AssPreviSite
Previdência - Clipping de Notícias - 23.05.2017
Notícias dos principais jornais sobre o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
(Caso deseje cancelar o recebimento deste material - favor retornar mensagem com esta finalidade. Gratos)


Destaques do dia
Como Joesley comprava a boa vontade de fundos de estatais
Previc informa sobre autos de infração para Funcef e Petros
Abrapp lança o Edital do Plano Setorial
Infraprev: Rentabilidade  fica acima da meta atuarial
Forluz: Confira a programação do Presta Contas
Nucleos: Relatório Anual 2016
Postalis: Eleições 2017
Bases: Entidade completa 31 anos
RJ: Governo espera aprovar  aumento da contribuição de servidores
Inclusão digital de assistidos beneficia as entidades
Fundos: Eletrobras lança plano para aposentar até 4,6 mil
Fundos: Petrobras põe à venda segundo campo de gás na Amazônia
38º Congresso: Respostas para um novo tempo
EPINNE e EPB 2018 no Ceará
UniAbrapp: Trilha de Seguridade III
Manual do Conselheiro das Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Livro: Governança nas EFPC: Estrutura Mínima e Melhores Práticas
Manual dos Mercados Financeiro e de Capitais
Meirelles: Crise pode atrasar reforma da Previdência
Meirelles admite que reforma deve atrasar
Meirelles diz que reformas vão avançar
Votação da reforma na Câmara
Reforma da Previdência não tem mais data, diz relator
Só pensam naquilo
Denúncia de desmonte progressivo do INSS
Consignado cresce 22% no início do ano
Reforma trabalhista deve continuar no Senado
Desemprego e subocupação atingem 26,5 milhões
Congresso ABVCAP 2017
Caixa Seguros: 50 anos
Termer acuado: Forças políticas discutem transição
Temer posterga seu dia D, mas crise está longe de encerrada
Temer quer pulverizar crise política com aprovação de pacote econômico
Outra vez, é hora de Diretas-Já!
Não há transição sustentável sem reformas
Se crise política demorar, podemos voltar para a recessão
Delfim: De onde partimos e aonde chegamos
Incertezas: S&P diz que pode rebaixar nota do Brasil
S&P coloca nota do Brasil em observação
Incerteza leva banco a reduzir projeção para o PIB
Economistas já veem corte menor nos juros
Focus: Mercado mantém projeções apesar da crise
Inflação: Mercado baixa estimativas para 2017 e 2018
China: Pacote bilionário tenta redesenhar geografia econômica
Bolsa em queda, dólar em alta
Dólar sobe e encosta em R$ 3,28 com temor sobre cena política
FNQ inova
Workshop ANS
Custos altos impactam consumidores e planos de saúde


O Dia da Previdência - Nossa Leitura
A Previc) informa que o prazo para o envio das demonstrações contábeis (DC) e atuariais (DA) se encerra em 31 de maio, para as (EFPC enquadradas no perfil II, conforme a Instrução Previc nº 21, de 23 de março de 2015. A Previc orienta a observação dos seguintes itens:
• as demonstrações contábeis e atuariais devem ser enviadas exclusivamente por meio do sistema de captação de dados disponível no link Portal de Sistemas da Previc, devendo as vias originais permanecerem na entidade à disposição da autarquia;
• o parecer atuarial não deve ser enviado juntamente com as Demonstrações Contábeis de 2016, pois o seu envio deve ser efetuado somente por meio do módulo atuarial;
• após o envio das demonstrações contábeis, é obrigatória a emissão do protocolo de envio, que servirá como comprovante de remessa de toda a documentação. O botão para a emissão do protocolo está na página principal do sistema, identificado pela gravura de um tique azul.  Fonte: AssCom - Previc.

AssPreviSite



Sistema de Previdência Complementar
BB Previdencia

Como Joesley comprava a boa vontade de fundos de estatais
Delator disse à PGR que pagava 1% de propina a dirigentes do Funcef, da Caixa, e Petros, da Petrobras, e ao Partidos dos Trabalhadores
Em sua delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, relatou à Procuradoria-Geral da República como comprava facilidades junto ao os fundos de pensão estatais Petros, da Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal, durante os governos do Partido dos Trabalhadores. Joesley afirmou aos procuradores que, para conseguir investimentos em suas empresas, pagou propina de 1% aos presidentes dos dois fundos e ao PT, que tinha influência nas decisões de abrir ou não os cofres de ambos, entre os anos de 2008 e 2015.
O valor a ser pago em propina foi acertado em 2008, quando o empresário montou um plano de expansão da JBS que previa a venda, por 1 bilhão de dólares, de 12,99% das ações da empresa a BNDES, Funcef e Petros.
Segundo o delator, o então presidente do fundo de pensão da Caixa, Guilherme Lacerda, alertou-o na época que seria necessário estreitar as relações com o PT. Foi quando, relata Joesley Batista, ele conheceu os ex-tesoureiros petistas Paulo Ferreira, réu na Operação Lava Jato, e João Vaccari Neto, condenado a mais de trinta anos de prisão pelo juiz federal Sergio Moro.
Do encontro com Vaccari, preso em Curitiba desde abril de 2015, ficou acertado que o tesoureiro recomendaria as operações de interesse das empresas de Joesley aos dirigentes dos fundos de pensão em troca de 1% de cada operação que o grupo J&F conseguisse junto a Funcef e Petros.
Para capitalizar a proposta de Joesley, os fundos de pensão e o banco de fomento constituíram um fundo denominado Prot, cujo nome é uma referência a proteína, matéria-prima que fez do empresário um bilionário. Pela concretização do negócio, Lacerda e Wagner Pinheiro, então presidente do fundo da Petrobras, também passaram a receber 1% de propina sobre cada aporte do fundo na JBS.  (João Pedroso de Campos - Veja.Com)

Previc informa sobre autos de infração para Funcef e Petros
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) informa que as supostas irregularidades cometidas nas entidades Funcef e Petros, recentemente veiculadas pela imprensa, já haviam sido objetos dos autos de infração nº 44011.000101/2016-01, em 4/3/2016, e nº 44011.000378/2017-14, em 11/1/2017, respectivamente.
As ocorrências foram identificadas pela área de fiscalização e pela central de riscos da autarquia, unidade criada em 2015 para avaliar riscos prospectivos e fortalecer ações de monitoramento.
À época da lavratura dos autos, as representações foram encaminhadas para o Ministério Público Federal. As investigações prosseguem sob sigilo nos termos da Lei e a Previc segue colaborando, na esfera penal, com os órgãos de investigação, fiscalização e controle.  (AsCom - Previc)

Abrapp lança o Edital do Plano Setorial
Ontem, segunda-feira (22), o sistema fechado de previdência complementar ganhou um instrumento poderoso para o seu fomento. Na manhã de ontem, a Abrapp enviou a todo o seu quadro associativo o Edital para a seleção da associada que fará a gestão do plano de benefício setorial a ser instituído pela Associação, acompanhado de exposição de motivos, minuta do regulamento, condições e requisitos de classificação, além dos critérios de avaliação que serão utilizados.
Muito se espera do Edital, entendido como uma nova página que se abre na trajetória da previdência complementar fechada no País, uma vez que o plano setorial que a Abrapp estará agora instituindo vai permitir com isso que novos públicos tenham acesso a uma cobertura previdenciária de qualidade. A iniciativa reúne potencial para, ao servir de inspiração para que outros planos mais sejam criados pelo País afora, como alguns já foram,  em menos de uma década se consiga dobrar o contingente de participantes do sistema, que é atualmente de 2,5 milhões de brasileiros. Ao lado dos planos voltados para servidores dos 3 níveis de governo - União, estados e municípios -  formam a linha de frente do esforço destinado a fomentar a poupança previdenciária.
Reforça o protagonismo - Para o Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, a iniciativa de instituir um plano setorial  demonstra e reforça o protagonismo da Associação e de suas filiadas,  nessa hora em que dificuldades e oportunidades se misturam como há muito tempo não se via no cenário brasileiro. O próprio Luís Ricardo, à frente de uma gestão comprometida em buscar de todas as formas o fomento e que não economiza ações nesse sentido, tem levado a notícia do novo plano às mais variadas platéias, seja em reuniões, eventos ou entrevistas à diferentes mídias, inclusive TVs e rádios. Já o Superintendente-geral, Devanir Silva, vem destacando a inserção do plano a ser instituído no planejamento estratégico da Gestão 2017-2019, como mais um importante elemento visando o seu integral cumprimento.
José Roberto Ferreira, sócio-diretor da Rodarte Nogueira e Ferreira e integrante do Grupo de Trabalho que desenvolveu o projeto na Abrapp, justifica as maiores expectativas: “os planos instituídos setoriais representam um divisor de águas para retomar o crescimento do sistema”. Explicou que a  Abrapp terá o papel de instituidora e suas associadas poderão aderir ao plano para oferecê-lo aos cônjuges e  dependentes dos participantes. A iniciativa inclui a seleção de uma entidade já existente para administrar o plano de benefícios, que será do tipo contribuição definida.
Em reunião realizada telefonicamente na semana passada, o Presidente Luís Ricardo inclusive reconheceu e parabenizou o GT, que tem os Diretores Luiz Paulo Brasizza, Liane Câmara Matoso Chacon e Lindolfo Zimmer dentre seus integrantes, por ter conseguido estruturar tudo em tempo hábil.
Requisitos básicos - Ser associada da Abrapp, não estar em processo de retirada de patrocínio, liquidação ou intervenção, e aderir ao Código de Princípios Éticos e ao Código de Autorregulação em Governança de Investimentos estão entre alguns dos pré-requisitos básicos que serão exigidos das entidades candidatas à gestão do plano.
O edital convida as entidades a apresentar as suas propostas até as 12 horas de 5 de junho, devendo atrair em maior número aquelas associadas que têm mais claramente colocada a gestão de planos de terceiros entre os seus objetivos estratégicos. (Jorge Wahl - Diário dos Fundos de Pensão-22.05)

Infraprev: Rentabilidade  fica acima da meta atuarial
A rentabilidade do Plano CV nos três primeiros meses do ano foi de 3,88%, acima da meta atuarial (INPC+5,7%) de 2,21%. O desempenho também foi superior ao indicador CDI (Certificado de Depósito Interbancário) de 3,03% e a Poupança com 1,87%.
A renda variável teve a melhor performance no período, alcançando 9,78%, acima ainda do indicador Ibovespa que atingiu 7,9%. As outras carteiras que superaram a meta foram Empréstimos com 3,85% e Renda Fixa com 3,2%. Os Imóveis e Investimentos Estruturados também contribuíram para o resultado positivo com retorno de 1,43% e 0,71%, respectivamente.
Os outros planos de benefícios fecharam o trimestre acima da meta estipulada na Política de Investimentos. A rentabilidade no Plano BDI foi de 2,65% para uma meta atuarial de 2,16% (INPC+ 5,5); 2,67% no Plano BDII e meta atuarial de 2,14% (INPC+5,4%) e  3% no Plano Anei e com meta de retorno de 2,22% (INPC+5%). (Infraprev/AssPreviSIte)

Forluz: Confira a programação do Presta Contas
A Forluz tem um encontro marcado com seus participantes na próxima quinta-feira (25/05).
Na ocasião, será realizado o tradicional evento Presta Contas da Fundação, onde os participantes poderão esclarecer dúvidas sobre a situação dos planos previdenciários e investimentos da Entidade. As apresentações acontecem no auditório do edifício sede da Cemig, em Belo Horizonte.
A abertura será às 14h15 e, em seguida, o presidente do Conselho Deliberativo, Leonardo George de Magalhães, dará as boas-vindas ao público. O presidente da Fundação, José Ribeiro Pena Neto, inicia sua apresentação às 14h45. Depois, é a vez do diretor de Investimento e Controle, Rodrigo Barata. Em seguida, o diretor de Relações com os Participantes, Vanderlei Toledo fará sua apresentação e abrirá espaço para os debates.
A sua presença é fundamental. Participe e aproveite para saber mais sobre o trabalho da Forluz. (Forluz/AssPreviSite)

Nucleos: Relatório Anual 2016
O Nucleos divulgou no último dia útil de abril o seu Relatório Anual de Informações de 2016 contendo todas as informações relevantes do período. Todos os participantes do Instituto receberam o RAI 2016 em sua forma on-line e os assistidos, em edição impressa.
Durante a leitura do relatório os leitores poderão observar o foco da Diretoria Executiva na gestão e na ética da entidade. “Com essa determinação, o Nucleos conseguiu superar as turbulências de ordem política e econômica que marcaram o País ao longo de 2016, fechando o exercício com superávit de R$ 133 milhões”, destaca o RAI 2016  (Nucleos/AssPreviSite)

Postalis: Eleições 2017
Eleitores receberão senhas nos próximos dias
Em breve, os participantes e assistidos do Postalis receberão em suas residências as cartas contendo as senhas para votação, a lista de candidatos para as Eleições 2017 e orientações sobre como votar. Representantes da Comissão Eleitoral e da equipe de Tecnologia estiveram presentes durante o processo de impressão das cartas e entrega aos Correios para distribuição.
O período de votação será de 29/05 a 09/06/2017.
Na hora de votar, as pessoas que não tiverem recebido a senha poderão solicitar uma segunda via por meio do próprio sistema eletrônico de votação, o Eleja (https://postalis.eleja.com.br/login.action).
Os eleitores poderão votar diretamente no sistema Eleja ou pelo número 0800 718 6900. A senha é obrigatória para o registro do voto.
Acesse o Palanque Virtual (https://postalis.eleja.com.br/index!carregarTelaPalanqueVirtual.action) e conheça as propostas dos candidatos. Participe!  (Postalis/AssPreviSite)

Bases: Entidade completa 31 anos
A BASES - Fundação Baneb de Seguridade Social completou 31 anos no último sábado, dia 20 de maio. E são muitas conquistas e motivos para comemorar. A Entidade administra dois planos de benefícios (BD e CD) que, juntos, somam reservas técnicas que ultrapassam a marca dos R$ 952 milhões e beneficiam cerca de 2.200 participantes entre ativos, aposentados e pensionistas, (além dos dependentes diretos, correspondentes a mais de 2.300 pessoas), perfazendo um total de 4.500 associados. Com uma gestão transparente e sempre atenta à conjuntura econômica, a BASES se mantém fiel ao compromisso assumido entre a Entidade e seu participante de maio de 1986: instituir e operar planos de benefícios previdenciários, promovendo o bem-estar aos associados. É para isso que trabalhamos!  (Bases/AssPreviSite)

RJ: Governo espera aprovar  aumento da contribuição de servidores
O governo do Rio de Janeiro espera aprovar nesta quarta-feira (24) o projeto de aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo estadual, mesmo com o turbulento clima político no país e menos de uma semana após a sanção presidencial da lei federal de recuperação fiscal dos Estados.
O governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, tem participado diretamente das negociações com parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para obter apoio ao projeto que eleva a cobrança previdenciária dos servidores de 11% para 14%. O presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), está licenciado para tratar um câncer.
"Vamos votar na quarta-feira. Entramos na fase do tudo ou nada", disse Pezão à Reuters. "Estou trabalhando e correndo para botar a vida do servidor em dia".
O Estado ainda não quitou o 13º salário de 2016 e o salário mensal dos servidores é pago com atraso e parcelado.
Para passar na Alerj, o projeto precisa do apoio de 36 parlamentares, mas deputados da base estimam que a proposta já tem mais do que o necessário, entre 41 e 44 votos. A oposição, entretanto, contesta esse número.
"Não será fácil aprovar. Se na votação para alienação das ações da Cedae, a votação já foi apertada com 28 votos contra e 41 a favor, imagina essa que mexe muito mais com a vida das pessoas", disse à Reuters o deputado de oposição Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB).
Movimentos e grupos ligados ao funcionalismo já se mobilizam para um grande protesto do lado de fora da Alerj no dia da votação.
O projeto de aumento da contribuição previdenciária já foi colocado em discussão mas, por pressão parlamentar e popular, foi retirado de pauta.
Nesta semana a Alerj deve votar também outro projeto que estende até o fim de 2018 o estado de calamidade financeira decretado antes dos Jogos Olímpicos de 2016  (Reuters)

Inclusão digital de assistidos beneficia as entidades
Além de ampliar a inclusão dos aposentados e assistidos ao mundo virtual e todas as suas potencialidades, programas de capacitação voltados a esse público estão gerando uma série de benefícios para as entidades fechadas de previdência complementar. A Celos é um caso de entidade que desenvolve um programa de inclusão digital que aumentou a taxa de cadastramento dos assistidos ao seu portal. Quando iniciou o programa em 2012, a taxa de cadastramento ao serviço de atendimento virtual era de apenas 41% dos assistidos. Atualmente, o nível de adesão aumentou para 71% e a meta é atingir entre 80% e 85% dos assistidos até o final do ano.
O “case” da Celos foi um dos apresentado no 2o Encontro Nacional de Comunicação, Relacionamento e Educação da Previdência Complementar Fechada, promovido pela Abrapp, no Rio de Janeiro nos últimos  dias 10 e 11. “Percebemos que os assistidos não estavam preparados para utilizar as ferramentas virtuais da entidade, que são o portal, aplicativos, newsletter, entre outras”, diz Gilmar Barbosa, Gerente de Comunicação e Relacionamento da Celos e membro da Comissão Técnica Regional Sul de Comunicação da Abrapp. Diante dessa dificuldade, a diretoria de Celos decidiu oferecer um curso da inclusão digital que é realizado atualmente em parceria com o Senac.
O curso é realizado durante uma semana e não tem custo para o participante. A cada turma de 15 alunos, a entidade arca com o custo de R$ 2,5 mil e o Senac entra com toda a estrutura para o curso, com professores, equipamentos, coffee break e certificados. Além do curso, o programa oferece ainda uma linha de empréstimos para a aquisição de equipamentos. “É um empréstimo que a entidade oferece ao participante para a compra de computador, tablete e demais equipamentos informáticos”, conta Barbosa.
O próximo desafio da Celos é incentivar a participação na próxima eleição da entidade, que trará pela primeira vez o sistema de votação eletrônica. “Queremos ampliar a adesão dos assistidos para algo entre 80% e 85%, para que possam votar na eleição prevista para o final desse ano”, diz o Gerente da Celos.
PrevUnisul – Inspirada na experiência da Celos, a PrevUnisul é outra entidade que começou a desenvolver programa de inclusão digital para assistidos. Em março deste ano, montou a primeira turma para um curso de capacitação digital voltada para aposentados e pensionistas. O curso é realizado em parceria com a prefeitura do município de Tubarão e a Faculdade Unisul, que é patrocinadora da entidade. O projeto conta ainda com o apoio do programa de educação financeira e previdenciária “A Escolha Certa”, que é desenvolvido pela ASCPrev – Associação Catarinense das Entidades de Previdência Complementar.
“O objetivo do curso é capacitar os assistidos a acessar as áreas restritas dos sites das entidades”, diz Patrícia Motta Fagundes, da área de comunicação e relacionamento da PrevUnisul. A profissional explica que a inclusão digital de assistidos traz a vantagem de reduzir o uso de material impresso e de diminuir o fluxo de atendimento telefônico.
“A tendência é reduzir uma série de custos para a entidade”, diz Patrícia. Com a experiência de ter trabalhado anteriormente na Celos, onde foi uma das idealizadoras do programa de inclusão digital daquela entidade, Patrícia desenvolveu este novo programa voltado para a PrevUnisul, onde trabalha atualmente. Além disso, o novo programa está aberto para participantes de outras entidades de Santa Catarina. A turma conta com assistidos da Elos, Previg, Celos, além da PrevUnisul.
Maior abrangência - A ideia agora é ampliar a abrangência do programa para outras regiões de Santa Catarina. “Queremos oferecer o curso em outras regiões do estado para atender a demanda das 15 entidades com quem trabalhamos”, diz Carolina Pereira Simões, Coordenadora do Programa A Escolha Certa da ASCprev e Assessora de Comunicação e Relacionamento da Fusesc. A profissional explica que uma das maiores dificuldades no atendimento aos assistidos é a falta de capacitação para acesso ao site.
Por isso, os cursos de inclusão digital, a exemplo do que são feitos pela Celos e pela PrevUnisul, deveriam ser ampliados para outras entidades. A questão é que antes as entidades precisam fazer caber a iniciativa dentro de seus orçamentos. “A parceria com a Unisul tem a vantagem de oferecer os cursos sem custo para as entidades e por isso estamos estudando maneiras de ampliar para outras regiões do estado”, diz Carolina.  (Alexandre Sammogini - Diário dos Fundos de Pensão-22.05)

Fundos de pensão:
Participações, investimentos e desempenho em empresas
attps

Fundos: Eletrobras lança plano para aposentar até 4,6 mil
A Eletrobras anunciou nesta segunda (22) o lançamento de um plano de incentivos para o desligamento de empregados que já tenham condições de se aposentar. Segundo a empresa, até 4.600 empregados preenchem os requisitos para adesão.
Chamada de Plano de Aposentadoria Extraordinária (PAE), a iniciativa tem o objetivo de reduzir custos e adequar o quadro de empregados à nova realidade do setor elétrico, informou a empresa.
No balanço do primeiro trimestre, a empresa informou ter fechado março com 23.358 mil empregados.
Podem aderir ao PAE empregados com 55 anos ou mais e pelo menos dez anos de vínculo com a empresa que já tenham se aposentado pelo INSS ou estejam em idade de requerer o benefício no momento do desligamento. A ideia é concluir o processo de adesão até o fim de julho.
Em apresentação de seu plano de negócios, a Eletrobras diz que, caso à adesão chegue à metade do número de empregados elegíveis, a economia será de R$ 920 milhões por ano. Já o custo com o pagamento de benefícios é de R$ 1,5 bilhão.
A companhia fechou 2016 com dívida líquida de R$ 23,4 bilhões e o indicador que mede a relação entre dívida e EBITDA em 6,7 vezes. A meta do plano de negócios é baixar este número para 4 vezes.  (NICOLA PAMPLONA - Folhapress)

Fundos: Petrobras põe à venda segundo campo de gás na Amazônia
A Petrobras anunciou nesta segunda (22) o início do processo de venda do campo de gás de Juruá, no Amazonas. É o segundo ativo do novo programa de desinvestimentos da companhia —o primeiro também foi um campo de gás no estado, chamado de Azulão.
Juruá foi descoberto em 1978 e, segundo o prospecto divulgado pela estatal, tem "volume significativo" de gás natural. O campo fica no município de Carauari, a cerca de 800 quilômetros de Manaus.
"Outras companhias têm explorado a área ao redor, com algumas descobertas que podem aumentar o valor do ativo devido a sinergias e ganho de escala de produção", diz a Petrobras, no prospecto.
Na prática, porém, a grande distância de mercados consumidores é apontada como um obstáculo para o desenvolvimento das reservas. Atualmente, apenas a russa Rosneft tem atividades na região.
A Petrobras diz que, durante as negociações, será avaliada a possibilidade de uso de seus dutos que interligam o polo produtor de Urucu a Manaus.
Para isso, porém, seria necessária a construção de um ramal de 140 quilômetros em meio à floresta.
Os interessados em concorrer devem ter experiência na exploração de petróleo e gás no Amazonas ou na operação de térmicas com capacidade instalada de no mínimo 200 MW no Brasil.
A demonstração de interesse deve ser feita até o dia 2 de junho.
O campo de Juruá é o segundo ativo colocado à venda pela Petrobras dentro da nova modelagem do programa de desinvestimentos, que segue recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) para melhorar a transparência.
Agora, a companhia anuncia publicamente a abertura dos processos e permite a participação de qualquer empresa que cumpra os requisitos para cada ativo - antes, os concorrentes eram convidados com apoio de um banco de investimentos.
No novo modelo, a empresa divulgará também a conclusão de cada fase do processo de negociações.
Com seu plano de desinvestimentos, a Petrobras espera captar US$ 21 bilhões até o fim de 2018. Entre 2015 e 2016, a empresa vendeu US$ 13,6 bilhões.
Além dos dois campos na Amazônia, a empresa já anunciou que venderá também a refinaria de Pasadena, nos EUA, e sua fatia na Petrobras África, sociedade com o BTG. Nenhum dos dois, porém, teve o processo inciado.  (NICOLA PAMPLONA - Folhapress)

Órgãos, Associações e Entidades do Segmento

 http://www.portoseguro.com.br/solucoes-financeiras/investimentos

38º Congresso: Respostas para um novo tempo
Os nossos congressos anuais são reconhecidos como o momento mais importante da vida do sistema a cada ano e, fazendo jus a isso, são preparados com um cuidado do qual fazem parte pesquisa que mede a satisfação de quem participou do evento anterior e irá orientar a organização do seguinte, devidamente reforçada pelas reflexões e sugestões de um time de especialistas reunido em uma comissão temática.  O 38º Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada, que vai acontecer em São Paulo de 4 a 6 de outubro próximo, não foge à regra.
Reunida dias atrás, a Diretoria da Abrapp definiu o tema-central de 2017: “Uma Nova Realidade: Previdência Complementar para Todos”, algo bem no espírito do momento que se vive hoje, marcado pela convicção que se espraia de que o tempo do Estado provedor que tudo resolve ficou no passado e que agora cabe também às pessoas se preocupar em poupar para o seu futuro. Um novo pensamento acompanhado da compreensão de que a poupança previdenciária capitalizada não só será capaz de futuramente proteger o trabalhador, como devidamente investida ao longo do tempo em que as reservas são formadas oferece à economia os investimentos dos quais o País tanto carece.
Novas fronteiras - Há toda uma programação sendo gerada dentro desse espírito de levar a previdência complementar fechada a novas fronteiras, algo tornado possível pelo intenso debate em torno da reforma da previdência e pelas certezas que se vão criando quanto a insustentabilidade do status quo e que, na ponta do futuro, nos aguarda um regime de capitalização cada vez mais disseminado e uma crescente resistência à transferência de encargos entre as gerações. O amanhã, da forma como o vemos, tem um lugar marcado também para uma previdência complementar fechada inovadora e capaz de usar intensamente as novas tecnologias.
Com isso, o próximo congresso se prepara para atender àsexpectativas que o evento sempre produz, o de ser um indutor de novas ideias e comportamentos, ao mesmo tempo em que um momento de consolidar convicções e com isso orientar os passos à frente. E isso acompanhado da percepção de que, após termos avançado tanto no diagnóstico, cumpre agir, fazendo isso sempre que necessário de forma ousada. (Abrapp/AssPreviSite)

EPINNE e EPB 2018 no Ceará
Fortaleza sediará o XXIII EPINNE/XXI EPB, no próximo ano. A edição 2017, na Bahia, foi encerrada em grande estilo na sexta-feira, 19. Permeando a programação, avaliada como robusta e oportuna para o momento brasileiro, foi possível estimular o debate sobre os efeitos da longevidade no ambiente das EFPCs e desmistificar as tábuas biométricas e testes de aderência, sob a batuta dos especialistas do segmento. A programação abriu janelas, também, de descontração com apresentação de cordel repentista, importante elemento da cultura nordestina. Mesmo na reta final do evento, as últimas palestras prenderam significativamente a atenção do público. O debate sobre fomento e inovação, no entendimento do ex-diretor da Previc, Jose Roberto Ferreira, e do diretor-superintendente da PREVIBAYER, Lucas  Ferraz Nóbrega, movimentou os participantes que retornaram às suas entidades com o desafio de pensar soluções para a renovação do segmento. Com o sucesso de mais está edição do EPINNE/EPB, ficou ratificada a relevância dos eventos do segmento fechado de previdência complementar. (Rosângela Rocha-Faelba -Diário dos Fundos de Pensão-22.05)

UniAbrapp: Trilha de Seguridade III
No dia 30 de maio, a UniAbrapp oferecerá o terceiro módulo da Trilha de Seguridade - Estratégia e Gestão 1, o curso ‘Atendimento Normativo e Relacionamento com os Órgãos Governamentais’, a ser ministrado pelo Especialista Glewerson Caron. O treinamento abordará a legislação específica a qual a área de seguridade está posicionada; a gestão de riscos e seus impactos na área de seguridade; os monitoramentos realizados pela PREVIC, tais como ações fiscalizatórias, acompanhamento e respostas; além do relacionamento com Órgãos Governamentais (CAND, DAWeb, EPB, SAA, DIRF, DPREV, PPE). A participação concede 8 pontos no programa de certificação do ICSS (PEC). Confira a programação e inscreva-se em: http://www.uniabrapp.org.br/seg_moduloi.htm   (Abrapp/AssPreviSIte)

Leitura e cultura da previdência
DivilgaImagem

Manual do Conselheiro das Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Autor: CERES
Resumo do Livro: É uma publicação de leitura simples, com apresentação dos conceitos e fundamentos, com exemplos práticos, que um gestor precisa conhecer para bem desempenhar a sua função, nas áreas previstas na legislação: financeira, administrativa, contábil, jurídica, previdência complementar, fiscalização, atuarial e auditoria. Escrito por diferentes autores, principalmente pelos Conselheiros, Dirigentes, Analistas e outros colaboradores da Ceres, visa a oferecer aos conselheiros de Fundos de Pensão uma síntese de informações relevantes para o desempenho da função. Vale lembrar que este Manual insere-se na direção da certificação de dirigentes determinada pela legislação e associa-se ao desenvolvimento do Programa de Educação Financeira e Previdenciária, desde muito estimulada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), como um processo sistemático de seleção, indicação, acompanhamento e avaliação dos conselheiros, em que se valorizam a experiência profissional, o comprometimento com as estratégias institucionais, a avaliação individual de desempenho e o aprimoramento técnico continuado, como preconiza a legislação vigente. Finalmente, espera-se que este Manual alcance não somente os Conselheiros das EFPC, mas também os dirigentes, técnicos, formuladores de políticas de previdência social e demais interessados na gestão de Fundos de Pensão.
Esta publicação está disponível no maior acervo do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster de Gusmão" da Abrapp.
Veja essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx  (Abrapp/AssPreviSIte)

Livro: Governança nas EFPC: Estrutura Mínima e Melhores Práticas
Autor: Comissão Técnica Nacional de Governança
Resumo do Livro:  É de extrema importância o papel desempenhado pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar - EFPC, considerando seu caráter social e por serem grandes formadores de poupança estável e de longo prazo. Diante disso, a administração das EFPC deve ser norteada pela consciência do dever fiduciário, dos princípios éticos e de integridade, lealdade, prudência e transparência, bem como pelo desejo de contribuir para a perenidade da EFPC. Adicionalmente, as decisões devem ser orientadas no exclusivo interesse dos planos de benefícios previdenciários, e consequentemente, dos participantes, assistidos e patrocinadores.
Esta publicação está disponível no maior acervo do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster de Gusmão" da Abrapp.
Veja essas e outras publicações através do link:http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx  (Abrapp/AssPreviSIte)

Manual dos Mercados Financeiro e de Capitais
Autor: José Maria Porto
Resumo do Livro: Este livro foi elaborado com o intuito de ser prático e objetivo, com conteúdo atualizado, distribuído em 11 capítulos que contemplam todos os aspectos imprescindíveis para um excelente entendimento dos seguintes temas: Estrutura do Sistema Financeiro; Conceitos Utilizados no Dia a Dia do Mercado; Indicadores Financeiros; Taxas de Juros e Índices de Inflação; Operações e Produtos de Renda Fixa e de Renda Variável; Fundamentos de Governança Corporativa; Análise Fundamentalista e Gráfica; Análise de Performance e Risco; Tributação sobre os Investimentos.
Esta publicação está disponível no maior acervo do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster de Gusmão" da Abrapp.
Veja essas e outras publicações através do link:http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx  (Abrapp/AssPreviSIte)

Notícias de Interesse do Segmento Previdenciário

Meirelles: Crise pode atrasar reforma da Previdência
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu ontem que a crise política pode atrasar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso em algumas semanas. A afirmação foi feita em conferência com investidores, por telefone, organizada pelo banco JPMorgan.
Segundo a assessoria do ministro, Meirelles afirmou que continua trabalhando pela aprovação da reforma e disse que um eventual atraso não fará grande diferença porque o efeito da reforma no país é de longo prazo.
Meirelles participará esta tarde de uma teleconferência com investidores, organizada pela corretora de valores inglesa ICAP, às 15h.
As conferências ocorrem no momento em que o presidente Michel Temer enfrenta uma crise gerada pela divulgação de delações do empresário Joesley Batista, do grupo JBS.   (Agência Brasil)

Meirelles admite que reforma deve atrasar
O ministro da Fazenda participou de conversas para tentar acalmar os investidores em meio à crise política O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem a investidores internacionais reunidos em teleconferência pelo Banco JP Morgan que acredita na continuidade do presidente Michel Temer no cargo, mas ponderou que as alternativas que se comentam nos bastidores políticos como possíveis sucessores do presidente são todas favoráveis à reforma da Previdência. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, a mensagem central de Meirelles nas duas vezes em que conversou com investidores nessa segunda-feira (de tarde ele falou com brasileiros em evento promovido pela corretora Icap), foi de que a reforma previdenciária deve sofrer atraso de algumas semanas ou meses por conta da crise, mas que há convencimento e consenso da classe política sobre a necessidade de aprovação da medida, prioridade do atual comando da economia. "Ele contou que já havia um consenso político grande com as reformas, que a Previdência já estava com seu conteúdo praticamente pacificado", contou uma fonte. O ministro avaliou como um sinal positivo o anúncio do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) de que deverá ler o relatório da reforma trabalhista nesta terça na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A estratégia de falar com grandes grupos de investidores é uma tentativa de acalmar os mercados, que, desde que estourou o caso da gravação de conversa do presidente com o empresário Joesley Batista, vivem um grande nervosismo. A esse movimento de conversar com analistas e investidores, a Fazenda tem em parceria com o Banco Central acompanhado os mercados de juros e câmbio para garantir a liquidez e o funcionamento deles. Nos dois discursos de ontem, Meirelles ressaltou que é preciso garantir que a política econômica seja blindada da crise política, para evitar maiores danos em uma economia que já vivencia uma recuperação, ainda que lenta. Ele citou exemplos em que a incerteza política prejudicou fortemente a economia, como em 2002. Naquele ano, período pré-eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o dólar disparou e, segundo o ministro, o motivo foi a incerteza que havia sobre o rumo da política econômica. Para comparar com aquele episódio, o ministro destacou a grave crise gerada no escândalo do "Mensalão", em 2005, quando a convicção de que não haveria mudança na politica econômica mitigou o impacto no nível de atividade e permitiu ao Brasil crescer fortemente em 2006. Meirelles ressaltou que a agenda econômica no Legislativo não pode parar com a crise. Nesse sentido, destacou que tem se reunido com integrantes do Congresso, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e buscado dar andamento a medidas econômicas que lá estão. Atualmente, além da reforma trabalhista no Senado, dois temas estão sendo negociados na Câmara: a MP que cria o programa de parcelamento de dívidas tributárias (chamado de novo Refis) e a convalidação dos benefícios concedidos pelos Estados, que podem ser votados nesta semana, a depender da evolução das negociações. Segundo uma fonte que acompanhou as conversas, houve grande demanda por ouvir o ministro, especialmente dos estrangeiros.  (Fabio Graner - Valor Online)

Meirelles diz que reformas vão avançar
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconhece que a crise política pode atrasar a tramitação das reformas “em algumas semanas”. Mesmo assim, o governo tenta demonstrar normalidade e pretende avançar com a agenda no Congresso. Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) prevê votar a reforma da Previdência até 12 de junho. Com o apoio do PSDB, será apresentado hoje o relatório da mudança da legislação trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Esse será o primeiro teste para medir o apoio ao governo após a delação de Joesley Batista.
No esforço para tentar conter o nervosismo do mercado financeiro, o ministro da Fazenda e vários secretários do ministério participaram ontem de duas teleconferências com analistas e investidores. Em uma, Meirelles reconheceu que a crise política pode atrasar a agenda de reformas “em semanas”.
Na conversa com clientes do banco JP Morgan, ele minimizou eventual atraso das reformas e disse que o mais importante é aprovar os projetos, especialmente da Previdência. “O ponto principal é que (as reformas) vão mostrar os resultados”, disse, ao citar que a chance de atraso de um ou dois meses não é relevante diante da aprovação do texto. “O importante é a confiança de que será aprovado.”
Em inglês, o ministro afirmou que a agenda das reformas está mantida. “Tenho falado com lideranças políticas e acho que há consenso de que a agenda legislativa vai avançar. No geral, entendo que as reformas são algo além do cenário político.”
Horas depois da fala de Meirelles, o governo comemorou dois sinais de que a tramitação das reformas deve continuar. Na Câmara, Rodrigo Maia anunciou que a mudança na Previdência começará a ser votada no plenário entre os dias 5 e 12 de junho. O parlamentar disse que espera votar nesta semana matérias econômicas importantes, como a guerra fiscal entre Estados e a medida provisória do programa de refinanciamento de tributos, a MP do Refis.
Cargos. Diante da incerteza do apoio dos 308 deputados necessários para aprovação da reforma da Previdência, o governo Temer parece que usará de uma antiga tática para conquistar apoio no Congresso. O primeiro vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse que o governo começará a liberar cargos para nomeação de aliados de parlamentares em troca de votos.
Pelos cálculos do deputado, o governo tem entre 260 e 270 votos “sem a caneta” para assinar essas nomeações. “Mas tem a caneta, tem os cargos”, afirmou ao ser questionado se não seria um risco colocar a matéria em votação sem os 308 votos mínimos necessários para aprová-la.
Outro sinal de apoio veio do PSDB. O presidente do partido e da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tasso Jereissati (CE), anunciou, com o relator da reforma trabalhista, o também tucano Ricardo Ferraço (ES), que o parecer do projeto será lido na comissão hoje e que o calendário de tramitação está mantido. O apoio parece especialmente importante entre tucanos que têm demonstrado cautela em manter apoio a Temer. Apesar de apoiar a tramitação da reforma, Ferraço disse, em vídeo postados nas redes sociais, que a situação de Temer na presidência é “insustentável”.
A oposição se prepara para tentar atrasar a tramitação. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a apresentação do relatório é “escândalo” e “provocação”. “Só leem esse relatório por cima do nosso cadáver.” O PT deve elaborar estratégia para atrasar a tramitação. (Valor Online)

Votação da reforma na Câmara
Câmara deve discutir e votar reforma da Previdência entre 5 e 12 de junho, diz Maia
Parecer sobre projeto que muda regras para aposentadoria foi aprovado há duas semanas em comissão. Proposta do governo precisa do apoio de, pelo menos, 308 deputados.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta segunda-feira (22) que a Casa deverá discutir e votar o projeto de reforma da Previdência Social entre os dias 5 e 12 de junho.
Enviado pelo governo no ano passado, o texto é uma das prioridades do presidente Michel Temer para este ano no Congresso. O projeto foi aprovado há duas semanas na comissão especial que analisava a reforma e precisa do apoio de, pelo menos, 308 deputados, para seguir para o Senado.
Entre outros pontos, a reforma da Previdência prevê: idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres poderem se aposentar; contribuição mínima de 25 anos para o INSS; e regra de transição para quem já está no mercado de trabalho.
"Entre o dia 5 e o dia 12 de junho, vamos começar o debate e a votação da reforma da Previdência. Nós temos um compromisso com a recuperação econômica do Brasil, nós temos um compromisso com a geração de empregos no Brasil, temos um compromisso com a redução rápida da taxa de juros no nosso paí", afirmou Rodrigo Maia nesta segunda.
Diante da crise política no país, causada pelas delações da JBS, que atingem o presidente Michel Temer, partidos de oposição têm dito que tentarão obstruir todas as votações em plenário até que Rodrigo Maia aceite um dos 14 pedidos de impeachment de Temer.
Na semana passada, logo após o coneúdo das delações dos empresários Joesley e Wesley Batista se tornar conhecido, o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), chegou a divulgar uma nota na qual avaliava que, diante do cenário, não há espaço para o projeto avançar no Congresso.
Apesar do cenário de crise, com a oposição pedindo o impeachment de Temer, Rodrigo Maia defendeu a necessidade de a Câmara seguir com as votações.
"Como já disse, [vamos] ter todas as nossas energias focadas na agenda econômica, que é a agenda econômica que garante emprego, garante um desenvolvimento social para todos os brasileiros, porque, melhor do que o Bolsa-Família, é um emprego com carteira assinada. E, para que os brasileiros possam ter emprego com carteira assinada nós precisamos termina a votação da reforma trabalhista e votar a reforma da Previdência", disse.  (G1)

Reforma da Previdência não tem mais data, diz relator
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), acredita que a delação do empresário Joesley Batista, da JBS, destruiu o calendário de tramitação da proposta e que hoje não é possível garantir nem mesmo que o texto será votado pelo Congresso.
"A minha avaliação é que, a cada dia que passa, é mais difícil, é mais complicado", afirmou à Folha. "O que é difícil hoje será mais difícil daqui a um mês."
A dificuldade aumenta, segundo Maia, devido à preocupação dos parlamentares com o impacto que o voto a favor do endurecimento das regras de aposentadoria teria nas eleições de 2018.
O relatório da reforma da Previdência foi aprovado, com muitas alterações em relação ao texto original, em comissão especial da Câmara no início de maio. A expectativa era que ele fosse votado pelo plenário no mês que vem.
Na semana passada, antes de serem divulgadas as primeiras informações sobre a delação da JBS e as citações ao presidente Michel Temer, interlocutores do governo trabalhavam para conquistar um placar de ao menos 308 deputados (mínimo para aprovação na Câmara).
"Eu posso garantir a vocês que depois que recuperar tudo isso eu vou tentar [aprovar a proposta]. Mas eu posso garantir que vamos submeter à votação? Não sei. Ninguém sabe", disse.
O relator, que esperava votação no plenário da Câmara no próximo dia 1º, diz que "não existe mais data" porque "Joesley destruiu isso".
Em um esforço para tocar a agenda de Temer no Legislativo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem adotado o discurso do Palácio do Planalto, afirmou nesta segunda-feira (22) que pretende colocar a reforma da Previdência em votação no plenário da Casa entre os dias 5 e 12 de junho.
O texto depende da aprovação pelo plenário da Câmara em dois turnos, além de passar pelo aval do Senado. A expectativa do governo era que o texto fosse aprovado ainda no primeiro semestre.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda que o cronograma da reforma da Previdência deverá sofrer atrasos em razão da crise política deflagrada na semana passada, mas disse que acredita na aprovação da proposta mesmo se Temer não seguir no comando do país.
A reforma da Previdência é uma das apostas do governo Temer para controlar o rombo nas contas públicas e, assim, reconquistar a confiança dos investidores.
GOVERNO FORTE
O relator da Previdência afirma que já havia dificuldade de chegar aos 308 votos para aprovação da reforma mesmo antes da crise gerada pela delação.
"Não dá para você garantir que uma reforma dessa será aprovada com governo fraco ou com governo forte."
Maia, que diz ter conversado com Temer "praticamente todos os dias" desde a divulgação da delação, afirmou que continua na base do Palácio do Planalto.
Ele afirma que Temer "inquestionavelmente foi vítima" das informações que foram publicadas a respeito dele antes da divulgação dos áudios da JBS.
Em um discurso alinhado ao Planalto, o relator disse que as condições dadas à JBS em troca da delação são "a prova de que o crime compensa".
"Eles se apropriaram de um dinheiro que pertence ao povo brasileiro, através de empréstimos do BNDES, de venda de ações para o governo brasileiro, do dinheiro do PIS e dos fundos de pensões", afirmou o deputado. (LAÍS ALEGRETTI e DANIEL CARVALHO - Folhpress)

Só pensam naquilo
Organizada pelo banco JP Morgan, a conferência por telefone do ministro Henrique Meirelles na tarde de segunda-feira (22) começou com cerca de 900 pessoas. No final, eram 1.400.
Como não podia deixar de ser, o maior interesse dos participantes era saber como ficam as reformas, em especial a da Previdência.  (Maria Cristina Frias - Folhapress)

Denúncia de desmonte progressivo do INSS
Servidores do INSS denunciam desmonte progressivo do órgão.
Assistentes sociais que participaram nesta-segunda-feira (22) de audiência pública no Senado denunciaram desmonte progressivo dos serviços previdenciários de reabilitação profissional e do Serviço Social no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Eles criticaram a intervenção da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) no desenvolvimento das ações do órgão.
Segundo os assistentes, essa ingerência tem prejudicado o funcionamento da própria instituição e afetado o conjunto dos trabalhadores do INSS, em especial os que atuam na área de Saúde do Trabalhador. Edivane de Jesus, representante da Comissão Nacional dos Assistentes Sociais do INSS/FENASPS, afirmou que se discute a substituição de servidores por terceirizados e até estagiários. "Os trabalhadores terão ainda mais percalços para acessar o benefício. Não interessa à gestão que exista um serviço como a assistência social. Não se trata de corporativismo, mas de garantir um serviço que é direito do trabalhador", disse.
Os assistentes sociais do INSS afirmaram que o governo, por meio de portarias, tem retirado direitos dos trabalhadores. Eles também criticaram a Medida Provisória 739/16, que criou uma força-tarefa para rever benefícios previdenciários. Os médicos recebem R$ 60 por perícia realizada dentro do chamado “pente-fino”. Conforme denunciaram nesta segunda-feira, em muitos casos tem se dado prioridade ao atendimento das revisões em vez da fila normal de perícias.
Segundo Thaize Antunes, diretora do Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, o presidente da ANMP, Francisco Cardoso, negociou com o governo a implementação da medida. "Pente-fino é utilizado para retirar piolho, um parasita. Não achamos que trabalhadores são parasitas. Parasitas são aqueles que se colocam do lado da elite por míseros 60 reais, cortando direitos dos trabalhadores", disse
Reforma
Os participantes ainda cobraram a convocação de aprovados no último concurso e criticaram a proposta de reforma da Previdência do governo Temer, que, segundo eles, retira direitos dos trabalhadores. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016  endurece as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), cedido a 4,4 milhões de brasileiros com deficiência e idosos de baixa renda que não têm condições de se manter sozinhos.
Segundo Ana Luísa Dal Lago, da Federação Nacional de Sindicato de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social  (FENASPS), a ideia por trás da reforma da previdência é privatizar o setor, o que vai deixar milhões de brasileiros desamparados:
"Este governo propõe o fim do estado garantidor de direitos, impossibilitando o funcionamento da rede de proteção social. Por outro lado, não ataca sonegações, desonerações e pagamento de juros. O verdadeiro objetivo é quebrar a previdência social e estimular os fundos de previdência privados". (Agência Senado)

Consignado cresce 22% no início do ano
As concessões de empréstimos consignados cresceram 22% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados do Banco Central.
De janeiro a março, o crédito a pessoas físicas das outras linhas caiu 4,6%.
A alta do consignado pode parecer expressiva, afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (associação de executivos de finanças), mas a base de comparação, que é o volume do começo de 2016, é baixa.
"Os bancos não podem ficar eternamente sem emprestar. Eles precisam rodar a máquina e privilegiam operações onde há risco menor."
O volume de concessão de consignados tende a crescer ainda mais com a decisão do governo de permitir que se use o saldo do FGTS como garantia dessa modalidade de empréstimo, afirma ele.
Essa regra passou a valer em abril. Os números deste mês ainda não foram divulgados pelo Banco Central.
A diferença de desempenho das duas linhas deve se intensificar nos próximos meses, afirma Cesar Castelani, professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas.
Os consignados devem crescer com a possibilidade de dar o FGTS como garantia, mas as outras linhas estão mais suscetíveis às circunstâncias macroeconômicas.
"O risco é grande para quem empresta e para quem precisa de empréstimo -com a última crise que afeta o Executivo, os bancos não devem ampliar crédito sem garantia e a demanda vai cair."  (Maria Cristina Frias - Folhapress)

Mercado de trabalho e benefícios
Mirador

Reforma trabalhista deve continuar no Senado
Tucanos recuam e dizem que reforma trabalhista vai continuar no Senado
O PSDB do Senado anunciou nesta segunda-feira (22) que vai manter o cronograma da reforma trabalhista na Casa.
De acordo com os tucanos, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) será apresentado e lido nesta terça-feira (23) na Comissão de Assuntos Econômicos.
O anúncio feito pelo relator é um recuo em relação a nota divulgada por ele na última quinta (18).
Logo após terem sido reveladas as acusações do empresário Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, Ferraço disse por meio da nota que a reforma era assunto "secundário" diante da crise.
"A crise institucional que estamos enfrentando é devastadora e precisamos priorizar a sua solução, para depois darmos desdobramento ao debate relacionado à reforma trabalhista", disse o senador na semana passada.
O senador mudou o discurso após uma reunião de lideranças do PSDB. Agora, afirmou que mudou de ideia porque "não se pode misturar uma crise do governo com o funcionamento do país".
A fala de Ferraço foi endossada pelo presidente interino do PSDB e presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (CE).
"Nosso compromisso é com país e estamos trabalhando normalmente. Os acontecimentos políticos independem do nosso trabalho aqui e o Brasil depende que nós continuemos a trabalhar e dar seguimento", disse Jereissati.
Questionado sobre se o PSDB seguirá na base do governo, o presidente do PSDB disse que é preciso "aguardar".
"Estamos vendo isso [apoio ao governo] com muita responsabilidade e cuidado. Existem desdobramentos como o julgamento do STF e, em seguida do TSE, vamos aguardar", disse  (TALITA FERNANDES - Folhapress)

Desemprego e subocupação atingem 26,5 milhões
Apenas os desempregados somam 14,2 milhões no primeiro trimestre. Situação atinge em especial mais jovens, negros e mulheres
A taxa de desemprego no Brasil (13,7%), medida pelo IBGE, subiu em todas as regiões no primeiro trimestre. Somada ao que o instituto chama de subutilização da força de trabalho  e a mão de obra potencial, o índice sobe para 24,1%, correspondente a 26,5 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Essa taxa era de 19,3% em igual período de 2016 e de 22,2% no último trimestre do ano passado. Apenas os desempregados somam 14,2 milhões.
Os subocupados por insuficiência de horas são aqueles que têm jornada menor de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar em período maior. Esses somam 5,3 milhões de pessoas. E a força de trabalho potencial compreende os que gostariam de trabalhar, mas não procuraram ou não estavam disponíveis para trabalhar, compreendem 21,3 milhões. Nos dois casos, a taxa aumentou no primeiro trimestre, assim como a de desemprego, que é recorde.
Com média nacional de 13,7%, o desemprego atinge 16,3% na região Nordeste. Subiu para 14,2% tanto no Norte como no Sudeste, e para 12% no Centro-Oeste. A menor taxa, embora também com elevação, é a da região Sul (9,3%). Entre as unidades da federação, varia de 7,9% (Santa Catarina) a 18,6% (Bahia). Em São Paulo, é de 14,2%.
Em três regiões, o rendimento ficou acima da média nacional, de R$ 2.110: Sudeste (R$ 2.425), Centro-Oeste (R$ 2.355) e Sul (R$ 2.281). E abaixo no Norte (R$ 1.602) e no Nordeste (R$ 1.449). Mas nessas duas últimas o IBGE registrou variação positiva em relação ao quarto trimestre do ano passado, com estabilidade nas demais.
A taxa de desemprego segue maior para jovens de 18 a 24 anos (28,8%). Isso acontece em todas as regiões, oscilando entre 19,1% (Sul) e 32,9% (Nordeste).
Também aumentou a participação de negros entre os desempregados. De quase 14,2 milhões de pessoas nessa situação no primeiro trimestre, os pardos (na classificação do IBGE) eram mais da metade (52,1%), os brancos representavam 35,7% e os pretos, 11,5%. As mulheres eram 50,6%.  (RBA)

Mercado e Economia Nacional

CM Corp

Congresso ABVCAP 2017
A ABRAPP está apoiando o Congresso ABVCAP 2017 que acontecerá nos dias 5 e 6 de junho, no Teatro Santander, em São Paulo para discutir as tendências e os principais desafios para o mercado de participações nos próximos anos.O evento é organizado pela Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital e reunirá os principais players da indústria de Private Equity, Venture e Seed Capital, contando com mais de 400 participantes: reguladores, autoridades governamentais, investidores e gestores de fundos nacionais e internacionais, CEOs e CFOs de grandes empresas, corporate ventures, family offices, empresas de auditoria, escritórios de advocacia especializados em PE&VC e empresários; ambiente favorável ao networking. As nossas associadas poderão efetivar as suas inscrições na categoria “Membros de Entidades Apoiadoras”, com valor diferenciado. Maiores informações sobre o evento poderão ser encontradas no hotsite   www.congressoabvcap.com.br    (Abrapp/AssPreviSite)

Caixa Seguros: 50 anos
A Caixa Seguradora completa nesta segunda-feira, dia 22, 50 anos com muito a comemorar. Nos últimos 15 anos (desde que passou a contar com a parceria entre a Caixa e a francesa CNP Assurances), o lucro líquido da companhia aumentou vinte vezes, chegando a R$ 1,9 bilhão.
Com uma carteira de 11 milhões de clientes, a Caixa Seguradora registrou no último ano R$ 14,8 bilhões em faturamento e R$ 6,32 bilhões em patrimônio líquido. É a empresa mais rentável do setor, com 32,3% de rentabilidade sobre o patrimônio líquido.
"Trabalhamos sempre com objetivo de combinar eficiência administrativa com inovação. Como resultado, temos uma empresa mais forte, melhores produtos e clientes satisfeitos", explica Thierry Claudon, presidente da Caixa Seguradora. (Jornal Monitor Mercantil)

Termer acuado: Forças políticas discutem transição
O presidente Michel Temer tornou-se refém da Justiça e busca criar condições favoráveis para permanecer no cargo, após a delação de Joesley Batista. Pode ser uma missão impossível. O centro de gravidade do poder já saiu de suas mãos e está na de seus aliados, em especial o PSDB. Temer já fez três discursos desde que foi alvejado pelo dono da J&F, nos quais combinou indignação, vontade irredutível de não renunciar e argumentos inconvincentes. Com baixo capital político, terá de vencer uma corrida de obstáculos. O primeiro deles, a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o pedido de Temer para suspender o inquérito a seu respeito até que seja feita uma perícia oficial das gravações da conversa entre ele e o empresário, pode ter caído por terra ontem. O inquérito prosseguirá, segundo a presidente do STF, Cármen Lúcia, e o STF só se manifestará quando a PF concluir a perícia, tarefa da qual pode ou não se desincumbir até amanhã. Há divergências sobre se o áudio foi manipulado ou não, e é bom que não existam dúvidas a respeito. Mas esse é apenas um ponto, ainda que importante, das graves acusações que levaram a Procuradoria Geral da República a pedir investigação sobre o presidente por suspeita de que ele cometeu crimes de corrupção passiva, formação de organização criminosa e obstrução de Justiça. Se comprovados, os eventos citados na delação de Joesley indicam que Temer recebeu dinheiro de caixa 2 da JBS nas campanhas de 2010, 2012 e 2016 e que, em pelo menos uma ocasião, teria usado em proveito próprio os recursos. Além disso, em um trecho da gravação que nunca negou, recomendou que Joesley procurasse um antigo assessor seu, Rodrigo Loures, para resolver um problema da empresa junto ao Cade. Loures foi depois filmado ao receber mala de propinas com R$ 500 mil, vinda de Joesley - dinheiro que ontem à tarde era dado como desaparecido. Em entrevista à Folha de S. Paulo (22 de maio), o presidente alegou ingenuidade por ter conversado com Joesley no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, a partir das 22h30. O encontro ocorreu fora da agenda, e Joesley deu outro nome (Rodrigo) para entrar no Palácio do Jaburu. Temer alegou que o motivo do interesse do empresário na reunião era a Operação Carne Fraca, que apenas seria deslanchada dez dias depois. E disse que Loures, que lhe prestou serviços em seu gabinete como vice e o acompanhou na Presidência, era uma pessoa de "muito boa índole", mesmo após aparecer em um vídeo em que, apressado, joga uma mala com dinheiro no porta-malas de um taxi. No sábado, Temer fizera outro discurso no qual chamou os Batistas de "bandidos que "saquearam o país", um tom diferente daquele com que tratou seu visitante noturno, recebido sem identificação própria, a quem qualificou de "falastrão" e lamuriento, usando estes argumentos para não ser acusado de prevaricação diante do relato estarrecedor que acabou ouvindo. Temer disse que não levou em conta as "bobagens" ditas por Joesley. A fragilidade de Temer tende a tornar impossível a aprovação das reformas e seu empenho para que o Congresso siga com as votações será outro teste de sua força, ou fraqueza. O julgamento político do presidente deve ocorrer bem antes do jurídico. Os partidos discutem com urgência a transição para um novo governo, a saída para amainar a crise é ainda imprevisível. Com a esquerda minoritária no Congresso, as forças aliadas apoiam a votação indireta estabelecida pela Constituição. As mesmas bases que serviram a Dilma e que estão para abandonar Temer buscam um substituto viável e um programa básico que possa ser executado até as eleições de 2018 - e que incluiria as reformas já iniciadas, da Previdência e trabalhista. Enquanto tucanos, que têm peso decisivo, e outros partidos não se acertarem sobre uma transição segura, Temer continuará sentado na cadeira de presidente. Mantê-lo até o fim colocaria em risco as reformas e, com isso, o ajuste fiscal, únicos motivos pelos quais contou com apoio de políticos e empresários até agora. A reunião do TSE para julgar a chapa Dilma e Temer, em 6 de junho, será uma prova de fogo para Temer. Sua defesa no processo é a separação de contas, para que as "sujas" de Dilma não contaminassem as suas, "limpas". A delação de Joesley, se comprovada, derruba a tese. Ironicamente, o pedido de cassação da chapa foi feito por Aécio Neves, derrubado pela Lava-Jato, para "encher o saco do PT".  (Valor Online)

Temer posterga seu dia D, mas crise está longe de encerrada
Com a postergação dia D para Michel Temer no STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente e a corte ganham tempo para tentar achar uma solução para a enroscada institucional em que estão devido ao episódio da delação dos irmãos Batista, da JBS.
Para o presidente, o tempo é exíguo e a tarefa, hercúlea. O Planalto vai tentar manter seu rebanho no mesmo pasto e apresentar avanço no seu programa econômico. Se fracassar, contudo, na leitura do relatório da reforma trabalhista nesta terça (23), a senha da perda de controle do Parlamento estará dada.
E a fatura vai ficar mais cara, tanto na negociação de alívio de dívidas de ruralistas quanto o programa de refinanciamento de dívidas.
O problema maior é que isso não garante o apoio das grandes siglas que sustentam o governo, PSDB e PSD à frente e com DEM representado pela cadeira do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
O desembarque está longe de ser um assunto tabu entre líderes dessas agremiações.
Do ponto de vista do Supremo, a decisão de adiar a análise do pedido enfim retirado de suspensão do inquérito contra Temer evidencia operações mais complexas.
Como se sabe, a corte tenta formar consensos, e Temer deixou os ministros pressionados com o clima de decisão imposto ao que deveria ser uma análise banal de uma fase preliminar da apuração.
Isso porque, menos do que o áudio ser ou não uma "prova imprestável", algo importante processualmente mas que pouco altera a percepção política da conversa, o que está em questão são os próprios métodos da Procuradoria-Geral da República.
Não só eles, mas também o papel do ministro Edson Fachin na elaboração da delação dos Batista e ao tomar decisões monocráticas duras. Uma confusão dos diabos.
Se adiou o dia D desta quarta, Temer sabe contudo que tem um encontro marcado com o termo na terça, 6 de junho, quando o Tribunal Superior Eleitoral votará a cassação da chapa na qual elegeu-se vice em 2014.
Para quem gosta de simbolismos, foi também numa terça, no 6 de junho há 73 anos, que o mais famoso dia D da história aconteceu, com a invasão aliada da Normandia. Quem fará qual papel agora ainda é uma incógnita. (IGOR GIELOW - Folhapress)

Temer quer pulverizar crise política com aprovação de pacote econômico
Com a desistência de suspender o inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) contra ele, o presidente Michel Temer iniciou estratégia para tentar recuperar fôlego junto à base aliada e pulverizar a atual crise política.
Nesta segunda-feira (22), o peemedebista mobilizou líderes de partidos governistas a aprovarem nas próximas duas semanas um pacote econômico que consiga reverter o mau humor contra a gestão peemedebista e recuperar o apoio de setores da sociedade civil e do mercado financeiro, um dos principais pilares de seu mandato.
A defesa do presidente decidiu retirar nesta segunda-feira (22) o pedido de suspensão do inquérito aberto contra o presidente após a delação de Joesley Batista.
Esse julgamento era visto na base aliada como um termômetro da força do peemedebista após as acusações. O governo peemedebista, no entanto, avaliou que as chances de derrota eram grandes e passou a ter o receio de que os partidos de sua coalizão o abandonasse.
Nesta segunda-feira (22), Temer atendeu a uma demanda da base aliada e irá elaborar uma versão mais generosa do PRT (Programa de Regularização Tributária), que institui uma nova regra de refinanciamento de dívidas com a Receita Federal, o chamado Refis.
Em reunião com a equipe econômica nesta segunda-feira (22), ele determinou que fosse redigida uma emenda que proponha uma nova versão do programa, mais favorável aos devedores do que a proposta original do governo, editada em medida provisória em janeiro.
O peemedebista também tentará dar uma demonstração de força com a aprovação do projeto de convalidação de incentivos fiscais, além das medidas provisórias de reajuste para auditores da Receita Federal, de regularização fundiária e de retomada no pente-fino sobre benefícios do INSS.
Nesse esforço, o peemedebista também se reuniu nesta segunda-feira (22) com parlamentares governistas e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A estratégia do presidente, contudo, pode se tornar um tiro no pé na avaliação de parlamentares aliados. Isso porque, caso ele tenha dificuldades ou seja derrotado, significará uma derrota pessoal e poderá fragilizar de vez a gestão peemedebista, demonstrando que não conta mais com apoio no Congresso Nacional.
Em outra frente, o presidente se reunirá com as bancadas de legendas que têm ensaiado o desembarque do governo, como PSDB, DEM e PPS. A avaliação é que, com a desistência, o peemedebista deixa de estar em compasso de espera e ganha mais tempo de negociação com as siglas aliadas.
No PSDB, a impressão é que a decisão ampliou as incertezas no governo peemedebista. Os tucanos estavam dispostos a esperar a Suprema Corte antes de reavaliar seu apoio ao presidente, mas agora acreditam que a retirada pode gerar um clima de instabilidade e aumentar as pressões para que a sigla defina seu caminho.
Outras acusações contra Temer na delação
Menções ao presidente no acordo de colaboração da JBS
Pagamentos a partir de 2010
O empresário Joesley Batista, da JBS, diz que fez pagamentos de R$ 4,7 milhões a pedido de Temer de 2010 a março deste ano. Na conta, diz, há um 'mensalinho' de R$ 100 mil e um repasse de R$ 300 mil, em dinheiro vivo, a um marqueteiro da confiança do presidente, Elsinho Mouco
R$ 1 milhão embolsado
O delator da JBS Ricardo Saud disse que a empresaria pagaria R$ 15 milhões ao PMDB, a pedido do PT, na campanha de 2014. Saud disse que Temer "guardou para ele, no bolso dele", R$ 1 milhão, que o atual presidente teria indicado para entrega em um endereço do coronel aposentado da PM de São Paulo João Baptista Lima Filho
O dinheiro recebido por Rodrigo Rocha Loures
Um dos principais aliados do presidente, o deputado federal pelo PMDB do Paraná foi flagrado recebendo mala com R$ 500 mil de Ricardo Saud, da JBS, em São Paulo. Existe a suspeita de que Temer seria o beneficiário
Senha para repasses a Cunha
Segundo Ricardo Saud, Temer sempre pedia para pagar Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro mesmo na cadeia. "O código era 'tá dando alpiste pros passarinhos? Os passarinhos tão tranquilos na gaiola?", disse
Pedido a favor de Gabriel Chalita
Joesley diz que pagou caixa dois de R$ 3 milhões a Chalita, candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo em 2012, após Temer pedir os valores
Perguntas e respostas sobre o áudio de Temer
As gravações de Joesley são legais?
O STF tem decidido pela legalidade de gravações feitas pelo próprio participante de uma conversa. A dúvida sobre a legalidade surge quando uma pessoa grava, sem ordem judicial, conversas de terceiros, o que não foi o caso de Joesley.
O STF sabia que as gravações haviam sido feitas por Joesley sem acompanhamento judicial?
Sim. Quando o ministro Edson Fachin ordenou a abertura dos inquéritos, verificou a origem das gravações, relatada pela PGR (Procuradoria Geral da República) logo nos primeiros parágrafos do pedido de abertura da investigação. Caso houvesse ilegalidade, o ministro poderia ter ordenado a retirada dos arquivos dos autos
As gravações passaram por edição?
Setor técnico da Procuradoria não encontrou sinais de fraude ou adulteração. Porém perícia feita a pedido da Folha aponta que o material sofreu mais de 50 edições. A JBS não comentou o assunto. No momento mais polêmico do diálogo, sobre a mesada de Joesley a Cunha, a perícia não encontrou edições.
Havia "ação controlada", monitorada pelo Judiciário, para acompanhar as gravações de Joesley?
Não. A "ação controlada" começou depois da entrega dos áudios
Na conversa com Michel Temer, há interrupções bruscas na gravação, o que levou advogados de defesa alegarem edição ou fraude. O que houve?
Segundo a PGR, houve atritos entre o equipamento e a roupa de Joesley, o que pode ter causado interrupção das gravações, mas não edição ou fraude
Qual o equipamento usado nas gravações?
Os investigadores não sabem, pois Joesley Batista entregou os arquivos em pendrive. Ele colocou o equipamento no bolso do paletó. Isso explica a baixa qualidade em diversos momentos do áudio
A defesa de Temer
O presidente sustenta que o áudio é clandestino e foi "manipulado e adulterado, com objetivos nitidamente subterrâneos". Ele tenta suspender o inquérito até que a autenticidade seja verificada
Encontro
O presidente diz que trabalha rotineiramente até meia-noite ou mais e que costuma "ouvir à noite" empresários, políticos, trabalhadores e pessoas de diversos setores da sociedade.
Rodrigo Rocha Loures
Temer afirma que apenas indicou o deputado para "ouvir as lamúrias" e se "livrar" da visita de Joesley
"Tem que manter isso"
Temer diz que sugeriu apenas que o empresário permanecesse com uma boa relação. "A conexão é com a frase: eu me dou muito bem com o ex-deputado, mantenho uma boa relação. E eu digo: mantenha isso", falou o presidente, em depoimento. Afirma que não comprou o silêncio de ninguém porque não tem o que esconder
Cade
O peemedebista diz que as reclamações de Joesley, expostas na conversa, mostram que o governo não estava aberto para ele. Afirma que o Cade não decidiu nada a favor do empresário
Prevaricação
Temer diz que não levou a sério a história contada por Joesley e argumenta que o próprio empresário disse posteriormente que inventou o relato de que tinha comprado juízes. "Ele é um conhecido falastrão, exagerado."  (GUSTAVO URIBE, BRUNO BOGHOSSIAN e DANIEL CARVALHO - Folhapress)

Outra vez, é hora de Diretas-Já!
A delação de Joesley Batista colocou um fardo adicional sobre o combalido governo Temer. As graves acusações de ser conivente com uma tentativa de obstrução da Justiça, de tentar vender uma decisão do Cade e de ceder informações privilegiadas do Banco Central para um agente do mercado abalaram ainda mais um governo com baixa aprovação popular e índices econômicos ruins. Discute-se agora, se, uma vez fora do cargo, ele deve ser substituído por eleições diretas ou indiretas. A resposta é fácil –na verdade, é inevitável.
O grande problema do governo Temer sempre foi a falta de legitimidade da sua agenda política. Ele aproveitou que não precisou ser eleito e que tinha ascendência sobre um Congresso unido pelo medo e introduziu uma agenda liberal agressiva, tentando empurrá-la "sem mandato" e "na marra", como cinicamente descreveu um dos autores da "Ponte para o Futuro".
A PEC do teto foi aprovada sem qualquer debate público que estivesse a altura do seu impacto –e, se dependesse do governo, o mesmo teria acontecido com a reforma da Previdência e com a reforma trabalhista.
Se não fosse a enorme rejeição da população, combinada com uma inédita articulação das centrais sindicais, as duas reformas já teriam sido também aprovadas, sem debate.
A falha democrática do governo Temer não foi ter colocado na agenda o equilíbrio fiscal ou a reforma da Previdência. A falha foi ter colocado esses temas para tramitar de maneira acelerada, sem um amplo debate e negociação com a sociedade civil. Temer aproveitou a janela de oportunidade que se lhe abriu: a coincidência de que não tinha sido eleito e portanto não devia nada aos eleitores e de que o Congresso esperava com a aprovação de reformas liberais conseguir um salvo conduto do mercado para reagir contra as investigações de corrupção.
A ausência de democracia na aprovação de reformas não é detalhe. Debates que tivessem acontecido no período eleitoral, seguidos de debates durante a tramitação parlamentar e uma negociação mais equilibrada com os diversos atores sociais seguramente modificariam os seus termos.
Uma sociedade civil informada jamais apoiaria uma reforma da Previdência que começasse por limitar o Benefício de Prestação Continuada que atende idosos pobres e desassistidos, deixando intocada a privilegiada previdência dos militares. Uma sociedade bem informada também não teria aceitado limitar o financiamento dos hospitais e das universidades, como fez a PEC do Teto, antes de trazer progressividade ao sistema tributário e fazer os ricos pagarem a sua parte nos impostos, como o resto dos brasileiros.
Temer está na berlinda não apenas porque as delações o implicam, mas porque tem uma aprovação pequena, boa parte da qual advém do seu déficit democrático. Não importa se ele vai renunciar, pressionado pelos escândalos, se a chapa dele com a ex-presidente Dilma vai ser cassada por abuso do poder econômico ou se ele vai sofrer um impeachment. Quando ele sair, precisa ser substituído por um presidente que tenha uma agenda política debatida e aprovada no processo eleitoral e se submeta, pelo menos, a esse débil mas importante instrumento de controle cidadão que é o voto.
Diretas-Já!  (Pablo Ortellado - Folhapress)

Não há transição sustentável sem reformas
A atual crise política intensificou a impressão de que a tramitação das reformas será interrompida e não haverá mais espaço para aprová-las antes de 2019. Surgiu novamente a tese de que um governo não eleito pelo voto direto não teria legitimidade para aprovar reformas que retiram direitos julgados "adquiridos" por grande parte da sociedade. Discordo dessa leitura. A necessidade da adoção de reformas em diversas frentes continuará inexorável, qualquer que seja o governo no poder. Não há dúvida de que incorrer em custos políticos e enfrentar corporações não são decisões fáceis. Todavia, não há alternativa, caso se pretenda evitar - muito mais do que a paralisia da economia - a rápida deterioração dos fundamentos, com maior prolongamento da recessão. Nenhum governo conseguirá manter a economia em trajetória relativamente sustentável até o fim de 2018 sem a aprovação dos ajustes necessários, em particular na Previdência Social, para reduzir o expressivo risco fiscal que o país enfrenta. Sem a aprovação da reforma da Previdência Social em 2017, o déficit do sistema previdenciário aumentará dos 3,7% do PIB deste ano para 4,2% do PIB em 2019, em vez de permanecer relativamente estável, caso haja a aprovação. A simples postergação da aprovação da atual reforma para 2019 teria um custo acumulado nos próximos 10 anos próximo a 4 pontos percentuais do PIB. Além disso, a não alteração das atuais regras previdenciárias tornará muito improvável o cumprimento tanto da meta fiscal nos próximos anos como do limite do teto dos gastos a partir de 2019. O risco fiscal crescerá muito nessas condições, conforme apontei neste espaço no último dia 5. Não há alternativa senão progredir com as reformas, em especial a da Previdência, até o fim do próximo ano O governo do presidente Temer tem buscado aprovar ajustes e reformas no Congresso, o que tem sido favorável para o país. Todavia, esta não é uma agenda exclusiva do atual governo. Os líderes da maioria dos partidos reconhecem e defendem a necessidade dos atuais ajustes e reformas. Ademais, são questionáveis as argumentações segundo as quais sem a coordenação do Executivo não há possibilidade de avanços nas reformas que já estão em fase de votação no Congresso. A aprovação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, sem uma grande participação do Executivo, comprova a compreensão do Legislativo sobre a necessidade de ajustes no país. Os riscos da não aprovação da reforma da Previdência não podem ser menosprezados, mesmo com a flexibilização já promovida na proposta original. Ao contrário, na semana passada, o apoio às mudanças ainda estavam bem aquém dos 308 votos necessários. Apesar da imperiosa necessidade de ajuste da Previdência Social, a capacidade do governo e de suas lideranças de alcançar, no curto prazo, os votos necessários para a aprovação da reforma na Câmara dos Deputados diminui sensivelmente. Com o surgimento das delações da semana passada, o atual governo conta, no momento, com o apoio de bem menos do que os 386 deputados e 67 senadores dos partidos que ainda se mantinham na base, na última sexta-feira (19). O risco é de intensificação dessa perda nos próximos dias, o que tornaria ainda mais difícil a aprovação da reforma previdenciária. Além disso, no cenário mais otimista, no qual a crise política é resolvida, a aprovação no Congresso será postergada, provavelmente, para o segundo semestre deste ano. O governo que ocupar o poder até o fim de 2018 terá de reconstruir essa base de apoio, ciente de que não contará com o suporte existente há pouco tempo. Essa tarefa não será fácil, qualquer que seja o presidente em exercício. Vários fatores pesam contra a aprovação da reforma da Previdência na atual conjuntura de divulgação contínua e generalizada de malfeitos. Primeiro, será ainda mais difícil convencer o Congresso a votar a favor de medidas que retiram benefícios antes entendidos como "adquiridos" por grande parte da sociedade. Há, também, a percepção de que o voto a favor de medidas impopulares em um contexto de acusações sobre corrupção disseminada reduzirá o apoio da sua base eleitoral e, consequentemente, a probabilidade de reeleição dos congressistas no pleito de 2018. Mesmo entre os parlamentares que entendem a necessidade de ajustes no sistema atual, a crise política pode exigir que sejam aceitas modificações adicionais na atual proposta, que já estavam em gestação, entre as quais: diluição adicional da proposta relativa ao Benefício de Prestação Continuada; aumento do valor máximo para acúmulo de aposentadoria e pensão; e redução da idade mínima para a aposentadoria rural. Em suma, a atual incerteza política e suas consequências sobre o desempenho da economia são muito expressivas. A manutenção de condições econômicas relativamente robustas no país só será alcançada se o governo de transição avançar na agenda econômica. Independentemente do governo que teremos após o desenlace da atual crise política e apesar das claras dificuldades, não há alternativa senão progredir com as reformas estruturais, em particular a reforma da Previdência Social, e com os ajustes fiscais até o fim do próximo ano. Isso torna mais importante do que nunca que as principais lideranças no Congresso sinalizem, nas próximas semanas, para toda a sociedade o seu forte comprometimento com a aprovação das medidas necessárias para garantir que o país continue avançando no rumo certo. Isso poderia recuperar sobremaneira a previsibilidade sobre o caminho a ser seguido nos próximos trimestres.    (Nilson Teixeira - Valor Online)

Se crise política demorar, podemos voltar para a recessão
Para José Roberto Mendonça de Barros, crise política já prejudica economia e pode resultar em um trimestre perdidoEntrevista com
O economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados, está preocupado com o desfecho da crise política e os impactos sobre a economia, que esboçava sinais de recuperação. Dependendo do encaminhamento político, segundo ele, um trimestre terá sido perdido, na melhor da hipóteses, se as reformas forem retomadas pelo sucessor do presidente Michel Temer. Mas ele não descarta um quadro pior, sem reformas. “Nunca foi tão óbvio o risco e o custo de voltarmos ao pântano”, alerta. A seguir, trechos da entrevista.
O que precisa ser feito para superar a crise política que paralisou a economia?
Na nossa avaliação, o presidente Temer perdeu totalmente a condição de governabilidade. Ele tem de sair, mas a Constituição tem de ser cumprida. Vale dizer: tem de haver uma eleição indireta no Congresso. Independentemente do tempo, o mais relevante é a ideia de qual será a saída dessa eleição.
Como assim?
Podemos ter uma pessoa eleita com condições de governabilidade, de reagrupar a base política e trazer de volta as reformas. Se isso acontecer, nós teríamos perdido um trimestre e eventualmente voltaríamos a ter possibilidade de recuperar uma trajetória de crescimento para o ano que vem, menor do que projetávamos, mas com alguma expressão. Aí conseguiremos sair do buraco.
Qual seria a alternativa?
Se for eleito alguém mais fraco politicamente ou, por características pessoais, que não tenha condições de retomar a agenda de reformas e de crescimento, aí haverá o problema que todo mundo teme: uma “sarneyrização”. Seria um horror. Tudo ficaria parado até a próxima eleição.
Com que cenário o sr. está trabalhando?
Temos de aguardar. Hoje, não consigo associar probabilidades nem fazer projeções.
Qual será o custo dessa crise política para a economia?
O menor custo que teremos é o de um trimestre perdido, como já citei, se for escolhido alguém com o mínimo de condições políticas. Assim, voltaríamos a crescer no ano que vem e, desta forma, sairíamos de vez da recessão. Tecnicamente, já saímos da recessão: todo mundo concorda que o primeiro trimestre teve crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB). Isso é o mais razoável que se pode dizer. A interrupção da recuperação já é um dano considerável, dependendo da velocidade da solução política. A velocidade com que será feita a sucessão será a chave para a saída da crise econômica.
Como o outro cenário aventado, de um sucessor que não retome a agenda de reformas, voltaríamos à recessão?
Se demorar muito, por questões políticas e jurídicas, para escolher o sucessor, e se o sucessor for alguém frágil ou sem comprometimento com a agenda de reformas, podemos voltar para recessão. E o custo será enorme para o País como um todo. Aí vamos ficar marcando passo até a eleição de 2018, o que seria bem complicado. Isso poderia gerar uma paralisia na economia. Não acho que vá afundar tudo de novo porque um pouco dessa melhora da economia é cíclica, como a substituição de uma máquina ou o enxugamento de estoques em alguns setores. Mas nunca foi tão óbvio o risco e o custo de voltarmos ao pântano. No fundo, o custo pode ser a gente não conseguir sair da recessão e eventualmente voltarmos a ela. Existe um risco enorme de ter um custo mais elevado. Hoje, acho uma ousadia associar a probabilidade a esses cenários. Podemos caminhar para uma solução decente ou para uma coisa muito complicada.   (Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo)

Delfim: De onde partimos e aonde chegamos
Só insensatos não veem que o Brasil precisa, urgentemente, de reformas depois da tragédia de 30 anos de governos que oscilaram entre aceitáveis e medíocres. Com boa intenção, levaram o país de volta à condição de fornecedor de alimentos e matérias-primas para os países desenvolvidos. Não é possível esquecer que nos anos 70 do século passado tínhamos uma indústria sofisticada (opinião do Banco Mundial) e cujas exportações industriais com relação às exportações mundiais de manufaturados crescia 15% ao ano! Temos sempre insistido que o míope liberalismo cambial que só existe nos livros-textos com hipóteses utópicas, quando posto em prática, determina a estrutura produtiva do país. É o que nos aconteceu nos últimos 30 anos. Esquecemos que ele só funciona quando a taxa de juro real interna mais a taxa de risco do país é parecida com a taxa de juro real mundial. Quando isso não existe, a taxa de câmbio se transforma num ativo financeiro que serve à especulação e nada tem a ver com a economia real. Diante do quadro lamentável em que nos encontramos, alguém tem coragem de afirmar que uma sociedade de 210 milhões de habitantes pode ser próspera exportando apenas alimentos e matérias-primas? Nossa agricultura e nosso setor de produção de matérias-primas são bastante eficientes e representam cerca de 50% das nossas exportações, o que significa que em condições normais de pressão e temperatura fazem o mesmo papel do café, que determinava a taxa de câmbio, quando representava 70% da receita cambial. Foi isso que foi alterado de 1966 para cá. Na média dos anos 1983-85 a produção de café, estimulada pelo governo, cresceu 33% em relação à média de 1966-68, mas a sua importância nas exportações tinha caído para menos de 10%. O que aconteceu? A expansão da soja e outros produtos agrícolas cresceu com aumento de produtividade, graças à ação do governo. Essa expansão foi acompanhada por um programa de estímulo à produção industrial, com uma política horizontal (câmbio estimulante e previsível, crédito à exportação e diplomacia de comércio). Em 1984 a composição das nossas exportações era assim: produtos básicos 32%, produtos industrializados 67%. Depois do terremoto do petróleo, que nos pegou de calças curtas por conta do absolutismo do general Geisel (não por falta de aviso), superamos o problema do déficit em conta corrente já em 1984, à custa de uma forte recessão de 1981 a 1983, que reduziu o PIB em 2,1% por ano. O ajuste foi seguido por uma recuperação forte, com um crescimento médio do PIB de 6,9% entre 1984 e 1986. Levamos 20 anos para negociar a dívida externa, o que prejudicou nosso crescimento, por conta de uma infantilidade do então ministro da Fazenda Dilson Funaro, que, autorizado por Sarney, decretou, abruptamente, um "default". Revelou uma arrogância e um voluntarismo pouco amigável, o que liquidou sua credibilidade junto à banca. Só insensatos não veem que o Brasil precisa de reformas Com o apocalipse que foi o plano Cruzado do presidente Sarney, inaugurou-se a farsa extremamente custosa de controlar o câmbio para reduzir a inflação. Ela foi seguida por todos os governos até hoje. Reduziu a taxa de crescimento do PIB para média, de 1985 a 2016 para 2,6%. Há milhões de narrativas possíveis, mais "elegantes", mais "científicas", mais "dialéticas" ou mais "enganadoras" para essa brutal realidade: 30 anos de políticas econômicas entre razoáveis e medíocres nos levaram, puxados pelo nariz pela China, de volta à situação de colônia do mundo: fornecedores de alimentos e matérias-primas e desprezo pela verdadeira indústria que não vive de benefícios do governo. Ao contrário, foi sacrificada por juros escorchantes e câmbio valorizado. A "prova do pudim" é quando se come, e o gosto de tudo isso é muito amargo. A história desses últimos 30 anos mostra que, provavelmente, Deus desistiu do Brasil! Temos tido uma infelicidade atrás da outras: 1) a morte de Tancredo nos deu Sarney, que jogou fora a oportunidade de um parlamentarismo onde as crises se resolvem com um voto de confiança; 2) Collor entrou com uma fúria liberal e confiscou toda a liquidez. Fez algumas coisas positivas (abriu o mercado, ainda que descuidadamente, liquidou a praga dos "Institutos") e um enorme mal ao transformar todos os funcionários celetistas em estatutários; 3) o impoluto Itamar Franco foi exceção e fez o que tinha que fazer para que se pudesse construir a estabilização monetária; 4) FHC promoveu privatizações e a estabilidade monetária com uma pequena joia, o Plano Real, mas não cuidou do problema fiscal. Tentou algumas mudanças, mas o destino operou. Por um voto equivocado, perdeu a reforma da Previdência e desinterou-se dela; 5) Lula fez algumas reformas, mas esqueceu de acabar com a unidade e o imposto sindicais como prometera. Ao contrário sacralizou o sistema e livrou-o de qualquer controle social; 6) Dilma, tentou as reformas, mas fracassou por falta de um forte apoio político e 7) Temer, que se empenhou desde o início na aprovação das reformas. 33 anos: de 4 presidentes eleitos, dois sofreram "impeachment". Todos terminaram os seus governos sem reforma, enquanto o Brasil se deteriorava. Temer, o sétimo, foi o único que, de fato, teve a coragem de ser prioritário às reformas. O STF precisa julgar com a maior rapidez as suspeitas delações, porque a incerteza ameaça levar ao colapso a sociedade brasileira.    ((Antonio Delfim Netto - Valor Online)

Incertezas: S&P diz que pode rebaixar nota do Brasil
A agência de classificação de risco S&P Global Ratings anunciou nesta segunda (22) que colocou a nota de crédito brasileira em revisão para possível rebaixamento nos próximos três meses.
A decisão se baseia no quadro de elevação da incerteza política.
A nota de crédito do Brasil está hoje em "BB" com perspectiva negativa, ou dois níveis abaixo do grau de investimento, o chamado "selo de bom pagador".
Um novo rebaixamento levaria a nota do Brasil para três degraus abaixo no grau de investimento.
Segundo a S&P, após recentes denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer, o cenário político do Brasil voltou a se complicar, e progressos consideráveis no campo fiscal e econômico —em um contexto de ajuste prolongado— estão sob risco.
Para a S&P, um presidente enfraquecido ou um longo ou disruptivo processo de transição enfraqueceria a capacidade de avançar nas reformas e provavelmente atrasaria a recuperação econômica.
Assim como a aprovação de políticas fiscais e econômicas mais proativas, o que poderia conduzir a um rebaixamento da nota.
"Caso confirmadas as acusações contra o presidente Temer, a capacidade para permanecer no escritório e governar efetivamente se tornaria provavelmente insustentável, colocando em movimento um processo de transição que não foi testado antes."
A S&P diz ainda que os recentes acontecimentos políticos atrasariam a capacidade da classe política avançar nas reformas no que chama de "tempo oportuno", ou seja, antes das eleições presidenciais de 2018.
REAÇÃO DO GOVERNO
Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que a S&P "reconhece a importância das reformas implementadas", apesar de frisar a necessidade da aprovação da nova Previdência, e que a classificação será mantida se a incerteza política for de curta duração.
"Segundo a agência, a nota de crédito poderá ser mantida em um cenário em que a incerteza política seja de curta duração e sob uma administração e equipe econômica que tenham apoio suficiente no Congresso para continuar avançando com medidas corretivas direcionadas a frear a deterioração fiscal e fortalecer as perspectivas de crescimento."
A nota afirma ainda que a pasta reafirma o compromisso com as reformas.
"O Ministério da Fazenda reafirma o seu compromisso com a recuperação da economia brasileira por meio de reformas estruturais que objetivam o equilíbrio das contas públicas, a sustentabilidade da dívida pública e a construção de novas bases para o crescimento sustentado", diz o texto.
OUTRAS AGÊNCIAS
As outras duas principais agências de risco —a Fitch e a Moody's— também mantêm a nota do Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento.
A diferença é que, enquanto a Fitch segue a S&P e mantém a nota em perspectiva negativa, a Moody's revisou a perspectiva no início do ano, de negativa para estável, refletindo uma visão mais benigna sobre as expectativas para a aprovação das reformas e o desenvolvimento no campo fiscal.  (FLAVIA LIMA e MAELI PRADO - Folhapress)

S&P coloca nota do Brasil em observação
A agência de classificação de risco S&P Global colocou o rating soberano do Brasil em observação para possível rebaixamento citando as últimas denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer e as dificuldades crescentes para o avanço das reformas fiscais no Congresso. A nota de risco de crédito brasileiro em longo prazo em moeda estrangeira segue em "BB" - dois níveis abaixo do grau de investimento. A ação de rating significa que a agência pode rebaixar a nota de crédito brasileira em 90 dias em caso de estresse adicional na dinâmica política. Um enfraquecimento maior do presidente Temer, um longo ou disruptivo processo de transição política ou um presidente com capacidade ou disposição reduzida para endereçar as reformas poderão atrasar a recuperação econômica e levar a um rebaixamento da nota do país, segundo a agência. Por outro lado, a S&P diz que poderá reafirmar o rating atual se o quadro de incertezas políticas tiver vida curta ou a equipe econômica tenha apoio suficiente no Congresso para continuar a implementar a agenda de reformas que possa estancar a deterioração fiscal e reforçar as perspectivas de crescimento. Segundo a agência, o quadro político ficou mais uma vez complicado. "Em meio à crescente incerteza política, os progressos no endereçamento dos desafios fiscais e econômicos no contexto do já longo caminho de ajuste estão em risco de paralisação", afirma a S&P, em nota. De acordo com a agência, a observação para possível rebaixamento reflete o risco crescente de algum desenvolvimento "disruptivo" ou de uma evolução mais lenta do que a desejada na capacidade da classe política de tomar medidas para implementar os ajuste necessários antes das eleições de 2018. "Nosso cenário-base tem sido de prolongado ajuste econômico em meio a uma lenta correção na política fiscal e com crescimento econômico modesto neste ano e nos próximos", afirma a S&P. Na sexta passada, a Fitch reafirmou a nota de crédito do Brasil em "BB", mas advertiu que o cenário político se tornou mais desafiador e manteve a perpectiva negativa. No dia 16 de março, a Moody's alterou a perspectiva do rating "Ba2" do Brasil de negativa para estável, surpreendendo analistas e o mercado com a decisão diante das incertezas em relação ao avanço das reformas. A Moodys justificou a revisão da perspectiva para estável citando estabilização econômica, convergência da inflação à meta, números mais positivos da Petrobras e melhora na perspectiva fiscal do país. Para o Ministério da Fazenda, a decisão da S&P Global é um "alerta de curto prazo" que reflete a incerteza relacionada ao cenário político. Em nota, a pasta destaca que a agência reconheceu em comunicado a importância de medidas já adotadas, como a criação do teto para os gastos primários, a primeira fase de aprovação da reforma trabalhista e o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados para consolidação do ajuste fiscal e para a estabilidade da trajetória da dívida pública. Entretanto, reforçou que medidas adicionais são necessárias o quanto antes, tal como a reforma da Previdência. Na nota, o ministério reafirmou o compromisso com a recuperação da economia brasileira por meio de reformas estruturais que objetivam o equilíbrio das contas públicas, a sustentabilidade da dívida pública e a construção de novas bases para o crescimento sustentado. ( Toni Sciarretta,  colaborou Cristiane Bonfanti - Valor Online)

Incerteza leva banco a reduzir projeção para o PIB
A nova crise política levou o Banco Fibra a reduzir a estimativa para o crescimento neste ano e no próximo. Com as denúncias contra o presidente Michel Temer, o economista-chefe do Fibra, Cristiano Oliveira, revisou a projeção de 2017 de 1% para 0,5% e a de 2018 de 3,5% para 2,5%. Em relatório divulgado ontem, Oliveira destaca que, "na semana passada, uma nova crise política iniciou-se e atingiu em cheio a economia brasileira, trazendo uma série de incertezas que afetou o preço dos ativos". Para ele, o novo imbróglio não terá um desfecho rápido e afeta negativamente o lado real da economia. Oliveira aponta três fatores principais pelos quais a atividade econômica será afetada. O primeiro é o aumento das incertezas, "que deve reduzir ou limitar a melhora dos índices de confiança e assim potencialmente atingir as decisões de consumo e investimento". O segundo é o aumento dos juros futuros, o que diminui pelo menos em parte a eficácia do atual ciclo de afrouxamento monetário. Por fim, "a súbita depreciação da taxa de câmbio", diz Oliveira, "tem característica contracionista e inflacionária no curto prazo". Ao comentar a crise, Oliveira reitera que não acredita num término rápido e, qualquer que seja o desfecho, reconquistar maioria para aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano parece difícil. Oliveira não mudou a sua estimativa de inflação para 2017 e 2018. As projeções continuaram em 3,9% para este ano e em 4,5% no ano que vem, embora ele pondere que há um viés de baixa para a previsão do próximo ano. Ele espera que o dólar continue no intervalo de R$ 3,20 a R$ 3,40 nas próximas semanas, "enquanto o quadro político continuar mostrando volatilidade". Por enquanto, ele não alterou a projeção para a Selic no fim do ciclo de corte de juros, atualmente de 7% ao ano. Hoje, a taxa está em 11,25%. Para a reunião do Comitê de Política Monetário (Copom) a ser realizada no fim do mês, ele passou a trabalhar com um corte de 1 ponto percentual, não vendo espaço para o BC acelerar a redução para 1,25 ponto, dada a nova crise política.  (Sergio Lamucci - Valor Online)

Economistas já veem corte menor nos juros
Denúncias envolvendo Michel Temer deixaram os economistas em voo cego.
As denúncias envolvendo o presidente Michel Temer que vieram à tona na semana passada deixaram os economistas num voo cego, sem instrumentos para prever se o a atividade, que esboçava sinais de retomada, sairá do buraco ou mergulhará de novo na recessão.
“É uma situação carregada de incertezas: não sabemos se vamos sair e como vamos sair desse quadro e não temos como projetar os indicadores com essa parada”, diz o economista sênior da Tendências Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto.
Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg Associados, faz coro com Campos Neto. Ela condiciona as novas previsões a dois fatores: quanto tempo levará para solucionar o impasse político e quando as reformas em andamento serão retomadas.
O único indicador que Thaís alterou, por enquanto, foi a previsão de corte nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para o dia 30. A previsão era de um corte de 1,25 ponto porcentual e agora ela acredita que a redução ficará em um ponto. “Mudamos a previsão neste caso, porque o BC vinha condicionando as reduções de juros ao andamento das reformas, que agora ficaram prejudicadas com o quadro político.”
O departamento econômico Banco Safra também reduziu a previsão de corte de juros de 1,25 para um ponto porcentual. Em nota, o banco informa que procurará refletir sobre as implicações dos recentes acontecimentos na política monetária. Para o fim do ciclo de recuo da Selic, está mantida, por ora, a previsão de 7% em meados de 2018.   (Márcia De Chiara e Maria Regina Silva - O Estado de S.Paulo)

Focus: Mercado mantém projeções apesar da crise
Pesquisa Focus, divulgada ontem, prevê inflação abaixo de 4% e alta de 0,5% do PIB
Por ora, as projeções do mercado financeiro não foram alteradas em virtude da nova crise política gerada com as denúncias da JBS, na semana passada, colocando o presidente Michel Temer no epicentro do terremoto político. Na nova pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, analistas financeiros mantêm a estimativa de queda da inflação oficial medida pela IPCA- a alta esperada é de 3,92% no ano, 0,01 ponto percentual a menos que na semana anterior. Trata-se da 11ª redução seguida do mercado para a inflação. Em 2018, a aposta do mercado é de redução, na semana, de 0,02 ponto, o que levaria a inflação a ter alta de 4,35%, também abaixo do centro da meta.
Sobre o crescimento econômico, o mercado manteve as projeções da semana anterior. Ou seja, o PIB deve fechar o ano com alta de meio por cento e de 2,5% em 2018.
Especialistas, contudo, podem não ter tido tempo de refletir nas projeções as repercussões das denúncias contra o presidente Michel Temer e a turbulência política gerada pela delação premiada dos donos da JBS, além da reação do mercado financeiro, sobretudo a forte alta do dólar.
Dessa forma, o mercado ainda mantém a previsão de recuo da taxa Selic para 8,5% até dezembro e de corte de um ponto percentual nos juros básicos na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No momento, a Selic tem variação de 11,25% ao ano. No chamado Top-5, grupo que reúne as instituições que mais acertam as previsões, a Selic poderá cair a 8,13% na mediana das estimativas- na semana anterior era de 8,25%.
Na semana passada, o corte da Selic era previsto em 1,25%, mas o cenário mudou para o mercado em virtude das denúncias contra Temer, até porque no mercado futuro de juros as chances de redução mais acentuadas foram descartadas, considerando-se o fechamento do mercado de sexta-feira. A cautela do mercado tem a ver com a perspectiva de que as reformas, principalmente da Previdência, emperrem no Congresso.
No próximo ano, a pesquisa mostra manutenção do cenário de juros a 8,5%, enquanto o Top-5 reduziu a estimativa a 8%, de 8,13%.  (Agências)

Inflação: Mercado baixa estimativas para 2017 e 2018
Expectativa dos economistas de bancos, divulgada nesta segunda (22) pelo Banco Central, é de inflação em 3,92% neste ano e de 4,34% em 2018.
Os economistas das instituições financeiras reduziram sua estimativa de inflação para este ano e para 2018.
As expectativas dos analistas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (22) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 – a "inflação oficial" do país –, o mercado baixou sua previsão de 3,93% para 3,92%. Foi a décima primeira redução seguida do indicador.
Com isso, manteve-se a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para isso, eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo.
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
No ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo BC – naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,36% para 4,34%. Com isso, o índice está abaixo da meta central de inflação para o período (4,5%) e também do teto de 6% fixado para o ano que vem.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,50%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em 2,50%.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,5% ao ano no fechamento de 2017. Ou seja, os analistas continuam estimando novas reduções de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio do dólar no fim de 2017 recuou de R$ 3,25 para R$ 3,23. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana continuou em R$ 3,36.
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 55,15 bilhões para US$ 56 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou estável em US$ 42,9 bilhões.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, subiu de US$ 78,5 bilhões para US$ 79,5 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas avançou de US$ 75 bilhões para US$ 78,75 bilhões.  (Alexandro Martello - G1)

Economia Global
(Este espaço esta aberto para sua Empresa estar presente
junto aos nossos quase 6 mil leitores diários)

Obtenha mais informações pelo e-mail assprevisite1@assprevisite.com.br

China: Pacote bilionário tenta redesenhar geografia econômica
Ao discutir o ambicioso projeto de infraestrutura Um Cinturão, Uma Estrada, na semana passada, argumentamos que o resto do planeta deveria vê-lo pelo que é: não um simples plano de investimento a ser avaliado em bases econômicas convencionais, mas sim uma tentativa de dar forma à estrutura geoestratégica da economia mundial nas próximas décadas.
Para compreender melhor o motivo, é importante perceber como o relacionamento econômico criado por uma iniciativa bem sucedida poderia ser maior do que a soma de suas partes. (E determinar se a iniciativa pode mesmo encontrar sucesso é uma questão igualmente importante. Christopher Balding argumenta que, até para a China, o custo de cerca de US$ 1 trilhão pode ser pesado demais. E o instituto de pesquisa europeu Bruegel concorda.)
Paul Krugman cita seu programa de pesquisa sobre geografia econômica para oferecer uma ilustração clara e sucinta de como conexões de infraestrutura tais quais as contempladas pelo Um Cinturão, Uma Estrada importam.
Se atividades econômicas são mais lucrativas quando realizadas em escala maior, então melhoras (até mesmo modestas) nos transportes, que aperfeiçoem as conexões entre um lugar e muitos outros, podem criar um polo de atração de investimentos e de crescimento econômico naquele lugar, tendo por base o custo/benefício superior que ele oferecerá (ainda que por pequena margem) no abastecimento de outros mercados.
Como resultado, "pode-se claramente entender Cinturões e Estradas como uma forma de política comercial estratégica, além de como uma política estratégica-estratégica pura e simples".
O Bruegel examinou o aspecto "comercial estratégico" da política em detalhe, contemplando os efeitos sobre o comércio internacional tanto da redução dos custos de transporte quanto da redução de barreiras comerciais, caso o aspecto de infraestrutura do Um Cinturão, Uma Estrada venha a ser acompanhados pela criação de uma área de livre comércio entre os países participantes.
O interessante é que a Europa se beneficiaria da infraestrutura mas sairia perdendo com o acordo de livre comércio, porque parte do comércio seria desviado. É fácil vislumbrar uma situação futura na qual a União Europeia veria uma negociação de livre comércio com a China como um imperativo mais forte, e portanto teria uma posição de negociação inferior àquela de que desfruta hoje.
Kadira Pethiyagoda, da Brookings Institution, trata da questão "estratégica" em si. O "objetivo de político externa dominante" da China, com a iniciativa Um Cinturão, Uma Estrada, é "atingir paridade estratégica com os Estados Unidos na Ásia e reordenar o ambiente de segurança do país a fim de garantir que sua ascensão não seja restringida".
A iniciativa Um Cinturão, Uma Estrada pode contribuir para isso em parte porque "os investimentos em infraestrutura da China são realizadas de forma tal que sua influência sobre o país recebedor é difícil de desalojar sem uma violação das normas econômicas mundiais". Pethiyagoda oferece o Sri Lanka como exemplo de país no qual uma mudança de regime não afetou em nada a posição chinesa.
Para perceber até que ponto vai o lado político da iniciativa, estude os planos que vazaram sobre o Corredor Econômico China-Paquistão, publicados recentemente pelo jornal paquistanês "Dawn". Como apontaram meus colegas do "Financial Times" em sua análise sobre o corredor econômico, esse projeto imensamente ambicioso despertou preocupações no Paquistão (e em outros lugares) em parte por conta do profundo envolvimento planejado para as alas industriais das instituições militares chinesas.
Nada disso precisa significar que o Um Cinturão, Uma Estrada seja má ideia –especialmente não para a China–, ou que a iniciativa seja um jogo no qual só um lado pode ganhar, e que o restante do planeta precisa combater. Mas significa, como argumentamos na semana passada, que o resto do mundo precisa entender a iniciativa como o plano geoestratégico que ela é, e que os países deveriam responder a ela de acordo com suas visões geoestratégicas.
Isso se aplica acima de tudo à ponta oposta do eixo que a China está tentando construir: os países europeus e a União Europeia  (MARTIN SANDBU - Finacial Times/Folhapress)

Mercado Financeiro
(Este espaço esta aberto para sua Empresa estar presente
junto aos nossos quase 6 mil leitores diários)
DivilgaImagem
Obtenha mais informações pelo e-mail assprevisite1@assprevisite.com.br

Bolsa em queda, dólar em alta
Incerteza política volta a pesar nos mercados e Bolsa cai 1,5%; dólar sobe
A indefinição política provocada pelas alegações envolvendo o presidente Michel Temer e pela avaliação de que o peemedebista perdeu o apoio necessário para aprovar as reformas voltou a pesar nos mercados nesta segunda-feira (22).
A Bolsa brasileira, que havia esboçado recuperação na sexta-feira (19) com a percepção de que os áudios gravados pelo empresário Joesley Batista com Temer não eram conclusivos, voltou a cair nesta segunda.
O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas do mercado brasileiro, caiu 1,54%, para 61.673 pontos.
No mercado cambial, o dólar comercial fechou em alta de 0,64%, para R$ 3,278. O dólar à vista teve avanço de 0,16%, para R$ 3,293.
Os mercados brasileiros tiveram outro dia de aumento da percepção de risco, após o presidente Michel Temer afirmar que renunciar seria uma admissão de culpa. Ele desafiou seus opositores: "Se quiserem, me derrubem".
Analistas do mercado temem que o presidente tenha perdido a base de apoio necessária para passar a reforma da Previdência, considerada crucial para equilibrar as contas públicas.
"À medida em que, com mais essa turbulência política, começa a se materializar uma perspectiva de adiamento das reformas, o mercado passa a rever as expectativas e fica claro que o país está se afastando de um equilíbrio fiscal", afirma Renan Silva, estrategista-chefe da BullMark, empresa de assessoria financeira.
Nesta segunda, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) admitiu que o cronograma da reforma deve sofrer atrasos, mas que a proposta passará mesmo se Temer não seguir no comando do país.
No entanto, isso não minimizou a percepção de risco do país. O CDS (credit default swap) do Brasil, espécie de seguro contra calote, teve alta de 0,62%, para 248,6 pontos. "O mercado já busca proteção no dólar e nos juros futuros para uma possível deterioração das condições do país. Isso afeta a Bolsa de valores, que opera com bastante volatilidade, e gera saída de recursos do Brasil", ressalta Silva.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados, com vencimento em julho próximo, recuaram de 10,544% para 10,530%. Os contratos com vencimentos mais longos subiram. O de janeiro de 2018 avançou de 9,670% para 9,730%.
Para tentar conter a valorização do dólar e dar proteção a empresas que precisam, o Banco Central aumentou sua intervenção e vendeu 40 mil contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).
O BC também vendeu todos os 8.000 contratos para a rolagem dos swaps que vencem em junho, que totalizam US$ 4,435 bilhões. Faltam ainda rolar US$ 2,435 bilhões desse total.
AÇÕES
Os papéis da JBS desabaram 31,34% nesta sessão e entraram em leilão várias vezes ao longo do dia, em um mecanismo que a Bolsa adota para proteger ativos de uma forte desvalorização.
A empresa teve a nota de crédito cortada pela agência de classificação de risco Moody's, que também colocou o rating da companhia no Brasil e nos Estados Unidos em revisão para novos rebaixamentos.
Além disso, um escritório de advocacia nos EUA disse que estuda processar a empresa por causa de prejuízos a investidores.
As ações da Petrobras fecharam em baixa nesta sessão. Os papéis mais negociados da empresa recuaram 1,62%, para R$ 13,40. As ações com direito a voto perderam 0,69%, para R$ 14,31.
No setor financeiro, as ações de bancos também caíram nesta segunda. As ações do Itaú perderam 1,97%, os papéis preferenciais do Bradesco se desvalorizaram 2,85% e os ordinários encerraram com queda de 1,71%.
As ações do Banco do Brasil tiveram baixa de 4,65%, e as units —conjunto de ações— do Santander Brasil caíram 1,30%.
A valorização do dólar beneficiou os papéis de exportadoras nesta segunda-feira. As ações da Embraer subiram 7%. Os papéis da Fibria se valorizaram 6,99%, os da Suzano ganharam 6,24% e os da BRF avançaram 6,06%. Os papéis da Klabin tiveram alta de 3,13%.
As ações da Vale também encerraram o dia com avanço. Os papéis mais negociados subiram 2,76%, para R$ 26,41%. As ações com direito a voto avançaram 2,46%, para R$ 27,92.  (Folhapress)

Dólar sobe e encosta em R$ 3,28 com temor sobre cena política
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, encostando em 3,28 reais, com os investidores temerosos com a cena política depois das denúncias que atingiram em cheio o presidente Michel Temer na semana passada e com as consequências sobre o andamento de reformas no Congresso Nacional, sobretudo a da Previdência.
O dólar avançou 0,59 por cento, a 3,2763 reais na venda, depois de fechar a semana passada com alta acumulada de 4,26 por cento.
Na máxima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,3197 reais e, na mínima, 3,2582 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.
"O maior risco para o mercado é Temer continuar e não ter governabilidade, não conseguir aprovar as reformas", afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. "Há ainda preocupação com eleição direta, por causa do risco de entrar algum partido que não dê prosseguimento às reformas", acrescentou ele.
Temer é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, em investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley Batista, do grupo JBS. Temer teve uma conversa gravada pelo empresário.
O STF só vai analisar o pedido do presidente para suspender o inquérito, que estava previsto para esta quarta-feira, após a conclusão de uma perícia na gravação. Ou seja, o inquérito continua correndo normalmente.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou mais cedo que o cronograma da reforma da Previdência deverá sofrer atraso em função da crise política, mas que acredita na aprovação da proposta mesmo se Temer não seguir no comando do país.
A ideia do governo é manter o cronograma de votações importantes no Congresso para mostrar que ainda respira e tem força, disseram fontes à Reuters.
"O cenário doméstico é de completa incerteza... A volatilidade nos mercados locais deve continuar", resumiu a Advanced Corretora em relatório.
O Banco Central deu continuidade à sua intervenção diante do nervosismo do mercado e vendeu nesta sessão todos os 40 mil novos swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares.
O BC também vendeu todos os 8 mil contratos para a rolagem dos swaps que vencem em junho, que totalizam 4,435 bilhões de dólares. Faltam ainda rolar 2,435 bilhões de dólares desse total.
O presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, disse que continuará monitorando o impacto das notícias da cena política nos mercados financeiros e atuando para mantê-los em plena funcionalidade. (Claudia Violante - Reuters)

Gestão, Produtos e Serviços
Mestra

FNQ inova
A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) lança  seu novo processo de reconhecimento - o “Melhores em Gestão®”,  uma total remodelagem do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ). A mudança vai muito além do nome do reconhecimento. “Nossa preocupação foi de trazer um modelo totalmente novo, mais inclusivo, mais abrangente e mais compatível com o cenário atual para as organizações, sem, no entanto, perder a robustez. Todas as organizações candidatas que superarem uma pontuação mínima  serão elencadas em uma publicação, intitulada “As melhores organizações em gestão” . Haverá maior visibilidade  para as  participantes e maior reconhecimento do mercado e da sociedade em geral. Não teremos mais a estratificação Summa cum laude, Magna cum laude, Premiada, Finalista e Destaque por Critério”, afirma Marcos Bardagi, gerente de Portófilo, Operações e Conhecimento da FNQ e coordenador do novo projeto. A FNQ já disponibilizou em seu portal  a publicação digital “Instruções para Candidatura”, voltada para as organizações que desejam participar do novo processo, que terá o primeiro ciclo realizado em 2017. Um dos principais objetivos do novo reconhecimento é facilitar a participação das organizações. Optou-se por uma abordagem direta, que dispensa a elaboração prévia de de relatórios, como o antigo Relato Organizacional (R.O.). Todo o processo será feito de forma digital, direto no portal da FNQ: desde o preenchimento do diagnóstico da gestão até o envio de documentação.  De acordo com o cronograma, de 3 de julho a 11 de agosto, as organizações poderão realizar suas inscrições diretamente no site da Fundação. As visitas às organizações, com duração de apenas 3 dias, ocorrerão entre outubro e novembro. A solenidade de reconhecimento acontecerá no primeiro trimestre de 2018.  (Abrapp/AssPreviSIte)

Destaque do Segmento de Saúde
Scam

Workshop ANS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar realizará o 10º Workshop Regional sobre Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças na Saúde Suplementar (Promoprev).
O encontro será em Brasília (DF) e é destinado a representantes de operadoras dos estados da região Centro-Oeste e empresas contratantes de planos privados de assistência à saúde.
O evento promoverá o diálogo e a troca de experiências visando qualificar a gestão em saúde desenvolvida pelas operadoras, através de um modo de produção de cuidado centrado nas necessidades dos indivíduos e, ao mesmo tempo, racionalizar os custos assistenciais. É primordial para o setor o desenvolvimento de estratégias sustentáveis de promoção de saúde que viabilizem uma mudança do atendimento essencialmente hospitalar para outras formas de cuidado com o paciente.
É importante que as operadoras elejam para participar do evento profissionais de sua equipe que lidem com gestão do cuidado e programas de promoção de saúde.
Serviço:
Data: 24/05/2017 (quarta-feira)
Horário: das 9h às 17h
Local: ANVISA (SIA – Trecho 5 – Lote 200 – Área Especial 57 – Bloco E – Brasília/DF)
Inscrição: eventos@ans.gov.br
Dados a serem informados no e-mail de inscrição:
nome do participante;
nome da operadora ou da empresa;
endereço eletrônico de contato.
Prazo para inscrição: até 19/05/17   (ANS)

Custos altos impactam consumidores e planos de saúde
FenaSaúde detalha motivos do reajuste dos planos individuais autorizado pela ANS
Os custos da área de saúde não param de crescer, por isso os reajustes dos planos de saúde continuam, ano após ano, bem maiores que a inflação geral, mesmo em um cenário de crise econômica que assola o país. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, nesta sexta-feira (19), o índice autorizado para o reajuste de planos de saúde individual e familiar, fixado em 13,55%, que atingirá cerca de 8 milhões do total de 47,5 milhões de beneficiários da saúde suplementar. De acordo com levantamento da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a despesa assistencial per capita, em 2016, foi de 19,17%. Por sua vez, o VCMH (Variação de Custo Médico Hospitalar) estimado foi de, aproximadamente, 20%, calculado em um conjunto de planos individuais, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar em 2016.
Para a FenaSaúde, a situação é prejudicial tanto para consumidores, que pagam mais caro por seus planos de saúde para terem acesso a assistência privada à saúde; quanto para as empresas de planos de saúde, que são obrigados a custearem a escalada de custo do serviço de saúde – com os atendimentos hospitalares e médicos –, a partir das mensalidades desembolsadas pelos consumidores. Mesmo em um cenário de queda do número de beneficiários (perda de 1,5 milhão em 2016), constatou-se o aumento do número de procedimentos médicos (exames, consultas, internações etc.) no mesmo período. Em 2015, foram realizados 759 milhões de exames e 267 milhões de consultas, em 2016, esses números saltam para 917 milhões e 301 milhões, respectivamente.
“Para comprovar a pressão de custo que atinge o setor, um exemplo é o teste Ergométrico Computadorizado, precificado em média de R$ 241,26. Em 2016, foram realizados mais de 3,8 milhões deste tipo de exame, aumento de 8% na comparação com 2015. Somente este crescimento (268 mil exames) representa um custo estimado de R$ 65 milhões nas despesas das operadoras”, explica Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde.
A executiva também ressalta que a cada dois anos há uma atualização do Rol de Procedimentos da ANS com novas inclusões para cobertura. Em 2016, por exemplo, foi incorporado a Enzalutamida, medicamento oral para o tratamento de câncer de próstata. O custo de um mês de tratamento com esse medicamento é de, aproximadamente, R$ 14 mil.
Outro fator que favorece o aumento dos custos no setor de saúde são as demandas de liminares judiciais. Exemplos: o medicamento Spinraza, sem registro na ANVISA, demandado para tratamento de distrofia muscular, com custo anual estimado de US 1 milhão para o primeiro ano de tratamento, mais US 300 mil anuais a partir do segundo ano de tratamento. Outro medicamento, Sovaldi (Sofosbuvir), com registro na ANVISA, destinado ao tratamento de hepatite tipo C, com custo de R$ 55 mil a R$ 80 mil a caixa com 28 comprimidos, sendo que o tratamento se estende por três meses. Ou seja, o custo apenas do medicamento para todo o tratamento fica entre R$ 165 mil e R$ 240 mil.
No ano passado, o aumento de preços de materiais, novas tecnologias, serviços hospitalares, medicamentos, honorários médicos, exames, entre outros, impactam a inflação do setor de saúde, em média, o dobro da inflação de preços. Para cada R$ 100 recebidos pelos planos de saúde, as empresas do setor gastam R$ 99,9 em despesas assistenciais, comerciais, administrativas e com impostos.
“As operadoras administram os recursos dos beneficiários para pagar todos os fornecedores da cadeia de saúde: médicos, hospitais, laboratórios, tecnologias, medicamentos obrigatórios, órteses etc. Estes agentes da saúde exercem pressão sobre os preços e não se submetem à avaliação e às regras estipuladas pela ANS. Toda essa complexa cadeia pressiona a alta dos custos, sendo uma das causas dos reajustes dos planos de saúde”, pondera a presidente da FenaSaúde.
A despesa assistencial per capita, pelos cálculos da FenaSaúde, cresceu 138,3%, de 2008 a 2016. Neste mesmo período, a inflação medida pelo IPCA foi de 65,8% e o reajuste autorizado pela ANS para os planos individuais foi de 104,2% acumulados no período. Não é de hoje que a FenaSaúde alerta para a necessidade de combate às causas que impactam o reajuste dos planos de saúde, em busca de oferecer o serviço para uma quantidade maior de pessoas. Governo e a ANS precisam avançar nas medidas para conter a expansão dos custos assistenciais.
Cinco fatores cruciais que impulsionam o reajuste:
· Aumento do uso dos procedimentos e recursos médicos, muitas vezes estimulado pelos próprios prestadores de serviço. Cabe examinar se há necessidade para tal ação que impõe ao paciente a realização de inúmeros exames.
· Modelo de remuneração dos prestadores de serviços médicos baseado na quantidade de procedimentos realizados. Ou seja, quanto mais pedidos de exames, consultas e diversos outros procedimentos maior será o retorno financeiro de médicos, hospitais, laboratórios etc.
· Desperdícios e fraudes dos recursos no sistema de saúde – por exemplo, na realização de cirurgias com uso de órteses e próteses sem a real necessidade clínica comprovada (Máfia das Próteses).
. Incorporação acrítica de novas tecnologias à lista obrigatória de procedimentos a serem cobertos pelos planos. Nesse caso, o avanço da tecnologia é positivo para o cuidado com a vida, mas é preciso analisar se a indicação tem um equilíbrio entre seu custo e sua efetividade, ou seja, se tal procedimento traz, de fato, um melhor resultado efetivo à coletividade em comparação aos já presentes na lista. Toda inclusão traz impacto – a longo prazo – ao valor das mensalidades dos planos, já que a inserção de procedimentos não decorre da substituição dos existentes anteriormente.
 .Impacto da carteira de clientes no reajuste dos planos de saúde: ou seja, perfis dos participantes; recorte etário desses beneficiários; distribuição geográfica dos planos; redes de prestadores de serviços médicos, se próprias ou credenciadas; entre outros aspectos.  (CQCS)


Home Page Oficial www.assprevisite.com.br
Melhor visualizado com resolução 800 x 600  - Clipping elaborado pela Equipe AssPreviSite - WebMaster - administrador@assprevisite.com.br
As matérias contém informações criadas, publicadas, mantidas ou anunciadas por organizações sem conexão com o AssPreviSite.
Não endossamos nem atestamos quaisquer informações, produtos ou serviços contidos em tais edições, realizando apenas o papel de agregar as notícias, disponibilizadas na Internet,  de interesse dos profissionais atuantes nos segmentos de Previdência Complementar e Oficial.
Material de uso exclusivo interno nas entidades cadastradas no AssPreviSite.
Contatos, sugestão de pauta e matérias: encaminhar para o e-mail
assprevisite1@assprevisite.com.br