Uma postura voltada ao fomento do sistema: Educação Financeira e Previdenciária. Várias entidades já estão adotando uma nova postura perante seus participantes (ativos e assistidos) e os próprios colaborares da(s) patrocinadora(s) - preparo, desenvolvimento e formação de uma nova geração de participantes para o sistema. O AssPreviSite possui uma “expertise” que pode se alinhar e alavancar as ações das EFPCs através de uma parceria que atende aos três níveis de atuação dos programs de educação financeira e previdenciária estabelecidos na instrução da SPC: informação, instrução e orientação. Experimente este excelente material para apoio ao seu processo de Educação Previdenciária. Solicite mais informações e uma demonstração através do e-mail assprevisite1@uol.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,7700, com alta de 0,17% em relação ao fechamento de segunda-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a terça-feira em alta de 0,73%, com o volume financeiro no patamar de R$ 5,59 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou o dia em alta de 1,09% e a Nasdaq subiu 1,42%.
AssPreviSite
Fundos
de pensão são opção de investimento
Menos populares, entidades
fechadas de previdência vêm crescendo de modo consistente
As entidades fechadas de
previdência complementar, chamadas de fundos de pensão, também
abrigam uma parcela significativa de contribuintes que terão complementaridade
em suas aposentadorias. Elas também têm registrado crescimento
consistente nos últimos anos, embora o número de novos entrantes
no sistema não cresça a passos largos - em setembro, o mercado
registrava pouco mais de 1,9 milhão de participantes ativos - a
carteira de investimentos somava R$ 474,5 bilhões. "Além
da própria rentabilidade dos investimentos, os contribuintes não
deixam de fazer aportes, o que ajuda no crescimento do mercado", afirma
José Ribeiro Pena Neto, vice-presidente da Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
O melhor benefício
O executivo, que também
é diretor da Forluz (fundo de pensão dos funcionários
da Cemig e suas subsidiárias), explica que o processo de abertura
de um novo fundo de pensão é complexo, além de as
empresas não fazerem grandes contratações. "A Abrapp
sempre procura mostrar às empresas que oferecer um fundo de pensão
a seus funcionários é o melhor benefício. Mas também
sabemos das dificuldades. Por isso sempre recomendamos que a companhia
interessada faça um estudo antes de criar um plano complementar
de aposentadoria", diz
Nesse sentido, os fundos
instituídos - fundos de entidades de classe, conselhos de profissionais
liberais, sindicatos e cooperativas - têm desempenhado papel fundamental.
"Os fundos instituídos têm conseguido apresentar crescimento
em número de participantes. Por ser um segmento relativamente novo
- com apenas cinco anos de existência - ainda apresenta um enorme
potencial de crescimento. Alémdisso, esses fundos contam com gestores
externos, o que reduz os gastos", ressalta Neto.
Educação financeira
A Abrapp também está
engajada na questão da educação previdenciária.
"As pessoas precisam saber que passada uma certa idade _ entre 30 e 35
anos _, fica difícil acumular recursos suficientes para manter seu
atual padrão financeiro. Além disso, as pessoas esquecem
que seu padrão de vida será maior com mais idade quando comparado
com o início da vida profissional", pondera o vice-presidente da
associação.
O Comitê de Regulação
e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros,
de Previdência e Capitalização (Coremec) conta inclusive
com um capítulo referente à educação financeira
e dentro dele será abordada a educação previdenciária.
"Atualmente o projeto está no patamar de como a iniciativa privada
vai contribuir", explica o vice-presidente da entidade. A Abrapp apoia
igualmente as entidades que têm ou querem ter projetos próprios
de educação financeira. (Vanessa Correia - Brasil Econômico/CQCS)
Uma
nova cultura para o sistema
Os fundos de pensão
foram chamados para uma importante decisão do sistema: estruturar
um programa de educação financeira e previdenciária
para seus participantes. A SPC, Entidades Associativas e os Profissionais
do Sistema buscam uma nova, oportuna e necessária postura - preparo,
desenvolvimento e formação de uma nova geração
de participantes dos planos de benefícios.
Além de uma melhoria
na cultura previdenciária e do perfil de entendimento de seus participantes
sobre o sistema de previdência complementar, a legislação,
as entidades e as características que envolvem os planos de benefícios,
esta ação favorece também a formação
e o desenvolvimento de um perfil para uma melhor representatividade destes
junto aos conselhos das EFPCs.
Os ganhos de se ter um participante
melhor preparado e informado são imensuráveis.
Conte com o AssPreviSite
para realizar o primeiro nível deste estratégico processo
- INFORMAÇÃO: a oferta de um conteúdo diário,
dinâmico e específico que estimula e motiva ainda mais a leitura
e envolvimento dos participantes com toda a temática objeto da educação
financeira e previdenciária.
Confira aquilo que podemos
agregar para os instrumentos de comunicação do seu programa,
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fundamentais para este processo formativo. Solicite informações
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Valia
investe mais em imóveis e ações
Em 2010, imóveis,
ações de empresas novas na Bolsa e fundos voltados para governança,
infraestrutura e FIDCs serão os alvos principais do plano de investimento
estratégico do Valia, fundo de pensão dos funcionários
da mineradora Vale do Rio Doce. Quinto no ranking dos fundos de previdência
fechada do país, com patrimônio consolidado de R$ 11,8 bilhões,
em 2009, o Valia projeta ampliar de 3,69% para 6% de seu patrimônio
a fatia de investimentos em imóveis comerciais. Também pretende
avançar de 30,06% para 36% nos negócios de renda variável,
com prioridade para papéis de empresas de commodities, varejo e
bancos, disse Eustáquio Lott, presidente da fundação.
Apesar de apostar na tendência
em longo prazo da queda do juro básico, o fundo ainda aplica 61,99%
de seu patrimônio consolidado em títulos de renda fixa do
Tesouro, concentrados em papéis longos, com cupom médio na
faixa de 9% ao ano, informa Maurício da Rocha Wanderley, diretor
de Investimento da fundação.
Wanderley acredita que um
cenário de queda do juro básico, atrelado a uma economia
aquecida, vai criar boas oportunidades para a fundação investir,
também a partir deste ano, em títulos privados de renda fixa,
com destaque para CDBs, debêntures e FIDCs. Por conta desta perspectiva
favorável, Lott e Wanderley não pretendem alterar a meta
atuarial da Valia, de INPC mais juros de 6% ao ano. "Nós acreditamos
que com uma carteira de títulos longos, aliada a boas perspectivas
na renda variável, vamos manter a rentabilidade real da Valia acima
da rentabilidade atuarial de INPC mais 6%", previu Wanderley. O importante,
diz o economista, é que os ganhos garantam o pagamento da aposentadoria
dos 20 mil aposentados da fundação abrigados nos seus quatro
planos: o mais antigo deles, de benefício definido (BD), que responde
por R$ 8,8 bilhões do patrimônio total do fundo; o Valia Mais,
a Valia Previ e FCA (Ferrovia Centro-Atlântica); e o de contribuição
definida (CD) que acumula R$ 3 bilhões do patrimônio total.
Os bons números do
balanço da Valia em 2009, com destaque para um superávit
de R$ 2 bilhões no ano, fortalecem as expectativas otimistas dos
dirigentes do fundo em relação ao retorno dos investimentos.
A fundação da Vale encerrou o ano com rentabilidade consolidada
de 24,52%. Desagregado este número, o setor campeão de rentabilidade
no ano passado foi a renda variável, com rentabilidade de 70,07%.
O setor imobiliário deu retorno de 23,74% e a renda fixa, de 11,29%.
A rentabilidade média acumulada no período 2001 a 2009 fechou
em 20,85% na média 2001 a 2009, com renda variável se destacando
com 31,28% e renda fixa com 17,43%.
A carteira de ações
da Valia soma hoje R$ 3,6 bilhões, sendo a maior alocação
no Plano de Benefício Definido (BD). A maior participação
acionária deste portfólio é a participação
da Vale, correspondente a R$ 985 milhões ou 31,44% do portfólio
da instituição de previdência fechada.
Com performance incomum
no ano que passou, o investimento em renda variável foi o grande
parte responsável pela recuperação da Valia no pós-crise.
Segundo Eustáquio Lott, no primeiro semestre de 2009, ainda durante
a crise que derrubou os mercados, a Valia viu seu patrimônio recuar
de R$ 10,5 bilhões para R$ 9,6 bilhões em outubro de 2008.
Para brecar e recompor as perdas, a fundação optou por investir
em ações aproveitando o momento de queda das bolsas. "Aplicamos
R$ 700 milhões em renda variável na baixa dos mercados e
tivemos uma rentabilidade neste investimento de 53,3% no final do ano passado",
relatou Lott.
Na ocasião, a Valia
comprou papéis de ações de setores novos no mercado,
como os da construtora JHS, da empresa de saúde e diagnóstico
DASA, da BR Mall´s, da área de shoppings, da GPI Investimentos,
e ainda aportou R$ 340 milhões na chamada de capital da Brasil Food´s,
o que lhe rendeu uma participação de 4,8% na empresa resultante
da fusão da Perdigão com a Sadia.
"Devido ao sucesso da nossa
estratégia na crise, pretendemos crescer em renda variável
e vamos participar da maioria dos IPO´s ( sigla em inglês para
abertura de capital de empresas na bolsa) da Bovespa", destacou o CEO da
Valia.
Outro nicho de negócios
em que a fundação está apostando firme é o
de fundos de private equity, com destaque para os fundos de infraestrutura.
"Não tenho dúvida de que este é um setor que vai ´bombar´
nos próximos anos, dadas as perspectivas de crescimento forte da
economia brasileira", disse Lott.
No momento, a Valia participa
do InfraBrasil, gerido pelo Santander, que concentra 55% em empresas do
setor de energia. Ao todo, o fundo está presente como cotista em
cinco fundos de participações (FIPs), com compromisso de
aporte de R$ 270 milhões, correspondente a 9,5% do patrimônio
total dos fundos de R$ 2,8 bilhões.
Em relação
ao patrimônio consolidado da fundação em dezembro de
2009, os investimentos já aportados em FIPs somam R$ 151,9 milhões
ou 1,35% do patrimônio líquido. A meta da Valia é atingir
5% do patrimônio em investimentos desta natureza.
No quesito investimento
estrangeiro, o fundo dos empregados da Vale está reticente, como
a maioria das fundações fechadas. Mas considera que é
um segmento mais interessante para o longo prazo. Por isso, optou por fazer
um estudo buscando alternativas de diversificação das aplicações
no longo prazo. "O Brasil está oferecendo mais oportunidades no
momento, por isto não estamos vendo nada lá fora para 2010",
informou o diretor de Investimento da Valia. (Vera Saavedra
Durão e Janes Rocha - Valor Online)
Funcef:
Regulamento das Eleições 2010
O Conselho Deliberativo
(CD) aprovou o Regulamento das Eleições FUNCEF 2010
que serão realizadas de 26 de abril a 6 de maio. Serão preenchidas
três vagas para a Diretoria Executiva, quatro para o Conselho Deliberativo
(duas para membros titulares e duas para suplentes) e duas para o Conselho
Fiscal (uma para titular e outra para suplente). A instalação
da Comissão Eleitoral se dará em 22 de fevereiro e será
composta por cinco membros, sendo três indicados pelo CD, um pela
FUNCEF e um pela CAIXA.
Todas as informações
sobre a votação de participantes ativos e assistidos serão
divulgadas oportunamente pela Comissão Eleitoral e estarão
disponíveis no site da FUNCEF. O resultado do pleito será
divulgado dia 7 de maio, com a proclamação da chapa vencedora.
Os eleitos tomarão posse em 1º de junho de 2010.
Chapas - As inscrições
das chapas devem ser feitas no período de 1º a 12 de março
de 2010, das 10h às 17h, na sede da FUNCEF, em Brasília.
Poderão se candidatar participantes e assistidos que cumpram as
exigências do Estatuto da Fundação e do Regulamento
das eleições (Leia regulamento).
Um dos requisitos é
ter completado dois anos de inscrição na FUNCEF (contados
regressivamente de 12 de março de 2010) e ter exercido, nos últimos
cinco anos, dois anos de experiência nas áreas financeira,
administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização,
atuarial ou de auditoria. A Comissão divulgará, em 12 de
março, a relação das chapas inscritas. A divulgação
das chapas homologadas ocorrerá até 14 de abril.
A eleição
de representantes dos associados nos órgãos estatutários
da Fundação representa um avanço na história
da FUNCEF, pois garante paridade administrativa e traz mais transparência
ao fundo de pensão. A democratização no processo de
governança é uma antiga reivindicação
dos participantes. (Funcef/AssPreviSite)
Previ:
Número de telefone para votação
O número de telefone
a ser utilizado por assistidos e demais participantes na votação
a ser realizada de 17 a 27/5, será o 0800-729-0808.
O número havia sido divulgado com um algarismo errado (728 ao invés
de 729). O número foi corrigido poucas horas após a sua divulgação,
mas algumas entidades que reproduziram a notícia nas horas iniciais
após a publicação involuntariamente replicaram o número
incorreto.
Para votar pelo 0800 será
necessário utilizar a senha cadastrada na PREVI, a mesma senha de
seis dígitos utilizada para acessar o Autoatendimento do site. Participantes
em atividade no Banco do Brasil, na PREVI, Cassi e Fundação
Banco do Brasil, em afastamentos regulamentares ou em quadro suplementar,
votam pelo Sisbb. (Previ/AssPreviSite)
Visão
Prev: Dia dos Aposentados
Entidade marca sua participação
no evento da ABRAPP para o Dia dos Aposentados
No dia 22 de Janeiro a Visão
Prev levará dois de seus participantes para serem homenageados no
evento organizado pela ABRAPP referente ao Dia dos Aposentados (24 de Janeiro).
O evento que ocorrerá
na Academia Brasileira de Letras no teatro Raimundo Magalhães Jr,
no Rio de Janeiro, contará com a participação de diversas
entidades e tem como objetivo homenagear os aposentados e ressaltar a importância
da Previdência Complementar para o país.
A Visão Prev comparecerá
representada por um dirigente, que efetuará a entrega de um brinde
e homenageará os seus participantes. (Visão Prev/AssPreviSite)
Serpros:
Cota do PS-II tem nova variação positiva
No mês de dezembro
a rentabilidade da cota do plano PS-II teve uma variação
positiva de 0,75% e o acumulado de 2009 chegou a 21,91%.
Se compararmos mais uma
vez o rendimento do SERPROS com os principais referenciais do mercado financeiro,
fica constatado o ótimo desempenho dos investimentos do Fundo em
2009.
O ano de 2008 foi marcado
pela crise do mercado financeiro mundial o que gerou incertezas para o
futuro das aplicações. Mas o País recuperou-se rápido
e o SERPROS soube aproveitar as oportunidades que surgiram nesse período,
sem abrir mão dos investimentos seguros da sua carteira de médio
e longo prazo.
Neste mês, o resultado
médio dos fundos de investimento de Renda Fixa do mercado registraram
rentabilidade em torno de 9,8% no ano, para os fundos DI, que estão
atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
A poupança teve uma
remuneração acumulada de 6,92% para o dinheiro aplicado.
A Meta atuarial dos Planos
de Benefícios do SERPROS, estabelecida pelo INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) + 6% ao ano, tem como objetivo
definir a rentabilidade mínima necessária dos investimentos
do Fundo para garantir o cumprimento dos seus compromissos futuros. Em
2009 a meta atuarial alcançou o resultado de 10,42 % enquanto que
a rentabilidade da cota no mesmo período foi de 21,91%.
Conforme dito anteriormente,
esse percentual superou, além da meta atuarial, os demais índices
de Renda Fixa do mercado financeiro.
A variação
da cota do PS-II leva em consideração o retorno dos investimentos
em renda fixa, renda variável, imóveis e operações
com os participantes, deduzidos os respectivos custos administrativos.
Os resultados oscilam de acordo com o comportamento dos mercados e a contabilização
dos ativos.
No portal do SERPROS, na
opção - investimentos, relatório gerencial de investimentos
(RGI) - também estão discriminadas as alocações
e provisões adequadas à política de investimentos
traçada pelo Conselho Deliberativo.
No desempenho acumulado
no ano de 2009, a rentabilidade da cota do PS-II foi superior à
variação do Certificado de Depósito Interbancário
(CDI), da caderneta de poupança e da meta atuarial, estabelecida
pelo INPC + 6% ao ano.
Desde a criação
do PS-II no ano de 1999, a rentabilidade da cota superou as aplicações
em Caderneta de Poupança e a meta atuarial do Plano.
(Serpros/AssPreviSite)
Bungeprev:
Rentabilidade chega a 17,26%
A rentabilidade dos investimentos
da Bungeprev alcançou no período de janeiro a novembro do
ano passado, 17,26%, o que representa 189,5% do CDI e 539% da referência
atuarial.
As aplicações
dos recursos são realizadas por gestores, através dos
fundos exclusivos: o BNP Paribas alcançou uma rentabilidade de 17,59%
e o Itaú, 16,93%. Os empréstimos renderam 17,23% no período.
(Aldo Antonio Schmitz - Bungeprev/AssPreviSite)
Banesprev:
Eleição do Comitê Gestor do Plano V
Conforme Regulamento da
Eleição do Comitê Gestor do Plano V, o Banesprev informa
que o prazo para a votação encerrou-se na segunda-feira (dia
18), às 18h00. Portanto, serão recepcionados os votos até
o dia 21/01/2010, às 18h00, desde que postados até o dia
18/01/2010. (Banesprev/AssPreviSIte)
OABPrev-SP:
20 mil participantes
A OABPrev-SP adentra 2010
exibindo dois números emblemáticos: 20 mil participantes
e patrimônio superior a R$ 70 milhões. A entidade, criada
pela OAB-SP e pela CAASP (Caixa de Assistência dos Advogados de São
Paulo) e em atividade desde março de 2006, constitui o fundo fechado
de previdência instituído que cresce em ritmo mais acelerado
no Brasil, reunindo advogados e estagiários inscritos nas seccionais
da OAB de São Paulo, Amazonas, Pernambuco, Ceará, Piauí,
Sergipe e Rio Grande do Norte.
“A evolução
do nosso plano de benefícios é muito gratificante e revela
que, aos poucos, estamos alcançando nosso maior objetivo: conscientizar
o advogado da importância de pensarmos no futuro, de adquirirmos
a chamada cultura previdenciária”, afirma o presidente da OABPrev-SP,
Arnor Gomes da Silva Júnior, que é também vice-presidente
da CAASP.
Investimentos - Nos próximos
dias será anunciada a política de investimentos da OABPrev-SP
para 2010. As aplicações serão flexibilizadas e ganharão
contornos mais arrojados, de forma a se obter maior rentabilidade. Segundo
analistas do setor, a tendência para este ano é que fundos
conservadores elevem o grau de risco de seus investimentos, já que
o cenário econômico apresenta-se favorável. Especialistas
projetam para o fundo dos advogados acumulação de cerca R$
22 milhões no ano.
Conforme a Resolução
3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a política de
investimentos dos fundos de previdência instituídos deve contemplar
limites de alocação de recursos por segmento de aplicação.
Hoje fixadas em 5% do seu patrimônio, por decisão de sua Diretoria
e de seu Conselho Deliberativo, as aplicações da OABPrev-SP
em renda variável (ações) poderão ser elevadas
para até 20%. O teto estipulado pelo CMN para esse segmento é
70%. (Diário dos Fundos de Pensão)
Fundos:
Opportunity e CVM
Histórico do Opportunity
dificulta acordos com CVM
O histórico de casos
de investigações envolvendo o Banco Opportunity tem dificultado
o encerramento, por meio de acordos, de processos administrativos sancionadores
que correm na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em três
casos votados no fim de 2009, que envolvem as disputas antigas do banco
com fundos de pensão, o colegiado da autarquia rejeitou propostas
de termos de compromisso apresentadas pelo Opportunity ou por pessoas ligadas
à instituição, que previam o pagamento total de R$
1,24 milhão ao regulador.
Essas disputas já
foram inclusive finalizadas na prática por acordo entre as partes,
mas isso não suspende o processo de investigação da
autarquia. Entre os motivos para a rejeição das propostas
aparecem a gravidade das supostas infrações e também
os antecedentes dos acusados.
O diretor Eli Loria fez
questão de apresentar manifestação sobre seu voto
para deixar claro esse ponto sobre o histórico dos proponentes,
listando os demais processos em que eles estariam envolvidos, seja com
condenação ou absolvição - sendo que alguns
ainda não tiveram julgamento final.
Sem falar do caso específico,
o chefe da Procuradoria Federal Especializada da CVM, Alexandre Pinheiro
dos Santos, explica que, ao analisar propostas de termo de compromisso,
a autarquia tem como primeiro critério a avaliação
da oportunidade e da conveniência de se encerrar o processo por meio
de acordo, tendo como pano de fundo o interesse público da celebração
desse termo.
O antecedente do acusado
aparece como um dos pontos que devem ser pesados pela área técnica
e pelo colegiado na hora de se chegar a essa conclusão. Mas não
é o único. Segundo o artigo 9 da Deliberação
nº 390 da CVM, que regulamenta o assunto, outros aspectos que devem
ser observados são: a natureza e a gravidade das infrações
objeto do processo e a efetiva possibilidade de punição.
Nesses casos recentes, os
comitês de termo de compromisso (cujos integrantes são técnicos
do regulador) recomendaram a aceitação do acordo. Já
quando o assunto foi para o colegiado, que tem a palavra final e é
formado pelos quatro diretores e pela presidente da CVM, a oferta foi rejeitada.
Quando se chega a um consenso
para o termo de compromisso, o acusado costuma pagar um valor em dinheiro
para o regulador, mas não assume culpa ou responsabilidade pelo
fato investigado.
Procurado para comentar
o caso, o Opportunity, por meio de nota, fez questão de ressaltar
esse ponto, de as propostas de acordo não reconhecerem a culpabilidade,
dizendo que a decisão de apresentá-las reflete "uma análise
do custo e do tempo envolvendo processos dessa natureza". Sobre o voto
desfavorável nos três casos, o banco diz que "propostas (de
termos de compromisso) são rejeitadas e aprovadas pelo colegiado,
no curso normal de suas atividades".
Nos três processos
analisados, a Procuradoria Federal Especializada da CVM aceitou a argumentação
dos acusados de que não haveria mais prejuízo individualizado
a indenizar, já que todos os casos envolviam disputas entre o Opportunity
e os fundos de pensão e que essas pendências teriam sido resolvidas
com a assinatura de um acordo de quitação recíproca
assinado entre as partes em abril de 2008, por ocasião da venda
da Brasil Telecom para a Oi. A indenização de prejuízos
é um dos pré-requisitos para os termos de compromisso.
Apesar de reconhecer a validade
desse acordo, a autarquia entende que isso não significa o fim do
processo administrativo no âmbito da CVM, seja pelos danos difusos
que as práticas supostamente ilegais teriam causado ao mercado como
um todo seja pelo interesse de usar o exemplo para coibir condutas assemelhadas
no futuro.
"O fato de não haver
indenização significa apenas que já se supriu uma
condição. Mesmo assim o colegiado tem de julgar se é
oportuno, conveniente e de interesse público suspender o processo
com termo de compromisso", explica Santos, dizendo que a decisão
sempre será discricionária. (Fernando Torres - Valor
Online)
Fundos:
Usina de Belo Monte
Camargo Corrêa e Odebrecht
se unem para disputar usina no Rio Xingu
As rivais Camargo Corrêa
e Odebrecht se uniram para disputar a concessão da usina de Belo
Monte, no Rio Xingu, Pará. A hidrelétrica será a terceira
maior do mundo e a segunda do Brasil, ficando atrás apenas de Itaipu.
Inicialmente formado pelas
duas empresas, o consórcio deve ganhar outros investidores, como
fundos de pensão, empresas elétricas e grandes consumidores
de energia. Podem fazer parte do grupo o Funcef (fundo de pensão
dos funcionários da Caixa), a Cemig e até a Braskem, empresa
do grupo Odebrecht. Esses acordos estão em fase de negociação.
Durante o leilão
das usinas do Rio Madeira, a última grande disputa do setor elétrico,
as duas empresas tiveram atritos por causa de um contrato de exclusividade
entre os fabricantes de equipamentos e a Odebrecht. Parte do consórcio
concorrente, a Camargo Corrêa levou o caso à SDE (Secretaria
de Direito Econômico), que suspendeu a exclusividade dos contratos.
O caso terminou após ultimato do governo.
Com 11.233 megawatts (MW)
de potência, a mega hidrelétrica custará em torno de
R$ 16 bilhões e espera-se que entre em operação em
2015. O governo espera que haja, ao menos, dois grupos para disputar o
leilão da usina. Entretanto, ainda é necessário aguardar
a licença ambiental, que ainda não saiu.
(Agência Estado)
Fundos:
Odebrecht-Camargo desequilibra leilão
A parceria entre a Odebrecht
e a Camargo Corrêa para participar do leilão da hidrelétrica
Belo Monte, do Rio Xingu (PA), deve provocar um desequilíbrio de
forças entre os consórcios. Para especialistas do setor,
a união entre as duas construtoras faz surgir um grupo muito forte,
que deverá exigir que o governo atue para garantir a forte competição
pelo ativo. "Esse consórcio é muito forte. Por serem grupos
estruturados, a competitividade é enorme", afirma o coordenador
do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica (Gesel-UFRJ), Nivalde
de Castro.
Com o anúncio do
acordo entre as empresas, ao que tudo indica, o leilão de Belo Monte
será disputado por dois consórcios: um liderado por Camargo
Corrêa e Odebrecht e outro conduzido pela construtora Andrade Gutierrez.
Agora, a dúvida recai sobre quais investidores entrarão em
parceria com esses dois grupos.
Anteriormente, um consórcio
que se formava para a disputa era constituído por Neoenergia, Vale
e CPFL Energia, esta controlada pela Camargo. O grupo foi apelidado de
"consórcio Previ", já que o fundo de pensão tem participação
relevante nas três empresas.
Dada a magnitude da hidrelétrica,
cujo investimento varia entre R$ 16 bilhões e R$ 30 bilhões,
segundo estimativas do governo e do setor privado, é natural que
a Odebrecht e a Camargo se juntem para a disputa da concessão, de
acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Investidores
em Autoprodução em Energia (Abiape), Mário Menel.
A associação permite que as empresas compartilhem os riscos
da usina, que será a maior hidrelétrica 100% brasileira,
com 11 mil MW de capacidade e com um volume de escavações
superior ao do Canal do Panamá. "A associação entre
as duas principais construtoras complica para o outro consórcio.
É pouco provável que a Andrade Gutierrez tenha capacidade
financeira para suportar todos os riscos do projeto", avalia o executivo.
No consórcio com
a Andrade, é provável que entre a Cemig. Isso porque a construtora
está prestes a adquirir a participação da Southern
Eletric Brasil (SEB), que tem como um dos acionistas a americana AES, na
estatal mineira. Segundo Menel, a Andrade Gutierrez poderia atrair outras
construtoras nacionais para o grupo, como a Queiroz Galvão e a OAS.
"Aí temos o problema de governança. Se para um acordo envolvendo
Odebrecht e Camargo Corrêa deve ser complicado, imagina para o consórcio
com várias construtoras", argumentou.
RISCOS. Os principais riscos
de Belo Monte são as obras dos canais, que demandarão grandes
escavações de terra e rocha, e as condicionantes para a mitigação
dos impactos ambientais, que ainda não foram definidos. "As lideranças
indígenas não estão satisfeitas, e estão se
mobilizando dentro e fora do País", acrescentou o executivo.
Inicialmente, o temor do
Ministério de Minas e Energia (MME) era de que apenas um consórcio
fosse formado para o leilão. Tanto que o governo atuou para desfazer
o grupo único que se formava para a disputa, que era constituído
pela CPFL, pela Cemig, pela Neoenergia e pela Tractebel. Por isso, o diretor-executivo
da Andrade & Canellas, Silvio Areco, acredita que mais uma vez o governo
terá um papel decisivo para garantir a competição.
"O governo olhará para essas movimentações e dará
um sinal para garantir um equilíbrio entre os consórcios",
justificou.
Nesse contexto, o papel
do grupo Eletrobrás pode ser decisivo. De acordo com De Castro,
a tendência nesse leilão é de que as controladas da
holding federal entrem em cada consórcio. "A controlada que estiver
no consórcio vencedor repassará a participação
à Eletrobrás. Essa é a diretriz da empresa", disse
o especialista.
No ano passado, o Gesel-UFRJ
produziu um estudo, a pedido da Eletrobrás, sobre qual modelo seria
mais eficiente para o grupo para a disputa dos leilões de geração
e transmissão: disputar com as subsidiárias ou com a holding.
Apesar de reconhecer a força de um consórcio envolvendo a
Camargo Corrêa e a Odebrecht, o coordenador do Gesel ponderou que
isso não significa que o grupo já pode ser considerado o
favorito na disputa por Belo Monte. "O jogo ainda não acabou. Alguns
grupos ainda não se posicionaram", disse Nivaldo de Castro. A Suez,
controladora da Tractebel, não estaria em nenhum grupo ainda.
Outro ponto a verificar
é como se dará a participação dos autoprodutores
(indústrias que são grandes consumidoras de energia) nos
consórcios. Diferentemente do que ocorreu nas usinas do Rio Madeira,
é pouco provável que ocorra uma assimetria de informações
entre os investidores. Isso porque a Andrade Gutierrez, a Odebrecht e a
Camargo Corrêa desenvolveram os estudos da hidrelétrica, juntamente
com a Eletrobrás. (WELLINGTON BAHNEMANN - Agência Estado/Jornal
do Commercio Brasil)
Fundos:
Após crise, Vale volta a contratar
De olho no crescimento da
demanda mundial por minério de ferro, a Vale já começou
a recontratar funcionários demitidos durante a crise mundial deflagrada
em setembro de 2008, que provocou uma forte retração nas
compras de insumos básicos. Cerca de 300 empregados foram contratados
no final de 2009 e a empresa prevê que "milhares" de postos de trabalho
sejam reabertos este ano. "Toda a cadeia de mineração está
em processo de recontratação. A gente também já
tem feito recontratações", disse o diretor executivo de Ferrosos
da empresa, José Carlos Martins.
Para se ajustar ao cenário
de crise, a companhia chegou a dispensar quase 2 mil funcionários,
o que colocou a Vale na mira do governo. O próprio presidente da
República, Luís Inácio Lula da Silva, passou a criticar
publicamente o modelo de gestão adotado pela empresa. O armistício
só veio no final do ano, quando a Vale anunciou um investimento
recorde para 2010, de cerca de US$ 13 bilhões.
Hoje, com um quadro bem
diferente, a Vale espera retornar aos níveis pré-crise. Segundo
Martins, a companhia caminha para atingir um patamar de vendas de 300 milhões
de toneladas, volume próximo ao de sua capacidade instalada, que
é de 310 milhões de toneladas. "Vamos ficar acima de 2008
e podemos até superar", previu. Em 2008, as vendas somaram 280 milhões
de toneladas.
O cenário de demanda
mais aquecida, segundo ele, deixa as mineradoras em uma situação
confortável este ano para negociar o preço do minério
de ferro que será fornecido este ano em contratos de longo prazo.
(Mônica Ciarelli - O Estado de S.Paulo)
Fundos:
Venda voltára a nível pré-crise, diz Vale
A Vale projeta que neste
ano poderá retomar os níveis de venda de minério de
ferro de 2008, da fase pré-crise, quando embarcou 280 milhões
de toneladas. Segundo o diretor de ferrosos da Vale, José Carlos
Martins, dependendo do desenvolvimento da produção, a quantidade
pode ser superada. Ele disse que, com a alta da demanda, a empresa tem
contratado. No fim de 2008, a Vale chegou a demitir 1.300 funcionários.
(Folha de S.Paulo)
Fundos:
Petrobrás não consegue atingir meta
A Petrobrás confirmou
ontem que não conseguiu atingir a meta de produção
nacional de petróleo prevista para 2009, que era de 2,1 milhões
de barris por dia. Segundo comunicado oficial, a produção
de petróleo da companhia no Brasil fechou o ano com uma média
de 1,97 milhão de barris por dia. Embora tenha ficado abaixo da
meta, o volume representa um crescimento de 6,25% em relação
ao ano anterior.
Somando suas atividades
internacionais, a estatal extraiu uma média de 2,525 milhões
de barris de petróleo e gás por dia em 2009, crescimento
de 5,22% em relação a 2008. O aumento foi provocado pela
conexão de novos poços a plataformas gigantes no Brasil,
como P-52 e P-54, além do início da operação
do campo de Akpo, na Nigéria, entre outros projetos de menor porte.
No Brasil, a companhia já
esperava dificuldades em atingir a meta de produção nacional
estipulada para o ano. Em entrevista recente, o diretor de exploração
e produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, admitiu
que a meta não seria cumprida mas comemorou o crescimento da produção.
A produção máxima foi atingida em setembro: 2,003
milhões de barris por dia.
Em dezembro, porém,
houve queda de 0,19% no volume de petróleo extraído no Brasil,
para 1,987 milhão de barris por dia. Já a produção
nacional de gás subiu 0,61% ante o mês anterior, atingindo
50,98 milhões de metros cúbicos por dia. (Nicola
Pamplona - O Estado de S.Paulo)
Fundos:
JAL pode beneficiar a Embraer
Para analistas, a Embraer
e a Mitsubishi Heavy podem se beneficiar com a concordata da JAL, depois
que a companhia aérea japonesa reformular sua frota com aviões
menores e de consumo mais eficientes de combustível. A JAL planeja
aposentar todos os seus 37 Boeings 747-400 e todos os seus MD-90 para trocá-los
por aviões menores. A redução do tamanho da maior
companhia aérea do Japão em receita pode gerar novas encomendas
à Embraer e possivelmente ajudar o projeto de jato regional da Mitsubishi
a sair do chão, afirmaram analistas.
A JAL já é
cliente da Embraer. A empresa japonesa já recebeu da Embraer seis
aviões modelo 170 e tem pedidos firmes em carteira para mais quatro
aviões. A Embraer aguardava ontem o posicionamento da JAL em relação
ao acordo. (Reuters/O Estado de S.Paulo)
Abrapp:
Comissões Técnicas em 2010
O ano começa com
as comissões técnicas mostrando a sua força.
Várias já agendaram reuniões para janeiro: a Comissão
Técnica Regional Nordeste de Contabilidade (21), a Ad Hoc do Sistema
SIND (27) e a Comissão Técnica Nacional de Tecnologia da
Informação (27). A Comissão Técnica Regional
Sudeste de Governança já se reuniu no último dia 14.
Vistas como núcleos
de competência de nosso sistema, até porque reúnem
muitos dos melhores quadros profissionais das associadas, as comissões
oferecem o ambiente adequado para que frutifique uma sempre útil
troca de ideias e experiências.
No ano passado as comissões
técnicas nacionais realizaram 70 reuniões, das quais participaram
os 171 membros das CTNs. No mesmo período as regionais, com seus
316 participantes, reuniram-se 65 vezes.
Nova comissão – E
novas comissões não param de surgir. Na próxima terça-feira,
dia 26, encerra-se o prazo para que as associadas mineiras façam
as suas indicações para a composição da recém
criada CTR Leste de Comunicação e Fomento. Até agora
foram apontados cinco nomes, faltando assim três para que seja alcançado
o número mínimo de membros. (Diário dos Fundos
de Pensão)
Previdência,
87 anos
Os sistemas de previdência
existentes no Brasil têm obtido resultados expressivos nos últimos
tempos. No setor privado – lucrativo - a captação do mercado
de previdência aberta, vinculado a instituições financeiras,
alcançou R$ 33,2 bilhões entre janeiro e novembro de 2009,
21,3% a mais que o obtido no mesmo período de 2008. A carteira de
investimentos do setor - ativos que garantem as provisões técnicas
- cresceu 25,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior,
atingindo R$ 178,2 bilhões. Já os 372 fundos de pensão,
vinculados às estatais e empresas em geral, administram hoje R$
460 bilhões de ativos e atendem a 2,6 milhões de participantes
e assistidos. Desde dezembro de 1998, o segmento cresceu 393%, em valores
absolutos.
Ao mesmo tempo, os regimes
públicos, um vinculado às aposentadorias dos servidores públicos
das três esferas de governo e três poderes, e o outro, garantidor
de benefícios aos trabalhadores do setor privado, apesar de “oficiais”
relatórios negativos, se constituem em instrumentos de redistribuição
de renda, em especial o administrado pelo Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). No setor público, os entes municipais e estaduais
organizam e consolidam seus Regimes Próprios, aos poucos. Ao todo,
são mais de 9,3 milhões de brasileiros vinculados aos Regimes
Próprios, sendo cerca de 35% deles já inativos ou beneficiários
de pensão.
Já o modelo gerido
pelo INSS, apresenta trajetória ascendente, ao se aproximar dos
noventa anos neste 24 de janeiro, data que relembra o marco inicial, lá
em 1923, de um Decreto, curiosamente chamado de Lei Eloy Chaves, criando
as primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões para trabalhadores
ferroviários.
Apesar de se constituir
em somente um dos subsistemas previdenciários existentes no Brasil,
a cada dia se consolida mais e mais no seu papel social, relevante e inconteste.
São 27,9 milhões
de aposentadorias, pensões e outros benefícios (18,8 milhões
urbanos e 8,1 milhões rurais) mantidos religiosamente, com pagamentos
pontuais, que colocam mensalmente na economia mais de R$ 20 bilhões,
beneficiando, por extensão, quase 80 milhões de brasileiros.
No conjunto da arrecadação tributária nacional, enquanto
a maior parte dos tributos sofreu impacto expressivo em decorrência
da crise que afetou a economia mundial, a arrecadação das
contribuições previdenciárias foi umas poucas que
se elevou em 2009, em comparação com 2008, segundo os números
consolidados até novembro.
É também público
e notório, divulgado aos quatro ventos, que o volume dos recursos
repassados pelo INSS aos cidadãos dos mais recônditos rincões,
na maior parte das coletividades, supera a verba distribuída diretamente
pela União. Traduzindo, em mais de 60% dos municípios, o
montante dos benefícios previdenciários é maior do
que os repasses oriundos do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM).
Estas e outras informações
têm que estar sempre presentes na memória de todos aqueles
que, volta e meia, atacam o sistema previdenciário e o tacham de
deficitário e incapaz de atender aos seus desígnios constitucionais.
Nada disto! Devemos sempre saudar e homenagear a existência da previdência
brasileira, fundamental e indispensável amortecedor social numa
Nação ainda fragilizada pela miséria de expressiva
parcela de sua população. Felizes 87 anos, previdência!!!
(Vilson Antonio Romero - Anfip)
Reconhecimento
ao esforço pela Previdência
Em audiência com o
ministro da Previdência José Pimentel para tratar de questões
de interesse da associação que presido, a Anasps, o encontrei
com a sensação do dever cumprido, comemorando a concessão
da 27ª milionésima aposentadoria do INSS. Sem dúvida
um marco na proteção social e na previdência pública
do nosso País, que em 2010 está chegando aos 87 anos.
Os resultados obtidos falam
por si: a cobertura social entre as pessoas com idade entre 16 e 59 anos
chegou a 65,9%, em 2008, depois de ter descido a 61,7% em 2002; 81,79%
dos idosos de 60 anos ou mais recebem aposentadoria e/ou pensão;
em 2008, a expectativa de vida dos brasileiros está próxima
dos 82,9 anos homens e 78,8 mulheres; em 2010, a distribuição
de renda através dos benefícios previdenciários contempla
15,5 milhões de urbanos e 8 milhões de rurais e 3,5 milhões
de benefícios assistenciais; o valor médio dos benefícios
, em novembro, foi de R$ 1,004,11, considerados apenas os benefícios
previdenciários com o 13º, em termos regionais são 1,2
milhão de benefícios no Norte com R$ 7,1 bilhões,
7,1 milhões no Nordeste com R$ 40,5 bilhões, 1,3 milhão
no Centro Oeste com R$ 8,8 bilhões, 11,7 milhões no Sudeste
com R$ 100,6 bilhões e 4,6 milhões no Sul com R$ 34, bilhões;
em 3.449 , 61,9%, dos municípios brasileiros, (5,2% no Norte, 6,9%
no Centro Oeste, 23,9% no Sul, 30% no Nordeste e 33,8% no Sudeste), em
2008, os pagamentos da Previdência superaram as transferências
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), confirmando
o impacto da Previdência sobre a renda municipal e a sustentabilidade
proporcionada à federação brasileira.
O ministro Pimentel vestiu
a camisa da Previdência, arregaçou as mangas e melhorou o
atendimento, substituindo de vez a fila visível e humilhante pela
hora marcada, através da central 135; instituindo a concessão
de aposentadoria em 30 minutos, o reconhecimento automático de direitos
de trabalhadores urbanos, rurais, quilombolas, indígenas, pescadores;
ampliando a rede de atendimento, em processo, com a implantação
de 720 novas agências em municípios com mais de 20 mil habitantes,
das quais 300 serão inauguradas em 2010; fornecendo o extrato de
informações previdenciárias e expedindo carta aos
segurados, informando aos que completaram tempo e que podem se aposentar
e revelando o valor estimado de seu benefício.
Uma nova era se abre no
INSS. O que nós servidores queremos?
Que o ministro tenha forças
para até a sua desincompatibilização tocar a administração
e que não seja substituído por gente mal intencionada, desonesta
e incompetente. Que o seu trabalho tenha continuidade e seja aperfeiçoado.
A equipe que ele formou e os quadros à sua disposição,
felizmente 90% dos gerentes executivos são associados da Anasps,
aguardam que em 2010 o INSS tenha condições de realizar o
Plano de Ação, que dará mais e melhor visibilidade
ao INSS.
Claro que as questões
estruturais não foram tocadas, especialmente a relacionada com o
financiamento da Previdência Social, a fonte de todos os desequilíbrios.
Ao contrário do que afirmam e escrevem os inimigos da Previdência
social pública, a serviço do mercado e da especulação
financeira, o problema não está nos benefícios baixos,
a ponto de 80% dos aposentados e pensionistas receberem o salário
mínimo, mas no financiamento, tanto que levaram 12 milhões
de brasileiros a procurar os planos privados de previdência, sem
qualquer garantia e com grande risco.
Urge abrir a caixa preta
da sonegação, da má gestão de arrecadação,
fiscalização, cobrança, recuperação
de crédito, na sonegação aberta e oculta, na evasão,
na elisão, nas renuncias, nos refis, no calote induzido e consentido.
A lógica do financiamento é perversa com o segurado contribuinte
e beneficiário do Regime Geral de Previdência Social, enquanto
premia a roubalheira e a corrupção. (PAULO CÉSAR
REGIS DE SOUZA - Jornal do Commercio do Brasil)
Déficit
da Previdência Social fecha ano em R$ 43,6 bi
A Previdência Social
encerrou 2009 com déficit de R$ 43,614 bilhões, resultado
de uma arrecadação de R$ 184,577 bilhões e de despesas
de R$ 228,192 bilhões. O déficit ficou pouco acima da estimativa
do governo, de cerca de R$ 42 bilhões. Em dezembro, foram arrecadados
R$ 25,5 bilhões e gastos R$ 23,8 bilhões, o que resultou
em superávit de R$ 1,756 bi, favorecido pelo resultado da Previdência
urbana, que arrecadou R$ 25,1 bilhões, enquanto as despesas não
passaram de R$ 19,0 bilhões, o que gerou saldo de R$ 6,049 bilhões.
(Fenaseg)
Após
2 anos de queda, deficit cresce 12,6%
Resultado é atribuído
a ritmo menor de criação de vagas; benefício a rurais
responde por 94% do rombo
Apesar do resultado positivo
registrado em dezembro, a Previdência Social teve um deficit acumulado
de R$ 43,6 bilhões em 2009. O rombo foi 12,65% superior de 2008
e é o pior resultado do INSS desde 2007.
O saldo negativo na conta
previdenciária voltou a subir após queda significativa entre
2007 e 2008. Há dois anos, o deficit estava em R$ 51 bilhões.
Segundo Helmut Schwarzer,
secretário da Previdência Social, em 2008, houve grande criação
de empregos, o que não ocorreu em 2009 devido à crise. "O
emprego formal estava crescendo a todo o vapor em 2008. Em 2009, o primeiro
semestre foi um pouco mais fraco, e o segundo puxou forte."
Em 2009, a arrecadação
previdenciária somou R$ 184,6 bilhões, alta de 6,1% ante
o ano anterior. Porém, devido ao reajuste do salário mínimo
para R$ 465, a despesa com benefícios aumentou em maior proporção,
7,3% na mesma comparação, para R$ 228,2 bilhões.
Em dezembro, único
mês de 2009 no qual o INSS fechou as contas no azul, houve superavit
de R$ 1,75 bilhão. Segundo a Previdência, o resultado refletiu
o aumento nas contribuições por conta do 13º salário.
O pagamento de benefícios
a trabalhadores rurais foi responsável por 93,7% de todo o deficit
registrado pelo INSS em 2009, causando um rombo de R$ 40,9 bilhões.
Já a previdência urbana teve resultado deficitário
de R$ 2,7 bilhões.
Segundo Schwarzer, mesmo
com o reajuste do salário mínimo em 2010, para R$ 510, a
expectativa para este ano é de uma melhora nas contas do INSS por
conta da recuperação do mercado de trabalho.
Para Istvan Kasznar, professor
da Escola Brasileira de Administração Pública e de
Empresas da FGV, o crescimento do deficit previdenciário ainda não
chega a ser preocupante por ser pequeno em relação ao PIB.
"Com o retorno do crescimento a uma taxa anual de 5%, é possível
que a previdência urbana se torne superavitária nos próximos
anos." (LORENNA RODRIGUES e EDUARDO RODRIGUES - Folha de S.Paulo)
Déficit
da Previdência sobe 12%, para R$ 43 bi
Percentual em relação
ao PIB volta a crescer. Crise e aumento do salário mínimo
explicam resultado pior de 2009
A crise financeira - que
reduziu a arrecadação das contribuições ao
INSS - e o impacto do reajuste do salário mínimo fizeram
com que o déficit da Previdência Social voltasse a crescer
em 2009, para R$ 43,614 bilhões, alta de 12,6% sobre o resultado
de 2008. Em relação ao Produto Interno Bruto, o rombo subiu
de 1,20% para 1,41%.
Em 2009, as despesas do
governo com pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios
atingiram R$ 228,192 bilhões, acima das receitas, que foram de R$
184,577 bilhões.
O gasto com benefícios
superou em 7,3% o registrado no ano anterior, que foi de R$ 212,625 bilhões.
Além de conceder aumento real (acima da inflação)
para o salário mínimo, o governo adotou a política
de antecipar, a cada ano, em um mês a data do reajuste, que era pago
a partir de maio.
A última correção
entrou em vigor em janeiro e terá impactos na folha de fevereiro.
O Ministério da Previdência
ainda não tem projeções sobre o déficit de
2010. Porém, para reduzir o desequilíbrio e compensar o impacto
das bondades em relação ao piso, será necessária
uma receita extra de R$ 14,4 bilhões, no mínimo.
Governo aposta na alta de
empregos para arrecadar O cálculo considera a alta do piso de R$
465 para R$ 510, o aumento dos benefícios acima do mínimo,
além do repasse de metade do crescimento do PIB para os segurados.
Há ainda um gasto de R$ 2 bilhões por ano que o Tesouro terá
de arcar com os benefícios da Lei Orgânica de Assistência
Social (LOAS) - concedidos a idosos e deficientes de baixa renda.
Para mudar o quadro, o governo
aposta no aumento dos empregos formais, o que pode elevar a arrecadação
com as contribuições previdenciárias.
- É possível
que haja empate (com o déficit de 2009) e até mesmo que supere
2009 - disse o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer.
Como costuma ocorrer em
dezembro, devido ao recolhimento sobre o 13osalário, a Previdência
registrou superávit de R$ 1,76 bilhão - arrecadação
de R$ 25,591 bilhões e despesa de R$ 23,835 bilhões. Mas
o saldo no mês ficou abaixo do de 2008 (R$ 1,81 bilhão).
(Geralda Doca - G1)
Déficit
atinge 1,41% do PIB em 2009
O orçamento da seguridade
prevê, para 2010, déficit de R$ 43,29 bilhões para
o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), cerca de 1% a mais,
em termos nominais, que o registrado em 2009 (R$ 42,867 bilhões).
Como proporção Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, a
expectativa é que o desempenho deste ano retome a trajetória
de queda verificada em 2007 e 2008, encerrando o exercício com déficit
equivalente a 1,31% do PIB. Em 2009, os efeitos da crise global quebraram
essa tendência, elevando o saldo negativo para 1,41% do PIB.
O aumento na relação
déficit/PIB, no ano passado, decorreu, em grande parte, dos efeitos
da crise financeira, que provocou forte desaceleração no
ritmo de crescimento da economia. Em 2008, o PIB cresceu, em termos reais,
5,1%, favorecendo a redução do déficit como proporção
do produto. Para 2009, a estimativa de crescimento econômico real
é de apenas 1%.
A forte desaceleração
do PIB gerou consequências sobre o nível de emprego e massa
salarial, afetando, assim, as receitas do RGPS, explicou o secretário
de Políticas de Previdência Social do Ministério da
Previdência, Helmut Schwarzer. A arrecadação líquida
do regime geral não chegou a diminuir nem mesmo em termos reais,
pois passou de R$ 163,35 bilhões para R$ 182 bilhões na comparação
entre 2008 e 2009. Mas houve redução no ritmo de crescimento
real, disse Schwarzer. Em 2008, a arrecadação líquida
do RGPS aumentou 10% acima da inflação medida pelo INPC.
Em 2009, o crescimento foi de 6,1% acima do INPC.
O secretário salientou
que a crise também influenciou as receitas do RGPS ao afetar a produção
agrícola, base de cálculo para recolhimento de contribuições
para as aposentadorias de trabalhadores rurais. A receita procedente do
setor foi de R$ 4,56 bilhões, para uma despesa de R$ 44,85 bilhões,
o que elevou o déficit para R$ 40,28 bilhões, em comparação
com R$ 34,93 bilhões em 2008.
A crise global, porém,
não explica tudo. Outros fatores contribuiram para a elevação
do déficit, como as decisões judiciais tomadas contra a Previdência,
em processos movidos por aposentados e trabalhadores, que se sentiram lesados
nos seus direitos. Só o pagamento dessas sentenças exigiu
gasto de R$ 6,5 bilhões em termos nominais, no ano passado, valor
19,2% superior ao registrado em 2008.
No que se refere às
despesas da Previdência, o que mais influenciou a variação
foi a decisão do governo de manter a política de reajustes
reais para o salário mínimo, ao qual estão vinculados
cerca de dois terços dos benefícios do INSS. Em fevereiro
de 2009, o mínimo subiu de R$ 415 para R$ 465. Em 2010, subiu novamente,
para R$ 510 (9,67%), elevando , na mesma proporção, as aposentadorias.
Cumprindo acordo firmado
em agosto com as centrais sindicais, no início deste mês o
governo deu ainda reajuste de 6,14% para as aposentadorias superiores ao
mínimo, o que representa aumento real de 2,51% além do INPC.
Portanto, em 2010, os gastos da Previdência Social continuarão
a crescer em termos reais.
Em 2009, as despesas do
RGPS somaram R$ 224,876 bilhões em valores correntes, aumentando,
em termos nominais, 12,68% em relação a 2008. As receitas,
por sua vez, variaram nominalmente 11,4%, um pouco menos, portanto, atingindo
R$ 182 bilhões. O déficit, por sua vez, saiu de R$ 36,206
bilhões para R$ 42,867 bilhões, também em termos nominais.
Se forem considerados números atualizados pela inflação
do INPC até de dezembro de 2009, o déficit do RGPS subiu
de R$ 38,71 bilhões para R$ 43,61 bilhões, de 2008 para 2009.
Também subiram expressivamente
os gastos relativos à devolução de contribuições
previdenciárias a Estados e municípios, que criaram regimes
próprios de previdência. Até 2008, a compensação
previdenciária era traço nos balanços da Previdência.
Mas por pressão dos prefeitos sobre o governo federal, o acerto
de contas se acelerou e foi devolvido R$ 1,03 bilhão em 2009. Com
a criação dos regimes próprios, as aposentadorias
de servidores, que antes contribuíam para o INSS, passaram a ser
responsabilidade desses Estados e municípios. Por isso, a devolução.
(Mônica Izaguirre - Valor Online)
Resultado
da arrecadação de dezembro
O Ministério da Previdência
Social divulgou ontem o resultado do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) do mês de dezembro de 2009, que registrou receitas
superavitárias em relação ao pagamento de benefícios.
Houve superávit de R$ 6 bilhões no setor urbano, o maior
valor da série histórica. O saldo positivo resultou de arrecadação
líquida recorde de R$ 25,1 bilhões e de despesa de R$ 19
bilhões. O aumento expressivo da receita decorreu da arrecadação
total das contribuições previdenciárias sobre a folha
salarial relativas ao 13º salário.
No acumulado do ano, a Previdência
também registrou a maior arrecadação no setor urbano
da série histórica. A receita foi de R$ 179,9 bilhões
e a despesa com pagamento de benefícios fechou em R$ 176,3 bilhões.
Resultado rural - No mês
de dezembro, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 444,3
milhões e despesa de R$ 4,7 bilhões. A necessidade de financiamento
foi de R$ 4,2 bilhões. No acumulado de 2009, o setor rural apresentou
arrecadação de R$ 4,6 bilhões e despesa de R$ 45,5
bilhões. O aporte do Tesouro Nacional, feito para equilibrar as
contas por determinação constitucional – alcançou
R$ 40,9 bilhões. O valor pode equivaler a 1,33% do PIB, segundo
projeção do ministério da Previdência.
Benefícios – Em dezembro,
a Previdência Social pagou 23,534 milhões de benefícios,
incluídos os previdenciários e acidentários. Houve
um acréscimo de 3,3%, em comparação com dezembro de
2008. As aposentadorias somaram 15,076 milhões de benefícios,
resultado de uma elevação de 4,3% em relação
ao número de aposentadorias existentes em dezembro de 2008. O valor
médio real dos benefícios pagos pela Previdência Social
teve um crescimento real de 20,2% em dezembro, em relação
ao mesmo período de 2002 e chegou a R$ 726,31. (Anfip)
Rombo
da Previdência cresce 12% em 2009
O regime geral de Previdência
Social fechou 2009 com déficit de R$ 42,867 bilhões, valor
12,65% maior do que o registrado em 2008, em termos reais (descontada a
inflação medida pela INPC). Segundo o secretário
de Previdência Social, Helmut Schwarzer, o desempenho da arrecadação
líquida em 2009 foi prejudicado pelo impacto da crise econômica
no mercado de trabalho, especialmente no primeiro semestre do ano passado.
O secretário afirmou
que no segundo semestre, especialmente no fim do ano passado, a arrecadação
voltou a crescer com mais velocidade, refletindo a recuperação
da atividade econômica. Ele acredita que a arrecadação
terá um crescimento mais forte em 2010, por conta das projeções
de maior crescimento do País, mas não arriscou assegurar
que o déficit da Previdência será menor este ano, porque,
segundo ele, há reajustes de salário mínimo e também
dos benefícios previdenciários para quem ganha acima do salário
mínimo.
Schwarzer explicou que para
que o déficit previdenciário diminua em 2010, a arrecadação
terá de crescer mais do que o conjunto dos benefícios previdenciários,
cujos reajustes somados terão impacto adicional da ordem de R$ 11
bilhões.
Cifras recordes
Segundo Schwarzer, tanto
a arrecadação líquida quanto o pagamento de benefícios
previdenciários em 2009 foram recorde histórico. No ano passado,
a arrecadação líquida somou R$ 182,008 bilhões
ante R$ 163,355 bilhões no ano anterior, representando um crescimento
real (descontada a inflação medida pelo INPC) de 6,13%. A
arrecadação da Previdência urbana em 2009 foi de R$
177,444 bilhões e a arrecadação da Previdência
rural, de R$ 4,564 bilhões.
Já as despesas com
benefícios somaram R$ 224,876 bilhões em 2009, com um crescimento
real de 7,3% ante os gastos em 2008. As despesas da Previdência urbana
totalizaram R$ 180,026 bilhões e as da Previdência rural,
R$ 44,850 bilhões.
No resultado de 2009, a
Previdência urbana teve déficit de R$ 2,582 bilhões
e a Previdência rural saldo negativo de R$ 40,286 bilhões.
Resultado de dezembro
Em dezembro, o INSS teve
superávit de R$ 1,756 bilhão. No mês anterior, em novembro,
o déficit da Previdência havia sido de R$ 3,116 bilhões.
Em dezembro de 2008, com valores atualizados pelo INPC, a Previdência
registrou superávit de R$ 1,81 bilhões.
Somente no mês de
dezembro, a Previdência urbana teve superávit de R$ 6,049
bilhões e a rural apresentou déficit de R$ 4,293 bilhões.
(Agência Estado)
Rombo
cresce 12,6% e fecha ano em R$ 42,9 bilhões
Apesar da arrecadação
recorde de R$ 182 bilhões, impacto da crise no 1.º semestre
prejudicou as contas do INSS
A combinação
de receitas em ritmo mais fraco e despesas em aceleração
fez o déficit da Previdência Social dar um salto e fechar
2009 em R$ 42,9 bilhões. Foi um crescimento de 12,65% em termos
reais ? considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) ? em relação a 2008, quando, pela primeira vez desde
2005 o saldo negativo da Previdência havia registrado queda, fechando
em R$ 36,2 bilhões.
A crise financeira global,
que afetou a economia brasileira fortemente no primeiro semestre do ano
passado, prejudicou as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
É que, com os cortes de vagas nos primeiros meses do ano e a lenta
recuperação do emprego nos meses seguintes, o ritmo de crescimento
da receita previdenciária desacelerou. Em 2008, quando a economia
estava a pleno vapor, as receitas haviam tido expansão real de 9,15%.
No ano passado, a alta caiu para 6,1%. De qualquer forma, o desempenho
não pode ser considerado ruim, tanto que a arrecadação
de 2009 ainda foi recorde: R$ 182 bilhões.
O secretário de Políticas
de Previdência Social, Helmut Schwarzer, afirmou que no segundo semestre
de 2009, especialmente no fim do ano, a arrecadação do INSS
voltou a crescer com mais velocidade, refletindo a recuperação
da atividade econômica. Esse ritmo melhor, combinado com a contribuição
recolhida sobre o décimo terceiro salário, fez com que a
Previdência tivesse superávit de R$ 1,8 bilhão em dezembro.
O estrago foi maior, em
2009, pelo lado das despesas. Refletindo o aumento do salário mínimo
de R$ 415 para R$ 465 e também do pagamento de sentenças
judiciais, o gasto com benefícios previdenciários subiu 7,3%
em termos reais no ano passado, atingindo o valor também recorde
de R$ 224,9 bilhões. Em 2008, o crescimento das despesas havia sido
de apenas 1,1% ante o ano anterior.
O quadro de deterioração
das contas da Previdência em 2009 lembra o período de 2002
a 2006. Naquela época, os reajustes reais do salário mínimo
eram aleatórios e não foram acompanhados de forte arrecadação,
por causa das ainda baixas taxas de crescimento da economia e do mercado
de trabalho. Para Schwarzer, essa situação não se
repetirá este ano. Ele avaliou que a arrecadação terá
um expansão mais forte, em consequência da retomada firme
da atividade econômica.
Apesar disso, ele não
arriscou assegurar que o déficit voltará a cair neste ano.
A elevação do salário mínimo para R$ 515 e
a alta real dos benefícios previdenciários para quem ganha
acima do piso devem continuar puxando as despesas para cima. Para que o
déficit diminua em 2010, a arrecadação terá
de crescer mais do que o conjunto dos benefícios previdenciários.
Schwarzer considerou que isso será possível, mas preferiu
não se comprometer com projeções, que serão
divulgadas apenas depois de análise das contas que será feita
em conjunto com os ministérios da Fazenda e do Planejamento.
No ano passado, nem a Previdência
urbana, que normalmente apresenta números mais equilibrados, conseguiu
fechar com saldo positivo e teve déficit de R$ 2,582 bilhões.
Schwarzer ponderou que o resultado negativo só ocorreu por causa
de compensações de benefícios entre governo federal
e Estados e municípios ? que gerou despesa líquida de R$
1 bilhão ao INSS ? e pelo pagamento de sentenças judiciais.
Sem esses dois fatores, segundo ele, teria ocorrido um superávit
de R$ 3,6 bilhões. "A situação é de quase equilíbrio
na Previdência urbana."
No caso da Previdência
rural, em que o nível de contribuição é muito
reduzido, houve déficit de R$ 40,3 bilhões, ante R$ 34,9
bilhões em 2008. O crescimento pode ser explicado quase totalmente
pela elevação do salário mínimo. (Fabio Graner
- O Estado de S.Paulo)
Previdência
urbana tem superávit em dezembro
Saldo é o maior da
série histórica
A Previdência Social
registrou em dezembro superávit de R$ 6 bilhões no setor
urbano, o maior valor da série histórica. O saldo positivo
resultou de arrecadação líquida recorde de R$ 25,1
bilhões e de despesa de R$ 19 bilhões. O aumento expressivo
da receita decorreu da arrecadação total das contribuições
previdenciárias sobre a folha salarial relativas ao 13º salário,
no último mês de 2009.
No acumulado do ano, a Previdência
também registrou a maior arrecadação no setor urbano
da série histórica. A receita foi de R$ 179,9 bilhões
e a despesa com pagamento de benefícios fechou em R$ 176,3 bilhões.
O pagamento de passivos judiciais da área urbana no valor de R$
5,3 bilhões e da Compensação Previdenciária
(Comprev) feita entre o INSS e os Regimes Próprios de Previdência
Social (RPPS) de estados e municípios, no valor de R$ 1 bilhão,
elevou as despesas para R$ 182,6 bilhões. O saldo final entre arrecadação
e despesa da área urbana gerou uma necessidade de financiamento
de R$ 2,7 bilhões.
Segundo o ministro da Previdência
Social, José Pimentel, as receitas foram superavitárias em
relação ao pagamento de benefícios. “Se não
fosse o elevado pagamento de sentenças judiciais e a compensação
previdenciária, o setor urbano apresentaria superávit de
R$ 3,6 bilhões”.
Os gastos com a Compensação
Previdenciária ocorrem em função do Decreto 6.900,
de julho de 2009 que regulamentou a compensação previdenciária
do estoque de benefícios concedidos pelos Regimes Próprios
de estados e municípios entre 1988 e 1999.
Já as despesas com
pagamento de sentenças são relativas a ações
judiciais principalmente das décadas de 80 e 90.
Na avaliação
do secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut
Schwarzer, a necessidade de financiamento urbana foi bastante reduzida
diante de um ano de crise. O valor foi pouco superior a 2008, quando o
aporte do Tesouro Nacional chegou a R$ 1,5 bilhão, mas expressivamente
inferior aos anos anteriores – R$ 14,3 bilhões, em 2007, e R$ 16,1
bilhões, em 2006.
Para Schwarzer, o bom resultado
das contas deve-se ao fato de que a economia brasileira reagiu muito bem
à crise ocorrida no último trimestre de 2008 e nos três
primeiros meses de 2009. “A crise felizmente não chegou a afetar
tão fortemente o resultado do RGPS”, disse.
O aumento das despesas deve-se
ao reajuste real do salário mínimo que gerou forte impacto,
especialmente na área rural, onde 98,6 % dos benefícios tem
valor igual ao piso previdenciário.
Resultado rural - No mês
de dezembro, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 444,3
milhões e despesa de R$ 4,7 bilhões. A necessidade de financiamento
foi de R$ 4,2 bilhões.
No acumulado de 2009, o
setor rural apresentou arrecadação de R$ 4,6 bilhões
e despesa de R$ 45,5 bilhões. O aporte do Tesouro Nacional, feito
para equilibrar as contas por determinação constitucional
– alcançou R$ 40,9 bilhões. O valor pode equivaler a 1,33%
do PIB, segundo projeção do ministério da Previdência.
O crescimento da necessidade
de financiamento na área rural de R$ 37,2, em 2008, para R$ 40,9
bilhões, deve-se ao aumento real do salário mínimo.
Benefícios – Em dezembro,
a Previdência pagou 23,534 milhões de benefícios, incluídos
os previdenciários e acidentários. Houve um acréscimo
de 3,3%, em comparação com dezembro de 2008.
As aposentadorias somaram
15,076 milhões de benefícios, resultado de uma elevação
de 4,3% em relação ao número de aposentadorias existentes
em dezembro de 2008 (14,453 milhões).
Evolução –
A evolução da quantidade de benefícios emitidos pela
Previdência Social entre dezembro de 2000 e dezembro de 2009, mostra
que houve aumento de 34,3%. Nesse período, os benefícios
previdenciários e acidentários emitidos passaram de 17,5
milhões para 23,5 milhões.
Valor médio real
– O valor médio real dos benefícios pagos pela Previdência
Social teve um crescimento real de 20,2% em dezembro, em relação
ao mesmo período de 2002 e chegou a R$ 726,31. O aumento é
verificado tomando-se por base a média dos primeiros onze meses
de cada ano.
Faixas de valor – Em dezembro
de 2009, 69% dos benefícios pagos pela Previdência Social
possuíam valor de até um salário mínimo, o
que representa 18,7 milhões de beneficiários diretos.
No meio urbano, o percentual
de benefícios com valor de até um salário mínimo
foi de 46,6%, beneficiando 7,2 milhões de brasileiros.
No meio rural, o percentual
de benefícios com valor de até um salário mínimo
foi de 99,3%, beneficiando 7,9 milhões de brasileiros.
(Simone Telles - AgPrev)
Só
emprego segura rombo da Previdência
Deficit no INSS vai a R$
43,6 bi e exige aumento de arrecadação
A Previdência Social
vai ter que contar com um aumento excepcional do emprego e da renda dos
trabalhadores em 2010 para conseguir evitar a elevação do
deficit este ano. "O crescimento da economia não basta, se ele não
for acompanhado do aumento do emprego e da massa salarial", avalia o ex-ministro
da Previdência Social, José Cechin. Para repetir o rombo registrado
em 2009, de R$ 43,6 bilhões em termos reais, Cechin acredita que
a previdência terá que conseguir repetir a evolução
da arrecadação de 2008. Naquele ano, o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) registrou um crescimento real de 10% na arrecadação.
No ano passado, com a crise afetando fortemente o emprego nos primeiros
meses do ano, a arrecadação cresceu pouco mais de 6%.
Os dados da Previdência
Social foram divulgados ontem pelo secretário de Políticas
de Previdência Social, Helmut Schwarzer. Segundo ele, o resultado
de 2009 foi fortemente impactado pelo aumento do salário mínimo.
Daí o crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior.
De 2007 para 2008, com o crescimento recorde da arrecadação,
o rombo caiu significativamente, baixando de R$ 51 bilhões para
R$ 38,7 bilhões. Repetir essa performance, no entanto, não
será fácil e nem o secretário se arrisca a fazer projeções.
Schwarzer conta com as boas perspectivas para 2010 para que a Previdência
Social possa, pelo menos, manter as contas estabilizadas no atual patamar.
Extras
De acordo com Cechin, mesmo
para manter o deficit, a Previdência precisará contar com
um crescimento real da arrecadação parecido com o ocorrido
em 2008. Isso porque a despesa já está dada. O crescimento
das aposentadorias e pensões ficará em torno de 3,5% ao ano,
cerca de R$ 8 bilhões a mais. Além disso, vem pela frente
mais R$ 11 bilhões de despesas extras, proporcionadas pelo aumento
do salário mínimo de R$ 465 para R$ 510 e pelo aumento real
dos benefícios acima do mínimo. Só para cobrir essa
diferença e segurar o rombo, o INSS terá que aumentar sua
arrecadação em 10%.
Em relação
ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, a Previdência estima
para 2009 um deficit da ordem de 1,41% - 0,11 ponto percentual acima da
relação INSS/PIB verificada em 2008. A deterioração
das contas é mais visível no setor rural, de baixa capacidade
contributiva. Os preços agrícolas, em queda no ano passado,
contribuíram para diminuir ainda mais a arrecadação
do setor, que caiu de R$ 5,3 bilhões em 2008 para R$ 4,6 bilhões
no ano passado. A despesa com o pagamento de benefícios rurais,
no entanto, inflada pelo aumento do salário mínimo, continuou
aumentando - passou de R$ 42,5 bilhões em 2008 para R$ 45,5 bilhões
em 2009. (Vânia Cristino - Correio Braziliense)
'É
preciso reformar o sistema'
Raul Velloso: especialista
em contas públicas[br]Problemas estruturais impedem o financiamento
da Previdência Social, diz o especialista em contas públicas
Raul Velloso
Para o especialista em contas
públicas Raul Velloso, a Previdência acumula déficits
porque somente 30% do gasto se refere a benefícios cobertos com
contribuições dos potenciais beneficiários. "É
preciso reformar o sistema", defende.
Como atacar problema da
Previdência Social?
É preciso reformar
o sistema. Ele enfrenta problemas estruturais, que valem para qualquer
país da América Latina, e problemas específicos que
agravam o caso brasileiro. O primeiro problema estrutural é que
a população acima de 65 anos vai quase quadruplicar em 40
anos. Ela vai passar dos atuais 6,5% para 26% do total. É um aumento
do envelhecimento muito maior do que ocorreu nos países desenvolvidos.
A taxa de natalidade tem caído e as pessoas estão vivendo
mais. O segundo problema é a tendência crescente de aumento
da participação da mulher no mercado de trabalho. Isso agrava
o quadro atual porque a mulher se aposenta mais cedo e vive mais que o
homem.
E os problemas específicos
do País?
Aqui, os benefícios
têm alto grau de indexação, ou seja, 40% do valor pago
são benefícios de um salário mínimo, que é
o piso, e está indexado à evolução do PIB.
O resumo disso tudo é que vai ter, ao mesmo tempo, cada vez mais
aposentados e menos gente contribuindo. E o valor dos benefícios
cresce a taxas cada vez maiores que a do salário médio da
população.
O cenário é
complicado.
Além disso, cerca
de 70% do gasto do INSS corresponde a benefícios para os quais as
pessoas não contribuíram. São os benefícios
de um salário mínimo e os chamados de risco, como pensão,
aposentadoria por idade e auxílio-doença. Esses benefícios
são financiados pela arrecadação de impostos gerais.
Só 30% correspondem a benefícios que têm alguma contribuição.
Esse padrão está
definido na Constituição de 1988
A Constituição
diz assim: qualquer déficit que houver o Tesouro financia. Mas o
déficit é muito grande, representa uma carga muito pesada
para o Tesouro. E isso está se agravando, por causa do envelhecimento
da população, da participação maior da mulher
e da indexação dos benefícios. A consequência
disso tudo é que a sociedade brasileira vai ter que abrir mão
de investimentos em saúde, educação e infraestrutura
para poder atender a essa necessidade que vem do INSS.
A Previdência deveria
ser algo totalmente autofinanciável pelos próprios segurados?
Deveria ser financiada pela
contribuição das pessoas e dos empregadores. Só que
no Brasil esse tipo de financiamento pega só 30% do braço.
O resto, financia com impostos, o que é muito porque atende certas
categorias. Não se deveria chamar isso de Previdência. Tem
de explicar melhor para a sociedade o que se faz aqui, porque está
subsidiando grupos ou setores sem explicar isso claramente para a sociedade.
(Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo)
'Só
expansão do PIB torna sistema viável'
'Reforma já foi feita
em 88 e tornou nosso sistema bastante exigente com padrões da OCDE',
diz professor da Unicamp Eduardo Fagnani: economista e professor da Unicamp
O professor Eduardo Fagnani,
especialista em políticas sociais da Unicamp, diz que o déficit
da Previdência é provocado pela queda na arrecadação
por causa da desorganização do mercado de trabalho nos anos
90. "Sem crescimento econômico, não é a Previdência
que fica inviável, e sim o País."
A solução
para o problema da Previdência é uma questão de reforma
ou de gestão?
Não é nem
um nem outro. É um problema de receita, de queda da arrecadação.
O País teve, nos anos 90, uma política econômica com
uma taxa de juros elevada que desorganizou o mercado de trabalho, aumentou
o desemprego e a informalidade. Esse é o problema de fundo da Previdência,
pois grande parte da receita vem do mercado formal de trabalho. Hoje, cerca
de 50% dos trabalhadores estão no mercado formal, o que é
muito pouco, pois já chegamos a ter quase 70% dos trabalhadores
formais no País.
E como se resolve isso?
Só com crescimento
econômico, não há alternativa. Em 2008, com a economia
crescendo a 5%, as receitas da Previdência subiram algo em torno
de 14% e as despesas, em torno de 4%. Com crescimento econômico,
há uma formalização do mercado de trabalho e consequente
ampliação das receitas da Previdência.
Alguns analistas criticam
o crescimento dos gastos...
Mas não tocam na
questão da receita, só falam que cresceram os gastos e esse
crescimento seria uma tendência que vai levar à catástrofe.
As despesas cresceram no anos 90 por causa dos direitos sociais da Constituição
de 1988, que entraram e vigor a parir de 1994, e mais recentemente, por
causa do aumento do salário mínimo, que, no entanto, nem
sequer recuperou o valor dos anos 80. Esses dois fatores realmente fizeram
com que as despesas crescessem. Mas não vão continuar no
futuro. Os críticos mais ortodoxos da Previdência focam na
questão da despesa, dizem que ela tem taxas muito elevadas em relação
ao PIB, passou de 4% para 7%. Ao focar só nas despesas eles estão
propondo mais uma reforma da Previdência para suprimir direitos.
Uma reforma não resolveria?
A reforma foi feita em 1988
e tornou nosso sistema bastante exigente. Por exemplo, temos padrões
de idade mínima semelhantes aos dos países da OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Não
teria sentido fazer uma nova reforma.
Analistas criticam o sistema
de previdência rural...
Para financiar seguridade
social (Previdência urbana, rural, assistência social e saúde
e seguro desemprego) a Constituição criou um orçamento
vinculado que são recursos da contribuição sobre a
folha de salários, contribuição sobre o lucro líquido,
contribuição sobre o faturamento (Cofins) e uma parte do
PIS-Pasep. Todos esses recursos têm de financiar a seguridade social,
inclusive os segmentos não contributivos como a Previdência
Rural. Então, não existe déficit da Previdência
à luz da Constituição de 1988. Se o Pais cresce dois,
três anos, a Previdência urbana passa a ser coberta pela folha
de salários. (Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo)
A população
envelhece
Nunca na História
a população mundial envelheceu tanto. Esse não é
um fenômeno circunscrito a países avançados; atinge
mais ou menos uniformemente o mundo inteiro. Terá consequências
profundas em todas as dimensões da vida humana. E essa não
é uma característica episódica da demografia mundial;
é tendência duradoura.
São essas as quatro
mais importantes conclusões do informe das Nações
Unidas sobre a situação etária da população
global que acaba de ser divulgado: Envelhecimento da população
mundial - 2009 (World Population Ageing - 2009).
Em seguida, você tem
outras observações feitas pelos especialistas das Nações
Unidas:
Em 2009, seis países
tinham mais da metade da população mundial com mais de 80
anos: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha e Rússia.
Em 2050, o Brasil será um deles, com 14 milhões de pessoas
de 80 anos para cima.
Atualmente, uma pessoa em
cada nove tem mais de 60 anos; em 2050, será uma em cada cinco.
A população mundial cresce a um ritmo de 1,2% ao ano. Enquanto
isso, o número de sexagenários aumenta 2,6%. Ou seja, tem
mais gente envelhecendo do que nascendo.
Em 1998, os países
ricos já tinham mais gente com 60 anos do que com 14. Em 2045, o
mundo inteiro estará nessas condições. Em 1950, apenas
8% da população mundial tinha mais de 60 anos. No ano passado,
já eram 11%. Em 2050, serão 22%.
No segmento com 60 anos
ou mais, a faixa etária que mais cresce é a dos 80, a um
ritmo de 4% ao ano.
A idade média da
população mundial é 28 anos. Dentro de 40 anos, esse
marco divisório saltará para a faixa dos 38 anos. O campeão
em média de idade mais avançada é o Japão,
com 44 anos. O país mais jovem é o Níger, com 15 anos.
Em 1950, a expectativa de
vida da população mundial era de 48 anos. No ano passado,
essa média saltou para 68. Nos países ricos, quem chegou
aos 60, tende a avançar aos 80, se for homem; e aos 82, se for mulher.
Nos países em desenvolvimento, a média cai para 75 anos para
homens e 77 para mulheres.
Como é fato há
muito conhecido, na média, as mulheres vivem mais do que os homens.
Mas a proporção em que isso acontece hoje é novidade:
a população feminina com mais de 80 anos é quase o
dobro da população masculina.
O arquiteto Oscar Niemeyer
está longe de estar sozinho no clube dos centenários. No
ano passado, 454 mil pessoas no mundo já haviam passado dos 100.
Em 2050, serão 4 milhões, aumento de 780%. Em relação
aos velhinhos centenários, as mulheres são entre quatro e
cinco vezes mais numerosas.
Longe de ser apenas uma
sopa de estatísticas, essas mudanças nas condições
etárias do mundo terão consequências cuja importância
será muito maior do que simplesmente o aumento em 2,6% ao ano das
vagas preferenciais para idosos em bancos, cinemas e shopping centers.
Muita coisa vai mudar na economia, na relação de poder, no
planejamento urbano, na saúde pública e na política
de lazer. Possivelmente mudará inclusive o próprio conceito
de idoso. Mas essas considerações ficarão para outra
edição. (Celso Ming - O Estado de S.Paulo)
Justiça
garante a revisão do auxílio-acidente
O STJ (Superior Tribunal
de Justiça) decidiu que os trabalhadores que tiveram o auxílio-acidente
concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) até abril
de 1995 têm direito a uma revisão que pode chegar a 67%.
Essa foi a decisão
final do tribunal sobre o tema. Ou seja, o STJ não irá mais
julgar ações que contestem esse direito ao segurado. Além
disso, se os tribunais inferiores tiverem o mesmo entendimento, não
haverá mais chance de o INSS ganhar o recurso, acelerando a decisão
final da Justiça para o segurado.
A decisão foi publicada
no "Diário Oficial" Eletrônico da Justiça no dia 3
de novembro. (Paulo Muzzolon - Agora S.Paulo)
Aposentado:
Crédito no sindicato
Cooperativa será
formada para oferecer empréstimo com juros de 1,5% ao mês
O Sindicato Nacional dos
Aposentados vai criar sua própria cooperativa de crédito
para os sindicalizados. A intenção é concorrer com
o empréstimo consignado, que até novembro de 2009 movimentou
R$ 20,4 bilhões em operações de crédito com
8,7 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS).
De acordo com o sindicato,
a taxa de juros dos empréstimos da cooperativa deve ser de 1,5%
ao mês. Essa taxa já é hoje encontrada em algumas operações
de crédito consignado, oferecidas pelos bancos. “A taxa é
competitiva e equivale hoje ao que já é praticado em empréstimos
consignados, que têm taxas de 1% a 1,5% ao mês na modalidade
consignada”, diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação
Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).
O presidente do sindicato,
João Batista Inocentini, espera que o Banco Central autorize o funcionamento
da cooperativa até 27 de janeiro. Segundo ele, a entidade já
conta com R$ 2 milhões para as concessões iniciais.
Inocentini explica que a
criação da cooperativa foi decidida em congresso realizado
em setembro de 2008. Desde então, houve um aumento da mensalidade
do sindicato de 4% para 5% do benefício. Esse 1 ponto porcentual
de diferença foi destinado para o fundo que vai dar base para o
início das atividades da cooperativa. Inocentini lembra que só
poderão usufruir dos empréstimos os associados que fizerem
parte da cooperativa, uma das regras do negócio, cuja fiscalização
cabe ao Banco Central.
O sindicalista explica que,
para o futuro, a intenção é buscar investidores que
aumentem os recursos da cooperativa mediante remuneração.
“Vamos contratar profissionais do mercado para formatar as operações”,
conta.
Retorno
A analista da Associação
Nacional das Cooperativas de Crédito (ANCC), Cintya Toth, diz que
além do benefício para quem toma crédito, a cooperativa
também oferece uma boa opção para quem investe. “A
capitalização que o cooperado faz mensalmente é uma
forma de economia, que retorna para ele quando sai da cooperativa”, diz.
Por sua vez, o consultor
do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop),
Gil Agrela, diz que antes de entrar numa cooperativa, é importante
considerar a viabilidade do projeto. “O volume de recursos disponível
para a cooperativa dos aposentados, de R$ 2 milhões, e a taxa de
1,5% são razoáveis, mas precisa ver se vai haver demanda.”
De acordo com a Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB), existem atualmente 1.453 cooperativas
de crédito no Brasil, que têm 4,2 milhões de associados
e criam 50,8 mil empregos diretos. Essas entidades têm operações
de crédito de R$ 21,8 bilhões.
Inocentini informa ainda
que está nos planos do Sindicato dos Aposentados a criação
de dois canais, um de tevê e outro de rádio, voltados à
terceira idade. “Já fizemos o pedido ao governo”, afirma o sindicalista.
(PAULO JUSTUS e MARCOS BURGHI - Jornal da Tarde)
Um
mercado ativo para a melhor idade
Aposentadoria e pagamentos
de benefícios previdenciários são uma conta difícil
de fechar na maioria dos países.
Quando a população
passa a envelhecer, como é o caso da brasileira, as perspectivas
passam a ser menos do que otimistas.
Todos os meses, o governo
paga R$ 27 bilhões em benefícios previdenciários.
No total, são mais
de R$ 320 bilhões que vão para os bolsos de militares, funcionários
públicos das três esferas de governo e aposentados da iniciativa
privada. Atualmente 6,5% da população brasileira, de 192
milhões de pessoas, tem mais de 65 anos de idade.
Até 2050, a expectativa
é que essa porcentagemcresça para 23%.
O pagamento de benefícios
não é mal visto por todos. Para o secretário de Políticas
de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a assistência dinamiza
a economia, fomentando o desenvolvimento a longo prazo. Marcelo Caetano,
economista do Ipea, discorda. A distribuição de renda pode
até ser interessante num primeiromomento,mas para ele o sustento
de regiões e famílias deve vir da geração de
renda.
Brasileiros ainda distantes
da idade de se aposentar já planejam seu futuro.
É cada vez menor
a idade de pessoas que buscam planos de previdência privada e fundos
de pensão a fim de melhorar seus rendimentos na terceira idade,
à procura de manter seu padrão de vida.
Por outro lado, o crédito
consignado, que oferece empréstimo barato ao aposentado, deve continuar
fortalecido este ano, seguindo a tendência de 2009, quando chegou
ao patamar mais elevado - de R$ 20,5 bilhões - desde que foi criado,
em 2004. (CQCS)
Planos
atraem quem quer manter padrão de vida
Necessidade de complementar
a aposentadoria estimula investimentos cada vez mais cedo
Enquanto o pagamento de
aposentadorias injeta bilhões na economia brasileira todos os anos,
os jovens estão cada vezmais conscientes da necessidade de fazer
uma poupança de longo prazo a fim de complementar a previdência
social e manter seu padrão de vida. Nesse sentido, tanto a previdência
privada aberta quanto os fundos de pensão vêm apresentando
crescimento consistente nos últimos anos.
"O que está popularizando
a previdência é essa percepção de complementaridade
da aposentadoria. Hoje, sabe-se que a previdência social não
mantém o atual padrão de vida da população",
afirma Renato Russo, vice-presidente da Federação Nacional
da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
De acordo com o executivo,
dificilmente o setor registra captação líquida negativa
[quando os saques são maiores que os aportes] ao final de 12 meses.
É quase um crescimento orgânico", ressalta. Dados da entidade
mostram que, no acumulado de janeiro a novembro de 2009, a captação
domercado de previdência aberta somou R$ 33,2 bilhões, enquanto
em 2004, no primeiro ano do levantamento, a captação foi
de R$ 18,7 bilhões.
Antes dos 30 anos
A idade média dos
contribuintes de planos de previdência privada aberta vem caindo
nos últimos anos. De acordo com especialistas, quanto mais cedo
o contribuinte começa a investir, menor serão os esforços
para atingir seus objetivos. Na Brasilprev, braço de previdência
do Banco do Brasil, cerca de 47% dos clientes tem até 30 anos. "Além
de fatores como estabilidade econômica e educação financeira,
muitas vezes os pais começam a pensar desde cedo nos filhos, seja
para proporcionar melhores condições no futuro, seja para
ajudá-lo a montar seu próprio negócio", diz Arizoly
Rodrigues Pinto, superintendente comercial da Brasilprev. Ainda segundo
o executivo, a idade média tende a recuar cada vez mais.
Mulheres em ação
As mulheres também
têm ganho representatividade na carteira das empresas. "Vemos um
número cada vez maior de mulheres não só entrando
no mercado de trabalho, como também ocupando cargos representativos
dentro das companhias, com altos salários. Além disso, as
mulheres também estão assumindo o posto de chefe de família",
ressalta Rodrigues. Na Brasilprev, as mulheres representavam cerca de 43%
do total de clientes da companhia ao final de 2008.
O vice-presidente da Fenaprevi
destaca que as mulheres são mais conscientes e se preocupam mais
com o futuro. "Vemos que as mulheres são compradoras de previdência
privada. Não só para si mas para os filhos também",
aponta Russo. (Vanessa Correia - Brasil Econômico/CQCS)
Investimento
externo cai mais no Brasil
Fluxo ao país recua
49,5% em 2009, ante média global de 39% e de 2,6% na China, segundo
compilação da ONU
Venda de ativos de empresas
estrangeiras no Brasil explica recuo e perspectivas são positivas,
diz analista do órgão
O fluxo de investimento
estrangeiro direto no mundo caiu 39% no ano passado em relação
a 2008 por conta da crise econômica global, informou a Unctad (braço
da ONU para comércio e desenvolvimento). Para o Brasil, porém,
o tombo foi maior: 49,5%.
Segundo o relatório
"Monitoramento das Tendências Globais de Investimento", lançado
ontem em Genebra, o fluxo, que era de US$ 1,7 trilhão em 2008, somou
pouco mais de US$ 1 trilhão em 2009. E, pela primeira vez, afetou
de maneira uniforme países desenvolvidos e em desenvolvimento -interrompendo
ciclo de seis anos de alta entre esses últimos.
A Unctad prevê uma
retomada modesta neste ano, advertindo que a recuperação
do crescimento econômico global e a retomada dos lucros ainda são
frágeis. No quarto trimestre, o organismo não observou a
melhora esperada.
"[A fragilidade se dá]
especialmente porque a recuperação teve o impulso potencialmente
transitório de pacotes econômicos especiais implementados
pelos grandes governos", diz o relatório. Ainda assim, as expectativas
de médio prazo são positivas.
Se é possível
dizer que a perda atingiu de forma similar os blocos, o mesmo não
se repete entre os países. A China registrou uma queda de só
2,6% no seu fluxo e se tornou o segundo maior receptor individual de investimentos
diretos, enquanto os EUA sofreram um recuo de 57%, embora sigam líderes.
Brasil
Os investimentos diretos
no Brasil caíram de US$ 45 bilhões em 2008 para US$ 22,8
bilhões em 2009 (como comparação, a Petrobras investiu
US$ 28,6 bilhões em 2008). A queda do país foi superior não
só à da China mas também à dos demais membros
do Bric (Índia, 19%, e Rússia, 41%) e de alguns emergentes
asiáticos.
Mas Masataka Fujita, chefe
do departamento de análise de investimento na Unctad, afirma que
isso não representa uma deterioração do ambiente de
investimentos no país, que, segundo ele, continua bom.
Para Fujita, o maior motivo
de queda no caso brasileiro é o que se chama de "desinvestimento".
"Muitas empresas estrangeiras venderam suas subsidiárias a empresas
nacionais, e isso se aplica aos demais países da região."
Se uma montadora dos EUA vende sua subsidiária brasileira a uma
empresa nacional por US$ 1 bilhão, exemplifica, isso contará
como US$ 1 bilhão a menos no fluxo.
Houve debandada, diz. "Não
é surpreendente que [as empresas] tenham feito isso na América
Latina, pois esse foi um movimento especialmente dos grandes investidores
americanos, com peso na região."
A redução
brusca de fusões e aquisições transnacionais também
afetou o saldo, em linha com o movimento global.
A tendência de desinvestimento
no Brasil, no entanto, não deve se manter neste ano, pois foi produto
direto e imediato da crise, e o ambiente está agora mais favorável
nos países das matrizes, diz a Unctad.
"A economia do Brasil está
se saindo bem na crise, e os investidores ainda mostram intenção
de continuar investindo no Brasil", afirma Fujita.
Como um todo, a América
Latina perdeu 40,7% dos investimentos, ante 32% da Ásia, carimbada
por analistas como o motor da recuperação.
China
"Podemos dizer que a China
é o país que realmente está atraindo investimentos",
disse Fujita à Folha.
Os fluxos para a China não
apenas se mantiveram constantes durante o ano como começaram já
a crescer. "O que é interessante é que antes a China atraía
investimentos só em manufatura, mas agora eles estão atraindo
também em serviços, no país inteiro, que se diversificam",
afirma Fujita.
"Esta é uma tendência
que achamos que vai se manter e ganhar força no futuro." (LUCIANA
COELHO - Folha de S.Paulo)
Queda
de investimento estrangeiro supera a média mundial
Segundo Unctad, fluxo de
IED para o País teve redução de 49% em 2009, ante
média global de 39%
Com multinacionais repatriando
recursos de suas filiais para socorrer as matrizes e desinvestimentos com
a venda de parcelas de empresas estrangeiras ao capital nacional, o Brasil
sofreu uma queda dos investimentos em 2009 mais profunda do que a média
mundial.
O País, assim, perde
posições no ranking dos maiores destinos de investimento
estrangeiro direto (IED). Segundo dados divulgados ontem pela Conferência
das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento
(Unctad), o Brasil registrou redução de 49% nos investimentos,
em relação à média mundial, de queda de 39%
entre 2008 e 2009. De acordo com a entidade, no mundo, uma recuperação
sólida de investimentos apenas será sentida em 2011.
O Brasil passou a ser o
país dos Brics (grupo formado por Rússia, Índia e
China, além do próprio Brasil) que recebeu o menor volume
de investimentos no ano passado. A queda porcentual dos investimentos no
Brasil também foi a maior do grupo. A menor foi a da China (-2,6%),
seguida por Índia (-19%) e Rússia (-41,1%).
Já a China abandonou
a sexta posição no ranking de maiores destinos de investimentos,
superou França e Reino Unido e passou a ser em 2009 o segundo maior
destino de investimentos no mundo, superada apenas pelos Estados Unidos.
Se os investimentos em Hong Kong forem adicionados, a China praticamente
se iguala aos americanos.
A crise econômica
fez com que os fluxos de investimentos diretos desabassem em 39% em todo
o mundo no ano passado. Isso depois de, em 2008, o fluxo já ter
sido reduzido em 14%. No Brasil, a retração foi de 49%.
No total, o fluxo de investimentos
chegou a pouco mais de US$ 1 trilhão em 2009 no mundo, contra US$
1,7 trilhão em 2008. Em termos gerais, a queda de fluxo de investimentos
foi registrada em todas as grandes economias. Nos países ricos,
a queda já vinha ocorrendo em 2008. Mas, no ano passado, a redução
atingiu 41%. As maiores quedas ocorreram nos EUA, Reino Unido, Espanha,
França e Suécia.
MERCADO AMERICANO
Nos Estados Unidos, a redução
de entrada de recursos foi de 57% em parte por causa da queda do número
de fusões. Depois de receber US$ 316 bilhões em 2008, a economia
americana recebeu US$ 135,9 bilhões em 2009.
Na Europa, a queda dos lucros
e os empréstimos retornando às matrizes das multinacionais
reduziram o ritmo de investimentos. A queda foi de 63% na República
Checa e de 92% no Reino Unido. Os ingleses, que receberam US$ 96 bilhões
em 2008, foram o destino de apenas US$ 7 bilhões em 2009, menos
que México ou Chile e quase na mesma proporção da
Argentina.
Já nas economias
emergentes, a queda do IED foi de 35% em 2009, passando de US$ 620 bilhões
em 2008 para US$ 405 bilhões no ano passado. Isso depois de seis
anos de crescimento. Dois fatores foram fundamentais: a queda de lucros
das empresas e a redução dos valores das ações,
reduzindo o interesse por fusões.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, os investimentos
em 2008 chegaram a US$ 45,1 bilhões, o que colocava o País
como o 9º maior destino no mundo. Em 2009, o total de investimentos
chegou a US$ 22,8 bilhões, uma queda de 49,5% e que colocou o País
na 12ª posição dos maiores receptores do mundo. Itália,
Índia e Alemanha superaram o Brasil durante o ano.
James Zhan, autor do estudo
da Unctad, afirmou ontem que a economia brasileira havia resistido de forma
"relativamente positiva" aos efeitos da crise de 2009. Para Zhan, o problema
não é tanto o Brasil, mas a situação internacional.
"O problema está
do lado do fornecimento de investimentos. A queda foi geral em todo o mundo",
disse Zhan. Segundo ele, dois fatores contam na redução no
Brasil. O primeiro é a queda real de investimentos nos setores de
mineração, refinaria e recursos naturais.
Mas o que mais teria pesado
seria a decisão de multinacionais de repatriar lucros das filiais
no Brasil para ajudar a lidar com a crise em suas matrizes. Enquanto os
lucros de algumas multinacionais desabaram nos países ricos, suas
filiais nos mercados emergentes mantiveram bons resultados. Com esse fenômeno,
o dinheiro que seria usado para investimentos acabou retornando para os
países de origem dos investimentos, como nações da
Europa, Estados Unidos ou Japão.
Mesmo com a queda, o Brasil
continua sendo o maior destinatário de investimentos da América
Latina, que teve queda de 40,7%. Todo o continente recebeu apenas US$ 85
bilhões em 2009, menos que a China.
O México foi o segundo
maior destino, com US$ 13 bilhões, seguido de perto pelo Chile.
Já a Argentina foi superada pelo Peru e Colômbia como maiores
destinos de investimentos estrangeiros na América Latina.
(Jamil Chade - O Estado de S.Paulo)
Inflação
se acelera nos últimos dias
O Índice Geral de
Preços - Mercado (IGP-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que serve
de base para os reajustes de contratos de aluguel, teve alta de 0,51% na
segunda prévia de janeiro. No mesmo período de dezembro,
a FGV havia apurado deflação de 0,18%. Aumentos de preços
ou desacelerações menores em alimentos, bens intermediários,
matérias-primas e minério puxaram o índice para cima.
Informações foram coletadas entre 21 de dezembro e 10 de
janeiro. (Correio Braziliense)
Bovespa
avança com exterior e Vale
Índices acionários
positivos na Europa e EUA e perspectiva de reajuste do minério de
ferro estimularam compras de ações
Bovespa, dólar e
juros subiram, ontem, dia em que os mercados nos EUA reabriram após
o feriado na segunda-feira. O Ibovespa teve apreciação de
0,73%, aos 69.908,59 pontos. No início da sessão, o índice
paulista chegou a cair em meio à cautela dos investidores após
mais sinais de aperto monetário na China. Contudo, as bolsas europeias
e norte-americanas firmaram-se em alta e o mercado de ações
local acompanhou, sustentado ainda pelos ganhos dos papéis da Vale.
O diretor-executivo de ferrosos da companhia, José Carlos Martins,
afirmou na véspera que a situação em torno da negociação
de preço do minério de ferro para 2010 é bastante
positiva para as mineradoras. As ações ordinárias
da Vale ganharam 1,38%, a R$ 54,95, e as PNA subiram 1,18%, para R$ 47,25.
Em Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 1,09% e o Nasdaq,
1,42%. Os juros avançaram diante dos índices de inflação
mais altos nas 2ª prévias do mês, o que acirrou o debate
em torno do início do ajuste de alta da taxa Selic, pelo Banco Central.
A taxa de janeiro de 2011 passou para 10,32%. O dólar subiu 0,28%,
a R$ 1,7720 no balcão, influenciado pela valorização
da divisa norte-americana no exterior e expectativas domésticas.
(Tais Fuoco, Alessandra Taraborelli, Silvana Rocha - O Estado de S.Paulo)
Bovespa sobe
0,71%
A Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa) registrou novo pregão de alta, mas o desempenho
ficou aquém do registrado pelos pares externos. Ao final da jornada,
o Ibovespa marcava valorização de 0,71%, aos 69.908 pontos,
com giro financeiro de R$ 5,6 bilhões.
Segundo o diretor da Elite
Corretora, Otto dos Santos, quem ficou devendo, novamente, foi a Petrobras,
que está atrasada com relação ao mercado. E o que
continua segurando um melhor desempenho do papel é a indefinição
sobre o processo de capitalização da empresa pelo governo.
Para Santos, é necessário
fazer uma crítica quanto a essa especulação em torno
do aumento de capital. O ponto é que, enquanto o governo entra com
barril de petróleo, o minoritário terá que colocar
dinheiro.
Na visão de Santos,
controlador e minoritário têm que entrar com o mesmo ativo.
" A Comissão de Valores Mobiliários tem que se pronunciar
sobre isso " , aponta.
Ontem, o papel PN da estatal
caiu 0,46%, a R$ 36,38, enquanto o ON perdeu 0,56%, a R$ 40,67. Vale lembrar
que o ativo PN, sozinho, representa cerca de 13% do mercado.
Ampliando a análise,
Santos acredita que a Bovespa vai dar alegria aos investidores em 2010,
podendo passar dos 80 mil pontos ao longo do ano. Agora, se o governo começar
mesmo a subir a taxa Selic em abril, como sugere o consenso de mercado,
o índice pode perder um pouco de fôlego.
No entanto, as compras podem
encontrar fundamentação nos bons resultados trimestrais das
empresas.
Dentro do Ibovespa, Vale
PNA liderou os ganhos, apontando alta de 1,17%, a R$ 47,25. O Barclays
elevou a recomendação para o papel. Com o terceiro maior
volume do índice OGX Petróleo ON se valorizou 0,62%, a R$
19,30. Também no setor de matérias-primas, Fibria ON se valorizou
4,52%, a R$ 38,15, acompanhando o preço da celulose no mercado externo.
O setor de telecom puxou
as vendas Telemar Norte Leste PNA caiu 2,97%, a R$ 57,00. Brasil Telecom
PN marcou novo pregão de baixa, devolvendo 2,06%, a R$ 14,20. A
ação já perdeu 15% desde que a Telemar anunciou que
irá rever a oferta de troca de ativos em função de
passivos legais envolvendo a BrT. Ainda no setor, TIM Part PN caiu 2,84%,
a R$ 5,13.
Já PDG Realty amargou
baixa de 2,46%, para R$ 15,80. A empresa apresentou o Anúncio ao
Mercado de sua oferta secundária de ações, que pode
bater R$ 1,8 bilhão.
O destaque de alta ficou
com CCR Rodovias ON, que ganhou 6,12%, a R$ 44,00. E Embraer ON subiu 4,89%
a R$ 10,07. Cesp PNB, Bradespar PN e Eletrobrás ON e PNB avançaram
mais de 3% cada.
O papel ON da TAM apontou
alta de 3,35%, a R$ 40,69. A subsidiária Multiplus, responsável
por uma rede de fidelização de clientes e pelos programas
de milhagem da companhia, apresentou os termos de uma oferta inicial de
ações que pode movimentar mais de R$ 1,2 bilhão.
Fora do índice, Telebrás
PN saltou 37,79%, a R$ 1,75, com mais de R$ 195 milhões em negócios,
quarto maior volume do dia. Já Telebrás ON subiu 35,43%,
a R$ 1,72. Forte volume também para Brasil Ecodiesel ON, que ganhou
1,44%, a R$ 1,40, com mais de R$ 140 milhões transacionados.
(Eduardo Campos - Valor)
Bolsa
sobe e encosta nos 70 mil pontos
Balanço do Citi agrada;
dólar avança para R$ 1,77
O mercado acionário
norte-americano retornou do feriado em alta e ajudou a dar fôlego
às outras praças financeiras. A BM&FBovespa subiu 0,73%,
para marcar 69.908 pontos. No mês, a Bolsa tem alta de 1,92%.
O balanço do Citigroup
-que mostrou perdas em 2009, mas gerou boas expectativas para 2010- acabou
por ajudar. Com o apoio da alta das ações do setor bancário,
o índice norte-americano Dow Jones registrou valorização
de 1,09%.
As ações do
Citigroup subiram 2,92%, acompanhadas por Morgan Stanley (2,37%), Goldman
Sachs (1,04%) e Bank of America (0,40%) -que apresentam hoje seus resultados
do último trimestre. Os investidores esperam que as instituições
financeiras consigam mostrar em seus balanços que estão preparadas
para se recuperarem e crescerem neste ano.
Na Europa, alguns indicadores
econômicos piores que o desejado acabaram por esfriar um pouco os
ânimos.
Na Alemanha, foi divulgada
uma inesperada queda no índice de confiança dos investidores.
No Reino Unido, a apresentação do índice de inflação
ao consumidor, que mostrou aceleração em dezembro, foi o
dado econômico mais relevante do dia. A Bolsa de Londres subiu 0,34%,
e a de Frankfurt ganhou 0,98%.
Apesar de positivo no final,
o pregão local não foi apenas de ganhos. O Ibovespa, a principal
referência da Bolsa, chegou a marcar baixa de 0,77% em seu momento
mais fraco.
Entre os papéis de
maior liquidez, houve resultados divergentes ontem. O recuo das ações
da Petrobras apenas não acabou por atrapalhar o desempenho da BM&FBovespa
devido à alta dos papéis da Vale. Sendo as ações
mais negociadas no mercado brasileiro, Petrobras PN recuou 0,46%, enquanto
Vale PNA subiu 1,17%.
Já no topo das altas
do pregão de ontem apareceram CCR ON e Embraer ON, com apreciações
de 6,12% e 4,89%, respectivamente.
O câmbio não
acompanhou as Bolsas, e o que se viu foi o dólar em alta, de 0,23%,
cotado a R$ 1,771. No mês, subiu 1,61%.
O dado que mais chamou a
atenção dos investidores brasileiros ontem foi o do resultado
do IGP-M, que teve alta (0,51%) acima do esperado em sua segunda prévia
do mês.
No pregão da BM&FBovespa,
os contratos que projetam os juros fecharam com taxas mais elevadas. No
contrato que tem resgate em 12 meses, a taxa saltou de 10,27% para 10,34%.
(FABRICIO VIEIRA - Folha de S.Paulo)
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02, 04, 09 e 11 de fevereiro, das 09:00 hs às 12:30 hs, na sede
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Os interessados podem obter
mais informações pelo telefone (11) 3107-1571. (Executivos
Financeiros)
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gestão de risco no ambiente de Finanças Corporativas e nas
decisões de mercado.
Além disso, as aulas
destacam o aspecto conflitante e críticos, priorizando os desafios
da competitividade e proporcionando suporte técnico à gestão
das empresas em ambientes de risco.
As aulas começam
em março, mas o processo seletivo já foi iniciado. Os interessados
podem obter mais informações pelo telefone (11) 2184-2020.
(Executivos Financeiros)