Com a presença de renomados especialistas, dirigentes das principais entidades associativas e advogados do sistema de saúde suplementar o AssPreviSite tratará do ressarcimento dos planos de saúde ao SUS quando os clientes das operadoras forem atendidos em hospitais públicos. O encontro que acontece na próxima semana (dia 26), naFundação CESP - Alameda Santos, 2477 (região da Avenida Paulista, próximo a estação Consolação), em São Paulo, busca um posicionamento sobre as novas definições, sua amplitude, as exigências e os impactos para as operadoras de planos de saúde e seus usuários conforme nova exigência da ANS e Ministério da Saúde. Para tratar destes e outros aspectos convidamos os presidentes da ABRAMGE e UNIDAS, além dos especialistas, consultores e advogados da Advocacia Dagoberto J. S. Lima, do JCM&B Advogados e Consultores, da Rodarte Nogueira Consultores e do Escritório Toro Advogados. Venha dividir com nossos ilustres convidados os principais conceitos e definições sobre este tema. Informações e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou a sexta-feira cotado a R$ 1,9270 com baixa de 1,23% em relação ao fechamento de quinta-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a semana em alta de 0,28% com o volume financeiro no patamar de R$ 4,928 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a sexta-feira em alta de 0,32% e a Nasdaq caiu 0,19%.
AssPreviSite
SPC
lança segundo Concurso de Monografias
Temas escolhidos se inserem
nas diretrizes da atual política de previdência complementar
Com a finalidade de incentivar
a pesquisa e a elaboração de trabalhos técnicos na
área de previdência complementar, a Secretaria de Previdência
Complementar (SPC) tornou público, na quarta-feira, o regulamento
para o 2º Concurso de Monografias. Portaria do ministro da Previdência
Social, José Pimentel, de 8 de junho, oficializou o ato.
A exemplo do que ocorreu
no primeiro concurso, em 2008, a SPC manteve parceria com a Fundação
Anfip de Estudos de Seguridade Social, na realização desse
evento. Além dos prêmios em dinheiro para os três primeiros
lugares, os organizadores do concurso terão seus trabalhos publicados
e receberão os prêmios durante o 30° Congresso Brasileiro
dos Fundos de Pensão, que terá lugar em Curitiba, no período
de 30 de setembro a 2 de outubro. Os prêmios pecuniários são:
R$ 10 mil para o 1º colocado; R$ 7 mil para o 2º e R$ 3 mil para
o terceiro.
Os candidatos, por seu turno,
devem ficar atentos à data final de entrega dos trabalhos junto
à Fundação Anfip: 17 de agosto próximo, no
endereço: www.fundacaoanfip.org.br. Além disso, continuam
em vigor as regras básicas do primeiro concurso: trabalho inédito,
tratando de tema atual e consonante com as diretrizes da política
de previdência complementar.
TEMAS - Para o concurso
de 2009, foram escolhidos cinco temas pela SPC: 1) A relevância
dos programas de Educação Financeira e Previdenciária
para o fomento da Previdência Complementar; 2) Certificação
de dirigentes de entidades fechadas de previdência complementar (EFPC):
processo e/ou importância para os participantes de planos de
benefícios; 3) Desafios para a estruturação dos órgãos
de governança da regulação e supervisão
das atividades das entidades fechadas de previdência complementar;
4) A Defesa do Contrato Previdenciário; 5) Gestão de Investimentos
das entidades fechadas de previdência complementar em ambiente de
taxa de juros decrescentes.
Os interessados poderão
ter acesso à portaria ministerial na página da Previdência
Social, no endereço www.previdencia.gov.br/spc.php, na seção
Legislação da Previdência Complementar / Portarias.
(Zenaide Azeredo - SPC/AssPreviSite)
Anapar:
Discriminação na eleição do Nucleos
A ANAPAR denunciou, à
Secretaria da Previdência Complementar, a discriminação
que foi introduzida no regulamento eleitoral do NUCLEOS, no processo de
escolha, pelos participantes, do Diretor de Seguridade. O regulamento impede
a candidatura ao cargo de participantes que sejam "litigantes ou litigados"
em processos administrativos ou judiciais, que envolvam o NUCLEOS ou qualquer
uma das patrocinadoras.
A medida introduzida no
regulamento eleitoral impede de concorrer os participantes que tenham qualquer
tipo de demanda judicial contra a entidade ou contra as patrocinadoras,
mesmo antes do julgamento destes processos pelos tribunais ou da solução
de processos administrativos pelos órgãos competentes das
patrocinadoras ou da entidade de previdência. Assim, se uma das patrocinadoras
ou se os dirigentes da própria entidade resolverem mover um processo
contra determinado participante, ele fica impedido de concorrer.
"A proibição
chega às raias do absurdo e afronta a Constituição
Federal, que confere aos cidadãos o legítimo direito de recorrer
à Justiça, quando tem seus direitos desrespeitados", avalia
André Fernandes, participante do NUCLEOS e dirigente da ANAPAR.
A legislação de previdência complementar (leis 108
e 109) estabelece como impedimento ao exercício do cargo de dirigente
de fundo de pensão aqueles que forem condenados em processos criminais
transitados em julgado ou que sofrerem penalidade por infração
à legislação de previdência complementar. Além
de restringir as condenações, a lei toma o cuidado de impedir
a candidatura somente daqueles que tenham sido penalizados em processos
efetivamente julgados.
Ao impedir a candidatura
dos "litigantes e litigados", o regulamento aprovado pelos dirigentes do
NUCLEOS transfere para a Comissão Eleitoral o julgamento destes
"litígios", ultrapassando mesmo a competência dos tribunais
e órgãos competentes.
Tudo leva a crer que as
proibições têm endereço certo, para evitar a
concorrência de pessoas que, para defender os interesses da coletividade
dos participantes, apresentam demandas e ações contra patrocinadoras
e a própria entidade. É o caso de sindicalistas e dirigentes
de associações de classe que, muitas vezes, tomam medidas
judiciais para reparar danos ou garantir direitos de seus associados. A
ANAPAR denunciou a discriminação à SPC e solicitou
sua interferência junto ao NUCLEOS para levantar a proibição
introduzida no regulamento eleitoral. (Boletim)
Banesprev:
Autopatrocínio ou BPD
A Entidade informa que a
cobrança referente ao mês de junho ocorrerá no dia
01/07/2009. Os novos termos de opção que chegarem ao Setor
de Contribuições até 15/06/2009 terão sua cobrança
ainda na data mencionada, os demais pedidos somente entrarão na
cobrança do mês de julho de 2009.
Solicitações
de Resgate:
O Banesprev informa ainda
que os pagamentos de resgates, referentes ao mês de junho, serão
pagos em 30/06/2009, para as solicitações que chegarem ao
Setor de Contribuições até o dia 15/06/2009.
Lembra também que
para casos com data de rescisão contratual em junho, qualquer que
seja a opção efetuada, a mesma será processada no
final do mês subseqüente, ou seja, no final de julho de 2009.
(Banesprev/AssPreviSite)
Previ: Reajustes
Entidade reajusta aposentadorias
e pensões em 5,44%
Os aposentados e pensionistas
recebem em junho reajuste nos benefícios da PREVI. Para os benefícios
concedidos até 30/6/2008, o índice de reajuste acumulado
da PREVI foi de 5,44%, correspondente ao INPC acumulado entre junho de
2008 e maio de 2009. O INPC é o indexador dos planos de benefícios
da PREVI e é o mesmo utilizado pelo INSS para reajustar seus benefícios
Esse é o 13º
reajuste desde a criação do Regulamento do Plano de Benefícios
1 e totaliza o índice acumulado de 197,07% desde 1997. No mesmo
período, o INSS acumulou 135,96%. (Previ)
Fundação
Cesp: Reajuste de benefícios
Os
benefícios dos aposentados e pensionistas dos planos previdenciários
PSAP/Eletropaulo, PSAP/Bandeirante, PSAP/Duke Energy, PPCPFL e PAP/Fundação
CESP serão reajustados em junho. O índice de correção
é de até 2,98% (variação acumulada do IGP-DI
de junho de 2008 a maio de 2009) e será aplicado de acordo com a
Data de Início do Benefício (DIB). (Fundação
Cesp/AssPreviSite)
Economus:
Escolha de perfis de investimento
Mais
de 400 pessoas optaram por novos perfis de investimento
Durante
o mês de maio, os participantes do PrevMais puderam escolher um dos
perfis de investimento para aplicar o MFI (Montante Financeiro Individual
formado pelas contribuições do participante e do empregador,
que é patrocinador do plano de benefícios).
São
quatro modalidades: conservador, moderado, agressivo e super agressivo.
Um total de 479 participantes alteraram o perfil: 122 aderiram ao moderado,
em que 85% da reserva permanece em renda fixa e 15% passa para a renda
variável; 216 optaram pelo perfil agressivo, onde 70% é aplicado
em renda fixa e 30% em renda variável e 141 escolheram o super agressivo,
em que 45% do Montante Financeiro Individual - MFI é aplicado em
renda variável e 55% permanece em renda fixa. Oito participantes
optaram pelo perfil conservador, embora não seja necessário
fazer essa opção. Quem não se manifestou permaneceu
automaticamente no perfil conservador.
Se
você não fez a adesão dessa vez, não se preocupe!
No mês de setembro, essa medida entrará em vigor novamente.
São três vezes por ano, nos meses de janeiro, maio e setembro.
Para qualquer dúvida ou esclarecimento sobre os perfis de investimento,
escreva para comunique@economus.com.br ou ligue para (11) 3464-7700.
(Economus/AssPreviSite)
Capep:
Prefeitura tenta aliviar dívida
A
Prefeitura de Santos está disposta a dobrar sua contribuição
financeira à Caixa de Pecúlios e Pensões (Capep) durante
um ano, mas quer taxar dependentes de servidores atendidos pela autarquia.
Esse é o bojo da proposta do Executivo para tentar salvar a instituição,
hoje mergulhada em dívidas estimadas em R$ 9 milhões.
As
sugestões foram apresentadas ontem pelo secretário municipal
de Administração, Edgard Mendes Baptista Júnior, a
representantes do Sindicato dos Servidores (Sindserv). A intenção
da Prefeitura é elevar sua alíquota de contribuição
de 2% para 4% do gasto com folha de pagamento, por um período de
12 meses. A alteração resultaria numa injeção
extra de R$ 5,5 milhões nos cofres da Capep. Transcorrido este período,
o percentual de repasse seria fixado em 3% mesmo índice cobrado
dos servidores.
No
entanto, a Administração Municipal prevê cobrança
de mensalidade de familiares e dependentes inscritos na Caixa. Hoje, conforme
estudo atuarial feito pela empresa que administra a entidade, há
cerca de 14 mil beneficiários que não contribuem financeiramente.
O valor da cobrança deverá ser definido pelo Conselho da
Capep.
Um
terceiro item da proposta isenta o servidor do pagamento da taxa de pecúlio,
que passaria a ser bancado pelo Executivo. O montante hoje disponível
em caixa, calculado em aproximadamente R$ 3 milhões, seria usado
para pagar parte da dívida acumulada junto a hospitais e clínicas.
As
medidas seriam incluídas em um projeto a ser enviado à Câmara
e entrariam em vigor 12 meses após a promulgação da
lei.
NÃO
RESOLVE
Presidente
do Sindserv, Flávio Saraiva aguardará que o Conselho defina
o valor a ser cobrado dos dependentes para levar a proposta à categoria.
Mas, de antemão, disse que as medidas não irão resolver
a crise, já que não alteram o atual modelo de gestão
da Capep. "A proposta de taxar o dependente vai fazer com que aqueles servidores
com maior renda procurem os planos de saúde. Os de menor renda não
vão pagar, simplesmente porque não têm condições",
afirmou.
As
propostas serão analisadas nesta segunda-feira pelo Conselho da
Capep. (FERNANDO YAMASHIRO - A Tribuna)
Fundos:
Itaú Unibanco
A
direção do Itaú Unibanco e os bancários chegaram
a um acordo, quarta-feira, a respeito do plano de incentivo à aposentadoria
dos funcionários. Podem participar bancários aposentados
ou em condições de se aposentar pelo INSS, com pelo menos
50 anos de idade e lotados em prédios administrativos. O programa
compreende adesão voluntária; pagamento de meio salário
por ano trabalhado limitado a seis salários; cobertura de 24 meses
de plano de saúde; cumprimento dos direitos previstos na Convenção
Coletiva de Trabalho (CCT) para este item, que prevê até mais
9 meses; pagamento do PLR de 2008, verbas rescisórias e os 40% sobre
o FGTS. O prazo de inscrição no programa é de 1º
de julho e 1º de agosto. (Valor Online-12.06)
Ressarcimento
ao SUS: Um "esqueleto" para os planos de saúde?
Com
a presença de renomados especialistas, dirigentes das principais
entidades associativas e advogados do sistema o AssPreviSite tratará
do ressarcimento dos planos de saúde ao SUS quando os clientes das
operadoras forem atendidos em hospitais públicos.
O
encontro que acontece na Fundação CESP, na Alameda Santos,
2477, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, busca
um posicionamento sobre as novas definições, sua amplitude,
as exigências e quais os impactos para as operadoras de planos de
saúde e seus usuários.
As
empresas sempre se posicionaram contrários ao ressarcimento ao SUS,
embasando esta posição em questões do direito universal
a saúde dos seus usuários.
Na
reunião do próximo dia 26 vamos buscar respostas para questões
da seguinte ordem:
-
Como o novo Sistema de Ressarcimento Eletrônico ao SUS impacta os
atores do sistema de saúde suplementar?
-
Qual o posicionamento dos especialistas, juristas e advogados sobre a solução
desenvolvida pela ANS e Ministério da Saúde em relação
ao novo processo de ressarcimento?
-
Como as autogestões, cooperativas, operadoras e seguradoras de planos
de saúde e convênios médicos devem se posicionar perante
as novas exigências?
-
Como se dará o processo de certificação digital proposto
pela ANS e que procedimentos devem ser adotados?
-
Qual o impacto deste processo nas relações dos usuários
dos planos com a rede credenciada do SUS?
-
Que providências orientativas poderiam ser adotadas junto aos usuários
e clientes dos planos?
-
Qual a posição das entidades associativas a respeito do assunto,
que providências elas podem adotar e qual a orientação
para suas associadas?
Objetivos
do Encontro:
-
Apresentar as mudanças para o setor, responsabilidades implícitas
e as prováveis ações necessárias frente ao
novo sistema de ressarcimento
-
Debater a amplitude e os principais aspectos que podem gerar impacto para
o segmento.
-
Promover um debate sobre os aspectos deste tema, sob a ótica operacional,
financeira e jurídica e orientar os participantes sobre os aspectos
acima.
-
Esclarecer pontos de entendimento do conteúdo e pontos especificados
na resolução, além da amplitude de sua aplicação
para as empresas que operam planos de saúde.
Para
tratar destes de outros aspectos convidamos os presidentes da ABRAMGE e
UNIDAS, além dos especialistas, consultores e advogados da Advocacia
Dagoberto J. S. Lima, do JCM&B Advogados e Consultores, da Rodarte
Nogueira Consultores e do Escritório Toro Advogados.
Venha
dividir com nossos ilustres convidados os principais conceitos e definições
sobre este tema. Informações no banner do evento no
endereço www.assprevisite.com.br
Reservas
pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br (AssPreviSite)
Fator
previdenciário será apreciado em plenário
O
relator do PL 3.299/08, deputado Pepe Vargas (PT/RS), que acaba com o fator
previdenciário, não vai apresentar seu parecer na Comissão
de Finanças e Tributação da Câmara, informou
o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). De acordo
com a assessoria do parlamentar, é melhor apreciar o projeto em
plenário, e, para isso, será necessária a aprovação
do requerimento de urgência apresentado à Mesa Diretora da
Casa pelo deputado João Dado (PDT/SP).
Vargas
tem recebido entidades sindicais de vários setores, aposentados
e também representantes do Governo com a intenção
de viabilizar um texto que possa ser, em primeiro lugar, aprovado na Casa
com o apoio do Executivo, para evitar o veto, integral ou parcial, do projeto.
As
soluções não são apenas matemáticas;
porém, elas também se refletem nas decisões políticas.
Para o Diap, os empecilhos para viabilizar a votação da matéria
são muitos e é preciso pressão da sociedade, dos setores
organizados, para que o projeto possa ir a voto. O resultado da votação,
em plenário, é uma incógnita. O relator não
sabe ainda se para perder ou ganhar, caso o texto vá a plenário.
Após
as audiências públicas que foram realizadas na Comissão
de Finanças e Tributação, destacou o Diap, o relator
se deparou com várias reivindicações dos trabalhadores
e as comparou com as que o Governo pretende aprovar no Parlamento. Os entendimentos
estão em curso, porém o projeto tem que ser apreciado na
Casa ainda neste semestre. Certamente, entende o relator, que o projeto
será modificado. Desse modo, o texto retornará à Casa
de origem, o Senado.
O
deputado acredita que como 2010 é ano eleitoral será mais
complicada a apreciação da matéria pelos parlamentares.
O projeto está submetido ao tempo político. Ou aprova-se
agora ou não haverá condições para votá-lo,
pois em ano eleitoral há uma natural dispersão do Congresso,
o que dificulta a votação de matérias polêmicas.
A
ANFIP trabalha pela aprovação do projeto e já demonstrou,
em audiência pública, o prejuízo que o fator previdenciário
causa aos trabalhadores, especialmente os de baixa renda. A entidade, além
dos debates que promove e dos quais participa, entregou a parlamentares
um estudo sobre os impactos do fator previdenciário nos benefícios
da Previdência Social. A entidade reafirma que a Seguridade Social
é superavitária. (Anfip)
Deputado
luta pelo fim do fator previdenciário
O
fim do fator previdenciário, que reduz em mais de 30% o valor das
aposentadorias, vai ser o assunto tratado pela Frente Parlamentar, criada
a pedido do deputado estadual Arlen Santiago, durante reunião na
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, às 17h, do dia
23 de junho de 2009.
Através
de requerimento, o parlamentar, que conta com o apoio da Federação
dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais, por meio de seu presidente,
Sr. Robson de Souza Bittencourt, solicitou a criação
desta Frente em apoio ao fim do fator previdenciário que tramita
sob o projeto de lei nº3.299/08, no Senado Federal. O parlamentar
explica que o Fator Previdenciário foi aprovado em 1999, como parte
da reforma da Previdência iniciada em 1998 no governo Fernando Henrique
Cardoso. “A lei nº9876, que criou o fator, modificou os critérios
de cálculo dos benefícios e foi uma das maiores agressões
aos direitos dos trabalhadores brasileiros. Ele reduz de 25 a 40% as aposentadorias
e prejudica, principalmente, os mais pobres e aqueles que começam
a trabalhar jovens”.
O
fator previdenciário traduz-se em uma regra matemática aplicada
ao cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição,
que reduz o valor do benefício previdenciário a que tem direito
o trabalhador, definido por quatro variáveis: idade, tempo de contribuição,
percentual de contribuição e expectativa de vida do trabalhador
no momento da aposentadoria. O fator é responsável por uma
redução de mais de 30% dos benefícios previdenciários
para os homens e de 35% para as mulheres.
O
novo texto pretende resgatar os critérios anteriores de cálculos
dos benefícios previdenciários, evitando a utilização
da Previdência Social como instrumento de ajuste das contas públicas.
Arlen
Santiago destaca que, atualmente, o valor pago em aposentadoria de segurados
mais jovens é menor do que dos empregados que preferem esperar mais
alguns anos para se aposentar, já que se leva em conta a expectativa
de vida do segurado. “Com o fator previdenciário, um trabalhador
que possui 60 anos de idade e 25 anos de contribuição, e
que deseja se aposentar por idade, não receberá o valor integral
de sua aposentadoria. Para recebê-lo, terá que trabalhar mais
alguns anos para completar o tempo de contribuição mínimo.
Irá se aposentar aos 70, sendo que, de acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística - IBGE, a expectativa de vida média
do brasileiro é de 71 anos”, conclui o deputado. (Cristina
Fonseca - O Norte de Minas-12.06)
INSS:
Pagamento de benefícios
Na
comparação entre os quatro primeiros meses do ano, o volume
de benefícios do INSS concedidos pela Justiça aumentou de
90 mil, entre janeiro e abril de 2008, para 100 mil, no mesmo período
deste ano.
De
acordo com o Ministério da Previdência Social, existem cerca
de 5 milhões de ações na Justiça contra o INSS
que questionam algum tipo de benefício negado.
A
maioria dos processos está nos Juizados Especiais da Justiça
Federal. Ainda há ações na Justiça do Trabalho,
nas varas previdenciárias federais e na Justiça estadual
(quando envolvem acidente de trabalho).
Segundo
o INSS, o aumento no total de benefícios concedidos por meio de
ação judicial é resultado dos acordos feitos com os
segurados durante os mutirões realizados em parceria com a Justiça
Federal. No mutirão, o INSS propõe a redução
do valor da ação. Se o segurado aceita a proposta, o benefício
é concedido. (Juca Guimarães - Agora S.Paulo-11.06)
Aposentadoria
em meia hora
Quem
vai se aposentar e não tem todo o tempo de contribuição
ao INSS registrado no CNIS (Cadastro Nacional de Informações
Sociais), usado pelo instituto para conceder a aposentadoria em meia hora,
deve ficar atento à documentação exigida.
O
Agora visitou dez postos do INSS, na capital, para saber quais são
as exigências que os segurados devem cumprir para comprovar as contribuições
que não estão no cadastro. Em algumas agências foram
exigidos documentos além do necessário.
Para
cada tipo de segurado, o INSS faz diferentes exigências. Veja como
o instituito faz a comprovação do recolhimento e o que cada
agência exige na edição impressa do Agora, nas bancas
nesta segunda-feira, 15 de junho
Por
exemplo, para a comprovação do vínculo de um segurado
com carteira assinada, foram solicitadas as cópias das páginas
do livro de registro de empregados da empresa onde o segurado trabalhou,
do empregado contratado antes dele e também do empregado contratado
depois dele.
Para
o funcionário do posto da Penha, zona leste, as cópias seriam
necessárias para confirmar o vínculo do segurado pela "sequência"
de contratação da empresa. O INSS informou que essa exigência
fazia parte da legislação anterior que não está
mais em vigor.
Outra
exigência comum nos postos, que não é obrigatória,
foi a cópia autentica em cartório dos documentos.
O
principal documento, para o trabalhador com carteira assinada, é
a declaração da antiga empresa confirmando o vínculo.
Quem era autônomo tem que apresentar o carnê de contribuição
pago. A mesma regra vale para os segurados facultativos, como donas de
casa e estudantes.
A
segurada Ana Rita de Oliveira Antonzezezen, 60 anos, precisou esperar apenas
15 minutos para ter a sua aposentadoria por idade concedida no posto da
Santa Marina, zona oeste. "É uma emoção tão
grande quanto a do meu primeiro dia de trabalho em 1961", disse.
Para
obter o benefício em 15 minutos, tempo que demorou a alteração
e a consulta aos dados do CNIS, a segurada teve que, por conta própria,
reunir provas dos recolhimentos feitos nos anos 60.
De
acordo com o INSS, será criado, em breve, um informativo específico
sobre a documentação necessária e o procedimento correto
para a inclusão de dados que não estão no CNIS.
(Juca Guimarães - Agora S.Paulo)
Justiça
confirma a troca de aposentadoria
Os
segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que se já
aposentaram, mas que continuaram trabalhando e contribuindo para a Previdência
podem garantir um novo e melhor benefício.
Além
disso, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) já decidiu que
esses segurados, quando pedem a troca da aposentadoria --chamada juridicamente
de desaposentação--, não precisam devolver a grana
que já receberam do INSS.
Em
uma decisão recente do tribunal, publicada no "Diário Oficial
da Justiça" no dia 25 de maio, a ministra Laurita Vaz decidiu que
a troca do benefício "não implica em devolução
dos valores percebidos, pois, enquanto esteve aposentado, o segurado fez
jus aos seus proventos".
Segundo
o advogado Aloízio Cipriani, que ganhou a ação, o
segurado, de Santa Catarina, se aposentou com 32 anos e nove meses de trabalho,
em 1996, mas continuou trabalhando até 1999, quando completou 35
anos e cinco meses de serviço. "Ele trocou uma aposentadoria de
82% do benefício por outra de 100%, sem precisar devolver o dinheiro
que já recebeu", afirma o advogado.
Processo
rápido
Esse
processo demorou cerca de um ano e meio. O juiz de primeira instância
negou o pedido. Na segunda instância, o segurado ganhou, mas o juiz
determinou a devolução do dinheiro que ele já havia
recebido. "Mas essa devolução não interessa, senão
a troca acaba não sendo vantajosa", afirma Cipriani. Em última
instância, o STJ concedeu a troca e não exigiu a devolução
dos benefícios recebidos.
"É
uma nova fronteira do direito previdenciário, um novo parâmetro
que está surgindo para os segurados que continuaram trabalhando.
O STJ está sendo rápido nos julgamentos", diz o advogado.
De
acordo com a advogada Marta Gueller, em São Paulo, os juízes
estão julgando de forma parecida. "Alguns juízes não
concedem a revisão, e outros mandam devolver o dinheiro já
recebido. Tem que brigar até chegar no STJ", diz.
A
maior vantagem é para quem se aposentou de forma proporcional. Além
do fator previdenciário, ele pode ter um corte de até 30%
no benefício.
Segurados
precisam mostrar cálculo pronto
Os
segurados que forem pedir a troca da aposentadoria deverão apresentar,
no pedido de ação, o cálculo de quanto seria o novo
benefício. Sem isso, afirma a advogada Marta Gueller, dificilmente
o juiz irá aceitar o pedido de revisão. "Tem que mostrar
para o juiz que o novo valor é melhor. Por isso, é preciso
consultar um especialista."
O
cálculo servirá para o trabalhador descobrir se a troca será
mesmo benéfica.
Um
benefício proporcional concedido até dezembro de 1998 pode
ser mais vantajoso que um integral calculado depois, mesmo que o segurado
tenha trabalhado por mais tempo, devido ao fator previdenciário,
que passou a ser usado em 1999. "Se muda o período de cálculo,
tem que conferir se há mesmo vantagem no novo benefício",
diz a advogada. (Paulo Muzzolon - Agora S.Paulo)
INSS
vai desistir de ações de revisão
A
AGU (Advocacia Geral da União), que representa o INSS nas ações
de segurados que pedem a concessão ou a revisão de benefícios,
fechou um acordo com o CNJ (Conselho Nacional da Justiça) para que
cerca de 2 milhões de processos abertos desde 2005 sejam extintos.
A maioria dessas ações judiciais é contra o instituto
e resultam em vitória para os segurados.
O
acordo irá acelerar o pagamento de atrasados (diferenças
não pagas pelo INSS nos últimos cinco anos) de questões
que já possuem súmula da AGU --entendimentos que devem ser
seguidos pelos procuradores federais.
Entre
18 súmulas editadas em 2008, nove são relativas a ações
previdenciárias. As novas regras, por exemplo, concedem auxílio-doença
a ex-segurado, desde que ele comprove que a doença foi originada
enquanto ainda tinha a qualidade de segurado.
Também
foi reconhecido o período trabalhado como aluno aprendiz como tempo
de contribuição para a aposentadoria, além do direito
do segurado em ganhar parte dos atrasados da ação e continuar
com o processo contra o INSS para receber o resto da grana.
Segundo
as informações da AGU, com o acordo assinado com a Justiça,
será possível iniciar ainda neste ano o pagamento das ações
que estão paradas nos tribunais.
Quem
tiver ação de até 60 salários mínimos
(R$ 27.900) extinta neste ano poderá receber os atrasados por meio
de RPV (Requisição de Pequeno Valor) até dezembro.
Ações de valores maiores deverão ser pagas somente
em 2011, por meio de precatório.
As
súmulas também devem reduzir o gasto da Previdência
com ações judiciais. Quanto mais tempo a ação
demora para ter uma resposta da Justiça, maior é a despesa
do INSS com o pagamento dos atrasados. Desde 2005, a AGU já editou
42 súmulas.
Com
a adoção desses entendimentos também pelos juízes
federais, o advogado do governo não vai mais precisar entrar com
recursos até a última instância da Justiça.
"O
advogado público fica preocupado em recorrer, já que alguns
juízes não reconhecem as súmulas", diz José
Antonio Toffoli, o advogado-geral da União, por meio de uma nota
da entidade.
O
segurado que está aguardando o resultado do processo contra o INSS
pode acompanhar o andamento do processo no site www.trf3.jus.br, se a ação
foi iniciada na Justiça Federal de São Paulo ou do Mato Grosso
do Sul.
Segurado
deve pedir primeiro na agência
O
segurado da Previdência que pretende entrar com uma ação
na Justiça sobre um tema que já é súmula da
AGU deve primeiro tentar o pedido administrativo no INSS.
Quando
a advocacia da União decide que o INSS não tem mais chance
de ganhar um tipo de ação e edita uma súmula, o próprio
instituto também pode reconhecer que não adianta contestar
na Justiça e adota a mudança também na análise
dos pedidos administrativos feitos pelos segurados nos postos.
Porém,
só o fato de existir uma súmula da AGU não garante
que os analistas do INSS irão seguir o mesmo entendimento.
Para
que a regra seja adotada também pelos servidores, o INSS precisa
editar uma IN (Instrução Normativa) com as novas orientações
que deverão ser seguidas.
O
objetivo da IN editada pelo INSS é o mesmo da súmula --facilitar
a interpretação das leis e garantir o direito do segurado.
No
posto do INSS, a análise do pedido é mais rápida.
Pela regra do instituto, o caso deve ser respondido em até 45 dias.
Se o segurado não concordar, ele poderá entrar com recurso
nas agências. (Juca Guimarães e Carolina Rangel
- Agora S.Paulo-13.06)
Restituição
de contribuições pagas indevidamente
A
Portaria Conjunta n° 3, da Receita Federal do Brasil (RFB) e do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), determina que a restituição
de valores pagos indevidamente a título de contribuição
social por contribuinte individual, empregado doméstico, segurado
especial - que contribui facultativamente - e segurado facultativo, deverá
ser requerida mediante utilização do Programa Pedido de Restituição,
Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação
(PER/DCOMP), disponível no endereço eletrônico www.receita.fazenda.gov.br.
A portaria está publicada na edição de quarta-feira
do Diário Oficial da União (DOU). (Anfip)
Quem
terá de volta o INSS pago a mais
Os
segurados que pagaram um valor maior de INSS nos últimos cinco anos
terão de seguir novas regras para conseguir a grana de volta.
Confira
passo a passo para o pedido e situações em que você
pode ter desembolsado mais do que devia na edição impressa
do Agora, nas bancas nesta quinta-feira, 11 de junho
O
pagamento indevido pode ter sido feito por autônomos, contribuintes
individuais (como empresários), facultativos (donas de casa e estudantes),
segurados especiais (como agricultor) ou trabalhadores com carteira assinada
que fizeram alguma contribuição por meio de GPS (Guia da
Previdência Social) acima do limite.
A
partir de quinta-feira, o segurado terá de baixar um programa no
site da Receita Federal para pedir o ressarcimento.
A
contribuição mensal depende do tipo de contribuinte. Para
os autônomos, por exemplo, o valor é de 20% sobre a renda
--o salário é limitado ao teto, que é de R$ 3.218,90,
e a contribuição máxima é de R$ 643,78.
Se
um segurado pagou mais do que R$ 643,78 de INSS ou contribuiu mais de uma
vez no mesmo mês, por ter mais de um trabalho, por exemplo, ele pode
pedir a devolução.
O
trabalhador que continuou pagando a contribuição enquanto
recebia algum benefício do INSS, como auxílio-doença
ou licença-maternidade, também pode pedir.
Isso
porque, de acordo com a lei, quando o segurado está recebendo um
benefício, ele fica livre da contribuição.
Os
pagamentos feitos em duplicidade ou indevidamente não entram no
cálculo de nenhum benefício. Se o trabalhador não
pede a grana de volta, ela fica para o governo.
A
portaria conjunta número 3, do INSS e da Secretaria da Receita Federal,
foi publicada ontem no "Diário Oficial da União" e já
está valendo.
Antes,
o pedido de devolução poderia ser feito pelo próprio
segurado, em qualquer posto da Previdência Social.
O
programa
De
acordo com as mudanças anunciadas ontem, para ter a grana de volta,
o segurado terá de fazer o pedido por meio de um formulário
eletrônico chamado PER/DCOMP (Pedido de Restituição,
Ressarcimento ou Reembolso de Declaração de Compensação).
O
programa, usado para baixar, preencher e enviar o formulário, é
gratuito e está disponível no site da Receita.
O
pedido de devolução será analisado pelos técnicos
da Receita. Para confirmar se houve mesmo pagamento indevido, a Receita
pede ao INSS informações sobre os recolhimentos feitos pelo
segurado.
Se
o pedido for negado ou o valor devolvido for menor do que o esperado, o
segurado poderá entrar com um recurso no posto da Receita.
"Exigir
que o pedido seja feito apenas pela internet é injusto com o trabalhador.
Quem não tem computador, por exemplo, vai ter mais dificuldade para
conseguir o dinheiro de volta", disse o advogado previdenciário
Gustavo Alves. (Juca Guimarães - Agora S.Paulo-11.06)
Ameaça
à Previdência
Sistema
foi concebido como um pacto de gerações
São
poucos os especialistas em Previdência Social no País, seja
a pública ou a privada. Tirando o senador Paulo Paim e o deputado
Arnaldo Faria de Sá, pouquíssimos senadores e deputados conhecem
Previdência, seja pelo lado do financiamento ou dos benefícios.
Há ilhas de conhecimento de Previdência no Ipea, na Uerj e
FGV. Muitos opinam em função de seus interesses imediatos.
A cultura previdenciária, de 86 anos, foi visivelmente dilacerada
pelas sucessivas intervenções negativas do Estado na própria
previdência.
A
Previdência foi concebida como um pacto de gerações
em que os trabalhadores de hoje provêem os de ontem, numa arquitetura
de proteção social. Não aceita benefício sem
custeio (financiamento) atuarial compatível com a expectativa de
vida. Isto numa época em que o mundo sonhava com o bem estar social
das pessoas, trabalhava-se muito, ganhava-se e vivia-se pouco. A evolução
econômica e social mudou os mecanismos de compensação,
mas manteve a filosofia do sistema, alterada pelo assistencialismo de um
lado, e a voracidade do mercado especulativo, do outro.
Depois
de uma safra de técnicos e especialistas que resultaram dos institutos
na era Vargas, eles se foram e não tiveram substitutos à
altura nas instituições previdenciárias que lhes sucederam.
O ministério, por exemplo, foi esvaziado e ocupado por terceirizados
ou comissionados compromissados com seus instintos. No INSS, aconteceu
o pior: arrivistas de todos os tipos ali desembarcaram não para
pensar previdência, mas para cumprir missões de seus mandantes.
O ciclo das cabeças pensantes que fundamentam a cultura institucional
parece encerrado dentro da própria instituição.
Isto
apesar da Previdência Social pública mexer com 36,4 milhões
de segurados contribuintes e 26,3 milhões de beneficiários,
sendo 22,9 milhões do RGPS. Em 3.773 dos 5.561 municípios
brasileiros (67,85%), os pagamentos do INSS superam o FPM - Fundo de Participação
dos Municípios. O INSS tira da pobreza mais de 20 milhões
de pessoas.
A
reforma tributária proposta em momento difícil em que a cultura
previdenciária declina e a inflacionária floresce, em que
os entes federativos querem mais para custeio (empreguismo) e menos para
investimentos, em que a corrupção mina e dilacera as instituições
públicas, está sendo feita para beneficiar os que se alimentam
do gasto público e da omissão do Estado protetor e provedor.
Em
nenhum momento, Câmara e Senado se debruçaram sobre as mudanças
que afetam a medula da previdência. O olhão do empresariado
e de seus agentes infiltrados no Executivo e no Legislativo (lobby cruzado)
só enxergou a desoneração progressiva da contribuição
sobre a folha, sendo que cada redução de um ponto percentual
terá impacto de R$ 3 bilhões anuais no combalido caixa previdenciário.
Está se desperdiçando oportunidade para se examinar o financiamento
da Previdência Social pública, do RGPS. Pelo que conhecemos,
o atual sistema contributivo (empregador/empregado) não é
pesado para a sociedade e tem espaço para crescer, se fizerem os
ajustes necessários: combatendo a sonegação, eliminando
as renuncias, cobrando e recuperando dívida, controlando a despesa,
afastando os políticos.
Para
compensar o desmantelamento da receita previdenciária e o esfarelamento
da arrecadação, fiscalização, controle, recuperação
de dívidas administrativas e ativas, foram feitas transferências
de mais de R$ 320 bilhões nos últimos seis anos para que
o INSS honrasse seus pagamentos.
O
mais grave é que além do desconstruir a Previdência
Social, esterilizando a receita previdenciária, com a efetiva participação
do Judiciário, e sem qualquer reação do Legislativo,
corremos o risco da reforma tributária sepultar o conceito de Seguridade
Social.
A
reforma deixa de fora os milhões de trabalhadores, servidores públicos,
civis e militares, e os 7 milhões que continuam inadvertidamente
comprando títulos de investimento em previdência. (Paulo
César Régis de Souza - Estado de Minas-12.06)
Médicos:
Cremers defende aposentadoria especial
P.Alegre
- Segundo Cláudio Franzen, do Cremers, emendas foram apresentadas
ao projeto do Ato Médico e acabaram alterando o seu propósito
inicial. Ele também defende a criação de plano de
carreira de estado para médicos do Sistema Único de Saúde
(SUS), correção das tabelas de honorários médicos
e aposentadoria especial para a classe. Outras três chapas concorrem
a uma vaga no Conselho Federal. Os médicos podem encaminhar seus
votos até 2 de julho, às 17h, à agência central
dos Correios, na Capital. A apuração será feita pela
Comissão Eleitoral do Cremers. O voto pode ser presencial, na sede
da entidade, das 8h às 20h. (Correio do Povo-12.06)
Magistrados:
Toga-quente
A
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho entregará a Michel Temer manifesto contra PEC que aumenta
o limite da idade para a aposentadoria compulsória de 70 para 75
anos.
A
PEC, já em pauta, teria imediata eficácia para ministros
do STF. A Anamatra teme a "estagnação do Poder Judiciário".
(JB Online)
PEC
da bengala
Emenda
pode engessar o Estado brasileiro
A
Câmara dos Deputados se prepara para votar, em dois turnos, com exigência
de aprovação de três quintos da Casa Legislativa, a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 457/05, que
aumenta o limite da idade para a aposentadoria compulsória dos servidores
públicos de 70 para 75 anos, e, com efeitos imediatos, para ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos demais tribunais superiores. A
Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público
da União e a Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB) decidiram mobilizar-se contra a aprovação da referida
PEC, chamada de “bengala”, e a manifestação está marcada
para o dia 17, na Câmara.
A
emenda da Constituição da República, no seu art. 40,
parágrafo 1º, inciso 2, representa não só o engessamento
do Estado brasileiro, mas a estagnação do entendimento jurisprudencial
dos tribunais do país, já que as cortes não se renovam,
impedindo o necessário e indispensável progresso das ideias,
sobretudo no campo do direito, que é dinâmico e acompanha
com celeridade a vida. A matéria é complexa, pois, em muitos
casos, as instituições perdem profissionais de notável
conhecimento, de experiência, serenidade e preparação
técnico-científica acumulados durante longos anos de trabalho;
ademais, utilizam seus defensores os argumentos do aumento da expectativa
de vida da população brasileira; os avanços da medicina;
a maturidade na faixa dos 70 anos. Mas, de toda forma, temos como nociva
a pretendida emenda.
A
AMB atesta que “a proposta é absolutamente casuística, à
medida que eleva de imediato a idade para a aposentadoria compulsória
exclusivamente dos ministros do STF, dos tribunais superiores e do Tribunal
de Contas da União (TCU), cuja totalidade de beneficiados é
inferior a 100 pessoas, acarretando injustificada e inaceitável
diferença em relação ao conjunto de milhares de servidores
públicos do país”. Por outra, a alegação de
que a proposta reduz os gastos da Previdência pública, em
razão da permanência do agente público mais tempo na
ativa, cai por terra, sendo o efeito contrário: pode representar
um déficit incalculável para a Previdência Social,
pelo desencadeamento de um sem-número de aposentadorias espontâneas
antecipadas, decorrente da falta de perspectiva de ascensão profissional
dos juízes na base da carreira. Conforme conclui o juiz federal
do Maranhão Newton Pereira Ramos Neto, “a necessidade de democratização
do Poder Judiciário, revelada pela tendência atual de maior
transparência e controle de suas ações, demonstra a
inexistência de ambiente propício à mudança
objetivada, já que a proposta de reforma constitucional nada mais
faz do que fomentar a perpetuação no poder”.
(Maria Amélia Bracks Duarte - Estado de Minas)
SP:
Previdência deve parar nesta terça
Quem
tem atendimento agendado em um dos 180 postos dos INSS do Estado a partir
de amanhã poderá ter problemas, pois os técnicos administrativos
e analistas dos postos devem entrar em greve a partir desta terça-feira.
Os servidores protestam contra a alteração na jornada de
40 para 30 horas semanais.
Segundo
o Sinsprev (sindicato dos trabalhadores em saúde e previdência),
a paralisação será por tempo indeterminado e, na segunda-feira,
o sindicato vai informar quantos postos vão fechar as portas. Além
da capital, as agências de Guarulhos, São José dos
Campos, Ribeirão Preto, Campinas e Barretos também devem
fechar.
De
acordo com o sindicato, em outras greves, os prazos e os agendamentos foram
suspensos e remarcados. O Ministério da Previdência não
comenta. Segundo o Sinsprev, é possível que as perícias
continuem. Os médicos não irão aderir à ao
movimento grevista, pois já têm jornada de 40 horas semanais.
(Luciana Lazarini - Agora S.Paulo-13.06)
INSS
atenderá trabalhador informal
O
ministro da Previdência Social, José Pimentel, anunciou o
lançamento do programa de Formalização do Empreendedor
Individual. Pimentel, que esteve ontem em Teresina participando do encontro
de governadores do PT, disse que através do projeto os micro e pequenos
empreendedores poderão formalizar suas empresas e passarem a ser
beneficiários da previdência social brasileira em apenas meia
hora. A previsão é de que o programa seja implantado a partir
de 1º de julho e no dia 9 do mesmo mês o ministro deve voltar
ao Piauí para debater o assunto na Assembleia Legislativa.
“Queremos
formalizar os pequenos e microempreendedores, feirantes, cabeleireiros,
borracheiros, camelôs, por exemplo, a formalizarem-se como pessoas
jurídicas que são, tendo direito à previdência
e podendo expandir seus negócios, por exemplo”, contou o ministro
da Previdência. De acordo com o ministro, além da realização
de uma audiência pública na Assembleia no dia 9 de julho,
também será pedido às câmaras municipais que
participem do processo de divulgação do projeto com a criação
de balcões do empreendedorismo para que sejam feitas formalizações
de pequenas e microempresas, possivelmente através de parcerias
com as unidades do Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas
em cada município.
A
alta incidência de impostos é um dos principais motivos que
levam pequenos empresários a seguirem na informalidade. Por conta
disso, o programa oferece vantagens a esses pequenos ou microempresários:
possibilidades de criação de um CNPJ único para município,
estado e União, imposto zero, pagamento de ICMS de R$ 1,00, direito
à aposentadoria por idade, pensão por morte ou reclusão
e contribuição à Previdência de 11% do salário
mínimo.
Em
2003, o prazo para formalização de uma micro ou pequena empresa
era de 150 dias. Através do programa será possível
formalizar uma micro ou pequena empresa em meia hora, assim como acontece
atualmente com a concessão de benefícios da previdência.
“Atualmente, existem no Brasil cerca de 110 mil micro e pequenos empreendedores
informais, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio).
Apenas entre os meses de janeiro e maio de 2009, 530 mil micro e pequenas
empresas foram formalizadas no Brasil. Nossa estimativa é chegar
a um número muito maior com esse incentivo à saída
da informalidade”, destacou José Pimentel. (O Dia Online)
Informais
poderão criar empresa em 30 minutos
Os
trabalhadores informais, que no Brasil somam cerca de 11 milhões,
a partir do dia 1° de julho poderão criar suas empresas em apenas
30 minutos. Eles passarão a ser chamados de microempreendedores
individuais, cujas atividades proporcionam renda de até R$ 36 mil
por ano.
A
medida permitirá que trabalhadores que atuam em pequenos negócios
informais - como pipoqueiros, cabeleireiros, manicures e camelôs
- possam se filiar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contribuindo
com uma alíquota de 11% sobre o salário mínimo, cerca
de R$ 51. Em troca da contribuição, esses trabalhadores terão
direito aos benefícios previdenciários - como auxílios,
pensão por morte, salário-maternidade e aposentadoria por
idade ou por invalidez - excetuando a aposentadoria por tempo de contribuição.
“A
mesma tecnologia que proporciona a aposentadoria em 30 minutos estamos
transferindo para a Receita Federal. Para se ter uma idéia, em 2003
levava-se 150 dias para criar uma empresa, agora serão apenas 30
minutos”, disse o ministro da Previdência Social, José Pimentel,
destacando que antes o trabalhador desembolsava R$ 380 para manter o cadastro
na Receita, agora bastará simplesmente R$ 1.
No
dia 9 de julho, o ministro disse que será realizada uma audiência
pública em Teresina para discutir a implantação dos
microempreendedores individuais. “Vamos permitir que esses 11 milhões
possam crescer. Hoje, eles querem crescer e não podem”, comentou.
Agências
do INSS
Mais
três cidades do Piauí (Corrente, São Raimundo Nonato
e Valença) vão ganhar agências da Previdência
Social. A inauguração acontece em julho. Cada uma custará
R$ 750 mil. O espaço terá 330 metros e ar-condicionado. “Onde
as agencias eram alugadas vamos construir o prédio”, garantiu o
ministro Pimentel.
Dívida
O
ministro falou ainda sobre as contribuições previdenciárias
que as prefeituras descontaram dos funcionários e “esqueceram” de
repassar aos cofres públicos. Elas terão 240 meses para pagar
o que devem. “Evidente que não é culpa dos atuais prefeitos,
é resultado das ações da década de 80 e que
agora está sendo regulamentada”, finalizou. (Hérlon
Moraes - Acesse Piauí
MEI:
Ajuda de escritórios contábeis
Mais
de 400 mil contabilistas associados ao CFC (Conselho Federal de Contabilidade)
irão orientar gratuitamente os microempreendedores que resolverem
aderir ao MEI (Microempreendedor Individual).
Esses
escritórios de contabilidade também farão a primeira
declaração de imposto de renda dos empreendedores individuais.
"A
Classe contábil mostrará aos microempreendedores que a formalidade
é um bom negócio, mas demandará esclarecimento sobre
o seu funcionamento e a divulgação de seus benefícios
perante o seu público-alvo", destacou a presidente do CFC, Maria
Clara Cavalcante Bugarim.
MEI
A
implantação do MEI permitirá a formalização
dos microempreendedores num único cadastro, valendo para a União,
os estados, o Distrito Federal e os municípios. Com a lei, os microempreendedores
individuais ficam isentos de praticamente todos os tributos federais. Pagam
apenas valor fixo mensal de 11% do salário mínimo de INSS
para a aposentadoria pessoal, que hoje equivale a R$ 51,15, mais R$ 1 de
ICMS (comércio e indústria) ou R$ 5 de ISS (serviços).
Se
tiver empregado, o microempreendedor retém 8% do salário
pago e complementa com mais 3% para o INSS do trabalhador. O tempo mínimo
de contribuição é de 15 anos.
Para
aderir ao MEI, os microempreendedores deverão fazer a inscrição
pela internet . De acordo com o ministro da Previdência Social, José
Pimentel, esse processo deverá ser realizado em até 30 minutos.
O MEI entrará em vigor a partir do dia 1° de julho. (InfoMoney)
O
novo velhismo
Nunca
imaginei que iria ficar velho. Para mim, velhos eram aquelas pessoas de
mais de 50 anos, de cabeça branca, aposentados na cadeira de balanço,
com uma manta sobre as pernas e chinelinhos de lã. Todos os paparicavam
e os tratavam como crianças, ninguém os levava a sério.
Como
se vê, desde pequeno faço graves erros de avaliação.
Felizmente, ficar velho hoje é muito melhor do que quando eu era
criança. Não só pelos avanços da ciência,
que prolongaram a vida e melhoraram a sua qualidade, mas pelas evoluções
da sociedade e da tecnologia, que nos facilitaram o cotidiano, quebraram
preconceitos e permitem a gente de qualquer idade ser produtiva e ter todos
os direitos, e deveres, da vida social. Nunca imaginei que minha mãe,
hoje com 88 anos, continuaria tomando seu vinhozinho e estaria na internet
e fazendo análise.
Ela
detesta ser chamada de “terceira idade”: não liga de ser velha,
mas não gosta de “palhaçadas”.
Nunca
me passou pela cabeça que um dia eu seria capaz de furar filas em
aeroportos, bancos e cinemas com a tranquilidade dos justos, logo eu, que
sempre respeitei a lei e sempre detestei e combati todas as formas de privilégio.
Mas
lamento só ter descoberto que tinha esses direitos aos 63 anos.
Mal informado, pensava que eram só para quem tinha mais de 65. Perdi
três anos de moleza! Nos aeroportos, furando feliz filas imensas,
imagino como se sentem os nossos parlamentares. Assim como eles, mas por
motivos diversos, não sinto a menor vergonha. Nem de minha idade
e nem dos meus direitos legítimos. Vou logo perguntando: “Qual é
a fila dos velhinhos?” Mas o politicamente correto americano continua criando
eufemismos patéticos e denunciando “preconceitos” contra gente que
já viveu mais.
Não
querem mais que nos chamem de “cidadão sênior”, porque ninguém
chama alguém de menos de 60 de “cidadão júnior”. Nem
“idoso” eles aceitam.
O
correto é dizer “adulto mais velho” ou, singelamente, “homem” ou
“mulher”. Depois do racismo, do sexismo e do pobrismo, o velhismo.
Além
de tentar nos tirar o orgulho de havermos sobrevivido até aqui,
querem nos obrigar ao ridículo. (NELSON MOTTA - G1)
Crise
no retovisor? Começam as recontratações
Com
novas encomendas da China, setor de ferro-gusa inicia recuperação,
reativa fornos e chama de volta 700 funcionários dos 10 mil demitidos
no estado nos últimos seis meses
Trabalhadores
demitidos depois da crise financeira mundial começam a ser recontratados
pelos produtores de ferro-gusa (matéria-prima da fabricação
de aço) em Sete Lagoas e nas cidades vizinhas, na Região
Central de Minas Gerais. Um novo carregamento de 70 mil toneladas foi embarcado
para a China há cerca de 20 dias, primeira encomenda de peso atendida
pelas empresas desde o início da turbulência na economia em
setembro do ano passado. O Sindicato da Indústria do Ferro de Minas
Gerais (Sindifer-MG) informou ontem que foram recontratadas 700 pessoas
nas empresas do principal polo guseiro do estado. Duramente sacrificado
pela escassez do crédito e a recessão no mercado internacional,
o setor abafou fornos e demitiu cerca de 10 mil empregados nos últimos
seis meses, trabalhando com 80% de ociosidade.
Apesar
da boa notícia das readmissões, a reação dos
negócios é vista com cautela, segundo o presidente do Sindifer-MG,
Paulino Cícero de Vasconcellos. “Foi uma reação tópica
e não significa tendência sustentável”, afirma. As
exportações mineiras de gusa já vinham sofrendo com
a queda do dólar antes da crise financeira e praticamente paralisaram
em setembro de 2008. Os produtores independentes de ferro-gusa de Minas
Gerais trabalharam, em fevereiro, ao ritmo de apenas 15% da produção
mensal histórica de 450 mil toneladas. No mês passado, a curva
subiu para 23,5%, ou seja, foram produzidas 160 mil toneladas.
A
volta da China às compras do gusa de Minas é encarada como
uma possibilidade de início de recuperação. Paulino
Cícero disse que o gusa embarcado em maio já havia sido encomendado,
mas o pedido foi adiado em função da crise. As recontratações
surgem num momento crítico para os trabalhadores de Sete Lagoas,
onde as empresas chegaram a desligar 37 dos seus 39 fornos e só
nas últimas semanas reativaram cinco equipamentos, conforme balanço
do sindicato local dos metalúrgicos. De outubro a março passado,
4,2 mil trabalhadores perderam emprego no setor, estima Ernane Geraldo
Dias, presidente do sindicato.
“Torcemos
por essa recuperação, mas as nossas preocupações
não diminuíram, porque há uma grande dificuldade para
os trabalhadores”, afirma o sindicalista. O sindicato local dos metalúrgicos
obteve informações de 310 recontratações há
15 dias em pelo menos três empresas do setor -Usisete, Siderúrgica
Barão de Mauá e Santa Marta Siderurgia (Sama) – e recebeu
informações sobre a perspectiva de novos religamentos de
fornos em pelo menos duas fábricas: na própria Sama e na
unidade do grupo siderúrgico Gerdau. Metade da produção
de 4,4 milhões de toneladas do gusa mineiro no ano passado teve
o exterior como destino, principalmente os Estados Unidos, Japão,
China e Europa.
Na
Metalsider, de Betim, na Grande BH, que mantém desligados quatro
dos seus sete fornos, o diretor comercial Bruno Melo Lima disse que a expectativa
das empresas é quanto à reativação das compras
das siderúrgicas americanas. “O mercado começa a voltar muito
lentamente. São sinais de melhora depois do fundo do poço”,
afirma.
Os
trabalhadores do setor de Prudente de Morais, próximo de Sete Lagoas,
Matozinhos e Pedro Leopoldo, na Grande BH, estão ansiosos por uma
reação. De acordo com o presidente do sindicato dos metalúrgicos,
Luiz França de Oliveira, a indústria de autopeças
recontratou em Matozinhos. Foram readmitidos 450 trabalhadores numa das
unidades da Cabeletra do Brasil, fabricante de chicotes elétricos
automotivos. (Marta Vieira - Estado de Minas-11.06)
PGBLs,
VGBLs... ai, ai, ai!
A
derrubada dos juros vai mostrando a sem-cerimônia com que os bancos
faturam com seus planos de previdência aberta, mais conhecidos como
PGBLs (Planos Geradores de Benefício Livre) e VGBLs (Vidas Geradores
de Benefício Livre).
As
taxas de administração chegam a ser escorchantes. São
cobradas sobre o patrimônio (come-cotas), para afinal manter uma
carteira predominantemente formada por títulos do Tesouro (80%),
que não impõem nenhum custo especial. Podem chegar a 4% ao
ano (veja tabela), dependendo do tipo de plano, magnitude que talvez fosse
justificável enquanto a inflação foi de mais de 10%
ao ano. O investidor também paga taxa de carregamento. É
a garfada cobrada sempre que faz uma aplicação. Varia com
o tamanho do investimento e pode chegar a 4% do valor. E há os prazos
de carência de 2 a 24 meses, período em que o investidor não
pode sacar o volume aplicado.
São
tarifas incompreensíveis na paisagem que leva juros reais abaixo
de 5% ao ano, como agora. Também não tem sentido o Imposto
de Renda de 30% (no caso de planos de 2 a 4 anos) e de 35% (no caso de
até 2 anos).
Os
fundos de previdência complementar aberta são hoje uma indústria
com 8 milhões de participantes e reservas (patrimônio) que,
em abril, correspondiam a R$ 151 bilhões, o equivalente a 54% do
saldo das cadernetas, conforme apontam as estatísticas da Superintendência
de Seguros Privados (Susep), do Ministério da Fazenda.
É
uma poupança construída nos últimos 20 anos, conforme
cresceu a percepção nas classes médias de que as más
condições da Previdência Social deixam inseguro o futuro
aposentado. Ele entendeu que tinha de reforçar a aposentadoria e
nisso foi estimulado pelo adiamento (diferimento) do pagamento de parte
do seu Imposto de Renda.
Embora
esses fundos não deem garantia de rentabilidade, ao longo de todos
estes anos, foi dito ou insinuado ao contribuinte que teria retorno real
(descontada a inflação) de pelo menos 6% ao ano. Muita papelada
promocional sugeriu que a rentabilidade real do benefício futuro
poderia até superar os 12% ao ano. Quem, com base em promessas assim,
imagina que poderá reforçar sua aposentadoria com mais de
R$ 2 mil mensais, provavelmente não receberá mais do que
R$ 500 (veja o Confira). E quem tiver guardado esses prospectos e comprovar
que não obterá o prometido tem a opção de processar
o banco por propaganda enganosa.
Antonio
Cássio Dos Santos, presidente da Fenaprevi (Federação
Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que reúne
73 sociedades seguradoras e 12 entidades abertas de previdência complementar,
admite que, nas atuais condições, haverá um esvaziamento
dos planos e avisa que está em negociações com o governo
para que a tributação seja revista. O problema é que
isso será pouco se as administradoras não derrubarem suas
tarifas.
O
atual detentor de cotas de um PGBL ou de um VGBL terá de atualizar
as projeções de seu plano. E, se quiser benefício
mais alto do que o apontado por essa revisão, terá de reforçar
suas aplicações, ou no próprio plano ou em outra aplicação.
(O Estado de S.Paulo-14.06)
Atuários
realizam I Encontro Nacional
Será
realizado em São Paulo, nos dias 12 e 13 de agosto, o I Encontro
Nacional de Atuários, que terá como tema central “Práticas
Atuariais no Meio Empresarial”. O evento reunirá representantes
dos órgãos reguladores e de todas as entidades do mercado
de seguros, previdência complementar e capitalização.
A intenção é discutir as mudanças ocorridas
nos últimos 15 anos, quando os atuários puderam perceber
um grande incremento nas suas responsabilidades e aumento considerável
no seu campo de atuação dentro das empresas. Entre essas
alterações a que mais chama a atenção da categoria
é o fato de cada vez mais ser exigida dos atuários a participação
nos processos decisórios das empresas e lhes são atribuídas
novas responsabilidades. (CNSeg/Seguros.Inf)
Governança
Corporativa
Direito
GV e Instituto Coppead de Administração da UFRJ promovem,
nos dias 2 e 3 de julho, a Conferência Internacional de Governança
Corporativa em Países Emergentes, na FGV, em São Paulo.
(Guilherme Barros - Folha de S.Paulo-11.06)
Seguros:
Expansão de 6% na receita do mercado até abril
A
receita consolidada emitida pelo mercado segurador atingiu R$ 28,3 bilhões
nos quatro primeiros meses do ano, expansão de 6% sobre o mesmo
período de 2008, segundo a Confederação Nacional das
Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde
Suplementar e Capitalização (CNSeg). O segmento de seguros
gerais respondeu por R$ 10,6 bilhões do total, 3% a mais que a arrecadação
acumulada de janeiro a abril do ano passado.
Dos
ramos elementares, a carteira de automóveis foi a que mais contribuiu
para o resultado do segmento, representando quase 50% da arrecadação
dos seguros gerais. Sua receita foi de R$ 5,2 bilhões de janeiro
a abril, expansão de 10% sobre os quatro primeiros meses de 2008.
No
mesmo período, os chamados planos de caráter previdenciário
(PGBL, VGBL e outros planos) geraram receita de R$ 10,396 bilhões,
crescimento de 5,4 %, comparando-se aos quatro primeiros de 2008, de R$
9,859 bilhões. Mais uma vez, os planos VGBL lideraram a arrecadação,
alcançando R$ 7,8 bilhões em quatro meses, expansão
de 9% sobre o mesmo período do ano passado. Já os seguros
de pessoas (Vida e Acidentes Pessoais) mantiveram trajetória positiva
no acumulado até abril. No período, a receita emitida foi
de R$ 4,3 bilhões, 14% acima do totalizado no mesmo período
do ano passado, de R$ 3,7 bilhões.
Os
títulos de capitalização geraram R$ 2,9 bilhões,
obtendo um crescimento de 7% na receita acumulada de janeiro a abril na
comparação ao mesmo período. A arrecadação
do mercado não inclui a receita das operadoras de saúde controladas
por grupos seguradores. (Segs)
Copom
corta taxa Selic em 1 ponto
O
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
(BC) decidiu cortar a meta da taxa Selic em 1,00 ponto percentual, para
9,25%. A decisão superou a expectativa de boa parte do mercado,
que esperava corte de 0,75 ponto. A decisão foi tomada por seis
votos, enquanto dois membros do Copom defenderam que a taxa ficasse em
9,50%. Esse é o menor patamar da Selic desde a criação
da taxa, em 1986.
A
justificativa do comitê para a decisão anunciada hoje foi
a seguinte:
"Tendo
em vista as perspectivas para a inflação em relação
à trajetória de metas, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic
para 9,25% ao ano, sem viés, por seis votos a favor e dois votos
pela redução da taxa Selic em 0,75 ponto percentual. Levando
em conta que mudanças da taxa básica de juros têm efeitos
sobre a atividade econômica e sobre a dinâmica inflacionária
que se acumulam ao longo do tempo, o Comitê concorda que qualquer
flexibilização monetária adicional deverá ser
implementada de maneira mais parcimoniosa. O Copom acompanhará atentamente
a evolução do cenário prospectivo para a inflação
até a sua próxima reunião, para então definir
os próximos passos da estratégia de política monetária".
A
taxa Selic atingiu seu ponto máximo em fevereiro de 1990, no final
do governo José Sarney. Naquela época, de inflação
galopante, a Selic era definida diariamente e o juro nominal daquele mês,
anualizado, atingiu assombrosos 438.769,68%, de acordo com a série
histórica do Departamento de Mercado Aberto do BC.
A
próxima reunião do Copom ocorre nos dias 21 e 22 de julho.
(Valor)
BC
decidiu testar piso da taxa de juros
Depois
da divulgação do PIB do primeiro trimestre, bem melhor do
que se esperava, a maioria dos analistas chegou a prever uma atitude mais
conservadora do Banco Central na fixação da taxa básica
de juros. Ao reduzir o juro em um ponto percentual ontem, o Banco Central
decidiu fazer um teste de até que patamar a Selic pode cair no Brasil.
Durante
muito tempo se discutiu no país qual seria o piso da taxa básica
de juros. Até onde o juro poderia baixar? O que parece é
que o Banco Central, dessa vez, decidiu esticar essa corda. Há dois
anos, o BC iniciou essa mesma tentativa, mas abortou o processo quando
a inflação deu um novo susto.
Para
o economista Sérgio Vale, da MB Associados, o Banco Central tomou
a decisão acertada ao cortar o juro em um ponto percentual. Não
havia, a seu ver, necessidade de cautela. Não há risco de
inflação. A atividade ainda está muito fraca.
Dessa
forma, Vale diz que o Banco Central decidiu aproveitar este momento, que
a inflação está abaixo da meta para este ano e para
o próximo, para saber até onde o juro pode baixar no Brasil.
Além
disso, também será um teste para comprovar se o juro afeta
ou não o comportamento do câmbio. Nas últimas semanas,
o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem defendido abertamente o corte
de um ponto percentual para conter a apreciação do câmbio.
A grande preocupação é com a queda das exportações.
Há quem ache, no entanto, que o juro tem pouca influência
sobre o câmbio.
Sérgio
Vale acha, porém, que, daqui para a frente, o BC não deve
manter o processo de redução de juros. A seu ver, o ritmo
deve ser mais cauteloso. Sua expectativa é que, na reunião
de julho, a Selic cairá de 9,25% para 8,75%, se tudo continuar como
está.
Para
Sérgio Vale, diante da decisão de ontem, não há
razão, agora, para os empresários reclamarem do Banco Central.
A queda de um ponto percentual pode até ser considerada uma surpresa
positiva. E, além disso, os juros continuarão em queda neste
ano. (Guilherme Barros - Folha de S.Paulo-11.06)
''BC
tomou decisão à frente do mercado"
Carlos
Tadeu de Freitas Lopes, ex-diretor do Banco Central e economista-chefe
da Confederação Nacional do Comércio (CNC), surpreendeu-se
com o anúncio da reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom). "Pela primeira vez tomaram uma decisão
à frente do mercado", afirma.
A
decisão do Comitê de Política Monetária foi
satisfatória?
Foi
surpreendente. Pela primeira vez, tomaram uma decisão à frente
do mercado. Olhou-se para a atividade produtiva mais do que para qualquer
outra coisa. O BC se antecipou e mirou em uma atividade fraca, levando
em consideração também o fato de a inflação
estar sob controle.
A
nota do Copom dá pistas do que está por vir?
Dá
sim. Usa-se a palavra "parcimônia" para tirar a expectativa de que
as próximas quedas poderão ser neste mesmo nível.
Ao mesmo tempo, o comunicado é dúbio, porque não interrompe
a trajetória de queda da taxa de juro. O texto deixa claro que há
espaço para cortar mais.
Qual
é a sua previsão para a Selic daqui até o fim do ano?
O
corte de 1 ponto porcentual limitou as quedas futuras. A expectativa é
de que a Selic fique entre 9% e 8,75% até o fim do ano, não
menos que isso. Ao menos é o que o Copom indica como previsão
daqui até o fim do ano.
Que
tipo de impacto a decisão do Copom pode ter no setor produtivo,
tão afetado pela retração da oferta de crédito?
O
setor produtivo talvez seja o que sentirá o maior impacto com a
decisão de hoje (ontem). Mas o setor espera mesmo é pelas
taxas finais, as ativas, e não a Selic, que é passiva. Tudo
vai depender de como os bancos vão se comportar. Para as empresas,
o que importa é a redução do spread bancário.
A partir dessa decisão, é muito provável que o setor
produtivo se encoraje a retomar os planos de investimento, engavetados
desde que o cenário econômico ficou nebuloso. É algo
de muita importância para a economia brasileira, que certamente foi
levado em consideração pelo Copom. A divulgação
da queda do PIB do primeiro trimestre no início da semana certamente
serviu para uma reflexão antes de a decisão do Copom. Agora
vamos ter de esperar para ver o que os bancos vão fazer diante desse
corte, se vão cortar os juros também. (Paula
Pacheco - O Estado de S.Paulo-11.06)
Sinais
de mudança na ação do BC
Copom
ignora pressão feita pelo mercado e mantém a redução
de cem pontos na Selic
Escrevo
esta coluna sob o impacto de dois eventos que mostram as grandes mudanças
que vivemos na economia brasileira. Tenho repetido que é preciso
estar atento ao NOVO para evitar erros de análise e de entendimento
sobre momentos como este. A primeira e agradável surpresa veio da
decisão do Copom de ignorar a pressão feita pelo mercado
e manter a redução de cem pontos na taxa Selic. O Banco Central
já havia mostrado irritação com o conservadorismo
das instituições financeiras ao mostrar, na ata da reunião
do Copom de abril, as inconsistências entre os juros futuros e as
projeções de inflação para 2010.
Fato
inédito em sua história, esse verdadeiro puxão de
orelhas levou a uma imediata redução das taxas de juros de
prazo mais longo na BM&F. Mas, nos últimos dias, houve uma reversão
desse movimento e as taxas chegaram a níveis recordes novamente.
Na última quarta-feira, antes de conhecida a decisão do Copom,
a taxa Selic para dezembro de 2010 estava sendo negociada a 12,7% ao ano.
Como as previsões do próprio mercado apontam para 4,3% de
inflação no próximo ano, estaríamos voltando
a um juro real de 8%. Nada hoje permite prever que tenhamos de voltar a
esse nível para manter a inflação dentro da meta estabelecida
pelo sistema de metas em vigor.
As
justificativas balbuciadas pelos operadores e alguns membros do Copom são,
para dizer pouco, patéticas. Em uma coluna do jornal "Valor", uma
anônima fonte do BC citou o fato de que sempre em ano de eleições
a taxa de câmbio se desvaloriza e provoca um aumento da inflação.
Aqui o desconhecimento de questões econômicas se junta a uma
total ignorância da dinâmica política atual. Os dois
candidatos de maior potencial para as eleições de 2010, pela
primeira vez em muito tempo, são contra a qualquer descontinuidade
da política econômica que prevalece a quase 16 anos no Brasil.
E
cito agora o segundo evento que reforça esta minha tese de que o
Brasil de hoje é diferente daquele que os conservadores do mercado
financeiro ainda têm na cabeça. Em entrevista à agência
internacional de notícias Reuters, o presidente Lula declarou: "O
BC não tem de atender a apelo político. O Banco Central tem
de fazer as coisas que precisa fazer para garantir a estabilidade de nossa
política econômica".
Será
que preciso discorrer mais sobre o significado histórico dessas
palavras ou elas falam por si só? Será que ainda precisamos
pagar um prêmio elevado por conta das incertezas quanto à
atuação do Banco Central na busca de seus objetivos de política
monetária? Além desse novo ambiente político para
ação do Banco Central, tenho insistido à exaustão
sobre um novo marco que foi criado por ser o real hoje uma moeda forte
e internacionalmente aceita. As importações como fonte de
oferta de bens estão hoje consolidadas na nossa economia, representando
um novo mecanismo auxiliar no controle da inflação.
Como
vivemos um período em que moedas de países emergentes, o
real entre elas, passam a representar um canal importante na diversificação
de ativos dos grandes investidores, sua eficácia fica ainda maior.
Volto
a dizer que, nessas novas condições do mercado de câmbio,
será necessário que os juros reais no Brasil convirjam para
os de outros países emergentes sob o risco de uma valorização
adicional de nossa moeda. O Banco Central não deve, como quer o
mercado, continuar trabalhando com um prêmio de cerca de 2% ao ano
na taxa Selic por conta de riscos que não existem mais.
(LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS - Folha de S.Paulo-12.06)
Juros:
Até quando?
O
Brasil entrou na era da taxa de juros na casa de um dígito. Desde
que me entendo por gente, estava acostumado a juros oficiais bem mais altos.
Lembro
do dia em que o Banco Central, na época de FHC, jogou a taxa para
45%. Foi um remédio bem amargo, mas necessário diante de
uma inflação caminhando para o descontrole.
Sem
falar do governo Sarney, quando vivemos ares de hiperinflação.
Naquele tempo, a taxa de juros chegou a bater na casa de 1.000% ao ano.
Isso mesmo, soa irreal, mas aconteceu.
Agora,
a dúvida é até quando teremos esse juro mais próximo
do mundo civilizado. Há quem diga que, em 2010, a taxa subirá
de novo e voltará aos dois dígitos.
Risco,
de fato, existe. O resultado do PIB do primeiro trimestre, que não
foi tão ruim quanto previsto, mostra um cenário de desbalanceamento
na economia.
O
consumo cresceu, mas os investimentos despencaram, equação
que sinaliza dor de cabeça no futuro. Não solucionada, gera
inflação. Teremos mais gente disposta a comprar, e indústrias
sem condições de atender tal demanda.
Daí
que o governo precisa mudar a dosagem dos remédios administrados
para combater a crise. Com o crédito voltando, pode reduzir os estímulos
ao consumo, como redução de IPI para automóveis, e
focar nos investimentos.
Se
esse desequilíbrio não for corrigido, os juros voltam a subir
mais cedo do que imaginado. O que pode acontecer no pior momento para o
governo, no ano eleitoral, estragando a felicidade de Lula. Ontem, ele
tinha motivos para comemorar. O BC surpreendeu e reduziu os juros de 10,25%
para 9,25%.
Bem,
só ia me esquecendo de um pequeno detalhe. Essa nova era de taxa
de juros de um dígito ainda não chegou ao nosso bolso e ao
das empresas. Para nós, mortais, os juros anuais ainda estão
nas alturas, na casa dos 50%. (VALDO CRUZ - Folha de S.Paulo-11.06)
Taxa
de juros de um dígito
Exatamente
quando se completam dez anos da política de metas para a inflação
no País, o Comitê de Política Monetária do Banco
Central pôde afinal anunciar, pela primeira vez, uma taxa nominal
de juros básica inferior a 10% ao ano. A Selic de 9,25% implica
uma taxa real de menos de 5% ao ano.
Em
meio ao vozerio estridente do infindável debate sobre a sintonia
fina da política monetária, é preciso que o País
seja capaz de lançar um olhar mais longo sobre o passado e perceber
a real extensão dos avanços que pautaram a atuação
do Banco Central ao longo da última década, graças
ao extraordinário esforço de aprimoramento institucional
que atravessou três mandatos presidenciais.
Em
meados de 1999, com o País ainda traumatizado por uma crise cambial
que havia exigido taxas de juros de 45% ao ano, a decisão de partir
para a implantação de um regime de metas para inflação
foi recebida com ceticismo. Mas o bom desempenho inicial do novo regime
- com retomada do crescimento econômico e cumprimento estrito da
meta de inflação em 2000 - ajudou a quebrar resistências
e convencer parte importante da opinião pública de que a
decisão fora acertada. No entanto a avaliação positiva
logo daria lugar a intensa saraivada de críticas, quando o novo
regime de política monetária teve de lidar com o quadro de
incerteza e desestabilização que adveio da campanha eleitoral
de 2002.
O
presidente Lula teve o bom senso de preservar a política de metas
de inflação e o espaço de manobra do Banco Central.
Ao longo dos últimos seis anos e meio, manteve a instituição
competentemente tripulada e ao abrigo da virulência das críticas
que a política monetária atraiu no período, seja de
parte da oposição seja de parte importante do próprio
governo.
A
combinação de inflação baixa com nova retomada
do crescimento, a partir de 2004, reforçou a credibilidade do Banco
Central. Seus críticos mais contundentes ficaram em boa medida restritos
a um reduto empenhado em responsabilizar a instituição pela
apreciação cambial observada entre 2002 e meados do ano passado.
Mais recentemente, as condições favoráveis com que
a economia brasileira pôde enfrentar a desestabilização
deflagrada pelo rápido agravamento da crise econômico-financeira
mundial trouxeram reconhecimento ao desempenho do Banco Central, tanto
dentro como fora do governo.
Mas
a instituição continua sendo o alvo preferido de boa parte
da classe política. É muito mais fácil criticar a
taxa de juros e a apreciação cambial do que denunciar a explosiva
expansão do gasto público que vem tendo lugar no País
já há bastante tempo. Afinal, tal denúncia exigiria
comprometimento sempre espinhoso com propostas explícitas e concretas
de contenção de gastos e de reforma. Para prefeitos e governadores
da oposição, a concentração da artilharia na
política monetária tem a grande vantagem de lhes permitir
exibir discurso de crítica à política econômica
sem antagonizar o Planalto e as autoridades fazendárias federais
que controlam os guichês de favores em Brasília. E a verdade
é que, no quadro atual, a crítica da oposição
ao Banco Central está perfeitamente alinhada com o discurso das
próprias autoridades fazendárias. Sopa no mel.
Taxa
real de juros de menos de 5% ao ano é uma nova e promissora realidade
com que o País terá de saber lidar. É preciso abrir
espaço para que essa taxa possa ser reduzida ainda mais. Há
pela frente longa agenda de reforma fiscal, que permita diminuir a sobrecarga
que hoje recai sobre a política monetária no esforço
de estabilização. Há também uma agenda complexa
de desmantelamento de instituições gestadas por décadas
de taxas de juros elevadas. Bons exemplos são as regras de remuneração
da caderneta de poupança e as exigências de retorno mínimo
em fundos de pensão. Mas a impressão que se tem é
que, na solução dessas questões, Brasília parece
determinada a fazer o mal lentamente, numa espécie de maquiavelismo
às avessas.
A
consolidação de um Brasil de taxa real de juros baixa depende
também do resto do mundo. E, nesse aspecto, as reações
à preocupante dinâmica da dívida pública nas
principais economias do mundo sugerem que um quadro duradouro de taxas
reais de juros próximas de zero parece ter sido uma miragem, que
se desenhou no pior momento da crise econômica mundial, mas que,
a esta altura, já se esvai. (Rogério L.
Furquim Werneck - O Estado de S.Paulo-12.06)
Mercado
aponta juro maior em 2010
A
taxa de juros voltará a aumentar depois que a crise passar, ou o
Brasil entrou para valer em um novo patamar de juros? Nem o presidente
do Banco Central, Henrique Meirelles, fornece respostas coerentes para
essa pergunta.
Disse
Meirelles em abril: "É um pouco prematuro dizer, pois temos uma
conjugação de dois fatores, estruturais e conjunturais (...)
existe um ambiente de grande incerteza."
Em
maio, algumas semanas depois, Meirelles afirmou que os cortes realizados
pelo BC no custo do dinheiro não refletem apenas uma situação
"conjuntural", mas também "estrutural". E citou países onde
o patamar de juros mudou de forma permanente.
Meirelles
está em uma situação delicada, pois o governo Lula
não gostaria de trabalhar com alta de juros no ano eleitoral de
2010. Mas os mercados enxergam esse cenário como sendo inevitável.
É
o que mostra o comportamento dos juros futuros, que vêm subindo na
exata proporção do aumento do otimismo com relação
à economia - o CDI para janeiro de 2011, após as eleições
presidenciais, ficou ontem em 10,43% (CDIs são certificados negociados
entre os bancos, que têm por referência a Selic).
A
dúvida, portanto, existe. O Brasil entrou mesmo em um novo patamar
de juros? Seja qual for a resposta, é preciso reconhecer que a queda
sucessiva da Selic desde o ano passado já foi substancial.
A
taxa está em seu menor patamar desde a criação do
Real, em 1994. Para trazê-la a seu atual patamar, desafios inéditos
surgiram. A indústria de fundos de investimento, por exemplo, começa
a debater a nova realidade de juros.
Esse
mercado terá de mudar a composição de seus ativos,
suas estratégias de diversificação e de proteção.
E a reduzir suas taxas de administração, que, inexplicavelmente,
estão entre as mais altas do mundo -quando o ambiente era de juros
altos, ninguém prestava atenção a elas.
Mas
talvez a grande ironia de todo esse processo é que os investidores
em geral sentirão o custo da queda dos juros antes de os consumidores
serem plenamente beneficiados por ela.
Até
agora, a queda da Selic demonstrou ter pouca correlação com
o juro ao consumidor. Seu efeito mais visível foi no retorno do
investidor em fundos, que são lastreados em títulos públicos.
Esses fundos ficaram menos atraentes do que a poupança. Para evitar
uma migração de um investimento para outro, o governo anunciou
novas regras para a poupança. Além de confusas, no entanto,
as mudanças anunciadas têm sido postergadas. (MARCIO
AITH - Folha de S.Paulo-11.06)
Poucos
fundos agora superam a poupança
Com
nova Selic, só aplicações em DI que cobram no varejo
taxa de administração inferior a 1,25% têm rendimento
maior que caderneta
Consumidor
deve negociar com o gerente do banco adesão a fundos de investimento
com taxas menores, dizem analistas
Com
a nova redução nos juros, os tradicionais fundos DI com taxas
de administração de mais 1,25% já rendem menos do
que a poupança, em qualquer dos cenários de tributação
hoje em vigor, segundo simulação da Fipecafi (Fundação
Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).
Nas
simulações feitas a pedido da Folha, os fundos DI com taxa
de administração de 1,25% tinham rendimento líquido
de 6,8% no ano, considerando uma alíquota de IR de 15% para saques
acima de dois anos. No caso de retiradas de menos de seis meses, que têm
IR de 22,5%, esse retorno cai para 6,2% ao ano. No último dia 8,
a poupança rendeu 6,95%.
O
problema é que quase nenhum dos grandes bancos trabalham no varejo
tradicional com taxas de administração de menos de 1,5% para
fundos DI, segundo consultores de finanças pessoais. Taxas compatíveis
são oferecidas para clientes de alta renda, para aplicações
acima de R$ 50 mil.
"O
varejo não tem essas taxas. Para o investidor com menos de R$ 50
mil, a poupança ficou imbatível. A única ressalva
em favor dos fundos é que a poupança não tem liquidez
diária. Se o poupador retira um dia antes do aniversário,
perde o rendimento inteiro de um mês. Para o aplicador que não
precisa de liquidez diária, a poupança é a melhor
opção", disse a consultora de investimentos Marcia Dessen,
da BankRisk.
Para
Liao Yu Chieh, professor de finanças do Insper, o investidor que
tem taxa acima de 1,25% não deve sacar o dinheiro do fundo e levá-lo
para a poupança sem verificar o efeito da tributação.
Ele lembra que o governo prometeu reduzir a tributação dos
fundos e que a questão ficou ainda mais urgente com a redução
dos juros para 9,25%. "Não vejo uma grande migração
dos fundos para a poupança. Vejo as novas aplicações
irem para a poupança. Dependendo da faixa de tributação,
pode não justificar. E o governo ainda pode diminuir a tributação
dos fundos", disse. Para 2010, o governo pretende tributar aplicações
de mais de R$ 50 mil na poupança.
Segundo
Marcia Dessen, o investidor com taxa alta deve procurar o gerente do banco
e negociar a adesão em fundos com custos menores, oferecidos para
clientes de maior renda, ou levar o dinheiro para gestores independentes,
que tenham taxas menores.
"Opção
tem, mas dá trabalho. Tem de pesquisar e tomar decisão. O
consumidor faz isso quando compra carro, roupa e celular. Por que não
faz quando contrata um serviço financeiro? Não faz porque
o custo está embutido, não é explícito e é
pouco transparente. O gerente não fala, o cliente não pergunta.
O consumidor precisa fazer mais perguntas e dizer: "Esse valor eu não
pago". Enquanto os bancos puderem, não vão ceder nas taxas
de administração", disse Marcia Dessen.
Com
a concorrência da poupança, bancos como Bradesco diminuíram
o valor inicial de aplicação para fundos com taxas de administração
mais competitivas, que só eram oferecidos a grandes aplicadores.
Segundo
Eduardo Paiva, professor da Fipecafi, os investidores terão de assumir
mais risco e diversificar as aplicações para elevarem seus
rendimentos. Paiva vê o governo pressionando os gestores de fundos
para reduzir as taxas de administração. "As pessoas estão
muito acostumadas a ganhar bastante dinheiro com o governo. Isso tende
a acabar. Algum risco você terá de correr. Senão, fica
na poupança. E os fundos terão de reduzir um pouco essas
taxas [de administração]", disse. (TONI SCIARRETTA
- Folha de S.Paulo-11.06)
Economia
global pode encolher 3% em 2009
A
economia global deve apresentar contração próxima
a 3% este ano, superando em gravidade as estimativas anteriores de um declínio
de 1,75%, anunciou na última quinta-feira (11/06) o presidente do
Banco Mundial, Robert Zoellick.
Em
comunicado divulgado antes da reunião dos ministros financeiros
do Grupo dos Oito que terá lugar na Itália no fim de semana,
Zoellick disse que os países pobres são os mais atingidos
pela crise global.
"Embora
a previsão seja de retomada do crescimento ao longo de 2010, o ritmo
da retomada é incerto, e os pobres em muitos países em desenvolvimento
vão continuar a ser castigados", disse Zoellick.
Ele
falou ainda que a maioria das economias em desenvolvimento sofrerá
contração este ano e enfrentará perspectivas cada
vez mais sombrias, a não ser que a queda em suas exportações,
remessas e investimentos estrangeiros diretos seja revertida até
o final de 2010.
"Há
muito mais que precisamos fazer nos próximos meses para mobilizar
recursos para assegurar que os pobres não paguem por uma crise que
não provocaram", disse o presidente do banco.
O
Banco Mundial estima em US$ 350 bilhões a US$ 635 bilhões
o buraco total no financiamento dos países em desenvolvimento em
2009.
"Os
países de renda baixa que possuem capacidade limitada de contrair
empréstimos, em função de suas reservas baixas e orçamentos
nacionais esgotados, encontrarão dificuldade especial em conseguir
financiamento suficiente nos próximos anos", disse Zoellick.
"Em
função disso, os empréstimos do Banco Mundial, do
FMI e de outras fontes ganharão importância crescente".
(Reuters/Executivos Financeiros)
Brasil
pode sair antes da crise
Reportagem
aponta que País pode voltar a crescer 4% já em 2010, ?após
breve recessão?
Um
dos últimos a entrar em recessão, o Brasil pode estar entre
os primeiros a sair dela, afirma uma reportagem publicada na revista britânica
The Economist na quinta-feira. O texto cita a famosa frase de Lula "nunca
antes na história deste País" para dizer que, para a fúria
de seus oponentes, o presidente costuma estar certo quando diz que os dados
positivos no País começaram após sua eleição,
em 2002.
"Pegue
a taxa de juros: no dia 10 de junho, o Banco Central cortou sua taxa básica,
a Selic, para 9,25% ao ano, a primeira vez que a taxa atinge um dígito
desde os anos 60", afirma o texto. Segundo a revista, uma série
de indicadores, desde o nível da bolsa de valores até a criação
de crédito, está praticamente de volta aos níveis
anteriores à quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008.
Além
disso, diz o texto, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) - que caiu
0,8% no 1º trimestre ante o 4º trimestre de 2008 - vieram melhor
que o esperado. "Muitos analistas acreditam que o Brasil está começando
a crescer de novo, e vai voltar ao nível de crescimento anual de
3,5% a 4% no próximo ano. Se isso acontecer, significa que o País
escapou da crise com apenas uma breve recessão."
Entre
as razões, a publicação cita que as políticas
fiscal e monetária estão acelerando a recuperação
do País. Além disso, o sistema financeiro está saudável
e a demanda doméstica continua robusta. O texto comenta ainda as
mudanças no comércio exterior, que levaram a China a ultrapassar
os Estados Unidos como maior parceiro comercial do Brasil.
Do
outro lado, a Economist aponta que alguns problemas familiares estão
de volta, como a valorização do real sobre o dólar.
A taxa de juro real no Brasil também permanece alta e as cadernetas
de poupança podem ser um obstáculo para que os juros continuem
caindo.
"Mesmo
assim, a situação ?nunca antes? do Brasil está levando
a um movimento pouco usual de longo prazo. O Bradesco começou a
oferecer crédito imobiliário de 30 anos, algo que seria impensável
há pouco tempo atrás", diz o texto. "Coisas boas desse tipo
podem até ser atrasadas por uma nova onda de contração
em outros países. Mas o debate é, na realidade, sobre quando
elas vão acontecer, ao invés de se vão acontecer."
(O Estado de S.Paulo-12.06)
Ibovespa
se recupera e fecha a sexta em alta
A
bolsa paulista conseguiu fechar no azul, apesar da forte volatilidade registrada
ao longo da sexta-feira. A alta foi garantida pelos papéis da Petrobras
e pela ligeira recuperação observada nos índices americanos,
que também oscilaram bastante.
A
favor do movimento de compra, os agentes também tiveram a necessidade
de atualizar posições em relação aos ganhos
de quinta-feira em Nova York, quando o mercado local fechou pelo feriado.
O
Ibovespa encerrou com alta de 0,28%, aos 53.558 pontos, com giro financeiro
total de R$ 4,928 bilhões, volume representativo considerando uma
sessão pós-feriado. Alguns operadores acreditam que esse
movimento foi garantido por estrangeiros, que não tiveram feriado
na quinta e atuaram normalmente nesta jornada.
A
valorização aqui só não foi maior devido à
forte baixa dos papéis da Vale, que concentraram o maior volume
financeiro do dia: R$ 1,066 bilhão.
Mais
cedo, o Ibovespa chegou a subir para a máxima de 53.935 pontos,
mas a trajetória de alta não se sustentou após a Vale
ter anunciado o início das negociações de preço
de minério de ferro com a China, país que é grande
comprador.
Segundo
agentes de mercado, as expectativas não são muito favoráveis
na negociação, pois, sendo um grande player, a China deve
pleitear uma redução maior no preço da matéria-prima
do que a fechada com outros clientes da Vale.
Além
disso, o BMO Capital Markets diminuiu a avaliação sobre as
ações da Vale de "acima da média do mercado" ("outperform")
para "média de mercado" ("market perform").
A
alta das ações da Petrobras, por sua vez, segurou a elevação
do Ibovespa durante boa parte do dia. Mesmo tendo a classificação
de risco piorada pela agência Standard & Poor´s, os agentes
continuaram comprando papéis da petroleira, em ajuste justificado
pela forte alta do petróleo ontem, que fechou acima dos US$ 73 por
barril.
Felipe
Casotti, economista e gestor de renda variável da Máxima
Asset Management, lembra ainda que nesta segunda-feira ocorre o vencimento
de opções sobre Ibovespa Futuro, o que pode ter contribuído
para variações mais drásticas dos dois principais
papéis da bolsa.
Em
Wall Street, os índices se recuperaram ligeiramente no final dos
negócios depois de passarem boa parte do dia no vermelho. O Dow
Jones subiu 0,32%, para 8.799 pontos, o Standard & Poor´s 500
teve alta de 0,14%, para 946 pontos. Já o eletrônico Nasdaq
caiu 0,19%, aos 1.858 pontos.
Os
papéis mais negociados fecharam em direções divergentes.
Petrobras PN manteve alta durante todo o dia e fechou com ganho de 0,20%
(R$ 33,89). Vale PN reduziu a baixa no final do dia e encerrou com queda
de 0,89% (R$ 33,12). Os papéis do Bradesco tiveram alta de 1,90%
(R$ 30,70) e as ações da BM & FBovespa declinaram 1,52%
(R$ 11,66).
Entre
as maiores altas do dia, destaque para DuratexPN, que subiu 4,14% (R$ 18,84),
Eletropaulo PNB, com elevação de 3,78% (R$ 31,50); Copel
PNB, que avançou 3,69% (R$ 30,03) e Gol PN, cujas ações
ganharam 3,52% (US$ 10,57).
Na
ponta oposta, caíram com força as ações ON
da Redecard, com baixa de 3,83% (R$ 28,88), da Light ON, com recuo de 2,19%
(R$ 23,69) e Net PN, cujos papéis cederam 2,12% (R$ 18,49).
(Bianca Ribeiro - Valor)
Ancep:
os investimentos antes e depois da crise
Hoje,
dia 15.06 (Rio de Janeiro) e nos dias 29.06 (Brasília) e 03.07 (Florianópolis),
a ANCEP realizará o seminário "Acompanhamento dos Investimentos
e Gestão das EFPCs Antes e Depois da Crise", onde serão abordados
temas voltados para a alocação de recursos garantidores e
gestão de investimentos e sua adequação dos impactos
da crise, desafios e oportunidades, comparativo das mudanças, redução
de custos, governança e sustentabilidade, mudanças na política
de investimentos, dentre outros. O detalhamento do programa se encontra
em www.ancep.org.br ou pelo telefone (21) 2253-0464. (Diário dos
Fundos de Pensão)
X
Fórum de Direito do Seguro
Entre
os dias 20 e 23 de junho, acontece em São Paulo o X Fórum
de Direito do Seguro, promovido pelo Instituto Brasileiro do Direito do
Seguro (IBDS) - que aproveitará a oportunidade para lançar
quatro livros: "O Contrato de Seguro visto pelo Superior Tribunal de Justiça";
"Contrato de Previdência Privada"; "O Mensageiro da Esperança";
e "O Seguro no Direito Brasileiro". No evento, será discutido o
futuro do mercado, além da abertura do mercado de resseguros, a
necessidade de proteção efetiva, a função do
IRB e as tendências do setor, com a presença de diversos juristas
respeitados mundialmente. Segundo o presidente do IBDS, o advogado Ernesto
Tzirulnik, o Fórum acontece em um momento estratégico para
o país. "A popularização do seguro e o crescimento
da demanda tornaram o contrato de seguro mais visível, mais importante.
Nosso sistema tem falhas importantes a serem corrigida. É preciso
que haja proteção a ambas as partes no contrato", comentou.
Inscrições e informações: www.vforumibds.com.br.
(Monitor Mercantil)