Previdência
- Clipping de Notícias - 17.02.2012
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Atenção: Esta reunião é oportuna e muito interessante! A visão a ser apresentada pela PREVIC, SPPC, ABRAPP, APEP, ANAPAR e de especialistas convidados sobre importantes temas do segmento desperta interesse de dirigentes e profissionais do sistema. Esta condição é demonstrada pela procura pelo encontro: mais de 60 participantes já confirmaram presença. O evento acontece daqui a quinze dias (dia 02 de março), no Hotel Windsor Guanabara, no Rio de Janeiro. Contamos com o patrocínio do ITAÚ UNIBANCO e o apoio da Fundação REFER para o sucesso deste evento. Não fique de fora! A taxa de adesão é de R$ 300,00 (trezentos reais). Informações complementares, reservas e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,7200, com queda de 0,17% em relação ao fechamento da quarta-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 1,18%, com o volume financeiro no patamar de R$ 8,389 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em alta de 0,96% e a Nasdaq subiu 1,51%.
Atenção: Carnaval - Não operamos no período de 20 a 22 - Retornamos na quinta (23)
AssPreviSite
Fundos
de pensão e estratégia global
Os fundos de pensão
brasileiros têm papel crucial no fomento da competitividade internacional
da economia brasileira. Devem desempenhar função de parceria
e associação com empresas brasileiras, seja no plano interno,
como no caso da privatização dos aeroportos, seja na aquisição
de bens e empresas no exterior.
Além de seus robustos
recursos, os fundos aportam capacidade gerencial e amplo conhecimento de
fontes de financiamento e canais de fusões e aquisições
fundamentais para o salto ao exterior das empresas brasileiras que almejam
classe internacional. Com uma crescente sinergia entre fundos e empresas
brasileiras, poderemos perceber com mais nitidez as imensas oportunidades
que os mercados europeus e norte-americano estão oferecendo para
aquisições e associações.
Há, todavia, as limitações
do setor financeiro, sobretudo no âmbito bancário, que tem
de operar sob as restrições dos Acordos de Basileia III,
que restringiram enormemente o poder de financiamento dos grandes bancos.
Isso é um fator complicador, sobretudo se aliado à redução
de atividade dos fundos privados de investimentos que se retraíram
com as vultosas retiradas de recursos por parte de seus tomadores.
Países como a China
e, agora, também a Coreia do Sul e outros asiáticos estão
liberando seus fundos de pensão para participarem de aquisições
no exterior e, assim, valer-se do momento atual de relativa fraqueza empresarial
nos países em crise na Europa e nos Estados Unidos.
De fato, o exemplo sul-coreano
recente é de grande eloquência. O National Pension Service
sul-coreano, quarto maior fundo do planeta, fará um investimento
de US$ 7 bilhões para acelerar a compra de empresas estrangeiras
por companhias sul-coreanas. Seu presidente chegou a afirmar que uma das
missões precípuas do fundo sob sua responsabilidade é
oferecer musculatura, em associação com outros fundos e empresas
privadas do país, na busca de cumprir uma lista de compras de ativos
empresariais no exterior.
Acredito que essa medida
pioneira traça uma referência alternativa para o caminho futuro
do financiamento de longo prazo - cada vez mais restrito em virtude das
amarras presentes nos Acordos de Basileia III, que arrefeceram substancialmente
o poder financiador do setor privado.
É inegável
que os fundos de pensão brasileiros têm sido instrumentais
no fortalecimento de nossas empresas, em atuação complementar
a instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
Considero, nesse contexto, ser o momento apropriado para os fundos usarem
a autorização legal de investirem no exterior até
o limite de 10% de seus US$ 350 bilhões em ativos.
Assim, cerca de US$ 35 bilhões
poderiam se transformar em investimentos, participações acionárias
e debêntures a agilizar a absorção pelas empresas brasileiras
de novas tecnologias, novos mercados e conceitos de gestão.
É extraordinário
pensar na possibilidade de gigantes como Petrobrás, Vale, Gerdau,
Odebrecht, Andrade Gutierrez e centenas de outras terem como sócios
os fundos de pensão - e destarte serem apoiadas por tal volume de
recursos.
Mais do que nunca, empresas
e governo têm de caminhar num mesmo sentido, evitando armadilhas
desestimulantes e contraproducentes, como a bitributação
que agora se impõe a empresas brasileiras que operam ou se preparam
para expandir no exterior.
A força do Brasil
no cenário global também será expressão do
número e da escala de suas empresas multinacionais. E essas oportunidades
estão ao alcance da mão de um país vocacionado, até
2020, a ser a quarta maior economia do planeta. (Mario Garnero -
Agência Estado)
Previ:
Novo Regulamento do PREVI Futuro
O novo Regulamento do Plano
PREVI Futuro, aprovado em 25/01/2012 pela PREVIC - Superintendência
Nacional de Previdência Complementar, já está disponível
para consulta dos participantes.
Os artigos 6, 7 e 14 foram
alterados para adequação aos termos da Resolução
CGPC - Conselho de Gestão da Previdência Complementar - Nº
19, de 25.09.2006, que dispõe sobre os institutos do benefício
proporcional diferido, portabilidade, resgate e autopatrocínio em
planos de entidade fechada de previdência complementar.
Acesse a íntegra
do novo Regulamento no link:
http://www.previ.com.br/pls/portal/docs/
PAGE/PREVI_DESENV/DOCUMENTOS/2012_01_27_REG_P_FUTURO.PDF
(Previ/AssPreviSite)
Valia:
Pagamento do abono do superávit
Os aposentados e pensionistas
do Plano de Benefício Definido (BD) da Valia vão receber
o abono do superávit da Valia no dia 2 de março. Em setembro
do ano passado, o Sindicato Metabase e a Aposvale reivindicaram a aceleração
no pagamento do dinheiro.
A Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc) aprovou a proposta
e publicou no Diário Oficial a portaria com a autorização,
no dia 15 de fevereiro. Com isso, a Valia pagará o abono excepcional
no valor de três suplementações líquidas.
No mês de junho será
pago outro abono no mesmo valor. A partir de 2013, os abonos, correspondentes
a seis suplementações líquidas, serão pagos
nos meses de junho. (Defato Online)
Sistel:
Bons resultados em 2011
A Fundação
SISTEL de Seguridade Social encerrou o ano de 2011 com rentabilidade acumulada
de 18%, o que representa 5,5 pontos percentuais acima da meta atuarial
de 11, 91%.
De acordo com o diretor
de investimentos e finanças da Sistel, Carlos Alberto Moreira, a
Fundação teve um ano bastante positivo. “Obtivemos uma rentabilidade
acima da média alcançada no segmento de fundos de pensão,
fruto de uma política de investimentos embasada em uma rigorosa
avaliação técnica, com metas definidas e , quando
necessário, agilidade na movimentação (compra e venda
de ativos) das carteiras de acordo com as alterações dos
cenários econômicos”, destaca.
Na avaliação
de Carlos Alberto, o ano de 2012 promete ser desafiador, mas a expectativa
é que a SISTEL consiga alcançar a meta atuarial. (Sistel/AssPreviSite)
OABPrev/SP:
Conselheiro certificado
Desde 2009 integrando o
Conselho Deliberativo da OABPrev-SP – eleito e reeleito para o cargo pelos
participantes do fundo de previdência -, o advogado Jairo Haber acaba
de ser certificado pelo ICSS (Instituto de Certificação dos
Profissionais de Seguridade Social). “Sem dúvida, toda vez que um
gestor é certificado reforça-se a credibilidade da OABPrev-SP”,
avalia
Haber, diplomado por critério de experiência. “Trata-se de
um reconhecimento aos dirigentes que buscam capacitação,
inteirando-se sobre o que há de novo no sistema de previdência
complementar”, acrescenta.
Além de Haber, já
estão certificados pelo ICSS os seguintes diretores ou conselheiros
da OABPrev-SP: Luís Ricardo Marcondes Martins, Marco Antônio
Cavezzale Curia, Jarbas Antônio de Biagi, Roberto Eiras Messina,
Aparecida Ribeiro Pagliarini, Adriana de Carvalho Vieira, Luis Fernando
Feola Lencioni e Marcos Aurélio Pinto. (Diário
dos Fundos de Pensão)
Postalis:
Programa de qualidade de vida
Após consultar os
colaboradores sobre suas expectativas em relação a um programa
de qualidade de vida, a Gerência de Recursos Humanos do Postalis
lança o Programa “Equilibrar”. O objetivo é estimular os
colaboradores à adoção e manutenção
de um estilo de vida saudável por meio de uma boa alimentação,
da prática de exercícios e do monitoramento à saúde.
As ações preveem ginástica laboral, orientações
sobre prevenção de doenças e identificação
de potenciais riscos à saúde, campanhas de imunização,
incentivos à prática de esportes e atividades físicas,
palestras educativas e preparação para a aposentadoria.
“Este programa foi
desenvolvido com o propósito de encorajar e apoiar hábitos
e estilos de vida saudável e bem-estar aos empregados do Postalis
durante sua atividade profissional”, diz Liziara Pfeifer Selhorst, Gerente
de Recursos Humanos. Ela afirma ainda que um ambiente de estímulo
e de suporte aos indivíduos contribui para melhoria da qualidade
e produtividade profissional.
A primeira das ações
deste ano foi a criação do Clube de Corrida do Postalis,
por meio de uma parceria firmada com a Just Run Assessoria Desportiva,
que oferecerá aos nossos colaboradores uma consultoria especializada
e personalizada. (Diário dos Fundos de Pensão)
Funcef:
Viabilidade econômica de Guarulhos
Investimento no terminal
paulista é seguro e compatível com as expectativas de rentabilidade
da Fundação
O consórcio Invepar-ACSA
vai administrar o Aeroporto Internacional de Guarulhos, um dos mais importantes
do país, por um período de 20 anos. A holding Invepar (da
qual fazem parte FUNCEF, Previ, Petros e OAS) e a empresa sul-africana
Airport Company South Africa (ACSA) arremataram, por R$ 16, 2 bilhões,
a outorga de concessão de uso do terminal paulista. O leilão
foi realizado dia 6/2, na sede da BM&Bovespa, em São Paulo.
A nova gestão terá
início em agosto, por meio da Sociedade de Propósito Específico
(SPE), concessionária que será formada para operar o terminal.
De acordo com o presidente
da FUNCEF, Carlos Alberto Caser, o investimento é estratégico
e apresenta expectativa de retorno superior à meta atuarial da Fundação
(INPC mais 5,5% ao ano). “Esperamos um forte crescimento da receita de
tarifas, com a área imobiliária – que pode ser mais bem explorada
– e também com os serviços não tarifados, que variam
de estacionamento a lojas”, afirma Caser.
Ele ressalta que o Aeroporto
de Guarulhos é um empreendimento maduro, com grande potencial de
receita e uma demanda bem superior à capacidade oferecida pela estrutura
atual. “A Invepar realizou um estudo aprofundado da viabilidade econômica
do investimento e foi isso que fundamentou nossa decisão em participar
do leilão”.
Expectativa de retorno -
O diretor de Planejamento e Controladoria da Fundação e membro
do Conselho de Administração da Invepar, Antônio Braulio
de Carvalho, também destaca a expectativa de rentabilidade do negócio
durante o período da concessão. “Ao participar de um investimento,
nossa preocupação é a perspectiva de retorno em longo
prazo e a aderência aos interesses da FUNCEF, cuja principal missão
é pagar benefícios aos aposentados”.
Principal ponto de conexão
- Braulio aponta a importância estratégica do Aeroporto de
Guarulhos para o crescimento do setor aéreo brasileiro, já
que o terminal é, hoje, o principal ponto de conexão dos
destinos dos passageiros e base operacional das maiores companhias aéreas
brasileiras e internacionais. Em 2011, o aeroporto transportou cerca de
30 milhões de passageiros e até o final da concessão
a previsão é de que sejam transportados 60 milhões
de passageiros por ano.
Para o diretor de Participações
Societárias e Imobiliárias da FUNCEF, Carlos Borges, “além
de rentável para a FUNCEF, o negócio é bom para a
população, que será beneficiada com melhorias operacionais
e de infraestrutura no principal aeroporto do país”. O diretor destaca
a expertise das empresas do consórcio no setor de infraestrutura.
Outorga de concessão
de uso
A concessão de uso
é uma parceria em que o poder público concede à inciativa
privada o direito de explorar um bem público mediante pagamento
e por um determinado tempo.
Já a outorga, no
âmbito do leilão, significa o valor a ser pago pela concessionária
por alguma concessão. No caso do leilão do Aeroporto de Guarulhos,
o valor mínimo foi de R$ 3,4 bilhões. O consórcio
Invepar-ACSA arrematou a outorga por R$ 16,2 bilhões. De acordo
com o edital do leilão, esse valor será pago em 20 parcelas
anuais de R$ 810,65 milhões corrigidas pelo IPCA-E (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial). Ressalte-se que
a Infraero (entidade pública) arcará com 49% do valor de
cada parcela e o consórcio Invepar-ACSA (entidade privada), com
51% (R$ 413,43 milhões).
Participação
no leilão
Coube ao Conselho de Administração
da Invepar – composto por membros indicados pelos acionistas FUNCEF, Previ,
Petros e a OAS – a deliberação para a holding participar
do leilão. Antes, porém, o assunto foi aprovado pela Diretoria
Executiva da FUNCEF. Ainda no âmbito da Fundação, o
tema será avaliado pelo Conselho Deliberativo na reunião
de 07/03.
Receitas
Atualmente, as receitas
do Aeroporto de Guarulhos se dividem em tarifárias (cerca de 65%)
e não tarifárias (cerca de 35%). As primeiras são
decorrentes do pagamento das tarifas aeroportuárias. As não
tarifárias são receitas obtidas pela concessionária
por meio de atividades econômicas realizadas no Aeroporto, como as
provenientes de Duty Free, estacionamentos, aluguel de lojas e exploração
imobiliária.
Baseando-se em outros aeroportos,
percebe-se que a composição das receitas contempla até
70% de receitas não tarifárias e 30% de receitas tarifárias.
No caso do Aeroporto de Guarulhos, espera-se que ao final da concessão,
as tarifárias correspondam a aproximadamente 40% do total, enquanto
as não tarifárias, a cerca de 60%.
Por que investir em infraestrutura
Os investimentos no setor
de infraestrutura têm apresentando crescimento significativo, com
atrativas taxas de retorno. Além das vantagens econômico-financeiras,
os investimentos em infraestrutura proporcionam benefícios sociais
à população. Sabe-se que, no setor aéreo, os
aeroportos apresentam alto grau de saturação, especialmente
em períodos como férias e feriados. Com a realização
da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a demanda será ainda
maior.
O número de passageiros
nos aeroportos também tem crescido muito, devido ao maior poder
aquisitivo da população. Todos esses fatores tornam o investimento
atrativo para os investidores.
Estudo técnico da
viabilidade do negócio
A Invepar iniciou os estudos
sobre aeroportos em junho de 2011. Nos últimos três meses,
os trabalhos se intensificaram, chegando a reunir uma equipe de aproximadamente
100 profissionais, entre funcionários próprios e terceiros.
Foram contratadas consultorias especializadas como a Airport Consulting
Vienna, que já realizou cerca de trezentos projetos de consultoria
e participou de aproximadamente 70 processos de privatização
em todo o mundo; a Deloitte, que possui equipe formada por engenheiros
aeronáuticos e economistas com experiência em aquisição
de aeroportos; a Typsa Engecorps, projetista com experiência na elaboração
de projetos executivos de aeroportos, como o de Barcelona, Lima e Madrid;
a AirCon, que presta consultoria para os diversos setores da aviação
civil brasileira, a TGL–COPPE, equipe especializada na análise de
indicadores do mercado de tráfego aéreo no Brasil. A Invepar,
em conjunto com as citadas empresas, desenvolveram um robusto modelo operacional
e financeiro que permitiram ofertar o lance vencedor.
Investimento da FUNCEF na
Invepar
A FUNCEF entrou na Invepar,
juntamente com a Petros, no final de 2009. Dois anos depois, a valorização
do investimento chegou a 114%. A empresa, cujos sócios originais
eram PREVI e OAS, atuava exclusivamente em concessões rodoviárias.
Com a entrada dos novos sócios, foi traçado um planejamento
estratégico voltado ao crescimento e à diversificação
das atividades, mantendo o foco no segmento de transportes.
Hoje, o grupo administra
sete empresas: o metrô do Rio de Janeiro, as rodovias Linha Amarela
(RJ), Auto Raposo Tavares (SP), Litoral Norte (BA), Bahia Norte (BA), Rio
Tersópolis (RJ) e a Rota Atlântico (PE).
“Esses investimentos
confirmam o sucesso do plano de negócios acordado entre os sócios
da Invepar”, frisa o presidente da FUNCEF, Carlos Caser. A holding
conta com 4.500 trabalhadores e um ativo de aproximadamente 4 bilhões.
Em 2011, o faturamento da empresa foi da ordem de R$ 660 milhões
Saiba mais
A ACSA, sócia da
Invepar no negócio, opera os três principais aeroportos internacionais
da África do Sul (O. R. Tombo, Cape Town e King Shaka) e o aeroporto
de Mumbai, na Índia, que recebeu 29 milhões de passageiros
em 2010. O seu principal acionista é o governo sul-africano, que
controla 74,6% da companhia.
Desde a sua criação
em 1993, a ACSA recebeu 20 prêmios de satisfação dos
passageiros no Programa de Qualidade de Serviço Aeroportuário
da ACI (Airports Council International), com base em benchmark de 180 aeroportos
no mundo.
Modernização
- Em entrevista à imprensa, o presidente-executivo da Invepar, Gustavo
Rocha, informou que o Aeroporto Internacional de Guarulhos receberá
investimentos da ordem de R$1,8 bilhão para obras de reforma, expansão
e modernização do terminal. O consórcio Invepar-ACSA
aportará R$ 918 milhões e a Infraero, sócia minoritária,
entrará com R$ 882 milhões. Segundo o dirigente, o foco agora
é preparar o aeroporto para a Copa de 2014. (Funcef/AssPreviSite)
Infraprev:
Leilão dos aeroportos
Concessionárias dos
aeroportos vão manter INFRAPREV
O INFRAPREV, pelo Contrato
de Concessão para Ampliação, Manutenção
e Exploração dos Aeroportos Internacionais de Brasília,
Campinas e Guarulhos, cujo leilão foi realizado em 06 de fevereiro,
está assegurado aos participantes.
O texto sugerido pelo INFRAPREV
com apoio do Sina e da direção da Infraero, quanto às
garantias no processo de transição operacional e transferência
às concessionárias, foi considerado no contrato de concessão
integrante do Edital. No capítulo das disposições
transitórias, no item 15.2.3 consta a obrigação de
manutenção da vinculação ao Instituto para
os empregados transferidos.
Assim as concessionárias
deverão cumprir, mediante formalização de convênio
de adesão com o INFRAPREV, todas as obrigações de
patrocinador do plano de benefícios, nas mesmas condições
praticadas pela Infraero, para os empregados que aceitarem a transferência
para a concessionária. (Infraprev/AssPreviSite)
Fundos:
Vale conquista maior lucro da história
A Vale do Rio Doce obteve
o ano passado o maior lucro da história das empresas de capital
aberto brasileiras, informou a consultoria Economatica. Em 2011, a Vale
teve lucro líquido de R$ 37,814 bilhões.
A Economatica comparou os
lucros nominais de todas as empresas brasileiras de capital aberto conforme
os números oficiais encaminhados à CVM.
O lucro de 2011 de quatro
empresas além da Vale Do Rio Doce aparecem entre as 20 mais lucrativas
da história. A Petrobrás aparece na terceira colocação
com R$ 33,313 bilhões, Itaú Unibanco em 14º lugar com
R$ 14,621 bilhões, Banco do Brasil em 16º lugar com R$ 12,126
bilhões e o Bradesco em 19º lugar com R$ 11,028 bilhões.
Entre os 20 maiores lucros
o setor bancário tem cinco dos maiores, a Petrobrás tem nove
dos 20 maiores lucros e a Vale do Rio Doce seis. Em toda a história
das companhias de capital aberto no Brasil, a Petrobrás obteve os
três lucros subsequentes ao da Vale: R$ 35,189 bilhões (2010),
R$ 33,313 bilhões (2011) e R$ 32,988 bilhões em 2008.
O quinto lugar é
ocupado pela vale (R$ 30 bilhões em 2010), o sexto pela Petrobrás
(R$ 28,982 bilhões em 2009), o sétimo pela Petrobrás
(R$ 25,919 bilhões em 2006), o oitavo pela Petrobras (R$ 23,725
bilhões em 2005), o nono pela Petrobrás (R$ 21,512 bilhões
em 2007) e o décimo pela Vale (R$ 21,008 bilhões em 2008).
Resultados
O resultado operacional
medido pelo EBITDA totalizou R$ 60.155 milhões, 29,7% superior ao
registrado no ano anterior. Já o lucro líquido foi de R$
37.814 milhões, 25,8% acima de 2010.
De acordo com análise
da Corretora Concórdia, a evolução dos resultados
apresentados no ano de 2011 é fruto do aumento dos volumes vendidos
de cobre (+45,6%), níquel (+44,5%), carvão (+34,0%), pelotas
(+4,9%) e minério de ferro (+1,6%). Os maiores preços praticados
em minério de ferro (+24,9%), pelotas (+14,2%), carvão (+29,0%),
a maior contribuição do negócio fertilizantes após
a aquisição da Fosfértil, o ganho não recorrente
no montante de R$2.492 milhões, mais com a venda dos ativos de alumínio
no 1T11 foram pontos positivos, destacou a Concorida.
Todos esses elementos que
resultaram em ganhos compensaram os maiores custos e despesas operacionais,
especialmente com pessoal, aquisições de produtos, pesquisa
e desenvolvimento (P&D), bem como o start up dos cinco projetos entregues
durante o ano.
A margem EBITDA da Vale
totalizou 58,3% em 2011, 2,6pp acima da margem registrada em 2010. Cabe
destacar que se desconsiderássemos o ganho não recorrente,
o EBITDA da Vale seria de R$57.663 milhões (+24,3%), com margem
de 55,9% (+0,2pp). Já a menor evolução do lucro líquido
é basicamente explicada pela piora do resultado financeiro em função
da forte valorização cambial verificada no 3T11. A mineradora
encerrou o ano com uma dívida líquida de R$39.166,5 milhões,
o equivalente a 0,65x o EBITDA gerado em 2011.
Expectativa
Apesar de a companhia ter
atingido resultados recordes em 2011, os números ficaram abaixo
da expectativa da Concordia e do mercado. Na opinião da corretora,
isto ocorreu em função do fraco desempenho verificado no
quarto trimestre dado os menores preços praticados, notadamente
níquel, cobre e minério de ferro, aliado ao aumento dos custos
e despesas operacionais, esta última influenciada pelos maiores
gastos com starts ups das novas operações e das despesas
com serviços de terceiros, pessoal e P&D.
No entanto, as perspectivas
para o médio prazo são positivas para a companhia, adianta
a Concordia, tendo em vista que os países em desenvolvimento, especialmente
a China, continuarão impulsionando o consumo das commodities minerais,
como por exemplo, minério de ferro, níquel e cobre.
Recomendação
Aliado a isto, temos observado
os programas de injeção de liquidez promovidos principalmente
pelos países desenvolvidos e atrasos nas entradas de novas capacidades
ao redor do mundo, que juntos também proporcionarão preços
ainda remuneradores para os produtos da companhia. De acordo com a Concordia,
os resultados da Vale ainda deverão se beneficiar da maturação
dos novos projetos ao longo deste ano. Por isto, a corretora continua com
a recomendação de compra para a Vale. O preço alvo
para a mineradora é de R$53,46 por ação.
A Corretora Planner avaliou
que o balanço da empresa permanece sólido com baixa alavancagem,
medida pela relação dívida total /LTM EBITDA ajustado,
igual a 0,66x, e a manutenção do longo prazo médio
da dívida, de 9,8 anos.
Investimentos
Os investimentos, excluindo
aquisições, atingiram a marca histórica de US$ 18,0
bilhões em 2011, do quais US$ 13,4 bilhões gastos com execução
de projetos e pesquisa e desenvolvimento (P&D). Cinco novos projetos
foram entregues em 2011 – Onça Puma, Omã, Moatize, Estreito
e Karebbe – os quais ainda estão na fase de ramp-up, com seu potencial
de crescimento e geração de valor a ser materializado em
2012 e 2013.
A dinâmica de crescimento
e criação de valor será suportada, na opinião
da Corretora Planner, nos próximos anos pela entrega de projetos
de classe mundial de minério de ferro, pelotas, carvão, cobre,
níquel e potássio, atualmente em construção.
A licença de operação
da área N5 Sul, no complexo da Serra Norte em Carajás, foi
a primeira licença e operação em Carajás obtida
desde 2002. Essa licença permita à empresa explorar o depósito
de minério de ferro com maior teor de ferro, contribuindo pra manter
a alta qualidade da produção.
A Planner mantém
a recomendação de compra para a Vale mesmo acreditando com
preço alvo de R$ 55,00 para a ação PNA, a despeito
do resultado mais fraco no 4T11 o desempenho no ano foi forte. Para 2012
o crescimento dos resultados deverá ser menor, mas ainda muito consistente,
indica a corretora (Executivos Financeiros)
Fundos:
Vale lucra mais que Petrobras pela 1ª vez
Apesar de mais valiosa,
estatal perde liderança para a mineradora, que teve lucro recorde
de R$ 37,8 bi em 2011
Desde a privatização,
ganho da empresa cresceu 4.900%; no mesmo período, o da petroleira
subiu 2.104%
Pela primeira vez na história,
a Vale superou o lucro anual da Petrobras, cujo valor de mercado excede
em mais de R$ 100 bilhões o da empresa mineradora. As duas são
as maiores companhias brasileiras.
A Vale obteve lucro recorde
de R$ 37,8 bilhões em 2011, deixando para trás o ganho de
R$ 33,3 bilhões da Petrobras, campeã em lucratividade no
país por anos, até 2010.
O lucro da mineradora superou
também o da petroleira no ranking de maiores ganhos já registrados
no Brasil em todos os tempos.
O desempenho da mineradora
em 2011 foi obtido em meio a um período de crise, com queda de 18,6%
no preço do minério de ferro no exercício, enquanto
o do petróleo teve alta de 14,1% no mesmo período.
HISTÓRICO
Desde que a Vale foi privatizada,
em 1997, o lucro cresceu 4.900%. O da Petrobras, que permaneceu com o Estado,
subiu 2.104%.
"Não foi a Vale que
cresceu. Foi a Petrobras que parou no tempo ao fazer uma gestão
considerada politizada, com equívocos em relação ao
conteúdo nacional", afirmou uma analista, que preferiu não
se identificar.
Dois fatos são apontados
pelos especialistas como razões impeditivas de um crescimento mais
forte da Petrobras nos últimos anos.
O primeiro deles diz respeito
à política da companhia de não reajustar o preço
dos combustíveis em linha com o mercado internacional. O segundo
está relacionado ao viés governamental de ter que adquirir
equipamentos com forte conteúdo local.
A Vale, que tem presença
do governo em seu capital por meio da Previ, fundo de pensão do
Banco do Brasil, e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social), conseguiu dobrar de tamanho durante a gestão de Roger
Agnelli, substituído da presidência por Murilo Ferreira em
maio de 2011.
"O lucro da Vale está
com um crescimento médio de 17% desde 2005. Não tem como
falar mal do resultado de uma empresa assim", afirmou Pedro Galdi, analista
da SLW Corretora sobre o resultado divulgado na véspera.
A mineradora bateu recordes
de receita, produção e geração de caixa no
ano passado, e em conversa com analistas ontem informou que está
otimista com 2012.
REAQUECIMENTO
O preço do minério,
que fechou o ano com média de US$ 136,07 a tonelada, gira agora
em torno dos US$ 140 e a expectativa é que, depois do inverno na
China, principal cliente da Vale, a economia volte a se aquecer.
"Acreditamos que, com o
fim do inverno e com a recuperação do setor de construção
na China, vai haver mais demanda por minério", diz o diretor de
ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins. "A partir
do segundo trimestre, deve acontecer alguma recuperação no
preço."
A empresa confirmou também
que está reavaliando seus ativos de petróleo e gás
natural, conforme antecipou a Folha, e que não vai mais participar
de leilões de áreas de petróleo -nem no Brasil nem
no exterior.
Apesar de quarto trimestre
fraco, horizonte é bom para mineradora
O lucro da Vale em 2011
foi 26% superior àquele registrado em 2010. Esse bom desempenho
foi obtido graças aos resultados apresentados no primeiro semestre
do ano.
Naquele período,
os preços das commodities minerais estavam em alta e as condições
de negociação com importadores eram favoráveis à
Vale.
O último trimestre,
porém, gerou expectativa negativa no mercado. O lucro da mineradora
caiu 17% em relação a igual período do ano anterior.
Esse encolhimento nos lucros
ocorreu devido à queda dos preços das commodities minerais
e à recusa dos chineses em aceitar o novo sistema de precificação
que a companhia pretendia impor.
Em relação
às perspectivas futuras, cabe perguntar se os resultados do último
trimestre de 2011 foram apenas uma acomodação temporária
ou se representam uma tendência para os próximos anos.
A Vale é uma empresa
global que sofre forte influência das condições econômicas
externas, o que pode prejudicar os resultados ao longo deste ano.
Por outro lado, numa análise
a longo prazo, o horizonte é bom porque, entre outros pontos, a
demanda por minérios deve seguir alta, mesmo com a provável
desaceleração do crescimento chinês.
Há também
esperança de bons resultados da economia americana e de crescimento
do PIB alemão, além de sinais de recuperação
fiscal e das contas externas da Itália.
Esse cenário indica
melhora lenta, porém consistente, da economia internacional num
futuro próximo. Além disso, pesa a favor da Vale na Bolsa
o fato de sofrer menos intervenção -direta ou indireta- do
governo em comparação com a Petrobras.
Investimento em ações,
sobretudo de empresas de grande porte, é sempre uma aposta de longo
prazo. Com a consolidação da imagem do Brasil como importante
ator político-econômico internacional -e da Vale como uma
das mais maiores empresas mineradoras do mundo-, não há razão
para temor.
Apostar na Vale deve continuar
sendo vantajoso. (DENISE LUNA, com análise de ALCIDES
LEITE - Folha de S.Paulo)
Fundos:
Crise afeta lucro da Vale
Apesar de recorde de US$
22,9 bi em 2011, ganho da mineradora recua no quarto trimestre
Embora tenha apresentado
faturamento e lucro líquido recordes em 2011, a Vale viu seus resultados
desacelerarem no quarto trimestre, afetados pela crise global. Os papéis
da companhia viveram um dia de forte queda com a expectativa do anúncio
dos números, que só foram divulgados na noite de quarta-feira.
Segundo balanço divulgado, a receita operacional no ano passado
chegou a R$ 105,5 bilhões, valor 23,6% superior aos R$ 85,3 bilhões
faturados em 2010. O lucro da empresa somou R$ 37,814 bilhões em
2011, 25,75% a mais que os R$ 30,070 bilhões do ano anterior.
Em dólares, o lucro
líquido fechou o ano em US$ 22,9 bilhões, uma alta de 32,6%
sobre os US$ 17,264 bilhões de 2010. A empresa admitiu, no entanto,
que o resultado do último trimestre foi pior por causa da crise
internacional, que reduziu os preços do minério de ferro,
principal produto da companhia.
"Os resultados do quarto
trimestre de 2011 foram bastante robustos, mas inferiores (em dólar)
ao do terceiro trimestre de 2011, como consequência de menores preços
devido à recessão europeia e às expectativas negativas
produzidas pela crise de endividamento da zona do euro", afirmou a empresa
em comunicado.
Lucros menores em 2012
A redução
do lucro no quarto trimestre veio em linha com o esperado pela maior parte
dos analistas do mercado financeiro, que estimavam uma redução
entre 20% e 22% no resultado da companhia em dólares - na moeda
americana, o lucro líquido caiu de US$ 5,917 bilhões no quatro
trimestre de 2010 para US$ 4,672 bilhões nos últimos três
meses do ano passado, uma redução de 21,04%. O número
do fim de 2011, contudo, indica que a empresa pode ter resultados menores
em 2012, uma vez que a crise continua, com uma economia europeia enfraquecida.
Além disso, é esperada uma redução do crescimento
da China, principal locomotiva da economia global.
Em reais, o lucro líquido
de outubro a dezembro do ano passado somou R$ 8,354 bilhões, resultado
16,5% inferior aos R$ 10,002 bilhões registrados no quarto trimestre
de 2010. Já em relação ao terceiro trimestre do ano
passado, por causa da variação cambial, houve ganho de 5,8%.
Na quarta-feira, foi divulgado
relatório do banco de investimentos Credit Suisse, que rebaixou
a recomendação para as ADRs (recibos de ações
negociados no mercado americano) da Vale. As análises do banco suíço
costumam ser seguidas por investidores estrangeiros. Ontem, as corretoras
que se destacaram vendendo ações da mineradora na Bovespa
foram Credit Suisse, Morgan Stanley e Link, controlada pelo também
suíço UBS, de acordo com dados da agência Bloomberg
News.
A empresa informou ainda
que as vendas de minério de ferro e pelotas foram recordes no ano
passado, chegando a 299,1 milhões de toneladas, um volume 1,6% superior
ao registrado em 2010. O presidente da companhia, Murilo Ferreira, comemorou
os resultados, segundo nota divulgada pela Vale:
"Nosso desempenho financeiro
foi extraordinário, o melhor de todos os tempos. Batemos vários
recordes, a despeito de um ambiente econômico desafiador. A execução
disciplinada de nossa estratégia e a performance das operações
foram essenciais para que pudéssemos nos beneficiar da forte demanda
global por minérios e metais". (Portal G1)
Fundos:
Petrobras paga R$ 12 bi para acionistas
A Petrobras vai remunerar
seus acionistas em R$ 12 bilhões, referente ao exercício
fiscal de 2011, somando juros sobre capital próprio e dividendos.
A proposta de pagamento de proventos, que correspondem a R$ 0,92 por ação
ordinária ou preferencial, está sendo encaminhada pela administração
da companhia para aprovação dos acionistas na assembleia
geral ordinária de 2012, a se realizar no dia 19 de março.
O montante corresponde a 38,25% do lucro básico para determinação
dos proventos.
No total de remuneração
ao acionista de 2011 já estão incluídos proventos
anteriormente pagos em maio, agosto e novembro, além de R$ 0,20
aprovados pelo conselho com posição acionária em 2
de janeiro deste ano e outros R$ 0,12 por ação de dividendos
com base na posição acionária da data da assembleia
de março, a serem pagos até 60 dias após esta data,
atualizados monetariamente pela taxa Selic.
A Assembleia também
discutirá a previsão de orçamento de capital no valor
total de R$ 58,812 bilhões. A origem dos recursos será dividida
da seguinte maneira: R$ 55,512 bilhões de recursos próprios,
oriundos principalmente dos lucros gerados pelas operações,
e R$ 3,3 bilhões de recursos de terceiros (Agência Estado)
Fundos:
Petrobrás vai pagar R$ 12,9 mi à diretoria
A Petrobrás convocou
para o dia 19 de março uma assembleia geral extraordinária
para submeter à aprovação dos acionistas propostas
como a destinação de R$ 21,099 bilhões para constituição
de reservas financeiras e elevar para R$ 12,902 milhões a remuneração
paga à diretoria executiva da estatal.
O montante anual é
95% superior à remuneração de R$ 6,615 milhões
registrada em 2009, primeiro ano de vigência da obrigatoriedade imposta
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que as empresas
passem a informar ao mercado a remuneração média de
seus executivos. Em relação ao ano passado, o aumento dos
diretores da Petrobrás, se aprovado pela assembleia, será
de 5,5%.
A remuneração
total de 2011 foi de R$ 12,222 milhões, com valor médio de
R$ 1,746 milhão por membro da diretoria. A maior remuneração
foi de R$ 2,106 milhões; a menor, de R$ 1,463 milhão. Todos
esses valores incluem também quantias referentes à contribuição
via plano de previdência.
A proposta apresentada ontem
indica que aproximadamente 27% da remuneração total da diretoria
executiva prevista para 2012 está atrelada a bônus por desempenho
e participação nos resultados, em um total de cerca de R$
3,5 milhões.
Em discussão. No
ano passado, essa participação era equivalente a 11,8%, ou
R$ 1,445 milhão, pouco inferior à taxa de 15,3% registrada
em 2009. A divulgação da remuneração dos salários
de executivos foi determinada pela Instrução 480 da CVM,
que está sendo questionada em tribunais de terceira instância,
sem previsão de conclusão.
A proposta prevê também
a remuneração total de R$ 965,3 mil aos membros do conselho
de administração e R$ 498,3 mil aos membros do conselho fiscal,
em um total de R$ 14,366 milhões em 2012. O valor final corresponde
a um aumento de 7,3% em relação à remuneração
integral de 2011, e considera valores projetados a partir de fevereiro,
segundo informado pela Petrobrás.
A alta do valor total a
ser desembolsado este ano é explicada principalmente pela quantia
destinada aos membros do conselho de administração, que saltará
36% entre 2011 e 2012.
Na proposta a ser analisada
pelos acionistas da Petrobrás, a companhia destaca que, em atendimento
à lei nº 12.353, de 28/12/2010, está conduzindo processo
de eleição de um representante dos empregados no Conselho.
(ANDRÉ MAGNABOSCO - Agência Estado)
Fundos:
Dilema na Petrobras
Graça Foster, ao
assumir direção da empresa, promete fidelidade incondicional
a Dilma Rousseff; preços de derivados são primeiro teste
Na cerimônia de sua
posse, a nova presidente da Petrobras prometeu "fidelidade incondicional"
à presidente Dilma Rousseff.
A expressão é
cabível numa conversa privada entre amigas de longa data; empregada
em público, suscita preocupação quanto ao rigor que
Graça Foster imprimirá à necessária distinção
entre Dilma, seu partido (PT) e seu governo, de um lado, e de outro a União,
acionista majoritária da Petrobras.
A executiva fez mais uma
promessa, dirigida a outro público: a de buscar para a companhia
um lucro maior que o de 2011. Foi um aceno aos numerosos acionistas minoritários,
prejudicados pela evolução decepcionante que o preço
das ações da Petrobras tem apresentado desde meados de 2010.
Dentre os fatores que explicam
esse desempenho, claramente inferior à média dos demais papéis
que compõem o índice da Bolsa de Valores de São Paulo,
está a diminuição do lucro da empresa, de R$ 35 bilhões
para R$ 33 bilhões, entre 2010 e 2011. E tal redução
está associada, em grande parte, à política de preços
da estatal.
Vários produtos têm
gerado prejuízo para a Petrobras, sobretudo porque o custo de importá-los
supera o preço de venda no mercado brasileiro. É o caso da
gasolina e, de forma mais marcante, do diesel. Analistas estimam que em
2011 a companhia tenha sofrido prejuízo de quase R$ 2 bilhões
nas operações de importação e venda de diesel
-e de mais cerca de R$ 500 milhões com a gasolina.
Aumentar os preços
cobrados por esses produtos nas refinarias melhoraria a rentabilidade da
empresa e poderia reforçar sua capacidade de investir. Diante de
outras limitações, como os prazos longos pedidos por fornecedores,
já há algum tempo a Petrobras vem descumprindo suas metas
de aumento da produção. Por outro lado, reajustes de combustíveis
poderiam aumentar a inflação.
No que toca à gasolina,
se a Petrobras determinar altas de preço nas refinarias, o governo
pode mitigar o impacto sobre a inflação por meio de redução
do valor de um tributo (a Cide) cobrado sobre cada litro vendido ao consumidor.
Esse expediente, no caso
do diesel, teria efeito pequeno, porém, pois a parcela da Cide embutida
no preço final é bem menor. Logo, seria mais substancial
o impacto sobre a inflação de um realinhamento do preço
do diesel.
Fica evidente que a política
de preços da Petrobras envolve um conflito de interesses, entre
os objetivos políticos do Planalto e a saúde da maior empresa
do Brasil. Uma solução equilibrada parece incompatível
com a atitude de alinhamento automático de Graça Foster com
o governo de turno. (Folha de S.Paulo)
CNPS:
Ampliação da cobertura previdenciária
Meta é aumentar cobertura
previdenciária para 77% da PO até 2015
Para atingir essa meta é
preciso trazer 16 milhões de pessoas para a Previdência Social
Aumentar a cobertura previdenciária
para 77% da População Ocupada (PO) até o final de
2015. Essa é uma das principais metas do Plano Estratégico
da Previdência Social (2012-2015), apresentado ontem ao Conselho
Nacional de Previdência Social (CNPS). Hoje, a cobertura é
de 67% da PO.
Para atingir essa meta é
preciso trazer para a Previdência Social 16 milhões de pessoas.
Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social,
Leonardo Rolim, esse é um objetivo ousado. "Temos vários
públicos diferentes e para cada publico precisamos desenvolver uma
ação diferente de inclusão. Esse é o maior
desafio hoje para a Previdência", afirmou Rolim.
Outra meta até 2015
é implantar 651 novas Agências da Previdência Social
em todo o país.
Consignado – Na reunião
de hoje, o CNPS definiu as próximas reuniões do Grupo de
Trabalho sobre crédito consignado. Os encontros acontecerão
nos dias 14 e 28 de março. Além disso, o assunto também
será discutido na próxima reunião do Conselho, no
dia 29 de março. (Talita Lorena - Ascom/MPS)
Senado:
Substitutivo para a aposentadoria especial
Projeto da aposentadoria
especial para portador de deficiência deve ter substitutivo no Senado
O texto alternativo conta
com o apoio de entidades que prestam apoio aos deficientes
O projeto de Lei que trata
da concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência
filiada ao Regime Geral de Previdência Social - o PLC 40/10, já
aprovado pela Câmara dos Deputados – deverá receber um substitutivo
no Senado. Esse texto alternativo, cujo teor já foi negociado com
setores do governo federal, contará com o apoio de entidades que
prestam apoio aos deficientes – entre elas a Associação dos
Deficientes de Brasília (ADB) e o Movimento Habitacional e Cidadania
das Pessoas com Deficiência (Mohciped).
O aval das entidades foi
obtido em reunião realizada no Ministério da Previdência
Social, na tarde desta quarta-feira (15), que contou também com
as presenças do ministro Garibaldi Alves Filho e do senador Gim
Argello (PTB/DF). O encontro também ficou definido que o ministro
da Previdência conversará com a ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, para que o governo envie ao Congresso um outro projeto
tratando da aposentadoria especial para os deficientes servidores públicos.
“Se o substitutivo for aprovado
pelo Senado, ele retornará para a Câmara dos Deputados. Como
o texto foi negociado com os ministérios da Fazenda e Previdência,
a Casa Civil e a Secretaria de Direitos Humanos, significa que o governo
mobilizará sua base para a aprovação da matéria.
Dessa forma, deverá haver uma maior rapidez na sua tramitação”,
explicou o ministro Garibaldi Alves Filho. (Ascom/MPS)
Cortes
no Orçamento revolta aposentados
Presidente da COBAP conclama
categoria a pendurar faixas em suas entidades
O tempo passa e a cada dia
aumenta a insatisfação de milhares de aposentados com as
atitudes impensadas da ilustríssima senhora que hoje ocupa o trono
da Presidência da República.
Depois de humilhar os 8
milhões de aposentados com um reajuste ridículo de 6,08%,
Dilma volta a massacrar os velhinhos fazendo cortes terríveis no
setor de Saúde.
Dos 55 bilhões bloqueados
no Orçamento da União, foi a Saúde quem mais sofreu,
perdendo R$ 5,47 bilhões em relação aos valores aprovados
pelo Congresso Nacional.
Isto significa uma redução
de médicos nos postos de saúde, menos remédios, mais
filas no atendimento, mais doenças e consequentemente mais mortes
em todo o Brasil.
Por tratar-se de despesa
obrigatória, o Governo não pode por suas garras nos benefícios
previdenciários. Mas é bem provável que, em breve,
os ministros venham com a desculpa de não poderem reajustar os aposentados
com dignidade devido os cortes no orçamento. Uma coisa não
tem ligação com a outra. Não vamos aceitar calados
essas desculpas esfarrapadas, pois o nosso ouvido não é penico.
Diante das injustiças
que estamos assistindo perplexos, faço um novo apelo aos dirigentes
das federações e associações de base. Respeitosamente,
peço que coloquem na frente de suas entidades uma grande faixa com
os seguintes dizeres:
"SEM DINHEIRO E SEM REMÉDIO,
DILMA QUER APOSENTADOS NO CEMITÉRIO"
Agradeço a colaboração.
Toda forma de manifestação é válida e necessária.
Muito obrigado pela atenção e bom feriado a todos. Fiquem
com Deus! (Richard Casal - Cobap)
Prova
de vida para beneficiários do INSS
A Caixa Econômica
Federal inicia, a partir de maio, a prova de vida dos aposentados e pensionistas
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem seus benefícios
por meio de crédito em conta do banco. O recadastramento para
os aposentados e beneficiários do INSS que recebem via cartão
magnético já acontece anualmente. A partir deste ano, o procedimento
passa a abranger também os que recebem por meio de crédito
em conta.
Serão cinco milhões
de beneficiários convocados para o recadastramento na CAIXA, por
meio de mensagem nos rodapés dos extratos e saques realizados, ou
ainda por meio do Internet Banking CAIXA. Após o recebimento das
mensagens, os aposentados e pensionistas terão 30 dias para comprovar
que estão vivos. Para isso, deverão se dirigir à agência
da CAIXA onde possuem conta portando o cartão magnético e
um documento de identificação com foto que poder ser a carteira
de identidade, Carteira de Trabalho ou Carteira Nacional de Habilitação.
Os aposentados e pensionistas
do INSS devem aguardar o recebimento de comunicado do banco, sem necessidade
de comparecer às agências. A prova de vida é obrigatória
a todos os segurados como forma de evitar fraudes. Quem não realizar
o processo corre o risco de perder o benefício. (Cidade Verde)
Ministra
quer ampliar licença-maternidade
A nova ministra da Secretaria
de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, quer ampliar
a licença-maternidade para seis meses obrigatórios e abrir
o debate sobre a ampliação da licença-paternidade
no Brasil.
A ministra, que assumiu
o cargo há apenas nove dias, está em Genebra para responder
a uma sabatina da ONU sobre a situação das mulheres no Brasil.
Ontem, declarou que a ampliação desses direitos será
uma de suas bandeiras no governo.
Pela lei, cada mulher tem
direito a quatro meses de licença-maternidade, com a possibilidade
de mais dois - o que cada empresa pode ou não adotar. Segundo a
ministra, apenas uma em cada três empresas cumpre essa política.
"Será um dos pontos que vou defender em meu ministério",
disse ela a jornalistas.
Atualmente, 148 municípios
de 22 Estados aplicam a licença-maternidade de seis meses. As estimativas
são de que cerca de 10 mil empresas no País também
aderiram aos seis meses de licença facultativa.
Em 2010, o Senado aprovou
a obrigatoriedade da licença-maternidade de seis meses para todos
os setores. Mas o projeto está parado desde então na Câmara
dos Deputados, que calculou o quanto essa ampliação custaria
aos cofres públicos. Em 2010, por exemplo, a estimativa era de que
R$ 1,6 bilhão extras teriam de ser gastos pela Previdência
Social para arcar com esses dois meses a mais. Mas o valor não chega
a 1% dos gastos da Previdência. Para os defensores da ideia, a licença
ajudará principalmente as mães mais pobres, que não
têm como pagar creche.
Debate. Para a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a ampliação é ideal
para a amamentação e evita doenças e mortes prematuras.
Mas o objetivo da nova ministra vai além da licença-maternidade.
Para ela, chegou o momento de o Brasil "debater seriamente" um maior período
de licença também para os pais. Hoje, esse direito se limita
a oito dias. "É fundamental a participação masculina
desde a primeira hora da gestação", disse. "A maternidade
não é só biológica da mulher. O homem tem de
ser afetivamente responsável."
Nos países escandinavos,
o período de licença após o nascimento de um bebê
é administrado pelos pais, com a possibilidade de que o homem ou
a mulher dividam os meses que têm direito. Críticos alertam
que, apesar dessa flexibilidade, quem acaba invariavelmente ficando em
casa são as mulheres.
No caso do Brasil, Eleonora
prefere não predeterminar qual deveria ser o período de licença-paternidade.
"Os homens precisarão se organizar para reivindicar isso", declarou.
(JAMIL CHADE - Agência Estado)
Cuidado:
golpe da previdência
Aposentados e pensionistas
em vários estados continuam a ser alvo de quadrilhas que tentam
aplicar o golpe da previdência. A abordagem ocorre por meio de cartas
enviadas pelos correios e por e-mail, solicitando a realização
de um depósito para o recebimento de um pagamento judicial. Os golpistas
alardeiam vitória em uma suposta “Ação Pública”
gerada para ressarcir os beneficiários de montepios ou pecúlios
que tiveram a falência decretada, como Capemi, Capserv Previdência,
Montepio Mongeral da Família Militar, CaixaGeral S/A Seguradora.
Citam ações
judiciais inexistentes e apresentam valores supostamente corrigidos das
contribuições até o fim do ano passado para atrair
os incautos e motivá-los a pagar a guia de recolhimento de despesas
judiciais, em geral, acima de R$ 3 mil para capitais próximos de
R$ 60 mil. Usam expressões do juridiguês como “Pagamento Judicial”,
“Acordo Judicial”, “2ª Instância” e “V.S. foi beneficiado”,
colocando até um telefone para eventuais contatos.
O propósito dos estelionatários
é estimular as vítimas a pagar logo as custas. Mas trata-se
de um golpe e não haverá qualquer liberação
de dinheiro após o depósito, porque os processos são
falsos. Então a recomendação é que as possíveis
vítimas desses golpes evitem o contato com estes estelionatários.
Mas guardem o envelope e a carta para entregá-los às autoridades
policiais. O site da Susep, a autarquia que fiscaliza e regula o mercado
segurador, enumera diversos golpes semelhantes que estão ocorrendo
no mercado de seguros e de previdência privada. (Fenaseg)
Aposentados
do Santander: Benefício incorporado
TST mantém participação
nos lucros a aposentados
O regulamento empresarial
faz lei entre as partes, nos termos do artigo 468 da CLT, da Súmula
51 e da Súmula 288 do Tribunal Superior do Trabalho. Com base nos
dispositivos, a 7ª Turma do TST manteve a extensão da parcela
Participação nos Lucros e Resultado (PLR) a dois funcionários
aposentados do banco Santander. A decisão foi mantida pela Subseção
1 Especializada em Dissídios Individuais, que não conheceu
do recurso da empresa.
De acordo com as decisões
da Justiça Trabalhista, havia previsão expressa em regulamento
empresarial vigente à época da admissão dos ex-empregados
de continuidade da parcela na inatividade, que passou a fazer parte de
seus contratos de trabalho.
De acordo com os autores
da ação, por mais de 40 anos o banco distribuiu aos aposentados
parte dos lucros obtidos. No entanto, em 2005, a PLR foi paga apenas aos
ativos. Esse fato os motivou a buscar na Justiça a condenação
do banco ao pagamento da parcela relativa ao exercício de 2005 nos
mesmos moldes do pessoal da ativa, no valor total de dois salários
correspondentes ao cargo que ocupavam na ativa, além dos proventos
do INSS acrescidos do valor da complementação.
Em primeira instância,
a 23ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte deferiu o pedido, observando-se
o valor pactuado na convenção coletiva de trabalho específica
e pago aos funcionários da ativa. Também concedeu a paridade
entre ativos e inativos (proventos do INSS acrescidos do abono complementar
de aposentadoria).
O banco recorreu. O Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) registrou que o pagamento
da parcela estava previsto no estatuto do banco e em seu regulamento de
pessoal. O TRT-3 entendeu que os instrumentos coletivos posteriores que
retiraram o direito dos aposentados à PLR não tinham validade,
porque a norma mais benéfica tinha se incorporado ao seu patrimônio.
O TRT se baseou na Súmula 51 do TST, que estabelece que as cláusulas
regulamentares vigentes quando da admissão dos funcionários
são as que regem o contrato de trabalho, e são proibidas
alterações que revoguem vantagens anteriormente concedidas,
sob pena de violação ao artigo 468 da CLT.
A 7ª Turma do TST manteve
a decisão da corte regional ao julgar recurso de revista.
RR-53300-52.2007.5.03.0023
(Consultor Jurídico)
Brasil
ainda não vive pleno emprego
O Brasil ainda não
vive uma situação de pleno emprego, apontou um estudo divulgado
ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apesar
do aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, o mercado
de trabalho ainda é marcado por uma expressiva informalidade e por
postos de trabalho considerados "precários", com baixos rendimentos.
O relatório "Considerações
sobre o Pleno Emprego no Brasil" afirma que há no País diversos
fatores que contribuem para um ambiente de incertezas quanto ao comportamento
do nível de emprego da economia no futuro.
O estudo mostra que há
um elevado contingente de pessoas que alterna momentos de inserção
no mercado de trabalho - muitas vezes em situação precária,
irregular ou instável - com momentos de inatividade. As próprias
oscilações na taxa de atividade do País revelam que
há uma grande parcela da População Economicamente
Ativa que tem a sua capacidade produtiva subutilizada.
Segundo o Ipea, a demanda
por mão de obra varia de acordo com o ciclo econômico, e o
mercado de trabalho no País ainda é heterogêneo, ao
contrário do que ocorre em países desenvolvidos.
No entanto, o Ipea salienta
que houve avanços, como os ganhos salariais reais em alguns setores
da economia, com mudança de patamar salarial em algumas profissões,
e a falta de mão de obra em outras atividades. (Agência
Estado)
Comissão
veta mudanças em ponto eletrônico
A Comissão de Assuntos
Sociais do Senado (CAS) aprovou um projeto que susta portaria do Ministério
do Trabalho que disciplina o uso do Registrador Eletrônico de Ponto
(REP) e a utilização do Sistema de Registro de Ponto (SREP).
O relator da proposta, senador
Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confederação
Nacional de Indústria (CNI), alega que as exigências do ministério
resultarão em gasto de R$ 6 bilhões para o setor produtivo,
além de criar novos direitos e deveres que não estão
previstos em lei.
Pela portaria, as empresas
seriam obrigadas a adquirir um novo equipamento e "encostar" o sistema
hoje utilizado para registro do ponto. De iniciativa da ex-senadora Niúra
Demarchi (PSDB-SC), a proposta terá ainda de ser analisada pela
Comissão de Direitos Humanos (CDU), antes de ser encaminhada para
avaliação da Câmara dos Deputados.
O Ministério do Trabalho
determina na portaria que o ponto dos trabalhadores deve ser marcado em
equipamento REP e registrado pelo SREP. É obrigatório a impressão
de um comprovante da marcação do ponto do trabalhador. A
empresa que não cumprir com essas determinações pode
ser autuada.
O ministério deu
um prazo ao "mercado" para desenvolver em 12 meses a tecnologia, fabricar,
certificar, homologar, integrar com os softwares de processamento, treinar
equipes em todo Brasil, bem como realizar a adequação administrativa
dos empregadores e a definitiva implantação do sistema de
registro de ponto.
Fraude. Armando Monteiro
avalia que a portaria pressupõe que há fraude generalizada
no registro de ponto dos trabalhadores, "e assim pune a maioria das empresas
que utiliza corretamente os sistemas de ponto".
Ele lembra, ainda, que o
tempo exigido para impressão do comprovante do registro de ponto
vai provocar grandes filas na entrada e saída das fábricas
e empresas. (ROSA COSTA - Agência Estado)
Agonia
da Grécia eleva os riscos
As tensões estão
claramente crescendo entre a políticos e o povo
Risco. População
sofre com a falta de produtos para consumo, empobrecimento e desemprego
A agonia da crise da Grécia
escala para a deterioração do ambiente político entre
as lideranças da Europa. O perigo é que esse ambiente traga
a avaliação de que não existe mais nada a ser feito
para salvar o fraco membro da Zona do Euro, abrindo a porta de saída
do bloco. O tom azedou ontem, piorando o clima de incertezas que ronda
o país. Além de os investidores estarem perdendo a confiança
de que a Grécia conseguirá evitar o default desordenado,
agora autoridades também demonstram descrença numa solução
definitiva.
Começam a circular
alternativas para o caso de não serem liberados os 130 bilhões
de euros da ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário
Internacional (FMI), na reunião de ministros de Finanças
da Zona do Euro, na segunda-feira. "O prolongamento dessa saga ajudou a
criar o que está escalando para uma desconfiança entre a
Grécia e a União Europeia", escreveu o estrategista-chefe
do Deutsche Bank, Jim Reid, em relatórios aos clientes. "Com a deterioração
da confiança entre as lideranças da UE, os rumores sobre
um atraso do pacote de resgate para depois das eleições gregas
falam por si só", avalia Benjamin Schroder, analista do Commerzbank.
As tensões estão
claramente crescendo e houve até mesmo trocas de farpas públicas
ontem. "Como eu sempre disse, nós podemos ajudar. Mas não
vamos colocar dinheiro em um poço sem fundo", afirmou o ministro
de Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble. A resposta veio do
presidente da Grécia, Carolos Papoulias: "Quem é o sr. Schaeuble
para provocar a Grécia? Quem são os holandeses? Quem são
os finlandeses?".
O ministro de Finanças
grego, Evangelos Venizelos, disse que o país cumpriu as últimas
exigências para receber o novo resgate. Entretanto, surgem rumores
de que as autoridades estudam alternativas, como a liberação
de recursos somente após as eleições convocadas para
abril. Também aparecem dúvidas sobre a viabilidade de emprestar
mais dinheiro ao país, sem a garantia de que a dívida grega
entre num caminho de sustentabilidade. O ambiente está carregado
de ruídos e incertezas neste momento.
Analistas ainda acreditam
ser possível evitar o pior, mas alertam que os riscos aumentaram.
O prazo para a Grécia evitar o default desordenado no dia 20 de
março, quando tem vencimento de 14,5 bilhões de euros, está
se esgotando. Para conseguir honrar o pagamento, os ministros de Finanças
precisam liberar o pacote de resgate na reunião da próxima
segunda-feira (20). (O Tempo)
Grécia
já tem acordo para corte de € 325 mi
Depois de quatro dias de
crise social e política na Grécia e de pressões da
União Europeia pelo cancelamento das eleições de abril,
Atenas teve enfim ontem uma notícia boa - pelo menos aos olhos de
Bruxelas. Os partidos da coalizão que sustentam o governo de Lucas
Papademos teriam chegado a um acordo sobre em que áreas serão
feitos os cortes de € 325 milhões exigidos pela troica. Essa
negociação era um dos pré-requisitos para que o acordo
com os credores privados e a liberação do novo programa de
socorro de € 130 bilhões fossem encaminhados.
O acordo em torno dos cortes
teria sido fechado na noite de ontem, no Parlamento. Segundo a agência
Reuters, a maior fatia do novo bloqueio de recursos será feito no
Ministério da Defesa, que perderá € 100 milhões
de seu orçamento. Outros € 90 milhões virão da
antecipação do corte de salários de alguns setores
do funcionalismo público. Restarão ainda € 135 milhões,
cujos recursos serão economizados em despesas operacionais dos Ministérios
do Interior, da Saúde e do Trabalho, incluindo cortes na Previdência.
No início da tarde,
Christos Staikouras, deputado e conselheiro econômico do Nova Democracia
(direita), partido que integra o governo de união de Papademos,
confirmou ao Estado que o acordo havia acontecido. Segundo ele, até
segunda-feira todos os detalhes pendentes com a União Europeia e
o FMI estarão resolvidos, e o compromisso, firmado. "Na segunda-feira,
vamos concluir tudo com a UE, porque teremos definido todos os detalhes
sobre a missão de tapar o buraco dos € 325 milhões",
afirmou.
Sinal. De acordo com o porta-voz
do governo grego, Pantelis Kapsis, esse acerto permitirá à
UE desbloquear os recursos do segundo plano de socorro, aprovado em outubro,
mas até aqui bloqueado. "As negociações estão
transcorrendo sem sobressaltos. Nós esperamos que o Eurogrupo dê
o sinal verde e então iniciaremos os procedimentos do plano."
A Grécia precisa
desses recursos para saldar um total de € 14,5 bilhões em títulos
de sua dívida soberana que vencerão em março. Caso
não cumpra sua obrigação, deve declarar calote nos
pagamentos - hipótese que alguns especialistas europeus consideram
inevitável, mas que Fundo Monetário Internacional (FMI) e
União Europeia até aqui se recusam a aceitar.
Além desses recursos,
a implantação efetiva das medidas de austeridade deve resultar
na assinatura do acordo com credores privados para o perdão de €
100 bilhões da dívida pública do país, que
chega a 159% do Produto Interno Bruto. De acordo com as estimativas do
FMI, a operação poderia trazer a dívida grega ao patamar
de 120% do PIB em 2020. Em Atenas, porém, analistas entendem que
mesmo o corte não reduzirá a dívida nos próximos
oito anos a menos de 129% da riqueza nacional.
Eleições.
A dificuldade da Grécia de cumprir as metas estabelecidas com a
troica é um dos fatores pelos quais Alemanha, Holanda e Finlândia
aumentaram a pressão sobre o governo de Papademos nessa semana,
até mesmo falando na possibilidade de calote de pagamento. Conforme
o Estado informou ontem, a pressão da UE visa a obrigar os dois
maiores partidos gregos - o Partido Socialista (Pasok), no poder, e o ND
- a entrarem em acordo que permita o cancelamento das eleições
legislativas, previstas para abril.
De acordo com pesquisas
de opinião, o líder do ND, Antonis Samaris, é o favorito
para vencer as eleições, mas a tendência é de
fragmentação dos votos entre diversos partidos, o que exigiria
a formação de um governo de coalizão - o que Bruxelas
considera um risco. Papademos, ainda segundo as sondagens, não tem
chances de ser eleito. Ontem, diferentes fontes em partidos políticos
da Grécia com os quais o Estado conversou nos bastidores do Parlamento
confirmaram que o governo da Alemanha manobra para evitar a eleição.
No final da noite de quarta-feira, o ministro de Finanças alemão,
Wolfgang Schaueble, insinuou que as eleições gregas caem
na hora errada, quando o país deveria estar concentrado na renegociação
da dívida e na implementação dos planos de austeridade.
"Devemos nos perguntar: quem vai garantir que após as eleições
a Grécia respeitará o que nós decidimos atualmente
com o governo grego?", questionou. (ANDREI NETTO - Agência
Estado)
'Liquidez
do BCE afasta risco de contágio'
A liquidez abundante fornecida
pelo Banco Central Europeu (BCE) e outros grandes bancos centrais, somada
à resiliência das economias dos EUA e dos emergentes e recessão
menos severa na Europa, alimentam a percepção de que a crise
da dívida soberana europeia e a crise bancária recuaram e
o risco de contágio estaria contido.
É o que diz o Instituto
Internacional de Finanças (IIF), que representa os maiores bancos
do mundo, em relatório enviado a seus membros esta semana. "O sentimento
de menos perigo e de firewall significa essencialmente que investidores
agora parecem entender que, indiferentemente da austeridade fiscal funcionar
na Grécia e em Portugal, o contágio nesses países
será contido na medida em que outras nações com problemas
vão ser bem sucedidas"", afirma.
Além da enorme liquidez
dada pelo BCE, a "percepção de firewall"" em torno da Grécia
é reforçada pela decisão de Bruxelas de ativar já
em junho o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês)
com capacidade de empréstimo de € 500 bilhões. O poder
de fogo contra o contágio na zona do euro poderá ser ampliado,
se o EFSF, o atual mecanismo europeu de socorro, continuar a funcionar
justamente com o ESM.
Essa visão benigna
será testada nas próximas semanas. Nos mercados financeiros
da Europa, a situação da Grécia é vista como
uma roleta russa entre políticos e líderes europeus. A Europa
ameaça atrasar a liberação do segundo pacote de socorro
de € 130 bilhões até a eleição geral grega
em abril, mas ao mesmo tempo provavelmente dando a Atenas dinheiro suficiente
para evitar o calote. Já a Alemanha ainda explora a possibilidade
de colocar o dinheiro para os gregos numa conta controlada pela Europa.
E junto com a Holanda e a Finlândia, a Alemanha cada vez mais parece
preparada para deixar a Grécia dar o calote e sair da zona do euro.
O líder da direita
grega Antonis Samaras enviou ontem às pressas uma carta aos líderes
europeus se comprometendo com austeridade. Mas sua observação
no começo da semana, de que renegociaria o pacote de rigor depois
da eleição, afundou sua credibilidade.
Para analistas, mesmo se
a Europa aceitar as promessas dos gregos, o colapso é tão
grande na economia do país que outra reestruturação
da dívida poderá ser exigida no médio prazo. "A Grécia
está em fase terminal e todo mundo sabe disso"", afirma o economista
Michael Derks, da consultoria FxPro, de Londres.
A economia grega poderá
sofrer contração de 5% este ano, após ter declinado
13% nos últimos quatro anos. A coleta de impostos na Grécia
caiu 7% em janeiro, ao invés de aumentar 8,9% como planejado, ilustrando
a dificuldade de implementar o que assinou junto aos europeus.
Diante desse cenário,
cresce a convicção de que a Grécia acabará
sendo empurrada para fora ou tomando a porta de saída da zona do
euro, agora que a União Europeia poderia conter o impacto de um
calote desordenado grego. (Assis Moreira - Valor)
Alívio
na crise e início de retomada
Para especialistas, crescimento
de 0,57% em dezembro calculado pelo BC aumenta chances de um PIB maior
em 2012
O Índice de Atividade
Econômica do Banco Central (IBC-Br) de dezembro, ao crescer 0,57%
ante novembro, trouxe duas importantes mensagens, segundo o economista-chefe
da Bradesco Asset Management (Bram), Fernando Honorato Barbosa: que a recuperação
da atividade econômica no quarto trimestre do ano passado não
era exuberante e que o pior momento da atividade brasileira estacionou
em outubro de 2011.
É por essa razão
que ele trabalha com uma taxa de crescimento zero do Produto Interno Bruto
(PIB) para o último trimestre de 2011. "É a cara do Brasil
em 2011, e eu atribuo 70% da desaceleração econômica
no ano passado aos apertos decorrentes das medidas macroprudenciais, juros
e política fiscal."
Na opinião de Barbosa,
o IBC-Br marca o fim do pior momento da atividade econômica brasileira
e aponta para uma taxa de crescimento maior para a frente.
Partindo de uma avaliação
do IBC-Br de dezembro para a frente, Barbosa calcula que o indicador de
atividade do BC carrega para o PIB do primeiro trimestre de 2012 um efeito
estatístico (carry over) de 0,8%. Assim, o economista espera crescimento
de 0,9% da economia no acumulado do primeiro trimestre.
No segundo trimestre, o
PIB deverá crescer 1,4%. Para o ano cheio, a Bram trabalha com crescimento
de 3,3%. "O que veremos a partir do primeiro trimestre deste ano é
a reversão dos efeitos das medidas de contenção do
crescimento adotadas no passado, com juros caindo, macroprudenciais mais
frouxas e política fiscal neutra em relação a 2011",
prevê o economista. Pesa ainda neste ano a favor de taxas trimestrais
de expansão do PIB, de acordo com Barbosa, o aumento de 14% do salário
mínimo concedido em janeiro.
Já o economista e
sócio da MCM, Antônio Madeira, atribui a alta de 0,57% calculada
pelo IBC-Br à melhora do desempenho da indústria e do varejo
em dezembro. O resultado veio dentro do que a consultoria esperava, que
era de 0,6%, o que não alterou a previsão de alta do PIB
de apenas 0,2% no quarto trimestre e manteve a projeção de
crescimento de 2,8% em 2011.
Para janeiro, Madeira prevê
que o IBC-Br poderá apresentar resultado muito próximo de
dezembro, por causa da continuidade da recuperação da economia.
Nesse contexto de melhora do nível de atividade, ele também
acredita que o setor manufatureiro e as vendas do varejo devem continuar
respondendo de forma positiva aos estímulos do governo, como a redução
dos juros pelo Banco Central e o corte do IPI para a aquisição
de produtos da linha branca ocorrido no fim do ano passado.
Na avaliação
do especialista, o cenário para 2012 do nível de atividade
indica alta do PIB de 3,2%, pouco maior do que em 2011. Como ele prevê
que o IPCA não deve repetir os 6,5% no ano passado - embora ainda
fique acima da meta de 4,5%, pois deve atingir 5,5% -, ele não vê
muito espaço para que o BC continue baixando os juros neste ano.
Na sua avaliação, a Selic deve chegar a 9,5% em 18 de abril
e permanecer assim até o fim de 2012. "A situação
da economia neste ano deve ser melhor, mas a inflação requer
cuidados."
Aceleração
Na opinião de Flavio
Serrano, economista-sênior do Besi Brasil, a variação
de 0,57% de dezembro do IBC-Br mostra que a economia brasileira recuperou
a tração no quarto trimestre do ano passado e, sobretudo,
amplia a probabilidade de aceleração da trajetória
nos próximos meses.
Para o período de
outubro a dezembro de 2011, a expectativa do economista é de que
o PIB tenha crescido 0,4%. Para o primeiro trimestre deste ano, a projeção
do Besi é de uma expansão de 0,8% e crescimento de 3,5% acumulado
de 2012.
O bom desempenho do IBC-Br
em dezembro, de acordo com Serrano, reflete o crescimento de 1,6% no indicador
de vendas do varejo ampliado em dezembro do ano passado comparado a novembro
e a expansão de 0,9% da produção industrial, na mesma
base de comparação.
O resultado do IBC-Br ficou
de acordo com a projeção do departamento econômico
do Besi Brasil, de alta de 0,6%. O economista avalia ainda que o Copom
parece estar inclinado a aumentar os estímulos monetários
nos próximos meses. "Mantemos nossa previsão de que a inflação
deve desacelerar no curto prazo, impulsionado por efeitos temporários,
mas com tendência de aumento no longo prazo." (Francisco Carlos
de Assis e Ricardo Leopoldo - Agência Estado)
Um novo
ciclo virtuoso
O petróleo do pré-sal
abre a perspectiva de início de um novo e especial ciclo de industrialização
para o país
A história brasileira
apresenta uma série de ciclos em que um determinado segmento da
atividade econômica sobressaiu sobre os demais, causando importantes
mudanças populacionais, culturais e políticas na sociedade.
Ao longo dos tempos, a importância
desses ciclos foi sendo atenuada pela maior diversidade e complexidade
da economia nacional, mas podemos estar entrando em um novo ciclo que,
se bem aproveitado, deverá ser transformacional, sobretudo em termos
de benefícios sociais ao nosso país.
O primeiro e mais longo
ciclo econômico foi o da cana-de-açúcar, que começou
logo após o descobrimento do Brasil, com as capitanias hereditárias,
e durou até 1700.
Era um negócio bastante
lucrativo para os donatários por serem culturas extensivas em terras
doadas por Portugal, pelos bons preços do produto na Europa e pelo
baixíssimo custo da mão de obra devido à utilização
de escravos.
A esse se seguiu o ciclo
da mineração, com as famosas entradas e bandeiras, que tiveram
importante papel na ocupação do interior do país.
As expedições varreram boa parte do território nacional
em busca de ouro, prata e pedras preciosas. Foi um período de grande
fluxo populacional vindo de Portugal para os hoje Estados de Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso.
O século 19 começa
com a chegada do ciclo do café. A cultura desse produto foi iniciada
pelo Vale do Paraíba, se alastrando posteriormente para o interior
de São Paulo e do Paraná, e foi responsável por uma
forte imigração europeia. O café foi o principal produto
de exportação do país por quase cem anos, tendo sofrido
forte impacto com a crise de 1929 pela redução do consumo
mundial e pela queda de preços.
Outro importante ciclo que
ocorreu em meio ao auge do plantio de café no país foi o
da borracha na Amazônia. Esse produto chegou a ser responsável
por 40% das exportações brasileiras. Foi um período
de grande geração de riqueza, ostentação e
luxo que durou até o início do século passado, mas
que ruiu graças à ampliação da oferta de látex
propiciada pela biopirataria de milhares de seringueiras para o Oriente,
pela utilização cada vez maior de borracha sintética
e pela Primeira Guerra Mundial.
O fim da República
Velha, em 1930, marca também o início do ciclo da industrialização
brasileira. Na sua fase inicial, o foco era privilegiar as empresas nacionais
como forma de evitar a total dependência externa de produtos industrializados.
Alguns marcos desse período foram a criação da CSN,
da Vale do Rio Doce, da Chesf e da Petrobras.
A partir de 1955, o desenvolvimento
industrial ganhou novos rumos com a abertura da economia que atraiu empresas
multinacionais.
Nas décadas subsequentes,
esse processo continuou a prosperar apesar das crises. Hoje, temos um parque
industrial bastante diversificado, mas, em muitos casos, ainda dependente
de tecnologia externa.
A abertura do setor do petróleo
a partir de 1997, associada à recente descoberta do pré-sal
e às expectativas de que suas reservas sejam de fato gigantescas,
abre a perspectiva para o início de um novo e especial ciclo de
industrialização que promete ser o mais importante de nossa
história econômica.
A maior diferença
desse para os ciclos anteriores está associada ao fato de envolver
uma atividade econômica que emprega enorme quantidade de profissionais
com elevado nível de qualificação e consegue pagar
salários bem acima da média nacional.
Além disso, temos
uma política de conteúdo local em vigor obrigando que uma
parcela significativa dos investimentos no setor de petróleo seja
feita no Brasil e existe uma empresa gigante, controlada pela União,
com musculatura, saúde financeira e a obrigação de
ser a principal fomentadora dessa política.
O Brasil já apresenta
uma economia diversificada que vem proporcionando a ascensão de
uma nova classe média. Já alcançamos praticamente
o pleno emprego no país. O maior desafio agora é melhorar
a sua qualidade e, nesse aspecto, a indústria do petróleo
e de bens e serviços de sua cadeia produtiva tem muito a contribuir.
(RODOLFO LANDIM - Folha de S.Paulo)
Prévia
mostra que PIB cresceu 2,79%
Maioria dos analistas estimavam
alta entre 2,7% e 2,9%
Cautela. Ministro disse
que número é apenas prévia, governo espera resultado
um pouco melhor
O Ministro da Fazenda, Guido
Mantega, afirmou ontem que o crescimento da economia brasileira em 2011
deve ficar em torno de 3%. Pela manhã, o Banco Central divulgou
um indicador de atividade que aponta para um crescimento de 2,79% no ano
passado. O resultado ficou abaixo do esperado pelo governo, mas de acordo
com o previsto pela maioria dos analistas, que estimavam uma alta entre
2,7% e 2,9%.
Sobre estas diferenças
de estimativas, Mantega afirmou que "esse número não é
o Produto Interno Bruto (PIB), é uma estimativa". Ele disse que
o PIB deverá ficar em torno de 3%, um pouco a mais um pouco a menos.
"Mas o importante é a trajetória. Esse resultado já
está ficando para trás e estamos caminhando para um PIB maior
em 2012. Várias condições estão mais favoráveis
[para este crescimento], por exemplo a inflação que está
caindo o que possibilita uma política monetária mais flexível
do BC e com isso o crédito deve aumentar e os juros devem cair",
afirmou.
Segundo o ministro, o índice
demonstra que nos meses de novembro e dezembro houve uma aceleração
da economia, inclusive para a indústria. "A indústria é
o setor que mais acelerou mostrando que o setor com mais dificuldades econômicas
já está na rota da aceleração. Portanto, entramos
em 2012 já com a economia acelerando, e devemos manter essa trajetória,
começando mais lentamente no primeiro semestre e acelerando no segundo",
afirmou. (O Tempo)
BC:
Economia tem crescimento de 2,79% em 2011
Segundo o Banco Central
(BC), o crescimento da economia no quarto trimestre do ano foi de 0,27%.
A economia brasileira teve
expansão de 2,79% em 2011, segundo o Índice de Atividade
Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem. Os dados possuem
ajuste sazonal.
O indicador é uma
prévia do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) do país,
cujos dados oficiais serão divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 6 de março.
No ano de 2010, o Produto
Interno Bruto teve expansão de 7,5%, segundo o IBGE.
De acordo com os dados do
BC, o crescimento da economia no quarto trimestre do ano foi de 0,27%.
No terceiro trimestre. , O PIB brasileiro teve variação nula,
e o IBC-Br teve recuo de 0,2%.
Apenas em dezembro, o IBC-Br
teve alta de 0,57%, sendo que em novembro a expansão foi de 1,3%,
segundo dados revisados. (Brasil Econômico)
IGP-10
cai pela metade e sinaliza desaceleração
Favorecida pela redução
no preços de alimentos, taxa recuou de 0,08% em janeiro para 0,04%
em fevereiro, a mais baixa em sete meses
A inflação
dos Índices Gerais de Preços (IGPs) iniciou novo ciclo de
desaceleração com o IGP-10, que caiu pela metade, de 0,08%
em janeiro para 0,04% em fevereiro. A taxa, a menor em sete meses, foi
favorecida por onda de alimentos mais baratos no atacado e no varejo, movimento
que deve prosseguir nos próximos meses.
Para a LCA Consultores,
a trajetória do IGP-10 deve ser parâmetro para os outros IGPs
do mês. O coordenador de Análises Econômicas da Fundação
Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros não descarta
novas deflações na família dos IGPs, pelo menos no
curto prazo. "Não é impossível. Se não houver
deflação, pode ficar muito perto da linha divisória",
afirmou.
O declínio nos preços
dos alimentos foi tão intenso que manteve a variação
de preços no atacado negativa (de -0,27% para -0,19%) de janeiro
para fevereiro. Os preços de produtos agropecuários intensificaram
deflação (de -0,15% para -0,24%). Essas commodities seguem
comportamento moderado de preços, por causa da perda de força
na demanda global, causada por desaceleração da economia
chinesa, e turbulências na Europa.
Os analistas da consultoria
Alessandra Ribeiro e Thiago Curado lembraram que a valorização
do real desde o início do ano tem provocado rápida queda
dos preços das commodities agrícolas em reais, já
que o preço em dólares de tais produtos tem mostrado pouca
oscilação.
Com quadro benigno no atacado,
a inflação dos alimentos diminuiu de 1,77% para 0,17%, e
freou o avanço da inflação do varejo (de 0,92% para
0,41%). Carnes bovinas, aves e pão francês ficaram mais baratos
para o consumidor em fevereiro. Esses itens ajudaram a compensar o impacto,
no orçamento doméstico, de aumentos em tarifas de ônibus
urbano, aluguel e mensalidades escolares, que costumam ser reajustados
no início de cada ano.
Já a inflação
na construção civil acelerou, de 0,43% para 0,66% de janeiro
para fevereiro, pressionada por materiais e mão de obra mais caros.
Minério. O IGP-10
poderia ter sido menor, não fosse o minério de ferro. Houve
enfraquecimento da queda no preço do produto no atacado, de 6,04%
para 3,84%, de janeiro para fevereiro. Mas isso não sinaliza melhora
na demanda global por este produto.
No momento, ocorre um "ajuste"
no preço, que mostrou quedas intensas no fim do ano passado. "O
minério está se equilibrando a esta piora na demanda. Creio
que o preço está mais próximo da estabilidade que
de novas quedas", avaliou Quadros. (ALESSANDRA SARAIVA - Agência
Estado)
Ritmo
da inflação medida pelo IPC-S diminui
A inflação
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S)
diminuiu na segunda leitura do mês e ficou em 0,3% na semana de 15
de fevereiro. Uma semana antes (na de 7 de fevereiro), o indicador havia
registrado taxa de 0,46%.
De acordo com dados divulgados
ontem, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cinco das oito
classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo,
principalmente o grupo educação, leitura e recreação
(de 2,72% para 1,69%). Subiram com menos intensidade no período
os preços de cursos formais (de 5,37% para 3,21%).
Também diminuíram
o ritmo de alta os preços de alimentação (de 0,24%
para 0,02%), com a contribuição de hortaliças e legumes
(de 4,73% para 0,66%); transportes (de 0,46% para 0,28%), principalmente
tarifa de ônibus urbano (de 2,47% para 1,91%); comunicação
(de 0,38% para 0,25%), com a influência de tarifa de telefone residencial
(de 1,16% para 0,71%), e despesas diversas (de 0,57% para 0,50%), com destaque
para cartório (de 4,93% para 4,22%).
Por outro lado, houve aumento
nas taxas de vestuário (de -0,53% para -0,42%), saúde e cuidados
pessoais (de 0,33% para 0,39%) e habitação (de 0,27% para
0,28%).
Para calcular o IPC-S da
segunda semana do mês, foram coletados preços entre os dias
16 de janeiro e 15 de fevereiro deste ano e comparados aos vigentes entre
16 de dezembro de 2011 e 15 de janeiro de 2012. (Agência
Brasil)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Ibovespa
marca nova máxima no ano
Não foi desta vez
que o investidor resolveu embolsar parte dos expressivos ganhos já
acumulados neste ano. O mercado acionário brasileiro começou
os negócios com uma trajetória incerta, com um tom de preocupação
com a cena europeia impedindo os compradores de se aventurarem.
O medo de um adiamento de
novo socorro financeiro à Grécia estava no ar, e o temor
de um corte das notas de uma série de instituições
financeiras europeias e americanas, conforme alertado pela Moody’s, contribuía
para a cautela dos agentes.
Foi então que a economia
americana entrou em cena e mudou a cara do pregão. A animação
com indicadores de emprego e atividade no país fez com que as vendas
nas bolsas europeias perdessem força e a alta de Wall Street acabou
contagiando as operações brasileiras.
O noticiário do “velho
continente” ainda guardou algumas surpresas positivas para o fim do dia,
garantindo a procura por ativos de risco. O governo da Grécia reiterou
que espera a aprovação do pacote de ajuda financeira de 130
bilhões de euros pelos demais países da zona do euro no encontro
de segunda-feira (20) dos ministros de Finanças da região.
Além disso, o jornal
alemão "Die Welt" noticiou que os bancos centrais da zona do euro
estão trocando suas posições em dívida da Grécia
por novos papéis do governo do país. O lucro gerado será
distribuído entre os governos da zona do euro, por meio de seus
bancos centrais, e o swap de papéis gregos com investidores privados
poderá ocorrer na sequência.
Foi de olho na melhora no
front externo e embalado pelas “blue chips”, com destaque para a Petrobras,
que o Ibovespa conseguiu romper a linha dos 66 mil pontos e estabeleceu
nova máxima para o ano.
O índice fechou com
valorização de 1,18%, aos 66.141 pontos, o maior nível
desde 27 de abril de 2011 (66.264 pontos). O giro financeiro atingiu R$
8,388 bilhões. Na semana, o Ibovespa já acumula alta de 3,4%
e, no mês, de 4,9%. No ano, o índice já ganha 16,5%.
Embora considere que a economia
americana está caminhando normalmente para uma recuperação,
o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe
Casotti, não se apega às boas notícias da Europa para
concluir que a crise está chegando ao fim. Pelo contrário,
ele indica que há ainda um tortuoso caminho a ser percorrido.
“Podemos estar contornando
a situação da Grécia, mas o quadro da Europa como
um todo continuará difícil e os temores de default de outros
países
e da própria Grécia podem voltar”, diz Casotti. “A probabilidade
de uma instituição financeira quebrar está bem menor
hoje, o que garante certo alívio para os mercados financeiros, mas
o ano não será nada fácil aos mercados.”
Empresas
Dentro do Ibovespa, diante
do anúncio da proposta de pagamento de R$ 12 bilhões em dividendos
aos acionistas, as ações da Petrobras tiveram papel essencial
para a alta da bolsa.
Petrobras PN subiu 3,37%,
a R$ 23,88, com giro de R$ 864 milhões, e as ações
ON avançaram 3,32%, a R$ 25,49.
Além disso, as maiores
altas do índice partiram dos papéis Cielo ON (6,24%, a R$
59,90), TIM Participações ON (4,07%, a R$ 9,97) e MMX ON
(3,60%, a R$ 8,92).
Após divulgar seu
balanço trimestral, que chegou a pesar negativamente ao longo de
boa parte do pregão, Vale PNA subiu 0,66%, a R$ 42,36, com volume
financeiro de R$ 902 milhões. OGX Petróleo ON teve valorização
de 0,28%, a R$ 17,30, com total negociado de R$ 292 milhões.
Na direção
oposta, as maiores quedas pertenceram às ações BM&FBovespa
ON (-2,32%, a R$ 11,76), JBS ON (-3,07%, a R$ 7,25) e B2W ON (-3,92%, a
R$ 11,26). (Beatriz Cutait - Valor)