Previdência
- Clipping de Notícias - 15.09.2011
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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O Dia da Previdência - Nossa Leitura
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O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,7200, com alta de 0,42% em relação ao fechamento da terça-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 1,34%, com o volume financeiro no patamar de R$ 6,460 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em alta de 1,27% e a Nasdaq subiu 1,60%.
AssPreviSite
32º
Congresso: Mais palestras técnicas
Uma
ferramenta extraordinária e sem ônus que muito pode ajudar
as associadas a qualificar cada vez mais a sua gestão. Este é
o atrativo de uma das palestras técnicas que serão apresentadas
no Auditório Quest 3, no dia 20/09, no horário das 12h00-13h00,
durante o 32º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, em
Florianóplis, sendo o tema “Como o IDGII pode agregar valor para
as Entidades”.
Paulo
Ricardo Peixoto da Silva (coordenador da CT Ad-Hoc do IDGII), Carlos Augusto
Pacheco Pereira (membro da CT Ad-Hoc do IDGII) e Fabiano Romes Maciel (membro
da CT Ad-Hoc do IDGII), farão uma ampla apresentação
de como refinar as informações geradas pelo sistema de Indicadores
de Desempenho de Gestão, para uma adequada utilização
dos dados informados nos relatórios de gestão estratégica
das entidades.
“Bônus
Demográfico - O Amadurecimento da População” será
tema de outra palestra técnica, esta agendada para o dia 21/09,
no horário das 10h30-11h30. Fernando Tendolini (Superintendente
Executivo de Produtos de Longo Prazo e Renda Variável
da SulAmérica Investimentos) irá analisar os efeitos do fenômeno
do bônus ou dividendo demográfico como variável de
impulso ou freio no crescimento econômico das sociedades. Para tanto,
apresentará as características do bônus, sua ocorrência
no mundo e os efeitos esperados. Será explorada ainda pelo expositor
a expectativa dos efeitos que já podem ser observados no Brasil
e que se estenderão até meados da próxima década.
(Diário dos Fundos de Pensão)
Funcef:
R$ 800 milhões para aplicar em private equity
A
Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica
Federal, vai ampliar seus investimentos em fundos de private equity. Com
R$ 800 milhões disponíveis para aplicar, a fundação
está avaliando 22 propostas de investimentos de gestoras, segundo
Demósthenes Marques, diretor de investimentos da Funcef. No meio
desses novos fundos estão gestoras internacionais. Atualmente, a
Funcef tem recursos investidos em 33 fundos de private equity. O objetivo
com a avaliação dessas 22, segundo Marques, é selecionar
sete ou oito e chegar a 40 ou 41 gestoras. - A fundação tem
patrimônio de R$ 43,6 bilhões, segundo dados de julho. O executivo
disse que até 10% desse total poderá ser alocado em private
equity. Mas o total de capital voltado para esses fundos está abaixo
desse percentual. É, atualmente, de R$ 3,6 bilhões, por isso
o espaço para aumentar a alocação, destaca Marques.
Deste total, R$ 2,5 bilhões já foram alocados em fundos e
R$ 1,1 bilhão já foi comprometido com gestoras, embora ainda
não tenham sido alocados.
Três
áreas foram escolhidas como prioritárias para os investimentos
da Funcef: o segmento de consumo, o setor de infraestrutura e as empresas
que operam em setores em que o Brasil tem vantagens competitivas, como
o agronegócio e o pré-sal. Os 33 fundos investidos já
aplicaram em 99 empresas e avaliam mais sete investimentos. A Funcef é
o terceiro maior fundo de pensão do Brasil. O ranking é liderado
pela Previ, dos funcionários do Banco do Brasil.
Nova
concorrente
A
gestora americana de fundos de private equity 57 Stars vai abrir escritório
no Brasil. Com US$ 1,3 bilhão em patrimônio, o interesse principal
no Pais é o varejo e o setor de consumo, segundo Christopher Bruneau,
diretor executivo da empresa.
A
57 Stars é uma gestora de fundos, ou seja, aplica diretamente em
carteiras das gestoras de recursos de empresas deprivate equity. São
essas gestoras que vão investir o dinheiro em empresas dos mais
diferentes setores. No caso do Brasil, a 57 busca gestoras focadas no setor
de varejo.
Além
de alocar recursos no País, Bruneau afirma que o interesse também
é captar do investidor local, sobretudo de fundos de pensão,
para investir no exterior. Um dos maiores cotistas da 57 é a Calpers,
fundo de pensão do professores da Califórnia e a maior fundação
do mundo.
Com
sede em Washington, a empresa tem escritórios em Munique, Alemanha
(para o mercado europeu) e em Cingapura (para o mercado asiático).
O Brasil seria a unidade responsável pela América Latina.
O nome da gestora vem da forma com os marinheiros se orientam em alto mar,
olhando um conjunto de 57 estrelas.
Bruneau
diz que o fundo investe no Brasil desde 2007, mas a partir da sua unidade
dos Estados Unidos. Agora terá uma equipe aqui. "Estamos muito empolgados
com o mercado brasileiro", disse ele. (Agência Estado/Veja/DCI)
Petros:
Repactuação
Aposentados
e pensionistas que repactuaram terão parcela Petros reajustada este
mês
Os
aposentados e pensionistas do Plano Petros do Sistema Petrobras oriundos
das patrocinadoras Petrobras, BR Distribuidora, Refap e Petroquisa que
aderiram à repactuação terão o Benefício
Petros reajustado em 7,23% na folha de pagamento de setembro. Os valores
são relativos à variação do Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro de 2010 a agosto
de 2011. Os aposentados e pensionistas oriundos da Petrobras-Mar e da Petros,
e que também optaram pela repactuação, terão
os benefícios reajustados pelo IPCA em novembro deste ano, data-base
de reajuste dessas patrocinadoras. (Petros/AssPreviSite)
Fundação
Copel: Conselho aprova nova tábua
O
Conselho Deliberativo da Fundação Copel, em reunião
realizada na data de hoje e em atendimento à recomendação
do atuário externo, aprovou a mudança da tábua de
sobrevivência, da AT-83 para a AT-2000, segregada por sexo, a partir
de 1.º de dezembro de 2011.
Considerando
que há reservas suficientes o Conselho Deliberativo autorizou a
sua utilização para que não haja impacto nos benefícios
concedidos e a conceder, na adoção da AT2000.
Prestaremos
informações mais detalhadas sobre a alteração
e utilização da nova tábua, nas próximas edições
de nossos informativos e no site da Fundação Copel www.fundacaocopel.org.br.
(Fundação Copel/AssPreviSite)
Ceres:
Private Equity World Brasil
Está
sendo realizada em São Paulo a terceira edição do
Private Equity World Brasil, evento que une os principais investidores,
empresas de private equity e empreendedores do país. O evento que
começou na terça-feira, 14 e terminará amanhã,
16, conta hoje, 15, com a participação do Diretor de Investimentos
da Ceres, Dante Scolari, durante o Painel ‘Opiniões de Investidores’.
Scolari
apresentará o tema ‘Investimentos em Private Equity: a visão
da Fundação Ceres’. No Painel será abordado o sistema
de gestão de investimentos adotado pela Fundação;
os procedimentos e mecanismos de controles internos e de avaliação
de riscos de cada um dos 15 planos de benefícios administrados;
o sistema de acompanhamento contínuo dos investimentos nas diferentes
carteiras, com uso de modelos e estratégias que visam reduzir riscos
e maximizar a rentabilidade; a estrutura funcional colegiada para o processo
de decisão, com destaque para o Grupo de Análise Preliminar
de Investimentos - GAPI e o Comitê de Investimentos – CI. Scolari
falará ainda sobre o foco dos investimentos, as metas de rentabilidade
e as estratégias adotadas para cada segmento de aplicação.
Atualmente
a Ceres tem menos de 4% do seu patrimônio alocado em private equity
por meio de aplicações em Fundos de Investimentos em Participações
(FIP) e Fundos Mútuos de Investimentos em Empresas Emergentes (FMIEE).
“Portanto, existe a possibilidade de aplicações adicionais.
O mercado brasileiro ainda tem espaço para os fundos específicos
de private equity em setores emergentes da economia,” comenta Scolari.
Segundo o Diretor, a grande maioria das empresas brasileiras é de
pequeno e médio porte, possui estrutura de governança deficiente,
dificuldades de acesso a capital de investimentos, dificuldades na comercialização
dos seus produtos e gestão de cunho familiar. “É um mercado
com grande potencial de crescimento no futuro próximo”, afirma.
Durante
o Private Equity World Brasil também serão temas de Seminários:
o aquecimento da economia brasileira, os principais obstáculos para
o desenvolvimento do país, o impacto do crescimento de investidores
internacionais e as expectativas de retornos e riscos para o Brasil, setores
mais promissores para os fundos de private equity investirem, o Brasil
em comparação a outros mercados emergentes, os setores que
proporcionam ao Brasil uma vantagem competitiva, estruturas de investimentos
alternativos, Capital de risco no mercado brasileiro, entre outros.
(Ceres/AssPreviSite)
Previ:
Contribuição para campanha de responsabilidade social
Na
segunda-feira, 12/9, as operações de renda variável
da PREVI na BMF&Bovespa foram realizadas por meio da corretora BGC
Liquidez, que promoveu a segunda edição do seu Charity Day
no Brasil. O evento tem por objetivo transformar a memória trágica
do 11 de Setembro em motivo de esperança para milhares de pessoas.
O
faturamento arrecadado com as operações dos escritórios
da BGC ao redor do mundo, inclusive Rio e São Paulo, é doado
para instituições que realizam trabalhos sociais.
As
operações da PREVI superaram R$ 9 milhões, o que resultou
em corretagem de cerca de R$ 4,5 mil, revertida ao evento.
No
Brasil, as três organizações beneficiadas este ano
são:
1)
CCI - Centro de Convivência Infantil - Oferece assistência
básica em regime de abrigo a crianças com idade entre zero
a cinco anos portadoras do vírus HIV /ou em situação
de vulnerabilidade social (crianças com pais dependentes químicos,
negligentes ou sujeitas a maus tratos e violência doméstica).
www.larcci.org.br.
2)
Fundação Gol de Letra - Com a missão de dar outra
perspectiva de vida a crianças e jovens de comunidades socialmente
vulneráveis, a Fundação desenvolve atividades de arte,
cultura, comunicação, esporte, lazer, cidadania e educação
para o trabalho através da educação integral e do
fortalecimento das famílias e comunidades. A Fundação
tem sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro. www.goldeletra.org.br.
3)
Projeto Velho Amigo - Promove por meio de assistência e do desenvolvimento
social, da educação, do esporte, da cultura e do lazer, a
melhoria da qualidade de vida dos idosos, como forma de resgatar a sua
dignidade e auto-estima. www.velhoamigo.org.br. (Previ/AssPreviSite)
Metrus:
II Concurso de Redação e Desenho
Para
criar no âmbito familiar uma cultura previdenciária e de cuidados
com a saúde, o Metrus realiza a segunda edição do
Concurso de Redação e Desenho, voltado para dependentes e
agregados dos participantes do Metrus (ativos ou assistidos), com idades
entre 6 e 14 anos.
As
categorias são as seguintes:
Crianças
de 6 a 11 anos: desenhos sobre saúde e meio ambiente
Crianças
de 12 a 14 anos: redação com o tema “A importância
do Metrus no futuro da minha família”
Os
melhores trabalhos, além de receber prêmios serão usados
em publicações do Instituto.
Conheça
em breve as regras e os prazos! (Metrus/AssPrevISite)
Santa
Previdência
Igreja
também busca produto de previdência. O plano de benefícios
Messius, que tem mais de 500 participantes e a Igreja Messiânica
Mundial do Brasil como patrocinadora, passa a ser administrado pela BB
Previdência.
Com
o acordo, o primeiro do tipo com uma entidade religiosa, a companhia captará
mais de R$ 50 milhões.
O
grupo religioso também tem empresa de jardinagem e fundação
educacional. (Maria Crisitina Frias - Folha de S.Paulo)
Fundos:
CVM fecha acordo com conselheiros de VCP e Aracruz
A
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está determinada
a deixar claro a responsabilidade dos conselheiros em reestruturações
societárias. Ontem, a autarquia encerrou mais um processo desse
tipo após fechar um termo de compromisso com administradores das
antigas Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, atualmente unificadas
na Fibria.
Com
isso, se tornou público que os conselheiros de ambas as empresas
foram acusados por não ter divulgado informações que
justificariam uma das etapas da polêmica unificação
das companhias, e que seria submetida aos acionistas em assembleia.
A
etapa em questão era a conversão das ações
preferenciais em ordinárias pelas duas companhias, para permitir
a adesão ao Novo Mercado, na proporção de 0,91 ordinária
a cada preferencial - condição estabelecida pelos controladores.
Essa, contudo, era a fase menos problemática da transação.
Na
visão da área técnica da CVM, os conselheiros deveriam
ter buscado com os controladores as justificativas para a relação
de conversão de preferenciais em ordinárias, para fornecer
aos acionistas, e deveriam ter se manifestado sobre o critério adotado.
Como não o fizeram, teriam faltado com dever de diligência
e deixado de atender ao artigo das Lei das Sociedades por Ações
que trata dos documentos a ser fornecidos para uma assembleia.
Foram
acusados os então membros do conselho de administração
da VCP, Paulo Henrique de Oliveira Santos, João Carvalho de Miranda
e José Luciano Duarte Penido, e os então membros do colegiado
da Aracruz, Raul Calfat, Sergio Duarte Pinheiro, Gilberto Lara Nogueira,
Wang Wei Chang, Jorge Eduardo Martins Moraes e Alexandre Silva D'Ambrosio.
No
termo de compromisso, ficou estabelecido que cada um pagará R$ 100
mil, totalizando R$ 900 mil. A proposta inicial à autarquia oferecida
pelos acusados foi de R$ 50 mil.
A
criação da Fibria envolveu diversas polêmicas porque
a negociação pelo controle teve início antes dos US$
2,1 bilhões de prejuízo com derivativos da Aracruz. A transação,
contudo, foi concluída depois das perdas e a maior discussão
foi em torno da incorporação das preferenciais da empresa
pela VCP por preço substancialmente inferior ao pago pelas ordinárias
- que possuem acesso a 80% do prêmio de controle garantido pela Lei
das S.A.
O
processo em questão, contudo, não tratava dessa etapa. A
discussão encerrada pelo termo de compromisso assinado no dia 2
de agosto dizia respeito única e exclusivamente à conversão
das preferenciais em ordinárias das empresas de papel e celulose.
Tal
etapa foi particular dessa operação e não guarda relação
com o processo da CVM que avaliará as responsabilidades dos administradores
da Aracruz pelo prejuízo com derivativos - ainda sem julgamento.
No
caso da junção de Sadia e Perdigão, que deu origem
à BRF-Brasil Foods, não houve essa passagem. Além
disso, a Perdigão, pessoa jurídica que sobreviveu à
transação, já era uma companhia listada no Novo Mercado
e as preferenciais da Sadia tinham garantia ao prêmio de controle
garantida no estatuto social da empresa.
A
Perdigão incorporou a Sadia depois que esta entrou em dificuldades
em 2008 após perder R$ 2,6 bilhões com derivativos cambiais,
semelhantes aos contratos da Aracruz. (Graziella Valenti -
Valor Online)
Apoio
de prefeitos para ampliar rede do INSS
Recursos
disponíveis são suficientes para concluir as obras já
iniciadas
Durante
a Mobilização Municipalista Nacional, que reuniu ontem prefeitos
de todo o país no Senado Federal, o ministro da Previdência
Social, Garibaldi Alves Filho, alertou que a construção de
outras Agências da Previdência Social (APS) vai depender de
novos recursos e sugeriu aos prefeitos que procurem os parlamentares nos
seus estados para que eles façam emendas ao orçamento. “O
dinheiro que temos hoje só dá para concluir o que já
está em andamento. As emendas são imprescindíveis”,
declarou.
O
Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX) do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) já inaugurou 76 agências da Previdência
em diferentes cidades do Brasil. Segundo o ministro, outras 150 agências
já estão prontas. “Essas unidades vão melhorar ainda
mais o atendimento aos cidadãos e proporcionar mais conforto”, disse.
Garibaldi
também voltou a reforçar a necessidade de uma reforma previdenciária
em breve. De acordo com o ministro, a população já
está em um processo de envelhecimento e a sustentabilidade do sistema,
em risco. “Depois de 2030, a população vai envelhecer. Do
jeito que está, se não fizermos uma reforma na Previdência,
quem vai garantir que os benefícios serão pagos? Ninguém
quer prejudicar o direito adquirido de ninguém”, disse. (Renata
Brumano - Ascom/MPS)
Ministro
propõe união a prefeitos
Mais
do que expressar apoio às principais reivindicações
do Movimento Nacional Municipalista, o ministro da Previdência Social,
Garibaldi Alves Filho, propôs ontem a união entre as prefeituras,
o governo federal e o Congresso Nacional para viabilizar a conclusão
do Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX) do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS). Ele falou aos mais de 800 participantes do Movimento
Municipalista durante reunião realizada no Auditório Petrônio
Portela, do Senado Federal, na manhã de ontem.
No
encontro com prefeitos, Garibaldi defende mudanças na legislação
para garantir sustentabilidade do sistema previdenciárioGaribaldi
informou que, das 720 agências previstas para serem construídas
por meio do Plano de Expansão, cerca de 150 estão praticamente
prontas e 76 já foram inauguradas. Porém, o ministro alertou
que os recursos destinados ao Ministério da Previdência somente
serão suficientes para garantir a conclusão das unidades
cuja construção já foi iniciada.
"As
unidades que ainda não estão com obras em andamento só
poderão ser iniciadas com recursos novos. 'Recursos novos' significa
colocar no Orçamento do próximo ano a verba necessária
para construir as agências. É importante que os prefeitos,
sobretudo os que já doaram o terreno onde será construída
a agência, procurem os parlamentares para que eles possam apresentar
emendas com esta finalidade", declarou o ministro Garibaldi Alves Filho.
Outro
assunto abordado pelo ministro Garibaldi Alves foi a necessidade de o Brasil
promover alterações na legislação que garantam
a sustentabilidade do seu sistema previdenciário. O ministro lembrou
que - segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar
(PNAD) de 2009 - a queda da fecundidade, aliada a uma maior expectativa
de vida, levará nas próximas décadas ao envelhecimento
do perfil do trabalhador brasileiro.
O
estudo do IPEA aponta que, a partir de 2030, somente os grupos populacionais
com idade acima de 45 anos continuarão crescendo. Na avaliação
do ministro, esses dados devem funcionar como um sinal de alerta sobre
a necessidade de o Brasil aprovar reformas que garantam o futuro da previdência
social. Garibaldi Alves destacou que, "se as alterações forem
feitas agora, o governo terá condições de honrar os
compromissos assumidos com os que já ingressaram no mercado de trabalho."
Ele alertou que se o problema não for encarado em tempo, os trabalhadores
poderão encontrar dificuldades em ver honrados até mesmo
os seus direitos já adquiridos.
Do
Plenário do Senado, o representante de Rondônia, senador Valdir
Raupp, destacou em pronunciamento que o Ministério da Previdência
Social tem adotado providências para combater a inadimplência
e a sonegação e evitar as fraudes, o desperdício e
o desvio de recursos. Ele opinou que o aumento da eficiência da administração
contribuirá para a redução dos custos operacionais
da Previdência, refletindo na produtividade e na ampliação
dos benefícios.
"A
habilidade política e a capacidade de negociação do
ministro Garibaldi Alves Filho nos dão a garantia de que temas cruciais
como o fator previdenciário, idade mínima de aposentadoria
e valor das aposentadorias individuais terão solução
adequada e negociada com a sociedade brasileira, garantindo sustentabilidade
de longo prazo ao sistema previdenciário", declarou Valdir Raupp.
(Tribuna do Norte)
Contagem
de tempo diferenciado do trabalho insalubre
Pedido
de vista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu,
na tarde desta quarta-feira (14), o julgamento conjunto de agravos regimentais
em onze Mandados de Injunção (MIs), interpostos pela União
contra decisões individuais do ministro Marco Aurélio. Relator
dos processos, o ministro reconheceu que os impetrantes têm direito
à contagem de tempo diferenciado do trabalho em condições
insalubres.
Nas
decisões individuais questionadas pela União, o relator das
ações, ministro Marco Aurélio, revelou que ao julgar
o MI 721, o Plenário da Corte reconheceu a omissão legislativa
em razão da inexistência de lei que viabilize a aposentadoria
especial dos servidores públicos como determina a Constituição
Federal, em seu artigo 40, parágrafo 4º. E que em virtude dessa
mora devia ser adotado o sistema revelado pelo Regime Geral da Previdência
Social, previsto no artigo 57 da Lei 8.213/91.
Diante
disso, o ministro decidiu individualmente os onze casos, reconhecendo aos
impetrantes, servidores públicos, o direito à contagem de
tempo diferenciado do trabalho em condições insalubres. O
ministro apontou, na ocasião, que caberia ao órgão
a que o impetrante está integrado a responsabilidade pelo exame
do atendimento ao requisito do tempo de serviço.
A
União contestou as decisões, apontando a existência
de precedentes do próprio STF em que se assentou a inviabilidade
de se conceder aposentação por MI, devendo o provimento ficar
restrito à mera integração legislativa. E que o pedido
de contagem especial de tempo é hipótese diferente do direito
à aposentadoria especial, previsto no artigo 40, parágrafo
4º da Constituição Federal.
Em
seu voto proferido na tarde desta quarta-feira, o ministro Marco Aurélio
lembrou que no julgamento do MI 2195, realizado no STF em fevereiro de
2011, prevaleceu a tese defendida pela União. O ministro, contudo,
lembrou que estava ausente naquela oportunidade.
“Penso
não assistir razão à tese limitativa”, asseverou o
ministro. Para ele, a Constituição Federal, em seu artigo
40, parágrafo 4º, prevê a adoção de requisitos
e critérios específicos e diferenciados para concessão
de aposentadoria aos servidores cujas atividades prejudiquem a saúde.
E,
como afirmou nas decisões individuais, o ministro disse entender
que, enquanto não for editada uma lei regulando o tema, os impetrantes
têm direito à contagem diferenciada do tempo de serviço
em decorrência de atividades exercidas em trabalho especial, aplicando-se
o regime da Lei 8213/91, para fins da aposentadoria cogitada no artigo
40, parágrafo 4º, da Constituição.
Após
o ministro Luiz Fux votar no mesmo sentido do relator, pelo desprovimento
dos agravos, pediu vista dos autos o ministro Dias Toffoli. (Correio
do Brasil)
Aposentadoria
para donas de casa por R$ 27 sai em outubro
O
INSS prepara o código de recolhimento especial para que donas
de casa passem a contribuir com menos dinheiro para se aposentar por idade
(60 anos).
A
expectativa da Previdência Social é que a partir de outubro
as interessadas possam pagar apenas 5% sobre o salário mínimo
(R$ 545), o que, atualmente, custaria R$ 27,25 ao mês - abaixo, acompanhe
todas as regras para adesão ao programa. Com esse valor, além
da aposentadoria, a segurada garante a cobertura previdenciária,
o que inclui benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade
e licença-saúde. A família também receberá
pensão em caso de morte da contribuinte. Antes, autônomos,
categoria que incluía donas de casa, pagavam 11% sobre o salário
mínimo (R$ 59,95) ao mês para contarem com os benefícios
previdenciários. A possibilidade de pagar menos é voltada
para quem tem renda mensal de até dois salários mínimos
(R$ 1.090) e exige ao menos 15 anos de contribuição. As regras
constam na Medida Provisória 259, já publicada no "Diário
Oficial" da União e sancionada pela presidente Dilma Rousseff. A
resolução reduz a contribuição de 11% para
5% de microempreendedores individuais com renda anual de até R$
36 mil. Somente agora as donas de casa foram incluídas nas regras.
A MP deve atrair cerca de R$ 10 milhões de donas de casa que trabalham
por conta própria. Porém, a modalidade ainda não está
disponível, o que deve ocorrer a partir de outubro, que é
quando o INSS deve divulgar o código especial para preenchimento
da GPS (Guia de Recolhimento da Previdência Social). O presidente
do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, ligado à Força
Sindical, João Batista Inocentini, vê com cautela a decisão
do governo em reduzir a alíquota de contribuição.
Para ele, no futuro, vai faltar dinheiro para pagar todos os segurados.
"A redução do valor de contribuição é
válida desde que a diferença seja paga pelo governo e não
com o dinheiro dos demais trabalhadores", diz. (Diário do
Povo)
Geração
de empregos formais
Os
números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego indicam que
foram criados 1,82 milhão de empregos com carteira assinada de janeiro
a agosto deste ano no País. Esse resultado aponta um recuo de 16,8%
na comparação com o mesmo período do ano passado,
quando foram abertos 2,19 milhões de postos formais.
Os
dados divulgados mostram também que em agosto foram abertas 199.446
vagas com carteira assinada, com uma queda de 36,4% na comparação
com o mesmo mês do ano passado, quando foram criados 299.415 postos
formais.
Com
isso, houve um recuo de cerca de 100 mil vagas na comparação
com agosto do ano passado, o pior resultado para o período desde
2007, quando foram geradas 133 mil vagas de emprego com carteira assinada
no País.
Os
dados sobre a criação de empregos este anos em 2010 foram
revisados para incorporar as informações enviadas pelas empresas
fora do prazo estipulado pelo Ministério do Trabalho.
Na
semana passada, o ministro Carlos Lupi, admitiu que a criação
de empregos com carteira assinada em 2011 deve ficar abaixo da meta de
três milhões. Nesta quarta-feira, Lupi afirmou que a criação
de empregos formais, com a incorporação dos servidores públicos
com os números da Relação Anual de Informações
Sociais (Rais), que serão apresentadas apenas em 2012, deve ficar
entre 2,7 milhões e 2,9 milhões. (Executivos Financeiros)
Emprego
formal em agosto recua em relação a 2010
O
ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou ontem que a nova meta de geração
de empregos formais neste ano deve ficar entre 2,7 milhões e 3 milhões
de postos.
Na
semana passada, Lupi já havia adiantado que a meta de geração
de 3 milhões de novos empregos em 2011 não seria cumprida.
"Vamos
ter um cálculo mais preciso a partir do mês que vem", afirmou
o ministro ao comentar os resultados do Caged (Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados).
O
cadastro apontou para a criação de 190.446 mil vagas com
carteira assinada em agosto. Esse resultado é 36,3% menor do que
o verificado no mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 299.415
postos.
O
número, no entanto, é maior do que o verificado em julho
deste ano, quando foram geradas 157 mil vagas.
O
resultado é decorrente da contratação de 1,830 milhão
de pessoas e da demissão de outras 1,639 milhão.
Entre
janeiro e agosto, foram geradas 1,825 milhão de vagas, número
16,8% abaixo do verificado no mesmo período do ano passado, quando
o Brasil abriu 2,195 milhões de postos de trabalho.
De
janeiro de 2003 a julho deste ano, foram gerados 17,209 milhões
de postos. (Folha de S.Paulo)
Previdência
aberta cresceu 12,8% em julho
O
mercado de previdência privada aberta continua a ser generoso com
seus operadores. Em julho, sua arrecadação, mantida na casa
de dois dígitos, cresceu 12,8% sobre o mesmo mês do ano anterior,
alcançando R$ 3,7 bilhões.
Os
dados foram divulgados há pouco pela Fenaprevi (Federação
Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que reúne
64 seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar
no País.
No
mês, o destaque das vendas foram os planos empresariais, que cresceram
28,62%, com depósitos da ordem de R$ 507,9 milhões.
Na
sequência, os planos para menores, que tiveram alta de 13,95% e aportes
de R$ 129 milhões. Em contrapartida, os planos individuais foram
os que receberam o maior volume de aportes: R$ 3,1 bilhões, com
expansão de 10,58%.
O
presidente da Fenaprevi, Marco Antonio Rossi, explicou que a arrecadação
maior dos planos empresariais deve-se ao aumento do emprego formal nesse
período. “A previdência privada aberta tem sido um dos benefícios
oferecidos pelas empresas para dar mais segurança aos seus empregados
e também para atrair e reter talentos”, afirma ele.
Na
análise por tipo de plano, o VGBL, indicado principalmente para
quem não declara Imposto de Renda pessoa física pelo modelo
completo de declaração anual de ajustes, foi o produto preferido
dos participantes. A modalidade cresceu 16,27% em julho, com arrecadação
total de R$ 3 bilhões.
Já
o PGBL, voltado para quem utiliza o modelo completo da declaração
anual de ajustes do Imposto de Renda pessoa física, arrecadou R$
475,5 milhões em julho, alta de 7,39% frente ao mesmo mês
no ano passado. (Seguros Dia-a-Dia)
Previdência
aberta arrecada R$ 3,7 bi em julho
Planos
empresariais foram destaque no período com expansão de 28,62%
devido ao maior número de emprego formal e com carteira assinada
O
mercado de previdência privada aberta fechou o mês de julho
com arrecadação de R$ 3,7 bilhões. O volume de aportes
no sistema é 12,81% superior ao registrado no mesmo período
do ano anterior, quando R$ 3,3 bilhões ingressaram nessa modalidade
de poupança de longo prazo.
No
mês de julho, os dados da Fenaprevi (Federação Nacional
de Previdência Privada e Vida), entidade que reúne 64 seguradoras
e 15 entidades abertas de previdência complementar no país,
mostram que os planos empresariais cresceram 28,62% e novos depósitos
totalizaram R$ 507,9 milhões. Os planos para menores obtiveram alta
de 13,95% e aportes de R$ 129 milhões. Já os planos individuais
receberam o maior volume de aportes: R$ 3,1 bilhões com expansão
de 10,58%.
Segundo
Marco Antonio Rossi, presidente da Fenaprevi, o crescimento a maior expansão
na arrecadação dos planos empresariais deve-se ao aumento
do emprego formal e com carteira assinada nesse período. “A previdência
privada aberta tem sido um dos benefícios oferecido pelas empresas
para dar mais segurança aos seus empregados e também para
atrair e reter talentos”, afirma.
Na
análise por tipo de plano, o VGBL, indicado principalmente para
quem não declara imposto de renda pessoa física pelo modelo
completo de declaração anual de ajustes, foi o produto preferido
dos participantes. A modalidade cresceu 16,27% em julho com arrecadação
total de R$ 3 bilhões. Já o PGBL, voltado para quem utiliza
o modelo completo da declaração anual de ajustes do imposto
de renda pessoa física, arrecadou R$ 475,5 milhões em julho,
alta de 7,39% frente ao mesmo mês no ano passado.
Carteira
de investimento
Com
o desempenho, a carteira de investimento do sistema (total de recursos
das diversas modalidades de ativos) contabilizou R$ 246,6 bilhões
em julho, volume 22,16% maior que os R$ 201,8 bilhões registrados
no mesmo mês do ano passado.
De
acordo com o balanço da Fenaprevi, a carteira do VGBL obteve alta
de 30,02%, passando de R$ 108,7 bilhões para R$ 141,4 bilhões.
Já o PGBL cresceu 15,93% no período. A carteira do produto
passou de R$ 52 bilhões para R$ 60,4 bilhões. Por fim, a
carteira de planos tradicionais passou de R$ 40,4 bilhões para R$
44,1 bilhões, alta de 9,31%.
Provisões
As
provisões — recursos acumulados pelos participantes do sistema de
previdência complementar — somaram R$ 238 bilhões em julho
de 2011, alta de 22,74% em relação a julho de 2010 quando
as provisões totalizaram R$ 193,9 bilhões. As provisões
dos planos VGBL, correspondendo a expectativa do mercado, tiveram o crescimento
mais expressivo (30,02%), passando de R$ 109 bilhões em julho de
2010 para R$ 141,8 bilhões em julho de 2011.
As
provisões de PGBL cresceram 15,78%, sendo que as provisões
do produto passaram de R$ 51,8 bilhões em julho do ano passado para
R$ 59,9 bilhões em julho deste ano. As provisões dos planos
tradicionais passaram de R$ 32,5 bilhões em julho de 2010 para R$
35,6 bilhões no mesmo mês em 2011 — alta de 9,74%.
Com
relação a market share, os planos VGBL mantiveram a liderança
no volume de depósitos no sistema de previdência complementar,
com 59,59% do total, seguidos pelos PGBL, com 25,20% do volume total de
provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 14,99% do
volume total de provisões. Outros produtos – incluindo os Fapi —
completam a equação, com 0,20%.
Ranking
– Julho 2010
A
Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de arrecadação
em julho com 31,23% do total arrecadado, seguida pela Itaú Vida
e Previdência (25,54%), BrasilPrev (19,91%), Caixa Vida e Previdência
(6,91%), Santander Seguros (6,47%), HSBC Vida e Previdência (4,64%),
Safra Vida e Previdência (1,10%), Icatu Seguros (0,97%), Sul América
(0,72%), Porto Seguros (0,61%. As demais seguradoras somam, no total, 1,91%
da arrecadação.
Resultado
Acumulado
Em
relação ao resultado acumulado de janeiro a julho de 2011
os planos de previdência arrecadaram R$ 28,7 bilhões, crescimento
de 23,80% na comparação com o acumulado do ano anterior.
O crescimento foi puxado pelo VGBL que somou R$ 23,3 bilhões, alta
de 28,06% frente ao acumulado de 2010.
Os
planos PGBL apresentaram alta de 15,63% no período com arrecadação
de R$ 3,4 bilhões. Já os planos tradicionais registraram
queda de 3,60% e arrecadaram R$ 1,8 bilhões em comparação
aos R$ 1,9 bilhões no acumulado de 2010.
No
resultado acumulado do ano os planos individuais obtiveram o melhor desempenho
com arrecadação de R$ 24,1 bilhões, um crescimento
de 24,18%. Já os planos empresariais somaram R$ 3,6 bilhões,
alta de 22,29%. Os planos para menores, por sua vez, acumularam 934,5 milhões,
expansão de 20,38%. (Fnaseg/CQCS)
Seguros:
Empresas registram resultados acima do esperado
Em
2011, a projeção é de que o mercado de seguros cresça
entre 14% e 16%, segundo a Confederação Nacional das Empresas
de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar
e Capitalização (CNSeg). Entretanto, alguns resultados do
primeiro semestre já revelam números acima do esperado e
com perspectivas superiores para o segundo semestre. A Cardif do Brasil,
empresa de seguros do BNP Paribas, registrou R$ 440,7 milhões em
prêmios, aumento de 58% em relação ao mesmo período
de 2010 e a expectativa é de encerrar o ano acima dos R$ 800 milhões.
Já o grupo segurador Banco do Brasil e Mapfre alcançou R$
4,6 bilhões em prêmios e prevê fechar o ano com R$ 8,6
bilhões.
Na
composição do grupo francês BNP Paribas Cardif, a filial
brasileira, Cardif do Brasil, ocupa a terceira posição no
ranking de prêmios emitidos da organização, com Ebitda
(lucro antes dos impostos) de R$ 49,2 milhões, acréscimo
de 94% ante o primeiro semestre de 2010, quando somou R$ 25,3 milhões.
O resultado é relativo às empresas Cardif Vida, com lucro
de R$ 31,4 milhões; Cardif Garantias, de R$ 4,7 milhões;
Cardif Capitalização; R$ 1,9 milhão e Luizaseg, com
R$ 11,2 milhões. A última consiste em uma joint venture com
a rede varejista Magazine Luiza.
Para
o presidente da Cardif do Brasil, Alexandre Boccia, a evolução
da companhia está relacionada ao amadurecimento das carteiras, principalmente
prestamista e garantia estendida. "O crescimento de 58% no faturamento
(prêmios), acredito que seja muito superior ao do mercado no primeiro
semestre, que creio que foi de 15%."
O
diferencial para a expansão e conquista de mercado nos últimos
anos, conta Boccia, está na rede de distribuição.
"Trabalhamos com parcerias para distribuir produtos, alcançando
alianças com empresas que possuem rede própria, como supermercados,
bancos e lojas." O presidente lembra que em outros países onde o
grupo atua, como França, a distribuição ocorre em
agências. Até o atual momento, a rede de distribuição
possui 40 parcerias. "A gente observa oportunidades, mas privilegia os
parceiros atuais, o que tem funcionado muito bem, com acordos que tem cinco,
seis ou 10 anos. Crescem bastante e aproveitamos."
Na
Europa, a semana está repleta de rumores sobre quebras de bancos,
inclusive a agência classificadora de risco Moody´s rebaixou
a nota de dois bancos franceses, Société Générale
e Crédit Agricole, e manteve em status de revisão o BNP Paribas.
Ao ser questionado sobre os impactos do controlador na filial brasileira,
Alexandre Boccia demonstra otimismo. "Nenhum reflexo, continuam as operações.
Inclusive, a matriz realizou um aporte de R$ 42 milhões em julho
para elevar a margem de solvência." O presidente justifica que a
solvência no Brasil varia de acordo com o volume do faturamento.
Até
2010, a Cardif do Brasil trabalhou em lançamentos de produtos diversificados,
como estratégia de ganhar espaço no mercado, com destaque
para o segmento automobilístico. "Conquistamos uma forte alta em
nosso faturamento. Nos últimos cinco anos, a Cardif do Brasil mais
que quadruplicou sua receita, sempre focada no modelo de negócios
baseado em distribuição por meio de importantes parcerias
de mercado, oferecendo diferenciais e atendendo suas necessidades de vendas",
pontua Boccia.
Para
os anos seguintes, as expectativas são positivas. "A gente acha
que o efeito da crise externa será moderada no Brasil e que o consumo
deve continuar a crescer", finaliza o presidente, que acrescenta que o
aumento do poder aquisitivo dos brasileiros é benéfico, pois
a venda é realizada em redes de consumo.
O
recente Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre também apresenta
números significativos referentes aos seis primeiros meses de 2011,
com lucro líquido de R$ 351 milhões nos segmentos de pessoas
e ramos elementares. O patrimônio líquido totaliza R$ 4,5
bilhões e o Ebitda chegou a R$ 504,6 milhões. O grupo, que
prevê duração de 20 anos, possui 15,6% de participação
de mercado (market share, na sigla em inglês) e 25 milhões
de segurados. (Marcelle Gutierrez - DCI)
Socorro
à Grécia ameaça 'fazer água'
O
segundo pacote de socorro da Grécia parece ameaçado. Desde
o dia em que foi firmado, no fim de julho, o pacote de € 109 bilhões
- o segundo socorro internacional em 15 meses - parecia malfadado. Foi
de longe o resgate mais complicado de um país da zona do euro e
até mesmo os funcionários dos ministérios das finanças
do bloco que o assinaram tiveram dificuldades para explicar com o que exatamente
concordaram.
Decorridos
menos de dois meses quase todas as partes do novo pacote - além
do socorro anterior de € 110 bilhões de maio - estão
à beira do colapso. A economia grega está em uma espiral
de queda, os detentores de bônus estão indignados e os eleitores
dos países credores da Europa invocam seus líderes a se livrar
da Grécia. "Não pode haver mais tabu", disse no fim de semana
o ministro da Economia da Alemanha Philipp Rösler. "Isso inclui, se
necessário, uma falência ordeira da Grécia."
Um
problema fundamental é que a elaboração do pacote
de julho foi falha, representando uma ameaça à sua sobrevivência,
segundo Sony Kapoor, diretor da consultoria econômica Re-Define.
"Acredito que bom senso suficiente e vontade política podem ser
alcançados para que o colapso do acordo não seja iminente,
mas estou menos confiante em relação às perspectivas
para o fim deste ano."
Ao
contrário do resgate anterior, e os planos similares elaborados
para Irlanda e Portugal, o acordo de julho contém mais que os tradicionais
empréstimos a juros baixos que possibilitam a um país em
dificuldades pagar suas contas por três anos enquanto a economia
é reestruturada. Em parte por causa da crescente oposição
política no norte do continente, os líderes europeus prometeram
encontrar novas maneiras de ajudar a Grécia sem contar com a ajuda
de seus próprios contribuintes.
Atenas
foi forçada a entrar em um programa de privatização
de €50 bilhões, cujos recursos serão usados como parte
do pacote. Uma série complexa de swaps de bônus e rolagens
serão oferecidos aos atuais detentores de dívida, um processo
que as autoridades acreditam que poderá adiar o pagamento de €
135 bilhões em dívidas por até 30 anos.
Mas
todos esses elementos, além dos tradicionais empréstimos
de resgate, foram baseados em uma série de suposições
que começam a parecer otimistas demais. O total de € 109 bilhões,
que foi reconhecido como apenas uma estimativa no dia em que foi acertado,
poderá ter de ser revisto para cima. "Acho que teremos que montar
um novo pacote para a Grécia", diz Guntram Wolff do instituto de
pesquisas Bruegel de Bruxelas.
De
fato, o valor de € 109 bilhões é de certa forma equivocado.
Todo ele terá de ser levantado por instituições financeiras
internacionais, mas apenas cerca de um terço (€ 34 bilhões)
irá para Atenas na forma de empréstimos para atender às
necessidades de financiamento do governo. Mais da metade será usada
para fornecer apoio às complicadas recompras de bônus, swaps
e rolagens. Conforme observado por mais de uma autoridade, muito dinheiro
público será necessário para assegurar que os detentores
privados de bônus arquem com parte do ônus do socorro.
Para
entender melhor as necessidades da Grécia e por que o segundo pacote
de resgate está ameaçado, é mais ilustrativo olhar
para o montante da ajuda que Atenas precisa para conduzir suas operações
do dia-a-dia pelos próximos três anos: € 172 bilhões.
Alguém - os contribuintes gregos, bancos internacionais ou investidores
privados - terá que surgir com dinheiro suficiente para preencher
esse rombo, caso contrário a Grécia embarcará em um
default potencialmente desorganizado.
Embora
€ 172 bilhões pareça uma soma enorme, na verdade já
pode ser pequena demais. Desde que os economistas da União Europeia
fizeram a estimativa em julho, Atenas foi forçada a admitir que
sua economia está encolhendo mais rapidamente que o esperado. No
domingo, o governo disse que o PIB deverá cair 5,3% este ano; bancos
internacionais estimam o crescimento em menos de 4%.
As
receitas fiscais, já magras, devem diminuir mais. Sem levar isso
em consideração, quando o acordo de julho foi firmado, as
autoridades acreditavam que poderiam tapar o rombo de € 172 bilhões
com recursos oriundos de quatro fontes: o dinheiro restante do primeiro
pacote de ajuda à Grécia; novos empréstimos do segundo
pacote de resgate; o programa de privatização; e os swaps
e rolagens de bônus. Todas as quatro fontes parecem ameaçadas.
Se qualquer uma delas não der certo, o socorro terá de ser
reconstruído - ou a Grécia poderá entrar em default.
(Peter Spiegel e Kerin Hope - Financial Times/Valor Online)
Solução
para a crise grega concentra dilemas do euro
As
dificuldades para obter 90% de adesão dos investidores privados
ao pacote de socorro aprovado em julho e a histórica tergiversação
dos países do G-7 reunidos em Marselha na semana passada podem ter
selado o destino da Grécia, que marcha para um default desde o início
considerado inevitável, diante de uma avalanche de dívidas
de € 350 bilhões. A Grécia cavou esse buraco sozinha,
mas os líderes da zona do euro fizeram menos do que poderiam para
impedir que a tragédia grega se espalhasse por grandes economias
do bloco, como Itália e Espanha, e deixaram que a crise das dívidas
soberanas chegasse perto de detonar uma nova crise bancária, desta
vez em solo europeu.
A
espiral de dívidas que levou à lona Grécia, Irlanda
e Portugal e ameaça levar Itália e Espanha envolve países
que compõem um terço do PIB da união monetária.
A dívida grega é pequena perto da italiana e espanhola, mas
os líderes da zona do euro demoraram demais para agir e, quando
o fizeram, tomaram meias medidas. A Alemanha teve um papel relevante para
a letargia que agora ameaça implodir a união monetária.
Os últimos sobressaltos no mercado, na sexta-feira passada, foram
provenientes de Berlim. O ministro da Economia alemão, Philipp Roesler,
foi claro: "Não pode haver mais tabus. Isso inclui, se necessário,
uma falência organizada da Grécia". Às declarações
se somaram indicações de que o governo alemão já
tinha preparado um plano B de proteção a seus bancos.
Coube
à premiê Angela Merkel tentar desfazer essa impressão.
Não pareceu convincente e demonstrou que o fato de a zona do euro
estar prestes a cair em um abismo não a emociona. "Todos nós
sentimos a falta de uma palavra mágica que resolva o problema que
temos na zona do euro, seja eurobônus, insolvência ou outras.
Isso não vai acontecer. Será um longo, lento processo, de
passo a passo". Foi essa estratégia que não resolveu nenhuma
questão relevante relacionada à dívida soberana e
tornou a solução bem mais custosa e difícil.
O
novo pacote de ajuda de € 109 bilhões alinhavado em julho ameaça
se esboroar. Os bancos privados concordaram em postergar € 135 bilhões
que venceriam até 2020 por 30 anos com um desconto de 21% - muito
abaixo do que o mercado descontava dos títulos gregos -, mas, com
a ajuda do governo finlandês, criaram um complexo sistema de colaterais
para as várias opções de reestruturação.
O resultado financeiro é fantástico: do total, apenas €
34 bilhões irão para o governo grego, e o restante ficará
enredado em garantias várias ("Financial Times", 13 de setembro).
Estima-se que o governo necessite para continuar funcionando nos próximos
três anos de € 172 bilhões.
A
solução europeia ficou a meio caminho, com alguns progressos.
O Banco Central Europeu abriu linhas de liquidez para os bancos em dificuldades
dos países afetados e saiu às compras no mercado secundário
dos títulos soberanos, inclusive de Itália e Espanha - hoje
têm € 140 bilhões deles nas mãos. A ampliação
das funções e do dinheiro do fundo de estabilização
dá a ele um papel fundamental de emprestador de última instância
na área do euro, mas, na hora da decisão relevante para a
crise, prevalece o interesse político e o impasse. Ou os governos
se comprometem a manter a união monetária como está
até o fim, com todos os custos decorrentes, ou o bloco começará
a se partir pela periferia, abrindo, por contágio no sistema financeiro,
uma crise com potencial destrutivo semelhante ao da quebra da Lehman Brothers.
O
dilema foi claramente enunciado pelo presidente do Bundesbank alemão,
Jens Weidmann. Ele disse que a solução a ser tomada rapidamente
envolvia ou um "grande salto" em direção a uma união
política ou o retorno a uma união monetária mais restrita,
composta por países fiscalmente responsáveis. Mas os líderes
da zona do euro parecem atolados no meio do caminho e o arranjo atual tende
a "entrar em colapso sob o peso da própria inconsistência".
Já
se sabe disso há meses, inclusive que a Grécia não
tem como pagar suas dívidas sem uma séria reestruturação.
O país está perto de um ponto de não retorno político,
com queda de 7% no PIB no último trimestre, receitas fiscais 5,3%
menores e teve a meta fiscal diminuída de 7,6% do PIB para 8,1%
do PIB, tudo isso envolto em grande indignação popular. FMI,
BCE e União Europeia pressionaram por mais ajustes, mas, em todos
os sentidos, a Grécia dá sinais de não aguentar muito
mais. (Valor Online)
Os
países emergentes vão socorrer o euro?
Para
um continente como a Europa, cheio de orgulho e cansado de glórias,
uma região que conduziu por tanto tempo e, às vezes, de maneira
tão violenta a história do mundo, é o cúmulo
da humilhação receber a ajuda de países exóticos,
muitas vezes olhados com condescendência e, em certos casos, tratados
quase como colônias ou como entrepostos comerciais. Mas é
exatamente isto que está ocorrendo.
Ontem,
o mundo todo se inclinava na beira do abismo no fundo do qual a Europa
se debate. Mas agora mãos compassivas estendem-se para ajudar Bruxelas,
Atenas, Roma ou Paris a se reerguer.
Na
terça-feira, quando as bolsas europeias enlouqueceram, a China demonstrou
que tem bom coração, enquanto Brasília, pela voz de
Guido Mantega, anunciava que os países do grupo do Brics (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) se reunirão
no dia 22 em Washington, a fim de avaliar de que modo poderão socorrer
a Europa cujo corpo, asfixiado pelas dívidas, e exangue, está
indo contra a corrente.
Foi
o primeiro-ministro chinês em pessoa, Wen Jiabao, que se declarou
disposto a "estender uma mão amiga".
Wen
se mostrou generoso, compreensivo, indulgente. Mas, em todo caso, não
perdeu a oportunidade para distribuir alguns conselhos aos europeus. Seu
desejo é que eles "adotem políticas fiscais e monetárias
responsáveis, administrem adequadamente as questões do endividamento,
garantam a estabilidade das operações de investimento no
mercado e preservem a confiança dos investidores em todo o mundo".
A
Europa poderia ofender-se e irritar-se pelo fato de os chineses resolverem
adotar a postura do mestre bondoso, do sábio que quer ajudar um
moleque impertinente desde que este prometa fazer menos besteiras. E que
também pede contrapartidas por sua benevolência.
No
entanto, não disse nada. Ficou feliz demais com a possibilidade
de a rica China correr em sua ajuda, ainda que ao preço de uma boa
dose de humilhação.
A
Europa teria até desejado que a China não se contentasse
com palavras gentis, e que logo colocasse a mão no bolso. Um gesto
concreto de Pequim teria, por exemplo, evitado que a Itália tivesse
de propor um juro (enorme) de 5,6% para encontrar compradores dos 6,5 bilhões
em títulos emitidos no mesmo dia.
O
exemplo italiano não foi escolhido ao acaso. Na zona do euro, a
Itália ocupa uma posição nevrálgica: ela corre
um sério perigo, mas, ao mesmo tempo, é a terceira economia
da zona do euro, ou seja, suas dívidas são muito superiores
às da Grécia ou de Portugal. Segundo foi anunciado ontem,
elas chegam a 1,911,8 trilhão, portanto o seu calote abalaria todo
o continente. Um "doente" tão enorme que seria quase impossível
salvá-lo, o que provocaria a agonia de toda a zona do euro.
Além
disso, Roma tem cortejado os chineses. Uma delegação de Pequim
se encontrou na terça-feira com o ministro de Finanças italiano
para a aquisição de uma parte da dívida italiana.
Quanto
ao Brics, também estudam uma possibilidade de comprar uma parte
da dívida da zona do euro. No entanto, a fórmula é
vaga e sua tradução na prática não está
clara. De fato, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira já recorre
à Ásia para grande parte de suas captações
de recursos.
É
por isso que o anúncio da próxima reunião do Brics
em Washington está sendo interpretado aqui, principalmente, como
uma mensagem política tranquilizadora. Portanto, não nos
resta senão aguardar esse encontro crucial. (Gilles Lapouge,
tradução Anna Capovilla - O Estado de S.Paulo)
De
volta aos anos 30?
A
OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico), em uma avaliação das perspectivas de crescimento
mundial nos próximos seis meses, reportou que todas as áreas
do planeta registram desaceleração.
Os
grandes países industrializados do G7 caíram de 102,5 a 102
pontos em junho no índice da OCDE, no qual 100 representa crescimento
zero. Os indicadores referentes a Brasil, Índia e China também
recuaram.
O
motivo central de preocupação é a crise da Grécia,
cujos custos de captação dispararam, gerando rumores insistentes
de um calote. A renúncia do economista-chefe do Banco Central Europeu,
o alemão Jürgen Stark, agravou a crise. Stark defendeu limites
para a assistência à Grécia e objetou à compra
de títulos públicos italianos e espanhóis pela instituição.
O
ministro da Economia alemão, Philipp Rösler, afirmou que para
estabilizar o euro pode ser necessária "uma falência ordeira"
na Grécia.
Christian
Lindner, secretário-geral dos Democratas Livres -parceiros na coalizão
governista de Angela Merkel-, foi mais longe. "Em última análise",
afirmou, "não se pode descartar a ideia de que a Grécia deve,
ou poderia desejar, sair da zona do euro".
O
bilionário investidor e filantropo norte-americano George Soros
vem dizendo mais ou menos a mesma coisa.
Ele
defende a ideia de um título público unificado para a zona
do euro, subscrito conjuntamente pelos 17 países usuários
da moeda comum.
Mas
Merkel se opõe firmemente a um título unificado. A Alemanha
tem a economia mais forte da Europa e é a fiadora do futuro econômico
do continente. Mas a votação quanto a diversos aspectos dos
resgates aos países-membros da zona do euro só acontecerá
em 29 de setembro no Legislativo alemão.
A
aprovação de um novo pacote para a Grécia deve ocorrer
em outubro. Em dezembro, haverá uma votação sobre
o tratado que cria um fundo permanente para estabilizar crises na zona
do euro.
O
problema é que esse calendário político vem sendo
atropelado pelas exigências dos mercados em pânico. Já
não se trata só da Grécia. Muitos operadores acreditam
que um calote grego seria hoje a melhor resposta aos problemas europeus.
Autoridades
dos EUA vêm declarando, em foro privado, que o fracasso europeu em
combater a crise da dívida responde por dois terços da instabilidade
no mercado mundial.
Mas
tampouco os EUA começaram a colocar a casa em ordem. O risco é
que, com a desaceleração na economia mundial, combinada à
paralisia política na Europa e nos EUA, a situação
se torne cada vez mais como a dos anos 30. (KENNETH MAXWELL,
tradução de PAULO MIGLIACCI - Folha de S.Paulo)
Governo
buscará alta de 4% do PIB
Presidente
afirma que princípios que regem países desenvolvidos são
os de recessão, e no Brasil são os de crescimento
Prévia
aponta para expansão da economia em julho, mas governo espera moderação
no segundo semestre
Apesar
da melhora nos indicadores econômicos em julho, o governo avalia
que o país terá crescimento mais moderado e abaixo do limite
que geraria pressões inflacionárias no segundo semestre.
Ontem
a presidente Dilma Rousseff reavaliou a previsão de crescimento
de 4,5%: "Vamos fazer um esforço para chegar a quatro, quatro e
pouco [%]", declarou.
Reportagem
da Folha mostrou que a equipe econômica estima um crescimento menor,
em torno de 3,7%, por causa da crise internacional.
Dilma
tentou conciliar o discurso desenvolvimentista - que dá ênfase
ao crescimento - com a necessidade de combater a alta de preços.
Disse que o Brasil precisa crescer a "taxas que levem em conta a inflação",
mas que sejam compatíveis com continuidade da criação
de emprego e de renda.
Segundo
a presidente, o desempenho da economia no terceiro trimestre será
um pouco baixo. Mas ela disse contar com recuperação no último
trimestre.
CRÉDITO
'PUJANTE'
Duas
semanas após o Banco Central cortar os juros para evitar o contágio
da crise global, ela afirmou que o governo está tomando medidas
para beneficiar o consumo e que o crédito está "pujante".
"Não
queremos no Brasil nenhum dos princípios que estão regendo
as economias desenvolvidas, que é recessão, recessão,
recessão. Aqui nós teremos crescimento, crescimento, crescimento."
Enquanto
Dilma destacava o "crescimento", o BC tenta mostrar que a expansão
atual é mais moderada do que a ocorrida no início do ano.
O
IBC-Br (Índice de Atividade do BC), que funciona como uma prévia
do PIB (Produto Interno Bruto) mostrou o maior crescimento em seis meses,
de 0,46% na comparação mensal.
Mas
o BC prefere comparar o desempenho no último bimestre com os dois
meses anteriores, que mostra "crescimento zero".
Cálculo
do BC mostra ainda que se a expansão da economia nos últimos
três meses se repetir nos próximos trimestres, ela ficará
inferior a 2% no fim do ano.
Ou
seja, menos da metade do percentual que a economia pode crescer sem gerar
pressões inflacionárias- limite estimado em 4,5% pelo mercado
financeiro.
Se
o ano acabasse em julho, a economia teria crescido 4,52% em 12 meses, o
que indica desaceleração ante os dados oficiais do PIB divulgados
pelo IBGE até junho.
Para
o BC, é preciso que a economia cresça abaixo do seu potencial
por alguns trimestres para que a inflação caia dos atuais
7,23% para 4,5% até o fim de 2012.
PREVISÕES
PARA 2011
4,52%
é
a estimativa de crescimento da economia em 12 meses, até julho,
segundo o Banco Central
4%
é
a estimativa oficial do Banco Central para o PIB neste ano
3,56%
é
o que esperam especialistas do mercado
3,7%
é
o crescimento estimado pela equipe econômica do governo (ANA FLOR
e EDUARDO CUCOLO - Folha de S.Paulo)
Taxa
de juros, inflação, incertezas e o mercado
A
recente decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom), do Banco Central (BC), que reduziu a taxa básica de juros,
ou Selic, de 12,5% para 12% ao ano, causou grande surpresa no mercado financeiro,
pois a grande maioria dos seus analistas previa que a taxa não seria
alterada. Conforme se diz nesse mercado, eles estavam ancorados nessa previsão
de estabilidade.
Isso
se evidenciou, por exemplo, em reportagem do jornal Valor publicada na
edição do fim de semana anterior à data da reunião.
Ouvidos 33 analistas, a matéria concluiu que a estabilidade da Selic
era a opinião unânime. Além disso, só três
esperavam queda da Selic ainda em 2011 e apenas 13, uma taxa menor até
o fim de 2012. Os demais previam a estabilidade da taxa até o fim
do ano que vem!
Acertar
previsões é muito importante para analistas e instituições
a que servem. Entre outros aspectos, orientam decisões quanto à
alocação de recursos entre diferentes aplicações,
bem como a remuneração oferecida a depositantes. Sei de instituições
em que parte da remuneração de seus analistas está
ligada ao acerto de previsões, o qual também tem efeito no
prestígio que sustenta carreiras profissionais. Compreende-se, assim,
parte das frustrações após a decisão do Copom.
Por
essa e outras razões, a redução da Selic foi bastante
criticada no mercado financeiro. Entre outros aspectos, as críticas
apontaram que o Copom alterou sua forma de decidir, passando de aumento
a redução da Selic sem uma pausa intermediária, assim
afetando sua previsibilidade; que a independência do BC foi violada
(às vezes ela é um eufemismo para uma desejada dependência
do mercado); que a decisão teria sido política (caso em que
o BC seria dependente do governo que integra); e que o Copom assumiu também
a missão de defender o nível de atividade da economia, quando
deveria cuidar apenas da inflação.
Há
muita espuma nesse chope em que se afogaram frustrações e
outras reações quanto à decisão. Em particular,
analistas ignoraram uma lição fundamental dos cursos de estatística
pelos quais devem ter passado. Previsões envolvem, em geral, um
elemento de incerteza e, assim, devem incluir uma avaliação
probabilística. O que fizeram foi atribuir 100% de certeza à
estabilidade da taxa, denotando excesso de confiança, que não
se coaduna com a frieza analítica que procuram cultivar.
Note-se
que o mês de agosto marcou mais uma etapa da crise econômica
mundial, com destaque para agravados problemas na área do euro,
juntamente com mais notícias ruins sobre os EUA. Nesse mês,
os EUA chegaram ao clímax daquele enorme problema de aumentar o
teto de sua dívida - que o mercado viu como mal resolvido -, e que
também levou à redução da nota do país
na avaliação de seu status como devedor, por uma agência
do ramo. Tudo isso turvou ainda mais o cenário econômico,
reforçou as previsões de menor crescimento lá fora
e aqui e levantou até o temor de uma nova recessão mundial.
E, vale lembrar, o nível de atividade atua sobre a inflação,
que tende a cair com o arrefecimento dele, sendo assim muito relevante
para as decisões do Copom quanto à taxa Selic.
Ora,
na esteira da recessão de 2008-2009 o BC foi muito criticado pela
sua demora em reduzir a Selic, o que deve ter ficado na cabeça dos
membros do Copom e seus sucessores. Assim, sem discutir se certo ou errado,
também era possível que na reunião o Copom optasse
logo por uma redução da Selic, mesmo sendo mais provável
- mas, vale repetir, não garantidamente certo - que viesse a decidir
pela estabilidade dessa taxa. E não estou argumentando só
a posteriori, pois antes da decisão levantei a hipótese de
redução em texto escrito para uma instituição
financeira.
A
avaliação de probabilidades é a tecnologia para trabalhar
em condições de incerteza, de modo a levar a previsões
mais robustas, mas sempre sujeitas a erros. E, ainda, para não pôr
a cabeça a prêmio, se turvada pela confiança excessiva
em acertos de previsão.
O
Copom faz previsões, e se mostra também muito convicto de
que está no caminho certo, embora nas suas atas faça referências
à incerteza. Elas costumam apresentar previsões da inflação
futura, que há tempos a revelam em 2011 sempre acima do centro da
meta de 4,5% no ano, juntamente com dados recentes que a mostram superando
até o teto dessa meta, de 6,5% ao ano. Tampouco as previsões
do Copom dão maior segurança quanto ao sucesso de suas ações
em 2012, outra razão sendo que estimativas de prazo mais longo têm
menores chances de se materializar, dada a maior incerteza que envolvem.
Desta
vez, a ata veio com uma novidade na previsão, em econometrês:
"Um modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico
de médio porte admite que a atual deterioração (...)
internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente
a um quarto do impacto (...) durante (...) 2008/2009 (...). Nesse cenário
(...), a atividade (...) doméstica desacelera e, apesar de (...)
depreciação da taxa de câmbio e de (...) redução
da taxa básica de juros (...), a (...) inflação se
posiciona em patamar inferior ao que seria observado (se) não (...)
considerado o (...) efeito da crise internacional".
O
Copom também prevê que neste terceiro trimestre se encerra
o ciclo de aumento da inflação acumulada em 12 meses e confia
numa tendência declinante a partir do próximo. Também
admite que o governo que integra vai colaborar no combate à inflação
contendo gastos, embora o tímido ajuste fiscal se limite a gastar
menos de uma receita que continua aumentando.
Quem
de fora do governo contempla toda essa aposta, refletindo sobre os fundamentos
dela para suas decisões, não pode ignorar as incertezas que
a cercam, nem deixar de ter um plano B caso venha a se frustrar, o que
faltou a quem apostou num só resultado para a última reunião
do Copom. (O Estado de S.Paulo)
Mercado Financeiro
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Ibovespa
sobe pela 1ª vez em 4 dias
A
esperança que estimulou o mercado no início dos negócios
reapareceu pela tarde e proporcionou um rali de alta das bolsas americanas
e brasileira. O dia foi marcado por intensa volatilidade, com os investidores
atentos mais uma vez às notícias da Grécia.
O
esforço feito pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e
a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, para convencer os investidores
que a crise tem solução funcionou. Ao menos os compradores
puderam justificar sua atuação nas bolsas.
No
Brasil, o Ibovespa chegou a cair 0,8% na mínima do dia, mas fechou
com ganho de 1,34%, aos 56.286 pontos. O giro financeiro subiu em relação
aos últimos pregões e atingiu R$ 6,447 bilhões. Esta
foi a primeira alta do índice em quatro pregões.
No
mercado americano, o índice Dow Jones ganhou 1,27%, aos 11.246,73
pontos, enquanto o Nasdaq subiu 1,60%, aos 2.572,55 pontos, e o S&P
500 avançou 1,35%, aos 1.188,68 pontos.
Com
os indicadores econômicos americanos relegados ao segundo plano,
o noticiário sobre a crise da dívida soberana europeia voltou
a pautar a negociação nas praças acionárias.
Evento mais aguardado do dia, a teleconferência entre Sarkozy, Merkel
e o primeiro-ministro grego, George Papandreou, não trouxe nada
de concreto, mas conseguiu acalmar os ânimos exaltados pelo medo
de um default do país.
Os
líderes da França e da Alemanha disseram que estão
“convencidos” de que a Grécia permanecerá na zona do euro,
mas enfatizaram a necessidade de o país colocar em prática,
de forma efetiva e rigorosa, seu programa de austeridade fiscal previsto
no atual pacote de ajuda financeira ao país.
Eles
também concordaram em ampliar o escopo do atual fundo de resgate
europeu (European Financial Stability Facility, em inglês) para dar
poderes a ele de compra de títulos (bonds) no mercado secundário.
Antes disso, Sarkozy e Merkel já haviam decidido ampliar a capacidade
de empréstimo do fundo para 440 bilhões de euros. Ambas as
medidas ainda dependem de aprovação de alguns parlamentos
europeus, entre eles o alemão.
Ainda
que a Grécia insista que vai cumprir com suas obrigações,
o comitê executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI)
não tomou ontem nenhuma decisão sobre o programa de financiamento
ao país europeu em encontro informal.
Representantes
europeus e do Fundo retornaram a Atenas mais cedo reiniciando a revisão
do programa de ajuda à Grécia depois da interrupção
nas negociações quase duas semanas atrás. O governo
grego não conseguiu cumprir várias das metas básicas
que eram condição para a liberação da próxima
parcela dos recursos do pacote de ajuda. Ao mesmo tempo, há discordâncias
entre a União Europeia e o FMI sobre quão rigorosas devem
ser as condições para que o país receba a ajuda.
Embora
a economia grega esteja na berlinda, outros países europeus permanecem
no foco e estão tentando reconquistar a confiança dos investidores.
Na Itália, o Parlamento aprovou o pacote de austeridade de 54 bilhões
de euros proposto pelo governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi para
equilibrar o orçamento do país em 2013. Já o governo
de Portugal anunciou novos cortes no setor público com objetivo
de economizar 100 milhões de euros.
Apesar
de admitir que as declarações de Merkel e Sarkozy não
tenham proporcionado medidas concretas para salvar a Grécia, o economista
da Legan Asset Management, Fausto Gouveia, ressalta que elas foram suficientes
para animar os investidores.
“As
expectativas do mercado apontam para uma solução satisfatória
para a crise na Grécia não se espalhar e não haver
um contágio entre os bancos, principalmente os franceses”, destaca.
“De toda forma, o mercado ainda está muito volátil, sem nenhuma
definição, e o movimento pode inclusive se intensificar pelo
vencimento de opções da próxima segunda-feira.”
Empresas
No
quadro corporativo nacional, a maior parte das ações fechou
em alta, com destaque para Embraer ON (4,92%, a R$ 11,07) e OGX Petróleo
ON (4,71%, a R$ 11,55). Gol PN ainda subiu 4,16%, a R$ 12,75, em dia de
queda dos preços do petróleo. Além disso, a companhia
aérea anunciou mudanças em seu comando.
Destaque
também para o desempenho dos papéis Gerdau PN (3,9%, a R$
14,36), Usiminas PNA (3,5%, a R$ 12,11) e CSN ON (2,35%, a R$ 15,67).
O
mercado acompanhou de perto as negociações entre a
Nippon Steel, maior siderúrgica do Japão, e a brasileira
Gerdau para evitar o êxito de uma oferta rival de US$ 2,9 bilhões,
da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por uma participação
na Usiminas, conforme noticiou a "Bloomberg News".
Também
no campo positivo, Vale PNA subiu 1,41%, para R$ 42,15, com giro financeiro
de R$ 761 milhões, e Petrobras PN avançou 0,98%, a R$ 20,52,
com volume de R$ 403 milhões.
Já
as principais quedas partiram de papéis que haviam liderado as altas
de ontem: B2W ON (-2,53%, a R$ 17,27) e Lojas Americanas PN (-3,83%, a
R$ 15,53). (Beatriz Cutait - Valor)
Mercado
de securitização em congresso
O
2º Congresso Uqbar de Finanças Estruturadas discutirá
o mercado de securitização. Entre os palestrantes, Maria
Helena Santana, presidente da CVM, e Renato Villela, secretário
de Fazenda do Rio.
Data:
22 de setembro
Horário:
8h30 às 18h
Local:
Rua João Cachoeira, 107, SP
Informações:www.uqbar.com.br/institucional/oque/Congresso_Financas_Estruturadas_11.jsp
(Valor Online)
Greve
nos Correios pode comprometer envio de boletos
Em
decorrência da greve dos funcionários do Correio, que começou
ontem em todo o País por tempo indeterminado, a Federação
Brasileira de Bancos – FEBRABAN sugere alguns procedimentos para evitar
transtornos por causa do não recebimento de boletos bancário.
É
importante o cliente identificar os pagamentos recorrentes mensais, ou
aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação.
Com essas informações, o cliente deve procurar as agências
das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos e solicitar
a segunda via da cobrança para efetuar o pagamento.
A
FEBRABAN observa ainda que o DDA – Débito Direto Autorizado, serviço
bancário disponível desde 2009, elimina a necessidade do
boleto impresso. Podem ser acessados eletronicamente pelos consumidores,
sem o risco de extravio da correspondência e a alteração
dos dados. (Executivos Financeiros)
AssPreviSite
tem novo Site
Planejado
para ocorrer em duas etapas, mudamos a linha editorial do nosso site na
Internet.
Por
ser um canal aberto, somos levados a mudar a estratégia de divulgação
de conteúdos, mantendo o respeito a autores, editores e órgãos
de divulgação de nosso país, como sempre fizemos
A
partir de ontem, dia 12, o site www.assprevisite.com.br
passou por
uma mudança de conteúdo e forma de comunicação
e divulgação.
Com
isto nosso site passa a ter o foco exclusivo nos serviços de clipping
diário e geração de conteúdos (previdênca,
saúde e educação previdenciária) para todos
interessados nos sistemas de Previdência (Oficial e Complementar)
e Saúde (Básico e Suplementar). (Editoria - AssPreviSite)