parceria oferece um bom suporte aos instrumentos das entidades em conformidade
com os termos da Portaria MPS Nº. 418/2008 e as orientações
e incentivos da SPPC e Previc. Adote também esta iniciativa
em sua Entidade. Informações sobre esta sistemática
podem ser obtidas através do e-mail assprevisite1@uol.com.br
(AssPreviSite)
Petros:
EsportePrev - Ministro e atletas confirmam presença
O ministro do Esporte, Orlando
Silva, e o ex-ministro e atual secretário-executivo do Ministério
da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, confirmarampresença
na cerimônia de lançamento do EsportePrev, terça-feira,
14 de junho, no Museu do Futebol, em São Paulo.
Administrado pela Petros
– Fundação Petrobras de Seguridade Social, o EsportePrev
é o primeiro plano de previdência complementar criado especialmente
paraesportistas de todas as modalidades.
Para ressaltar a importância
e o impacto que um futuro bem planejado tem na vida de um atleta, a Petros
escalou como convidados um time de ex-jogadores defutebol para a festa
de lançamento do EsportePrev. Neste time já estão
confirmados grandes figuras do passado como Félix, Paulo César
Caju, Basílio, Dorval, Dudu,Badeco, Gilberto Sorriso, Wilsinho,
Flávio Minuano, Geraldão e Ataliba entre muitos outros atletas.
No evento também
estarão craques do presente, autoridades das áreas esportiva
e financeira, formadores de opinião e apaixonados por esporte.
(Petros/AssPreviSite)
Real
Grandeza: Dia Internacional do Meio Ambiente
Para comemorar o Dia Internacional
do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho, a Coordenação
do Programa de Responsabilidade Socioambiental da Real Grandeza preparou
uma programação especial durante o mês de junho. A
iniciativa buscou promover a sustentabilidade entre os colaboradores da
empresa, tornando-os multiplicadores de consciência ambiental.
O pontapé inicial
aconteceu no dia 6 de junho, com a distribuição da cartilha
“Planeta Sustentável” pelas Coordenadoras do Programa, Luiza Ferreira
e Raquel Castelpoggi. O material, produzido pela Eletrobras Eletronuclear,
traz informações valiosas para a preservação
do planeta, como o consumo consciente da água, da energia e a coleta
seletiva do lixo.
Nos próximos dias
28 e 29, das 10h às 17h, será realizada a Feira de
Consciência Ambiental, com a venda de acessórios e produtos
artesanais feitos de materiais reciclados. Expositores de organizações
não-governamentais, apoiados pela Real Grandeza, oferecerão
uma diversidade de produtos e acessórios– bolsas, vestidos customizados,
pufes de garrafa PET e porta-retratos – a preços populares.
Outra iniciativa que faz
parte da programação do evento é a Gincana dos 3 R’s
– Reciclar, Reutilizar e Renovar – que acontecerá no próximo
dia 29 de junho. O evento, que já está na 9ª edição,
visa à coleta de material para reciclagem que será destinado
para a Organização Não-Governamental “Doe seu Lixo”.
Os interessados podem obter mais informações na RealNet.
(Diário dos Fundos de Pensão)
Funprev:
Todos estarão cobertos
Cuiabá - Os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário decidiram por um fim na polêmica
envolvendo as aposentadorias no Poder Público de uma maneira geral
e instituíram a Comissão Especial de Estudo e criação
do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) de Mato Grosso
e que concentrará toda a política previdenciária,
aposentadorias e pensões que atingirão a todos os servidores
público, inclusive agentes políticos como governador, vice,
deputados estaduais e secretários de Estado.
"A única diferença
é que a regra será idêntica para todo mundo, ou seja,
o ocupante do cargo de governador ou de deputado, assim como desembargador
do Tribunal de Justiça, conselheiros do Tribunal de Contas, promotor
e procurador de Justiça e defensor Público, em tendo direito
legal poderão requerer suas aposentadorias pelo Fundo de Previdência
de Mato Grosso (Funprev), já criado mas que não recebeu até
agora a adesão dos Poderes Constituídos, a não ser
do governo do Estado", explica o secretário de Administração,
Cesar Zilio.
O secretário pondera
que o Funprev é uma determinação Constitucional que
até o momento foi cumprido em parte, mas dentro de algum tempo estará
todo funcionando e atendendo a demanda do Estado de Mato Grosso por completo.
A decisão deverá
levar à extinção em definitivo de assuntos polêmicos,
como do Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) por onde deputados
e dependentes deles recebem por aposentadorias e pensões, assim
como a questão do governo do Estado, que também vem sendo
contestada judicialmente, mas que tem ex-governadores e pensionistas dos
mesmos recebendo pelo Tesouro Estadual.
"A única diferença
é que a regra será a mesma para todos, ou seja, 35 anos de
contribuição ou 65 de idade para homens e 60 para mulheres,
podendo aqueles detentores de mandatos eletivos somarem ao tempo de contribuição
em outras funções", pontuou o secretário de Administração,
justificando que as aposentadorias dentro da previsão legal terão
validade sem maiores problemas.
"O agente político
poderá se aposentar no exercício do cargo que exerce ou também
se aposentar pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), bastando
para tanto que some o tempo em que exerceu o mandato para o sistema em
que ele requerer a aposentadoria", disse o secretário.
Durante o julgamento das
contas do governo do Estado referente a 2010, a falta de um único
RPPS na estrutura estadual foi apontada como irregularidade pelo relator
das contas, Luiz Henrique Lima, que lembrou que o próprio TCE/MT
não migrou para o Funprev.
O presidente do TCE/MT,
conselheiro Valter Albano, assegurou que o governador Silval Barbosa já
havia determinado que a comissão especial acelerasse suas funções
para que o Funprev passasse a ser o único Regime Próprio
de Previdência de Mato Grosso. (Marcos Lemos - A Gazeta-12.06)
RioPrevidência:
Advogado diz que multa segue anulada
A defesa de quatro investidores
e da distribuidora de valores ASM enviou na sexta-feira à Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) uma notificação acusando
a autarquia de divulgar informações equivocadas sobre uma
decisão judicial envolvendo uma multa de R$ 504 milhões contra
os acusados. Na quinta-feira, a CVM informou que obteve liminar suspendendo
integralmente os efeitos da sentença do juiz Wilney de Azevedo Silva,
da 16ª Vara Federal do Rio, que anula o julgamento da autarquia que
resultou na multa milionária. A CVM identificou no processo prejuízos
causados ao fundo de pensão dos funcionários do Estado do
Rio, o RioPrevidência.
Segundo o advogado dos investidores,
Fernando Orotavo Neto, a decisão da presidente do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, desembargadora Maria Helena Cisne, a
favor da autarquia, não restabelece a multa. A sentença que
anula o processo administrativo sancionador da CVM, diz, continua válida.
"Apenas não poderá ser executada até o julgamento
da apelação, até porque o pedido formulado pela CVM
ao TRF foi de suspensão da execução da sentença,
e não de sua anulação ou reforma, que só pode
ser apreciada por uma das Turmas Especializadas do TRF".
Na notificação,
enviada na sexta-feira à presidente da CVM, Maria Helena Santana,
Orotavo diz que a interpretação divulgada pela autarquia
"deu ensejo à criação de uma notícia jornalística
artificial e inverídica de que a multa havia sido restabelecida".
Já Antônio
Luís de Mello e Souza, dono da ASM, informou em nota que ficou "chocado
com a notícia equivocada" divulgada pela CVM. Mello e Souza diz
que estuda entrar na Justiça contra a CVM, pelos "danos econômicos"
causados pelo julgamento e pelas "notícias equivocadas". O dono
da ASM acusou a CVM também de conduzir o julgamento, que resultou
na multa, "de uma maneira absolutamente truculenta", e que a autarquia
devia atender a decisão judicial e "conduzir um novo julgamento".
Consultada, a CVM reiterou
as informações divulgadas e lembrou que nelas consta a reprodução
do texto da Presidência do TRF.
A multa, uma das maiores
da história, foi aplicada em setembro de 2010 em processo administrativo
sancionador de 2007. Segundo a CVM, o RioPrevidência teria amargado
perdas em operações fraudulentas envolvendo a venda de créditos
imobiliários que recebeu como pagamento de dívidas trabalhistas
do antigo Banerj.
O fundo fez uma licitação
para a administração desses papéis, mas a CVM entendeu
que o processo foi articulado de forma a beneficiar a ASM DTVM, que teria
obtido acesso privilegiado ao edital e criado um fundo de investimento
em direitos creditórios (FIDC) para participar da operação.
Um mês após
a licitação, os sócios da ASM organizaram um leilão
das cotas do FIDC, que teve como único participante a corretora
Estratégia. Segundo a acusação da CVM, quatro investidores
se cadastraram na Estratégia já sabendo que seriam os destinatários
finais das cotas. São eles: Fernando Salles Teixeira de Mello, José
de Vasconcellos e Silva, Olímpio Uchoa Vianna e Eduardo Jorge Chame
Saad. A maior multa foi aplicada a Saad, no valor de R$ 264,5 milhões.
Vianna, Teixeira de Mello e Silva foram punidos com R$ 56,1 milhões,
R$ 54,09 milhões e R$ 55,3 milhões, respectivamente.
(Angelo Pavini - Valor Online)
Fundos:
Petrobras vira investimento a perder de vista
Depois de recuar ao nível
de 2009, ação não tem boa avaliação
no curto prazo, mas expectativa é positiva para longo prazo
Quando se achava que as
ações da Petrobras tinham chegado ao fundo do poço
no mês passado, os papéis da estatal voltaram a surpreender
na última semana. Na terça-feira, as preferenciais (PN, sem
direito a voto) atingiram R$23, o menor nível desde 3 de março
de 2009, quando fecharam a R$22,75. A ação acabou se recuperando
levemente e fechando a semana a R$23,72, mas ainda há cautela e
dúvidas sobre o desempenho do papel a curto prazo e especialistas
se dividem sobre a melhor decisão a tomar: reduzir a exposição
à Petrobras, manter os papéis, ou aproveitar os preços
mais baixos para comprar. Em relação ao bom potencial de
longo prazo, no entanto, há consenso, já que a exploração
do petróleo da camada do pré-sal começará a
trazer resultados para a companhia.
- É uma ação
que está com preço atraente e a companhia tem fundamentos
econômicos fortes. Mesmo com as incertezas globais, há uma
curva de demanda crescente de petróleo, puxada principalmente por
países emergentes. Mas, sem dúvida, o investimento em Petrobras
é para médio e longo prazo - afirma o analista do Banco Geração
Futuro de Investimentos Lucas Brendler.
Sua sugestão é
que o investidor aproveite os preços baixos para comprar ações
da empresa aos poucos. Para se ter uma ideia, frente à cotação
do dia 3 de março de 2009 - quando o mercado estava sob forte impacto
da crise financeira mundial -, as ações PN sobem apenas 4,3%
e as ordinárias (ON) caem 7,5%, enquanto o Ibovespa, índice
de referência da Bolsa de São Paulo (Bovespa), tem alta de
72%. De acordo com Brendler, quem tem o papel deve mantê-lo.
Futuro brilhante, mas com
desafios pela frente
Com uma visão um
pouco mais crítica, o analista da Ágora Corretora Luiz Otávio
Broad diz que sua recomendação é manter o papel, mas
lembra que desde o ano passado as ações da estatal não
estão mais no portfólio da corretora:
- Existe atratividade das
ações, mas não a ponto de estar nas recomendações.
A produção da Petrobras está crescendo a um ritmo
fraco e os investimentos são ou de baixo retorno ou de longo prazo.
Não vemos a geração de caixa crescendo de forma significativa,
o que prejudica o retorno para o acionista no curto prazo.
Se já não
bastassem os fatores que afetam as ações da Petrobras, o
próprio Ibovespa segue em desempenho fraco e, no ano, cai 9,53%.
A visão de Broad
é compartilhada pelo analista da Planner Corretora Henrique Ribas.
Neste ambiente de produção com fraco desempenho, lembra ele,
volta a pesar a questão da operação de capitalização
de R$120 bilhões feita pela empresa no ano passado, que ampliou
o número de acionistas:
- Havia uma expectativa
de crescimento do lucro em 2011, mas a produção não
está avançando. E, com a capitalização, é
preciso que a empresa lucre mais porque seu resultado é dividido
por mais acionistas.
Desde o início do
ano, a Planner reduziu a participação da Petrobras em sua
carteira recomendada de 8% para 5%.
- A curto prazo, a expectativa
é de volatilidade, até pela exposição a qualquer
variação brusca no preço do petróleo - diz
Ribas.
Oswaldo Telles, analista-chefe
do Banif, defende que, quando se deixa para trás os problemas da
capitalização, a Petrobras tem "um futuro brilhante":
- A questão com as
ações de Petrobras é que às vezes os investidores
lembram do futuro brilhante e às vezes das dificuldades para se
chegar lá.
É este descompasso
entre o cenário positivo para o longo prazo e os desafios para os
ganhos a curto prazo que mais dificulta a avaliação dos papéis.
Nos últimos dias,
as ações acabaram reagindo um pouco, puxadas pela decisão
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) de manter o atual nível de produção da commodity,
o que deve contribuir para manter seu preço elevado. Além
disso, a Petrobras anunciou descobertas no Golfo do México, na Bacia
Pará-Maranhão - a primeira em parceria com a chinesa Sinopec
- e na Bacia do Espírito Santo.
- A ação deu
um pequeno repique, mas o curto prazo ainda é delicado - afirma
Broad.
O analista da Spinelli Corretora
Max Bueno acrescenta que os investimentos feitos agora no pré-sal
só vão se traduzir em geração de caixa daqui
a três anos:
- O investimento agora é
elevado e, até que o caixa comece a entrar, demora. (Lucianne
Carneiro - O Globo)
Fundos:
Os novos céus da Embraer
Principal acionista da Embraer,
o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ,
está paulatinamente reduzindo sua participação na
empresa. No fim de 2007, detinha 14% do capital total. Hoje, tem 11%. Pouco
percebido no mercado, o movimento abriu oportunidades para o ingresso de
novos sócios, que querem também as ações do
ex-banqueiro Nilo Bozano, dono de 8% da indústria aeronáutica.
O grupo Odebrecht, por exemplo, está avaliando essa possibilidade,
tendo em vista a sua recente investida na área de defesa. que começou
com a construção de submarinos nucleares para a Marinha.
Parceira da fabricante de caças francesa Dassault, a Embraer poderia
complementar o novo negócio do conglomerado. (REvista Veja)
Fundos:
Embraer distribuirá R$ 72 mi em juros sobre capital
O conselho de administração
da Embraer aprovou a distribuição de R$ 72,366 milhões
em juros sobre capital, o que corresponde a R$ 0,10 por ação.
O valor está sujeito à retenção de 15% de imposto
de renda.
O pagamento será
efetuado no dia 22 de julho, com base na posição acionária
de 20 de junho. Desta forma os papéis ficam ex-juros no dia 21 de
junho tanto na Bovespa como na Bolsa de Nova York. (Valor)
Fundos:
BR Foods vai apresentar nova proposta ao Cade
Empresa decide mudar a estratégia
de defesa da fusão entre Sadia e Perdigão
Venda de fábricas
é uma opção; outra linha é dizer que operação
evitou quebra da Sadia e perda de empregos
A estratégia de defesa
traçada pela BRF Brasil Foods para a fusão entre Sadia e
Perdigão foi abandonada após o parecer do relator do processo
no Cade, o conselheiro Carlos Ragazzo.
A empresa pretendia convencer
os integrantes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
de que as economias de custos e os ganhos na área operacional seriam
tão grandes que tornariam desnecessário aumentar preços
para lucrar.
Mas, diante do argumento
de Ragazzo -de que a fusão entre as duas empresas e a consequente
concentração de mercado poderiam elevar os preços
em até 40%-, a empresa decidiu adotar outra estratégia: apresentar
uma nova proposta ao Cade.
Segundo a Folha apurou,
a venda de fábricas está na mesa. Advogados da companhia
tiveram uma conversa preliminar com os conselheiros do Cade anteontem e
terão uma reunião no início da próxima semana.
Com base nessas conversas,
a BRF deve apresentar nova proposta até quarta, data de nova sessão
do Cade.
Executivos da BRF vão
ainda tentar convencer o Cade que a criação da empresa evitou
um mal social maior, que seria a quebra da Sadia, disse à Reuters
um representante de um acionista.
Operações
com derivativos cambiais provocaram perdas bilionárias para a Sadia
quando estourou a crise financeira internacional.
A empresa registrou, então,
o maior prejuízo da sua história e buscou conversas com a
Perdigão, sua principal rival, para unir as duas companhias.
(Tatiana Freitas, com a Reuters/Folha de S.Paulo)
Fundos:
BRF deve lembrar que evitou falência da Sadia
Na avaliação
de uma fonte, fusão da marca com a Perdigão, há dois
anos, evitou demissões em massa
Nos próximos dias
executivos da Brasil Foods vão tentar convencer o Cade que além
da empresa não concentrar tanto mercado como o relator do caso no
órgão indicou, sua criação evitou um mal social
maior, que seria a quebra da Sadia, disse à Reuters um representante
de um grande acionista da BRF.
Na avaliação
da fonte, que pediu anonimato, a fusão da Perdigão com a
Sadia há dois anos, com o apoio de membros do então governo
Lula, evitou demissões em massa que uma eventual quebra da Sadia
traria e não se tratou de uma jogada empresarial, de um lance agressivo
de aquisição.
"(Se a quebra da Sadia acontecesse)
teria dado a liderança de mercado para a Perdigão de qualquer
maneira", afirmou a fonte.
"Tudo isso tem que ser bem
avaliado, porque não foi um processo de compra agressivo, de 'takeover',
ela (BRF) foi feita para se evitar um problema social muito maior, que
era a quebra de uma companhia quase centenária, com uma marca muito
forte (Sadia)", disse a fonte. "Foi o resultado de uma crise internacional",
complementou ele sobre a situação em que estava a Sadia na
época.
Operações
com derivativos cambiais provocaram perdas bilionárias para a Sadia
quando estourou a crise financeira internacional, a partir de 2008. A empresa
registrou, então, o maior prejuízo da sua história
e buscou conversas com a Perdigão, sua principal rival, para unir
as duas companhias.
A fusão foi anunciada
em maio de 2009, com os sócios da Perdigão abocanhando 68%
da BRF e os da Sadia ficando com 32% do novo grupo.
Posteriormente, a BRF fez
uma oferta pública de ações e começou a ser
negociada em bolsa, enquanto os órgãos reguladores avaliavam
a fusão. Na quarta-feira, o relator do caso deu parecer desfavorável
à união das companhias, derrubando as ações
e trazendo incerteza entre os acionistas.
Para a fonte ouvida pela
Reuters o importante no momento é negociar com o Cade, "que nunca
esteve tão duro", e apostar no bom senso do órgão.
"Chegou o momento das duas
partes (BRF e Cade) sentarem e buscarem uma solução que de
fato não destrua um projeto de uma empresa nacional forte que vai
conseguir conquistar o mercado lá fora", avaliou, acrescentando
que não haveria ganhos para nenhuma das partes envolvidas se o negócio
fosse totalmente rejeitado.
"A gente acredita no bom
senso dos diferentes atores nesse processo", afirmou, acrescentando entender
também a preocupação do órgão regulador
com o consumidor, que "precisa ser respeitado".
Inicialmente, a retomada
do julgamento do caso BRF no Cade foi agendada para a próxima quarta-feira,
dia 15 de junho, mas pode ser que exista uma pausa maior para que os conselheiros
do órgão possam avaliar melhor todo a situação.
Em entrevista ao jornal
O Estado de S.Paulo, publicada na sexta-feira, 10, o presidente-executivo
da BRF, José Antônio do Prado Fay, reconheceu que a companhia
pode ter dado uma ideia de inflexibilidade aos membros do Cade e indicou
que vai participar ativamente de conversas nos próximos dias buscando
uma solução para o problema.
As ações da
Brasil Foods mostravam leve recuperação na sexta-feira, subindo
1% por volta das 14h15, enquanto o Ibovespa perdia 1,3%. (Denise
Luna, com Reuters - Agência Estado)
Fundos:
Brasil Foods - ''Não sou inflexível, quero negociar''
Depois de reprovação
pelo relator da fusão Sadia-Perdigão no Cade, executivo diz
que vai mudar sua estratégia
ENTREVISTA - José
Antonio Fay, presidente da BRF
José Antonio do Prado
Fay, presidente da Brasil Foods, acredita que a fusão de Sadia e
Perdigão "é boa para o País" e diz que "não
vai maltratar os consumidores" se a operação for aprovada.
A seguir, os principais trechos da entrevista:
O relator votou pela rejeição
da operação. Qual é a estratégia da Brasil
Foods agora?
Estamos apostando no tempo
do pedido de vistas (o conselheiro Ricardo Ruiz pediu para analisar o processo
até a próxima quarta-feira e interrompeu o julgamento). Pretendemos
agora negociar com os quatro conselheiros restantes e mostrar nossos argumentos.
E achar um espaço intermediário.
Dá para fazer isso
em uma semana?
Como o processo é
complexo, não acredito que o julgamento vá acontecer em uma
semana.
Na quarta-feira, os conselheiros
elogiaram o relator e deram sinais de que poderiam acompanhar seu voto...
É normal, numa situação
dessas, o elogio ao voto, mas o pedido de vistas é razoável
porque é uma operação muito complexa. É razoável
que os conselheiros queiram se aprofundar mais antes de dar um voto, principalmente
um voto acompanhado por uma não solução. A reprovação
é uma não solução.
Mas do ponto de vista do
relator...
Do ponto de vista do relator,
não tem solução. Nós achamos isso ruim para
todos. Reprovar quer dizer que não há possibilidade de fazer
a fusão, não é uma solução. Nós
acreditamos que isso não é bom e que teremos espaço
para mostrar isso.
Na proposta de acordo, vocês
ofereceram vender algumas marcas menores e compartilhar fornecimento de
matéria-prima e distribuição. Mas isso foi rejeitado.
Estão dispostos a ceder mais para chegar a um acordo?
Esse julgamento está
em aberto. Houve um voto e tem mais quatro para serem dados. É um
momento delicado de fazer projeções. Eu estou pisando em
ovos. Nós propusemos algo inicial razoavelmente robusto. Tudo que
oferecemos formaria uma empresa do tamanho do Danone no Brasil. Nossa proposta
inicial foi considerada inaceitável e não veio uma contraproposta,
porque o relator acha que não tem contraproposta. Isso nos surpreendeu
um pouco. Na oferta inicial, não estava prevista a venda de fábricas.
Sem problemas. Estamos dispostos a negociar.
Para chegar a um acordo,
o sr. está disposto a vender as marcas Sadia ou Perdigão?
De novo, está em
aberto. Quero fazer uma negociação e isso significa chegar
a algum acordo. A proposta inicial não foi aceita, mas ainda quero
defendê-la.
Até agora, quando
questionado sobre a venda de Sadia e Perdigão, o sr. dizia que era
inaceitável, significaria reprovar a fusão. Isso mudou?
Não é que
mudou, mas tem outros contornos. Nós ainda acreditamos que os remédios
necessários para aprovar a fusão não passam pelas
marcas Sadia ou Perdigão.
Vocês estão
abertos a qualquer negociação?
Sempre estivemos. É
claro que defendo meu ponto de vista. Não quer dizer que sou inflexível,
mas que acredito no que penso. Isso, de certa forma, foi confundido com
inflexibilidade. Tanto que quem pediu para negociar fomos nós. Tivemos
a sensação de que viria o voto sem a negociação.
Acho irrelevante saber quem errou, porque errou, como errou. Nós
não conseguimos - eu digo nós, o Sistema Brasileiro de Defesa
da Concorrência e a Brasil Foods - não conseguimos um diálogo
proveitoso.
O sr. dá a impressão
de que a empresa não descarta agora uma negociação
que envolva as marcas Sadia e Perdigão. Está errado?
Errado é um termo
forte. Você está fazendo ilações. Não
estou afirmando que descarto ou não descarto. O que estou dizendo
é: eu não quero.
Se o caso for definitivamente
reprovado pelo Cade, a BRF vai à Justiça?
Numa situação
dessas, não quero adiantar. Temos esses dias para focar nesse acordo
e achar um remédio que atenda a empresa e o Sistema Brasileiro de
Defesa da Concorrência. Não vou perder essa oportunidade.
Como companhia de capital
aberto, a BRF pode enfrentar o desgaste de um processo judicial que se
arraste por anos?
Por isso não quero
perder essa oportunidade. É difícil prever o desgate na Justiça.
É uma verdade que todo mundo usa: Justiça você sabe
como começa e não sabe como termina.
Por que o voto do relator
foi tão duro?
É difícil
saber. Tem de perguntar para ele. Tem um pouco a questão da inflexibilidade.
É uma leitura minha. Em vários momentos, senti a empresa
colocada como inflexível.
Até os seus advogados
no julgamento admitiram que as concentrações de mercado são
altas. Segundo o Cade, passa de 50% na maioria dos produtos. Como contornar
essa situação?
As concentrações
de mercado são altas, mas a análise não se prende
a isso. Se analisarmos só market share, não precisa levar
dois anos para tomar uma solução. Tem outras coisas para
olhar, como barreiras de entrada, eficiências. Não sou economista,
sou engenheiro e trabalho há 35 anos no negócio de produtos
de consumo. A modelagem matemática pode ou não chegar num
resultado correto. Nesses anos todos em que trabalho, não existem
categorias com elasticidade de 40% nos preços. Se sobe o preço,
o consumidor compra menos. Você acha que um consumidor, principalmente
das classes C, D e E, não olha o preço para fazer suas escolhas?
O relator disse que os preços
de alguns produtos podem aumentar entre 30% e 40%.
Nós ficamos muito
curiosos. Toda vez que sento nessa mesa e preciso subir o preço,
a primeira coisa que o cara de vendas diz é: "Chefe, vai cair o
volume". É normal. O brasileiro é um grande comedor de frango.
E nosso share em cortes e frangos inteiros é de 7%. E esse é
o mercado que regula o resto. Nós vendemos conveniência. Se
aumento muito o empanado de frango, o consumidor compra o próprio
frango.
O sr. ainda tem esperança
de que o Cade entenda esse ponto de vista?
Acho que sim. Para achar
que vamos aprovar sem restrições, eu teria de estar fora
do ar. Isso era uma possibilidade que lamento ter perdido. Aprovar com
restrições para mim é uma grande possibilidade por
causa de tudo isso que estou falando.
O sr. garante que os preços
não vão subir com a fusão?
A missão da Perdigão
é fornecer alimentos saudáveis a preços acessíveis.
A BRF herdou isso. Conhecemos o consumidor. Achar que somos um mal para
o consumidor me deixa doente.
Vocês tinham um competidor
grande fazendo sombra. Agora é tudo uma coisa é só...
Não conheço
um produto, nem gasolina, que é monopolista, que se o preço
subir 40%, o consumidor não pare de comprar.
A defesa de vocês
tinha três argumentos principais: eficiência, criar gigante
de exportação e salvar a Sadia, que estava quebrada. O relator
questionou tudo...
É o trabalho dele.
Vou traduzir de outra forma. A BRF é boa para o Brasil. É
boa para os consumidores e para os acionistas. Geramos emprego no interior
do País, valor agregado. E dizer que escala não é
importante para trabalhar no mundo... A Tyson (dos EUA) é três
vezes maior do que nós. Três vezes. E esse é o meu
concorrente. A JBS é muito maior do que eu. O Marfrig é do
nosso tamanho.
O sr. estava em Brasília
e não ficou para o julgamento?
Não fiquei. Já
esperava que fosse um voto muito duro por conta de como a última
reunião com o relator terminou. Essa reunião foi de dois
minutos.
As ações caíram
6% na quarta-feira e quase 3% hoje (ontem). Desde o parecer da procuradoria
do Cade, quanto a empresa perdeu de valor?
Para cada real de queda
de ação, perdemos R$ 872 milhões. A ação
chegou a quase R$ 32. Hoje está em torno de R$ 25. Dá uns
R$ 5 bilhões de perda de valor da empresa.
Dois anos depois, Sadia
e Perdigão podem viver separadas?
É difícil
pensar na situação. Hoje, a Sadia é uma subsidiária
integral da BRF. Tem presidente e conselho de administração,
mas o único votante somos nós, porque a empresa pertence
100% à BRF. Sempre dá para separar, mas não tenho
a menor ideia como. Não trabalho com essa hipótese ainda.
A Sadia foi saneada com
a capitalização da Perdigão, de quase R$ 5 bilhões.
Se der errado, será preciso devolver esse dinheiro?
Não tenho a menor
ideia. Esse valor está dentro da companhia. Se for vendida, terá
um bom preço de venda.
Como está sendo a
repercussão internamente na empresa?
A minha dificuldade é
falar com todo mundo, porque somos muitos. Somos mais de 110 mil funcionários.
Ontem, eu e o Júlio (Cardoso, presidente da Sadia) enviamos uma
mensagem dizendo que estamos enfrentando um voto, que é só
o primeiro voto e que o negócio é focar na operação.
Tivemos um primeiro trimestre muito bom, muito melhor que a concorrência.
E precisamos ter um segundo e um terceiro trimestres bons, porque é
o que prova a nossa tese. A empresa é eficiente e não precisa
elevar preço.
O sr. está chateado?
Não. Estou cansado.
Tenho convencimento de que a operação é boa para o
País e para os nossos consumidores. Não entendo como não
seria bom para o País ter uma empresa líder em um setor altamente
competitivo. Os nossos números são impressionantes, porque
o Brasil é muito grande. O que foi colocado no julgamento na quarta-feira
é que a empresa é tão grande que vai maltratar os
consumidores, Não dá para fazer isso. A empresa é
boa para o País, não só para os seus acionistas.
(Raquel Landim e David Friedlander - O Estado de S.Paulo-11.06)
Fundos:
BrF está disposta a vender 15% da produção
Empresa também deve
ampliar portfólio de marcas a serem vendidas para aprovar fusão
Sadia/Perdigão
Cade rejeita proposta de
venda de marcas com faturamento de R$ 1,5 bi; decisão sobre o negócio
pode ser adiada
Para obter a aprovação
da fusão entre Sadia e Perdigão, a BRF Brasil Foods deve
propor ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a venda
de fábricas que representam pelo menos 15% de sua produção,
segundo a Folha apurou.
Na seção ordinária
do Cade da quarta-feira passada, quando teve início o julgamento
da operação, a BRF sugeriu fazer contratos de industrialização
com outras empresas. Nessa hipótese, a BRF venderia produtos a preço
de custo para uma outra empresa comercializar, também na proporção
de 15% de sua capacidade de produção.
Como a proposta foi recusada
pelo relator do caso, o conselheiro Carlos Ragazzo, a companhia deve substituir
essa alternativa pela venda de fábricas.
A ideia inicial é
vender o equivalente a 15% de sua capacidade, mas a proposta pode sofrer
ajustes à medida que forem evoluindo as conversas entre a empresa
e demais conselheiros do Cade -cinco votos definirão o futuro da
empresa.
Após a primeira fase
do julgamento, advogados da BRF se reuniram com membros do conselho na
tentativa de construir uma proposta mais adequada à visão
do órgão antitruste.
MARCAS
Além de se desfazer
de fábricas, a empresa estuda avançar na proposta da venda
de marcas. Na quarta-feira, a BRF propôs a Ragazzo vender as marcas
Rezende, Wilson e Excelsior -de produtos industrializados e pratos prontos-,
além das margarinas Claybom e Deline.
As marcas oferecidas ao
Cade teriam, juntas, um faturamento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Ragazzo recusou a proposta
por considerar que se trata de marcas menos relevantes e com pouca participação
de mercado. A Rezende é uma marca tradicional nos Estados do Rio
de Janeiro e de Minas Gerais, enquanto a Excelsior tem maior relevância
no Sul do país.
Diante da posição
do relator, a companhia avalia a possibilidade de colocar à venda
uma marca mais relevante, como a Batavo, em uma proposta mais parecida
com a recomendação da Seae (Secretaria de Acompanhamento
Econômico), do Ministério da Fazenda.
Há cerca de um ano,
a Seae recomendou duas alternativas para a aprovação da operação.
Uma delas previa a venda de um conjunto de marcas: Batavo, Rezende, Confiança,
Wilson e Escolha Saudável, consideradas "de combate".
As margarinas Doriana, Claybom
e Delicata também faziam parte desse grupo.
NEGOCIAÇÕES
A outra recomendação
da Seae consistia no repasse a um concorrente do direito do uso da marca
Sadia ou Perdigão por um prazo de pelo menos cinco anos. As duas
recomendações previam também a venda de ativos.
A Folha apurou que a venda
de Sadia ou Perdigão é descartada dentro da empresa, embora
a companhia esteja disposta a ceder nas negociações e evitar
o desgaste de levar o caso à Justiça, o que pode demorar
anos.
O compartilhamento dos ativos
de distribuição por um período determinado -medida
que poderia facilitar a entrada de novos competidores e a expansão
de atuais rivais- é outra possibilidade.
A fusão Sadia/Perdigão
está na pauta da próxima sessão ordinária do
Cade, marcada para a próxima quarta-feira. Mas existe a possibilidade
de o julgamento não ser retomado na data prevista.
Cabe a Ricardo Ruiz, conselheiro
que pediu vista do processo, decidir se o prazo foi suficiente para definir
o seu voto. Segundo fontes ligadas à negociação, ele
estaria mais disposto a negociar do que o relator do processo. (TATIANA
FREITAS - Folha de S.Paulo-12.06)
Fundos:
A lentidão do Cade
O rigor do voto do relator
do processo de criação da Brasil Foods (BRF) no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), conselheiro Carlos Ragazzo,
propondo a rejeição total da fusão da Sadia e da Perdigão
que deu origem à empresa em julgamento, tornou ainda mais urgente
a busca de uma solução para um problema crônico do
órgão encarregado de preservar a concorrência econômica
no País: sua excessiva lentidão, que afeta duramente as operações
e as finanças das empresas que dependem de suas decisões.
Pelas dimensões econômicas
e pela presença destacada nos mercados interno e internacional das
duas empresas que se fundiram, o caso da BRF já era apontado como
um dos mais importantes já analisados pelo Cade. Mas, estejam ou
não tecnicamente bem fundamentas as alegações do relator
e qualquer que seja a decisão do Cade a respeito da fusão
- um dos conselheiros pediu vista do processo, cujo julgamento, por isso,
foi adiado para a próxima quarta-feira -, a demora da decisão
já tem efeitos econômicos importantes e poderá ter
outros.
Em seu voto, o conselheiro
Carlos Ragazzo sustenta que "a fusão poderia provocar danos severos
aos consumidores, gerando aumento de preço e inflação
que compromete a renda". Por isso, indicou que, se seu voto prevalecer,
a fusão entre a Sadia e a Perdigão terá de ser desfeita
no prazo de dez dias depois da publicação da decisão
do Cade no Diário Oficial.
Os representantes da BRF
tentarão, nos próximos dias, convencer os demais conselheiros
do Cade a autorizar a fusão, ainda que com ressalvas importantes,
como a venda de algumas marcas e unidades industriais, que poderia vir
acompanhada do fornecimento de insumos e da possibilidade de compartilhamento
de rede de distribuição por certo período. Se, porém,
o voto do relator for aprovado na forma como foi apresentado, a operação
terá de ser desfeita.
O Cade, por sua lentidão,
está se descolando da realidade da economia. A fusão das
duas principais empresas brasileiras da área de alimentação,
que concorriam entre si, foi anunciada em junho de 2009 e, desde então,
elas vêm buscando sinergias que lhe assegurem maior eficiência
e rentabilidade. Muitas decisões operacionais foram tomadas para
assegurar a presença das principais marcas no mercado interno e
preservar os espaços no exterior, pois ambas eram grandes exportadoras.
Mas decisões estratégicas, como investimentos em novos empreendimentos,
tiveram de ser adiadas, à espera da decisão do Cade.
Se vetar a operação,
o Cade estará como que determinando a volta à situação
anterior à fusão. Pode ser uma operação impossível.
Há pouco mais de dois anos, a Perdigão vivia uma situação
financeira e econômica tranquila, enquanto a Sadia, em razão
de operações financeiras de alto risco com derivativos cambiais,
passava por séria crise. Logo após o anúncio da fusão,
a Perdigão anunciou uma operação de captação
de R$ 5,3 bilhões para o saneamento financeiro da nova companhia.
Embora o compromisso da
direção da BRF tenha sido de unificar apenas a parte financeira,
mantendo isoladas as operações comerciais das companhias
que se fundiram, certamente informações sigilosas foram repassadas
de uma para outra.
Somem-se a isso perdas,
em termos de prestígio comercial e de valor de mercado, de marcas
expostas à incerteza por tanto tempo e da própria companhia
resultante da fusão, cujas ações tiveram forte desvalorização
quando se tornou público o teor do voto do relator do Cade.
Observe-se, por fim, que,
embora possam ser procedentes as alegações do órgão
de defesa da concorrência a respeito da demora da BRF no fornecimento
de informações que lhe foram solicitadas e do excessivo número
de pareceres técnicos por ela apresentados, o que teria dificultado
a análise do processo, o próprio Cade contribuiu para a demora
no julgamento da questão. De novembro a março, operou com
o número mínimo de conselheiros para tomar decisões,
razão pela qual não era recomendável que decidisse
sobre casos mais complexos, e só no mês passado passou a se
reunir com o seu quadro completo. (O Estado de S.Paulo-12.06)
Fundos:
Conselheiros do Cade - Quem são?
Eles decidem o destino de
empresas bilionárias. O futuro da fusão da BRF Brasil Foods,
de cerca de R$ 25 bilhões, está nas mãos de conselheiros
jovens e de perfil bastante técnico do Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica).
O voto de Carlos Ragazzo,
relator do julgamento da compra da Sadia pela Perdigão, fez a companhia
perder R$ 2,26 bilhões em valor de mercado em dois dias.
Ragazzo reprovou a união,
entre outras razões, por considerar que ela pode levar a alta significativa
de preços.
Profissionais que defendem
a operação alegam que, com as sinergias, haveria corte de
custos e ganho de margem, o que possibilitaria cobrar menos para ampliar
a base de consumidores.
Advogados da área
e profissionais que atuam a favor e contra no caso concordam que a atual
configuração do Cade tem perfil competente e pouco ideológico.
E que outros conselheiros podem dialogar, mas de forma dura.
É notável
a predominante formação jurídica. São quase
todos advogados, três da USP, menos Ricardo Ruiz. Os conselheiros
Fernando Furlan e Elvino Mendonça não votam no julgamento,
que deve ser retomado na quarta.
RICARDO MACHADO RUIZ
Único economista,
muito técnico, foi considerado confuso por afirmar que não
tinha "dúvidas sobre a conclusão do relator", mas pedir vista
do processo. Especula-se que tenda a seguir mais o voto de Ragazzo, mas
com alguma negociação.
Idade: 45 anos
Formação:
economia, mestrado (Unicamp, orientador: Luciano Coutinho, do BNDES) e
doutorado (The New School for Social Research)
Experiência profissional:
professor da UFMG
Tempo de Cade: um ano e
quatro meses
Casos de destaque sob sua
relatoria: Amil e Dasa, Sara Lee e Café Maracanã, Hypermarcas
e Mantecorp
OLAVO ZAGO CHINAGLIA
Considerado de perfil ponderado.
Filho do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), procura guardar distância
política do pai, e, segundo especialistas em defesa da concorrência,
foi indicado por ter competência na área. Com perfil de liderança,
deve se mostrar aberto ao diálogo, mas com firmeza.
Idade: 36 anos
Formação:
direito (USP) e doutorado (USP)
Experiência profissional:
professor na FAAP e na FMU
Tempo de Cade: dois anos
e dez meses (está no segundo mandato)
Casos de destaque sob sua
relatoria: TAM e LAN, aquisição da TVA pela Telefônica
CARLOS RAGAZZO
RELATOR DO PROCESSO O autor
do veto ao negócio é considerado de perfil técnico,
muito duro e de poucas palavras. Forma sua convicção sem
muito ouvir. Difícil mudar, depois que adotou uma posição.
Tende a ser líder, mas não é liderança inconteste
pela fama de radical.
Idade: 34 anos
Formação:
direito (PUC-RJ), mestrado (UERJ e Universidade de Nova York), doutorado
(UERJ)
Experiência profissional:
consultor do governo de Angola em defesa da concorrência; Pinheiro
Neto Advogados; trainee na FTC (o Cade americano); coordenador da Defesa
da Concorrência na Secretaria de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda; professor na UERJ e na PUC-RJ
Tempo de Cade: dois anos
e dez meses (está no segundo mandato)
Casos de destaque sob sua
relatoria: Cosan e Shell, Insinuante e Ricardo Eletro, Citrosuco e Citrovita
(do grupo Votorantim), compra do Banco Schahin pelo BMG
ALESSANDRO OCTAVIANI
Muito estudioso, ligado
à academia, gosta da matéria há tempos. Único
a se envolver com política estudantil, era bem ativo e de esquerda.
Últimos a chegar, Octaviani e Marcos Paulo Veríssimo, podem
ser mais suscetíveis à mudança de status que o cargo
confere, opinam advogados do caso.
Idade: 35 anos
Formação:
graduação em direito, mestrado em ciência política
e doutorado em direito econômico, todos pela USP
Experiência profissional:
Instituto Brasileiro de Direito do Seguro; Octaviani & Massonetto Advocacia;
Ernesto Tzirulnik Advocacia; professor na USP, no Mackenzie e na FGV
Tempo de Cade: dois meses
Casos de destaque sob sua
relatoria: aquisição de participações da Cimpor
Portugal pela Votorantim e pela Camargo Corrêa
MARCOS PAULO
VERÍSSIMO
Último a chegar,
impressionou bem: muito preparado, bom interlocutor, identificou pontos
problemáticos, fez as perguntas pertinentes. Foi do BNDES, mas pode
não concordar em criar um "campeão nacional".
Idade: 37 anos
Formação:
graduado, mestre e doutor em direito (USP)
Experiência profissional:
professor da FGV e da USP, chefe do gabinete da presidência do BNDES
Tempo de Cade: um mês
Casos de destaque sob sua
relatoria: Pão de Açúcar e Casas Bahia, Pão
de Açúcar e Ponto Frio, Marfrig e Seara, JBS e Bertin
(Maria Crisitina Frias)Folha de S.Paulo-12.06)
Anapar:
Programa de Formação para 2011
O primeiro módulo
será o de Conceitos Atuariais
Atendendo a demanda de nossos
associados, o programa ter início com o Módulo Conceitos
Atuariais a ser realizado em Brasília nos dias 04 e 05 de julho
no Auditório do SINTTEL-DF localizado no Setor de Autarquia Sul
QUADRA 06, BLOCO K, EDIFÍCIO BELVEDERE, SOBRELOJA, ASA SUL O curso
terá duração de 16 horas-aula e tem como público-alvo
militantes e dirigentes de entidades de classe, trabalhadores de fundos
de pensão, dirigentes de fundos de pensão e participantes
que tenham interesse pelo tema.
Este módulo apresenta
os conceitos básicos fundamentais para compreensão da importância
da atuaria no universo dos planos de benefícios previdenciários.
Contempla a avaliação atuarial, suas etapas, o plano de custeio
e o DRAA. Discute, ainda, a escolha das premissas, os testes de aderência
e como analisar seus resultados de forma objetiva. (Anapar/AssPreviSite)
Porto
Alegre: Como usar melhor o IDG
Será realizado em
Porto Alegre na próxima quinta-feira (16) mais uma apresentação
das muitas possibilidades de as associadas melhor explorarem as informações
que o IDG II (Indicadores de Desempenho da Gestão) oferece. É
fato que a ferramenta, que a ABRAPP disponibiliza sem ônus para o
seu quadro associativo, tem incorporado muitos aprimoramentos no últimos
dois anos e divulgar esses aperfeiçoamentos é uma preocupação
constante da Comissão Técnica Ad Hoc do IDG II, que promove
esse tipo de evento exatamente para permitir que as imensas potencialidades
desse novo instrumental sejam melhor compreendidas.
As inscrições
podem ser feitas até a próxima terça-feira (14), através
dos telefones (11) 3043-8783/8784 e 8785 ou e-mail abrappatende@abrapp.org.br
e são gratuitas.
Reuniões desse tipo
vêm sendo realizadas nos últimos anos. E são esperadas
não só as associadas que já utilizam o IDG II, mas
também as que estão interessadas em se beneficiar dele. “
Os encontros dos gestores do IDG II são fundamentais para se afinarem
conceitos e funcionalidades que irão permitir uma adequada leitura
dos indicadores de gestão gerados no sistema”, diz Paulo Ricardo
Peixoto da Silva, Coordenador da Comissão Técnica Ad Hoc
do IDG II. (Diário dos Fundos de Pensão)
20º
Congresso Nacional dos Aposentados
Evento será incrível,
repleto de autoridades e muita diversão
Já estão abertas
as inscrições para o 20º Congresso Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos, que acontece neste ano na cidade turística
de Caldas Novas/GO, de 20 a 23 de outubro.
As inscrições
estão fixadas em R$ 450,00 e dão direito ao café-da-manhã,
almoço e jantar, além de hospedagem em quartos luxuosos.
O número de vagas é limitado em razão da grande procura.
Dia 9 de setembro é o prazo máximo para confirmação
das inscrições.
Durante o 20º CNAPI
será realizada assembléia geral, onde os delegados irão
votar a aprovação das contas da atual diretoria. Também
serão eleitos e empossados os novos dirigentes da Confederação,
cujo próximo mandato irá até outubro de 2015.
Toda noite serão
dançantes com animação da banda Wave Trio. Na noite
de sábado acontece o tradicional Concurso Miss e Mister 3ª
Idade, com candidatos de todos os estados (Richard Casal - Cobap)
Aposentado
pede fim de fator previdenciário
Seguem as discussões
sobre a implantação de mudanças nas regras para aposentadoria
A substituição
da fórmula 85/95 do fator previdenciário por uma alternativa
melhor aos trabalhadores, é defendida por integrantes da Associação
dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos de Limeira (Atapil)
e até pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves
Filho. O assunto foi tema de uma recente reunião realizada na Comissão
de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal.
No debate, foi proposta
a fixação da idade mínima de 65 anos para quem ingressar
agora no mercado de trabalho e a fórmula 85/95 para os atuais. Este
cálculo permite aposentadoria integral quando a soma da idade com
o tempo da contribuição previdenciária atinge 85 anos
para as mulheres e 95 anos para os homens. “A 85/95 prejudica muitos trabalhadores
pela questão da idade. Se ela vigorar muitos trabalhadores serão
prejudicados”, disse Nair Facco, presidente da Atapil.
Em 2009, após firmar
um acordo com seis centrais sindicais, o então presidente Luiz Inácio
Lula da Silva enviou essa mesma proposta ao Congresso Nacional. O Senado
rejeitou a proposta e aprovou a extinção do fator previdenciário.
A Câmara acompanhou a decisão, que posteriormente foi vetada
pelo presidente Lula. Além da fórmula 85/95, o ministro sugeriu
a implantação de uma idade mínima progressiva. Hoje,
o trabalhador pode se aposentar com qualquer idade, contanto que tenha
um tempo de contribuição de 30 anos (mulheres) e 35 (homens).
Há também a possibilidade de aposentadoria por idade: 60
anos para as mulheres e 65 para os homens. “São tantas as propostas
que o associado se confunde. Por semana, recebemos mais de 100 pessoas
que nos procuram sempre em dúvida sobre essas mudanças. É
muita conversa e pouca resolução”, conta Nair.
AGÊNCIAS
A sugestão do ministro
estabelece uma idade mínima um pouco acima da média atual
de idade de aposentadoria. A cada dois anos, essa idade mínima de
aposentadoria aumentaria um ano, até chegar aos 65 anos. Trabalhadores
já em atividade poderiam, por um determinado período, optar
pelo modelo atual ou por essa nova proposta. O novo modelo possibilitaria
a aposentadoria antecipada mediante um desconto fixo.
Ainda na reunião,
foi apresentada parte do plano de trabalho do Ministério para esse
biênio. As metas incluem a ampliação da cobertura previdenciária,
a busca pela excelência no atendimento, melhorias na gestão
das receitas e despesas da Previdência e no sistema de tecnologias
de informação.
De acordo com o Governo,
o plano de expansão de agências do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) está em andamento, além de um novo modelo de
perícia médica que simplifica para o trabalhador o acesso
aos benefícios aos quais tem direito. (Gazeta de Limeira-12.06)
Fator
previdenciário continua em discussão
O fator previdenciário
é nocivo para o trabalhador e é necessária a construção
de uma alternativa que possibilite a sua extinção. Esse foi
o único consenso ao qual chegaram os participantes da reunião
realizada no Ministério da Previdência Social, que reuniu
representantes do governo e de entidades ligadas aos trabalhadores e aposentados.
Sem acordo, ficou acertado que será agendado um próximo encontro
logo que o governo construa uma proposta concreta para acabar com o fator.
O ministro da Previdência
Social, Garibaldi Alves Filho, anfitrião do encontro, tentou avançar
nas negociações a partir de uma proposta que chegou a ser
negociada no ano passado com os aposentados e trabalhadores. De acordo
com a proposição, o fator previdenciário daria lugar
à fórmula 85/95. As mulheres poderiam se aposentar sem redução
no seu benefício contanto que alcançasse o total de 85 pontos,
quando somado o tempo de contribuição previdenciária
e a sua idade. Para os homens, o resultado dessa soma teria que ser 95.
O presidente da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, antecipou
que a CUT é favorável a discutir o fim do fator previdenciário
a partir da implantação da fórmula 85/95. Ele opinou
que se as negociações com o governo não prosperarem,
as centrais devem trabalhar para derrubar o veto do então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva à emenda já aprovada no
Congresso que acabou com o fator previdenciário.
Alguns sindicalistas não
concordaram em começar a discussão a partir das negociações
do ano passado. Pediram o reinício do debate para tentar chegar
a um novo acordo. O secretário geral da União Geral dos Trabalhadores
(UGT), Francisco Canindé Pegado, foi o primeiro a se posicionar
contrário, alegando que a UGT já se posiciona contra a fórmula
85/95 desde o ano passado. O presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, também antecipou que
a CTB não concorda com essa fórmula. (Cruzeiro do Sul Online)
Governo
quer mudar regra para pensão por morte
Ministro apontou diversas
distorções na concessão para quem tem direito
São Paulo. O Ministério
da Previdência Social estuda formas de alterar a pensão do
INSS. Em uma reunião no Senado, o ministro da Previdência,
Garibaldi Alves, apontou como distorções a ausência
de carência para receber o benefício e o direito à
pensão por toda a vida independentemente da idade da viúva.
Outros pontos que serão
estudados referem-se à dependência presumida do cônjuge,
ou seja, não é considerado se ele trabalha ou não
e a concessão de valor integral sem levar em conta o número
de dependentes. Embora ainda não haja um projeto final para mudar
a regra da pensão, esses pontos devem ser trabalhados.
Imagine, por exemplo, dois
trabalhadores que tenham média salarial de R$ 3.000 e que são
casados. Um dos casais tem 30 anos, não tem filhos e ambos trabalham.
O outro casal tem 50 anos, três filhos e só o homem trabalha.
Em caso de morte, as duas viúvas receberão o mesmo valor
de pensão: R$ 3.000.
Além disso, a regra
atual usada para calcular a pensão por morte gera uma outra distorção.
Numa outra hipótese, se no lugar dos dois trabalhadores do exemplo
anterior, estão duas trabalhadoras, imagine a situação
seguinte: a segunda mulher, porém, se aposenta ao chegar aos 50
anos. Sua aposentadoria, devido ao fator previdenciário, será
de R$ 1.806. No caso de morte, esse é o valor da pensão para
seu dependente. Mas no caso do cônjuge da outra trabalhadora, com
30 anos, sem filhos e que trabalha, se ela morresse, ele já receberia
R$ 3.000.
Isso ocorre porque a pensão
será igual à aposentadoria se quem morreu já tinha
se aposentado, mas equivale à média salarial do trabalhador
no caso de sua morte antes do pedido do benefício.
O site do Ministério
da Previdência Social explica que, para concessão de pensão
por morte, não há tempo mínimo de contribuição,
mas é necessário que o óbito do segurado do INSS tenha
ocorrido enquanto o trabalhador estava na qualidade de segurado. (O Tempo)
INSS:
Mundança na regra da pensão
INSS estuda forma de alterar
a pensão para evitar distorções no benefício
O Ministério da Previdência
Social estuda formas de alterar a pensão do INSS.
Em uma reunião no
Senado, o ministro Garibaldi Alves (Previdência) apontou como distorções
a ausência de carência para receber o benefício, o direito
à pensão por toda a vida independentemente da idade da viúva,
a dependência presumida do cônjuge (ou seja, não é
considerado se ele trabalha ou não) e a concessão de valor
integral sem levar em conta o número de dependentes.
Embora ainda não
haja um projeto final para mudar a regra da pensão, esses pontos
devem ser trabalhados.
Imagine dois trabalhadores
que tenham média salarial de R$ 3.000 e que são casados.
Um dos casais tem 30 anos, não tem filhos e ambos trabalham. O outro
casal tem 50 anos, três filhos e só o homem trabalha. Em caso
de morte, as duas viúvas receberão o mesmo valor de pensão:
R$ 3.000.
Além disso, a regra
atual usada para calcular a pensão gera uma outra distorção.
Imagine que, no lugar dos
dois trabalhadores do exemplo acima, estão duas trabalhadoras. A
segunda, porém, se aposenta ao chegar aos 50 anos. Sua aposentadoria,
devido ao fator previdenciário, será de R$ 1.806. No caso
de morte, esse é o valor da pensão para seu dependente, enquanto
o cônjuge da outra trabalhadora -com 30 anos, sem filhos e que trabalha-,
também no caso de sua morte, receberia R$ 3.000.
Isso ocorre porque a pensão
será igual à aposentadoria se quem morreu já tinha
se aposentado, mas equivale à média salarial do trabalhador
no caso de sua morte antes do pedido do benefício.
QUEM TEM DIREITO
Para a concessão
da pensão, é necessário que o trabalhador tenha a
qualidade de segurado ao morrer. (Paulo Muzzolon - Folha de S.Paulo/Zero
Hora)
Reforma da
Previdência
A criação
do sistema de previdência complementar para o funcionalismo público
subiu no telhado. O ministro Garibaldi Filho deixou isso bem claro na entrevista
concedida ontem ao jornal Valor Econômico. Na verdade trata-se de
regulamentação, pois a Constituição já
prevê o sistema, e o projeto está no Congresso faz tempo.
Bem ao seu estilo, o ministro da Previdência avisou que não
vai gastar tinta e energia com o assunto: "Essa questão fica em
outro endereço, no Congresso, não no ministério. É
o Congresso que regulamenta os projetos do Executivo. Nós não
vamos pressionar ninguém". Neste caso, o projeto de lei nº
1992/2007 cria a previdência complementar para os servidores federais,
um fundo único, no modelo dos fundos de pensão. Fundo único
porque alcança os servidores titulares de cargos efetivos da União,
do Poder Judiciário, do Ministério Público Federal
e do Tribunal de Contas da União. A Constituição Federal
inclui o Poder Legislativo neste caçuá, mas o projeto de
norma regulamentadora deixou fora o Parlamento. E não será
Garibaldi, que está ministro e é senador, que vai mexer nesse
vespeiro. Prefeitos e governadores que implantaram seus regimes próprios
que cuidem do seu modelo, na forma da legislação federal.
(Diário de Natal-11.06)
Previdência
do Servidor público
União pode propor
fim da garantia de aposentadoria integral para servidor
Jaime Mariz, secretário
de Previdência Complementar: "Agora é o momento ideal para
regulamentar a reforma"
O governo federal deve propor
o fim da garantia do benefício previdenciário integral para
1,1 milhão de servidores federais na ativa, caso o Congresso não
aprove a reforma na previdência do funcionalismo federal. A advertência
tem origem na pressão financeira que a aposentadoria de 550 mil
funcionários nos próximos cinco anos provocará no
caixa da União, ampliando o já elevado déficit anual
de R$ 52 bilhões no regime de previdência do funcionalismo.
Essa é a projeção
de saldo negativo para 2011, a ser gerado para o custeio de aposentadorias
e pensões a 950 mil servidores inativos. O secretário de
Políticas de Previdência Complementar, do Ministério
da Previdência, Jaime Mariz, reforça que a alternativa para
evitar a expansão desse rombo é a aprovação
da reforma do sistema de previdência do setor público, proposta
no projeto de lei 1992, de 2007.
Essa proposição
institui um novo regime de aposentadoria para os servidores, por meio da
criação de um fundo de pensão único para os
três Poderes da União, modelo contra o qual sempre ficaram
as associações de funcionários, que preferem fundos
separados para os servidores de cada poder.
"Hoje é possível
fazer uma mudança de regras para valer para os próximos servidores.
Não estamos em crise e o Brasil passa por um momento econômico
bom. Se esses números se deteriorarem muito, é provável
que não tenhamos mais a oportunidade de fazer isso sem mudar as
regras do jogo durante a partida", adverte o secretário. "Entendemos
que agora é o momento ideal para regulamentar a reforma, porque
a reposição dos 550 mil servidores será feita sob
a nova regra."
Para 2011, o governo federal
tenta manter o déficit da previdência do setor público
estável mediante o combate a pagamentos indevidos. No ano passado,
a receita obtida com o desconto de 11% nos rendimentos dos servidores federais
atingiu R$ 22,7 bilhões. Mas a despesa para o custeio das aposentadorias
somou R$ 73,9 a bilhões.
O rombo de R$ 52 bilhões
do ano passado é resultado de um sistema montado para custear benefícios
para menos de 1 milhão de funcionários públicos inativos,
que recebem, em média, pensões e aposentadoria mensais de
R$ 9.200.
A previdência dos
servidores federais contrasta com o Regime Geral de Previdência Social,
que transfere benefícios previdenciários mensais para 28
milhões de aposentados e pensionistas, que recebem R$ 769,00, em
média, por mês.
Na reforma proposta pelo
governo, os concursados admitidos após a aprovação
do projeto terão a aposentadoria garantida até o teto de
R$ 3.689,66, limite estipulado para o Regime Geral de Previdência
Social. Se almejarem benefício superior, os funcionários
terão que participar de um fundo de pensão, com contribuição
paritária para o servidor e a União até 7,5% sobre
a remuneração.
Como esse projeto de lei
tramita no Congresso Nacional desde 2007 - e diante da pressão do
grande contingente de aposentadorias previsto para os próximos anos
-, o governo avalia que, se a nova regra não for aprovada, será
necessário alterar a proposta e introduzir normas com vigência
imediata.
A meta é fazer a
recomposição dos 550 mil servidores que se aposentarão
sob a nova regra, de forma a fazer com que os admitidos ingressem no setor
público já com a previdência complementar em vigor.
A defesa do governo pela
aprovação da reforma foi seguida de uma ação
para acelerar a tramitação do projeto de lei 1992 no Congresso.
A proposição foi desarquivada em março e colocada
em análise na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados.
O presidente da comissão e relator do projeto, deputado Silvio Costa
(PTB-PE), favorável à reforma, espera colocar a proposição
em votação a partir de 22 de junho.
Do total de 25 votos na
comissão, ele precisa de 13 para aprovar seu parecer. "Votar esse
projeto é uma questão de responsabilidade pública,
porque se o atual sistema não for alterado, a previdência
não terá dinheiro para bancar essas aposentadorias", alerta
o deputado.
Se aprovado na Comissão
do Trabalho, o projeto seguirá para as comissões de Constituição
e Justiça e de Finanças e, se autorizado, será levado
ao plenário da Câmara. A dificuldade maior para a tramitação
da reforma é a resistência dos parlamentares que representam
os servidores.
Essa resistência tem
arrefecido, mas persiste com a tentativa dos servidores públicos
federais de modificar a proposta, desmembrando o fundo de pensão
único em um fundo específico para cada Poder. Costa comenta
que foi procurado pelos funcionários do Judiciário. "Eles
pediram que eu modificasse o texto, mas resisti e não fiz a alteração."
(Luciana Otoni - Valor Online)
13º
pode sair ainda mais cedo
Segurados negociam para
receber dinheiro em julho de 2012 e junho de 2013
Dinheiro extra é
sempre bem-vindo, ainda mais quando vem de forma antecipada.
Este ano, aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão
a primeira parcela do 13º salário a partir de agosto, a exemplo
do que já aconteceu no ano passado. A medida beneficia quase 300
mil segurados no DF.
Porém, representações
da categoria defendem que a antecipação seja paga em 1º
de julho, em 2012, e em 1º de junho, a partir de 2013. Em reunião
do grupo técnico gerenciado pelo secretário-geral da Previdência,
Leonardo Rolim, os segurados receberam o apoio do ministério.
A pasta informou que há
uma "predisposição" para atender à reivindicação,
mas que o tema esbarra na burocracia. Rolim explicou que será necessária
a publicação de portaria interministerial para que o decreto
assegurando o pagamento saia no Diário Oficial da União (DOU).
Uma das pendências
era a formulação de um acordo com lideranças dos segurados.
Mas isso já não é mais entrave, uma vez que este pedido
já foi formalizado. Agora, a decisão está nas mãos
do governo.
"O grupo de trabalho vai
discutir o orçamento da Seguridade Social", adiantou Maurício
Oliveira, consultor da Confederação Brasileira de Aposentados
e Pensionistas (Cobap).
Segundo ele, a cesta básica
calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) vai servir para avaliar impactos sobre os
benefícios e formatar um novo índice de aumento.
Carlos Ortiz, diretor do
Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, afirmou que o abono
de Natal foi a única decisão concreta da reunião.
Já o pagamento das revisões do teto de 1998 e 2003 ficou
para a próxima semana. "Nova reunião foi marcada para a próxima
quinta-feira", disse.
O recurso do INSS para derrubar
a liminar que o obriga a pagar R$ 1,7 bilhão a 131 mil aposentados
com direito à revisão do teto já tirou o assunto da
Justiça Federal de São Paulo e levou ao Tribunal Regional
Federal da 3ª Região. Os cálculos para a Previdência
enviar propostas à Fazenda para pagamento da dívida deveriam
ter ficado prontos ontem. Nas reuniões dos grupos técnicos
de trabalho, admite-se a possibilidade de extensão do direito à
revisão até 39,35% aos que se aposentaram contribuindo pelo
teto desde 1988.
O direito foi reconhecido
pelo Supremo Tribunal Federal em 2010.
Porém, com os cortes
no Orçamento do governo, a liberação dos R$ 2 bilhões
previstos para pagar essa correção nas agências do
INSS não saiu. Segundo o presidente do órgão, Mauro
Hauschild, mesmo depois de o ministro da Previdência, Garibaldi Alves
Filho, ter dito que "melhor que recorrer é pagar", o instituto precisou
rebater a liminar porque não tem condições de cumprir
os termos. (Jornal de Brasília-11.06)
Atrasados
saem em sete meses na Justiça
O TRF 1 (Tribunal Regional
Federal da 1ª Região), que engloba o Estado de Minas Gerais
e o Distrito Federal, mandou o INSS pagar os atrasados da revisão
pelo teto em apenas sete meses. O segurado entrou com a ação
em janeiro e vai receber um total de R$ 9.145,52 de atrasados em agosto.
A decisão chegou à etapa final em maio, e o instituto não
recorreu.
O pagamento dos atrasados
de até 60 salários mínimos (R$ 32.700, hoje) na Justiça
Federal leva 60 dias após o pedido de liberação do
juiz. Por lei, o limite para pagar esses atrasados é de 90 dias.
Segundo o advogado Diego
Franco Gonçalves, do escritório Francisco Rafael Gonçalves
Advogados Associados, autor da ação, essa é a primeira
decisão que garante o pagamento dos atrasados depois que foi dada
a palavra do STF (Supremo Tribunal Federal). (Luciana Lazarini -
Agora S.Paulo-11.06)
Garanta
mais atrasados na revisão pelo teto
O aposentado do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) que tem direito à revisão pelo
teto deve entrar com uma ação na Justiça ou fazer
o pedido da correção no posto o mais rápido possível.
Quanto antes esse pedido for feito, maior será o valor dos atrasados
(diferenças não pagas pelo INSS nos cinco anos anteriores
ao pedido de revisão).
Por lei, os atrasados são
devidos nos cinco anos anteriores à entrada de uma ação
na Justiça ou de um pedido de revisão no posto. Esse prazo
aumenta quando o INSS ou o Judiciário demoram para analisar o pedido.
Ou seja, se o INSS levar dois anos para julgar uma revisão, o segurado
terá direito a sete anos de atrasados --cinco anos previstos em
lei e dois anos pela demora da Previdência. Assim, quem fizer o pedido
agora terá atrasados maiores.
A revisão pelo teto
foi reconhecida em setembro do ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)
e já está sendo concedida por juízes de instâncias
inferiores. O INSS, desde então, promete pagar a revisão
no posto, mas não há definição até agora.
Apesar disso, o segurado pode protocolar um pedido de correção
na agência previdenciária. (Ana Magalhães - Agora S.Paulo)
Vale
a pena a troca de benefício?
O aposentado que trabalha
e que continua pagando as contribuições previdenciárias
pode conseguir, na Justiça, trocar o seu benefício por outro
mais vantajoso. O aumento pode chegar a 63%. Porém, nem sempre a
troca de aposentadoria (também conhecida como desaposentação)
garante uma vantagem para o segurado do INSS.
Por isso, para entrar com
uma ação, é preciso entregar cálculos que comprovem
que a troca garante um aumento. Essa simulação pode ser feita
por um especialista ou no site da Previdência Social.
Segundo o advogado previdenciário
Daisson Portanova, do escritório Gueller, Portanova e Vidutto, cada
caso precisa ser analisado separadamente, mas algumas situações
são inquestionáveis. "Quem se aposentou de maneira proporcional
e, depois, trabalhou tempo suficiente para pedir a aposentadoria integral,
terá um aumento garantido", afirma o especialista. Esse tende a
ser o maior beneficiado com a troca de aposentadoria. (Ana Magalhães
- Agora S.Paulo-12.06)
INSS:
21 anos com festa aberta na Quinta da Boa Vista
Rio - Corrida premia com
R$ 6,2 mil em dinheiro
O INSS completará
21 anos no dia 27 de junho, mas a festa vai ser antecipada. No dia 19,
a Associação Nacional dos Servidores da Previdência
e da Seguridade Social (Anasps) vai promover um dia de atividades no Parque
da Quinta da Boa Vista, das 9h às 17h.
Na programação,
a Corrida da Maioridade e a Caminhada da Melhor Idade vão distribuir
prêmios para os participantes em diversas categorias. Os principais
serão de R$ 700 (1º lugar), de R$ 400 (2º) e R$ 200 (3º),
masculino e feminino. Haverá também premiação
para portadores de deficiência (R$ 300, R$ 200 e R$ 100 para 1º,
2º e 3º lugares), nas categorias masculino e feminino e subdivisões
— cadeirantes, não cadeirantes e portadores de deficiência
visual.
Além da corrida,
outras atividades, que preveem prática de esportes, shows e espetáculos
teatrais farão parte do evento. Servidores ativos, inativos e pensionistas
do instituto, além de aposentados do Regime Geral da Previdência
Social, trabalhadores e a sociedade em geral poderão fazer inscrições
até o próximo dia 16, em www.corridadamaioridade.com.br.
Basta preencher formulário
no site e, no dia do evento, levar o comprovante de inscrição
e um documento de identidade para retirada do Kit. Os organizadores pedem
que participantes colaborem com dois quilos de alimentos, destinados a
instituição assistencial. (O Dia Online)
Convenção
ibero-americana de seguridade social
O evento será realizado
nesta segunda-feira, em Madri
O secretário-executivo
do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas,
participa, hoje(13), em Madri, na Espanha, de uma reunião para discutir
a Convenção Ibero-americana de Seguridade Social. O objetivo
do encontro é incentivar os países ibero-americanos a completarem
os passos que faltam para a formalização do acordo. Até
o momento, as regras estabelecidas pelo documento só estão
vigorando na Espanha, no Brasil e na Bolívia, as três nações
que já protocolaram o termo de aplicação do documento.
Além dos três
países nos quais o acordo está vigorando, já ratificaram
o acordo internacional assinado pelas 22 nações ibero-americanos
o Chile, El Salvador, Equador, Paraguai e Portugal. Para que os naturais
desses países possam usufruir do direito de ter suas contribuições
previdenciárias reconhecidas nas nações signatárias
do acordo é preciso a assinatura, pelo governo, do termo de aplicação
da Convenção Ibero-americana de Seguridade Social. No dia
19 de maio o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho,
assinou o ajuste representando o Brasil.
A Convenção
estipula as condições para que os brasileiros que trabalham
no exterior e os estrangeiros que exercem atividades profissionais no Brasil
tenham seus direitos previdenciários garantidos. Um brasileiro que,
por exemplo, tenha contribuído 10 anos para a previdência
do seu país, mais 15 para a Argentina, e outros 10 para Portugal
terá direito a computar todo esse tempo para requerer aposentadoria
ou outro direito previdenciário.
Além de Carlos Gabas,
que falará durante a reunião em nome do Brasil e da América
Latina, se pronunciarão na segunda-feira o secretário-geral
da Organização Ibero-americana de Seguridade Social (OISS),
Adolfo Jiménez Fernández; o secretário da Segurança
Social da Espanha, Octavio Granado, o diretor da Agência Espanhola
de Cooperação Internacional, Moza Francisco e o secretário-geral
da Secretaria-Geral Ibero Americana, Enrique Iglesias. O evento será
realizado na sede da Secretaria-Geral Ibero-americana, a partir das 18h.
(Roberto Homem - AgPrev)
STF
já tem 12 Adins contra pensões de ex-governadores
O STF (Supremo Tribunal
Federal) já conta com doze Adins (Ação Direta de Inconstitucionalidade)
contra as pensões vitalícias concedidas a ex-governadores.
Todas foram ajuizadas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), sendo a
última referente ao Estado de Minas Gerais.
As ações vão
contra as pensões vitalícias pagas não apenas a ex-governadores,
mas também para suas viúvas ou filhos. As outras Adins referem-se
aos Estados de Sergipe, Paraná, Amazonas, Pará, Acre, Piauí,
Rio Grande do Sul, Paraíba, Rondônia, Mato Grosso e
Rio de Janeiro.
O STF já iniciou
o julgamento de uma delas, em relação ao Pará, no
último mês de fevereiro. A conclusão do julgamento,
no entanto, foi adiada por conta de pedido de vista do ministro Dias Toffoli.
Apenas as ações
dos Estados do Mato Grosso e do Rio de Janeiro ainda não enviadas
para apreciação da PGR (Procuradoria Geral da República).
A OAB argumenta que tais pensões são inconstitucionais. Em
2007, o STF suspendeu a pensão vitalícia do ex-governador
do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, em processo cuja relatora foi a ministra
Carmem Lúcia. (Última Instância)
Ex-governadores:
Aposentadorias contestadas
O Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma ação direta
de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra
o pagamento de aposentadoria a ex-governadores do Estado de Minas Gerais.
De acordo com a alegação da OAB, a atual Constituição
não autoriza o pagamento de subsídios para quem não
é ocupante de qualquer cargo público. "Não restando
dúvida, por óbvio, que ex-governador não possui mandato
eletivo e nem é servidor público", afirma a OAB na ação.
No Rio Grande do Norte, recebem aposentadorias como ex-governadores, José
Agripino e Lavoisier Maia. Por enquanto, a Ordem ainda não recorreu
ao STF contra o pagamento dessas pensões no Estado. (Tribuna
do Norte-12.06)
Desoneração
mal explicada: um tiro no pé?
O governo está anunciando
a eliminação da contribuição patronal ao INSS
com três objetivos. Primeiro, aumentar a competitividade dos produtos
industriais brasileiros, especialmente dos intensivos em mão de
obra. Com a desoneração, poderíamos competir melhor
com países asiáticos, nos quais o custo do trabalho é
extremamente baixo. Segundo, reduzir a informalidade, e, terceiro, expandir
o emprego. São objetivos interessantes, que conferem à proposta
um apelo muito forte. Mas há muitas dúvidas que precisariam
ser discutidas e esclarecidas antes de implementá-la.
A primeira é crucial:
o governo anuncia que não vai abrir mão de nenhuma arrecadação.
Pretende substituir a contribuição sobre a folha por outra,
sobre o faturamento ou sobre o valor adicionado. Qual o tamanho dessa nova
mordida? O governo se contentaria em apenas recuperar a arrecadação
perdida com a desoneração, ou teria algum lucro? Os calejados
contribuintes brasileiros sabem que sempre que há uma mexida nos
impostos a conta cresce. Desta vez será diferente?
Outra dúvida: o governo
diz que o novo tributo será "seletivo", incidindo mais em alguns
setores. Qual o critério da "seletividade"? Que setores serão
selecionados para vítimas? Qual o impacto do novo tributo sobre
os custos e os preços finais dos diferentes segmentos produtivos?
Como a competitividade de uma economia depende de fatores sistêmicos,
será que, ao desvestir um santo e vestir "seletivamente" outros,
a competitividade do País como um todo não sairia perdendo?
As atividades mais beneficiadas
com a desoneração da folha seriam as de prestação
de serviços de mão de obra, de terceirização
e de trabalho temporário. O custo nessas atividades é formado
quase que exclusivamente por salários, já que o trabalho
é o seu único insumo - ou, pelo menos, o mais relevante.
Ironicamente, a desoneração da folha poderia incentivar as
terceirizações, dependendo da "seletividade" do novo tributo
a ser criado.
E as implicações
para a Previdência Social? O INSS cobra hoje 11% do empregado e 20%
do empregador, totalizando 31%. Nossas estimativas indicam que, para equilibrar
as contas da aposentadoria por tempo de serviço, uma alíquota
de apenas 17% seria suficiente. Portanto, hoje, o INSS arrecada mais do
que precisa para pagar seu principal benefício: a aposentadoria
por tempo de serviço. O excedente da arrecadação é
usado para cobrir parte dos gastos com benefícios não contributivos
e aposentadorias por idade. Com a eliminação da contribuição
patronal, o INSS ficaria com apenas 11% da folha, que seriam insuficientes
para equilibrar os benefícios contributivos. Vale a pena fazer isso?
Por que abandonar a relação entre contribuição
e benefício, que é um dos conceitos basilares de qualquer
sistema de Previdência Social? Não seria mais prudente examinar
a desoneração da folha na perspectiva de uma reforma ampla
da Previdência Social?
O que dizer da promoção
do emprego e do combate à informalidade? Hoje o Brasil cria 2 milhões
de novos empregos formais por ano e estamos observando uma queda absoluta
na quantidade de postos informais de trabalho. Neste cenário, o
possível impacto da desoneração talvez deva ser relativizado.
Em síntese, na forma
proposta, a desoneração da folha não melhorará
sistemicamente a competitividade da indústria brasileira, desorganizará
ainda mais a Previdência Social e, talvez, não contribua tanto
assim para aumentar a formalização e o emprego. O tributo
que compensará a arrecadação perdida causa muita apreensão
porque será "seletivo" e poderá aumentar ainda mais a carga
tributária. Enfim, nos termos em que o governo está propondo,
a desoneração da folha parece um casuísmo e pode ser
um tiro no pé.
Mas a ideia não deveria
ser abandonada. Ela tem um lado bom, a redução da tributação,
que deveria ser preservado. O outro lado, o novo tributo é que deveria
ser descartado. Em vez de criar um novo imposto, o governo poderia compensar
a diminuição na arrecadação com uma redução
equivalente do gasto. A competitividade agradeceria. (Hélio
Zylberstajn - O Estado de S.Paulo-11.06)
Renda
extra faz aposentado continuar ativo
O descanso da aposentadoria,
sonhado por muitos, tem sido trocado por trabalho por um em cada quatro
aposentados paraibanos. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatísticas (IBGE), 24,47% dos aposentados que moram na Paraíba
continuam com alguma ocupação que garante uma renda extra
no final do mês.
Os dados mais recentes são
de 2009 e revelam que, na ocasião, dos 335 mil aposentados, 82 mil
continuavam trabalhando, adiando o merecido descanso por tantos anos de
trabalho. Apesar do percentual ainda ser alto, o IBGE já revela
uma queda na quantidade de aposentados que continuam trabalhando. Em 2008
este grupo equivalia a 29,4% ao total de aposentados do estado e em 1999
este percentual era ainda maior, chegando a 36,6% do total de aposentados.
Para o taxista Moacir Lopes,
que se aposentou há 13 anos como funcionário da Petrobrás
e resolveu continuar trabalhando, se manter na ativa é uma questão
de saúde. “Quando me aposentei, passei três meses em casa,
mas ficar sem fazer nada é muito ruim e você acaba ficando
doente”, comentou.
Diferente de muitos outros
aposentados, Moacir comentou que trabalha não pela necessidade de
aumentar a renda, já que segundo ele, a aposentadoria que recebe
dá para cobrir as despesas do orçamento. “Claro que o dinheiro
extra ajuda, mas para mim era mais uma questão de continuar ocupado
mesmo”, revelou o aposentando que, com uma renda certa no final do mês
pode ter a comodidade de montar seu horário de trabalho como taxista.
O caso de seu Moacir, que
trabalha principalmente para se manter ocupado, segundo o economista Cláudio
Rocha, pode ser considerado uma exceção. “Claro que existem
pessoas que se mantém na ativa para continuar com alguma ocupação,
mas a maior parte dos aposentados se mantém na ativa por necessidade
financeira”, comentou.
“Isto acontece porque a
maioria das pessoas não se prepara financeiramente para a aposentadoria
e por causa disto precisa de alguma renda complementar para continuar com
o padrão de vida que tinha quando trabalhava”, acrescentou.
O economista comentou ainda
que vê um aspecto negativo na manutenção de aposentados
no mercado de trabalho. “É um pouco ruim para o mercado porque à
medida que passa o tempo vão surgindo novos profissionais e a manutenção
dos aposentados no mercado pode dificultar a entrada destas pessoas mais
jovens”, acredita.
Média salarial
ainda é baixa na PB
A média salarial
dos aposentados da Paraíba, segundo estatísticas do Ministério
da Previdência Social, é de R$ 521,47. O valor é referente
a dezembro do ano passado (mês em que foram divulgados os dados mais
recentes sobre aposentadorias) e na época estava apenas R$ 11,47
mais alto que o salário mínimo vigente em 2010 (R$ 510,00).
O baixo valor pago em aposentadorias
pode ser apontado como um dos principais motivos para que tantos aposentados
decidam se manter no mercado de trabalho. O economista Cláudio Rocha
acredita que o valor pago na maior parte das aposentadorias é insuficiente
para uma pessoa se manter, sobretudo quando são levados em consideração
os aumentos com gastos com saúde à medida que a idade aumenta.
“Quem depende exclusivamente
da aposentadoria paga pela previdência para sobreviver var ter muitas
complicações porque ela é insuficiente. Hoje em dia,
manter o padrão de vida que a pessoa tinha quando trabalhava fica
muito difícil e este é o principal motivo de muitos aposentados
continuarem no mercado de trabalho”, comentou.
Conforme as estatísticas
do Ministério da Previdência, quando a aposentadoria acontece
por tempo de serviço, a média salarial é ainda menor:
R$ 468,48. Enquanto isto, quando considerados apenas os aposentados por
tempo de contribuição, a média é de R$ 925,45.
Aos mais jovens, a dica
do economista Cláudio Rocha para poder ter uma aposentadoria mais
tranquila, é começar a investir - o mais cedo possível
- em previdência privada. “A solução é fazer
uma previdência privada, que é conhecida como previdência
complementar. Se você age de forma proativa agora, quando se aposentar
vai ter um salário complementar para ajudar”, aconselhou.
“Nem penso ainda em parar”
Se aposentar e continuar
no mesmo emprego onde já trabalhava por muitos anos é uma
opção para muitas pessoas. Desta maneira, o trabalhador consegue
incrementar a renda e continua no ambiente de trabalho onde já acostumado
com a convivência.
Pensando justamente em complementar
a renda e se manter ocupada, a assistente de Tecnologia da Informação
da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência
Social (DataPrev), Iraí Vieira, que tem 56 anos e há 1 ano
e meio se aposentou, continua no mercado de trabalho.
“Optei por continuar trabalhando
para me manter ocupada e também para complementar a renda. Ficar
em casa sem fazer nada é muito ruim e quando você está
trabalhando tem vários benefícios como férias e auxílio
alimentação, que quando você se aposenta acaba perdendo”,
disse.
Iraí, que ainda não
faz planos de parar de trabalhar, comentou que sempre gostou do que faz
e do ambiente onde trabalha, o que a motiva também para continuar
no mercado. “Sempre gostei desta área. Nem penso ainda em parar”,
disse a assistente de Tecnologia da Informação, que vê
na aposentadoria uma forma de ter garantido um salário no final
do mês e não um momento para parar. (Natália
Xavier - Jornal da Paraíba-12.06)
Após
a aposentadoria, o trabalho
Empresas oferecem programas
para profissionais que saíram do mercado
Experiência e, principalmente,
tempo de vida são aspectos considerados benéficos por instituições,
que estão apostando na contratação de funcionários
que já se aposentaram. O grupo Pão de Açúcar,
por exemplo, tem o programa Terceira Idade, que oferece oportunidades de
trabalho para profissionais a partir dos 55 anos. O projeto foi implantado
em 2004, conta Vandreia Oliveira, gerente de RH-Diversidade da empresa.
— Recebíamos com
muita frequência elogios por parte de nossos clientes e gestores
em relação à atuação desses profissionais.
Optamos por estruturar um programa e formalizar a entrada deste grupo para
atuar em especial nas lojas — destaca Vandreia.
O sucesso destes funcionários
na rede é grande, continua Vandreia. Já está em estudo,
inclusive, a ampliação das contratações para
esta geração. Os candidatos devem se cadastrar pelo bit.ly/mC7jGC.
— O programa foi muito bom
para mim, pois tinha dificuldade de conseguir emprego. É como se
não fôssemos capazes de realizar funções — diz
Edna Vieira Agostinho, de 56 anos e funcionária do supermercado
Extra há dois meses.
O Comitê Olímpico
Brasileiro (COB), por sua vez, criou o Instituto Olímpico Brasileiro.
A escola, além de dar qualificação profissional a
gestores administrativos e treinadores, também se dedica a reintegrar
ex-atletas ao mercado de trabalho.
‘Mesma vontade de superar
os desafios dos mais jovens’
— Muitos ex-atletas se encontram
perdidos porque não sabem o que fazer fora do esporte. É
nosso dever preservar os ídolos. Para isso, os capacitamos com os
conhecimentos e informações necessários para o gerenciamento
de qualquer organização esportiva — diz Marcus Vinícius
Freire, superintendente do COB.
Em São Paulo, desde
2003 o restaurante Pizza Hut de São Paulo oferece a pessoas com
mais de 60 anos a oportunidade de recolocação profissional.
O programa Atividade garante, além de um emprego, benefícios
como planos de saúde e odontológico, cesta básica
e seguro de vida.
Até o momento, cerca
de 200 pessoas já passaram pelo projeto, e o recrutamento é
feito via cadastro do currículo no site www.pizzahutsp.com.br.
— Nestes sete anos de projeto,
fortalecemos nosso quadro de funcionários com cidadãos que
têm a experiência dos mais velhos, mas a mesma vontade de superar
os desafios dos mais jovens — conta Jorge Aguirre, diretor da Pizza Hut
SP. (Portal G1)
Viúvas
são maioria
Hoje o nosso País
conta com as melhores leis em favor dos idosos, este fato o coloca na vanguarda
das nações que se preparam para lutar pela valorização
das pessoas envelhecidas.
O Brasil tem as leis...
Mas, falta agora à população assumir o seu dever cum-prindo
rigorosamente essas leis.
Se bem que não deveria
ser necessárias leis. Bastaria os familiares amarem aos seus parentes
idosos e tudo seria mais correto.
A sociedade precisa pelo
menos or-ganizar grandes movimentos culturais, sociais e esportivos contando
com a presença de muitos idosos, o que serviria para chamar a atenção
das nossas autoridades e do povo em geral para a realidade do envelhecimento
humano.
Enquanto a natalidade e
a mortalidade caem, o aumento da longevidade é es-petacular. Hoje
a média de vida da mulher já está chegando aos 78
anos, mas já se fala que elas estão chegando aos 82 anos!
Os homens? Há, os
homens! Já estão vivendo, em média, 74 anos.
O número de mulheres
já ultrapassa aos de homens em cerca de dois milhões.
O número de viúvas
é absurdamente superior ao de viúvos.
Ainda é muito difícil
a situação dos idosos brasileiros que já somam cerca
de 25 milhões, e que, dentro de poucos anos, levará o Brasil
a possuir a 6ª população idosa do mundo.
Sabe-se agora porque as
mulheres vivem mais, É que elas cuidam mais da saúde, vão
ao médico, fazem exames preventivos...
Enquanto os homens preferem
tomar umas cachacinhas, cervejinhas e outras bebidas nos bares da vida!
As consequências da
falta de cuidados com a saúde deles estão claramente demonstradas
todos os dias nas estatísticas que mostram o aumento impressionante
do número de viúvas no Brasil.
Os homens precisam acordar
para essa dura realidade, podendo consultar o blog www.idososprofmedeiros.blogspot.c
o m e assim motivarem-se para cuidar melhor da saúde consultando
médicos, fazendo exa-mes preventivos, alimentando-se melhor ou poderão
estar entrando em fase de extinção nos próximos 80
ou 90 anos. (João Batista de Medeiros - Jornal
de Brasília-11.06)
Previdência
privada atrai independentes
Principal atrativo é
o potencial de expansão desse mercado; parcerias com seguradoras
crescem no setor
Fundos administrados por
independentes ocupam primeiros lugares em ranking de rentabilidade
O crescimento do mercado
de previdência privada no país, influenciado pelos benefícios
fiscais dessas aplicações, atraiu as gestoras independentes
para o segmento. Entre as principais, a maioria já está operando
com esses fundos.
"No longo prazo, todos os
incentivos fiscais vão fazer com que cada vez mais as pessoas migrem
e apliquem nesse tipo de produto", afirma Marcelo Mesquita, sócio
da Leblon Equities.
"Os gestores menores estão
percebendo cada vez mais que o mercado é muito promissor. O discurso
de previdência faz cada vez mais parte não só das instituições
grandes, mas também do "family office'", diz Marcelo Mello, vice-presidente
da SulAmérica Investimentos.
Os fundos são compostos
por recursos de planos de previdência privada captados por seguradoras.
Esse dinheiro é aplicado em um fundo e, nesse caso, a gestão
é repassada a uma administradora independente por meio de uma parceria.
Isso significa que um investidor
pessoa física não pode investir diretamente no fundo -ele
teria que aplicar seu dinheiro em um plano de previdência vinculado
a ele.
Com menos recursos, as gestoras
conseguem fazer uma gestão mais ativa dos fundos, o que, de acordo
com elas, traria maior rentabilidade. De fato, em 12 meses, esses fundos
apresentam bom desempenho: os três mais rentáveis têm
parceria com gestoras independentes.
"Qualquer fundo com gestor
independente tem um alinhamento com relação a performance
muito mais sólido do que um fundo de banco", diz Fernando Camargo
Luiz, da Orbe Investimentos -que possui o fundo mais rentável entre
os multimercados de previdência, com desempenho de 16,17% em 12 meses.
Isso porque, de acordo com
ele, a captação de recursos do banco, feita nas agências,
vem de forma passiva, o que não acontece nas independentes. "O gestor
independente tem que desenvolver uma captação qualificada,
então ele tem que mostrar melhores resultados."
BENEFÍCIOS
Daniel Fuks, responsável
pela área de previdência da Gávea Investimentos, ressalta
os benefícios.
"A previdência não
tem come-cotas, a alíquota de Imposto de Renda é de 10% [no
longo prazo]. Muitos pensam que, se o dinheiro é de longo prazo,
deve ser deixado em renda fixa. Mas não é melhor aplicar
em uma categoria em que você pague menos imposto?"
RENDA VARIÁVEL
Muitos desses fundos têm
aplicação em renda variável, o que, segundo especialistas,
é bom para aplicações duradouras. "No longo prazo,
as pessoas precisam ter renda variável em seus portfólios,
pelo menos 20% de seus recursos", diz Fernando Meibak, da Moneyplan.
Por regulamentação,
esses fundos podem ter, no máximo, 49% de renda variável.
(GIULIANA VALLONE - Folha de S.Paulo)
Longo
caminho a percorrer
O Brasil guarda semelhanças
com os EUA nas origens de seus erros quanto à política macroeconômica:
o setor financeiro é poderoso demais
A economia brasileira cresceu
entre 2004 e 2010 a uma média anual de 4,2%, mais de duas vezes
o índice em que crescera entre 1999 e 2003 e mais de duas vezes
seu crescimento anual entre 1980 e 2000. Isso a despeito da recessão
mundial de 2009, que deixou o país sem crescimento nesse ano.
Esse crescimento intensificado
possibilitou a redução acelerada da pobreza, a redução
da disparidade de renda e a queda do desemprego para o atual recorde de
nível baixo.
Em documento detalhado e
importante (http://www.iececon.net/arquivos/OBSERVATORIO-6.pdf), os economistas
Franklin Serrano e Ricardo Summa, da UFRJ, argumentam que isso foi fruto
não só de condições externas favoráveis,
mas também de algumas mudanças moderadas, porém importantes,
na política econômica.
O mais importante foi o
fato de o governo ter permitido uma política fiscal mais expansionista,
incluindo o aumento dos investimentos públicos. Isso ajudou especialmente
a conservar em grau mínimo os prejuízos advindos da recessão
global e permitiu uma recuperação mais rápida. Resta,
contudo, outro problema significativo de política macroeconômica:
o Banco Central vem elevando o valor do real quase continuamente, há
anos, para poder alcançar sua meta de inflação.
Para isso, o BC eleva os
juros de curto prazo, como vem fazendo recentemente. Isso aumenta os fluxos
de capital entrante, o que eleva o valor do real. Desse modo, a inflação
é reduzida principalmente por meio da redução dos
preços dos importados. Contudo, as importações mais
baratas prejudicam os produtores brasileiros de bens comerciáveis,
que precisam competir com os importados.
O mesmo se aplica aos exportadores
brasileiros da maioria dos bens que não sejam commodities: o real
mais alto torna os produtos menos competitivos nos mercados mundiais. Isso
vem prejudicando seriamente o potencial manufatureiro do Brasil, especialmente
naqueles setores tecnologicamente mais avançados.
Por exemplo, entre 1996
e 2008, o conteúdo importado de "equipamentos de comunicações
e eletrônica" produzidos no país aumentou cerca de 33 pontos
percentuais.
O Brasil guarda semelhanças
com os Estados Unidos, sob alguns aspectos, nas origens de seus erros de
política macroeconômica: o setor financeiro é poderoso
demais.
Assim como Wall Street contribuiu
maciçamente para a crise financeira e para a Grande Recessão
nos EUA, o setor financeiro brasileiro luta com êxito demasiado por
políticas que sufoquem o desenvolvimento industrial do país
para promover seus interesses próprios.
Os trunfos em jogo são
ainda maiores para o Brasil que para os EUA, porque o Brasil ainda é
um país em desenvolvimento. Entre 1960 e 1980, o índice de
crescimento do Brasil foi semelhante ao da Coreia do Sul, e o Brasil tinha
renda per capita muito mais alta.
Depois de 1980, a Coreia
do Sul continuou no caminho do crescimento acelerado e hoje tem padrões
de vida comparáveis aos da Europa. Mas o Brasil estagnou e, depois
de 1990, descreveu um desvio acentuado em direção ao neoliberalismo;
assim, apesar de sua grande vantagem em matéria de recursos naturais,
hoje os brasileiros têm renda per capita que equivale a apenas um
terço da renda per capita da Coreia do Sul, com índice de
mortalidade infantil quatro vezes superior ao desse país e 42 milhões
de habitantes que vivem com menos de US$ 3 por dia.
Nos últimos seis
anos, o Brasil começou a romper com o fracasso de longo prazo da
era neoliberal.
Mas ainda há um longo
caminho a ser percorrido para que o país consiga realizar seu potencial.
(MARK WEISBROT - Folha de S.Paulo-12.06)
Juro
ainda muito alto
BC acerta em não
dar ouvidos à gritaria e cumprir seu papel
A decisão de quarta-feira
do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central,
de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual,
confirma pelo menos três expectativas: a autoridade monetária
não pretende navegar rumo à conquista de simpatias mas, sim,
na direção do controle da inflação; por mais
que as coisas melhorem, a meta de 4,5% estabelecida para 2011 é
caso perdido e o que se pode fazer é evitar que ela vá muito
além do teto de 6,5%; por isso mesmo, tudo tem que ser feito, desde
já, para convergir os índices de preço no varejo para
o centro da meta de 2012. Tomada sob os humores e rumores da saída
do ministro Antonio Palocci da Casa Civil e do início da remontagem
do núcleo do governo Dilma Rousseff, a decisão não
deixa de sinalizar, também, que o BC continua autorizado a fazer
o que entende ser o melhor para cumprir sua missão de trazer a inflação
de volta a índices civilizados. No máximo, o que se permite
como saudável é a discussão sobre a melhor maneira
de combater a inflação brasileira, que, é bom lembrar,
tem suas manhas.
Por enquanto, a despreocupação
com a simpatia no curto prazo transmite a confiança que não
apenas os mercados, mas todas as pessoas informadas precisam ter, de que
há um objetivo maior a ser perseguido: a estabilidade da moeda e,
de quebra, a manutenção do poder de compra dos salários.
Do contrário, todos os agentes econômicos não conseguirão
conter a tentação de ajustar seus preços, temendo
ficar aquém dos custos de reposição do capital. Esse
é um dos detonadores clássicos da corrida inflacionária,
que, durante décadas, mergulhou o Brasil num processo acelerado
de concentração de renda e riqueza. Foi quando a sociedade
aprendeu que quem paga mais caro pela inflação é sempre
o segmento mais pobre da população, embora ainda não
falte entre os economistas quem menospreze esse mal. Há até
os que acham e propagam a perigosa ideia de que um pouco de inflação
não faz mal, pois que o que conta é o crescimento (filme
antigo e ruim). Outros, talvez mais enviesados pelo ambiente acadêmico
ou apenas antiquados, percebem na política monetária apertada
uma conspiração do mercado financeiro.
É claro que os juros
básicos no Brasil são muito altos. Até as plantas
que ornamentam a entrada da sede do Banco Central sabem que 6,8% de taxa
básica de juro real é ponto fora da curva internacional.
Também beira a velha prática de ensinar o Pai Nosso ao vigário
a mania professoral de relacionar os males que essa política de
juros causa em diversas frentes da economia. O que não se diz é
que o país está pagando hoje o preço de ter relaxado
o controle fiscal em 2010, quando deixou de cumprir as metas de superávit
primário, mesmo tendo lançado mão de discutível
criatividade contábil. Escaldado por ter fraquejado ante esse tipo
de pressão política – comum na maioria das democracias ocidentais
em ano eleitoral –, o Banco Central acerta em optar por ser xingado agora,
em vez de ser execrado mais tarde, se o país tiver de encarar o
calendário eleitoral de 2012 com a inflação fora da
meta pelo segundo ano seguido. Sem prejuízo de se acionarem outros
mecanismos como o compulsório dos bancos e a limitação
dos prazos do crediário, enquanto for preciso segurar os preços
neste país de gastadores públicos e privados, será
imperdoável dar ouvidos à gritaria contra os juros.
(Estado de Minas-11.06)
Ainda
a questão da inflação
A recente desaceleração
da inflação e a perspectiva de números mais moderados
no trimestre de junho a agosto levou muitos analistas a revisar seus cenários
para a inflação neste ano. Algumas destas revisões
foram relativamente suaves, mantendo para o ano um IPCA próximo
a 6% ou um pouco acima disto. Entretanto, já é possível
encontrar avaliações bem mais otimistas, nas quais se projeta
até uma inflação de 5,0%. Será que de fato
o cenário inflacionário mudou frente ao que se projetava
no início do ano? Na visão da MB, este não é
o caso, por uma série de razões que iremos detalhar a seguir.
Entretanto, antes de entrar
nesta questão, vale relembrar o cenário de inflação
traçado por nós desde o final do ano passado e início
deste ano. Afirmávamos que dificilmente a inflação
caminharia para o centro da meta de 4,5%, como esperado pelo governo. Na
nossa visão, esta não apenas iria ultrapassar o centro da
meta, mas também testaria seu teto de 6,5% em junho. Mais do que
isso, dizíamos que a opção do governo por enfrentar
esta inflação de forma relativamente tímida e em certa
medida contraditória (ora enfatizando que a combinação
- pequenos aumentos nos juros, medidas macroprudenciais e ajuste fiscal
- seria suficiente, ora afirmando que seriam necessários mais juros)
tornaria mais custoso trazê-la de volta para a meta. Isto porque
além de uma forte pressão de demanda, já havia sinais
de que a indexação voltava a se disseminar.
O resultado deste cenário,
na nossa visão, seria uma inflação que paulatinamente
ficaria acima da meta. Um cenário que não é de descontrole,
mas sim de deterioração das condições econômicas,
que apesar de não ser alarmante, prejudica o crescimento de médio
e longo prazo da economia.
Voltemos agora para as razões
pelas quais acreditamos que o cenário inflacionário continuará
pressionado.
De fato deveremos observar
a partir de junho, até agosto, altas mais moderadas na inflação
(podendo o IPCA de junho inclusive ficar próximo de zero). Esta
moderação decorrerá em grande medida de fatores sazonais,
já observados na inflação de maio, com altas mais
moderadas ou mesmo quedas em itens como alimentos e, especialmente, combustíveis.
Apesar destes resultados serem positivos, não acreditamos que estas
condições devam se manter até o final do ano (discutiremos
isto a seguir).
Adicionalmente, os núcleos
de inflação e o índice de difusão do IPCA de
maio continuam subindo, o que sugere que a demanda continua relativamente
forte. Os dados de atividade na indústria calculados pela CNI, divulgados
recentemente, também vão nesta direção: no
mês de abril frente a março o faturamento real da indústria
apresentou alta de 4,3%, número que certamente não sugere
uma demanda fraca. Na mesma direção vão os dados do
mercado de trabalho, com taxa de desemprego ainda em queda, escassez de
mão de obra em diversos setores e alta no rendimento médio
nominal. Apenas a título de exemplo, o custo da mão de obra
na construção civil elevou-se 12%, nos 12 meses encerrados
em maio.
Sem dúvida há
certa acomodação da atividade, nossa projeção
de crescimento para a economia de 4,5% já supunha alguma redução
da produção frente ao ano de 2010, quando crescemos 7,5%.
Entretanto, o dado da indústria de abril surpreendeu negativamente
e nos levou a revisar moderadamente nossa estimativa para o crescimento
do PIB no 2.º trimestre e do ano (agora em 4,2%). Na nossa visão,
esta desaceleração do crescimento acima do esperado, resultou
de uma série de fatores que vão desde alguns impactos negativos
do terremoto no Japão em parte da indústria nacional de bens
de capital e de automóveis (em função da dependência
de componentes importados), certa desaceleração no crédito
em função do aumento dos juros e também das medidas
macroprudenciais e, embora pouco observado, uma redução importante
no poder de compra da população por conta da aceleração
da inflação neste início do ano, evidenciada pela
queda no rendimento médio real (de janeiro a abril o rendimento
nominal mensal dos empregados com carteira assinada cresceu em média
0,65%, frente a uma inflação média mensal de 0,80%).
Este último fator,
na nossa visão, teve um papel relevante nesta desaceleração.
Se esta hipótese de fato se confirmar, a desaceleração
da inflação nos meses de junho a agosto combinada a continuidade
de elevação nos salários nominais no segundo semestre,
permitirão uma recomposição do salário real
dos empregados, o que, por sua vez, voltará a estimular o consumo
(veja-se o gráfico).
Em terceiro lugar, acreditamos
que muitos dos itens que estão ajudando a conter a inflação
neste momento voltarão a pressioná-la a partir de novembro.
Os preços de etanol, por exemplo, que tiveram queda de quase 12%
no IPCA e de quase 30% no IGP-DI de maio, deverão voltar a subir.
Isto porque a oferta de cana-de-açúcar deverá permanecer
praticamente estável na safra 2011/12 na comparação
com a safra 2010/11, enquanto a demanda por etanol continuará crescendo
fortemente. Estimamos na MB que a frota de automóveis flex fuel
aumentará em quase 3 milhões de veículos neste ano,
ou seja, a demanda por etanol continuará crescendo rapidamente,
enquanto a oferta cresce muito timidamente. Os preços das carnes
que também estão em queda devem voltar a subir. Isto porque
daqui para frente entra-se no período de entressafra. No caso da
carne de frango e de suíno, os preços atuais também
são os mais baixos do ano, mas devem voltar a subir, pois os produtores
estão com margens muito apertadas, já que os custos de produção
continuam em alta.
Finalmente, os preços
dos grãos, especialmente o trigo, também poderão voltar
a
subir em função de uma forte seca em diversas regiões
produtoras, como em parte dos EUA, Europa e China. Nos EUA, o excesso de
umidade na região do Corn Belt já atrasou o plantio de milho
e soja, elevando o risco de quebra de safra (veja os gráficos).
Finalmente, não podemos
esquecer que no segundo semestre teremos dissídios de importantes
categorias, como petroleiros, metalúrgicos e bancários e,
em 2012, um reajuste do salário mínimo da ordem de 14%, o
que fará com que a inflação de serviços e de
outros itens não importáveis, como construção
civil, continue bastante pressionada. Reajustes nominais de salários
entre 10 e 14% não combinam com uma meta de 4.5% de inflação,
mesmo que o PIB cresça algo abaixo de 4%. A escassez de mão
de obra continuará forte mesmo com menor expansão da produção,
tal a secura do mercado de trabalho.
Assim, se estivermos corretos,
os núcleos de inflação deverão continuar pressionados
(no melhor dos cenários irão cair lentamente) e a inflação
cheia ficará acima de 6%.
Enfim razões suficientes,
a nosso ver, para ainda ter bastante cautela com inflação
e a extrapolação dos resultados recentes para o ano. Continuamos
achando que é muito cedo para decretar vitória contra a inflação
e que o melhor que as autoridades governamentais têm a fazer neste
momento é continuar firme no seu combate. (José Roberto Mendonça
de Barros - O Estado de S.Paulo-12.06)
Meta
de inflação menor para 2013 divide economistas
O dinheiro no Brasil custa
três vezes mais caro do que no mundo. O abismo que separa o juro
nominal nativo da média de 40 países sempre foi grande e
segue aumentando. O último tranco foi dado na semana passada, quando
o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic
a 12,25%. E o colegiado do Banco Central (BC) indicou que o ajuste continua.
A Selic avançou 1,50 ponto percentual desde a virada de 2010 para
2011. Isso significa três vezes mais que a média do juro básico
dos demais países que ronda 3,50% já contaminada pelo aperto
monetário progressivo que vem ocorrendo em algumas partes do mundo,
onde a atividade econômica ainda apática não aborta
pressões inflacionárias decorrentes, sobretudo, da escalada
de preços de commodities.
Os ajustes dos juros nominais,
atropelados por abundante oferta de dinheiro e em descompasso com inflação
global mais salgada, são insuficientes, porém, para evitar
que o juro real médio mundial abandone o território negativo
- em contraponto gritante ao robusto juro real brasileiro, mostra pesquisa
de Jason Vieira, economista da Cruzeiro do Sul Corretora.
É fato que o Brasil
vem reduzindo a taxa de juro no tempo. Mas declínio a patamar mais
próximo ao padrão internacional não depende apenas
das ações cotidianas de política monetária.
"Esse movimento depende também da coerência entre as políticas
macroeconômicas, com o auxílio da política fiscal e
da contenção do crédito público. É a
coadunação dessas ações que garante uma inflação
menor, condição necessária para prosseguir com o alinhamento
entre as taxas de juros brasileiras e as praticadas em vários outros
países", pondera Monica Baumgarten de Bolle, diretora da Casa das
Garças e sócia da Galanto Consultoria.
A exemplo do juro, a inflação
brasileira - projetada em cerca de 6% para este ano - também é
salgada para padrões internacionais. A sua redução
é considerada fundamental para a prática de juros menores
que levam à maior previsibilidade de cenários. Buscar inflação
menor implica em perseguir meta de inflação menor que 4,5%
que, em 2012, terá reprise pelo oitavo ano consecutivo.
Os economistas, porém,
divergem quanto à possibilidade do governo brasileiro mirar um alvo
menor, o que poderia ocorrer no final deste mês quando o Conselho
Monetário Nacional (CMN) deverá confirmar a meta de inflação
de 2012 e definirá a meta de 2013. "Politicamente, uma redução
da meta seria importante para renovar o compromisso do governo com a estabilidade.
Tecnicamente, a redução, ainda que discreta, aumentaria a
confiança dos mercados na ação do BC que já
assumiu o compromisso com a convergência da inflação
para 4,5% em 2012", avalia uma fonte do governo que prefere manter anonimato
e lembra que inflação menor ajuda a desindexar a economia.
"Inflação alta faz com que a indexação se perpetue.
Os prazos dos contratos diminuem e as renovações realimentam
a inflação", afirma a fonte.
Ricardo Carneiro, diretor
do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da
Unicamp, considera que para ter meta de inflação menor, o
Brasil tem que ter outras "características estruturais e institucionais"
da economia. "Caso contrário, teremos conflito entre inflação
e crescimento", afirma.
Carneiro pondera que economias
como a brasileira, com determinadas características estruturais,
deve ter meta mais alta ou prazo de convergência muito mais dilatado
do que o visto nas economias centrais onde prevalecem metas entre 2% e
2,5%. O professor cita duas características do país que atuam
como freio para meta de inflação menor: a estrutura das exportações
do país e a indexação.
"Nossa exportação,
ancorada em commodities, é muito exposta a choques, e commodities
são bens cuja trajetória de preços é muito
volátil. Toda vez que ocorre um choque em preços de alimentos
ou minérios, a inflação brasileira sofre impacto.
Outro problema é que nossa economia é muito indexada. Como
vem ocorrendo nos últimos cinco ou seis anos, os choques [de preços]
se manifestam no Índice de Preços no Atacado (IPA), utilizado
como base do indexador de vários preços administrados e que
afeta preços que não se referem a bens transacionáveis
no exterior. Como uma economia assim pode trabalhar com meta menor?", questiona
Carneiro.
O professor da Unicamp comenta
que a estrutura de exportação do país pode ser alterada
com o tempo. E lembra que a indexação poderia e deveria mudar,
inclusive nos ativos financeiros praticamente atrelados à Selic,
por decisão regulatória. "Se esse tipo de mudança
ocorresse e também se conseguisse mitigar a indexação
cambial informal, a meta de inflação poderia ser menor sem
exigir juros maiores, e sem sacrificar as taxas de crescimento."
Ilan Goldfajn, economista-chefe
do Itaú Unibanco, e Marcelo Kfoury, economista-chefe do Citibank,
reconhecem em minucioso trabalho sobre metas de inflação
que os países em desenvolvimento tendem a ter uma inflação
mais alta e também lembram que no processo de convergência
da sua produtividade em direção ao padrão dos desenvolvidos,
os preços de bens não comercializáveis [nos países
em desenvolvimento] tendem a ficar mais caros, elevando a inflação.
Enquanto economias maduras têm meta próxima de 2%, as em desenvolvimento
mantém cerca de 3% - nível que o Brasil tem condições
de adotar na sua avaliação.
Em "Metas para o regime
de metas: completando a transição", Goldfjan e Kfoury consideram
que 3% pode ser meta do Brasil no longo prazo, o que viabilizaria a redução
dos juros nominais a algo entre 6% e 7% e juros reais próximos de
3% - patamar que os economistas avaliam como coerente com uma economia
plenamente estabilizada e com equilíbrio macroeconômico. Esses
valores seriam semelhantes aos de outros países com grau de desenvolvimento
similar ao do Brasil e levariam a taxa Selic a convergir para a taxa de
juros de longo prazo (TJLP) [de 6% ao ano até o final deste mês].
"A economia brasileira poderia conviver com apenas uma taxa de juros que
regularia as operações de mercado aberto e empréstimos
do BNDES. Os juros fixados pelo BC poderiam afetar todo o montante de crédito
da economia, aumentando a potência da política monetária."
A dupla de economistas pondera
que tão importante quanto definir a meta de longo prazo (3%) é
propor um processo de convergência em direção à
ela em quedas contínuas ao longo do tempo. Para 2013, Goldfjan e
Kfoury propõem meta de 4%, sendo mantida até 2015, seguida
de redução a 3,5%, entre 2016 e 2019 e, finalmente, para
3%, a partir de 2020. (Angela Bittencourt - Valor Online)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Insegurança
também deprime a Bovespa
Bolsa cai 9,5% no ano, após
aperto monetário e temor de mais inflação
Cenário externo complicado
aumenta a aversão ao risco; para analistas, 2º semestre repetirá
tendência
Para quem vê a Bolsa
de Valores brasileira amargar perdas de 9,5% neste ano (até sexta-feira),
pode ser um fraco consolo. Mas o fato é que, em 2010, o primeiro
semestre também foi de perdas fortes.
Naquele ano, o índice
Ibovespa recuou 11,2% entre janeiro e junho, para subir quase 14% no semestre
seguinte.
Em 2011, três fatores
podem explicar por que a Bolsa brasileira foi até pior do que os
demais mercados até o momento: inflação, juros e cenário
externo.
De início, analistas
e investidores duvidavam do compromisso da "nova" equipe do Banco Central
em domar a inflação galopante.
A partir do segundo trimestre,
quando ficou claro que a ferramenta principal da autoridade econômica
seriam os juros (e não necessariamente, as famosas "medidas macroprudenciais"),
temeu-se pelo tamanho do aperto da política monetária necessário
para bater a inflação com a meta do ano.
Agora, aparentemente governo
e mercado chegaram a algum tipo de acomodação. A inflação
"colaborou" e começou a mostrar taxas cada mais civilizadas. E a
estratégia gradualista do BC começou a ser mais bem aceita
nos meios financeiros.
"Acho que o mercado começou
a entender que o ajuste monetário que está precificado [projetado
nos preços], de 12,50%, não será suficiente para trazer
a inflação para o centro da meta em 2012", pondera Newton
Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.
"Mas o cenário que
está se impondo é que o BC não vai querer sacrificar
tanto o crescimento para isso. (...) O que não significa que nós
vamos ter qualquer descontrole inflacionário", acrescenta.
O que não justifica
qualquer entusiasmo para o próximo semestre.
O cenário externo
continua bastante complicado, o que reforçou e ainda deve reforçar
a aversão ao risco nos próximos meses. (EPAMINONDAS
NETO - Folha de S.Paulo-11.06)
Ideas:
Pós-graduação em Gestão de Previdência
Complementar
Início das aulas
Em 16 de junho próximo
o Instituto IDEAS dará inicio as aulas do consagrado curso - Programa
de Pós-graduação em Previdência Complementar,
em parceria com a renomada Universidade Federal Fluminense – UFF. Esse
programa, reconhecido pelo segmento como o único programa de Pós-graduação
que aborda temas exclusivos de Previdência Complementar, no país,
tem sido amplamente aplicado. A turma que se inicia será a 18ª
edição do curso e acontecerá na cidade do Rio de Janeiro.
Trata-se de um programa
lato-sensu, pioneiro na área de previdência, e vem se constituindo
como o mais importante e completo instrumento de desenvolvimento de executivos,
a partir da capacitação de grande número de Profissionais
e de Dirigentes.
Maiores informações
podem ser obtidas através do e-mail ideas@ideas.org.br e/ou pelo
Tel: 21-2223-0369 – www.ideas.org.br. (Ideas/AssPreviSite)
Dilemas da
economia
Os "Dilemas da Economia
do Primeiro Mundo e os Impactos para o Brasil e no Setor de Crédito"
serão temas debatidos, durante o Seminário Internacional
da Associação Nacional das Instituições de
Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Nomes importantes
como Thomas Trebat, Universidade de Columbia, NY (EUA); Otaviano Canuto,
vice-presidente do Banco Mundial; Érico Sodré Quirino Ferreira,
presidente da Acrefi; Gustavo Loyola, da Tendências Consultoria Integrada;
José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados; Sérgio
Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro
do Banco Central do Brasil (Denor); Paulo Rabello de Castro, da SR; e Rating,
Nicola Tingas, economista chefe da Acrefi são presenças confirmadas.
Data: 28 de junho
Horário: Renaissance
São Paulo Hotel, SP
Informações:
(11) 3107-7177 ou www.acre fi.org.br/6o-siac (Valor Online)