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Previdência - Clipping de Notícias - 20.01.2010
Notícias dos principais jornais sobre o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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O Dia da Previdência - Nossa Leitura

Uma postura voltada ao fomento do sistema:  Educação Financeira e Previdenciária.  Várias entidades já estão adotando uma nova postura perante seus participantes (ativos e assistidos) e os próprios colaborares da(s) patrocinadora(s) - preparo, desenvolvimento e formação de uma nova geração de participantes para o sistema.  O AssPreviSite possui uma “expertise” que pode se alinhar e alavancar as ações das EFPCs através de uma parceria que atende aos três níveis de atuação dos programs de educação financeira e previdenciária estabelecidos na instrução da SPC: informação, instrução e orientação.   Experimente este excelente material para apoio ao seu processo de Educação Previdenciária.  Solicite mais informações e uma demonstração através do e-mail assprevisite1@uol.com.br

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,7700, com alta de 0,17% em relação ao fechamento de segunda-feira.  Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a terça-feira em alta de 0,73%, com o volume financeiro no patamar de R$ 5,59 bilhões.  Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou o dia em alta de 1,09% e a Nasdaq subiu 1,42%.

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EducPrevid


Sistema de Previdência Complementar,
Atos de gestão e o dia a dia das Entidades

BB Previdencia

Fundos de pensão são opção de investimento
Menos populares, entidades fechadas de previdência vêm crescendo de modo consistente
As entidades fechadas de previdência complementar, chamadas de fundos de pensão, também abrigam uma parcela significativa de contribuintes que terão complementaridade em suas aposentadorias. Elas também têm registrado crescimento consistente nos últimos anos, embora o número de novos entrantes no sistema não cresça a passos largos - em setembro, o mercado registrava pouco mais de 1,9 milhão de participantes ativos - a carteira de investimentos somava R$ 474,5 bilhões. "Além da própria rentabilidade dos investimentos, os contribuintes não deixam de fazer aportes, o que ajuda no crescimento do mercado", afirma José Ribeiro Pena Neto, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
O melhor benefício
O executivo, que também é diretor da Forluz (fundo de pensão dos funcionários da Cemig e suas subsidiárias), explica que o processo de abertura de um novo fundo de pensão é complexo, além de as empresas não fazerem grandes contratações. "A Abrapp sempre procura mostrar às empresas que oferecer um fundo de pensão a seus funcionários é o melhor benefício. Mas também sabemos das dificuldades. Por isso sempre recomendamos que a companhia interessada faça um estudo antes de criar um plano complementar de aposentadoria", diz
Nesse sentido, os fundos instituídos - fundos de entidades de classe, conselhos de profissionais liberais, sindicatos e cooperativas - têm desempenhado papel fundamental. "Os fundos instituídos têm conseguido apresentar crescimento em número de participantes. Por ser um segmento relativamente novo - com apenas cinco anos de existência - ainda apresenta um enorme potencial de crescimento. Alémdisso, esses fundos contam com gestores externos, o que reduz os gastos", ressalta Neto.
Educação financeira
A Abrapp também está engajada na questão da educação previdenciária. "As pessoas precisam saber que passada uma certa idade _ entre 30 e 35 anos _, fica difícil acumular recursos suficientes para manter seu atual padrão financeiro. Além disso, as pessoas esquecem que seu padrão de vida será maior com mais idade quando comparado com o início da vida profissional", pondera o vice-presidente da associação.
O Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec) conta inclusive com um capítulo referente à educação financeira e dentro dele será abordada a educação previdenciária. "Atualmente o projeto está no patamar de como a iniciativa privada vai contribuir", explica o vice-presidente da entidade. A Abrapp apoia igualmente as entidades que têm ou querem ter projetos próprios de educação financeira.  (Vanessa Correia - Brasil Econômico/CQCS)

Uma nova cultura para o sistema
Os fundos de pensão foram chamados para uma importante decisão do sistema:  estruturar um programa de educação financeira e previdenciária para seus participantes.  A SPC, Entidades Associativas e os Profissionais do Sistema buscam uma nova, oportuna e necessária postura - preparo, desenvolvimento e formação de uma nova geração de participantes dos planos de benefícios.
Além de uma melhoria na cultura previdenciária e do perfil de entendimento de seus participantes sobre o sistema de previdência complementar, a legislação, as entidades e as características que envolvem os planos de benefícios, esta ação favorece também a formação e o desenvolvimento de um perfil para uma melhor representatividade destes junto aos conselhos das EFPCs.
Os ganhos de se ter um participante melhor preparado e informado são imensuráveis.
Conte com o AssPreviSite para realizar o primeiro nível deste estratégico processo - INFORMAÇÃO: a oferta de um conteúdo diário, dinâmico e específico que estimula e motiva ainda mais a leitura e envolvimento dos participantes com toda a temática objeto da educação financeira e previdenciária.
Confira aquilo que podemos agregar para os instrumentos de comunicação do seu programa, veja a estratégia e a interessante abordagem para os temas que são fundamentais para este processo formativo.  Solicite informações através do e-mail assprevisite2@terra.com.br  (AssPreviSite)

Valia investe mais em imóveis e ações
Em 2010, imóveis, ações de empresas novas na Bolsa e fundos voltados para governança, infraestrutura e FIDCs serão os alvos principais do plano de investimento estratégico do Valia, fundo de pensão dos funcionários da mineradora Vale do Rio Doce. Quinto no ranking dos fundos de previdência fechada do país, com patrimônio consolidado de R$ 11,8 bilhões, em 2009, o Valia projeta ampliar de 3,69% para 6% de seu patrimônio a fatia de investimentos em imóveis comerciais. Também pretende avançar de 30,06% para 36% nos negócios de renda variável, com prioridade para papéis de empresas de commodities, varejo e bancos, disse Eustáquio Lott, presidente da fundação.
Apesar de apostar na tendência em longo prazo da queda do juro básico, o fundo ainda aplica 61,99% de seu patrimônio consolidado em títulos de renda fixa do Tesouro, concentrados em papéis longos, com cupom médio na faixa de 9% ao ano, informa Maurício da Rocha Wanderley, diretor de Investimento da fundação.
Wanderley acredita que um cenário de queda do juro básico, atrelado a uma economia aquecida, vai criar boas oportunidades para a fundação investir, também a partir deste ano, em títulos privados de renda fixa, com destaque para CDBs, debêntures e FIDCs. Por conta desta perspectiva favorável, Lott e Wanderley não pretendem alterar a meta atuarial da Valia, de INPC mais juros de 6% ao ano. "Nós acreditamos que com uma carteira de títulos longos, aliada a boas perspectivas na renda variável, vamos manter a rentabilidade real da Valia acima da rentabilidade atuarial de INPC mais 6%", previu Wanderley. O importante, diz o economista, é que os ganhos garantam o pagamento da aposentadoria dos 20 mil aposentados da fundação abrigados nos seus quatro planos: o mais antigo deles, de benefício definido (BD), que responde por R$ 8,8 bilhões do patrimônio total do fundo; o Valia Mais, a Valia Previ e FCA (Ferrovia Centro-Atlântica); e o de contribuição definida (CD) que acumula R$ 3 bilhões do patrimônio total.
Os bons números do balanço da Valia em 2009, com destaque para um superávit de R$ 2 bilhões no ano, fortalecem as expectativas otimistas dos dirigentes do fundo em relação ao retorno dos investimentos. A fundação da Vale encerrou o ano com rentabilidade consolidada de 24,52%. Desagregado este número, o setor campeão de rentabilidade no ano passado foi a renda variável, com rentabilidade de 70,07%. O setor imobiliário deu retorno de 23,74% e a renda fixa, de 11,29%. A rentabilidade média acumulada no período 2001 a 2009 fechou em 20,85% na média 2001 a 2009, com renda variável se destacando com 31,28% e renda fixa com 17,43%.
A carteira de ações da Valia soma hoje R$ 3,6 bilhões, sendo a maior alocação no Plano de Benefício Definido (BD). A maior participação acionária deste portfólio é a participação da Vale, correspondente a R$ 985 milhões ou 31,44% do portfólio da instituição de previdência fechada.
Com performance incomum no ano que passou, o investimento em renda variável foi o grande parte responsável pela recuperação da Valia no pós-crise. Segundo Eustáquio Lott, no primeiro semestre de 2009, ainda durante a crise que derrubou os mercados, a Valia viu seu patrimônio recuar de R$ 10,5 bilhões para R$ 9,6 bilhões em outubro de 2008. Para brecar e recompor as perdas, a fundação optou por investir em ações aproveitando o momento de queda das bolsas. "Aplicamos R$ 700 milhões em renda variável na baixa dos mercados e tivemos uma rentabilidade neste investimento de 53,3% no final do ano passado", relatou Lott.
Na ocasião, a Valia comprou papéis de ações de setores novos no mercado, como os da construtora JHS, da empresa de saúde e diagnóstico DASA, da BR Mall´s, da área de shoppings, da GPI Investimentos, e ainda aportou R$ 340 milhões na chamada de capital da Brasil Food´s, o que lhe rendeu uma participação de 4,8% na empresa resultante da fusão da Perdigão com a Sadia.
"Devido ao sucesso da nossa estratégia na crise, pretendemos crescer em renda variável e vamos participar da maioria dos IPO´s ( sigla em inglês para abertura de capital de empresas na bolsa) da Bovespa", destacou o CEO da Valia.
Outro nicho de negócios em que a fundação está apostando firme é o de fundos de private equity, com destaque para os fundos de infraestrutura. "Não tenho dúvida de que este é um setor que vai ´bombar´ nos próximos anos, dadas as perspectivas de crescimento forte da economia brasileira", disse Lott.
No momento, a Valia participa do InfraBrasil, gerido pelo Santander, que concentra 55% em empresas do setor de energia. Ao todo, o fundo está presente como cotista em cinco fundos de participações (FIPs), com compromisso de aporte de R$ 270 milhões, correspondente a 9,5% do patrimônio total dos fundos de R$ 2,8 bilhões.
Em relação ao patrimônio consolidado da fundação em dezembro de 2009, os investimentos já aportados em FIPs somam R$ 151,9 milhões ou 1,35% do patrimônio líquido. A meta da Valia é atingir 5% do patrimônio em investimentos desta natureza.
No quesito investimento estrangeiro, o fundo dos empregados da Vale está reticente, como a maioria das fundações fechadas. Mas considera que é um segmento mais interessante para o longo prazo. Por isso, optou por fazer um estudo buscando alternativas de diversificação das aplicações no longo prazo. "O Brasil está oferecendo mais oportunidades no momento, por isto não estamos vendo nada lá fora para 2010", informou o diretor de Investimento da Valia.   (Vera Saavedra Durão e Janes Rocha - Valor Online)

Funcef: Regulamento das Eleições 2010
O Conselho Deliberativo (CD)  aprovou o Regulamento das Eleições FUNCEF 2010 que serão realizadas de 26 de abril a 6 de maio. Serão preenchidas três vagas para a Diretoria Executiva, quatro para o Conselho Deliberativo (duas para membros titulares e duas para suplentes) e duas para o Conselho Fiscal (uma para titular e outra para suplente). A instalação da Comissão Eleitoral se dará em 22 de fevereiro e será composta por cinco membros, sendo três indicados pelo CD, um pela FUNCEF e um pela CAIXA.
Todas as informações sobre a votação de participantes ativos e assistidos serão divulgadas oportunamente pela Comissão Eleitoral e estarão disponíveis no site da FUNCEF. O resultado do pleito será divulgado dia 7 de maio, com a proclamação da chapa vencedora. Os eleitos tomarão posse em 1º de junho de 2010.
Chapas - As inscrições das chapas devem ser feitas no período de 1º a 12 de março de 2010, das 10h às 17h, na sede da FUNCEF, em Brasília. Poderão se candidatar participantes e assistidos que cumpram as exigências do Estatuto da Fundação e do Regulamento das eleições (Leia regulamento).
Um dos requisitos é ter completado dois anos de inscrição na FUNCEF (contados regressivamente de 12 de março de 2010) e ter exercido, nos últimos cinco anos, dois anos de experiência nas áreas  financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização, atuarial ou de auditoria. A Comissão divulgará, em 12 de março, a relação das chapas inscritas.  A divulgação das chapas homologadas ocorrerá até 14 de abril.
A eleição de representantes dos associados nos órgãos estatutários da Fundação representa um avanço na história da FUNCEF, pois garante paridade  administrativa e traz mais transparência ao fundo de pensão. A democratização no processo de governança é uma antiga  reivindicação dos participantes.   (Funcef/AssPreviSite)

Previ: Número de telefone para votação
O número de telefone a ser utilizado por assistidos e demais participantes na votação a ser realizada  de 17 a 27/5, será o 0800-729-0808.  O número havia sido divulgado com um algarismo errado (728 ao invés de 729). O número foi corrigido poucas horas após a sua divulgação, mas algumas entidades que reproduziram a notícia nas horas iniciais após a publicação involuntariamente replicaram o número incorreto.
Para votar pelo 0800 será necessário utilizar a senha cadastrada na PREVI, a mesma senha de seis dígitos utilizada para acessar o Autoatendimento do site. Participantes em atividade no Banco do Brasil, na PREVI, Cassi e Fundação Banco do Brasil, em afastamentos regulamentares ou em quadro suplementar, votam pelo Sisbb.  (Previ/AssPreviSite)

Visão Prev: Dia dos Aposentados
Entidade marca sua participação no evento da ABRAPP para o Dia dos Aposentados
No dia 22 de Janeiro a Visão Prev levará dois de seus participantes para serem homenageados no evento organizado pela ABRAPP referente ao Dia dos Aposentados (24 de Janeiro).
O evento que ocorrerá na Academia Brasileira de Letras no teatro Raimundo Magalhães Jr, no Rio de Janeiro, contará com a participação de diversas entidades e tem como objetivo homenagear os aposentados e ressaltar a importância da Previdência Complementar para o país.
A Visão Prev comparecerá representada por um dirigente, que efetuará a entrega de um brinde e homenageará os seus participantes.  (Visão Prev/AssPreviSite)

Serpros: Cota do PS-II tem nova variação positiva
No mês de dezembro a rentabilidade da cota do plano PS-II teve uma variação positiva de 0,75% e o acumulado de 2009 chegou a 21,91%.
Se compararmos mais uma vez o rendimento do SERPROS com os principais referenciais do mercado financeiro, fica constatado o ótimo desempenho dos investimentos do Fundo em 2009.
O ano de 2008 foi marcado pela crise do mercado financeiro mundial o que gerou incertezas para o futuro das aplicações. Mas o País recuperou-se rápido e o SERPROS soube aproveitar as oportunidades que surgiram nesse período, sem abrir mão dos investimentos seguros da sua carteira de médio e longo prazo.
Neste mês, o resultado médio dos fundos de investimento de Renda Fixa do mercado registraram rentabilidade em torno de  9,8% no ano, para os fundos DI, que estão atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
A poupança teve uma remuneração acumulada de 6,92% para o dinheiro aplicado.
A Meta atuarial dos Planos de Benefícios do SERPROS, estabelecida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + 6% ao ano, tem como objetivo definir a rentabilidade mínima necessária dos investimentos do Fundo para garantir o cumprimento dos seus compromissos futuros. Em 2009 a meta atuarial alcançou o resultado de 10,42 % enquanto que a rentabilidade da cota no mesmo período foi de 21,91%.
Conforme dito anteriormente, esse percentual superou, além da meta atuarial, os demais índices de Renda Fixa do mercado financeiro.
A variação da cota do PS-II leva em consideração o retorno dos investimentos em renda fixa, renda variável, imóveis e operações com os participantes, deduzidos os respectivos custos administrativos. Os resultados oscilam de acordo com o comportamento dos mercados e a contabilização dos ativos.
No portal do SERPROS, na opção - investimentos, relatório gerencial de investimentos (RGI) - também estão discriminadas as alocações e provisões adequadas à política de investimentos traçada pelo Conselho Deliberativo.
No desempenho acumulado no ano de 2009, a rentabilidade da cota do PS-II foi superior à variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), da caderneta de poupança e da meta atuarial, estabelecida pelo INPC + 6% ao ano.
Desde a criação do PS-II no ano de 1999, a rentabilidade da cota superou as aplicações em Caderneta de Poupança e a meta atuarial do Plano.   (Serpros/AssPreviSite)

Bungeprev: Rentabilidade chega a 17,26%
A rentabilidade dos investimentos da Bungeprev alcançou no período de janeiro a novembro do ano passado, 17,26%, o que representa 189,5% do CDI e 539% da referência atuarial.
As aplicações dos recursos são realizadas por gestores, através dos  fundos exclusivos: o BNP Paribas alcançou uma rentabilidade de 17,59% e o Itaú, 16,93%. Os empréstimos renderam 17,23% no período.   (Aldo Antonio Schmitz - Bungeprev/AssPreviSite)

Banesprev: Eleição do Comitê Gestor do Plano V
Conforme Regulamento da Eleição do Comitê Gestor do Plano V, o Banesprev informa que o prazo para a votação encerrou-se na segunda-feira (dia 18), às 18h00. Portanto, serão recepcionados os votos até o dia 21/01/2010, às 18h00, desde que postados até o dia 18/01/2010.  (Banesprev/AssPreviSIte)

OABPrev-SP: 20 mil participantes
A OABPrev-SP adentra 2010 exibindo dois números emblemáticos: 20 mil participantes e patrimônio superior a R$ 70 milhões. A entidade, criada pela OAB-SP e pela CAASP (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo) e em atividade desde março de 2006, constitui o fundo fechado de previdência instituído que cresce em ritmo mais acelerado no Brasil, reunindo advogados e estagiários inscritos nas seccionais da OAB de São Paulo, Amazonas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte.
“A evolução do nosso plano de benefícios é muito gratificante e revela que, aos poucos, estamos alcançando nosso maior objetivo: conscientizar o advogado da importância de pensarmos no futuro, de adquirirmos a chamada cultura previdenciária”, afirma o presidente da OABPrev-SP, Arnor Gomes da Silva Júnior, que é também vice-presidente da CAASP.
Investimentos - Nos próximos dias será anunciada a política de investimentos da OABPrev-SP para 2010. As aplicações serão flexibilizadas e ganharão contornos mais arrojados, de forma a se obter maior rentabilidade. Segundo analistas do setor, a tendência para este ano é que fundos conservadores elevem o grau de risco de seus investimentos, já que o cenário econômico apresenta-se favorável. Especialistas projetam para o fundo dos advogados acumulação de cerca R$ 22 milhões no ano.
Conforme a Resolução 3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a política de investimentos dos fundos de previdência instituídos deve contemplar limites de alocação de recursos por segmento de aplicação. Hoje fixadas em 5% do seu patrimônio, por decisão de sua Diretoria e de seu Conselho Deliberativo, as aplicações da OABPrev-SP em renda variável (ações) poderão ser elevadas para até 20%. O teto estipulado pelo CMN para esse segmento é 70%. (Diário dos Fundos de Pensão)

Fundos: Opportunity e CVM
Histórico do Opportunity dificulta acordos com CVM
O histórico de casos de investigações envolvendo o Banco Opportunity tem dificultado o encerramento, por meio de acordos, de processos administrativos sancionadores que correm na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em três casos votados no fim de 2009, que envolvem as disputas antigas do banco com fundos de pensão, o colegiado da autarquia rejeitou propostas de termos de compromisso apresentadas pelo Opportunity ou por pessoas ligadas à instituição, que previam o pagamento total de R$ 1,24 milhão ao regulador.
Essas disputas já foram inclusive finalizadas na prática por acordo entre as partes, mas isso não suspende o processo de investigação da autarquia. Entre os motivos para a rejeição das propostas aparecem a gravidade das supostas infrações e também os antecedentes dos acusados.
O diretor Eli Loria fez questão de apresentar manifestação sobre seu voto para deixar claro esse ponto sobre o histórico dos proponentes, listando os demais processos em que eles estariam envolvidos, seja com condenação ou absolvição - sendo que alguns ainda não tiveram julgamento final.
Sem falar do caso específico, o chefe da Procuradoria Federal Especializada da CVM, Alexandre Pinheiro dos Santos, explica que, ao analisar propostas de termo de compromisso, a autarquia tem como primeiro critério a avaliação da oportunidade e da conveniência de se encerrar o processo por meio de acordo, tendo como pano de fundo o interesse público da celebração desse termo.
O antecedente do acusado aparece como um dos pontos que devem ser pesados pela área técnica e pelo colegiado na hora de se chegar a essa conclusão. Mas não é o único. Segundo o artigo 9 da Deliberação nº 390 da CVM, que regulamenta o assunto, outros aspectos que devem ser observados são: a natureza e a gravidade das infrações objeto do processo e a efetiva possibilidade de punição.
Nesses casos recentes, os comitês de termo de compromisso (cujos integrantes são técnicos do regulador) recomendaram a aceitação do acordo. Já quando o assunto foi para o colegiado, que tem a palavra final e é formado pelos quatro diretores e pela presidente da CVM, a oferta foi rejeitada.
Quando se chega a um consenso para o termo de compromisso, o acusado costuma pagar um valor em dinheiro para o regulador, mas não assume culpa ou responsabilidade pelo fato investigado.
Procurado para comentar o caso, o Opportunity, por meio de nota, fez questão de ressaltar esse ponto, de as propostas de acordo não reconhecerem a culpabilidade, dizendo que a decisão de apresentá-las reflete "uma análise do custo e do tempo envolvendo processos dessa natureza". Sobre o voto desfavorável nos três casos, o banco diz que "propostas (de termos de compromisso) são rejeitadas e aprovadas pelo colegiado, no curso normal de suas atividades".
Nos três processos analisados, a Procuradoria Federal Especializada da CVM aceitou a argumentação dos acusados de que não haveria mais prejuízo individualizado a indenizar, já que todos os casos envolviam disputas entre o Opportunity e os fundos de pensão e que essas pendências teriam sido resolvidas com a assinatura de um acordo de quitação recíproca assinado entre as partes em abril de 2008, por ocasião da venda da Brasil Telecom para a Oi. A indenização de prejuízos é um dos pré-requisitos para os termos de compromisso.
Apesar de reconhecer a validade desse acordo, a autarquia entende que isso não significa o fim do processo administrativo no âmbito da CVM, seja pelos danos difusos que as práticas supostamente ilegais teriam causado ao mercado como um todo seja pelo interesse de usar o exemplo para coibir condutas assemelhadas no futuro.
"O fato de não haver indenização significa apenas que já se supriu uma condição. Mesmo assim o colegiado tem de julgar se é oportuno, conveniente e de interesse público suspender o processo com termo de compromisso", explica Santos, dizendo que a decisão sempre será discricionária.  (Fernando Torres - Valor Online)

Fundos: Usina de Belo Monte
Camargo Corrêa e Odebrecht se unem para disputar usina no Rio Xingu
As rivais Camargo Corrêa e Odebrecht se uniram para disputar a concessão da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará. A hidrelétrica será a terceira maior do mundo e a segunda do Brasil, ficando atrás apenas de Itaipu.
Inicialmente formado pelas duas empresas, o consórcio deve ganhar outros investidores, como fundos de pensão, empresas elétricas e grandes consumidores de energia. Podem fazer parte do grupo o Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa), a Cemig e até a Braskem, empresa do grupo Odebrecht. Esses acordos estão em fase de negociação.
Durante o leilão das usinas do Rio Madeira, a última grande disputa do setor elétrico, as duas empresas tiveram atritos por causa de um contrato de exclusividade entre os fabricantes de equipamentos e a Odebrecht. Parte do consórcio concorrente, a Camargo Corrêa levou o caso à SDE (Secretaria de Direito Econômico), que suspendeu a exclusividade dos contratos. O caso terminou após ultimato do governo.
Com 11.233 megawatts (MW) de potência, a mega hidrelétrica custará em torno de R$ 16 bilhões e espera-se que entre em operação em 2015. O governo espera que haja, ao menos, dois grupos para disputar o leilão da usina. Entretanto, ainda é necessário aguardar a licença ambiental, que ainda não saiu.     (Agência Estado)

Fundos: Odebrecht-Camargo desequilibra leilão
A parceria entre a Odebrecht e a Camargo Corrêa para participar do leilão da hidrelétrica Belo Monte, do Rio Xingu (PA), deve provocar um desequilíbrio de forças entre os consórcios. Para especialistas do setor, a união entre as duas construtoras faz surgir um grupo muito forte, que deverá exigir que o governo atue para garantir a forte competição pelo ativo. "Esse consórcio é muito forte. Por serem grupos estruturados, a competitividade é enorme", afirma o coordenador do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro.
Com o anúncio do acordo entre as empresas, ao que tudo indica, o leilão de Belo Monte será disputado por dois consórcios: um liderado por Camargo Corrêa e Odebrecht e outro conduzido pela construtora Andrade Gutierrez. Agora, a dúvida recai sobre quais investidores entrarão em parceria com esses dois grupos.
Anteriormente, um consórcio que se formava para a disputa era constituído por Neoenergia, Vale e CPFL Energia, esta controlada pela Camargo. O grupo foi apelidado de "consórcio Previ", já que o fundo de pensão tem participação relevante nas três empresas.
Dada a magnitude da hidrelétrica, cujo investimento varia entre R$ 16 bilhões e R$ 30 bilhões, segundo estimativas do governo e do setor privado, é natural que a Odebrecht e a Camargo se juntem para a disputa da concessão, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução em Energia (Abiape), Mário Menel. A associação permite que as empresas compartilhem os riscos da usina, que será a maior hidrelétrica 100% brasileira, com 11 mil MW de capacidade e com um volume de escavações superior ao do Canal do Panamá. "A associação entre as duas principais construtoras complica para o outro consórcio. É pouco provável que a Andrade Gutierrez tenha capacidade financeira para suportar todos os riscos do projeto", avalia o executivo.
No consórcio com a Andrade, é provável que entre a Cemig. Isso porque a construtora está prestes a adquirir a participação da Southern Eletric Brasil (SEB), que tem como um dos acionistas a americana AES, na estatal mineira. Segundo Menel, a Andrade Gutierrez poderia atrair outras construtoras nacionais para o grupo, como a Queiroz Galvão e a OAS. "Aí temos o problema de governança. Se para um acordo envolvendo Odebrecht e Camargo Corrêa deve ser complicado, imagina para o consórcio com várias construtoras", argumentou.
RISCOS. Os principais riscos de Belo Monte são as obras dos canais, que demandarão grandes escavações de terra e rocha, e as condicionantes para a mitigação dos impactos ambientais, que ainda não foram definidos. "As lideranças indígenas não estão satisfeitas, e estão se mobilizando dentro e fora do País", acrescentou o executivo.
Inicialmente, o temor do Ministério de Minas e Energia (MME) era de que apenas um consórcio fosse formado para o leilão. Tanto que o governo atuou para desfazer o grupo único que se formava para a disputa, que era constituído pela CPFL, pela Cemig, pela Neoenergia e pela Tractebel. Por isso, o diretor-executivo da Andrade & Canellas, Silvio Areco, acredita que mais uma vez o governo terá um papel decisivo para garantir a competição. "O governo olhará para essas movimentações e dará um sinal para garantir um equilíbrio entre os consórcios", justificou.
Nesse contexto, o papel do grupo Eletrobrás pode ser decisivo. De acordo com De Castro, a tendência nesse leilão é de que as controladas da holding federal entrem em cada consórcio. "A controlada que estiver no consórcio vencedor repassará a participação à Eletrobrás. Essa é a diretriz da empresa", disse o especialista.
No ano passado, o Gesel-UFRJ produziu um estudo, a pedido da Eletrobrás, sobre qual modelo seria mais eficiente para o grupo para a disputa dos leilões de geração e transmissão: disputar com as subsidiárias ou com a holding. Apesar de reconhecer a força de um consórcio envolvendo a Camargo Corrêa e a Odebrecht, o coordenador do Gesel ponderou que isso não significa que o grupo já pode ser considerado o favorito na disputa por Belo Monte. "O jogo ainda não acabou. Alguns grupos ainda não se posicionaram", disse Nivaldo de Castro. A Suez, controladora da Tractebel, não estaria em nenhum grupo ainda.
Outro ponto a verificar é como se dará a participação dos autoprodutores (indústrias que são grandes consumidoras de energia) nos consórcios. Diferentemente do que ocorreu nas usinas do Rio Madeira, é pouco provável que ocorra uma assimetria de informações entre os investidores. Isso porque a Andrade Gutierrez, a Odebrecht e a Camargo Corrêa desenvolveram os estudos da hidrelétrica, juntamente com a Eletrobrás.  (WELLINGTON BAHNEMANN - Agência Estado/Jornal do Commercio Brasil)

Fundos: Após crise, Vale volta a contratar
De olho no crescimento da demanda mundial por minério de ferro, a Vale já começou a recontratar funcionários demitidos durante a crise mundial deflagrada em setembro de 2008, que provocou uma forte retração nas compras de insumos básicos. Cerca de 300 empregados foram contratados no final de 2009 e a empresa prevê que "milhares" de postos de trabalho sejam reabertos este ano. "Toda a cadeia de mineração está em processo de recontratação. A gente também já tem feito recontratações", disse o diretor executivo de Ferrosos da empresa, José Carlos Martins.
Para se ajustar ao cenário de crise, a companhia chegou a dispensar quase 2 mil funcionários, o que colocou a Vale na mira do governo. O próprio presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, passou a criticar publicamente o modelo de gestão adotado pela empresa. O armistício só veio no final do ano, quando a Vale anunciou um investimento recorde para 2010, de cerca de US$ 13 bilhões.
Hoje, com um quadro bem diferente, a Vale espera retornar aos níveis pré-crise. Segundo Martins, a companhia caminha para atingir um patamar de vendas de 300 milhões de toneladas, volume próximo ao de sua capacidade instalada, que é de 310 milhões de toneladas. "Vamos ficar acima de 2008 e podemos até superar", previu. Em 2008, as vendas somaram 280 milhões de toneladas.
O cenário de demanda mais aquecida, segundo ele, deixa as mineradoras em uma situação confortável este ano para negociar o preço do minério de ferro que será fornecido este ano em contratos de longo prazo.  (Mônica Ciarelli - O Estado de S.Paulo)

Fundos: Venda voltára  a nível pré-crise, diz Vale
A Vale projeta que neste ano poderá retomar os níveis de venda de minério de ferro de 2008, da fase pré-crise, quando embarcou 280 milhões de toneladas. Segundo o diretor de ferrosos da Vale, José Carlos Martins, dependendo do desenvolvimento da produção, a quantidade pode ser superada. Ele disse que, com a alta da demanda, a empresa tem contratado. No fim de 2008, a Vale chegou a demitir 1.300 funcionários.  (Folha de S.Paulo)

Fundos: Petrobrás não consegue atingir meta
A Petrobrás confirmou ontem que não conseguiu atingir a meta de produção nacional de petróleo prevista para 2009, que era de 2,1 milhões de barris por dia. Segundo comunicado oficial, a produção de petróleo da companhia no Brasil fechou o ano com uma média de 1,97 milhão de barris por dia. Embora tenha ficado abaixo da meta, o volume representa um crescimento de 6,25% em relação ao ano anterior.
Somando suas atividades internacionais, a estatal extraiu uma média de 2,525 milhões de barris de petróleo e gás por dia em 2009, crescimento de 5,22% em relação a 2008. O aumento foi provocado pela conexão de novos poços a plataformas gigantes no Brasil, como P-52 e P-54, além do início da operação do campo de Akpo, na Nigéria, entre outros projetos de menor porte.
No Brasil, a companhia já esperava dificuldades em atingir a meta de produção nacional estipulada para o ano. Em entrevista recente, o diretor de exploração e produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, admitiu que a meta não seria cumprida mas comemorou o crescimento da produção. A produção máxima foi atingida em setembro: 2,003 milhões de barris por dia.
Em dezembro, porém, houve queda de 0,19% no volume de petróleo extraído no Brasil, para 1,987 milhão de barris por dia. Já a produção nacional de gás subiu 0,61% ante o mês anterior, atingindo 50,98 milhões de metros cúbicos por dia.   (Nicola Pamplona - O Estado de S.Paulo)

Fundos: JAL pode beneficiar a Embraer
Para analistas, a Embraer e a Mitsubishi Heavy podem se beneficiar com a concordata da JAL, depois que a companhia aérea japonesa reformular sua frota com aviões menores e de consumo mais eficientes de combustível. A JAL planeja aposentar todos os seus 37 Boeings 747-400 e todos os seus MD-90 para trocá-los por aviões menores. A redução do tamanho da maior companhia aérea do Japão em receita pode gerar novas encomendas à Embraer e possivelmente ajudar o projeto de jato regional da Mitsubishi a sair do chão, afirmaram analistas.
A JAL já é cliente da Embraer. A empresa japonesa já recebeu da Embraer seis aviões modelo 170 e tem pedidos firmes em carteira para mais quatro aviões. A Embraer aguardava ontem o posicionamento da JAL em relação ao acordo.  (Reuters/O Estado de S.Paulo)



Órgãos, Associações e Instituições do Segmento

Abrapp: Comissões Técnicas em 2010
O ano começa com as comissões técnicas mostrando a sua força.  Várias já agendaram reuniões para janeiro: a Comissão Técnica Regional Nordeste de Contabilidade (21), a Ad Hoc do Sistema SIND (27) e a Comissão Técnica Nacional de Tecnologia da Informação (27). A Comissão Técnica Regional Sudeste de Governança já se reuniu no último dia 14.
Vistas como núcleos de competência de nosso sistema, até porque reúnem muitos dos melhores quadros profissionais das associadas, as comissões oferecem o ambiente adequado para que frutifique uma sempre útil troca de ideias e experiências.
No ano passado as comissões técnicas nacionais realizaram 70 reuniões, das quais participaram os 171 membros das CTNs. No mesmo período as regionais, com seus 316 participantes, reuniram-se 65 vezes.
Nova comissão – E novas comissões não param de surgir. Na próxima terça-feira, dia 26, encerra-se o prazo para que as associadas mineiras façam as suas indicações para a composição da recém criada CTR Leste de Comunicação e Fomento. Até agora foram apontados cinco nomes, faltando assim três para que seja alcançado o número mínimo de membros.  (Diário dos Fundos de Pensão)



Notícias de Interesse do Segmento Previdenciário

CM solucoes

Previdência, 87 anos
Os sistemas de previdência existentes no Brasil têm obtido resultados expressivos nos últimos tempos. No setor privado – lucrativo - a captação do mercado de previdência aberta, vinculado a instituições financeiras, alcançou R$ 33,2 bilhões entre janeiro e novembro de 2009, 21,3% a mais que o obtido no mesmo período de 2008. A carteira de investimentos do setor - ativos que garantem as provisões técnicas - cresceu 25,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo R$ 178,2 bilhões. Já os 372 fundos de pensão, vinculados às estatais e empresas em geral, administram hoje R$ 460 bilhões de ativos e atendem a 2,6 milhões de participantes e assistidos. Desde dezembro de 1998, o segmento cresceu 393%, em valores absolutos.
Ao mesmo tempo, os regimes públicos, um vinculado às aposentadorias dos servidores públicos das três esferas de governo e três poderes, e o outro, garantidor de benefícios aos trabalhadores do setor privado, apesar de “oficiais” relatórios negativos, se constituem em instrumentos de redistribuição de renda, em especial o administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No setor público, os entes municipais e estaduais organizam e consolidam seus Regimes Próprios, aos poucos. Ao todo, são mais de 9,3 milhões de brasileiros vinculados aos Regimes Próprios, sendo cerca de 35% deles já inativos ou beneficiários de pensão.
Já o modelo gerido pelo INSS, apresenta trajetória ascendente, ao se aproximar dos noventa anos neste 24 de janeiro, data que relembra o marco inicial, lá em 1923, de um Decreto, curiosamente chamado de Lei Eloy Chaves, criando as primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões para trabalhadores ferroviários.
Apesar de se constituir em somente um dos subsistemas previdenciários existentes no Brasil, a cada dia se consolida mais e mais no seu papel social, relevante e inconteste.
São 27,9 milhões de aposentadorias, pensões e outros benefícios (18,8 milhões urbanos e 8,1 milhões rurais) mantidos religiosamente, com pagamentos pontuais, que colocam mensalmente na economia mais de R$ 20 bilhões, beneficiando, por extensão, quase 80 milhões de brasileiros. No conjunto da arrecadação tributária nacional, enquanto a maior parte dos tributos sofreu impacto expressivo em decorrência da crise que afetou a economia mundial, a arrecadação das contribuições previdenciárias foi umas poucas que se elevou em 2009, em comparação com 2008, segundo os números consolidados até novembro.
É também público e notório, divulgado aos quatro ventos, que o volume dos recursos repassados pelo INSS aos cidadãos dos mais recônditos rincões, na maior parte das coletividades, supera a verba distribuída diretamente pela União. Traduzindo, em mais de 60% dos municípios, o montante dos benefícios previdenciários é maior do que os repasses oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Estas e outras informações têm que estar sempre presentes na memória de todos aqueles que, volta e meia, atacam o sistema previdenciário e o tacham de deficitário e incapaz de atender aos seus desígnios constitucionais. Nada disto! Devemos sempre saudar e homenagear a existência da previdência brasileira, fundamental e indispensável amortecedor social numa Nação ainda fragilizada pela miséria de expressiva parcela de sua população. Felizes 87 anos, previdência!!!  (Vilson Antonio Romero - Anfip)

Reconhecimento ao esforço pela Previdência
Em audiência com o ministro da Previdência José Pimentel para tratar de questões de interesse da associação que presido, a Anasps, o encontrei com a sensação do dever cumprido, comemorando a concessão da 27ª milionésima aposentadoria do INSS. Sem dúvida um marco na proteção social e na previdência pública do nosso País, que em 2010 está chegando aos 87 anos.
Os resultados obtidos falam por si: a cobertura social entre as pessoas com idade entre 16 e 59 anos chegou a 65,9%, em 2008, depois de ter descido a 61,7% em 2002; 81,79% dos idosos de 60 anos ou mais recebem aposentadoria e/ou pensão; em 2008, a expectativa de vida dos brasileiros está próxima dos 82,9 anos homens e 78,8 mulheres; em 2010, a distribuição de renda através dos benefícios previdenciários contempla 15,5 milhões de urbanos e 8 milhões de rurais e 3,5 milhões de benefícios assistenciais; o valor médio dos benefícios , em novembro, foi de R$ 1,004,11, considerados apenas os benefícios previdenciários com o 13º, em termos regionais são 1,2 milhão de benefícios no Norte com R$ 7,1 bilhões, 7,1 milhões no Nordeste com R$ 40,5 bilhões, 1,3 milhão no Centro Oeste com R$ 8,8 bilhões, 11,7 milhões no Sudeste com R$ 100,6 bilhões e 4,6 milhões no Sul com R$ 34, bilhões; em 3.449 , 61,9%, dos municípios brasileiros, (5,2% no Norte, 6,9% no Centro Oeste, 23,9% no Sul, 30% no Nordeste e 33,8% no Sudeste), em 2008, os pagamentos da Previdência superaram as transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), confirmando o impacto da Previdência sobre a renda municipal e a sustentabilidade proporcionada à federação brasileira.
O ministro Pimentel vestiu a camisa da Previdência, arregaçou as mangas e melhorou o atendimento, substituindo de vez a fila visível e humilhante pela hora marcada, através da central 135; instituindo a concessão de aposentadoria em 30 minutos, o reconhecimento automático de direitos de trabalhadores urbanos, rurais, quilombolas, indígenas, pescadores; ampliando a rede de atendimento, em processo, com a implantação de 720 novas agências em municípios com mais de 20 mil habitantes, das quais 300 serão inauguradas em 2010; fornecendo o extrato de informações previdenciárias e expedindo carta aos segurados, informando aos que completaram tempo e que podem se aposentar e revelando o valor estimado de seu benefício.
Uma nova era se abre no INSS. O que nós servidores queremos?
Que o ministro tenha forças para até a sua desincompatibilização tocar a administração e que não seja substituído por gente mal intencionada, desonesta e incompetente. Que o seu trabalho tenha continuidade e seja aperfeiçoado. A equipe que ele formou e os quadros à sua disposição, felizmente 90% dos gerentes executivos são associados da Anasps, aguardam que em 2010 o INSS tenha condições de realizar o Plano de Ação, que dará mais e melhor visibilidade ao INSS.
Claro que as questões estruturais não foram tocadas, especialmente a relacionada com o financiamento da Previdência Social, a fonte de todos os desequilíbrios. Ao contrário do que afirmam e escrevem os inimigos da Previdência social pública, a serviço do mercado e da especulação financeira, o problema não está nos benefícios baixos, a ponto de 80% dos aposentados e pensionistas receberem o salário mínimo, mas no financiamento, tanto que levaram 12 milhões de brasileiros a procurar os planos privados de previdência, sem qualquer garantia e com grande risco.
Urge abrir a caixa preta da sonegação, da má gestão de arrecadação, fiscalização, cobrança, recuperação de crédito, na sonegação aberta e oculta, na evasão, na elisão, nas renuncias, nos refis, no calote induzido e consentido. A lógica do financiamento é perversa com o segurado contribuinte e beneficiário do Regime Geral de Previdência Social, enquanto premia a roubalheira e a corrupção.  (PAULO CÉSAR REGIS DE SOUZA - Jornal do Commercio do Brasil)

Déficit da Previdência Social fecha ano em R$ 43,6 bi
A Previdência Social encerrou 2009 com déficit de R$ 43,614 bilhões, resultado de uma arrecadação de R$ 184,577 bilhões e de despesas de R$ 228,192 bilhões. O déficit ficou pouco acima da estimativa do governo, de cerca de R$ 42 bilhões. Em dezembro, foram arrecadados R$ 25,5 bilhões e gastos R$ 23,8 bilhões, o que resultou em superávit de R$ 1,756 bi, favorecido pelo resultado da Previdência urbana, que arrecadou R$ 25,1 bilhões, enquanto as despesas não passaram de R$ 19,0 bilhões, o que gerou saldo de R$ 6,049 bilhões.  (Fenaseg)

Após 2 anos de queda, deficit cresce 12,6%
Resultado é atribuído a ritmo menor de criação de vagas; benefício a rurais responde por 94% do rombo
Apesar do resultado positivo registrado em dezembro, a Previdência Social teve um deficit acumulado de R$ 43,6 bilhões em 2009. O rombo foi 12,65% superior de 2008 e é o pior resultado do INSS desde 2007.
O saldo negativo na conta previdenciária voltou a subir após queda significativa entre 2007 e 2008. Há dois anos, o deficit estava em R$ 51 bilhões.
Segundo Helmut Schwarzer, secretário da Previdência Social, em 2008, houve grande criação de empregos, o que não ocorreu em 2009 devido à crise. "O emprego formal estava crescendo a todo o vapor em 2008. Em 2009, o primeiro semestre foi um pouco mais fraco, e o segundo puxou forte."
Em 2009, a arrecadação previdenciária somou R$ 184,6 bilhões, alta de 6,1% ante o ano anterior. Porém, devido ao reajuste do salário mínimo para R$ 465, a despesa com benefícios aumentou em maior proporção, 7,3% na mesma comparação, para R$ 228,2 bilhões.
Em dezembro, único mês de 2009 no qual o INSS fechou as contas no azul, houve superavit de R$ 1,75 bilhão. Segundo a Previdência, o resultado refletiu o aumento nas contribuições por conta do 13º salário.
O pagamento de benefícios a trabalhadores rurais foi responsável por 93,7% de todo o deficit registrado pelo INSS em 2009, causando um rombo de R$ 40,9 bilhões. Já a previdência urbana teve resultado deficitário de R$ 2,7 bilhões.
Segundo Schwarzer, mesmo com o reajuste do salário mínimo em 2010, para R$ 510, a expectativa para este ano é de uma melhora nas contas do INSS por conta da recuperação do mercado de trabalho.
Para Istvan Kasznar, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV, o crescimento do deficit previdenciário ainda não chega a ser preocupante por ser pequeno em relação ao PIB. "Com o retorno do crescimento a uma taxa anual de 5%, é possível que a previdência urbana se torne superavitária nos próximos anos."   (LORENNA RODRIGUES e EDUARDO RODRIGUES - Folha de S.Paulo)

Déficit da Previdência sobe 12%, para R$ 43 bi
Percentual em relação ao PIB volta a crescer. Crise e aumento do salário mínimo explicam resultado pior de 2009
A crise financeira - que reduziu a arrecadação das contribuições ao INSS - e o impacto do reajuste do salário mínimo fizeram com que o déficit da Previdência Social voltasse a crescer em 2009, para R$ 43,614 bilhões, alta de 12,6% sobre o resultado de 2008. Em relação ao Produto Interno Bruto, o rombo subiu de 1,20% para 1,41%.
Em 2009, as despesas do governo com pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios atingiram R$ 228,192 bilhões, acima das receitas, que foram de R$ 184,577 bilhões.
O gasto com benefícios superou em 7,3% o registrado no ano anterior, que foi de R$ 212,625 bilhões. Além de conceder aumento real (acima da inflação) para o salário mínimo, o governo adotou a política de antecipar, a cada ano, em um mês a data do reajuste, que era pago a partir de maio.
A última correção entrou em vigor em janeiro e terá impactos na folha de fevereiro.
O Ministério da Previdência ainda não tem projeções sobre o déficit de 2010. Porém, para reduzir o desequilíbrio e compensar o impacto das bondades em relação ao piso, será necessária uma receita extra de R$ 14,4 bilhões, no mínimo.
Governo aposta na alta de empregos para arrecadar O cálculo considera a alta do piso de R$ 465 para R$ 510, o aumento dos benefícios acima do mínimo, além do repasse de metade do crescimento do PIB para os segurados. Há ainda um gasto de R$ 2 bilhões por ano que o Tesouro terá de arcar com os benefícios da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) - concedidos a idosos e deficientes de baixa renda.
Para mudar o quadro, o governo aposta no aumento dos empregos formais, o que pode elevar a arrecadação com as contribuições previdenciárias.
- É possível que haja empate (com o déficit de 2009) e até mesmo que supere 2009 - disse o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer.
Como costuma ocorrer em dezembro, devido ao recolhimento sobre o 13osalário, a Previdência registrou superávit de R$ 1,76 bilhão - arrecadação de R$ 25,591 bilhões e despesa de R$ 23,835 bilhões. Mas o saldo no mês ficou abaixo do de 2008 (R$ 1,81 bilhão).   (Geralda Doca - G1)

Déficit atinge 1,41% do PIB em 2009
O orçamento da seguridade prevê, para 2010, déficit de R$ 43,29 bilhões para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), cerca de 1% a mais, em termos nominais, que o registrado em 2009 (R$ 42,867 bilhões). Como proporção Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, a expectativa é que o desempenho deste ano retome a trajetória de queda verificada em 2007 e 2008, encerrando o exercício com déficit equivalente a 1,31% do PIB. Em 2009, os efeitos da crise global quebraram essa tendência, elevando o saldo negativo para 1,41% do PIB.
O aumento na relação déficit/PIB, no ano passado, decorreu, em grande parte, dos efeitos da crise financeira, que provocou forte desaceleração no ritmo de crescimento da economia. Em 2008, o PIB cresceu, em termos reais, 5,1%, favorecendo a redução do déficit como proporção do produto. Para 2009, a estimativa de crescimento econômico real é de apenas 1%.
A forte desaceleração do PIB gerou consequências sobre o nível de emprego e massa salarial, afetando, assim, as receitas do RGPS, explicou o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer. A arrecadação líquida do regime geral não chegou a diminuir nem mesmo em termos reais, pois passou de R$ 163,35 bilhões para R$ 182 bilhões na comparação entre 2008 e 2009. Mas houve redução no ritmo de crescimento real, disse Schwarzer. Em 2008, a arrecadação líquida do RGPS aumentou 10% acima da inflação medida pelo INPC. Em 2009, o crescimento foi de 6,1% acima do INPC.
O secretário salientou que a crise também influenciou as receitas do RGPS ao afetar a produção agrícola, base de cálculo para recolhimento de contribuições para as aposentadorias de trabalhadores rurais. A receita procedente do setor foi de R$ 4,56 bilhões, para uma despesa de R$ 44,85 bilhões, o que elevou o déficit para R$ 40,28 bilhões, em comparação com R$ 34,93 bilhões em 2008.
A crise global, porém, não explica tudo. Outros fatores contribuiram para a elevação do déficit, como as decisões judiciais tomadas contra a Previdência, em processos movidos por aposentados e trabalhadores, que se sentiram lesados nos seus direitos. Só o pagamento dessas sentenças exigiu gasto de R$ 6,5 bilhões em termos nominais, no ano passado, valor 19,2% superior ao registrado em 2008.
No que se refere às despesas da Previdência, o que mais influenciou a variação foi a decisão do governo de manter a política de reajustes reais para o salário mínimo, ao qual estão vinculados cerca de dois terços dos benefícios do INSS. Em fevereiro de 2009, o mínimo subiu de R$ 415 para R$ 465. Em 2010, subiu novamente, para R$ 510 (9,67%), elevando , na mesma proporção, as aposentadorias.
Cumprindo acordo firmado em agosto com as centrais sindicais, no início deste mês o governo deu ainda reajuste de 6,14% para as aposentadorias superiores ao mínimo, o que representa aumento real de 2,51% além do INPC. Portanto, em 2010, os gastos da Previdência Social continuarão a crescer em termos reais.
Em 2009, as despesas do RGPS somaram R$ 224,876 bilhões em valores correntes, aumentando, em termos nominais, 12,68% em relação a 2008. As receitas, por sua vez, variaram nominalmente 11,4%, um pouco menos, portanto, atingindo R$ 182 bilhões. O déficit, por sua vez, saiu de R$ 36,206 bilhões para R$ 42,867 bilhões, também em termos nominais. Se forem considerados números atualizados pela inflação do INPC até de dezembro de 2009, o déficit do RGPS subiu de R$ 38,71 bilhões para R$ 43,61 bilhões, de 2008 para 2009.
Também subiram expressivamente os gastos relativos à devolução de contribuições previdenciárias a Estados e municípios, que criaram regimes próprios de previdência. Até 2008, a compensação previdenciária era traço nos balanços da Previdência. Mas por pressão dos prefeitos sobre o governo federal, o acerto de contas se acelerou e foi devolvido R$ 1,03 bilhão em 2009. Com a criação dos regimes próprios, as aposentadorias de servidores, que antes contribuíam para o INSS, passaram a ser responsabilidade desses Estados e municípios. Por isso, a devolução.   (Mônica Izaguirre - Valor Online)

Resultado da arrecadação de dezembro
O Ministério da Previdência Social divulgou ontem o resultado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) do mês de dezembro de 2009, que registrou receitas superavitárias em relação ao pagamento de benefícios. Houve superávit de R$ 6 bilhões no setor urbano, o maior valor da série histórica. O saldo positivo resultou de arrecadação líquida recorde de R$ 25,1 bilhões e de despesa de R$ 19 bilhões. O aumento expressivo da receita decorreu da arrecadação total das contribuições previdenciárias sobre a folha salarial relativas ao 13º salário.
No acumulado do ano, a Previdência também registrou a maior arrecadação no setor urbano da série histórica. A receita foi de R$ 179,9 bilhões e a despesa com pagamento de benefícios fechou em R$ 176,3 bilhões.
Resultado rural - No mês de dezembro, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 444,3 milhões e despesa de R$ 4,7 bilhões. A necessidade de financiamento foi de R$ 4,2 bilhões. No acumulado de 2009, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 4,6 bilhões e despesa de R$ 45,5 bilhões. O aporte do Tesouro Nacional, feito para equilibrar as contas por determinação constitucional – alcançou R$ 40,9 bilhões. O valor pode equivaler a 1,33% do PIB, segundo projeção do ministério da Previdência.
Benefícios – Em dezembro, a Previdência Social pagou 23,534 milhões de benefícios, incluídos os previdenciários e acidentários. Houve um acréscimo de 3,3%, em comparação com dezembro de 2008. As aposentadorias somaram 15,076 milhões de benefícios, resultado de uma elevação de 4,3% em relação ao número de aposentadorias existentes em dezembro de 2008. O valor médio real dos benefícios pagos pela Previdência Social teve um crescimento real de 20,2% em dezembro, em relação ao mesmo período de 2002 e chegou a R$ 726,31. (Anfip)

Rombo da Previdência cresce 12% em 2009
O regime geral de Previdência Social fechou 2009 com déficit de R$ 42,867 bilhões, valor 12,65% maior do que o registrado em 2008, em termos reais (descontada a inflação medida pela INPC).  Segundo o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, o desempenho da arrecadação líquida em 2009 foi prejudicado pelo impacto da crise econômica no mercado de trabalho, especialmente no primeiro semestre do ano passado.
O secretário afirmou que no segundo semestre, especialmente no fim do ano passado, a arrecadação voltou a crescer com mais velocidade, refletindo a recuperação da atividade econômica. Ele acredita que a arrecadação terá um crescimento mais forte em 2010, por conta das projeções de maior crescimento do País, mas não arriscou assegurar que o déficit da Previdência será menor este ano, porque, segundo ele, há reajustes de salário mínimo e também dos benefícios previdenciários para quem ganha acima do salário mínimo.
Schwarzer explicou que para que o déficit previdenciário diminua em 2010, a arrecadação terá de crescer mais do que o conjunto dos benefícios previdenciários, cujos reajustes somados terão impacto adicional da ordem de R$ 11 bilhões.
Cifras recordes
Segundo Schwarzer, tanto a arrecadação líquida quanto o pagamento de benefícios previdenciários em 2009 foram recorde histórico. No ano passado, a arrecadação líquida somou R$ 182,008 bilhões ante R$ 163,355 bilhões no ano anterior, representando um crescimento real (descontada a inflação medida pelo INPC) de 6,13%. A arrecadação da Previdência urbana em 2009 foi de R$ 177,444 bilhões e a arrecadação da Previdência rural, de R$ 4,564 bilhões.
Já as despesas com benefícios somaram R$ 224,876 bilhões em 2009, com um crescimento real de 7,3% ante os gastos em 2008. As despesas da Previdência urbana totalizaram R$ 180,026 bilhões e as da Previdência rural, R$ 44,850 bilhões.
No resultado de 2009, a Previdência urbana teve déficit de R$ 2,582 bilhões e a Previdência rural saldo negativo de R$ 40,286 bilhões.
Resultado de dezembro
Em dezembro, o INSS teve superávit de R$ 1,756 bilhão. No mês anterior, em novembro, o déficit da Previdência havia sido de R$ 3,116 bilhões. Em dezembro de 2008, com valores atualizados pelo INPC, a Previdência registrou superávit de R$ 1,81 bilhões.
Somente no mês de dezembro, a Previdência urbana teve superávit de R$ 6,049 bilhões e a rural apresentou déficit de R$ 4,293 bilhões.   (Agência Estado)

Rombo cresce 12,6% e fecha ano em R$ 42,9 bilhões
Apesar da arrecadação recorde de R$ 182 bilhões, impacto da crise no 1.º semestre prejudicou as contas do INSS
A combinação de receitas em ritmo mais fraco e despesas em aceleração fez o déficit da Previdência Social dar um salto e fechar 2009 em R$ 42,9 bilhões. Foi um crescimento de 12,65% em termos reais ? considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ? em relação a 2008, quando, pela primeira vez desde 2005 o saldo negativo da Previdência havia registrado queda, fechando em R$ 36,2 bilhões.
A crise financeira global, que afetou a economia brasileira fortemente no primeiro semestre do ano passado, prejudicou as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É que, com os cortes de vagas nos primeiros meses do ano e a lenta recuperação do emprego nos meses seguintes, o ritmo de crescimento da receita previdenciária desacelerou. Em 2008, quando a economia estava a pleno vapor, as receitas haviam tido expansão real de 9,15%. No ano passado, a alta caiu para 6,1%. De qualquer forma, o desempenho não pode ser considerado ruim, tanto que a arrecadação de 2009 ainda foi recorde: R$ 182 bilhões.
O secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, afirmou que no segundo semestre de 2009, especialmente no fim do ano, a arrecadação do INSS voltou a crescer com mais velocidade, refletindo a recuperação da atividade econômica. Esse ritmo melhor, combinado com a contribuição recolhida sobre o décimo terceiro salário, fez com que a Previdência tivesse superávit de R$ 1,8 bilhão em dezembro.
O estrago foi maior, em 2009, pelo lado das despesas. Refletindo o aumento do salário mínimo de R$ 415 para R$ 465 e também do pagamento de sentenças judiciais, o gasto com benefícios previdenciários subiu 7,3% em termos reais no ano passado, atingindo o valor também recorde de R$ 224,9 bilhões. Em 2008, o crescimento das despesas havia sido de apenas 1,1% ante o ano anterior.
O quadro de deterioração das contas da Previdência em 2009 lembra o período de 2002 a 2006. Naquela época, os reajustes reais do salário mínimo eram aleatórios e não foram acompanhados de forte arrecadação, por causa das ainda baixas taxas de crescimento da economia e do mercado de trabalho. Para Schwarzer, essa situação não se repetirá este ano. Ele avaliou que a arrecadação terá um expansão mais forte, em consequência da retomada firme da atividade econômica.
Apesar disso, ele não arriscou assegurar que o déficit voltará a cair neste ano. A elevação do salário mínimo para R$ 515 e a alta real dos benefícios previdenciários para quem ganha acima do piso devem continuar puxando as despesas para cima. Para que o déficit diminua em 2010, a arrecadação terá de crescer mais do que o conjunto dos benefícios previdenciários. Schwarzer considerou que isso será possível, mas preferiu não se comprometer com projeções, que serão divulgadas apenas depois de análise das contas que será feita em conjunto com os ministérios da Fazenda e do Planejamento.
No ano passado, nem a Previdência urbana, que normalmente apresenta números mais equilibrados, conseguiu fechar com saldo positivo e teve déficit de R$ 2,582 bilhões. Schwarzer ponderou que o resultado negativo só ocorreu por causa de compensações de benefícios entre governo federal e Estados e municípios ? que gerou despesa líquida de R$ 1 bilhão ao INSS ? e pelo pagamento de sentenças judiciais. Sem esses dois fatores, segundo ele, teria ocorrido um superávit de R$ 3,6 bilhões. "A situação é de quase equilíbrio na Previdência urbana."
No caso da Previdência rural, em que o nível de contribuição é muito reduzido, houve déficit de R$ 40,3 bilhões, ante R$ 34,9 bilhões em 2008. O crescimento pode ser explicado quase totalmente pela elevação do salário mínimo. (Fabio Graner - O Estado de S.Paulo)

Previdência urbana tem superávit em dezembro
Saldo é o maior da série histórica
A Previdência Social registrou em dezembro superávit de R$ 6 bilhões no setor urbano, o maior valor da série histórica. O saldo positivo resultou de arrecadação líquida recorde de R$ 25,1 bilhões e de despesa de R$ 19 bilhões. O aumento expressivo da receita decorreu da arrecadação total das contribuições previdenciárias sobre a folha salarial relativas ao 13º salário, no último mês de 2009.
No acumulado do ano, a Previdência também registrou a maior arrecadação no setor urbano da série histórica. A receita foi de R$ 179,9 bilhões e a despesa com pagamento de benefícios fechou em R$ 176,3 bilhões. O pagamento de passivos judiciais da área urbana no valor de R$ 5,3 bilhões e da Compensação Previdenciária (Comprev) feita entre o INSS e os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios, no valor de R$ 1 bilhão, elevou as despesas para R$ 182,6 bilhões. O saldo final entre arrecadação e despesa da área urbana gerou uma necessidade de financiamento de R$ 2,7 bilhões.
Segundo o ministro da Previdência Social, José Pimentel, as receitas foram superavitárias em relação ao pagamento de benefícios. “Se não fosse o elevado pagamento de sentenças judiciais e a compensação previdenciária, o setor urbano apresentaria superávit de R$ 3,6 bilhões”.
Os gastos com a Compensação Previdenciária ocorrem em função do Decreto 6.900, de julho de 2009 que regulamentou a compensação previdenciária do estoque de benefícios concedidos pelos Regimes Próprios de estados e municípios entre 1988 e 1999.
Já as despesas com pagamento de sentenças são relativas a ações judiciais principalmente das décadas de 80 e 90.
Na avaliação do secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a necessidade de financiamento urbana foi bastante reduzida diante de um ano de crise. O valor foi pouco superior a 2008, quando o aporte do Tesouro Nacional chegou a R$ 1,5 bilhão, mas expressivamente inferior aos anos anteriores – R$ 14,3 bilhões, em 2007, e R$ 16,1 bilhões, em 2006.
Para Schwarzer, o bom resultado das contas deve-se ao fato de que a economia brasileira reagiu muito bem à crise ocorrida no último trimestre de 2008 e nos três primeiros meses de 2009. “A crise felizmente não chegou a afetar tão fortemente o resultado do RGPS”, disse.
O aumento das despesas deve-se ao reajuste real do salário mínimo que gerou forte impacto, especialmente na área rural, onde 98,6 % dos benefícios tem valor igual ao piso previdenciário.
Resultado rural - No mês de dezembro, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 444,3 milhões e despesa de R$ 4,7 bilhões. A necessidade de financiamento foi de R$ 4,2 bilhões.
No acumulado de 2009, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 4,6 bilhões e despesa de R$ 45,5 bilhões. O aporte do Tesouro Nacional, feito para equilibrar as contas por determinação constitucional – alcançou R$ 40,9 bilhões. O valor pode equivaler a 1,33% do PIB, segundo projeção do ministério da Previdência.
O crescimento da necessidade de financiamento na área rural de R$ 37,2, em 2008, para R$ 40,9 bilhões, deve-se ao aumento real do salário mínimo.
Benefícios – Em dezembro, a Previdência pagou 23,534 milhões de benefícios, incluídos os previdenciários e acidentários. Houve um acréscimo de 3,3%, em comparação com dezembro de 2008.
As aposentadorias somaram 15,076 milhões de benefícios, resultado de uma elevação de 4,3% em relação ao número de aposentadorias existentes em dezembro de 2008 (14,453 milhões).
Evolução – A evolução da quantidade de benefícios emitidos pela Previdência Social entre dezembro de 2000 e dezembro de 2009, mostra que houve aumento de 34,3%. Nesse período, os benefícios previdenciários e acidentários emitidos passaram de 17,5 milhões para 23,5 milhões.
Valor médio real – O valor médio real dos benefícios pagos pela Previdência Social teve um crescimento real de 20,2% em dezembro, em relação ao mesmo período de 2002 e chegou a R$ 726,31. O aumento é verificado tomando-se por base a média dos primeiros onze meses de cada ano.
Faixas de valor – Em dezembro de 2009, 69% dos benefícios pagos pela Previdência Social possuíam valor de até um salário mínimo, o que representa 18,7 milhões de beneficiários diretos.
No meio urbano, o percentual de benefícios com valor de até um salário mínimo foi de 46,6%, beneficiando 7,2 milhões de brasileiros.
No meio rural, o percentual de benefícios com valor de até um salário mínimo foi de 99,3%, beneficiando 7,9 milhões de brasileiros.   (Simone Telles - AgPrev)

Só emprego segura rombo da Previdência
Deficit no INSS vai a R$ 43,6 bi e exige aumento de arrecadação
A Previdência Social vai ter que contar com um aumento excepcional do emprego e da renda dos trabalhadores em 2010 para conseguir evitar a elevação do deficit este ano. "O crescimento da economia não basta, se ele não for acompanhado do aumento do emprego e da massa salarial", avalia o ex-ministro da Previdência Social, José Cechin. Para repetir o rombo registrado em 2009, de R$ 43,6 bilhões em termos reais, Cechin acredita que a previdência terá que conseguir repetir a evolução da arrecadação de 2008. Naquele ano, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou um crescimento real de 10% na arrecadação. No ano passado, com a crise afetando fortemente o emprego nos primeiros meses do ano, a arrecadação cresceu pouco mais de 6%.
Os dados da Previdência Social foram divulgados ontem pelo secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer. Segundo ele, o resultado de 2009 foi fortemente impactado pelo aumento do salário mínimo. Daí o crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior. De 2007 para 2008, com o crescimento recorde da arrecadação, o rombo caiu significativamente, baixando de R$ 51 bilhões para R$ 38,7 bilhões. Repetir essa performance, no entanto, não será fácil e nem o secretário se arrisca a fazer projeções. Schwarzer conta com as boas perspectivas para 2010 para que a Previdência Social possa, pelo menos, manter as contas estabilizadas no atual patamar.
Extras
De acordo com Cechin, mesmo para manter o deficit, a Previdência precisará contar com um crescimento real da arrecadação parecido com o ocorrido em 2008. Isso porque a despesa já está dada. O crescimento das aposentadorias e pensões ficará em torno de 3,5% ao ano, cerca de R$ 8 bilhões a mais. Além disso, vem pela frente mais R$ 11 bilhões de despesas extras, proporcionadas pelo aumento do salário mínimo de R$ 465 para R$ 510 e pelo aumento real dos benefícios acima do mínimo. Só para cobrir essa diferença e segurar o rombo, o INSS terá que aumentar sua arrecadação em 10%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, a Previdência estima para 2009 um deficit da ordem de 1,41% - 0,11 ponto percentual acima da relação INSS/PIB verificada em 2008. A deterioração das contas é mais visível no setor rural, de baixa capacidade contributiva. Os preços agrícolas, em queda no ano passado, contribuíram para diminuir ainda mais a arrecadação do setor, que caiu de R$ 5,3 bilhões em 2008 para R$ 4,6 bilhões no ano passado. A despesa com o pagamento de benefícios rurais, no entanto, inflada pelo aumento do salário mínimo, continuou aumentando - passou de R$ 42,5 bilhões em 2008 para R$ 45,5 bilhões em 2009.  (Vânia Cristino - Correio Braziliense)

'É preciso reformar o sistema'
Raul Velloso: especialista em contas públicas[br]Problemas estruturais impedem o financiamento da Previdência Social, diz o especialista em contas públicas Raul Velloso
Para o especialista em contas públicas Raul Velloso, a Previdência acumula déficits porque somente 30% do gasto se refere a benefícios cobertos com contribuições dos potenciais beneficiários. "É preciso reformar o sistema", defende.
Como atacar problema da Previdência Social?
É preciso reformar o sistema. Ele enfrenta problemas estruturais, que valem para qualquer país da América Latina, e problemas específicos que agravam o caso brasileiro. O primeiro problema estrutural é que a população acima de 65 anos vai quase quadruplicar em 40 anos. Ela vai passar dos atuais 6,5% para 26% do total. É um aumento do envelhecimento muito maior do que ocorreu nos países desenvolvidos. A taxa de natalidade tem caído e as pessoas estão vivendo mais. O segundo problema é a tendência crescente de aumento da participação da mulher no mercado de trabalho. Isso agrava o quadro atual porque a mulher se aposenta mais cedo e vive mais que o homem.
E os problemas específicos do País?
Aqui, os benefícios têm alto grau de indexação, ou seja, 40% do valor pago são benefícios de um salário mínimo, que é o piso, e está indexado à evolução do PIB. O resumo disso tudo é que vai ter, ao mesmo tempo, cada vez mais aposentados e menos gente contribuindo. E o valor dos benefícios cresce a taxas cada vez maiores que a do salário médio da população.
O cenário é complicado.
Além disso, cerca de 70% do gasto do INSS corresponde a benefícios para os quais as pessoas não contribuíram. São os benefícios de um salário mínimo e os chamados de risco, como pensão, aposentadoria por idade e auxílio-doença. Esses benefícios são financiados pela arrecadação de impostos gerais. Só 30% correspondem a benefícios que têm alguma contribuição.
Esse padrão está definido na Constituição de 1988
A Constituição diz assim: qualquer déficit que houver o Tesouro financia. Mas o déficit é muito grande, representa uma carga muito pesada para o Tesouro. E isso está se agravando, por causa do envelhecimento da população, da participação maior da mulher e da indexação dos benefícios. A consequência disso tudo é que a sociedade brasileira vai ter que abrir mão de investimentos em saúde, educação e infraestrutura para poder atender a essa necessidade que vem do INSS.
A Previdência deveria ser algo totalmente autofinanciável pelos próprios segurados?
Deveria ser financiada pela contribuição das pessoas e dos empregadores. Só que no Brasil esse tipo de financiamento pega só 30% do braço. O resto, financia com impostos, o que é muito porque atende certas categorias. Não se deveria chamar isso de Previdência. Tem de explicar melhor para a sociedade o que se faz aqui, porque está subsidiando grupos ou setores sem explicar isso claramente para a sociedade.   (Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo)

'Só expansão do PIB torna sistema viável'
'Reforma já foi feita em 88 e tornou nosso sistema bastante exigente com padrões da OCDE', diz professor da Unicamp Eduardo Fagnani: economista e professor da Unicamp
O professor Eduardo Fagnani, especialista em políticas sociais da Unicamp, diz que o déficit da Previdência é provocado pela queda na arrecadação por causa da desorganização do mercado de trabalho nos anos 90. "Sem crescimento econômico, não é a Previdência que fica inviável, e sim o País."
A solução para o problema da Previdência é uma questão de reforma ou de gestão?
Não é nem um nem outro. É um problema de receita, de queda da arrecadação. O País teve, nos anos 90, uma política econômica com uma taxa de juros elevada que desorganizou o mercado de trabalho, aumentou o desemprego e a informalidade. Esse é o problema de fundo da Previdência, pois grande parte da receita vem do mercado formal de trabalho. Hoje, cerca de 50% dos trabalhadores estão no mercado formal, o que é muito pouco, pois já chegamos a ter quase 70% dos trabalhadores formais no País.
E como se resolve isso?
Só com crescimento econômico, não há alternativa. Em 2008, com a economia crescendo a 5%, as receitas da Previdência subiram algo em torno de 14% e as despesas, em torno de 4%. Com crescimento econômico, há uma formalização do mercado de trabalho e consequente ampliação das receitas da Previdência.
Alguns analistas criticam o crescimento dos gastos...
Mas não tocam na questão da receita, só falam que cresceram os gastos e esse crescimento seria uma tendência que vai levar à catástrofe. As despesas cresceram no anos 90 por causa dos direitos sociais da Constituição de 1988, que entraram e vigor a parir de 1994, e mais recentemente, por causa do aumento do salário mínimo, que, no entanto, nem sequer recuperou o valor dos anos 80. Esses dois fatores realmente fizeram com que as despesas crescessem. Mas não vão continuar no futuro. Os críticos mais ortodoxos da Previdência focam na questão da despesa, dizem que ela tem taxas muito elevadas em relação ao PIB, passou de 4% para 7%. Ao focar só nas despesas eles estão propondo mais uma reforma da Previdência para suprimir direitos.
Uma reforma não resolveria?
A reforma foi feita em 1988 e tornou nosso sistema bastante exigente. Por exemplo, temos padrões de idade mínima semelhantes aos dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Não teria sentido fazer uma nova reforma.
Analistas criticam o sistema de previdência rural...
Para financiar seguridade social (Previdência urbana, rural, assistência social e saúde e seguro desemprego) a Constituição criou um orçamento vinculado que são recursos da contribuição sobre a folha de salários, contribuição sobre o lucro líquido, contribuição sobre o faturamento (Cofins) e uma parte do PIS-Pasep. Todos esses recursos têm de financiar a seguridade social, inclusive os segmentos não contributivos como a Previdência Rural. Então, não existe déficit da Previdência à luz da Constituição de 1988. Se o Pais cresce dois, três anos, a Previdência urbana passa a ser coberta pela folha de salários.  (Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo)

A população envelhece
Nunca na História a população mundial envelheceu tanto. Esse não é um fenômeno circunscrito a países avançados; atinge mais ou menos uniformemente o mundo inteiro. Terá consequências profundas em todas as dimensões da vida humana. E essa não é uma característica episódica da demografia mundial; é tendência duradoura.
São essas as quatro mais importantes conclusões do informe das Nações Unidas sobre a situação etária da população global que acaba de ser divulgado: Envelhecimento da população mundial - 2009 (World Population Ageing - 2009).
Em seguida, você tem outras observações feitas pelos especialistas das Nações Unidas:
Em 2009, seis países tinham mais da metade da população mundial com mais de 80 anos: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha e Rússia. Em 2050, o Brasil será um deles, com 14 milhões de pessoas de 80 anos para cima.
Atualmente, uma pessoa em cada nove tem mais de 60 anos; em 2050, será uma em cada cinco. A população mundial cresce a um ritmo de 1,2% ao ano. Enquanto isso, o número de sexagenários aumenta 2,6%. Ou seja, tem mais gente envelhecendo do que nascendo.
Em 1998, os países ricos já tinham mais gente com 60 anos do que com 14. Em 2045, o mundo inteiro estará nessas condições. Em 1950, apenas 8% da população mundial tinha mais de 60 anos. No ano passado, já eram 11%. Em 2050, serão 22%.
No segmento com 60 anos ou mais, a faixa etária que mais cresce é a dos 80, a um ritmo de 4% ao ano.
A idade média da população mundial é 28 anos. Dentro de 40 anos, esse marco divisório saltará para a faixa dos 38 anos. O campeão em média de idade mais avançada é o Japão, com 44 anos. O país mais jovem é o Níger, com 15 anos.
Em 1950, a expectativa de vida da população mundial era de 48 anos. No ano passado, essa média saltou para 68. Nos países ricos, quem chegou aos 60, tende a avançar aos 80, se for homem; e aos 82, se for mulher. Nos países em desenvolvimento, a média cai para 75 anos para homens e 77 para mulheres.
Como é fato há muito conhecido, na média, as mulheres vivem mais do que os homens. Mas a proporção em que isso acontece hoje é novidade: a população feminina com mais de 80 anos é quase o dobro da população masculina.
O arquiteto Oscar Niemeyer está longe de estar sozinho no clube dos centenários. No ano passado, 454 mil pessoas no mundo já haviam passado dos 100. Em 2050, serão 4 milhões, aumento de 780%. Em relação aos velhinhos centenários, as mulheres são entre quatro e cinco vezes mais numerosas.
Longe de ser apenas uma sopa de estatísticas, essas mudanças nas condições etárias do mundo terão consequências cuja importância será muito maior do que simplesmente o aumento em 2,6% ao ano das vagas preferenciais para idosos em bancos, cinemas e shopping centers. Muita coisa vai mudar na economia, na relação de poder, no planejamento urbano, na saúde pública e na política de lazer. Possivelmente mudará inclusive o próprio conceito de idoso. Mas essas considerações ficarão para outra edição.  (Celso Ming - O Estado de S.Paulo)

Justiça garante a revisão do auxílio-acidente
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que os trabalhadores que tiveram o auxílio-acidente concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) até abril de 1995 têm direito a uma revisão que pode chegar a 67%.
Essa foi a decisão final do tribunal sobre o tema. Ou seja, o STJ não irá mais julgar ações que contestem esse direito ao segurado. Além disso, se os tribunais inferiores tiverem o mesmo entendimento, não haverá mais chance de o INSS ganhar o recurso, acelerando a decisão final da Justiça para o segurado.
A decisão foi publicada no "Diário Oficial" Eletrônico da Justiça no dia 3 de novembro.  (Paulo Muzzolon - Agora S.Paulo)

Aposentado: Crédito no sindicato
Cooperativa será formada para oferecer empréstimo com juros de 1,5% ao mês
O Sindicato Nacional dos Aposentados vai criar sua própria cooperativa de crédito para os sindicalizados. A intenção é concorrer com o empréstimo consignado, que até novembro de 2009 movimentou R$ 20,4 bilhões em operações de crédito com 8,7 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com o sindicato, a taxa de juros dos empréstimos da cooperativa deve ser de 1,5% ao mês. Essa taxa já é hoje encontrada em algumas operações de crédito consignado, oferecidas pelos bancos. “A taxa é competitiva e equivale hoje ao que já é praticado em empréstimos consignados, que têm taxas de 1% a 1,5% ao mês na modalidade consignada”, diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).
O presidente do sindicato, João Batista Inocentini, espera que o Banco Central autorize o funcionamento da cooperativa até 27 de janeiro. Segundo ele, a entidade já conta com R$ 2 milhões para as concessões iniciais.
Inocentini explica que a criação da cooperativa foi decidida em congresso realizado em setembro de 2008. Desde então, houve um aumento da mensalidade do sindicato de 4% para 5% do benefício. Esse 1 ponto porcentual de diferença foi destinado para o fundo que vai dar base para o início das atividades da cooperativa. Inocentini lembra que só poderão usufruir dos empréstimos os associados que fizerem parte da cooperativa, uma das regras do negócio, cuja fiscalização cabe ao Banco Central.
O sindicalista explica que, para o futuro, a intenção é buscar investidores que aumentem os recursos da cooperativa mediante remuneração. “Vamos contratar profissionais do mercado para formatar as operações”, conta.
Retorno
A analista da Associação Nacional das Cooperativas de Crédito (ANCC), Cintya Toth, diz que além do benefício para quem toma crédito, a cooperativa também oferece uma boa opção para quem investe. “A capitalização que o cooperado faz mensalmente é uma forma de economia, que retorna para ele quando sai da cooperativa”, diz.
Por sua vez, o consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Gil Agrela, diz que antes de entrar numa cooperativa, é importante considerar a viabilidade do projeto. “O volume de recursos disponível para a cooperativa dos aposentados, de R$ 2 milhões, e a taxa de 1,5% são razoáveis, mas precisa ver se vai haver demanda.”
De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), existem atualmente 1.453 cooperativas de crédito no Brasil, que têm 4,2 milhões de associados e criam 50,8 mil empregos diretos. Essas entidades têm operações de crédito de R$ 21,8 bilhões.
Inocentini informa ainda que está nos planos do Sindicato dos Aposentados a criação de dois canais, um de tevê e outro de rádio, voltados à terceira idade. “Já fizemos o pedido ao governo”, afirma o sindicalista.   (PAULO JUSTUS e MARCOS BURGHI - Jornal da Tarde)

Um mercado ativo para a melhor idade
Aposentadoria e pagamentos de benefícios previdenciários são uma conta difícil de fechar na maioria dos países.
Quando a população passa a envelhecer, como é o caso da brasileira, as perspectivas passam a ser menos do que otimistas.
Todos os meses, o governo paga R$ 27 bilhões em benefícios previdenciários.
No total, são mais de R$ 320 bilhões que vão para os bolsos de militares, funcionários públicos das três esferas de governo e aposentados da iniciativa privada. Atualmente 6,5% da população brasileira, de 192 milhões de pessoas, tem mais de 65 anos de idade.
Até 2050, a expectativa é que essa porcentagemcresça para 23%.
O pagamento de benefícios não é mal visto por todos. Para o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a assistência dinamiza a economia, fomentando o desenvolvimento a longo prazo. Marcelo Caetano, economista do Ipea, discorda. A distribuição de renda pode até ser interessante num primeiromomento,mas para ele o sustento de regiões e famílias deve vir da geração de renda.
Brasileiros ainda distantes da idade de se aposentar já planejam seu futuro.
É cada vez menor a idade de pessoas que buscam planos de previdência privada e fundos de pensão a fim de melhorar seus rendimentos na terceira idade, à procura de manter seu padrão de vida.
Por outro lado, o crédito consignado, que oferece empréstimo barato ao aposentado, deve continuar fortalecido este ano, seguindo a tendência de 2009, quando chegou ao patamar mais elevado - de R$ 20,5 bilhões - desde que foi criado, em 2004.  (CQCS)



Empresas, Seguros e Economia

EducPrev

Planos atraem quem quer manter padrão de vida
Necessidade de complementar a aposentadoria estimula investimentos cada vez mais cedo
Enquanto o pagamento de aposentadorias injeta bilhões na economia brasileira todos os anos, os jovens estão cada vezmais conscientes da necessidade de fazer uma poupança de longo prazo a fim de complementar a previdência social e manter seu padrão de vida. Nesse sentido, tanto a previdência privada aberta quanto os fundos de pensão vêm apresentando crescimento consistente nos últimos anos.
"O que está popularizando a previdência é essa percepção de complementaridade da aposentadoria. Hoje, sabe-se que a previdência social não mantém o atual padrão de vida da população", afirma Renato Russo, vice-presidente da Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
De acordo com o executivo, dificilmente o setor registra captação líquida negativa [quando os saques são maiores que os aportes] ao final de 12 meses. É quase um crescimento orgânico", ressalta. Dados da entidade mostram que, no acumulado de janeiro a novembro de 2009, a captação domercado de previdência aberta somou R$ 33,2 bilhões, enquanto em 2004, no primeiro ano do levantamento, a captação foi de R$ 18,7 bilhões.
Antes dos 30 anos
A idade média dos contribuintes de planos de previdência privada aberta vem caindo nos últimos anos. De acordo com especialistas, quanto mais cedo o contribuinte começa a investir, menor serão os esforços para atingir seus objetivos. Na Brasilprev, braço de previdência do Banco do Brasil, cerca de 47% dos clientes tem até 30 anos. "Além de fatores como estabilidade econômica e educação financeira, muitas vezes os pais começam a pensar desde cedo nos filhos, seja para proporcionar melhores condições no futuro, seja para ajudá-lo a montar seu próprio negócio", diz Arizoly Rodrigues Pinto, superintendente comercial da Brasilprev. Ainda segundo o executivo, a idade média tende a recuar cada vez mais.
Mulheres em ação
As mulheres também têm ganho representatividade na carteira das empresas. "Vemos um número cada vez maior de mulheres não só entrando no mercado de trabalho, como também ocupando cargos representativos dentro das companhias, com altos salários. Além disso, as mulheres também estão assumindo o posto de chefe de família", ressalta Rodrigues. Na Brasilprev, as mulheres representavam cerca de 43% do total de clientes da companhia ao final de 2008.
O vice-presidente da Fenaprevi destaca que as mulheres são mais conscientes e se preocupam mais com o futuro. "Vemos que as mulheres são compradoras de previdência privada. Não só para si mas para os filhos também", aponta Russo.  (Vanessa Correia - Brasil Econômico/CQCS)

Investimento externo cai mais no Brasil
Fluxo ao país recua 49,5% em 2009, ante média global de 39% e de 2,6% na China, segundo compilação da ONU
Venda de ativos de empresas estrangeiras no Brasil explica recuo e perspectivas são positivas, diz analista do órgão
O fluxo de investimento estrangeiro direto no mundo caiu 39% no ano passado em relação a 2008 por conta da crise econômica global, informou a Unctad (braço da ONU para comércio e desenvolvimento). Para o Brasil, porém, o tombo foi maior: 49,5%.
Segundo o relatório "Monitoramento das Tendências Globais de Investimento", lançado ontem em Genebra, o fluxo, que era de US$ 1,7 trilhão em 2008, somou pouco mais de US$ 1 trilhão em 2009. E, pela primeira vez, afetou de maneira uniforme países desenvolvidos e em desenvolvimento -interrompendo ciclo de seis anos de alta entre esses últimos.
A Unctad prevê uma retomada modesta neste ano, advertindo que a recuperação do crescimento econômico global e a retomada dos lucros ainda são frágeis. No quarto trimestre, o organismo não observou a melhora esperada.
"[A fragilidade se dá] especialmente porque a recuperação teve o impulso potencialmente transitório de pacotes econômicos especiais implementados pelos grandes governos", diz o relatório. Ainda assim, as expectativas de médio prazo são positivas.
Se é possível dizer que a perda atingiu de forma similar os blocos, o mesmo não se repete entre os países. A China registrou uma queda de só 2,6% no seu fluxo e se tornou o segundo maior receptor individual de investimentos diretos, enquanto os EUA sofreram um recuo de 57%, embora sigam líderes.
Brasil
Os investimentos diretos no Brasil caíram de US$ 45 bilhões em 2008 para US$ 22,8 bilhões em 2009 (como comparação, a Petrobras investiu US$ 28,6 bilhões em 2008). A queda do país foi superior não só à da China mas também à dos demais membros do Bric (Índia, 19%, e Rússia, 41%) e de alguns emergentes asiáticos.
Mas Masataka Fujita, chefe do departamento de análise de investimento na Unctad, afirma que isso não representa uma deterioração do ambiente de investimentos no país, que, segundo ele, continua bom.
Para Fujita, o maior motivo de queda no caso brasileiro é o que se chama de "desinvestimento". "Muitas empresas estrangeiras venderam suas subsidiárias a empresas nacionais, e isso se aplica aos demais países da região." Se uma montadora dos EUA vende sua subsidiária brasileira a uma empresa nacional por US$ 1 bilhão, exemplifica, isso contará como US$ 1 bilhão a menos no fluxo.
Houve debandada, diz. "Não é surpreendente que [as empresas] tenham feito isso na América Latina, pois esse foi um movimento especialmente dos grandes investidores americanos, com peso na região."
A redução brusca de fusões e aquisições transnacionais também afetou o saldo, em linha com o movimento global.
A tendência de desinvestimento no Brasil, no entanto, não deve se manter neste ano, pois foi produto direto e imediato da crise, e o ambiente está agora mais favorável nos países das matrizes, diz a Unctad.
"A economia do Brasil está se saindo bem na crise, e os investidores ainda mostram intenção de continuar investindo no Brasil", afirma Fujita.
Como um todo, a América Latina perdeu 40,7% dos investimentos, ante 32% da Ásia, carimbada por analistas como o motor da recuperação.
China
"Podemos dizer que a China é o país que realmente está atraindo investimentos", disse Fujita à Folha.
Os fluxos para a China não apenas se mantiveram constantes durante o ano como começaram já a crescer. "O que é interessante é que antes a China atraía investimentos só em manufatura, mas agora eles estão atraindo também em serviços, no país inteiro, que se diversificam", afirma Fujita.
"Esta é uma tendência que achamos que vai se manter e ganhar força no futuro."  (LUCIANA COELHO - Folha de S.Paulo)

Queda de investimento estrangeiro supera a média mundial
Segundo Unctad, fluxo de IED para o País teve redução de 49% em 2009, ante média global de 39%
Com multinacionais repatriando recursos de suas filiais para socorrer as matrizes e desinvestimentos com a venda de parcelas de empresas estrangeiras ao capital nacional, o Brasil sofreu uma queda dos investimentos em 2009 mais profunda do que a média mundial.
O País, assim, perde posições no ranking dos maiores destinos de investimento estrangeiro direto (IED). Segundo dados divulgados ontem pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), o Brasil registrou redução de 49% nos investimentos, em relação à média mundial, de queda de 39% entre 2008 e 2009. De acordo com a entidade, no mundo, uma recuperação sólida de investimentos apenas será sentida em 2011.
O Brasil passou a ser o país dos Brics (grupo formado por Rússia, Índia e China, além do próprio Brasil) que recebeu o menor volume de investimentos no ano passado. A queda porcentual dos investimentos no Brasil também foi a maior do grupo. A menor foi a da China (-2,6%), seguida por Índia (-19%) e Rússia (-41,1%).
Já a China abandonou a sexta posição no ranking de maiores destinos de investimentos, superou França e Reino Unido e passou a ser em 2009 o segundo maior destino de investimentos no mundo, superada apenas pelos Estados Unidos. Se os investimentos em Hong Kong forem adicionados, a China praticamente se iguala aos americanos.
A crise econômica fez com que os fluxos de investimentos diretos desabassem em 39% em todo o mundo no ano passado. Isso depois de, em 2008, o fluxo já ter sido reduzido em 14%. No Brasil, a retração foi de 49%.
No total, o fluxo de investimentos chegou a pouco mais de US$ 1 trilhão em 2009 no mundo, contra US$ 1,7 trilhão em 2008. Em termos gerais, a queda de fluxo de investimentos foi registrada em todas as grandes economias. Nos países ricos, a queda já vinha ocorrendo em 2008. Mas, no ano passado, a redução atingiu 41%. As maiores quedas ocorreram nos EUA, Reino Unido, Espanha, França e Suécia.
MERCADO AMERICANO
Nos Estados Unidos, a redução de entrada de recursos foi de 57% em parte por causa da queda do número de fusões. Depois de receber US$ 316 bilhões em 2008, a economia americana recebeu US$ 135,9 bilhões em 2009.
Na Europa, a queda dos lucros e os empréstimos retornando às matrizes das multinacionais reduziram o ritmo de investimentos. A queda foi de 63% na República Checa e de 92% no Reino Unido. Os ingleses, que receberam US$ 96 bilhões em 2008, foram o destino de apenas US$ 7 bilhões em 2009, menos que México ou Chile e quase na mesma proporção da Argentina.
Já nas economias emergentes, a queda do IED foi de 35% em 2009, passando de US$ 620 bilhões em 2008 para US$ 405 bilhões no ano passado. Isso depois de seis anos de crescimento. Dois fatores foram fundamentais: a queda de lucros das empresas e a redução dos valores das ações, reduzindo o interesse por fusões.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, os investimentos em 2008 chegaram a US$ 45,1 bilhões, o que colocava o País como o 9º maior destino no mundo. Em 2009, o total de investimentos chegou a US$ 22,8 bilhões, uma queda de 49,5% e que colocou o País na 12ª posição dos maiores receptores do mundo. Itália, Índia e Alemanha superaram o Brasil durante o ano.
James Zhan, autor do estudo da Unctad, afirmou ontem que a economia brasileira havia resistido de forma "relativamente positiva" aos efeitos da crise de 2009. Para Zhan, o problema não é tanto o Brasil, mas a situação internacional.
"O problema está do lado do fornecimento de investimentos. A queda foi geral em todo o mundo", disse Zhan. Segundo ele, dois fatores contam na redução no Brasil. O primeiro é a queda real de investimentos nos setores de mineração, refinaria e recursos naturais.
Mas o que mais teria pesado seria a decisão de multinacionais de repatriar lucros das filiais no Brasil para ajudar a lidar com a crise em suas matrizes. Enquanto os lucros de algumas multinacionais desabaram nos países ricos, suas filiais nos mercados emergentes mantiveram bons resultados. Com esse fenômeno, o dinheiro que seria usado para investimentos acabou retornando para os países de origem dos investimentos, como nações da Europa, Estados Unidos ou Japão.
Mesmo com a queda, o Brasil continua sendo o maior destinatário de investimentos da América Latina, que teve queda de 40,7%. Todo o continente recebeu apenas US$ 85 bilhões em 2009, menos que a China.
O México foi o segundo maior destino, com US$ 13 bilhões, seguido de perto pelo Chile. Já a Argentina foi superada pelo Peru e Colômbia como maiores destinos de investimentos estrangeiros na América Latina.  (Jamil Chade - O Estado de S.Paulo)

Inflação se acelera nos últimos dias
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que serve de base para os reajustes de contratos de aluguel, teve alta de 0,51% na segunda prévia de janeiro. No mesmo período de dezembro, a FGV havia apurado deflação de 0,18%. Aumentos de preços ou desacelerações menores em alimentos, bens intermediários, matérias-primas e minério puxaram o índice para cima. Informações foram coletadas entre 21 de dezembro e 10 de janeiro.  (Correio Braziliense)



Mercado Financeiro

Itau

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Bovespa avança com exterior e Vale
Índices acionários positivos na Europa e EUA e perspectiva de reajuste do minério de ferro estimularam compras de ações
Bovespa, dólar e juros subiram, ontem, dia em que os mercados nos EUA reabriram após o feriado na segunda-feira. O Ibovespa teve apreciação de 0,73%, aos 69.908,59 pontos. No início da sessão, o índice paulista chegou a cair em meio à cautela dos investidores após mais sinais de aperto monetário na China. Contudo, as bolsas europeias e norte-americanas firmaram-se em alta e o mercado de ações local acompanhou, sustentado ainda pelos ganhos dos papéis da Vale. O diretor-executivo de ferrosos da companhia, José Carlos Martins, afirmou na véspera que a situação em torno da negociação de preço do minério de ferro para 2010 é bastante positiva para as mineradoras. As ações ordinárias da Vale ganharam 1,38%, a R$ 54,95, e as PNA subiram 1,18%, para R$ 47,25. Em Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 1,09% e o Nasdaq, 1,42%. Os juros avançaram diante dos índices de inflação mais altos nas 2ª prévias do mês, o que acirrou o debate em torno do início do ajuste de alta da taxa Selic, pelo Banco Central. A taxa de janeiro de 2011 passou para 10,32%. O dólar subiu 0,28%, a R$ 1,7720 no balcão, influenciado pela valorização da divisa norte-americana no exterior e expectativas domésticas.  (Tais Fuoco, Alessandra Taraborelli, Silvana Rocha - O Estado de S.Paulo)

Bovespa sobe 0,71%
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou novo pregão de alta, mas o desempenho ficou aquém do registrado pelos pares externos. Ao final da jornada, o Ibovespa marcava valorização de 0,71%, aos 69.908 pontos, com giro financeiro de R$ 5,6 bilhões.
Segundo o diretor da Elite Corretora, Otto dos Santos, quem ficou devendo, novamente, foi a Petrobras, que está atrasada com relação ao mercado. E o que continua segurando um melhor desempenho do papel é a indefinição sobre o processo de capitalização da empresa pelo governo.
Para Santos, é necessário fazer uma crítica quanto a essa especulação em torno do aumento de capital. O ponto é que, enquanto o governo entra com barril de petróleo, o minoritário terá que colocar dinheiro.
Na visão de Santos, controlador e minoritário têm que entrar com o mesmo ativo. " A Comissão de Valores Mobiliários tem que se pronunciar sobre isso " , aponta.
Ontem, o papel PN da estatal caiu 0,46%, a R$ 36,38, enquanto o ON perdeu 0,56%, a R$ 40,67. Vale lembrar que o ativo PN, sozinho, representa cerca de 13% do mercado.
Ampliando a análise, Santos acredita que a Bovespa vai dar alegria aos investidores em 2010, podendo passar dos 80 mil pontos ao longo do ano. Agora, se o governo começar mesmo a subir a taxa Selic em abril, como sugere o consenso de mercado, o índice pode perder um pouco de fôlego.
No entanto, as compras podem encontrar fundamentação nos bons resultados trimestrais das empresas.
Dentro do Ibovespa, Vale PNA liderou os ganhos, apontando alta de 1,17%, a R$ 47,25. O Barclays elevou a recomendação para o papel. Com o terceiro maior volume do índice OGX Petróleo ON se valorizou 0,62%, a R$ 19,30. Também no setor de matérias-primas, Fibria ON se valorizou 4,52%, a R$ 38,15, acompanhando o preço da celulose no mercado externo.
O setor de telecom puxou as vendas Telemar Norte Leste PNA caiu 2,97%, a R$ 57,00. Brasil Telecom PN marcou novo pregão de baixa, devolvendo 2,06%, a R$ 14,20. A ação já perdeu 15% desde que a Telemar anunciou que irá rever a oferta de troca de ativos em função de passivos legais envolvendo a BrT. Ainda no setor, TIM Part PN caiu 2,84%, a R$ 5,13.
Já PDG Realty amargou baixa de 2,46%, para R$ 15,80. A empresa apresentou o Anúncio ao Mercado de sua oferta secundária de ações, que pode bater R$ 1,8 bilhão.
O destaque de alta ficou com CCR Rodovias ON, que ganhou 6,12%, a R$ 44,00. E Embraer ON subiu 4,89% a R$ 10,07. Cesp PNB, Bradespar PN e Eletrobrás ON e PNB avançaram mais de 3% cada.
O papel ON da TAM apontou alta de 3,35%, a R$ 40,69. A subsidiária Multiplus, responsável por uma rede de fidelização de clientes e pelos programas de milhagem da companhia, apresentou os termos de uma oferta inicial de ações que pode movimentar mais de R$ 1,2 bilhão.
Fora do índice, Telebrás PN saltou 37,79%, a R$ 1,75, com mais de R$ 195 milhões em negócios, quarto maior volume do dia. Já Telebrás ON subiu 35,43%, a R$ 1,72. Forte volume também para Brasil Ecodiesel ON, que ganhou 1,44%, a R$ 1,40, com mais de R$ 140 milhões transacionados.   (Eduardo Campos - Valor)

Bolsa sobe e encosta nos 70 mil pontos
Balanço do Citi agrada; dólar avança para R$ 1,77
O mercado acionário norte-americano retornou do feriado em alta e ajudou a dar fôlego às outras praças financeiras. A BM&FBovespa subiu 0,73%, para marcar 69.908 pontos. No mês, a Bolsa tem alta de 1,92%.
O balanço do Citigroup -que mostrou perdas em 2009, mas gerou boas expectativas para 2010- acabou por ajudar. Com o apoio da alta das ações do setor bancário, o índice norte-americano Dow Jones registrou valorização de 1,09%.
As ações do Citigroup subiram 2,92%, acompanhadas por Morgan Stanley (2,37%), Goldman Sachs (1,04%) e Bank of America (0,40%) -que apresentam hoje seus resultados do último trimestre. Os investidores esperam que as instituições financeiras consigam mostrar em seus balanços que estão preparadas para se recuperarem e crescerem neste ano.
Na Europa, alguns indicadores econômicos piores que o desejado acabaram por esfriar um pouco os ânimos.
Na Alemanha, foi divulgada uma inesperada queda no índice de confiança dos investidores. No Reino Unido, a apresentação do índice de inflação ao consumidor, que mostrou aceleração em dezembro, foi o dado econômico mais relevante do dia. A Bolsa de Londres subiu 0,34%, e a de Frankfurt ganhou 0,98%.
Apesar de positivo no final, o pregão local não foi apenas de ganhos. O Ibovespa, a principal referência da Bolsa, chegou a marcar baixa de 0,77% em seu momento mais fraco.
Entre os papéis de maior liquidez, houve resultados divergentes ontem. O recuo das ações da Petrobras apenas não acabou por atrapalhar o desempenho da BM&FBovespa devido à alta dos papéis da Vale. Sendo as ações mais negociadas no mercado brasileiro, Petrobras PN recuou 0,46%, enquanto Vale PNA subiu 1,17%.
Já no topo das altas do pregão de ontem apareceram CCR ON e Embraer ON, com apreciações de 6,12% e 4,89%, respectivamente.
O câmbio não acompanhou as Bolsas, e o que se viu foi o dólar em alta, de 0,23%, cotado a R$ 1,771. No mês, subiu 1,61%.
O dado que mais chamou a atenção dos investidores brasileiros ontem foi o do resultado do IGP-M, que teve alta (0,51%) acima do esperado em sua segunda prévia do mês.
No pregão da BM&FBovespa, os contratos que projetam os juros fecharam com taxas mais elevadas. No contrato que tem resgate em 12 meses, a taxa saltou de 10,27% para 10,34%.   (FABRICIO VIEIRA - Folha de S.Paulo)



Gestão, Produtos e Serviços

Mestra

CM Soluções: Novo site
Acesse www.cmsolucoes.com.br e conheça o novo site da CM Soluções, que apresenta além da empresa e seus valores, a Solução TotalPrev (a mais completa para gestão de EFPCs) através de infográficos. O novo site reflete a filosofia com que a empresa trabalha no desenvolvimento da Solução TotalPrev – tecnologia de ponta, fácil navegabilidade e parceria e compromisso permanente com seus usuários e o segmento de Previdência Complementar.  (AssPreviSite)

Curso de Valuation da Apimec
As inscrições para o curso de Valuation (Avaliação de Empresas) da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) se encerram hojde.
Ministrado por Mauricio Rocha Alves de Carvalho, profissional habilitado com o CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento), o curso abordará temas como Geração de Valor, Fluxo de Caixa Descontado, Eficiência de Mercado e Método do Dividendo.
O curso acontece nos dias 02, 04, 09 e 11 de fevereiro, das 09:00 hs às 12:30 hs, na sede da Apimec, em São Paulo.
Os interessados podem obter mais informações pelo telefone (11) 3107-1571.  (Executivos Financeiros)

Fipecafi: MBA Gestão Financeira e Risco
A Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) está com inscrições abertas para o MBA Gestão Financeira e Risco. O curso busca promover o estudo da mensuração e gestão de risco no ambiente de Finanças Corporativas e nas decisões de mercado.
Além disso, as aulas destacam o aspecto conflitante e críticos, priorizando os desafios da competitividade e proporcionando suporte técnico à gestão das empresas em ambientes de risco.
As aulas começam em março, mas o processo seletivo já foi iniciado. Os interessados podem obter mais informações pelo telefone (11) 2184-2020.    (Executivos Financeiros)


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