Previdência
- Clipping de Notícias - 24.01.2013
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Sua entidade não pode perder! Com a presença da presidente da Unidas, Dra. Denise R. E. de Brito, do dirigente da Abramge/Sinamge, Dr. Cyro Alves B Filho, do consultor jurídico da Unidas, Dr José Luiz Toro da Silva, dentre outros, as autogestões que operam planos de saúde têm um interessante encontro no próximo dia 4, em São Paulo. Dirigentes, gestores e profissionais vão ter a oportunidade de conhecer as várias visões, iniciativas e propostas das entidades associativas do segmento frente aos desafios que se apresentam em 2013 para quem opera o benefício saúde. O contexto é interessante para uma avaliação oportuna e uma leitura logo no início deste exercício. Venha tratar de aspectos estratégicos, táticos, operacionais e jurídicos que envolvem a temática proposta no escopo acima. A taxa de adesão para a participação é de R$ 300,00 (trezentos reais). A reunião acontece no Auditório Metrus, em São Paulo. Informações detalhadas e inscrições pelo e-mail assprevisite1@assprevisite.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,0370, com queda de 0,29% em relação ao fechamento da segunda-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 0,44%, com o volume financeiro no patamar de R$ 5,93 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em alta de 0,49% e a Nasdaq subiu 0,11%.
AssPreviSite
Atenção: Amanhã (25.01) - Feriado em S.Paulo - Não operamos
Servidor:
Patrimônio do fundo de pensão paulista
Fundo de pensão dos
servidores paulistas terá patrimônio de R$ 20 bi
O Estado de São Paulo
saiu na frente e conseguiu a aprovação, pela Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc), do primeiro fundo
de pensão destinado a servidores públicos. A Fundação
de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP-Prevcom)
deverá, em um prazo de até 20 anos, somar 200 mil participantes
e R$ 20 bilhões em patrimônio líquido, acredita Carlos
Henrique Flores, diretor-presidente da entidade.
A adesão terá
início em fevereiro, porém os únicos a poderem ingressar
no sistema, neste momento, são os mais de 30 mil funcionários
contratatos pelo Regime Geral da Previdência Social, ou celetistas,
que recebem salários que superam o teto do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS). “Estamos propondo contribuir paritariamente com o
servidor até o limite de 7,5% sobre a parcela do salário
que ultrapassar o valor do teto do INSS. Hoje ele não tem um complemento
de aposentadoria e poderá ter a partir do mês que vem”, diz
Flores.
Os atuais funcionários
contratatos pelo Regime Próprio da Previdência, ou estatutários,
não serão afetados. Somente os novos servidores contratatos
a partir de 23 de dezembro de 2011 terão suas aposentadorias limitadas
ao teto do INSS e deverão participar de um plano de benefício
complementar da SP-Prevcom para obter uma renda superior a esse valor.
Mas, para abrir às
adesões no próximo mês, a fundação terá
que se apressar já que a gestão dos recursos será
terceirizada e a instituição financeira ainda não
foi escolhida. “Estamos avaliando as instituições para então
escolher apenas uma. Ainda não temos estrutura suficiente para fazer
a gestão internamente, tão pouco diversificar a gestão
dos recursos em mais de uma instituição.”
O atual desenho do fundo
de pensão também permite que cidades paulistas ingressem
no sistema. “Três ou quatro grandes cidades paulistas já nos
pediram a cópia do projeto de lei — nº 14.653, aprovado em
2011 — para submeter à aprovação das respectivas câmaras
municipais. Concluído esse passo, as prefeituras devem criar as
fundações, discutirem e aprovarem os planos e nos mandarem
a gestão”, diz Flores, ressaltando que apenas cidades cujo número
de servidores que recebem salário acima do teto do INSS seja considerável
devem criar fundos de pensão próprios.
Ainda segundo ele, se o
plano for clone do SP-Prevcom, a aprovação pela Previc será
mais ágil. “Quanto mais complexo, maior o prazo para aprovação
pelos órgão regulador”, acredita o diretor-presidente da
fundação.
Demora
A aprovação
do fundo de pensão demorou um pouco mais do que Flores estava esperando
- a previsão inicial era outubro. Porém o executivo não
critica a demora. “Nós e Previc estamos aprendendo juntos. Creio
que, a partir do SP-Prevcom a aprovação tanto do Funpresp
quanto do fundo de pensão dos servidores do estado do Rio de Janeiro
será mais ágil”, completa. (Brasil Econômico)
Dia
do Aposentado: Associadas fazem festa
Associadas
não apenas enviam diretores e designam um de seus assistidos,
algumas até mais de um, para representá-las na homenagem
que a ABRAPP e o SINDAPP promovem ao Dia do Aposentado, como noticiam amplamente
a sua presença na cerimônia, que vai acontecer hoje (24) a
partir das 13h 30, em São Paulo, no Teatro do Hotel Maksoud Plaza,
localizado à Alameda Campinas, 150 – Bela Vista, próximo
à Avenida Paulista. Neste 2013, o patrocínio é da
BNP Paribas Asset Management e da Brasilcap.
No
total, nada menos de 62 associadas indicaram 70 aposentados para representar
a entidade e a todos os seus assistidos na solenidade, que ocorre há
duas décadas e já é uma tradição compartilhada
pelo quadro associativo, que se reúne para todos juntos homenagearem
aqueles que são a própria razão de existir da Previdência
Complementar.
Utilizando
a internet e outras mídias internas, entidades dão ainda
maior dimensão a uma festa de tanto significado. A Fipecq
(Fundação de Previdência Complementar dos Empregados
ou Servidores da FINEP, do IPEA, do CNPq, do INPE e do INPA) divulga para
todo o seu quadro de participantes que um deles, o assistido Joaquim Ubirajara
Teixeira Filho, engenheiro mecânico e administrador de empresas,
irá representar a comunidade na cerimônia. Ele se diz um aposentado
feliz. “Tenho família, saúde, não tenho problemas
financeiros. Sou feliz dentro das minhas limitações”.
No
mesmo espírito, a Eletra (Fundação Celg de Seguros
e Previdência) participará pela segunda vez da festa. O homenageado
será o funcionário aposentado José Antônio Carvalho
de Santana Rodrigues, através do qual todos os assistidos estarão
sendo homenageados. (Diário dos Fundos de Pensão)
Funcef:
Dia do Aposentado
Evento
da Abrapp homenageia aposentados e ressalta a importância da previdência
complementar na manutenção da qualidade de vida de seus assistidos
A
FUNCEF indicou três participantes assistidos para serem homenageados
na tradicional cerimônia em celebração ao Dia Nacional
do Aposentado, organizada pela Abrapp que acontecerá hoje (24/1)
em São Paulo. A presidente da AEA/PB, Teresinha Leandro da Silva
Souza, o vice-presidente da AEA/MG, Pedro Alípio Carrara e o presidente
da Acacef, Edgard Antonio Bastos Lima, foram indicados para a homenagem
pelas atuações de destaque no movimento associativo dos aposentados
e pensionistas.
A
cerimônia acontecerá no Teatro do Hotel Maksoud Plaza, situado
na Avenida Paulista. Na ocasião, cerca de 70 aposentados, indicados
por suas respectivas entidades, receberão um diploma alusivo à
data. Instituído pela Lei 6.926/81, o Dia Nacional do Aposentado
é celebrado neste 24 de janeiro, quando também é comemorado
o Dia da Previdência Social.
Homenageados
da FUNCEF
Pedro
Alípio Carrara
Teresinha
Leandro da Silva Souza
Edgard
Antônio Bastos Lima (Funcef/AssPreviSite)
Real
Grandeza: 24 de janeiro - Dia do Aposentado
O
dia 24 de janeiro é reservado para homenagear as pessoas que, com
seu trabalho, durante tantos anos, contribuíram para o nosso país
e para engrandecer empresas como Eletrobras Furnas, Eletrobras Eletronuclear
e a própria Real Grandeza. É o Dia dos Aposentados e, para
celebrá-lo, a Real Grandeza participa amanhã em conjunto
com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp), com o apoio do ICSS e do Sindapp, da cerimônia
promovida anualmente para homenagear esse dia.
Desta
vez, a cerimônia será realizada pela primeira vez em São
Paulo, no Maksoud Plaza, e contará com a palestra do geriatra Marcos
Cabrera, que vai falar sobre a qualidade de vida na aposentadoria.
Como
faz todos os anos, durante esse evento a Real Grandeza presta homenagem
a todos os seus assistidos que, dessa vez, serão representados na
cerimônia por José Francisco de Olveira, chamado carinhosamente
por seus companheiros do tempo de trabalho de “Zezinho de Furnas”.
José
Francisco de Oliveira nasceu no município de Pains, Minas Gerais,
e atualmente reside em Passos (MG). Após trabalhar nove anos como
operador de máquina de uma empreiteira, José Francisco conseguiu
ingressar em Furnas em 1969, ocupando o cargo de motorista na Usina de
Furnas (São José da Barra/ MG).
Durante
o período de trabalho na Usina, “Zezinho de Furnas”, como é
carinhosamente chamado pelos amigos, sempre atuou com uma espécie
de líder comunitário, ajudando os amigos residentes na região.
“Ele é uma pessoa muito boa e sempre gostou de ajudar ao próximo.
Na época em que os hospitais da região de Passos não
ofereciam tratamento para pessoas com câncer, Zezinho conduzia os
amigos e seus familiares de carro até Ribeirão Preto para
as sessões de quimioterapia”, relembram os amigos Miguel Ângelo
Faria e Vera Lúcia Pires.
Em
1991, ano de sua aposentadoria, José Francisco, assumiu o cargo
de Diretor Representante dos Aposentados e Pensionistas no Sindicato dos
Eletricitários de Furnas (SINDEFURNAS), em Passos. Com a missão
de estreitar laços entre a empresa e os assistidos, José
Francisco exerce a função até hoje com muita satisfação.
Segundo o assistido, a atividade no Sindicato é uma forma de conhecer
as principais necessidades e anseios destas pessoas e levar uma mensagem
de apoio, fortalecendo os laços de amizade após a vida laboral.
Hoje ele atende cerca de 1.200 assistidos e pensionistas na sede do Sindicato
ou durante visitas domiciliares em outras regiões, como Lavras,
Poços de Caldas e Formiga.
José
Francisco aproveita o tempo livre para visitar os amigos, curtir a filha,
os netos e a moda de viola, música caipira. Perguntado sobre a importância
da Real Grandeza na sua vida, José Francisco afirma que a Real Grandeza
sempre o apoiou em todas as questões sociais. “Agradeço a
ajuda da entidade pelo reconhecimento do meu trabalho em parceria com o
SINDEFURNAS”, afirmou o homenageado. (Fundação Real Grandeza/AssPreviSite)
Geap:
Dia Nacional do Aposentado
Entidade
comemora a data. As atividades serão voltadas para o bem-estar,
a motivação e a integração
Dia
24 de janeiro é comemorado o Dia Nacional do Aposentado. Para celebrar
a data, a GEAP promoverá, em alguns estados, atividades voltadas
para o bem-estar, a motivação e a integração
dos (as) seus (as) beneficiários (as).
Confira
a programação no link http://www.geap.com.br/_direx/noticias/di_notic_03.asp
(Geap/AssPreviSite)
Capef:
Planos atingem meta atuarial
A
Capef disponibilizou, no dia 17 de janeiro, os resultados dos planos administrados
pela Entidade - BD e CV I -, referentes ao mês de dezembro e ao acumulado
em 2012. Os destaques ficaram por conta do atingimento da meta atuarial
de ambos os planos, no ano, mesmo frente às adversidades encontradas
nos mercados nacional e internacional, como a queda da taxa de juros e
a crise na Europa.
Com
a meta de rentabilidade alcançada, o reajuste dos benefícios
para 2013 correspondeu a 100% dos índices da inflação
atrelados ao BD (INPC) e CV I (IPCA), de 6,20% e 5,84%, respectivamente.
Plano
BD - Em dezembro, os investimentos do plano BD alcançaram
um retorno de 2,764%, superior a meta atuarial de 1,207%. No ano de 2012,
a rentabilidade alcançada foi de 13,542% contra uma meta atuarial
de 12,57%.
Os
segmentos de Renda Fixa, Multimercado e Renda Variável, com retornos
de 2,826% (234% da meta atuarial), 2,785% (231% da meta atuarial) e 4,867%
(403% da meta atuarial), respectivamente, foram os grandes destaques positivos
do mês para o plano BD.
Plano
CV I - Os investimentos do plano CV I obtiveram um retorno de 3,25% no
mês de dezembro, acima da meta atuarial de 1,219%. No ano de 2012,
o resultado dos investimentos alcançou uma rentabilidade de 14,30%
contra uma meta de 11,66%.
O
destaque positivo foi para a carteira de Renda Variável, que apresentou
um retorno de 5,735% em dezembro e 17,70% no ano de 2012. Vale ressaltar
que o retorno da carteira de Renda Variável, no ano, ficou muito
acima do índice Bovespa e o IBX50, que obtiveram retornos de 7,39%
e 9,86%, respectivamente.
Desafio
superado - Cumpre destacar que a meta de rentabilidade do plano BD é
considerada elevada para o atual cenário econômico do País,
cuja taxa de juros reduziu a patamares históricos em 2012. Ainda
assim, desde 2003 (com exceção a 2008, ano de grave crise
econômica internacional) a Capef vem obtendo excelentes resultados
e atingindo a meta estabelecida para o plano.
Diante
desse contexto, o atingimento da meta e o consequente asseguramento do
reajuste integral dos benefícios dos Participantes deve ser considerado
uma importante conquista para os Participantes da Entidade, proporcionada
por acertadas decisões tomadas pela gestão dos recursos do
plano. (Diário dos Fundos de Pensão)
Forluz:
Tábuas de mortalidade do Plano B
O
benefício (MAT) de renda vitalícia do plano B é calculado
multiplicando-se o valor acumulado na conta de aposentadoria do Participante
pelo chamado fator de conversão atuarial (FCA). Esse fator é
obtido através de cálculo atuarial cujo resultado depende
da taxa de desconto e da expectativa de vida, esta extraída da tábua
de mortalidade utilizada.
Quando
o plano foi criado em 1997, empregava-se uma tábua denominada AT-49.
Com o aumento da sobrevivência da população, foi necessária
a adoção de outra tábua, a AT-83. Depois de intenso
debate no Conselho Deliberativo, por sugestão do consultor atuarial
externo da época, foi decidido segregar as contas em duas parcelas:
uma, constituída até dezembro/2005, que continuaria sendo
convertida pela AT-49, e outra, acumulada a partir de janeiro/2006, convertida
pela AT-83. Essa metodologia foi posteriormente validada por duas das maiores
consultorias atuariais do mundo.
Foi,
então, criado o chamado fundo de mudança de tábua,
com recursos originados de sobra do fundo de risco que cobre os benefícios
de invalidez e morte na ativa. O fundo de mudança de tábua
passou a suportar a diferença entre a reserva necessária
para converter todo o saldo pela AT-83 e o valor existente na conta.
Em
2012, em função de continuar aumentando a expectativa de
vida, foi adotada para o cálculo dos compromissos a tábua
AT-2000, que também passou a ser utilizada para obtenção
do FCA dos participantes admitidos a partir daquele ano. O fundo de mudança
de tábua continuou a cobrir a diferença – agora um pouco
maior – entre o saldo da conta e a reserva necessária.
Numa
fiscalização da Previc (órgão supervisor dos
fundos de pensão), realizada em 2010, foi considerada irregular
a metodologia empregada pela Forluz. Desde então, o assunto tem
sido discutido entre a Fundação e a Previc, com participação
de nossos consultores atuariais externos. Procuramos mostrar a correção
técnica e a legalidade da nossa fórmula de cálculo.
Infelizmente, não conseguimos convencer a Previc, que, no início
deste mês, nos determinou adotar imediatamente a AT-2000 no cálculo,
bem como solicitou informar no prazo de 30 dias as providências tomadas
para sanar a irregularidade.
Após
avaliação técnica e jurídica, a Diretoria Executiva
decidiu propor ao Conselho Deliberativo atender a determinação
da seguinte forma:
1)
Comunicar à Previc que, por causa de dispositivo existente no regulamento
do Plano B, qualquer alteração no FCA somente poderá
afetar os benefícios concedidos a partir de 2014.
2)
Manter os benefícios já concedidos, pois não causaram
prejuízo ao plano em virtude da cobertura do fundo de mudança
de tábua.
3)
Distribuir o saldo remanescente desse fundo entre os participantes ativos
do Plano B, já que ele deixará de ser necessário.
4)
Em função da distribuição acima, poderá
ser distribuída também parte do fundo de risco.
Essa
proposta foi apresentada em reunião com a Previc, que se manifestou
favoravelmente, ainda de maneira informal.
O
Conselho, em reunião realizada no dia 17 último, considerando
preliminarmente viável a proposta, determinou à Diretoria
solicitar dilatação do prazo à Previc, para que pudesse
avaliar os critérios de distribuição adotados antes
de tomar a decisão final.
Nos
próximos dias, a Forluz protocolará a solicitação
de adiamento à Previc. Enquanto isso, nossa equipe técnica
e a consultoria atuarial externa estão trabalhando na elaboração
dos critérios de distribuição dos fundos, que serão
levados ao Conselho para aprovação.
É
importante repetir que, de acordo com nossa proposta à Previc, para
os participantes do Plano B que requererem benefício de MAT em 2013
não haverá alteração na forma de cálculo.
Para requerer o benefício, é necessário estar desligado
da patrocinadora, ter mais de 10 anos de inscrição e estar
aposentado pelo INSS ou ter pelo menos 30 (homens) ou 25 (mulheres) anos
de contribuição para a Previdência Social. (Forluz/AssPreviSite)
OABPrev-MG:
Alteração de premissas do plano
Estabelecendo-se
como uma Entidade conservadora e atenta às tendências de mercado,
o OABPrev-MG inicia o exercício do ano de 2013 com alterações
em algumas das premissas atuariais e econômicas do Plano de Benefícios
Previdenciários do Advogado - PBPA.
Embasados
pelo Parecer da Consultoria Rodarte Nogueira, solicitado pelo Diretor Presidente,
Roberto Dias Perecini, foi aprovada pelo Conselho Deliberativo, em agosto
de 2012, a alteração da tábua de Mortalidade de válidos,
da AT-83 para AT-2000, a partir de 2013.
Os
benefícios concedidos de aposentadoria programada que forem pagos
por prazo indeterminado, sofrem impacto da alteração, que
variará de acordo com a idade e sexo de cada participante. Já
os benefícios de aposentadoria por invalidez não sofrem qualquer
impacto mediante a alteração das tábuas de mortalidade
geral.
A
alteração da tábua de mortalidade geral influencia
as simulações de benefícios de pagamento por prazo
indeterminado, uma vez que a tabua de mortalidade AT-2000 é mais
longeva que a tábua de mortalidade AT-83, ou seja, com expectativa
de vida da massa de participantes cada vez maior.
Em
consonância com o atual cenário econômico de juros baixos,
o OABPrev-MG inicia o ano de 2013 com alteração também
na taxa de juros e, consequentemente, em seu índice de referência,
de 5,50% para 4,75% em 2013 e 4,0% a partir de 2014, da mesma forma, aprovado
pelo CD em setembro de 2012. Isso afeta desde já as simulações
de benefícios, seja por prazo determinado ou indeterminado. Neste
caso, os benefícios simulados serão menores que os obtidos
com a taxa de juros anterior, uma vez que o fator atuarial equivalente
será inferior.
Todos
os benefícios já concedidos sofrerão impacto devido
à alteração da taxa de juros, independente do tipo
de benefício. Para os benefícios de pagamento por prazo indeterminado,
esta alteração impacta a anuidade financeira, e para os benefícios
de pagamento por prazo indeterminado, impacta a anuidade atuarial.
Como
forma de minimizar custos para os participantes do OABPrev-MG, alterações
do plano de custeio também foram aprovadas na parte que se refere
ao rateio, que passou de 70% previdencial e 30% investimentos, para 85%
previdencial e 15% investimentos. Tal mudança somente se faz possível
devido ao significativo crescimento da provisão no ano de 2012.
Caso se confirmem as premissas para o exercício de 2013, este rateio
poderá ser extinto a partir de 2014.
Todas
as alterações aprovadas visam aumentar a segurança
do participante do OABPrev-MG e, ainda, reduzir os custos de administração.
O OABPrev-MG, que inicia seu 9º ano de operação, se
orgulha do histórico construído: liquidez e solvência,
segurança, boa governança e transparência são
conceitos que sempre estiveram presentes. Neste momento, há quase
uma década em funcionamento, tais alterações refletem
a gestão que a Diretoria almeja para o futuro dessa Entidade. (Diário
dos Fundos de Pensão)
Fundação
Cesp: Eleição do Comitê Gestor
A
relação das chapas inscritas para disputar o processo eleitoral
para representantes dos participantes no Comitê Gestor do PSAP/EMAE
já está disponível no hotsite da eleição.
Clique aqui para acessar.
As
chapas homologadas, que concorrerão efetivamente à eleição,
serão divulgadas após o período de impugnações
ou desistências das chapas inscritas, conforme previsto no calendário
eleitoral.
Sobre
a Eleição
O
processo de eleição para representantes dos participantes
ativos e assistidos no Comitê Gestor de Investimentos e Previdência
do PSAP/EMAE elegerá 1 (um) membro efetivo e seu respectivo suplente,
representando os Participantes Ativos, Coligados, Autopatrocinados e 1
(um) membro efetivo e seu respectivo suplente representando os Participantes
Assistidos.
A
votação acontece entre 14 de fevereiro a 08 de março
de 2013, mediante voto por correspondência.
Acompanhe
todas as informações no hotsite, que pode ser acessado pela
página inicial do portal da Fundação CESP (área
de Destaque) ou pelo link https://www.multilinks.com.br/emae2013.
(Fundação Cesp/AssPreviSite)
Economus:
Atendimento no feriado de SP
Em
razão do feriado de 25 de janeiro, em que se comemora o aniversário
da cidade de São Paulo, a Central de Relacionamento do Economus
atenderá em regime de plantão e não haverá
atendimento presencial.
Em
caso de dúvidas ou informações, ligue (11) 3464-7700.
(Economus/AssPreviSite)
Fundos:
Acerto põe Cosan na ALL
Quase
um ano depois de anunciar a intenção de entrar no bloco de
controle da ALL, o grupo Cosan está próximo de fechar o tão
esperado acordo que o colocará como um dos principais acionistas
da companhia ferroviária, apurou o Valor PRO, serviço de
informações em tempo real do Valor, com fontes familiarizadas
com a operação.
O
que viabilizou essa aliança foi um rearranjo feito entre os acionistas
que compõem o bloco de controle da ALL. Em fevereiro do ano passado,
a Cosan fez proposta para a compra de ações dos acionistas
Riccardo Arduini, conselheiro da concessionária, de sua esposa Julia
Dora Koranyi Arduini, e da GMI (Global Market Investiments), que representa
o presidente do conselho de administração da ALL, Wilson
De Lara. A oferta foi de R$ 896,5 milhões para a aquisição
de 38.980.117 de ações da companhia, das quais 34 milhões
de papéis vinculados ao acordo de acionistas.
A
operação, para ser concluída, dependia da aprovação
de todos os acionistas, que incluem os fundos Previ (Fundo dos Funcionários
do Banco do Brasil), Funcef (Fundação dos Economiários
Federais), o braço de participação do BNDES (BNDES
Par) e BRZ ALL. Como não foram contemplados pela oferta da Cosan,
esses fundos estavam dispostos a barrar a operação.
Fontes
ouvidas pelo Valor afirmaram que houve um acerto no formato de venda das
ações: os vendedores iniciais (família Arduini e De
Lara) concordaram em abrir mão de parte de suas fatias em favor
dos fundos, também sócios do negócio. Com isso, atendeu
aos interesses de todos, mas os acionistas privados ficarão com
participação maior no bloco de controle.
Quando
a operação for efetivada, a Cosan ficará com 49,1%
do bloco controlador, o correspondente a 5,6% do capital total da ALL,
com direito a assento e poder de decisão em estratégias importantes
na condução da empresa.
Na
sexta-feira passada, executivos da Cosan sentaram-se pela primeira vez
com todos os fundos acionistas da ferrovia. A reunião foi realizada
na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. Outras duas reuniões estão
marcadas para a próxima semana para afinar os detalhes finais da
operação e a expectativa é concluir e anunciar o negócio
nas próximas semanas.
Segundo
outra fonte próxima das negociações, o governo deu
total aprovação ao projeto apresentado pela Cosan. Esse acordo
envolveu pontos da nova legislação divulgada no ano passado
pelo governo federal. "O preço oferecido e o volume de ações
não serão alterados. Estamos construindo juntos a governança
[novo acordo de acionistas e a gestão]", disse uma fonte familiarizada
com a operação.
Para
a Cosan, a entrada no bloco de controle da ALL é considerada estratégica
para os planos de crescimento da companhia, que quer desvincular sua imagem
como empresa de commodities para se tornar um grupo focado em infraestrutura
e energia. No ano passado, a companhia concluiu a compra do controle da
Comgás.
A
companhia ALL é uma concessionária de ferrovias criada em
1997, durante a privatização da Rede Ferroviária Federal.
Conta com operações no Brasil e Argentina, com 21,3 mil km
e acesso aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). (Mônica
Scaramuzzo e Ivo Ribeiro - Valor Online)
Fundos:
Petrobras - Pacote de más notícias
A
Petrobras resolveu dar de uma vez só as duas más notícias
que tem para o mercado sobre o desempenho da empresa em 2012, e pela primeira
vez vai divulgar a produção junto com o balanço anual
da companhia.
Além
de um lucro menor em relação a 2011 em pelo menos 20%, segundo
consenso de analistas no próprio site da empresa, mas que pode ser
ainda pior, segundo outros analistas, que esperam queda pela metade do
lucro de R$ 33 bilhões de 2011, a estatal teve uma produção
quase 1% menor em 2012, a primeira queda contra o ano anterior em oito
anos.
No
front positivo, a companhia vai mostrar que em dezembro a produção
se recuperou, voltando ao patamar de 2 milhões de barris diários
perdido em março do ano passado. (Maria Cristina FRias - Folha
de S.Paulo)
Abrapp-Sindapp:
Assembleías no dia 4/2
As
associadas da ABRAPP e do SINDAPP estão sendo convidadas para duas
Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) no dia 4 de fevereiro,
na parte da manhã. Ambas estavam agendadas originalmente para o
próximo dia 31, mas a data foi alterada para coincidir com o da
reunião de integração das Comissões Técnicas
da ABRAPP, a ocorrer no mesmo dia no período da tarde, assim contribuindo
para a racionalização das despesas e do gasto do tempo com
deslocamentos até São Paulo.
As
associadas da ABRAPP estão sendo convocadas para a AGE do ICSS,
às 09h30, em primeira convocação e, às 10h00,
em segunda chamada, em nosso auditório para deliberar
sobre a proposta orçamentária para 2013. As do Sindicato
para a AGE que irá ocorrer em primeira convocação
às 10h 30 e, em segunda, às 11 horas, no mesmo local, para
tratar da aprovação do plano de trabalho e da proposta orçamentária
para 2013, além de alteração no Estatuto Social.
É
solicitado às associadas que comuniquem previamente, o nome
e cargo de seu representante nas AGEs, em atenção
à Superintendência Geral, aos cuidados de Érika Catino,
pelos fax (11) 3043-8778/80. Na hipótese de outorga de procuração,
o documento original deverá ser entregue à secretaria das
Assembleias no ato de assinatura da lista de presença. (Diário
dos Fundos de Pensão)
Nonagenária
previdência
A
Geni (perdão, Chico!) das contas públicas nacionais, apesar
dos pesares e das “pedradas” que leva diuturnamente, vai muito bem, obrigado.
Está durando bem mais do que a média de seus beneficiados.
Enquanto a esperança de vida, ao nascer, do brasileiro, supera os
74 anos, neste 24 de janeiro, a Previdência Social ultrapassa a barreira
dos 90 anos de criação no Brasil.
Apesar
de a história registrar, em 1889, a criação de uma
caixa de socorro aos trabalhadores de cada uma das estradas de ferro estatais,
o marco inicial da implantação da Previdência Social
no Brasil data de 24 de janeiro de 1923, com a edição do
Decreto Legislativo nº 4.682, de autoria do deputado Eloy Chaves.
Foram
nove décadas de mudanças estruturais frequentes, desde a
criação das primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões,
depois transformadas em Institutos setoriais, pois atendiam trabalhadores
de áreas econômicas diversas, como os industriários,
os comerciários, os bancários, etc... Cada um com seu Instituto!
Em
1960, veio a unificação da legislação destes
Institutos, que resultou, em 1966, na fusão de todos, com a criação
do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Nos
tempos atuais, chegamos a um arcabouço legislativo com três
compartimentos estanques: um, o Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), administrado pelo INSS, e voltado ao atendimento dos trabalhadores
da iniciativa privada; outro, o conjunto dos Regimes Próprios de
Previdência Social (RPPS), dos servidores públicos das diversas
esferas de governo; e o Regime Complementar de Previdência Social
(RCPS), que abrange os sistemas montados por estatais e empresas privadas
para complementação de proventos de seus funcionários.
E a partir deste ano, abarcando também os servidores ocupantes de
cargos efetivos dos Três Poderes.
A
Previdência Social, sempre em ebulição e culpada por
parte dos desequilíbrios do orçamento federal, mesmo assim,
com justiça, deve comemorar a nonagenária efeméride.
No final de 2012, o INSS alcançou mais de 30 milhões de benefícios
pagos – 70,7% do setor urbano e 29,3% para o rural. É, sem sombra
de dúvidas, o maior programa de redistribuição de
renda da América Latina. Comprovadamente, se não houvesse
este sistema de seguro social, uma parcela expressiva da população
brasileira permaneceria abaixo da linha da pobreza. Por isso, nós,
cidadãos, temos que estar atentos a todas as mudanças pretendidas
nas suas regras, pois elas afetam, inequivocamente, a sociedade como um
todo.
Torcendo
para que não tenhamos em breve rupturas drásticas, pois as
reformas no Seguro Social brasileiro são definidoras do futuro da
Nação e de seus cidadãos, devemos todos, neste momento,
fazer uma pausa, saudar e brindar: Feliz Aniversário, Previdência!
(Vilson Antonio Romero - Anfip)
Um
breve passeio pela história previdenciária
A
Previdência Social completa 90 anos nesta quinta-feira. Inicialmente,
se faz imprescindível nos remeter ao nascimento do Direito Previdenciário
no Brasil, onde desde os montepios, as mútuas, as caixas e os institutos
de previdência, de forma a nos obrigar a sempre, por meio da educação
previdenciária, perpetuar o ensino, a consciência e a efetividade
à previdência social também enquanto poder público,
seja na esfera municipal, estadual e federal.
Sabidamente
em 1923, portanto há nove décadas, surge a Lei Eloy Chaves,
que praticamente sistematizou pela primeira vez o sistema previdenciário
brasileiro. Já a Previdência Social para o servidor público
surge antes mesmo da Lei Eloy Chaves, por meio do Decreto número
1 do Reino de Portugal em 1821, onde o mesmo tratava da “jubilação
aos mestres professores com 30 anos de serviço”. A primeira Lei
Orgânica da Previdência Social foi feita em 1960; e em 1976
a CLPS – Consolidação das Leis da Previdência Social,
vindo já em 1991, enfim com a edição das Leis 8.212
e 8213, ainda em plena vigência, regulando de forma integral o custeio
e os benefícios previdenciários, auxiliados pelo Decreto
regulamentatório 3048 de 1999.
Toda
a evolução da Previdência Social a tornou um patrimônio
de todos nós, uma parceria ideal: A previdência social, os
legisladores, a sociedade organizada em geral, aos operadores do Direito
e ao jJdiciário. Todos, de uma forma ou de outra, contribuíram
para uma evolução da previdência social até
os dias hoje.
Para
ser ter uma ideia na linha do benefício social, o Brasil, desde
muito cedo e de forma organizada, busca padronizar e modernizar suas políticas
públicas integradas à previdência social para a inserção
do cidadão ao acesso à renda mínima, o combate à
miserabilidade, reduzindo pontualmente mais de 24 milhões de brasileiros
da linha da pobreza, até os dias de hoje.
Colaborando
com os dados apresentados, hoje o INSS possui o maior programa social de
renda mínima e de combate à pobreza. Esse sistema surgiu
inicialmente em 1971, com o conhecido Programa de Renda Mínima e
de Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Logo após
veio o primeiro programa de inclusão de idosos, pobres, pessoas
com deficiências visual, auditivas e com necessidades especiais,
a chamada Renda Mensal Vitalícia (RMV) e os programas de assistência
aos idosos e excepcionais, em 1974. Consolidando nos dias atuais
com o conhecido benefício de prestação continuada
(LOAS), desde 1993 com a criação da Lei de Organização
da Assistência Social.
Dando
uma resposta positiva à política de inclusão com a
sociedade, surge em 1974 o primeiro Ministério da Previdência
e Assistência Social, logo após o INPS.
Dizer
que no Brasil hoje já se paga mais R$ 30 milhões de benefícios
representa que o governo federal injeta diretamente em dia e hora certa,
todos os meses, na economia dos municípios desse nosso País,
mais de R$ 24 bilhões por mês.
Conforme
levantamento do próprio INSS, em mais de 60% dos municípios
brasileiros esses benefícios pagos representam mais que a parcela
mensal do repasse do governo federal, o chamado Fundo de Participação
dos Municípios (FPM).
Dada
a sua complexidade e dimensão, por vezes o sistema previdenciário
se revela injusto e pontualmente corrigido com a busca da tutela judicial
para o devido e regular entendimento da legislação previdenciária.
Nunca
esquecendo que a educação previdenciária, além
de toda disposição de informações corretas
e precisas, a sociedade precisa da devida consciência do recolhimento
da contribuição previdenciária.
E
sempre, com a certeza de que, se juntos valorizarmos a previdência
social, de forma organizada e compromissada, transformando-a a cada dia
na Seguradora do Povo Brasileiro, integralmente pública e eficiente,
cumpriremos então a função social do trabalho, plenamente
realizada com benefícios previdenciários justos e equilibrados.
(Djovini Oliveira - Diário da Manhã)
O
papel do estado na Previdência Social
No
Brasil, até o advento da Constituição Federal de 1988,
a proteção social era sinônimo de previdência
social, conceituada por Celso Barroso Leite como a “previdência social
em sentido estrito”, que ele qualifica como “um misto de seguro social
e medidas assistenciais, normalmente custeada mediante contribuições
compulsórias do segurado e da empresa, quase sempre com participação
pelo menos teórica do Estado.”
A
previdência social guarda até hoje as mesmas características
do seguro social engendrado por BISMARCK na Alemanha em 1883, tendo como
objetivo a proteção social dos trabalhadores. Seu marco inicial
no Brasil, com as características de seguro social, é o Decreto-Legislativo
nº 4.682 de 24 de janeiro de 1923, conhecido com a Lei Elói
Chaves, por meio da qual foi determinada a criação de Caixas
de Aposentadoria e Pensões para os empregados ferroviários.
A
Carta Magna de 1988 não alterou as características de seguro
social da previdência social, mas a incorporou como forma de proporcionar
a Seguridade Social. O programa de previdência social protege os
indivíduos contra os riscos que enfrentam na sua relação
de trabalho, como está estampado no seu artigo 201: “A previdência
social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
e atenderá, nos termos da lei, a: I – cobertura dos eventos de doença,
invalidez, morte e idade avançada; II – proteção à
maternidade, especialmente à gestante; III - proteção
ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV – salário-família e auxílio-reculsão para
os dependentes dos segurados de baixa renda; V – pensão por morte
do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes,
observado o disposto no § 2º (...).”
O
seguro social nasceu de uma dupla necessidade, a primeira de tornar obrigatórias,
para todos os trabalhadores, uma forma de seguro para fazer frente aos
principais riscos a que estavam impostos, cuja obrigatoriedade somente
poderia ser imposta pelo Estado e a Segunda para minimizar para o trabalhador
o custo deste seguro, por meio de seu caráter coletivo e da solidariedade
entre gerações, bem como da obrigatoriedade de contribuição
dos empregadores, imposição que também dependia da
atuação estatal.
Estas
necessidades se fizeram sentir em razão do fato de que a assistência
pública, os socorros-mútuos, o seguro voluntário,
que dependiam tão somente da vontade individual ou do mercado, não
eram suficientes para enfrentar os riscos a que estavam expostos os trabalhadores,
ficando muitos deles à margem de qualquer proteção.
O
Estado se viu, então, obrigado a reconhecer a necessidade de sua
intervenção, mediante a edição de norma de
direito que tutelavam a saúde física e impediam a exploração
econômica dos trabalhadores, diante da constatação
de que não era possível assegurar aos trabalhadores uma defesa
suficiente em face do estado de indigência derivado dos riscos sociais,
apenas com a previdência individual e voluntária, fazia-se
necessária a obrigatoriedade.
A
previdência social, deste modo, depende da organização
promovida pelo Estado para proteger, de forma obrigatória, os trabalhadores
dos riscos sociais a que estão expostos no exercício de suas
atividades laborais. O Estado não é provedor dos recursos
financeiros, ele é o gestor, atividade que se não for devidamente
exercida pode levar à ruína qualquer sistema protetivo. (Ana
Paula Oriola De Raeffray - Última Instância)
SP:
Aposentados farão ato na Sé
Hoje o Sindicato Nacional
dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindinapi)
e a sede regional de São Paulo, realizarão um grande ato
pelo Dia Nacional dos Aposentados e uma manifestação contra
as decisões tomadas pelo governo federal em não extinguir
o fator previdenciário e em não conceder aumento acima da
inflação para os aposentados que recebem acima de um salário
mínimo.
O ato que tem o apoio da
Diocese de São Paulo será realizado em frente à Sé,
a partir das 9hs e contará com uma bênção de
frei Odécio Lima de Souza, capelão da Marinha.
- Não podemos mais
aceitar as imposições do governo em relação
aos aumentos das aposentadorias. Se continuarmos com a política
vigente de aumentos diferenciados, entre quem ganha um salário mínimo
e quem ganha mais de um salário teremos, em breve no Brasil, todos
os aposentados ganhando apenas um salário mínimo de aposentadoria
- disse João Inocentini, presidente do Sindinapi.
Já para o presidente
do Sindinapi-SP, Hélio Herrera Garcia, o Peninha, "o fator previdenciário
é um confisco oficial de um direito do trabalhador, que pode chegar
a 40% do valor da aposentadoria. O trabalhador é punido elos critérios
de idade e de expectativa de vida. Já apresentamos ao governo outra
fórmula mais realista e possível de ser aplicada, mas o governo
está intransigente em abrir uma mesa de negociações.
Não vamos dar paz ao governo, afinal aposentado não tem tempo
a perder." (Monitor Mercantil)
BA:
Dia dos aposentados será de protesto
O protesto será hoje
(24/01), na Praça da Piedade, a partir das 9h. Promovido em parceria
da CTB Bahia com a Federação das Associações
de Aposentados, Pensionistas e Idosos do Estado da Bahia (Feasapeb) e a
Associação de Aposentados e Pensionistas da Previdência
Social Pública (Asaprev/ Casa do Aposentado).
“Essa mobilização
ratifica nossa posição contrária à política
que vem sendo implementada pelo governo, que penaliza os aposentados com
perdas nos benefícios e o famigerado fator previdenciário,
responsável por corroer os rendimentos desses que tanto contribuíram
na construção das riquezas do país e agora precisam
ter seus direitos respeitados”, explicou o presidente da CTB Bahia, Adilson
Araújo.
A decisão de conceder
reajustes reais apenas para os aposentados que ganham um salário
mínimo sem recuperar as perdas inflacionárias dos que recebem
acima deste valor tem feito com que as aposentadorias se aproximem, cada
vez mais, ao piso do mínimo, reajustado em 9% este ano.
“Nossa expectativa é
que através da pressão popular possamos sensibilizar o Congresso
e a presidenta Dilma de que aposentados e pensionistas precisam ter resgatado
o valor de compra dos seus benefícios”, reforçou o coordenador
geral da Asaprev, Marcos Barroso.
Ele lembrou ainda que a
renda deste segmento da população ajuda a sustentar famílias,
nas quais filhos e netos estão desempregados.
Na Bahia a população
de idosos e aposentados somam 2,2 milhões de pessoas. A falta de
sensibilidade dos poderes públicos é criticada pela presidente
da Feasapeb, Marise Sansão.
“Todo ano o governo promete
melhorar nossas vidas, criar políticas públicas que beneficiem
o segmento, mas no final sempre acabam nos passando para trás, dando
reajustes míseros em nossos benefícios”, protesta.
Marise lembra que “a terrível
e nociva alternativa é apelar para os empréstimos consignados”.
De acordo com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2011, foram
concedidos, na Bahia, mais de 681 mil empréstimos, gerando um volume
que ultrapassa R$ 1 bilhão.
Além de valorização
dos benefícios, os idosos também cobram políticas
públicas. Neste dia, a Federação também entregará
um documento reivindicatório da Feasapeb à Prefeitura e Câmara
Municipal de Salvador, com uma proposta de criação do hospital
geriátrico e a gratuidade nos transportes públicos, aos maiores
de 60 anos, conforme prevê o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003).
(Tribuna da Bahia)
Aposentadoria:
o renascer de novas atitudes e valores!
Longos anos de trabalho.
Chega o esperado e ansiado momento da aposentadoria. Hora de sair do mundo
do trabalho rotineiro, de horários e compromissos formais. Ruptura
que irá representar grandes mudanças na vida. Mudança
que pode vir a ser positiva ou negativa. Dependerá da forma como
cada um passa a enxergar a vida daí para frente.
Ela deve ser encarada como
mais uma fase da vida. Fase que pode e deve trazer novos valores e perspectivas.
Novo olhar! Liberdade para fazer o que quiser. Viver o prazer de acordar
sem pressa para o café e ter mais tempo para ler o jornal.
O que é ruim para
uns pode não ser para outros. A reflexão sobre aposentadoria
é de cada um. Ela coexiste na essência de todos nós.
Alguns aposentados nitidamente mostram alegria e transmitem imagem de felicidade.
Já outros, não.
Momento necessário
e oportuno para desenvolver outros interesses e novas habilidades. Que
não seja rotineiro e formal, claro. Que sejam atividades agradáveis,
como filantropia, cuidados com o corpo, descobertas culturais, até
escrever a autobiografia. Isso fará a diferença.
Criar e cultivar espaço
para as coisas que tragam prazer. Se quando trabalhava não tinha
tempo ou não podia, porque não agora viajar, praticar esportes,
ter um hobby? Dê asas à imaginação e destaque
para nova vida. Você pode e merece.
Uma grande preocupação
é com relação à parte financeira. Se planejada,
pensada e programada com antecedência fica mais fácil.
O planejamento faz parte
da preparação para a aposentadoria. No entanto nem sempre
as pessoas têm consciência de que o fazem ao longo da vida.
Mas fazem. Quando fazemos planos e temos objetivos, movemos a vida. É
preciso manter os sonhos para continuar vivendo feliz. A aposentadoria
não quer dizer: meus sonhos acabaram!
É preciso avaliar
se já desenvolveu novos interesses e se está pronto psicologicamente
para enfrentar uma nova etapa. Pensar que aposentar é viver no ócio
parece assustador. Aposentadoria deve ser encarada como uma nova conquista,
que pode ser de prazer e alegria. E será um momento ao qual inevitavelmente
chegaremos.
Devemos ter alguns cuidados.
Ter objetivos e um conjunto de rotinas gratificantes e produtivas. É
muito comum ver pessoas que param de trabalhar para assumir uma vida de
passividade frente à televisão. Dormem muito durante o dia
e comem excessivamente. Correm risco de cair no alcoolismo ou depressão.
Aperfeiçoar o novo
estilo de vida, iniciar a prática de atividades físicas.
Isso ajudará em todos os aspectos.
Manter contatos com pessoas,
fazer amigos. A vida social é muito importante, serve para trocas
de experiências. Tenha sim muitos amigos - de todas as idades. Seja
uma pessoa atualizada, de conversa interessante, bem humorada e será
sempre uma companhia agradável.
Faça o possível
para ampliar seu círculo social. Resgate laços afetivos.
E abra mão de relacionamentos estressantes ou prejudiciais à
paz de espírito.
Apaixone-se pelos novos
projetos. Mantenha-se entusiasmado e confiante. Pessoas comuns podem viver
com paixão incomum, desfrutando a vida em plenitude.
Com o renascimento de novas
atitudes, sabedoria e experiências que a vida lhe deu, a aposentadoria
será um ótimo recomeço. A porta de entrada para a
felicidade. Com novos e importantes valores! (Lu Couto - Diário
da Manhã)
Ministro
quer idade mínima para as aposentadorias
O ministro da Previdência
Social, Garibaldi Alves Filho, defendeu a criação de uma
idade mínima nas aposentadorias como uma alternativa que poderia
substituir, no futuro, o fator previdenciário, índice que
reduz as aposentadorias por tempo de contribuição.
"Não dá para
acabar com o índice sem uma alternativa. Para a transição
para o presente, uma alternativa seria o fator 85/95. Para o futuro, a
idade mínima", disse.
Ele aponta que o Brasil
é o único país, ao lado de Equador, Irã e Grécia,
sem idade mínima para a concessão da aposentadoria.
"E aí acontecem as
aposentadorias aos 53 anos", afirma. (Folhapress)
Folha:
Desoneração custará R$ 16 bi ao Tesouro
Valor será repassado
ao INSS para compensar perda da contribuição de 20% sobre
a folha de salários de alguns setores
Ministro da Previdência
reafirma mudança na pensão, mas descarta ação
do governo para alterar a aposentadoria
O impacto da desoneração
da folha de pagamentos nas contas previdenciárias será de
R$ 16 bilhões neste ano.
O número equivale
a quase 40% do deficit de R$ 40,5 bilhões em 2012, ano em que a
Previdência deixou de arrecadar R$ 1,8 bilhão com desonerações
setoriais, feitas pelo governo para tentar estimular a economia. As empresas
deixam de pagar os 20% de contribuição sobre a folha de salários,
em troca de uma alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento bruto.
O custo previsto desse incentivo
em 2013 foi antecipado à Folha pelo ministro Garibaldi Alves e ultrapassa
o previsto pelo governo em setembro (R$ 13 bilhões).
Quinze setores foram desonerados
em 2012, 25 começaram a ser beneficiados em 1º de janeiro e
mais dois entrarão na medida em abril.
Embora declare preocupação
com o deficit previdenciário, Garibaldi espera que a medida não
impacte diretamente os cofres da Previdência, já que o Tesouro
cobre a diferença na arrecadação -o primeiro repasse,
de R$ 1,8 bilhão, foi em dezembro.
Ele ainda apontou as mudanças
em estudo na concessão da pensão por morte para segurados
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e disse que o governo não
vai estimular propostas que alterem a aposentadoria.
Leia, abaixo, os principais
trechos da entrevista, concedida à Folha por telefone.
Folha - Quais são
os planos da Previdência para este ano?
Garibaldi Alves - Temos
nos preocupado com a sustentabilidade do Regime Geral da Previdência
Social [RGPS, o regime dos contribuintes do INSS]. Teremos, progressivamente,
um maior número de idosos. No nosso regime, quatro pessoas na atividade
devem pagar o benefício de uma inativa, mas isso está diminuindo.
Há deficit porque
a Constituinte decidiu que a União banque a aposentadoria rural.
Quem vive no campo tem direito a um benefício que é muito
inexpressivo do ponto de vista da contribuição.
Em 2012, tivemos R$ 24,5
bilhões de superavit no regime urbano, ante deficit de R$ 65 bilhões
no rural, dando um deficit total de R$ 40,5 bilhões.
O outro regime, que tem
950 mil aposentados dos serviços público e militar, teve
deficit de R$ 60 bilhões em 2011 [dados de 2012 não estão
fechados].
Por isso consideramos um
avanço o Funpresp [Fundo de Previdência Complementar dos Servidores
Públicos Federais]. Trouxe um ato de Justiça, porque o funcionário
público passou a ter o teto de aposentadoria do trabalhador do setor
privado, que é hoje R$ 4.159.
Como diminuir o deficit?
Quanto ao setor rural, não
há como se ter uma correção, a não ser a população
rural ir migrando para as cidades.
O problema são as
pensões. O governo está esperando o melhor momento para tentar
corrigir isso. Temos um anteprojeto para estabelecer uma carência
de contribuição para a pensão. Se um idoso faz uma
contribuição ao INSS e no outro dia morre, ele deixa a mesma
pensão daquele que contribuiu por vários anos.
O Brasil tem regras para
o benefício que destoam de quase todos os países. A pensão
é vitalícia mesmo para viúvas ou viúvos jovens,
que continuam recebendo mesmo que se casem ou após os filhos se
tornarem adultos.
Mas o anteprojeto não
está acabado. Haverá discussão interna e, claro, no
Congresso. Mas teria que haver uma carência, que é de dois
a cinco anos na maioria dos países.
No caso da viúva
jovem, ela receberia a pensão por um tempo determinado. Há
uma sensibilidade de que é preciso acelerar isso. Nossa legislação
é muito concessiva.
Mudanças na aposentadoria
entram nesse anteprojeto?
Não. Temos que nos
preparar para a eventualidade de um debate que até agora não
aconteceu no Congresso. Há projetos que acabam com o fator previdenciário,
mas não dá para acabar com o índice sem uma alternativa.
Para a transição
para o presente, uma alternativa seria o fator 85/95. Para o futuro, a
idade mínima.
Só Brasil, Equador,
Irã e Grécia não têm idade mínima para
aposentadoria. E aí acontecem as aposentadorias aos 53 anos.
Mas o Congresso não
parece disposto a discutir isso.
O Congresso embalou no final
de 2012. Quando se começou a aprofundar o debate, ele foi deixado
para o reinício dos trabalhos, e teve um amortecimento.
O governo não vai
tomar iniciativa no debate, porque teme incentivar algo que venha a redundar
na pura e simples extinção do fator.
Qual o impacto da desoneração
da folha de pagamentos nas contas da Previdência?
A desoneração
implica uma renúncia fiscal para o governo. Na Previdência,
o impacto tende a ser nulo. A lei previu que a União compensará
o RGPS no valor da renúncia decorrente da desoneração.
Em dezembro, foi iniciada a compensação, com a transferência
de R$ 1,8 bilhão referente a 2012.
Quais outros setores irão
entrar na desoneração?
Não temos uma resposta.
O que sabemos é que, pelo nosso cálculo, para 2013, vamos
ter R$ 16 bilhões [de repasse do Tesouro como compensação
da renúncia].
A própria resposta
dessa desoneração não acontece de imediato. Essa medida
do governo deve acelerar o crescimento econômico, que terá
um impacto positivo sobre o mercado de trabalho. E o aumento real do salário
mínimo em 2013 será menor que o ocorrido em 2012.
A Previdência gastou
R$ 6,5 bilhões nos 12 meses encerrados em novembro em benefícios
concedidos pela Justiça. Para este ano, prevê valor similar.
Como diminuir o volume de processos e resolver o problema administrativamente?
Em números absolutos
o INSS é a instituição que possui o maior número
de processos tramitando na Justiça Federal. Isso se justifica pelo
fato de ser o órgão que possui o maior número de relações
jurídicas com os brasileiros.
Porém, se formos
estabelecer uma proporção entre o total de processos e os
milhões de beneficiários da Previdência, constataremos
que o índice de litigiosidade do INSS é bem menor do que
várias empresas. A cada dez benefícios concedidos no país,
apenas um é pela via judicial.
Investimos numa análise
mais célere dos benefícios, bem como no julgamento dos recursos
[administrativos].
Mas há um problema
de cultura e de um certo temor do segurado, que não vê como
válido recorrer de forma administrativa. Na medida em que isso for
julgado com mais celeridade, ele tende a acreditar que isso se esgote administrativamente.
A intenção
é ainda a Procuradoria Federal atuar nos recursos administrativos,
de modo a fazer acordos que propiciem o reconhecimento do direito pleiteado
pelos segurados. Em 2012 firmamos 100 mil acordos na Justiça. (PAULO
MUZZOLON - Folha de S.Paulo)
Consignado:
Estudos para mudanças
Governo estuda mudar empréstimo
a aposentados para cortar juros
O governo quer promover
mudanças no crédito consignado destinado a aposentados e
pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O objetivo
é baixar os juros desse tipo de financiamento, que é descontado
diretamente da aposentadoria ou pensão.
As medidas, elaboradoras
pelo Ministério da Previdência em conjunto com o INSS e o
Banco Central, colocam regras na atuação dos prestadores
de serviços que oferecem crédito para os consumidores, conhecidos
como "pastinhas".
Com as novas regras, a remuneração
que os bancos pagam a esses intermediários ficaria limitada a 10%
do valor do empréstimo.
Além disso, essa
remuneração deixaria de ser paga de uma só vez. Ela
passaria a ser mensal, distribuída durante todo o período
de validade do contrato. Caso a dívida seja quitada antecipadamente
ou transferida para outro banco, o profissional deixaria de receber a remuneração.
Corte de comissões
deve reduzir custos, diz governo
Para o Ministério
da Previdência Social, a limitação do pagamento feito
aos "pastinhas" vai permitir que os bancos cortem os juros dos financiamentos,
uma vez que vão gastar menos com o pagamento feito aos intermediários.
O ministério também
diz que as medidas vão fazer com que o assédio que os prestadores
de serviços fazem sobre os aposentados, o que tem contribuído
para o endividamento excessivo, diminua.
O secretário-geral
da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil
(Cobap), Luiz Legnani, diz que a entidade defende mudanças no consignado
há pelo menos dois anos.
"Recebemos muitas reclamações
de idosos que se sentem lesados por esses financiamentos. Existem pastinhas
que captam clientes de casa em casa."
Para ele, a medida pode
mesmo resultar na queda de juros. Atualmente, a taxa máxima cobrada
pelos bancos, definida pelo INSS, é de 2,14% ao mês.
"Depois da redução
da Selic, os bancos, principalmente os públicos, reduziram as taxas.
Hoje é possível pedir empréstimo consignado com juros
de 0,75% ao mês. Mas outros bancos ainda cobram perto do limite",
diz Legnani.
Para entidade, medidas não
devem ter efeito prático
O presidente da Associação
Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes (Aneps),
Edison Costa, não acredita que a resolução vá
ajudar na queda dos juros. A Aneps representa vendedores e correspondentes
bancários.
Segundo Costa, os 10% de
remuneração previstos na medida já são praticados
pela maioria dos bancos. Alguns, no entanto, dão aos profissionais
que conseguem atrair mais clientes um bônus, o que faz com que a
comissão aumente.
"Existem vendedores inescrupulosos
que tentam vender mais para receber mais comissão. A medida não
vai resolver esse problema. Quem trabalha de forma irregular sempre vai
arrumar uma forma de continuar atuando assim. O Ministério da Previdência,
junto com o Ministério do Trabalho, deveria fiscalizar a atuação
desses profissionais", diz.
Costa também afirma
que os bancos vão precisar de um prazo razoável para se adaptar
às regras novas, que exigem atualização de sistemas.
A indefinição
sobre o prazo é justamente a principal razão para as medidas,
ainda não estarem em vigor. apesar de já terem sido aprovadas
em outubro do ano passado. Sobre esse assunto, não houve ainda acordo
com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), segundo
a Previdência e a Cobap. Procurada, a Febraban não se pronunciou
sobre o assunto.
5 dicas do Procon para contratar
crédito consignado
Veja a seguir orientações
do Procon para quem vai fazer um empréstimo consignado:
•O banco deve oferecer informações
prévias sobre o valor financiado, a taxa mensal e anual de juros,
impostos e periodicidade das prestações. Uma via do contrato
deve ser entregue ao consumidor.
•A instituição
financeira não pode exigir que o aposentado ou pensionista contrate
outro serviço para ter acesso ao crédito consignado. Essa
prática é uma venda casada, considerada abusiva pelo Código
de Defesa do Consumidor.
•O aposentado ou pensionista
não deve assinar procuração para que pessoas desconhecidas
obtenham empréstimo em seu nome.
•É preciso fazer
uma avaliação cuidadosa do impacto que o empréstimo
terá no orçamento. A mensalidade não pode ultrapassar
30% do valor do benefício (aposentadoria ou pensão).
•O consumidor deve desconfiar
de ofertas que parecem vantajosas demais. (Folhapress)
Aposentados:
Salários - Motivo da volta ao trabalho
Vagas com salário
atrativo fazem aposentados aceitar emprego
Mercado de trabalho aquecido
e salários em alta estão funcionando como um ímã
que atrai os aposentados de volta para a ativa. Procurados por empresas
que não estão conseguindo encontrar o profissional qualificado
para o cargo, os idosos estão novamente na luta. São engenheiros
de várias especialidades, assim como administradores de empresas
e especialistas em vendas. Muitos nem chegaram de fato a desfrutar do merecido
descanso, uma vez que aposentados continuam a trabalhar na mesma empresa.
Profissionais experientes
também estão recebendo propostas para retornar ao mercado
de trabalho ou trocar de emprego, é o que revela pesquisa inédita
da Vagas Tecnologia, empresa especializada em consultoria e informatização
da gestão de processos seletivos. Segundo o estudo, pelo menos 36%
dos aposentados de sua base de dados receberam uma oferta de trabalho nos
últimos três meses. “Esse é um fenômeno novo
no país. A população da terceira idade continua sendo
muito requisitada por sua experiência e qualificação.
Com a escassez de profissionais, tem se tornado mais frequente a busca
por um trabalhador com esse perfil”, explicou Fernanda Diez, gerente de
relacionamento da empresa.
Cláudio Flach, de
70 anos, é presidente da Telbrax, operadora de telecomunicações,
criada por ele há 10 anos. Em ótimo momento profissional,
sua empresa não sentiu a crise que abalou grandes mercados ao redor
do mundo e, nos últimos três anos, experimentou crescimento
de 100%. Flach emprega 150 funcionários, 10 deles são veteranos
entre 60 e 70 anos, que foram convidados a se juntar à equipe. “Se
a chamada geração Y absorve com rapidez as mudanças
tecnológicas, os mais velhos trazem o diferencial da experiência
de quase cinco décadas de trabalho no setor”, observa o empresário.
O executivo, que não
tem planos de parar tão cedo, explica que profissionais maiores
de 60 anos desejados pelo mercado são aqueles que na bagagem trazem
conhecimento qualificado e ainda o entusiasmo pelo trabalho, a vontade
de vencer desafios. “O mercado mudou, antes a procura pelos mais velhos
não era tão grande. Mas agora, com a oferta restrita, o profissional
qualificado tem seu espaço com salários atrativos.” Segundo
Flach, a remuneração para engenheiros nessa faixa etária
varia entre R$ 9 mil e R$ 10 mil mensais.
Peculiaridade
O professor José
Márcio Camargo, especialista na análise do mercado de trabalho,
diz que o setor está muito dinâmico e os salários elevados
fazem com que os aposentados percebam que têm ali uma chance que
não podem desperdiçar. “Além do mais, em média,
os brasileiros se aposentam muito cedo, com idade em torno de 55 anos,
ou seja, em plena capacidade laborativa”, observou. De acordo com Camargo,
o mercado de trabalho brasileiro tem outra peculiaridade. O aposentado
que volta ao mercado de trabalho ou nele permanece não perde nem
um centavo do benefício. “A aposentadoria, no Brasil é muitas
vezes usada como complemento de renda, uma vez que o profissional não
para de trabalhar. Em outros países, geralmente o aposentado perde
uma parcela da aposentadoria se volta a trabalhar.”
Mais de 5 milhões
estão trabalhando...
O fenômeno de voltar
ao mercado de trabalho após a aposentadoria é mais forte
no Brasil porque também em outros países, notadamente os
europeus, a idade de aposentadoria é mais elevada, em torno de 65
anos para o homem. Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de
aposentados que continuam trabalhando saltou de 3,3 milhões no ano
2000 para 5,4 milhões em 2011, um aumento de mais de 60%.
Com três diplomas
de educação superior – ciências contábeis, administração
de empresas e ciências econômicas –, Sônia Cruz, de 64
anos, foi gerente de vendas em uma empresa multinacional por 14 anos e
esteve no cargo também em grandes organizações do
país. Agora, ela voltou para o banco da escola, onde obteve certificação
para atuar como corretora de vendas. Na imobiliária RE/MAX MIX,
conseguiu seu novo emprego no ano passado e não lhe falta motivação.
“Sou a mais velha da equipe e acho ótimo trabalhar com gerações
diferentes. Aprendo com os colegas e eles também sempre me pedem
opiniões. Minha experiência traz segurança. É
uma troca.”
O gerente de capital humano
do Mercantil do Brasil, Márcio Ferreira, diz que no atual mercado
não é possível prescindir da expertise do profissional
mais velho. Por isso, eles são presentes na instituição
financeira e cerca de 15% daqueles que se aposentam continuam no banco,
ocupando principalmente áreas administrativas que exigem análises.
“Também somos abertos para recrutar qualquer faixa etária
nos processos seletivos, mas a oferta desses profissionais não é
tão grande”, explica. Uma das características do segmento,
segundo Ferreira, é o comprometimento e responsabilidade.
(Vânia Cristino e Marinella Castro - Portal Uai)
Expectativa
de vida e o trabalho dos aposentados
Aumento na expectativa de
vida ajuda a manter aposentados no mercado de trabalho, diz especialista
A aposentadoria é
uma fase muito aguardada ao longo da vida dos trabalhadores. Ela é
vista como o momento de descansar e de aproveitar o tempo livre, tão
escasso na rotina de empregados e empregadores. No entanto, vários
brasileiros vivem uma realidade bem diferente quando conseguem o benefício.
Dados da PNAD (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios), de 2011, mostram que um em
cada quatro brasileiros aposentados estava no mercado de trabalho naquele
ano. De acordo com a pesquisa, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), o Brasil tinha 20,16 milhões
de aposentados, dos quais cerca de 5 milhões continuavam no mercado
de trabalho.
Para o economista Carlos
Alberto Safatle, o “adiamento” do período de descanso acontece por
dois motivos. Além da necessidade de complemento da renda, ele avalia
que a qualidade de vida que o trabalhador desfruta quando atinge a idade
de se aposentar faz com que ele queira se manter ativo por mais tempo.
— Como a vida útil
está aumentando muito no Brasil, mesmo quando a pessoa se aposenta,
ela quer continuar trabalhando.
A expectativa de vida dos
brasileiros que nasceram em 2011 é de 74,08 anos (74 anos e 29 dias),
o que representa um aumento de 3,65 anos (três anos, sete meses e
24 dias) em relação à dos nascidos no ano 2000, que
era de 70,4 anos. Os dados foram divulgados pelo IBGE em novembro de 2012.
Safatle, que é conselheiro
do Cofecon (Conselho Federal de Economia) e professor da PUC-SP, acredita
que, por causa dessa evolução, o número de aposentados
no mercado de trabalho tende a crescer cada vez mais no Brasil. Ele ressalta,
entretanto, que isso não significa uma ameaça aos trabalhadores
jovens.
— São tipos de empregos
diferentes. O aposentado vai atuar mais com a maturidade que adquiriu do
que com tecnologia, na qual o jovem é imbatível. As pessoas
mais velhas tendem a aproveitar a expertise que o jovem não tem.
É outro nicho de mercado.
Apesar desta avaliação,
de 2008 para 2011, a proporção de aposentados trabalhando
caiu. Há quatro anos, o percentual era de 30%. (Portal R7)
Golpes
contra aposentados: Operação Bloqueio
Operação
Bloqueio: Fim do golpe contra aposentados e pensionistas
Referindo-se
ao alerta da ANFIP sobre estelionatários que aplicavam golpes contra
servidores aposentados e pensionistas, a Polícia Federal desarticulou
ontem em Brasília, uma quadrilha de criminosos que agia em Belo
Horizonte (MG), Parauapebas (PA) e São Luís (MA). Entre as
denúncias recebidas pela ANFIP, também há registro
de tentativa de golpe em Londrina (PR).
A
ação, que ficou conhecida como Operação Bloqueio,
prendeu sete pessoas e tem mais três mandados de busca e apreensão
no Distrito Federal.
Para
aplicar os golpes, os criminosos, que possuíam os dados pessoais
das vítimas, se apresentavam como funcionários do Conselho
Nacional de Justiça, desembargadores, juízes, procuradores
e advogados.
Por
meio de contato por telefone, os golpistas pediam aos aposentados que fizessem
depósitos de determinadas quantias para pagamento de custas judiciais
ou honorários advocatícios e, posteriormente, receberiam
o benefício referente à pecúlio.
A
ANFIP combate duramente este tipo de fraude e tem orientado os associados
por meio do nosso informativo Linha Direta (veja aqui), da nossa página
na internet e pelo atendimento do Setor Jurídico da Entidade pelos
telefones 0800-7016167 e (61) 3251-8123, e pelo e-mail: juridico@anfip.org.br.
A
investigação - O inquérito que resultou na Operação
Bloqueio foi aberto por requisição do Conselho Nacional de
Justiça, que encaminhou denúncias feitas à Ouvidoria
do CNJ. A ouvidoria recebeu e encaminhou à Polícia Federal
mais de 100 denúncias envolvendo os golpistas. (Anfip)
Previdência
muda regra para pagar dívidas
Governos
estaduais e municipais poderão parcelar em até 240 meses
dívidas com o Regime Próprio de Previdência Social
(RPPS) acumuladas até outubro de 2012. A nova regra foi estabelecida
na última sexta-feira, pela portaria assinada pelo ministro da Previdência,
Garibaldi Alves Filho. Antes, a parcela era só para débitos
referentes até 2008. Com a mudança, as prefeituras e os governos
estaduais poderão receber o Certificado de Regularidade Previdenciária
(CRP). (DCI)
Trabalho:
O risco de a previsão da OIT estar certa
Um
estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta
o risco de queda do nível de emprego no Brasil. Pelas estimativas,
cerca de 500 mil trabalhadores deverão ser demitidos nos próximos
meses, o que elevaria o número de desempregados para 7 milhões.
Pode
ser que nada disso aconteça. Mas, se as previsões da OIT
estiverem corretas, será o pior dos cenários.
Nos
últimos anos, o crescimento pífio do PIB brasileiro se deveu
única e exclusivamente aos níveis elevados de consumo - e
a condição essencial para o consumo em níveis estatisticamente
relevantes é a renda conferida pelos salários e, mais do
que isso, a expectativa de manutenção do emprego pelos meses
de duração do carnê.
O
próprio ministro Guido Mantega argumenta (com razão) que,
a despeito de muitos de seus aliados considerarem os programas de distribuição
de renda o principal motor da inclusão social no país, o
que garantiu o ingresso de milhões de brasileiros na chamada "nova
classe média" foi a expansão da oferta de empregos.
Um
retrocesso nesse indicador seria como cravar uma estaca no coração
daquele que é o maior feito da administração petista.
E o governo, é claro, fará de tudo para impedir que isso
aconteça.
O
problema é que, tudo indica, existe um descasamento entre a intenção
do governo em manter os empregos e a prática que se reflete nas
condições de operação da indústria (que
foi, é e continuará sendo ainda por muito tempo o principal
gerador de empregos de qualidade).
Terça-feira,
o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos,
no interior de São Paulo, recorreu ao irritante recurso de fechar
a Via Dutra com uma manifestação que tenta proibir a montadora
GM de demitir 1.500 trabalhadores de uma linha de montagem que está
sendo desativada.
O
sindicato afirma que, como a GM recebeu isenção fiscal nos
últimos anos, deveria ser proibida de demitir. É lógico
que esse tipo de argumento anacrônico só pode ser levado a
sério por quem ainda vê a indústria como um inimigo
disposto a esfolar o trabalhador até a última gota de sangue.
O
problema é que os 1.500 postos que a GM precisa eliminar porque
a linha de montagem perdeu competitividade são do tipo que farão
falta ao Brasil - e, mais ainda, às famílias atingidas pelo
corte.
O
país precisa, sim, de empregos de qualidade. Mas eles só
serão oferecidos em quantidade suficiente no dia em que o governo
(não especificamente o da presidente Dilma Rousseff, mas qualquer
governo que se instale em Brasília) entender que é impossível
ter uma indústria competitiva com as condições fiscais
e o clima de confronto que existe no Brasil.
Se
nada for feito enquanto é tempo, não haverá Via Dutra
em quantidade suficiente para ser fechada pelas manifestações
de protesto que se verão daqui por diante. (Ricardo Galuppo
- Brasil Econômico)
Empresas e
Economia Nacional
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salas 802/804
Ed. Terra Brasilis –
Brasília-DF – CEP: 70.070-010 - Tel. (61) 3322-0410
Investimento
público e o ciclo econômico
Desde
a Grande Depressão, a política fiscal é um instrumento
comumente usado para estimular a economia. Em um ambiente recessivo, muitos
economistas defenderão a tese de que o governo deveria aumentar
o investimento público em detrimento dos gastos correntes. A aparente
lógica por trás desse argumento é simples. O investimento
público não só estimula a demanda agregada no curto
prazo, mas também expande a oferta agregada no longo prazo, à
medida que a ampliação do estoque de capital público
(como rodovias, portos, aeroportos e ferrovias) é concluída
alguns trimestres à frente.
Considere,
por exemplo, a construção de uma hidrelétrica. No
curto prazo, a economia é estimulada via dispêndios com os
trabalhadores, máquinas e insumos necessários para a execução
do projeto. Em um horizonte mais longo, quando a hidrelétrica já
estiver operando e, portanto, a disponibilidade de energia for maior, expande-se
a fronteira de produção da economia.
Os
atrasos na execução de obras de infraestrutura ampliam o
efeito recessivo do investimento
Entretanto,
esse argumento, apesar de se conformar ao senso comum, ignora um aspecto
crucial da teoria macroeconômica moderna. Os indivíduos baseiam
suas decisões econômicas não apenas nas condições
atuais da economia, mas também nas suas projeções
das condições futuras. A defasagem necessária para
que o investimento público se consolide em melhoria da infraestrutura,
ao afetar positivamente as projeções dos lucros futuros das
empresas privadas, também impacta suas decisões correntes.
É de se esperar, nesse cenário, que as firmas posterguem
seus investimentos e contratações para alguns trimestres
à frente, quando se beneficiarão das externalidades geradas
pelo capital público na produção privada.
Em
suma, no curto prazo, o investimento público pode se tornar recessivo
na medida em que as firmas privadas reduzem a sua escala de operação,
transferindo recursos para o futuro, quando se beneficiarão da maior
quantidade de capital público.
Note
que os atrasos na execução de obras de infraestrutura amplificam
o efeito recessivo mencionado acima. Considere, por exemplo, a transposição
do rio São Francisco, que reduziria o custo de desenvolvimento da
agricultura irrigada no Nordeste semiárido. Esse projeto foi idealizado
no início do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) em 2007, porém continua inacabado. Nesse cenário de
atrasos recorrentes, é natural que os agricultores adiem sistematicamente
suas decisões de investimentos e contratações, visando
eventualmente a se beneficiar da conclusão desse empreendimento.
Na ausência dessa obra de transposição, esses recursos
estariam comprometidos com outros projetos, cujos custos não seriam
tão sensíveis à disponibilidade de recursos hídricos.
Feito
o ponto acima, resta saber se esse argumento possui algum respaldo empírico
ou se é apenas uma curiosidade teórica. Qualquer exercício
empírico que vise mensurar o efeito do investimento público
na atividade econômica terá que lidar com um problema, conhecido
no jargão econométrico como causalidade reversa. Tanto o
investimento em infraestrutura afeta a atividade econômica, quanto
o nível de atividade econômica afeta as decisões de
investimento. Portanto, ao verificarmos uma correlação negativa
entre investimento público e atividade econômica, não
poderemos afirmar ao certo qual é a direção da causalidade.
Recentemente,
dois economistas do Federal Reserve de São Francisco, Leduc e Wilson
(2012), propuseram uma estratégia empírica para isolar o
efeito do investimento público na atividade econômica. Nos
Estados Unidos, as verbas federais destinadas aos estados para a manutenção
e construção de rodovias são decididas com certa antecedência
e, portanto, não se correlacionam com a atividade econômica
corrente. Aproveitando-se desse arranjo institucional, os autores estimam
que um aumento do investimento em rodovias estimula a economia nos trimestres
iniciais, mas tem um efeito recessivo em um horizonte de dois a quatro
anos.
Se
esses resultados puderem ser validados para outros tipos de capital público
e extrapolados para o Brasil, há duas lições que deveriam
ser digeridas pelas autoridades públicas.
Primeiro,
ao viabilizar investimentos para a melhoria da infraestrutura em um período
recessivo, a atividade econômica se deterioraria ainda mais nos próximos
anos.
No
Brasil, é notória a ausência de uma infraestrutura
adequada para a produção do setor privado. Investir em capital
público é crucial para reduzir o custo de produção
e tornar o país mais competitivo internacionalmente. Entretanto,
é preferível que este tipo de investimento seja realizado
quando a perspectiva futura é de expansão econômica,
já que os efeitos adversos de curto prazo seriam mitigados.
Segundo,
quanto maior a defasagem entre o anúncio do investimento e a construção
efetiva do capital público, mais duradoura tenderá a ser
a desaceleração da economia.
Embora
o governo federal avalie que o andamento das obras do PAC esteja satisfatório,
vários projetos já tiveram suas inaugurações
prorrogadas. Por exemplo, a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) na Bahia, o Complexo
Petroquímico Comperj e a Ferrovia Transnordestina, além da
transposição do rio São Francisco. Neste cenário
de atrasos recorrentes, a teoria macroeconômica prevê que o
setor privado também "atrasará" suas decisões de investimento.
Portanto,
evitar uma desaceleração prolongada é uma outra razão,
além das usuais, para que o setor público conduza com mais
agilidade os processos de licitação, concessão e execução
do investimento em capital público. (Eduardo Zilberman e Julio
Mereb - Valor Online)
Persistência
inflacionária eleva fervura do BC
Após
iniciar o pregão de ontem em alta, como já era de se esperar,
após o IPCA-15 e o IPC-S acima das expectativas, a curva de juros
futuros da BM&FBovespa reverteu a tendência e passou a operar
próxima da estabilidade, até com leve viés de baixa.
Isso
porque fontes do Planalto vieram à imprensa dizer que a redução
na tarifa da energia elétrica ficará acima do esperado anteriormente.
Com
isso, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento
em janeiro de 2015, o mais líquido do dia, com giro de R$ 18,334
bilhões, declinava de 7,88% para 7,87%, enquanto para janeiro de
2017 caía de 8,67% para 8,66%, com volume de R$ 5,376 bilhões.
Coincidência,
ou não, tais declarações impediram que as expectativas
inflacionárias do mercado batessem no teto, uma vez que a avaliação
feita por bancos e corretoras do resultado do IPCA-15, bem acima do projetado,
não foi exatamente de elogios ao trabalho que vem sendo realizado
pelas autoridades monetárias.
"O
resultado do IPCA-15 apenas reforça a percepção de
que a inflação está ficando pior e pior", afirmam
Jankiel Santos e Flávio Serrano, economistas do Espírito
Santo Investment Bank, em relatório.
Embora
o BC diga que o recente aumento da inflação é reflexo
da performance verificada nos alimentos, o índice de difusão
que exclui o grupo está em 70,3%, patamar mais alto desde março
de 2011 - em setembro desse mesmo ano, a inflação estava
em 7,3%.
Além
disso, as últimas previsões dos meteorologistas vêm
fortalecendo a perspectiva de que o agravamento da seca nos Estados Unidos
pode novamente prejudicar a safra de soja e milho neste ano, fato que já
teve forte influência negativa na inflação doméstica
de 2012.
"Este
cenário reforça nossa preocupação com a inflação
no médio prazo, uma vez que parece bastante difícil ver uma
desaceleração consistente da inflação para
níveis mais próximos com a meta do Banco Central (4,5% por
ano), na ausência de um ajuste na política monetária",
ponderam os economistas do Espírito Santo.
Após
o resultado do IPCA-15, os especialistas não descartam o IPCA fechado
de janeiro acima da faixa dos 1% - marcou 0,79% em dezembro. Ainda que
um pouco menor, a LCA e a Austin Rating também esperam por uma aceleração
do índice oficial no primeiro mês de 2013, para 0,91%, enquanto
o Itaú projeta 0,93% (estimativa do Itaú anterior ao IPCA-15
era de 0,85%).
André
Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, entende que, com o
resultado do IPCA-15, a não ser que o Copom parta para um discurso
extremamente agressivo, que não deve ser o caso, a ata que será
divulgada nesta quinta (24/1) perdeu sua relevância.
"A
autoridade monetária nitidamente sabe do desafio existente, mas
há pouco que ela possa fazer", nota o economista. (Lucas Bombana
- Brasil Econômico)
Prévia
do IPCA indica pressões adicionais sobre a inflação
Com
aumentos acima do esperado em alimentos e serviços, o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) superou o teto
das projeções do mercado ao avançar de 0,69% para
0,88% entre dezembro e janeiro e gerou uma onda de revisões nas
estimativas para o indicador fechado do mês, que já estavam
em processo de deterioração. Agora, analistas trabalham com
inflação ao redor de 0,90% na abertura do ano, o que elevaria
as chances de um IPCA mais próximo de 6% em 2013.
A
despeito da pressão sazonal dos alimentos - que, ao subirem de 0,97%
para 1,45%, responderam por 0,35 ponto percentual do IPCA-15 -, e outras
questões mais pontuais, como o aumento do IPI para cigarros, permanece
a análise de que há fatores mais estruturais por trás
da alta acentuada dos preços, já que os núcleos de
inflação (medidas que tentam expurgar ou reduzir o impacto
de itens voláteis no IPCA) seguem elevados e os reajustes estão
mais disseminados.
A
equipe econômica do BES Investimento calcula que, excluindo-se alimentos,
o índice de difusão do IPCA-15, que mede a quantidade de
itens que registraram alta entre um mês e outro, subiu de 65,3% para
70,3%, maior percentual desde março de 2011. "A inflação
em 12 meses atingiu 7,3% apenas alguns meses depois disso (em setembro
de 2011). Essa dinâmica, aliada ao comportamento dos núcleos,
refuta totalmente a avaliação de que a recente deterioração
da inflação está ligada somente a alimentos. Parece
ser muito mais do que isso", diz, em relatório.
O
índice de difusão "cheio" do IPCA-15 (que indica quantos
produtos subiram no período), por sua vez, passou de 67,9% para
73,7% entre dezembro e janeiro, maior nível para qualquer mês
desde 2003. Já a média dos três núcleos de inflação
mais usados avançou de 0,59% para 0,74% no período. "Esses
números mostram uma inflação mais resistente", avalia
Thiago Carlos, da Link Investimentos, que esperava aumento de 0,80% para
o IPCA-15.
O
principal desvio em relação a sua projeção
veio dos serviços, grupo que continuou incomodando ao subir de 0,88%
para 1,06%. Apesar de as passagens aéreas terem recuado de 17% para
5,1%, outros itens caminharam na contramão, tais como excursão
(12,1% para 16,1%), serviços pessoais (0,66% para 0,73%), aluguel
residencial (0,5% para 1,5%) e condomínio (0,5% para 1,1%), entre
outros.
O
cenário da Link para a inflação de serviços
no ano é de estabilidade em relação a 2012, quando
esses preços subiram 8,7%, mas, a partir dos dados de janeiro, Carlos
aponta que há um risco de aceleração, já que
qualquer reação da atividade pode impulsionar mais repasses
de custos no setor num quadro de mercado de trabalho apertado e ganhos
salariais fortes. Assim, a estimativa da corretora para o IPCA em 2013,
de 5,7%, está sob viés de alta.
Para
Alexandre Andrade, da Votorantim Corretora, a correção de
9% do salário mínimo concedida no início do ano já
pode ter influenciado alguns preços de serviços, como costureira,
cabeleireiro e despachante, impacto que deve continuar nos próximos
meses e, ao lado do desemprego nas mínimas históricas, manter
a inflação em 12 meses desse grupo girando em torno de 8,5%.
Andrade
manteve em 5,3% sua estimativa para o IPCA do ano, contando com forte descompressão
de preços de alimentos no último trimestre, mas elevou de
0,90% para 0,94% sua previsão para a alta do indicador em janeiro,
já que, devido a condições desfavoráveis para
a produção de alimentos in natura, esses itens têm
espaço para avançar ainda mais. No IPCA-15, hortaliças
e legumes marcaram alta de 6,4%. Além disso, diz Andrade, o impacto
do aumento do IPI para cigarros, que subiram 7% na prévia, deve
se intensificar no índice do mês fechado.
O
grupo alimentação e bebidas avançou acima do previsto
no IPCA-15 por Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia
Corretora. Como não há margem para recuo dos alimentos até
o fim do mês, a corretora deve revisar de 0,85% para algo em torno
de 0,90% sua projeção para o IPCA de janeiro. Para o ano,
a estimativa de Combat foi mantida em 5,5%. "Por ora, vamos manter essa
previsão, mas há preocupações. A questão
energética, os combustíveis e os serviços precisam
ser acompanhadas de perto", afirmou Combat. (Arícia Martins
- Valor Online)
BC
fará o que for preciso para conter a inflação
Para
garantir uma saída sustentável da crise, as economias desenvolvidas
serão obrigadas a tornar mais dura a competição por
mercados, e o Brasil precisa se preparar para a disputa, disse o presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini, em jantar promovido pelo Fórum
Econômico Mundial, em Davos, para participantes brasileiros do evento.
Tombini rejeitou, mais uma vez as acusações de que o governo
abandonou os instrumentos tradicionais de controle da economia, e afirmou
que o Banco Central está comprometido em fazer a inflação
convergir para a meta de 4,5% até o fim de 2013.
"O
Banco Central está vigilante e vai fazer o que tiver de fazer para
controlar a política monetária no Brasil. Vamos controlar
a inflação, como foi o caso nos últimos nove anos",
prometeu. "Podemos fazer melhor, queremos fazer e vamos fazer", garantiu,
ao lamentar as pressões dos preços dos alimentos no quarto
trimestre de 2012.
Tombini
defendeu as medidas tomadas nos últimos meses pelo governo de Dilma
Rousseff para beneficiar empresas ameaçadas pela concorrência
internacional. Ele mencionou explicitamente a redução de
tributos para setores selecionados, a mudança favorável à
participação do capital privado nos investimentos em infra-estrutura
e a redução na taxa de juros, que, acredita, estimularão
o aumento da produtividade total dos fatores de produção,
com impacto positivo sobre o investimento.
"O
peso dos tributos no Brasil é alto e o governo tem algum espaço
fiscal para cuidar disso", disse.
Ele
defendeu a gestão Dilma das acusações, no mercado,
de que o país abandonou o chamado tripé macroeconômico,
formado pelo câmbio flutuante, a meta de inflação e
a responsabilidade fiscal. Dos 14 anos de existência do sistema de
metas, em nove a inflação foi inferior aos 5,8% do ano passado,
e o dólar teve grande variação no ano passado, estabilizando-se
neste ano para lidar com o enorme fluxo de capital proveniente dos países
com economia em recessão, argumentou.
"Temos
uma política de acumulação de reservas no Brasil.
Não abandonamos essa política", afirmou. As fortes mudanças
no cenário mundial, com o crescimento excessivo da liquidez obrigaram
o BC a agir para evitar instabilidades no mercado financeiro, argumentou.
Para Tombini, o mercado internacional estava excessivamente otimista com
o Brasil no passado recente e pode estar, agora, exagerando no sentido
oposto.
A
crítica à guerra cambial nos mercados globais, termo popularizado
pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi uma expressão muito
"afortunada", mas não é mais uma grande preocupação
para o Brasil, afirma o presidente do Banco Central. O governo agiu para
minimizar o impacto da desvalorização de moedas internacionais,
que afetou a competitividade brasileira. "Lutamos contra essa guerra cambial
e sabemos lidar com isso", disse, referindo-se a medidas como o controle
de entrada de capital especulativo e a atuação no mercado
que desvalorizou o real em relação ao euro e dólar.
"A
guerra fiscal continua a ser uma questão, mas não é
tanto um problema para o Brasil [quanto para outros países]", comparou.
A intervenção responsável do governo não afetou
a atratividade do país para o capital internacional, que continua
sendo desejado para garantir o crescimento, argumentou. Hoje, cerca de
70% do fluxo de capital ao Brasil é investimento direto, o maior
volume da América Latina, US$ 65 bilhões em 2012, o quarto
maior do mundo e US$ 41 bilhões acima do que foi investido no segundo
maior receptor de investimentos no continente latino-americano, comentou.
Tombini
previu que deve aumentar a pressão sobre os países desenvolvidos
por medidas de afrouxamento monetário, que levam à desvalorização
das moedas fortes. Sem espaço fiscal e com juros chegando a zero,
não há alternativa para esses países, previu.
O
Brasil vem se preparando para esse momento, está com o setor financeiro
mais sólido e, ao contrário do que apontam alguns críticos,
não caiu na "armadilha do baixo crescimento" dos emergentes. O país,
ao contrário do que prevê a teoria nesses casos, está
com pleno emprego, não tem moeda subvalorizada e nem tem uma situação
demográfica desfavorável, com menos pessoas entrando no mercado
de trabalho do que na aposentadoria, listou Tombini. (Sergio
Leo - Valor Online)
IPCA-15
exige mais da ata do Copom
A
ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que o Banco
Central divulga hoje tem que trazer mais clareza ao apontar os motivos
pelos quais a inflação teve piora no balanço de riscos
e a atividade doméstica segue abaixo do esperado, apontam profissionais
de mercado. Ontem, os juros projetados nos contratos da Bolsa de Mercadorias
& Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade, depois de atingirem
as máximas registradas em dois meses, alimentadas pela aceleração
da inflação medida pelo IPCA-15. O Depósito Interfinanceiro
com vencimento em janeiro de 2015 cedeu a 7,87% de 7,88% da véspera,
depois de bater 7,92% durante a sessão.
A
necessidade de explicar o atual quadro de pressões inflacionárias
ganhou reforço entre os agentes de mercado depois que o IPCA-15
mostrou aceleração para 0,88% em janeiro ante 0,69% em dezembro.
Para
o economista-chefe do ABC Brasil, Luis Otavio de Souza Leal, a atribuição
de pesos semelhantes à inflação e ao ritmo da atividade
econômica no comunicado seguinte à reunião do Copom,
semana passada, foi a principal justificativa do Banco Central para sustentar
o discurso de que é melhor seguir com a manutenção
por um período suficientemente prolongado da taxa básica
Selic, em 7,25% ao ano.
O
economista-chefe do J.Safra, Carlos Kawall, vai na mesma linha e admite
que a ata do Copom pode levá-lo a rever as projeções
para a taxa básica de juros neste ano. Para ele, importa checar
também na ata a visão do Banco Central sobre a atual política
fiscal, que ficou mais expansionista. "Ao menos para 2013 não parece
que o BC vai indicar ainda que trabalha com superávit abaixo da
meta, já que não houve decisão oficial do governo
a esse respeito. Mas com o cenário de inflação piorado
e podendo nos próximos meses bater no topo da meta em bases anualizadas,
creio que o BC deverá indicar um balanço de riscos pior,
o que implicaria descartar a hipótese de queda de juros no curto
prazo, tal como prevemos", admite.
O
sócio-gestor da SM Managed Futures, João Luiz Mascolo, avalia
que o teor mais relevante a ser observado como subsídio para que
os agentes de mercado possam traçar os horizontes de política
monetária será a relação entre inflação
e crescimento. "Embora todos saibam que esse Banco Central não tem
um mandato de buscar crescimento, é o que ele tem feito. Se a ata
abordar novamente esse tema de maneira simultânea vai sinalizar que
a Selic segue mesmo estável", aponta.
Para
Souza Leal, a questão da manutenção dos juros por
um período suficientemente prolongado tem relação
com o equilíbrio dos riscos entre inflação e crescimento.
"As análises e, principalmente, as expectativas do BC a respeito
dessas duas variáveis podem dar uma dica se o Copom tem algum viés
nesse momento", afirma.
Sobre
os temas mais quentes da pauta econômica - reajustes de combustíveis,
preços de energia e política fiscal - o economista João
Luiz Mascolo acredita que o cenário para os combustíveis
merece atenção. "O BC vinha trabalhando com reajuste zero.
Vamos ver agora como incorpora esse aumento que o governo sinaliza que
vai dar".
Mas
mais relevante que a forma com que o BC vai incluir nos cenários
de referência os combustíveis mais caros é o tratamento
a ser dado pela política fiscal, avalia Mascolo. Para ele, não
tem como o BC ignorar que o setor público tem apresentado uma política
expansionista.
O
economista afirma que o fato de a Selic ter recuado mais de cinco pontos
percentuais desde agosto de 2011 não mudou o custo de carregamento
da dívida pública, que segue na casa de 15% ao ano. "Se o
governo não cumprir um superávit na casa de 2,5% do Produto
Interno Bruto existe sim o risco de a relação entre a dívida
e o PIB voltar a crescer e impactar na curva de juros". (João
José Oliveira e Lucinda Pinto - Valor Online)
Recuperação
global ainda é fraca
Depois
de ter reduzido as projeções para crescimento global, o Fundo
Monetário Internacional (FMI) acredita que o clima é de “otimismo”,
afirmou o economista-chefe do Fundo, Olivier Blanchard, conselheiro econômico
e diretor do departamento de pesquisas da instituição, em
coletiva de imprensa em Washington. Blanchard, no entanto, reforça
que deve haver um “otimismo cauteloso” e lembra que a recuperação
da economia mundial segue fraca e que o processo é prejudicado pela
consolidação fiscal e pelo ainda fraco sistema financeiro.
O
diretor ressalta que os Estados Unidos estão em uma situação
melhor que o observado em igual período do ano passado, embora tenha
admitido que nem todos os problemas fiscais do país estejam resolvidos.
Sobre a Europa, o FMI diz que a região está comprometida
com o euro. Apesar do crescimento anêmico do bloco, a instituição
vê melhora nas condições financeiras, principalmente
na Alemanha e França.
Blanchard
afirmou que os mercados financeiros globais podem não estar precificando
de forma suficiente o risco sobre as perspectivas para a economia mundial.
“Eu
penso que é um argumento razoável achar que talvez os mercados
financeiros estejam um pouco otimistas demais, mas eles estão vendo
coisas boas no futuro”, disse Blanchard. “Está claro que os mercados
financeiros estão à frente da economia real. A questão
é se eles estão muito à frente ou não, se estamos
vendo uma bolha”, acrescentou. “Neste estágio é difícil
dizer.”
A
questão é saber se a psicologia do mercado vai durar o suficiente
para ver uma inegável evidência de uma recuperação.
Caso contrário, os participantes do mercado poderão elevar
novamente o prêmio de risco para as economias debilitadas da zona
do euro, esfriando outra vez as esperanças de expansão.
Com
relação a uma pergunta relacionada a uma guerra cambial como
consequência da decisão do Banco do Japão de comprar
de ativos sem um limite pré-determinado, Blanchard respondeu: “Esta
crescente especulação de guerra cambial está muito
exagerada”. “Eu realmente penso que as especulações de guerra
cambial são simplesmente inapropriadas neste ponto.”
Segundo
ele, os países devem adotar as medidas certas para fazer com que
suas economias voltem a ser saudáveis. E se o FMI achar que as políticas
são apropriadas, então, as implicações para
a taxa cambial foram levadas em consideração, acrescentou.
Não
houve uma grande “transformação” nos fluxos de capital para
os mercados emergentes, enquanto as economias desenvolvidas tentam se recuperar,
observou Blanchard. E quando e se os fluxos se tornarem grandes demais
para os países menores, então, algum controle será
apropriado, acrescentou.
Com
relação ao Brasil, Blanchard e o chefe da divisão
de estudos econômicos mundiais do FMI, Thomas Helbling, observaram
que crescimento potencial da economia brasileira pode ser menor que o estimado.
O
FMI prevê um segundo ano de recessão na zona do euro, com
um crescimento “anêmico”. Embora os custos de financiamento tenham
caído, os indicadores têm mostrando poucos sinais de que as
medidas de cortes orçamentários e de reformas estejam rendendo
o resultado desejado, o crescimento.
Em
parte, segundo o Fundo, é porque os empréstimos privados
não estão acelerando tanto quanto se esperava, porque os
investidores ainda estão cautelosos e também porque as medidas
de austeridade tiveram um impacto maior do que o antecipado.
“Leva
algum tempo para essas medidas funcionarem”, observou Blanchard.
Sobre
os Estados Unidos, o economista-chefe do FMI observou que a maior economia
do mundo está em “melhor forma” e deve se fortalecer ao longo do
ano. (Suzi Katzumata - Valor)
Economia
global ainda inspira previsões cautelosas
A
economia mundial caminha para a recuperação e este ano deve
marcar a saída do fundo do poço. Essa é a boa notícia
que emergiu da mais recente revisão das perspectivas globais feita
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A má notícia
é que a velocidade da retomada é mais gradual do que se imaginava
há meses.
No
quadro pintado pelo World Economic Outlook (WEO), divulgado ontem pelo
FMI, a economia global parece um doente ainda em estado grave, mas com
sinais de recuperação. O desempenho de 2012 foi pior do que
as piores expectativas. No fim de 2011, o FMI esperava que a economia global
cresceria cerca de 4% no ano passado e haveria apenas uma suave recessão
na zona do euro. A avaliação era a de que se tratava apenas
de restaurar a confiança dos mercados nos governos - equívoco
total, como comprovaram Grécia, Espanha e Itália.
A
implementação de políticas corretas, como o afrouxamento
monetário, a flexibilização fiscal e o apoio ao sistema
financeiro, evitou o colapso na zona do euro, visível nos juros
dos títulos soberanos, mas não deixou de respingar nos países
centrais da região. A economia global acabou fechando 2012 com crescimento
de 3,2%, segundo o FMI, graças à melhoria do desempenho dos
mercados emergentes e dos Estados Unidos, que cresceram 5,1% e 2,3%, respectivamente,
e compensaram o fiasco da zona do euro, que teve uma recessão de
0,4%, para a qual colaboraram Itália e Espanha, com retração
de 2,1% e 1,4%, respectivamente.
A
expectativa é de um crescimento global apenas modesto neste ano,
de 3,5%, ainda inferior aos 3,9% de 2011. No fim de 2012, esperava-se uma
expansão próxima de 4% também para este ano, previsão
agora transferida pelo FMI para 2014.
Na
revisão do WEO, ainda não será neste ano que a zona
do euro sairá da recessão. A previsão agora é
de nova contração na região, de 0,2%, com Itália
e Espanha ainda em recessão. Os economistas do Fundo indicaram que
a redução dos spreads dos bônus soberanos e a melhoria
da liquidez ainda não foram transmitidas ao crédito para
o setor privado, o que inibe a recuperação da economia.
Os
Estados Unidos devem manter o ritmo neste ano, crescendo 2%, com a recuperação
do mercado imobiliário contribuindo para melhorar a situação
das famílias. As projeções do FMI levam em conta que
o país vai administrar o abismo fiscal de modo que o aperto ficará
em 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB) e não nos 4% inicialmente
calculados, que o teto do endividamento público será elevado
e que uma solução a médio prazo comece a ser elaborada.
As
economias emergentes continuarão puxando a recuperação
global, mas de modo ainda limitado por causa do contágio dos países
avançados, e sem repetir as elevadas taxas do início da década.
A previsão do FMI é que as economias emergentes crescerão
5,5% neste ano, abaixo dos 6,3% de 2011. O lugar de destaque continua com
a China, cujo PIB deve saltar 8,2%.
Segundo
o Fundo, o espaço para maiores afrouxamentos monetários diminuiu
e os gargalos para o crescimento e as incertezas inibiram alguns países
como o Brasil, que, de acordo com a nova previsão, vai crescer 3,5%
neste ano, e não os quase 4% projetados no fim de 2012 - a maior
revisão para baixo do WEO.
Os
técnicos do Fundo advertiram que as previsões dependem de
os principais polos globais continuarem fazendo suas tarefas. Isso implica
a zona do euro avançar na união bancária e fazer os
ajustes fiscais possíveis, sem sacrificar a recuperação;
os Estados Unidos saírem-se bem nas discussões do abismo
fiscal; e de a China estimular o mercado doméstico. Os mercados
emergentes, avalia o FMI, dividem-se entre os que podem ampliar mais o
crédito e incentivar a demanda porque contam com grandes superávits
externos e baixa dívida pública, e aqueles que precisam voltar
ao aperto monetário de forma gradual e provavelmente com ajuda de
medidas macroprudenciais.
Compõem
ainda o cenário traçado pelo WEO outras previsões
cautelosas. O comércio internacional deve crescer modestamente,
3,8%, embora acima dos módicos 2,8% de 2012, puxados pelos mercados
emergentes. O Fundo espera que a inflação ceda nos países
avançados, de 2% em 2012 para 1,6% neste ano, e mantenha-se em 6,1%
nos mercados emergentes. Para isso certamente vão influenciar as
previsões de queda de 5,1% do petróleo e de 3% das outras
commodities.
O
economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, lamentou que a economia global
ainda esteja em "duas marchas" e aconselhou um otimismo cauteloso. Não
lhe faltam razões. (Valor Online)
EUA:
Elevação temporária do teto da dívida
Ontem
a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, por 285 votos
a favor e 144 contra, a suspensão do teto da dívida até
19 de maio. A medida permitirá ao governo continuar a pagar suas
contas, já aprovadas pelo Congresso, enquanto os políticos
se concentram no debate sobre impostos e cortes nos gastos.
Logo
após a votação na Câmara, controlada pelos republicanos,
o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, afirmou que
a Casa aprovará o projeto de lei rapidamente sem qualquer alteração
no texto.
A
Casa Branca, que já indicou que o presidente Barack Obama sancionará
a prorrogação temporária do teto da dívida,
saudou a aprovação da medida. (Suzi Katzumata - Valor)
EUA
chegam a acordo sobre dívida pública
Deputados
americanos evitam novo impasse e dão mais tempo para a negociação
de cortes no Orçamento do país
Lei
também determina que o Congresso aprove novo Orçamento até
15 de abril; medida deve passar pelo Senado
A
Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA suspendeu ontem os
limites à dívida pública por três meses, evitando
assim um novo impasse em início de governo que interromperia os
pagamentos federais e dando mais tempo para a negociação
de cortes no Orçamento.
A
lei aprovada ontem, que deve passar sem problemas pelo Senado e precisa
ser sancionada pelo presidente Barack Obama, determina ainda que o Congresso
deve aprovar o novo Orçamento até 15 de abril. Se isso não
ocorrer, deputados e senadores terão seus salários retidos.
A
cláusula dá a medida da pressão sobre os congressistas
para desatar o nó orçamentário, um debate que manteve
Executivo e Legislativo patinando nos últimos 18 meses, com custos
políticos e econômicos ao país.
Nesse
período, ao menos três negociações de amplo
alcance fracassaram em solucionar o problema do crescente deficit fiscal
do país. Da última delas, na virada do ano, o Congresso saiu
apenas com um acordo paliativo para evitar um gatilho automático
de cortes e impostos.
"É
simples: sem Orçamento, sem pagamento", resumiu o presidente da
Câmara, o republicano John Boehner, aprovado por 285 votos a 144
(199 de republicanos e 86 de democratas, que consideraram a manobra um
"truque", nas palavras da líder Nancy Pelosi, e se opunham à
condicionar seus salários).
O
teto da dívida federal americana, de US$ 16,4 trilhões (ou
R$ 33,4 trilhões, acima do PIB de US$ 15,1 trilhões do país),
já foi atingido.
O
Tesouro, porém, lançou mão de ações
para adiar alguns vencimentos, mas só pode fazê-lo até
o meio de fevereiro, quando teria então de interromper pagamentos.
Situação similar em 2011 levou o país a ter sua nota
reduzida pela agência de avaliação de risco Standard
& Poor's.
Com
a decisão de ontem, o teto fica suspenso de 19 de fevereiro, quando
o fôlego do Tesouro acaba, até 19 de maio -uma manobra para
evitar aumentar o limite da dívida.
A
medida também dá ao Congresso mais tempo para debater os
cortes no Orçamento e como fazê-los.
A
lei atual exige que US$ 1,2 trilhão seja enxugado. Sem acordo, o
primeiro gatilho de corte (US$ 110 milhões, metade deles na Defesa)
seria disparado em março.
Democratas
preferem que um pacote fiscal contenha cortes mais profundos na Defesa
e, sobretudo, um aumento expressivo na arrecadação de impostos.
Republicanos exigem reformas no programa de pensões e no de saúde
para idosos e para a população mais pobre, além de
reduzir os programas sociais.
Mais
cedo, o deputado republicano Paul Ryan, que lidera a Comissão Orçamentária
da Câmara e tem ambições presidenciais, havia dito
que o objetivo de reduzir o deficit seria alcançado sem novos aumentos
de impostos. (LUCIANA COELHO - Folha de S.Paulo)
Alemanha
quer Reino Unido na UE
O
ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle,
pediu que o Reino Unido permaneça na União Europeia, dizendo
que em uma era de globalização todos os europeus devem estar
unidos. “Nós na Alemanha queremos que a Grã-Bretanha permaneça
na UE”, disse Westerwelle a repórteres. “Como europeus, estamos
todos no mesmo barco.”
O
chanceler comentava o discurso do premiê britânico, David Cameron,
de que ele pretende fazer um referendo no futuro sobre se o país
deve seguir como membro do bloco. A desilusão em relação
à UE está em recorde alta no Reino Unido, disse Cameron,
em seu longamente aguardado discurso sobre o tema. Segundo ele, para que
o Reino Unido permaneça no bloco, é preciso haver mudanças
na Europa.
Westerwelle
disse que a Alemanha também não acredita que toda decisão
deva ser tomada em Bruxelas e pediu uma “reforma ambiciosa”. A posição
alemã, porém, diverge bastante daquela dos britânicos.
“Nós precisamos mais, não menos integração”,
disse ele. O ministro do governo da premiê Angela Merkel notou que,
se um país adotar uma política de ficar escolhendo cuidadosamente
que aspectos do bloco deseja ou não, ele “não irá
funcionar”. (Dow Jones Newswires/Valor)
Itália
critica quem "não quer ficar" na Europa
Mario
Monti reagiu à proposta do premiê britânico de discutir
permanência no bloco
Primeiro-ministro
italiano, contudo, vê necessidade de dar prioridade ao crescimento
econômico
A
proposta de plebiscito de David Cameron, a política monetária
e a guerra cambial foram os temas que mais chamaram atenção
no Fórum Econômico Mundial, que efetivamente começou
ontem em Davos, na Suíça.
Aqui
e ali ouviram-se comentários de apoio e contrários à
ideia do britânico, mas a manifestação mais forte veio
do primeiro-ministro italiano, Mario Monti.
"Queremos
desesperadamente que fiquem na União Europeia europeus que queiram
nela permanecer. Não precisamos de europeus que não queiram
ficar", disse Monti, que foi em seguida interrompido por aplausos.
O
premiê italiano disse que concordava com Cameron no ponto em que
"prosperidade e crescimento têm de ser prioridades número
um", mas que estava confiante.
"Tenho
confiança que, se houver um referendo no Reino Unido, os britânicos
votarão por ficar."
Após
Monti, subiu ao principal palco do Fórum Christine Lagarde, diretora
do FMI.
Ela
alfinetou de leve, ao afirmar que a Europa passa por um processo histórico
de integração -o Reino Unido incluído.
BRASIL
A
presidente Dilma Rousseff se reunirá hoje, no Palácio do
Planalto, com os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel
Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, num encontro
cujo desfecho mais provável será a formalização
de parcerias entre o bloco e o governo na área de ciência
e tecnologia.
O
programa Ciência sem Fronteiras, considerado pela própria
presidente uma "obsessão" em seu mandato, será a vitrine
do governo durante a reunião. A intenção é
conseguir apoio institucional da União Europeia na concessão
de bolsas de estudos a alunos brasileiros.
Hoje,
o Ministério da Educação firma parcerias com países
europeus individualmente. Dos quase 18 mil bolsistas do programa, 11 mil
estudam em instituições europeias, diz o governo.
A
pauta de discussões entre Brasil e União Europeia é
extensa: abordará a gestão de conflitos no Oriente Médio,
a coordenação do G20 (grupo dos 20 países mais ricos)
e desembocará no impasse de mais de uma década sobre o tratado
de comércio entre Mercosul e o bloco europeu.
(MARIA CRISTINA FRIAS, colaborou TAI NALON - Folha de S.Paulo)
Críticas
a ameaça do Reino Unido de deixar bloco
União
Europeia não pode ser 'diminuída', diz França; alemães
também condenam
Como
previsto, premiê britânico propôs votar saída
do bloco até 2017; parlamentares veem campanha antecipada
A
ameaça do premiê britânico, David Cameron, de convocar
um plebiscito até 2017 para definir se o Reino Unido ficará
ou não na União Europeia provocou ontem fortes reações
de líderes europeus.
Em
discurso esperado desde o ano passado, Cameron disse que promoverá
a consulta caso o bloco não aceite fazer concessões em troca
da permanência do país.
Os
governos da Alemanha e da França, as duas maiores economias do continente,
afirmaram que o Reino Unido não pode escolher apenas o que convém
para ficar.
A
chanceler alemã Angela Merkel aceitou negociar com o britânico,
mas disse que outros países do bloco também têm seus
interesses. "Precisamos buscar um compromisso justo", afirmou.
O
presidente francês François Hollande disse que a União
Europeia não pode ser "diminuída" em troca da permanência
de um país.
"A
Europa tem que ser aceita como ela é. Nós podemos evoluir
no futuro, mas não podemos prometer reduzi-la ou diminuí-la."
O
ministro de Relações Exteriores da França, Laurent
Fabius, afirmou que o plebiscito é uma ideia "perigosa".
"Imagine
que a Europa fosse um clube de futebol. Depois que você entrou no
clube, não pode sair dizendo que agora vai jogar rugby."
EQUILÍBRIO
No
discurso, Cameron cobrou a "renegociação do pacto" com a
UE, mas não deixou claras as condições que garantiriam
a permanência.
Ele
voltou a se equilibrar entre as críticas ao bloco e a afirmação
de que defende a presença britânica numa Europa "reformada".
"Se
não encararmos os desafios, o risco é a Europa fracassar
e o povo britânico ser empurrado para a porta de saída. Eu
não quero que isso aconteça", disse.
Ao
ser questionado se defenderia a saída da UE caso as mudanças
não o satisfaçam, o primeiro-ministro desconversou. "Não
entro numa negociação para perder."
O
gesto de Cameron foi recebido como pontapé inicial das eleições
britânicas de 2015, quando ele tentará se manter no poder
e ampliar a bancada do Partido Conservador no Parlamento.
O
primeiro-ministro aposta no sentimento antieuropeu do eleitorado. Segundo
pesquisas, a maioria dos britânicos culpa os vizinhos pela crise
e votaria hoje a favor de uma saída do bloco.
Cameron
também tenta blindar seu partido contra o crescimento do Ukip, sigla
nacionalista que defende a ruptura total com a Europa.
A
promessa de plebiscito, no entanto, contraria o Partido Liberal-Democrata,
do vice-premiê Nick Clegg.
A
oposição trabalhista também é contra a consulta.
(BERNARDO MELLO FRANCO - Folha de S.Paulo)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Preços
em alta derrubam cotação do dólar
Com
poucos sinais de que a inflação irá arrefecer no curto
prazo, a tendência é que a taxa da divisa americana não
ultrapasse o patamar de R$ 2,05 nas próximas sessões.
Ontem
o dólar terminou o pregão com desvalorização
de 0,29%, cotado a R$ 2,037 para venda.
"O
movimento está relacionado com a percepção de que
a inflação em alta deve favorecer uma intervenção
do Banco Central (BC) para evitar que o real se deprecie", diz Luciano
Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB.
Os
dois números de inflação divulgados hoje vieram acima
do projetado pelo mercado - o IPCA-15 acelerou para 0,88% (consenso das
estimativas girava em torno de 0,80%), e o IPC-S, para 1,03% (projeções
apontavam para 0,98%).
Além
da inflação, Rostagno entende que os dados do setor externo,
que vieram com o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) mais
alto do que se esperava - US$ 5,4 bilhões em dezembro, contra projeção
de US$ 4 bilhões - também contribuíram para a queda
verificada no dólar.
Como
o governo não deu sinalizações de que vai aceitar
o dólar abaixo de R$ 2,00, as oscilações do câmbio
doméstico não devem fugir de um intervalo bastante estreito
neste início de 2013.
"O
dólar não deve ir abaixo dos R$ 2,00, a não ser que
o cenário inflacionário deteriore muito. Então o BC
teria de optar entre usar a política cambial ou monetária
para segurar a inflação", pondera o estrategista do WestLB.
(Lucas Bombana - Brasil Econômico)
Cursos
da BM&FBovespa no Rio
A
BM&FBovespa promove durante o mês de janeiro cursos gratuitos
no Rio de Janeiro.
Data:
ao longo do mês
Horário:
verificar curso
Local:
Rua do Mercado, 11, Rio
Informações:
bmfbovespa.com.br/cursos (Valor Online)
Fórum
Internacional de Previdência
Paraná
Previdência promove o Fórum Internacional de Previdência
de 01 a 03 de maio de 2013, em Foz do Iguaçu-PR, pela Paraná
Previdência, com o apoio da ABRAPP.
Serviço
FÓRUM
INTERNACIONAL DE PREVIDÊNCIA
01
a 03 de Maio de 2013 - Foz do Iguaçu - PR
As
questões previdenciárias são similares em todo o mundo.
São também responsáveis por grande parte da crise
econômica mundial que estamos enfrentando e que está afetando
inúmeras nações.
O
Fórum Internacional de Previdência busca, portanto, discutir
globalmente a questão
previdenciária
e traçar modelos que possam nos sinalizar como será a nova
previdência no mundo, a partir das experiências de diversos
países.
Em
que ponto estamos?
Que
previdência queremos?
Quais
as diretrizes necessárias para modernizar a previdência na
atualidade?
Estes
são alguns dos inúmeros questionamentos que gestores, estudiosos,
juristas,
especialistas
em previdência se fazem diariamente. São também algumas
das perguntas que pretendemos buscar responder com a realização
do Fórum nternacional de Previdência.
Todos
estamos ligados a uma questão única, a sobrevivência
de um sistema previdenciário
que
proteja os cidadãos no momento de suas vidas que eles mais necessitam.
Informações
adicionais, através do site www.forumprevidencia.com.br
(Diário dos Fundos de Pensão/AssPreviSite)