SPPC,
PREVIC, ABRAPP e o Dr. Adacir Reis no
Encontro
Anual AssPreviSite desta quinta-feira, dia 25.
Inscrições
encerradas. Lotação do evento!!!
Informações
pelo e-mail: assprevisite1@assprevisite.com.br
AssPreviSite
Déficit:
Nem tudo que parece é
Uma
avaliação adequada dos resultados obtidos pelos fundos de
pensão, incluindo aí eventuais déficits e superávits,
deve necessariamente medir a performance dos gestores em duas frentes:
a do passivo atuarial e a do desempenho dos investimentos. Olhar apenas
para uma dessas variáveis e ignorar o peso de ambas na equação
final pode levar a erros de avaliação graves diante dos objetivos
de longo prazo dos planos de benefícios administrados pelas Entidades
Fechadas de Previdência Complementar.
Segundo
os dados mais recentes divulgados pela Previc, o déficit total do
sistema atingiu R$ 60, 9 bilhões até o terceiro trimestre
do ano passado. Esse resultado, porém, não pode ser avaliado
apenas como decorrência da gestão de investimentos, avisam
os especialistas. E nem se deve cair na tentação fácil
da generalização. “Toda generalização é
burra, ou seja, dizer que todos os planos superavitários possuem
boa gestão de investimentos ou que todos os planos deficitários
possuem má gestão de investimentos é uma simplificação
que pode gerar muitas injustiças”, sublinha o diretor superintendente
da Fibra e coordenador da Comissão Técnica Ad-hoc que tratou
das novas regras de precificação de ativos, passivos e solvência
da Abrapp, Sílvio Rangel.
“As
análises simplistas olham o déficit apenas em função
de uma suposta má gestão de ativos, mas é preciso
lembrar que tivemos durante muito tempo rentabilidades elevadas que cobriam
todo o crescimento do lado do passivo atuarial”, reforça o presidente
da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto. “Esse histórico de rentabilidade
diz que ainda seria possível estar com resultados positivos apesar
da crise econômica e do menor retorno obtido junto aos mercados de
investimentos, ou seja, fica claro que há uma componente importante
representada pelo ajuste das hipóteses atuariais”, analisa Pena
Neto.
A
redução das taxas de juros atuariais, movimento que foi regido
pela queda consistente da taxa Selic até meados de 2013, assim como
a atualização das tábuas de mortalidade para formatos
mais conservadores, fazendo frente à maior longevidade dos brasileiros,
foram os principais aspectos que levaram ao aumento do passivo atuarial
do sistema. Além disso, é preciso levar em conta os aumentos
reais de salários dos trabalhadores empregados nas empresas patrocinadoras
dos planos, outra fonte de pressão sobre os passivos, diz Rangel.
O efeito produzido pelas demandas judiciais é outro aspecto importante,
destaca Pena Neto.
Segurança
e fundamentos - “Os ajustes atuariais, particularmente no caso das tábuas
de longevidade, tiveram efeito importantíssimo sobre o valor dos
passivos, isso no contexto dos últimos cinco anos e antes disso,
quando foram feitas atualizações relevantes de tábuas
refletindo o fato de que as pessoas agora vivem por mais tempo”, destaca
o diretor de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos da
Previc, Fábio Coelho. “Foi nesse cenário que vieram as mudanças
das regras de solvência, para adequar os conceitos de equacionamento
de déficit ou de distribuição de superávit
às características e à realidade atual dos planos”.
Como resultado das atualizações, ele avalia que os planos
ficaram mais seguros porque as premissas passaram a refletir melhor a realidade,
mas também houve a necessidade de recursos adicionais para cobrir
esses ajustes, elevando os passivos. “Tão importante do que olhar
para o tamanho do déficit, porém, é compreender sua
natureza e a forma de endereçamento”, diz Coelho.
Sem
generalizar mas olhando para o sistema como um todo nos últimos
dez anos, pode-se dizer que o crescimento do passivo contribuiu de maneira
expressiva para o déficit. “Se calculássemos o passivo com
as mesmas hipóteses atuariais utilizadas antes dos ajustes, o sistema
estaria superavitário”, acrescenta Sílvio Rangel: “Os ajustes
fizeram com que o cálculo do passivo ficasse mais adequado à
realidade do que era há dez anos, isso significa maior segurança
para os planos mas, ao mesmo tempo, demanda maiores provisões para
pagar os benefícios”. Tomando o exemplo da Fibra como ilustração,
ele observa que apenas a mudança na hipótese de longevidade
representou um aumento de 25% no passivo da entidade num período
de 15 anos.
Do
lado dos ativos, o diretor da Previc lembra que a origem dos déficits
tem fundamentos econômicos claros. “O déficit é significativo
mas há explicações factíveis para sua natureza,
há fundamento econômico para a queda da rentabilidade num
contexto em que 20% dos investimentos dos fundos de pensão estão
aplicados em renda variável e, apesar da boa remuneração
na renda fixa, não podemos ignorar o impacto da renda variável”.
Além disso, Coelho enfatiza o impacto das carteiras de crédito
privado, afetadas pela recessão econômica. A dinâmica
dos mercados e a da inflação, que também produziu
efeito desfavorável sobre a rentabilidade das carteiras, ajudaram
a gerar o resultado negativo. Para o diretor, a situação
deficitária do sistema reflete um momento específico no ciclo
econômico brasileiro e um movimento normal na dinâmica dos
fundos de pensão, previsto inclusive na elaboração
das novas regras de solvência.
Impacto
diferido - “O período de melhora da economia brasileira, com ganhos
expressivos nos investimentos, permitiu que as EFPC ajustassem suas hipóteses
sem ter que fazer novos aportes porque estavam superavitárias”,
avalia Rangel. Agora, por conta da situação dos mercados,
o valor presente dos ativos caiu e muitas apresentam déficit. Como
resultado, portanto, o agravamento das hipóteses atuariais feito
há seis, sete ou oito anos e que não provocou impacto na
época, teve seu efeito diferido e hoje, com a redução
da rentabilidade dos ativos, contribui para os resultados negativos.
“Essa, entretanto, é uma abordagem geral e é preciso analisar
detalhadamente caso a caso”, alerta Rangel.
O
déficit atual ganhou impulso com os ajustes nas hipóteses
atuariais, além da queda na rentabilidade por conta das dificuldades
dos mercados em 2013, 2014 e 2015. “Retorno negativo na renda variável
e uma grande volatilidade na renda fixa atrapalharam, assim como os investimentos
feitos em FIPs (Fundos de Investimento em Participações)
que deram maus resultados, foram alguns dos fatores”, ressalta o presidente
da Abrapp. “Os fundos de pensão investiram em FIPs porque apostaram
no crescimento sustentável da economia brasileira”. Quando se fala
no tamanho do déficit, embora ele seja elevado, Pena Neto lembra
que o total de ativos dos fundos de pensão cresceu expressivamente
e hoje passa de R$ 700 bilhões: “Na comparação com
os resultados de fundos de outros países, como EUA, Reino Unido
e Holanda, esses percentuais não são tão assustadores”.
Na
avaliação de Pena Neto, seria interessante que a Previc fizesse
um estudo para segregar os resultados, deixando claro qual é a parcela
do déficit que pode ser atribuída ao crescimento do passivo
e aquela que fica por conta dos resultados de investimentos. “Um ativo
bem gerido pode fazer frente ao exigível atuarial, mas é
muito difícil que seja suficiente para cobrir os acréscimos
do lado do passivo. Isso foi possível no passado mas não
seria mais viável hoje”, diz o presidente. (Martha E. Corazza -
Diário dos Fundos de Pensão)
Anapar:
Necessidade de pagamento de dívida para a Refer
Governo
tem de pagar dívida para benefícios não serem suspensos.
A
situação dos mais de 23 mil aposentados e pensionistas da
REFER está muito complicada. Os recursos líquidos do fundo
de pensão são suficientes para pagar benefícios somente
até o final deste ano. De outro lado, o Governo Federal tem uma
dívida para com o plano de previdência já reconhecida
e auditada pelos órgãos competentes do próprio Poder
Executivo, mas não paga. A quitação da dívida
pode garantir a solvência e liquidez do plano de benefícios
e o pagamento das aposentadorias de todos atuais e futuros assistidos por
toda a sua vida.
O
problema vem desde a privatização da patrocinadora Rede Ferroviária
Federal S.A (RFFSA), leiloada no Governo FHC. Em 2001, a Rede se obrigou
contratualmente a pagar em 96 parcelas totalizando R$ 268 milhões
relativos ao compromisso da empresa com a cobertura de reservas insuficientes
no plano BD quando alterou o plano de benefício definido para contribuição
definida. Em 2005, em aditivo contratual firmado com a REFER, a empresa
reconheceu novamente a dívida e se comprometeu a recolher parcelas
atrasadas relativas ao primeiro contrato.
Em
2007 o Congresso Nacional aprovou a Lei 11.483, determinando à União
assumir, como sucessora, todos os compromissos e obrigações
da extinta Rede Ferroviária, inclusive a dívida com o plano
de previdência complementar. A dívida contratada em 2001 foi
dimensionada e auditada pelo inventariante da Rede e reconhecida formalmente
pelo Ministério da Fazenda, Tesouro Nacional e Controladoria Geral
da União. Mas até hoje não foi paga. A diretoria da
REFER entrou na Justiça para executar a dívida em 2006 e
obteve sentença favorável.
A
dívida é líquida e certa, foi cobrada judicial e extrajudicialmente
por inúmeras vezes. Várias reuniões foram feitas com
a PREVIC, ministérios e outros órgãos de governo por
dirigentes da REFER, sindicatos, associações de aposentados,
Anapar e até agora sem solução, apesar dos quinze
anos decorridos desde a assunção da dívida.
O
mais impressionante desta triste história é que o prejuízo
não é só dos participantes, muitos deles com benefícios
na faixa dos cem a duzentos reais. É também da União,
que foi condenada judicialmente a pagar a dívida que ela mesma reconheceu,
mas, enquanto não posterga, a dívida é atualizada
pela inflação mais 1% ao mês, conforme determinou a
Justiça. Se tivesse entregado à REFER títulos públicos
de longo prazo com juros reais de 6% ou 7%, por exemplo, a União
estaria economizando R$ 200 milhões por ano, somente com a diferença
entre a remuneração dos títulos públicos e
a atualização judiciária. Cabe a qualquer cidadão
brasileiro concluir: se algum servidor público estiver deliberadamente
embargando a quitação da dívida, sua atuação
está prejudicando milhares de famílias e onerando os cofres
públicos.
A
Anapar continuará pressionando para uma solução definitiva
da pendência, junto com os dirigentes da REFER e das entidades
de classe dos ferroviários, apelando para o bom senso dos ministros
e servidores públicos responsáveis pela solução
do problema. (Boletim)
Petros:
Esclarecimentos sobre matéria de O Globo
Em
relação às reportagens publicadas no jornal O Globo
em 21/2 e 22/2, a Petros esclarece que:
1.
Não há a menor possibilidade de a Petros deixar de pagar
benefícios aos aposentados e pensionistas, como sugerem as referidas
reportagens. A Fundação é uma instituição
sólida, com plena capacidade de cumprir seus compromissos no longo
prazo da mesma forma que vem fazendo rigorosamente há 45 anos.
2.
Esta Diretoria Executiva não compactua - nem jamais compactuará
- com qualquer tipo de desvio de conduta. Caso seja comprovada qualquer
ilegalidade pelos órgãos públicos de investigação,
as medidas cabíveis serão tomadas pela Diretoria Executiva
no sentido de recuperar os recursos.
3.
Em relação ao déficit, como já vem sendo informado
regularmente, a Petros vinha apresentando consecutivos resultados satisfatórios
de 2008 a 2012. Em 2012, especificamente, registrou resultado positivo
de R$ 3,28 bilhões. De 2013 em diante, no entanto, o impacto do
cenário macroeconômico afetou não somente o setor de
previdência complementar, mas vários segmentos da economia.
4.
Especificamente em relação a 2015, a Petros não pode
se pronunciar sobre resultados enquanto as demonstrações
contábeis não estiverem finalizadas e aprovadas nas instâncias
de governança da Fundação, mas adianta que dados preliminares
indicam novo déficit especificamente no Plano Petros Sistema Petrobras
(PPSP).
5.
Uma das causas para o déficit no PPSP foi o tratamento de antigas
questões estruturais e atuariais importantes para garantir a perenidade
do plano, como a atualização da composição
familiar. Junto a isso, também têm impacto sobre o déficit
o cenário econômico adverso tem causado, que afeta a rentabilidade
dos investimentos, e a alta da inflação, já que benefícios
são reajustados por este índice; (Petros/AssPreviSite)
Previrb:
Metas atuariais superadas em seus dois planos
A
Previrb, fundo de pensão da resseguradora IRB, superou em 2015 a
meta atuarial em seus dois planos. O plano de benefício definido
(BD), que está fechado e conta com patrimônio de R$ 1,8 bilhão,
teve rentabilidade de 16,40% no ano passado, ante a meta de INPC mais 4%,
ou 15,73%. Já o plano de contribuição variável
(CV), com patrimônio de R$ 85 milhões, obteve 16,17%, ante
13,34% da meta que tem como base o CDI.
Manoel
Morais de Araújo, superintendente geral da Previrb, credita o desempenho
à estratégia conservadora adotada pela entidade. “Independentemente
do cenário, sempre marcamos os ativos na curva”, comenta o executivo.
“Temos liquidez suficiente para mantermos os papéis até o
vencimento”. Araújo nota que os vencimentos mensais dos títulos
de renda fixa da Previrb comportam o pagamento das obrigações
para os próximos cinco anos.
Ao
longo de 2015 a entidade chegou a promover uma renovação
de parte da carteira de renda fixa, com a troca de cerca de R$ 170 milhões
em NTN-Bs que iam vencer em 2017 renovadas por papéis com vencimento
entre 2035 e 2040; para 2016, no entanto, o movimento não deve se
repetir. “Temos poucos títulos com vencimento em 2016, e não
nos desfizemos dessa posição por já termos feito grandes
trocas no ano passado. Mantivemos para acompanhar o mercado e ver qual
a tendência e a partir daí fazer uma alocação
mais precisa”.
Pelo
fato de o maior plano da fundação já ser maduro, com
apenas 12 funcionários ativos, de um universo com 1,6 mil, ela sequer
incluiu em sua política de investimento a aplicação
no exterior. “Nossa política observa dois grandes parâmetros,
que são liquidez e segurança”, diz o superintendente. “Como
não precisamos fazer os investimentos às pressas, não
corremos grandes riscos, temos uma previsibilidade maior. Não temos
uma diversidade grande de investimentos, mas são investimentos que
acompanhamos cotidianamente”.
A
renda fixa representa 92% do PL da entidade; a renda variável, que
até 2014 estava próxima de 10%, hoje está na casa
dos 2%. A diferença é preenchida pelos imóveis, que
respondem por 5%, e incluem uma torre no Rio de Janeiro onde funciona a
Previ, e por um estruturado gerido pela Caixa, o fundo Barcelona, que tem
10% do capital do IRB. A Previrb é cotista do fundo, que faz parte
do bloco de controle da resseguradora, junto com outras quatro entidades
– Previ, Petros, Funcef e Economus. “Esse investimento, numa empresa já
constituída, portanto sem a curva J, tem dado um retorno bastante
significativo em dividendos e juros sobre o capital próprio; em
dois anos, quase metade do investimento já foi amortizado”.
IRB
– Sobre a abertura de capital do IRB, Araújo lembra que o processo
está suspenso por conta da conjuntura desfavorável, mas que,
quando for retomado, será um tema a ser discutido com as outras
fundações que fazem parte do fundo. “Podemos comprar [as
ações que serão emitidas], como também podemos
vender”. Na semana passada Itaú Unibanco, Bradesco e BB Seguridade
informaram a desistência do registro da Oferta Pública de
Distribuição Secundária de ações ordinárias
de emissão do IRB. (Agência Investidor Online)
Economus:
Atendimento eficiente em 2015
Em
2015, o Economus buscou ter um relacionamento mais próximo e transparente
com seus participantes e prestadores de serviços, disponibilizando
diversos canais de atendimento. Como resultado, durante o ano, a Central
de Atendimento e Relacionamento realizou mais de 174 mil atendimentos,
cerca de 14 mil por mês.
O
canal mais utilizado foi o telefônico com 80% do total de atendimentos,
distribuídos entre os serviços de saúde e previdência.
Importante ressaltar que das ligações recebidas, 76% foram
atendidas em até 30 segundos e o restante em até 60 segundos,
tempo de espera de acordo com o recomendado pelo mercado.
No
canal eletrônico foram registrados mais de 25 mil e-mails, enquanto
no presencial foram mais de 7 mil atendimentos. Foram realizados também
cerca de 1.100 atendimentos relativos às mídias sociais,
órgãos reguladores, governança, representações
sindicais e associações.
A
fim de fortalecer o vínculo e relacionamento com os participantes,
foram realizados ainda mais de 9.000 contatos ativos no período,
que trataram especialmente do Economus Família e do PrevMais.
(Economus/AssPreviSite)
Fipecq
nomeia novo diretor de previdência
O
Fipecq, fundo de pensão do Cnpq e outras patrocinadoras, anunciou
a posse de Leonardo Bosco Mattar Altoé como novo diretor de previdência.
O executivo foi contratado por meio de processo seletivo, conforme estratégia
da fundação anunciada no ano passado.
Em
setembro, o Fipecq dispensou Maurício Marques e Persio Marco Antonio
Davison dos cargos de diretor presidente e diretor de previdência,
respectivamente. A saída dos executivos representou uma reestruturação
da diretoria dentro de um processo de seleção que tem como
objetivo levar para a fundação profissionais de mercado,
em vez de profissionais indicados pelas patrocinadoras. Já em dezembro
do ano passado, Claudio Salgueiro Garcia Munhoz tomou posse como diretor
presidente do Fipecq, escolhido por meio de um processo seletivo organizado
por uma empresa contratada pelo fundo de pensão.
O
novo diretor de previdência da Fipecq possui mais de 18 anos de experiência
em atividades de previdência complementar. O executivo é estatístico,
especializado em métodos atuariais e possui mestrado em administração,
com experiências na área atuarial e em administração
de planos de benefícios. Altoé atuava até então
como analista no Sebrae Nacional, tendo ocupado anteriormente o cargo de
consultor sênior na Gama Consultores Associados e de estatístico
na Fundação Sistel. (Agência Investidor Online)
Forluz:
Prédio verde está oficialmente certificado
Sustentabilidade
e eficiência energética foram oficialmente conferidas ao prédio
Verde da Forluz. Os representantes da Fundação, Cemig e Eletrobrás
descerraram as placas da certificação sustentável
Leadership in Energy and Environmental Development - LEED, na categoria
grau Ouro, e do selo Procel Triplo "A" de Edificações Eficientes,
durante solenidade realizada em 19 de fevereiro, no edifício Aureliano
Chaves.
Na
abertura da solenidade, o presidente da Forluz, José Ribeiro Pena
Neto comparou a certificação à uma colação
de grau, momento em que o reconhecimento pelo esforço do aluno é
alcançado. "O sentimento de uma família ao ver seu filho
se formar é o mesmo sentimento que temos aqui. Homenageio a todos
os que trabalharam para o sucesso do empreendimento e, com permissão
deles, o faço em nome do maestro desta obra, Fernando Alves Pimenta,
e de seu coordenador, Carlos Alberto Fonseca."
José
Ribeiro também agradeceu ao presidente da Cemig, Mauro Borges, pelo
apoio integral na condução do projeto. "A obra foi eficientemente
administrada, acompanhada de perto por um comitê com representantes
da Forluz, Cemig e participantes, cumprindo o orçamento pré-estabelecido.
A conquista desses importantes diplomas mostra que valeu a pena!", comemora.
O
Presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, ressaltou
que o selo e a certificação foram merecidos e elogiou o nome
dado ao edifício. "Fui amigo do ex-governador de Minas e ex-vice-presidente
da República Aureliano Chaves, tive com ele um contato muito próximo
e posso afirmar que não havia quem gostasse mais do tema eficiência
energética que ele. Portanto, o nome escolhido para o prédio
foi muito feliz", disse José da Costa.
"A
obra foi conduzida com alma e esmero", disse o presidente da Cemig, Mauro
Borges Lemos sobre a construção do edifício. O prédio,
segundo ele, é uma edificação maravilhosa, pioneira
e consagra a arquitetura mineira. "Estamos felizes em celebrar esta conquista
junto aos funcionários da Cemig. Posso afirmar que existem poucos
lugares com um ambiente arquitetônico como esse para se trabalhar",
afirmou Borges.
Sustentabilidade
e eficiência
Referência
no Estado e no país, a edificação comercial da Forluz
é a primeira em Minas a receber a certificação LEED
Ouro. O empreendimento incorpora modernos conceitos de sustentabilidade
e tecnologia de ponta. Possui sistemas de aproveitamento da energia solar
e da luz natural, minimizando o consumo de energia elétrica. Faz
o aproveitamento de água pluvial e o reaproveitamento da água
cinza do prédio, ou seja, o tratamento e reutilização
do recurso.
Quanto
à eficiência energética, com a outorga do selo Procel,
o edifício passa a fazer parte de um seleto grupo de 11 edificações
no país com reconhecida excelência em eficiência energética.
(Forluz/AssPreviSite)
CPI
ouve hoje presidente da empreiteira Engevix
A
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão
se reúne nesta terça-feira (23) para ouvir o presidente da
empreiteira Engevix, José Antunes Sobrinho. Ele já havia
sido convocado no início do mês, mas não compareceu
devido ao falecimento da irmã.
A
Engevix é acusada de corrupção ativa e formação
de cartel pela Operação Lava Jato e é ex-controladora
da Desenvix, empresa que recebeu investimentos do fundo de pensão
da Caixa Econômica Federal, a Funcef.
No
ano passado, a Desenvix foi comprada por uma empresa norueguesa (Statkraft),
mas a Funcef permaneceu dona de 18% da empresa, que tem entre seus ativos
seis usinas hidrelétricas, além de participações
em outras quatro hidrelétricas, um complexo eólico na Bahia
e outro em Sergipe.
O
presidente da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Efraim Filho (Dem-PB),
disse que o objetivo da comissão é investigar se houve interferência
política nesses investimentos que causaram prejuízos ao fundo.
"Os fundos de pensão sempre foram uma grande caixa preta no Brasil.
Pouca transparência. Uma regulação extremamente confusa.
Uma legislação ainda frágil, pouco madura, que acabou
permitindo que gestores de má fé pudessem fazer direcionamento
dos investimentos e fossem esses fundos saqueados."
Prorrogação
Um
pedido de prorrogação da CPI por mais 60 dias deve ser analisado
pelo Plenário da Câmara. O prazo final dos trabalhos é
19 de março. O relator da comissão, deputado Sérgio
Souza (PMDB-PR), avalia que a investigação pode avançar
caso a prorrogação seja aprovada. "Se prorrogar, é
bom pra CPI. Se não prorrogar, vamos fazer um relatório com
a mesma consistência que faríamos se não prorrogar."
O
depoimento do presidente da Engevix está marcado para as 14h30,
no plenário 1 (Jornal Floripa)
Fundos de pensão:
Participações, investimentos
e desempenho em empresas
www.portoseguro.com.br/investimentos
Fundos:
BTG vai pré-pagar crédito do FGC
O
BTG Pactual deve usar parte dos recursos levantados com a venda do banco
suíço BSI para pré-pagar integralmente a linha de
liquidez emergencial que contratou com o Fundo Garantidor de Créditos
(FGC) em dezembro, conforme apurou o Valor.
A
venda do BSI para o EFG International, um grupo de gestão de fortunas
com sede em Zurique, foi anunciada na madrugada de segunda-feira. O BTG
espera receber entre 1,5 bilhão e 1,6 bilhão de francos suíços
na operação, o que equivale a R$ 5,9 bilhões a R$
6,3 bilhões. O banco receberá aproximadamente 1 bilhão
de francos suíços em dinheiro e o restante em ações
do EFG.
A
possibilidade de pré-pagamento do empréstimo já estava
prevista no acordo do banco com o FGC, que liberou uma linha de crédito
de R$ 6 bilhões, com prazo de cinco anos, tendo como garantia carteiras
de crédito e o aval dos sócios. Até 31 de dezembro,
o BTG havia sacado R$ 5 bilhões da linha emergencial. Não
foi divulgado o custo da linha para o banco. Procurado, o BTG informou
que não comentaria o assunto.
A
liquidação do empréstimo depende da aprovação
da venda do BSI pelos diversos reguladores bancários envolvidos,
de múltiplas jurisdições diferentes, incluindo o Banco
Central do Brasil. Por isso, a expectativa de pessoas próximas à
operação é que ainda haja alguma demora para que o
pré-pagamento seja feito.
A
posição atual de caixa do BTG está entre R$ 10 bilhões
e R$ 12 bilhões, segundo uma pessoa a par do assunto. Com a venda
do BSI, essa posição pode alcançar de R$ 17 bilhões
a R$ 18 bilhões. O banco, portanto, teria certo "conforto" em pré-pagar
a linha ao FGC, avalia esse observador.
O
BTG tem enfrentado uma crise de liquidez desde a prisão do seu então
controlador, André Esteves, em novembro. A linha do FGC foi uma
das formas que o banco encontrou de fazer frente a esse cenário,
que incluiu também a emissão de R$ 1,7 bilhão em depósitos
com garantia especial do fundo (DPGE). O banco também vendeu uma
série de ativos, incluindo a participação na Rede
D´Or, de hospitais, e na empresa de recuperação de
crédito Recovery.
O
acordo com o FGC para liberação da linha emergencial impôs
certos compromissos ao banco, tais como limitação da distribuição
de dividendos ao mínimo requerido no estatuto (1% do lucro ajustado)
e suspensão do pagamento de remuneração variável
aos administradores e do aumento da remuneração fixa.
Após
a conclusão do negócio, o BTG terá uma participação
de pelo menos 20% na instituição combinada com o EFG e representação
no conselho de diretores do banco na Suíça de língua
italiana. O grupo EFG, controlado pela família grega Latsis, será
o acionista majoritário, com 35% da transação.
A
participação do BTG Pactual poderá chegar a 30% dependendo
do resultado do aumento de capital que o EFG fará para financiar
parte da operação. O banco pretende levantar 500 milhões
de francos por meio de uma emissão de ações, e outros
250 milhões de francos suíços adicionais via instrumentos
de capital nível 1 - de melhor qualidade.
O
grupo se comprometeu a investir pelo menos 125 milhões de francos
nas ações que serão emitidas. Se os papéis
não forem totalmente subscritos, o BTG e o EFG se comprometeram
a adquiri-los para garantir o negócio. O banco brasileiro pode investir
até 250 milhões de francos no aumento de capital e elevar
a fatia na instituição para até 30%.
Juntos,
BSI e EFG terão cerca de 170 bilhões de francos suíços
em ativos sob gestão. As duas marcas serão mantidas, mas
a intenção do grupo é adotar uma marca combinada na
maioria das regiões geográficas no futuro. Os ganhos de sinergia
de custos com a união entre as instituições foi estimado
em 185 milhões de francos suíços pelo EFG.
O
acordo de compra das ações do BSI com o BTG incluiu fortes
compromissos, garantias e indenizações em benefício
do EFG "em relação a riscos conhecidos e outros", de acordo
com comunicado do banco. A expectativa do EFG é que a aprovação
do negócio pelos reguladores ocorra entre o terceiro e o quarto
trimestres. O fechamento da transação com a emissão
de novas ações do EFG para o banco brasileiro deve ocorrer
até o fim deste ano, enquanto o processo de união das plataformas
do BSI e do EFG é esperado para o fim de 2017. (Felipe Marques e
Assis Moreira - Valor Online)
Órgãos,
Associações e Entidades do Segmento
SHIS QI 17 Conj. 02 Casa
03 – Lago Sul – Brasília/DF
CEP: 71.645-020 - Tel.
(61) 3322-0410
Evento:
Seguro D&O: nova data
Foi
reagendado para nova data o workshop D&O Fundos de Pensão -
A Proteção para Atos Regulares de Gestão, evento que
o Sindapp e a Apoena Soluções em Seguros farão realizar
em Salvador, remarcado para o dia 8 de março. Vai acontecer na sede
da Bases, localizada à Rua da Grécia nº 8, 9º andar.
(Diário dos Fundos de Pensão)
Rio:
Curso de Atualização em Previdência Complementar
A
2ª edição do Curso de Atualização em Previdência
Complementar UERJ/IDS terá início em 04/03/2016.
O
curso tem o apoio institucional da OAB/RJ, ABRAPP, Aneprem e do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), computando 96 créditos
para fins da certificação do Instituto de Certificação
dos Profissionais de Seguridade Social-ICSS.
O
curso tem duração de 120 horas, sendo quinzenal, às
sextas feiras. É coordenado pelos Professores Fábio Souza
(juiz federal, especializado em direito previdenciário) e Lygia
Avena (advogada, especialista em previdência complementar) e apresenta
uma proposta inovadora, pensada especialmente para o mercado de previdência
privada.
O
Público alvo são os gestores (diretores, membros de conselhos
deliberativo e fiscal, gerentes e procuradores), os representantes de patrocinadores
das entidades de previdência complementar, advogados, administradores,
atuários, contadores, membros de comitês de investimento e
financeiro, técnicos em seguridade e previdência, profissionais
do mercado financeiro, consultores e prestadores de serviços no
Setor, como também membros do poder público e gestores de
regimes próprios com interesse em previdência complementar.
O
seu programa abrange, de forma mais aprofundada, as diversas áreas
do Sistema de Previdência Complementar, conciliando aspectos teóricos
com as necessidades práticas do dia a dia.
Corpo
Docente:
Os
coordenadores Fábio Souza e Lygia Avena e professores com grande
experiência em Previdência Complementar, tais como: Devanir
Silva (Superintendente da Abrapp); Jaime Mariz Faria Júnior (ex.
Secretário de Políticas da Previdência Complementar);
Flávio Martins Rodrigues; Sergio Andrea Ferreira; Luiz Roberto Gouvêa;
Patricia Linhares; Luiz Félix de Freitas; Marilia Castro, Marcia
Locachevic, Andrea Vanzilotta, Cristina Bertinotti, Daniel Lima,
dentre outros renomados especialistas.
Os
módulos contemplam aspectos institucionais, aspectos legais e contratuais
fundamentais, organização e estruturação dos
planos de benefícios e das EFPC, custeio e aspectos atuariais, fiscalização,
regime disciplinar e responsabilidade dos gestores, regras de governança,
investimentos e sua gestão de risco, tributação, aspectos
contábeis, comunicação, gestão de riscos diversos
e um módulo de 16 horas de debates avançados.
Como
as aulas serão quinzenais e às sextas-feiras, no Centro do
Rio de Janeiro, o curso possibilitará que profissionais de outros
Estados possam participar.
Maiores
informações sobre o curso e a íntegra do Programa
poderão ser obtidas no IDS, nos telefones (21) 3619-3116 ou (21)
36193119 ou com a Diretora Silvia Martins. (AssPreviSite)
Leitura e cultura
da previdência
Livro:
Curso de Previdência Complementar
Autores:
Wladimir Novaes Martinez - Ana Flávia Ribeiro Ferraz - Dirce Namie
Kosugi
Editora:
LTR
Resumo
do Livro:
Nos
seus dois segmentos (fechado e aberto) o sistema de previdência complementar
vem crescendo a olhos vistos. Depois da LC n. 109/01, que os regulamentou
e com a edição da EC n. 41/03, duas novas modalidades foram
regulamentadas: a fechada dos servidores públicos e a associativa
dos profissionais independentes. A divisão do Direito Previdenciário
correspondente exigiu dos especialistas o exame dos vários e novos
institutos técnicos emergidos. Ele carecia de um ensaio técnico
e prático que perquirisse os seus fundamentos, os aspectos substantivos
e adjetivos. É um lugar comum, mas não se pode evitar de
dizer que a bibliografia nacional restou enriquecida com essa obra destinada
aos estudantes, gestores, participantes das entidades privadas de previdência
complementar, bem como aos advogados, professores e magistrados.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Livro
narra história da previdência no Brasil
Itinerários
da Primeira Previdência Privada no Brasil – De uma Iniciativa Eclesial
(1864) à Consolidação de uma Entidade Aberta de Previdência
Complementar, sem Fins Lucrativos (1993)” é o mais novo livro da
série Cadernos de Seguro – Teses, publicada pela Escola.
O
autor Everson Oppermann, presidente da Câmara de Comércio
Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul, conta a história das iniciativas
previdenciárias empregadas pela Igreja Evangélica de Confissão
Luterana, no período entre a chegada de pastores alemães
ao Brasil, em 1864, e a fundação da Luterprev, última
entidade aberta de previdência privada sem fins lucrativos a ser
autorizada a funcionar no País, em 1993.
“Num
contexto maior, esta também pode ser, dentre tantas, uma história
representativa da previdência privada no Brasil de outras e várias
organizações semelhantes, quer sejam ligadas a outras igrejas,
quer sejam vinculadas a outras classes de trabalhadores, que continuam
anônimas por esse Brasil afora”, explica o autor.
Enriquecem
a pesquisa – fruto do trabalho de mestrado de Oppermann – a contextualização
da história e da conjuntura das épocas analisadas e a apresentação
das vantagens e desvantagens dos modelos organizacionais escolhidos em
cada tempo. O autor aponta, ainda, os desafios do setor para os próximos
25 anos.
O
livro custa R$ 30,00 e pode ser adquirido através do e-mail vendas@funenseg.org.br.
Mais informações sobre esse e outros livros publicados pela
Escola podem ser encontradas no www.funenseg.org.br/livros.(Segs)
Reforma:
Equiparação entre segurados rurais e urbanos
O
Governo Federal apresentou uma série de propostas para iniciar uma
reforma da Previdência Social no país. Entre as alterações
polêmicas, que devem ser temas de intensas discussões no Congresso
Nacional, está a uniformização de regras entre os
segurados urbanos e rurais do INSS.
Os
especialistas acreditam que no caso do nivelamento de regras entre trabalhadores
rurais e urbanos, aqueles que trabalham em situação de informalidade
e precariedade, sobretudo os mais velhos, sairão perdendo.
“Porém,
atualmente o destaque dado à agroindústria e à mecanização
do campo, com maior formalização das relações
laborais, parece permitir essa transição. Mas alerto que
o risco também é grande”, afirma o professo Marco Serau Jr.
A
presidente do IBDP, Jane Berwanger, defende que o que justifica a diferença
de idade entre homens e mulheres e também os segurados rurais e
urbanos não é o fato de se viver mais ou menos.
“A
diferença está na capacidade laborativa. As mulheres têm,
estatisticamente, doenças que dificultam ou impedem o trabalho cinco
anos mais cedo que os homens. Já no caso dos trabalhadores rurais,
a Constituição prevê a idade reduzida porque há
o reconhecimento de que a atividade rural é mais penosa do que a
urbana”, alerta. (Caio Prates - PrevTotal)
Folha
de fevereiro a partir desta terça
Depósitos
seguem até o dia 7 de março
O
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) inicia os depósitos dos
benefícios referentes à folha de fevereiro a partir desta
terça-feira (23). O pagamento começa com os segurados que
recebem até um salário mínimo e possuem cartão
com final 1, desconsiderando-se o dígito.
Já
os segurados que ganham acima do piso terão seus benefícios
depositados a partir do dia 1º de março. O pagamento para aqueles
que recebem acima do mínimo começa com o depósito
para os segurados que possuem cartão com final 1 e 6, desconsiderando-se
o dígito.
O
calendário de pagamentos da folha de fevereiro segue até
o dia 7 de março. Para acessar o calendário consulte a página
da Previdência (www.previdencia.gov.br). (Lígia Borges
- Ascom MTPS)
Uma
análise crítica acerca do instituto da desaposentação
Resumo:
O presente artigo tem como tema o instituto da desaposentação,
o qual consisteno direito subjetivo do beneficiário em renunciar
obenefício de aposentadoria vigente, visando obter a majoração
deste através da somadas contribuições advindas após
a sua concessão. Entretanto,inúmeras são as considerações
acerca do tema, eis que inexiste regulamentação legislativa
deste instituto, bem como o tema ainda encontra-se em discussão
junto aos Tribunais.
Palavras-Chave:Direito
Previdenciário. Aposentadoria. Desaposentação.
Abstract:
His articlefocusesonthe desaposentação Institute, whichconsistsofthesubjectiverightofthebeneficiarytorenouncethecurrentretirementbenefits
in ordertoobtaintheincreasethisbyaddingthecontributionsarisingafterthegrant
date. However, there are countlessconsiderationsonthesubject, beholdnonexistentlegislativeregulationofthisinstitute
as well as thetopicis still underdiscussionwiththecourts.
Keywords:
Social Security Law. Retirement.Desaposentação.
Sumário:
Introdução. 1. Previdência Social. 2. Aposentadoria.
3. Desaposentação. 3.1. Previsão legal do instituto
da desaposentação. 3.2. Teses favoráveis e contrárias
a desaposentação. 3.2.1. Principio da Legalidade. 3.2.2.
Renúncia a aposentadoria. 3.2.3. Irreversibilidade e Irrenunciabilidade
do benefício da aposentadoria. 3.2.4. Vedação a qualquer
prestação da Previdência Social após o benefício
da aposentadoria. 3.2.5. Restituição dos valores recebidos
a título de aposentadoria. 3.2.6. Desequilíbrio Financeiro.
3.2.7. Princípio da prevalência da situação
mais vantajosa ao segurado. 3.3. Manifestações dos Tribunais
quanto à matéria. Considerações Finais.
Introdução
A
Previdência Social, instituída pelo artigo 194 da Constituição
Federal, tem o objetivo de assegurar um regime jurídico geral, buscando
atender as necessidades dos trabalhadores e seus dependentes econômicos.
Um
dos benefícios, considerado omais importante,instituído pela
Previdência Social é a aposentadoria, a qual visa, em um sentido
geral, proporcionar rendimentos ao segurado para que este seja capaz de
manter sua subsistência em determinado período de sua vida.
A
previdência social, diferentemente da saúde e assistência
social, é regida pelos princípios da obrigatoriedade de contribuição
previdenciária e filiação obrigatória, impostaa
todos que estejam desempenhando qualquer atividade laboral.
O
caráter contributivo não cessa em nenhuma hipótese,
outorgando ônus irreversível aos empregados que se mantiverem
prestando serviços após a concessão do benefício
de aposentadoria.
Em
decorrência a doutrina apresentou como forma de compensação
o instituto da desaposentação, o qual, nada mais é
do que a renuncia do benefício da aposentadoria em gozo, em prol
de uma nova contagem de tempo de contribuição e idade para
a concessão do mesmo benefício, visando uma vantagem econômica.
1.
Previdência Social
Conceitualizadapelo
doutrinador Frederico Amadocomo “um seguro com regime jurídico especial,
pois regida por normas de Direito Público, sendo necessariamente
contributiva que disponibiliza benefícios e serviços aos
segurados e seus dependentes, que variarão a depender do plano de
cobertura”, a previdência social é gerida e administrada pela
Autarquia Federal Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).[1]
Diferentemente
da assistência social e da saúde pública, espécies
da seguridade social, a previdência social preocupa-se exclusivamente
em atender as necessidades dos trabalhadores e seus dependentes econômicos.
Motivo
pelo qual apresenta a Previdência Social algumas peculiaridades decorrente
dos princípios norteadores:a filiação obrigatória,
o caráter contributivo, a garantia do benefício mínimo,
a correção monetária dos salários de contribuição,
a preservação do valor real dos benefícios, a comutatividade,
a previdência complementar facultativa, e a indisponibilidade dos
direitos dos beneficiários.[2]
Dentre
os princípios correlacionados acima, dois deles são à
base de diferenciação dos demais institutos da Seguridade
Social, quanto ao primeiro, filiação obrigatória,
este decorre a obrigatoriedade de filiação a previdência
quando daprestação de serviço e consequente remuneração,
já o segundo, o caráter contributivo, condiciona o direito
a concessão dos benefícios e serviços a contribuição
ao regime da previdência social.[3]
Aos
beneficiários é disposto a cobertura dos eventos doença,
invalidez, morte e idade avançada, proteção a maternidade,
proteção a gestante, proteção ao trabalhador
(desempregado), salário família, auxilio reclusão
para os dependentes de segurados de baixa renda, pensão por morte.[4]
2.Aposentadoria
A
aposentadoria é uma garantia constitucional apresentadano artigo
7°, XXIV e 201, §§ 7° a 9°, da Constituição
Federal,onde se delimita as diretrizes básicas deste instituto,
vejamos:
“Art.
7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição social:(...)
XXIV
- aposentadoria;”
“Art.
201. A previdência social será organizada sob a forma de regime
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:(...)
§
7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência
social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições
I
- trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta
anos de contribuição, se mulher;
II
- sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se
mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de
ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro
e o pescador artesanal.
§
8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior
serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente
tempo de efetivo exercício das funções de magistério
na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§
9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca
do tempo de contribuição na administração pública
e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos
regimes de previdência social se compensarão financeiramente,
segundo critérios estabelecidos em lei.”[5]
A
doutrinadora Marina Vasques Duarte conceitua a aposentadoria como “a prestação
por excelência da previdência social (...) substitui em caráter
permanente (ou pelo menos duradouro), os rendimentos do segurado e asseguram
a sua subsistência ou a daqueles que dele dependiam”.[6]
Através
do deferimento do benefício de aposentadoria, o contribuinte passa
a ser sujeito ativo, ou seja, credor do Estado, invertendo a relação
jurídica outrora existente.[7]
Por
fim, este benefício é considerado um direito social, isto
porque, visa a proteção financeira do trabalhador como forma
de auxiliar a sua subsistência e de seus dependentes.
3.Desaposentação
Com
o advento da Lei 9.032 do ano de 1995, nasceu à obrigatoriedade
da manutenção de contribuição previdenciária
aos beneficiários que se mantêm no mercado de trabalho após
a concessão do benefício de aposentadoria.
Através
desta inovação, os doutrinadores e juristas iniciam forte
critica a tal característica, eis que oneraria o contribuinte, sem
que lhe fosse ofertado qualquer contraprestação pelo órgão
previdenciário.
Atribui-se
o nascimento do direito de desaposentação a compulsoriedade
contributiva instituída pela lei acima, eis queobservou-se um novo
cenário, no qual restam alterados os números de contribuições,
a idade do beneficiário e, por consequência, o índice
do fator previdenciário[8], gerando na pratica alteração
nos dados base utilizados para o calculo do benefício vigente.
Fábio
Zambitte Ibrahim define a desaposentação como possibilidade
do segurado renunciar à aposentadoria vigente com o propósito
de obter benefício mais vantajoso junto ao Regime Geral da Previdência
Social.[9]
Complementando
o conceito acima diz o doutrinador Wladimir Novaes Martinez:
“Desaposentação
é ato administrativo formal vinculado, provocado pelo interessado
no desfazimento da manutenção da aposentação,
que compreende a desistência com declaração oficial
desconstitutiva. Desistência correspondendo a revisão jurídica
do deferimento da aposentadoria anteriormente outorgada ao segurado.[10]
Advém
desde instituto a intenção dos contribuintes, ora aposentados,
em renunciar o benefício de aposentadoria em gozo, e em consequência,
requerer novamente a concessão do mesmo benefício, contemplandono
novo pedido, o período de contribuição, e demais índices
(idade, fator previdenciário)observado após a sua primeira
aposentadoria.[11]
Outrossim,
a possibilidade da desaposentação encontra-se condicionada
a diversos requisitos, dentre eles destacam-se a manutenção
da contribuição previdenciária pelo beneficiário,
o recebimento dobenefício de aposentadoria por tempo de contribuição,
e renuncia o benefício em vigência.
Por
fim, frise-se que a renúncia a aposentadoria, requisito para a concessão
do instituto da desaposentação, não alcança
literalmente o tempo de contribuição averbado na previdência
social, contemplando somente o direito ao benefício já concedido.[12]
3.1.Previsão
legal do instituto da desaposentação
No
atual ordenamento jurídico inexiste qualquer previsão legal
a respeito deste instituto, bem como não se encontra qualquer vedação
expressaa sua instituição ou aplicabilidade.
Por
conseguinte,a inexistência de previsão legal faz com que o
Instituto Nacional da Seguridade Social não reconheça a legitimidade
do pedido de desaposentação, pautando sua decisão
no princípio da legalidade intrínseco a Administração
Pública.[13]
Neste
norte, a aplicabilidade do instituto da desaposentaçãotão
somente poderá ser decidido em âmbito judicial, onde se ponderará
as teses apresentadas. Eis que,por trata-se de inovação,impossível
prever as reais consequências da aplicação junto ao
sistema previdenciário.
3.2.Teses
favoráveis e contrárias a desaposentação
3.2.1.Principio
da Legalidade
O
primeiro grande impasse doutrinário versa sobre o principio da legalidade
disposto no artigo 37, caput, da Constituição Federal. Os
detratores embasam sua argumentação na vinculaçãodos
atos da Previdência Social aos princípios da Administração
Pública, em especial o da legalidade,apresentadono supracitado artigo.[14]
Já
os defensores desta tese ostentamque tal princípio deve ser aplicado
com parcimônia, eis que, a legislação vigente autorizao
particular a tudo que a lei expressamente não vede,ou seja, aplica
o princípio de maneira negativa, possibilitando uma maior liberdade
dos seus atos, conforme dispõe oartigo 5°, inciso II, da Constituição
Federal.
Observa-se
então que o primeiro colapso pauta-se na norma jurídica sob
dois aspectos, um sobre o prisma público, diante da característica
da Previdência Social, e o segundo, sobre a órbita privada,
defendendo as características inerentes ao contribuinte.
3.2.2.Renúncia
a aposentadoria
O
segundo ponto de divergência encontra-se pautado no direito à
renúncia da aposentadoria vigente pelobeneficiário em prol
de novo requerimento de benefício, eis que, na legislação
previdenciária inexiste qualquer disposição acerca
da renúncia de benefícios.
Os
detratores afirmam que a renúncia não pode ser aplicada como
ato unilateral pelo beneficiário, impondo que esta seja vinculada
a aceitação da Administração Pública[15],
eis que o direito previdenciário tem caráter público.
Em
sentido contrário, alegam os defensores que o direito em voga, bem
como o ato darenúncia constitui direito patrimonial, o qual oportuniza
a disponibilidade do direito através da declaração
de vontade de seu titular.[16]
3.2.3.Irreversibilidade
e Irrenunciabilidade do benefício da aposentadoria
O
terceiro impasse jurídico versa sobre o artigo 181-B do Regulamento
da Previdência Social (Decreto no 3.048do ano de 1999), o qual dispõe
que as modalidades de aposentadorias por idade, tempo de contribuição
e especial são irreversíveis e irrenunciáveis[17].
Em
restrita interpretação restritiva, os doutrinadores contrários
a tese afirmam que as características da aposentadoria por si só
impossibilitama disposição dobenefícioem gozo em favor
de outro mais vantajoso.
Em
sentido contrário observa-se quea norma que dispõe tal óbice
enquadra-se na qualificação de norma subsidiaria, motivo
pelo qual, não possui o processo e procedimento adequado para criar,
modificar ou extinguir direito, extrapolando, visivelmente, os limites
materiais passíveis de regulamentação.[18]
3.2.4.
Vedação a qualquer prestação da Previdência
Social após o benefício da aposentadoria
Outro
ponto de contrariedade pauta-se na vedação apresentada no
artigo 18, §2° da Lei 8.213 do ano de 1991, o qual dispõe
que não será devido nenhum benefício ao aposentado
que permanecer contribuindo ao Instituto Nacional do Seguro Social, depois
de adquirido o benefício.[19]
Extrai-se
deste artigo que inexiste pelo instituto previdenciário qualquer
obrigação de contraprestação ao beneficiário
que mantiver trabalhando, e por conseguinte contribuindo, eis que, as contribuições
efetivadas auxiliaram para o custeio da seguridade social.
Outrossim,
aduzem os defensores que a vedação apresentada pelo citado
artigo se aplica tão somente ao recebimento de dois benefícios
em concomitância, ou seja,a cumulação de benefícios[20],
motivo pelo qual, inviabiliza a extensão deste dispositivo ao instituto
da desaposentação.
3.2.5.Restituição
dos valores recebidos a título de aposentadoria
Um
dos maioresenfoques, quesurgiu a partir dosjulgamentos das demandas, foi
quanto aos valoresrecebidos pelos beneficiários, detentores do direito
a desaposentação,a título de aposentadoria.
Quanto
a esta questão, dois posicionamentos se destacamo primeiro aduz
que a renúncia opera efeitos retroativos devendo o beneficiário
restituir os valores percebidos a título de aposentadoria, entendimento
este do Tribunal Regional Federal da 4° Região, 5° Região,
e da 10° turma da 3°Região.[21]
Ainda,
vale ressaltar, que a restituição dos valores se pauta também
na alegação de enriquecimento ilícito pelos beneficiados,
ante a afronta ao princípio da isonomia e na busca pelo equilíbrio
financeiro do atual sistema protetivo.[22]Isto porque, com a concessão
do benefício de desaposentação oneraria duplamente
a previdência social, em razão da incorporação
de novo período e consequente nova concessão de benefício.[23]
O
segundo posicionamento consiste no real cumprimento do propósito
da previdência social, seja este a garantia de renda aos contribuintes
que cumpram os requisitos exigidos em lei. Ainda, pautam a tese na existência
de manutenção da contribuição previdenciária,
injetando assim valores mensalmente ao instituto previdenciário,
motivo pelo qual não há que se falar em desequilíbrio
econômico.
Neste
sentido, citamos o proferido pelo TRF da 4ª Região se pronunciou
neste sentido:
“Previdenciário.
Processual Civil. Renúncia à benefício previdenciário
em outro sistema de previdência. Necessidade de restituir os valores
auferidos a título de aposentadoria. Se o segurado pretende renunciar
ao benefício concedido pelo INSS para postular aposentadoria junto
a outro regime de previdência, com a contagem do tempo que serviu
para o deferimento daquele benefício,os proventos recebidos da autarquia
previdenciária deverão ser restituídos. Embargos Infringentes
providos”. (EIAC n. 1999.04.01.067002-2/RS, 3ª Seção,
Rel. Des. Fed. Luiz Fernando Wowk Penteado, DJU de 15/01/2003)
No
atual cenário,observam-seduas súmulas sobre a matéria,
destacando-se uma do Tribunal Regional Federal da 4° Região
- Rio Grande do Sul, o qual condiciona este instituto à devolução
dos valores recebidos a título de aposentadoria, e outra do Tribunal
Regional Federal da 2° Região – Rio de Janeiro, número
70, o qual se pronuncia contra a desaposentação dentro do
mesmo regime de contribuição.
Em
que pese se tratar da renúncia de direito, vem entendendo o Superior
Tribunal de Justiça - STJ, que a desaposentação possui
eficácia prospectiva, não admitindo desta forma, a devolução
dos valores outrora recebidos, vejamos:
PROCESSUAL
CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DECISÃO
MONOCRÁTICA DE RELATOR COM ARRIMO NO ART.557 DO CPC. MATÉRIA
NOVA. DISCUSSÃO. NÃO CABIMENTO. PRECLUSÃO. RENÚNCIA
À APOSENTADORIA. DEVOLUÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS.
NÃO OBRIGATORIEDADE. 1. É permitido ao relator do recurso
especial valer-se do art. 557 do Código de Processo Civil, quando
o entendimento adotado na decisão monocrática encontra-se
em consonância com a jurisprudência dominante desta Corte Superior
de Justiça. 2. Fica superada eventual ofensa ao art. 557 do Código
de Processo Civil pelo julgamento colegiado do agravo regimental interposto
contra a decisão singular do Relator. Precedentes. 3. Em sede de
regimental, não é possível inovar na argumentação,
no sentido de trazer à tona questões que sequer foram objeto
das razões do recurso especial, em face da ocorrência da preclusão.
4. A renúncia à aposentadoria, para fins de concessão
de novo benefício, seja no mesmo regime ou em regime diverso, não
implica em devolução dos valores percebidos, enquanto esteve
aposentado, o segurado fez jus aos seus proventos. Precedentes. 5. Agravo
regimental desprovido’’ (AGREsp 1.107.638, 5° Turma, de 29.04.2009).
Outro
entendimento pactua da tese de que as decisões proferidas sobre
a desaposentação operam tão somente efeitos futuros,
ex nunc, portanto, impossível se faz a restituição
dos valores, entendimento da 5° Turma e 6° Turma do Superior Tribunal
de Justiça.[24]
Além
dos julgamentos, frise-se que a doutrina pende no sentido daimpossibilidade
de devolução, afirmando que quando da concessão do
benefício de aposentadoria foram preenchidos pelo beneficiário
todos os requisitos necessários, inexistindo, desta forma, qualquer
irregularidade quanto a concessão.[25]
3.2.6.
Desequilíbrio Financeiro
Outro
ponto controvertido pauta-se no eventual desequilíbrio financeiro
desencadeado pelo instituto da desaposentação.[26]
Milita
a argumentação do desequilíbrio sobre os valores anteriormente
pagos aos aposentados, e os valores majorados que serão pagos diante
das novas características do contribuinte.
A
defesa pauta sua argumentação nos requisitos necessários
para que o beneficiário requeria o instituto da desaposentação,
qual seja a exigência da manutenção da contribuição
pelo beneficiário após a concessão da aposentadoria.
Os requisitos inerentes ao direito, por si só, restringem o grupo
de pessoas que poderão exercer o direito a desaposentação.[27]
Ademais, a manutenção da contribuição pelo
beneficiário gera ao Instituto Nacional do Seguro Social excedentes
sem devolução ao contribuinte, se tornando a tese infundada.
Através
do exposto, hipoteticamente a desaposentação não causará
a previdência social qualquer rompimento ou desequilíbrio
financeiro, passando a ser uma espécie de revisão do benefício
outrora recebido, diante das novas condições apresentadas
pelo contribuinte.
3.2.7.Princípio
da prevalência da situação mais vantajosa ao segurado
Os
defensores da desaposentação pautando-se emvários
dispositivos da redação original da Lei 8.213 do ano de 1991,
no artigo 56, §3° do Decreto n°3.048 do ano de 1999, alegam
que deve ser aplicada ao beneficiário a situação mais
favorável apresentada, eis que a Previdência Social foi criada
para auxiliar e beneficiar os seus contribuintes.[28]
Ademais,
as contribuições outrora realizadas, após a concessão
do benefício de aposentadoria destinam-se ao custeio da seguridade
social, decorrente dos princípios da universalidade do custeio social
e da solidariedade, conforme dispõe o artigo 195, caput, da Constituição
Federal.[29]
Em
sentido contrário, acontra argumentação pauta-sena
existência de ato jurídico perfeito quando da concessão
da aposentadoria ao beneficiário, fato este que impossibilita a
alteração unilateral do benefício.[30]
3.3.Manifestações
dos Tribunais quanto à matéria
Os
tribunais atualmente não possuem posicionamento dominante, observando-se
decisões em ambos os sentidos, as quais sãopautadas nas teses
aqui explanadas.
Em
massa, os Tribunal Regionais Federais da 1° Região, 8° Região
e 9° Região, não admitem a desaposentação,
justificando tal decisão em óbice no ordenamento jurídico,
especificadamente a afronta à garantia do ato jurídico perfeito.[31]
Entretanto,
a decisão do Superior Tribunal de Justiça vem no sentido
da possibilidade de aplicação da desaposentação:
‘’AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. ANÁLISE DE
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. INVIABILIDADE. COMPETÊNCIA DO EXCELSO
PRETÓRIO. APOSENTADORIA. DIREITO PATRIMONIAL DISPONÍVEL.
RENÚNCIA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. A via especial, destinada
à uniformização do Direito federal, não se
presta à análise de dispositivos da Constituição
da República, ainda que para fins de prequestionamento, sob pena,
inclusive, de usurpação de competência da Suprema Corte.
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem reiteradamente
se firmado no sentido de que é plenamente possível a renúncia
à aposentadoria, por constituir direito patrimonial disponível.
3. Agravo regimental a que se nega provimento ‘’ (AGRE SP 1.0055.431, 6
Turma, de 15.10.2009).
Indispensável
ainda transcrever o voto do Ministro Marco Aurélio do Supremo Tribunal
Federal, quanto à matéria ora tratada, vejamos:
O
Min. Marco Aurélio, relator, promoveu o recurso. Consignou, de inicio,
a premissa segundo a qual o trabalhador aposentado, ao voltar à
atividade, seria segurado obrigatório e estaria compelido por lei
a contribuir para o custeio da seguridade social. Salientou, no ponto,
que o sistema constitucional em vigor viabiliza o retorno do prestador
de serviço aposentado à atividade. Em seguida, ao aduzir
que a previdência social estaria organizada sob o ângulo contributivo
e com filiação obrigatória (CF, art. 201, caput),
assentou a constitucionalidade do §3º do art. 11 da Lei 8.213/91,
com a redação conferida pelo art. 3º da Lei 9.032/95
(”§3 O aposentado pelo Regime Geral de Previdência social
–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida
por este Regime é segurado obrigatório em relação
a essa atividade, ficando sujeito às contribuições
de que trata a Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins
de custeio da Seguridade Social.’’) Assinalou que essa disposição
extinguiria o denominado pecúlio, o qual possibilitava a devolução
das contribuições implementadas após a aposentadoria
. Enfatizou que o segurado teria em patrimônio o direito à
satisfação da aposentadoria tal como calculada no ato de
jubilação e, ao retornar ao trabalho, voltaria a estar filiado
e a contribuir sem que pudesse cogitar de restrição sob o
ângulo de benefícios. Reputou, dessa forma, que não
se coadunaria com o disposto no art. 201 da CF a limitação
do §2 do art. 18 da Lei 8.213/91 que, em última análise,
implicaria desequilíbrio na equação ditada pela Constituição.
Realçou que uma coisa seria concluir-se pela inexistência
da dupla aposentadoria. Outra seria proclamar-se, conforme se verifica
no preceito impugnado, que, mesmo havendo a contribuição
--- como se fosse o primeiro vínculo com a previdência
--- ,o fenômeno apenas acarretaria o direito ao salário-família
e à reabilitação profissional.Reiterouque,além
de o texto do examinado dispositivo ensejar restrição
ao que estabelecido na Constituição, abalaria a feição
sinalagmática e comutativa decorrente da contribuição
obrigatória. Em arremate, afirmou que ao trabalhador que, aposentado,
retorna à atividade caberia o ônus alusivo à
contribuição, devendo-se a ele a contrapartida, os benefícios
próprios, mais precisamente a consideração das novas
contribuições para, voltando ao ócio com dignidade,
calcular-se, ante o retorno e as novas contribuições e presentes
os requisitos legais, o valor a que tem jus sob o ângulo da aposentadoria.
Registrou, por fim, que essa conclusão não resultaria
na necessidade de se declarar a inconstitucionalidade do §2
do art. 18 da Lei 8.213/91, mas de lhe emprestar alcance consentâneo
com a Constituição, ou seja, no sentido de afastar a duplicidade
de benefício, porém não o novo calculo de parcela
previdenciária que deva ser satisfeita. Após, pediu vista
o Min. Dias Toffoli. RE 381367/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 16.9.2010.(RE-381367)’’.
Diante
da decisão acima disposta, observa-se uma tendência aoreconhecimento
do instituto da desaposentação, bem como a inexistência
de justificativa a restituição dos valores recebidos em decorrência
do benefício em gozo, ante aoinicio dos efeitos da desaposentação
se efetivarem apenas com o pedido (ex nunc).
Após
manifestação do Superior Tribunal de Justiça, aguardam-se
os votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, sendo que estes, reconheceram
a existência de Repercussão Geral do tema, através
do Recurso Extraordinário n° 38167. No presente momento a votação
está empatada, eis que o relator Luis Roberto Barroso e o ministro
Marco Aurélio entende possível pedir novo benefício,
em contra partida os colegas Dias Toffoli e Teori Zavascki decidiram pela
impossibilidade da desaposentação.Motivo pelo qual, o tema
ainda não possui entendimento firmado, conquanto debatido nos tribunais
não houve prevalência de entendimento quanto a admissibilidade
do instituto da desaposentação.
Considerações
Finais
Apesar
das diversas teses e entendimentos do Poder Judiciário e dos doutrinadores,
não existe nenhuma decisão acerca da admissibilidade ou não
do instituto da desaposentaçãono ordenamento jurídico
brasileiro.
Entretanto,
salienta-se que a manifestação positiva do Superior Tribunal
Justiça, quanto ao instituto debatido, pautadona inexistência
de ordenamento jurídico que tire a constitucionalidade, proporciona
tendência ao reconhecimento desta inovação.
Por
oportuno, como forma de consideração,necessário frisar,
independente do sentido da decisão do Supremo Tribunal Federal,se
faz imprescindível uma regulamentação especifica disciplinando
a obrigatoriedade da manutenção da contribuição
previdenciária, buscando assim, uma unicidade a previdência,
bem como evitar entendimentos e discussões acerca do tema.
Ainda,
caso o instituto da desaposentação seja consagrado pelo órgão
máximo do Judiciário, se fará imprescindível
a regulamentação legislativa pelo Congresso Nacional, visando
conferir segurança jurídica ao tema, devendo o legislador
observar os questionamentos levantados, visando instituir uma série
de diretrizes condicionantes, buscando impedir o uso indevido do presente
instituto.
Referências
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Clayane Coelho. Desaposentação: um novo horizonte sobre as
perspectivas do aposentado no Brasil. Disponível em: <http://www.ceut.com.br/revistadireito/arquivos/tcc%20-%20clayaneaguiar.pdf.>.
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Acesso em 02 de Agosto de 2015.
Notas:
[1]AMADO,
Frederico Augusto Di Trindade. Direito e Processo Previdenciário
Sistematizado. 4 ed. Bahia: JusPodivm, 2013. p.105
[2]DUARTE,
Marina Vasques. Direito Previdenciário. 6 ed. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2008. p. 30.
[3]HORVATH
JÚNIOR, Miguel. Direito Previdenciário. 8 ed. São
Paulo: QuartierLatin, 2010 p. 123
[4]
HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito Previdenciário. 8 ed. São
Paulo: QuartierLatin, 2010 p. 138.
[5]BRASIL.
Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília – DF: Senado, 1988. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em: 07 de Agosto de 2015.
[6]
DUARTE, Marina Vasques. Direito Previdenciário. 6 ed. Porto Alegre:
Verbo Jurídico, 2008. p. 183.
[7]
DUARTE, Marina Vasques. Direito Previdenciário. 6 ed. Porto Alegre:
Verbo Jurídico, 2008. p. 183.
[8]
AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito e Processo Previdenciário
Sistematizado. 4 ed. Bahia: JusPodivm, 2013. p.775.
[9]
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Desaposentação - O Caminho
Para Uma MelhorAposentadoria. 5ª Edição Revisada e Atualizada.
Niterói: Impetus, 2011. p. 56
[10]
MARTINZES, Wladimir Novaes. Desaposentação. São Paulo:
LTr,2008. p.28.
[11]
CRUZ, Henrique Jorge Dantas. Desaposentação in Temas Aprofundados
Advocacia Geral da União. Coord. PAVIONE, Lucas dos Santos; SILVA,
Luiz Antonio Miranda Amorim. Bahia: JusPodiv, 2012, p. 484
[12]
FERNANDES, Bruno Sanches Resina. Desaposentação. É
possível? Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8286/Desaposentacao-E-possivel>.
Acesso em 07 de Agostode 2015.
[13]
FERNANDES, Bruno Sanches Resina. Desaposentação. É
possível? Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8286/Desaposentacao-E-possivel>.
Acesso em 07 de Agosto de 2015.
[14]
CRUZ, Henrique Jorge Dantas. Desaposentação in Temas Aprofundados
Advocacia Geral da União. Coord. PAVIONE, Lucas dos Santos; SILVA,
Luiz Antonio Miranda Amorim. Bahia: JusPodiv, 2012, p. 488.
[15]AGUIAR,
Clayane Coelho. Desaposentação: um novo horizonte sobre as
perspectivas do aposentado no Brasil. Disponível em: <http://www.ceut.com.br/revistadireito/arquivos/tcc%20-%20clayaneaguiar.pdf.>.
Acesso em 02 de Fevereiro de 2014
[16]
SILVA, Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes
que desencadearam o surgimento, teses favoráveis e contrárias,
e atual situação da jurisprudência. Disponível
em: <http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia>.
Acesso em 10 de Julho de 2015.
[17]
AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito e Processo Previdenciário
Sistematizado. 4 ed. Bahia: JusPodivm, 2013. p.779.
[18]ARRUDA,
Marli Romero de. Desaposentação. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11706>.
Acesso em 07 de Agosto de 2015.
[19]SILVA,
Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes que desencadearam
o surgimento, teses favoráveis e contrárias, e atual situação
da jurisprudência. Disponível em: <http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia>.
Acesso em 10 de Julho de 2015.
[20]ARRUDA,
Marli Romero de. Desaposentação. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11706>.
Acesso em 07 de Agosto de 2015.
[21]
CRUZ, Henrique Jorge Dantas. Desaposentação in Temas Aprofundados
Advocacia Geral da União. Coord. PAVIONE, Lucas dos Santos; SILVA,
Luiz Antonio Miranda Amorim. Bahia: JusPodiv, 2012, p. 501.
[22]
AGUIAR, Clayane Coelho. Desaposentação: um novo horizonte
sobre as perspectivas do aposentado no Brasil. Disponível em: <http://www.ceut.com.br/revistadireito/arquivos/tcc%20-%20clayaneaguiar.pdf.>.
Acesso em 02 de Fevereiro de 2014.
[23]
AGUIAR, Clayane Coelho. Desaposentação: um novo horizonte
sobre as perspectivas do aposentado no Brasil. Disponível em: <http://www.ceut.com.br/revistadireito/arquivos/tcc%20-%20clayaneaguiar.pdf>.
Acesso em 02 de Fevereiro de 2014.
[24]
SILVA, Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes
que desencadearam o surgimento, teses favoráveis e contrárias,
e atual situação da jurisprudência. Disponível
em: <http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia.>.
Acesso em 10 de Julho de 2015.
[25]
ARRUDA, Marli Romero de. Desaposentação. Disponível
em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11706>.Acesso
em 07 de Agosto de 2015.
[26]CRUZ,
Henrique Jorge Dantas. Desaposentação in Temas Aprofundados
Advocacia Geral da União. Coord. PAVIONE, Lucas dos Santos; SILVA,
Luiz Antonio Miranda Amorim. Bahia: JusPodiv, 2012, p. 492
[27]
ARRUDA, Marli Romero de. Desaposentação. Disponível
em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11706.
Acesso em 07 de Agosto de 2015.
[28]
SILVA, Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes
que desencadearam o surgimento, teses favoráveis e contrárias,
e atual situação da jurisprudência. Disponível
em: http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia.
Acesso em 10 de Julho de 2015.
[29]
SILVA, Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes
que desencadearam o surgimento, teses favoráveis e contrárias,
e atual situação da jurisprudência. Disponível
em: http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia.
Acesso em 10 de Julho de 2015.
[30]
SILVA, Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes
que desencadearam o surgimento, teses favoráveis e contrárias,
e atual situação da jurisprudência. Disponível
em:http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia.
Acesso em 10 de Julho de 2015.
[31]
SILVA, Marcelo Rodrigues da. Desaposentação: antecedentes
que desencadearam o surgimento, teses favoráveis e contrárias,
e atual situação da jurisprudência. Disponível
em:http://www.advocaciapublica.com.br/forum/artigos/desaposentacao-antecedentes-que-desencadearam-o-surgimento-teses-favoraveis-e-contrarias-e-atual-situacao-da-jurisprudencia.
Acesso em 10 de Julho de 2015. (Mariana Kuhn Scartom - Âmbito
Jurídico)
Guia
sobre benefícios e serviços para o cidadão
Guia
será distribuído nas unidades de atendimento do INSS e encontra-se
disponível na Internet
Na
semana em que comemorou o aniversário de 93 anos, a Previdência
Social lançou o guia Previdência Social – Um direito seu e
de todos os brasileiros, com orientações aos cidadãos
sobre os direitos e os serviços previdenciários. Elaborado
em formato prático, para ser transportado com facilidade, a publicação
contém informações sobre como se tornar um segurado
e passar a ter acesso aos benefícios da Previdência Social.
O
guia traz textos curtos em linguagem clara e direta para facilitar a compreensão
de todos sobre a Previdência Social. O conteúdo foi
dividido por cores para permitir uma consulta rápida e simples.
O material já está disponível na página da
Previdência Social na seção Publicações.
Com
uma tiragem de seis milhões de exemplares, a cartilha será
distribuída nas mais de 1.500 Agências da Previdência
Social (APS) e também será utilizada pelo Programa de Educação
Previdenciária (PEP) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
em eventos, realizados para o público interno e externo, em escolas,
praças públicas, feiras, exposições e palestras,
entre outros. O PEP promove ações de atendimento em todo
o País.
“
O guia será bastante útil em nossas ações porque
é um material de consulta sobre os direitos do cidadão. Vamos
utilizar a publicação, por exemplo, nas ações
do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural
do Ministério do Desenvolvimento Agrário em que o PEP atua
por meio de parceria”, explica Everaldo de Oliveira, coordenador do PEP.
A atuação do PEP alcança uma média de 40 mil
pessoas por mês nos eventos de educação previdenciária.
(Ligia Borges - Ascom MTPS)
Cuidado
com empréstimos consignados
Empréstimo
consignado é espada de dois gumes. Oferece juros abaixo do mercado
e ajuda muito na hora do grande aperto, mas, como é sedutor demais
para os aposentados, a grande insistência dos bancos leva idosos
e seus familiares a exagerar na dose, encalacrando-se com o excesso de
empréstimos. Muitas vezes, não pensam no tamanho do rombo
que os juros causarão na renda mensal...
Semana
passada, recebi e-mail de uma leitora recém-aposentada, indignada
com a abordagem violenta dos bancos ao oferecer o tal empréstimo:
"Entrei
com o pedido de aposentadoria pela regra 85/95 na manhã de 6 de
janeiro deste ano. Como o INSS ainda estava atendendo trabalhadores afetados
pela greve de funcionários do segundo semestre do ano passado, apesar
de ter marcado para as 10h30 só fui atendida quase ao meio-dia.
O senhor foi supereficiente, saí de lá oficialmente aposentada
e até com alguns meses em atraso para receber dali a 15 dias. Até
aí, tudo bem.
A
indignação só veio quando, saindo da agência
do INSS, pisei no passeio da Rua Guaicurus e fui literalmente assediada
por um rapaz com colete com a marca do Banco Santander. "Senhora, vamos
fazer um empréstimo consignado, com juros baixinhos e pagamento
a perder de vista?" - essa foi a essência da conversa dele. Respondi
que não tinha interesse, mas ele insistiu, até dizer-lhe,
de cara feia, que graças a Deus não estava precisando de
empréstimo naquele momento.
Na
hora, fiquei com pena do aposentado, que conquista a merecida pensão
depois de anos de labuta. A maioria não consegue pagar as despesas
do mês. A possibilidade de arranjar um dinheirinho a mais para a
farmácia, com essa facilidade, é algo a se pensar. Na empolgação
do momento, sem ter noção do custo do empréstimo a
longo prazo, ele cai em tentação.
O
pior é que o assédio não dá trégua.
Vira e mexe recebo telefonemas (tanto no fixo quanto no celular) de centrais
de telemarketing de bancos variados oferecendo consignados pré-aprovados,
que levariam uns 10 meses para pagar com o que recebo de aposentadoria.
Isso, com a quantia mensal total, sem gastar nem um centavinho com outra
finalidade. Hoje, foi a vez de o Itaú entoar o canto da sereia.
A
única explicação para o assédio repentino é
que me aposentei há pouco e o INSS, um órgão federal,
repassa periodicamente aos bancos esse tipo de informação.
Um absurdo! Não por acaso, entra crise sai crise, entra governo
sai governo, as instituições bancárias continuam dando
lucro (e muito!) no Brasil.
Do
jeito que as coisas vão, só nos resta torcer para que não
haja outro aumento do limite para o crédito consignado para aposentados,
como aquele sancionado em outubro do ano passado. Aliás, ele já
estava valendo na prática, por medida provisória: ao limite
de 30%, que vigorava antes, foram acrescidos 5%, reservados ao pagamento
de cartão de crédito.
Vale
lembrar: em 2014, o INSS havia tornado a arapuca ainda mais tentadora para
quem já está com o orçamento comprometido, passando
o parcelamento máximo do empréstimo de 60 prestações
(ou cinco anos) para 72 (seis anos). Pobre do aposentado. Como o consignado
é lucro certo para o banco, pois as parcelas são descontadas
diretamente da pensão, não é dado ao cidadão
nem sequer o direito de buscar empréstimo quando realmente precisa.
É muito fácil pôr as mãos nesse dinheiro, difícil
é pagá-lo depois."
Um
dado importante, que poucos aposentados conhecem: o Decreto 6.386/08 regulamenta
o artigo 45 da Lei 8.112/90, que fixa em 30% o limite de desconto nos recebimentos
do servidor da parcela do empréstimo consignado na folha de pagamento.
Se o valor descontado for maior, o cidadão pode entrar na Justiça.
Vários aposentados ganharam essa causa. Fique de olho. (Izabela
Teixeira da Costa - Estado de Minas)
Coreia
do Sul: 60 anos? jovens demais
Do
lado de fora, a temperatura cai à casa dos 10 graus negativos, em
uma tarde gélida de segunda-feira, mas a pista de dança do
Kukilgwan Palace está lotada de casais grisalhos sul-coreanos, dançando
ao ritmo da disco music.
"Venho
aqui todos os dias da semana, exceto sábados e domingos", disse
Jun Il-taek, 81, dançando sob os grandes globos espelhados e as
luzes coloridas que decoram a discoteca no centro de Seul.
Jun
era uma das cerca de 200 pessoas que ocupavam a pista - todas praticando
o mesmo passo de dança, um tanto estático, envolvendo principalmente
movimento vertical dos joelhos, acompanhado ocasionalmente por um giro
esquisito em câmera lenta, para animar a festa. A natureza tépida
da dança contrasta fortemente com o volume da música, que
vai aos poucos tomando o elevador quando este se aproxima da discoteca,
localizada no nono andar.
"Nada
me mantém mais saudável do que a dança... não
consigo viver sem esse lugar", disse Jun, agilmente conduzindo sua parceira,
uma mulher de 75 anos, em um rodopio. O veterano do exército sul-coreano
é um dos milhares de aposentados de seu país que costumam
dançar nas "colatecas" - discotecas especiais para idosos que vêm
florescendo em todo o país.
A
população da Coreia do Sul está envelhecendo rapidamente,
o que pode causar sérios problemas para as autoridades, mas o pessoal
da terceira idade está determinado a se divertir, dançando
a velhice toda em casas noturnas que não permitem a entrada de pessoas
com 50 anos por serem "jovens demais".
As
colatecas surgiram no final dos anos 90 como espaços de dança
para adolescentes, nos quais a venda de álcool era proibida e só
refrigerantes como a Coca-Cola estavam à venda. Mas elas logo saíram
de moda junto à clientela jovem, que adotou cibercafés e
casas de karaokê como pontos de encontro.
E
com isso as colatecas se repaginaram para atender a uma faixa etária
completamente diferente. "Elas se tornaram parques de diversões
para pessoas com mais de 60 anos - e estas provaram ser clientes muito
mais leais", disse Lee Kwan-woo, proprietário do Kukilgwan Palace,
fundado no começo dos anos 2000. "Aqui, eles podem se exercitar
para manter a saúde, fazer novos amigos e desfrutar de alguma empolgação",
disse Lee, 70, antigo cantor da noite.
Os
sul-coreanos com idade de 65 anos ou mais respondem por 13% da população,
e essa proporção deve subir a mais de 40% em 2060. Atualmente,
metade dessa faixa etária vive perto da linha da pobreza ou abaixo
dela. As pensões magras e a falta de serviços sociais tornam
a aposentadoria uma perspectiva assustadora.
Entre
as pessoas com alguma renda disponível, o lazer é uma espécie
de terra incógnita para a geração que transformou
o país de uma terra destruída pela guerra em quarta maior
economia da Ásia.
"Essa
geração passou a vida toda trabalhando, trabalhando e trabalhando,
e o lazer era considerado um privilégio da elite", disse Hwang Nam-Hui,
pesquisador do Instituto de Assuntos Sociais e da Saúde da Coreia
do Sul.
"Muita
gente enfrenta dificuldade para simplesmente relaxar e curtir a vida, depois
da aposentadoria", diz Hwang.
Lee,
o proprietário do Kukilgwan Palace, diz que casas como a sua oferecem
oportunidade vital de "descontração e diversão".
O
local atrai 800 clientes ao dia durante a semana e até 1,5 mil nos
finais de semana. A entrada é barata, apenas mil won (80 centavos
de dólar).
A
maior parte do faturamento da discoteca vem da bebida e comida. As limitações
físicas dos frequentadores são refletidas pelo horário
de funcionamento, das 12h às 18h, o que segundo Lee representa uma
boa solução já que "muitos dos frequentadores se sentem
cansados demais à noite".
Um
armário de remédios muito bem abastecido contém produtos
para combater diversas possíveis emergências, entre as quais
quedas súbitas no nível de glicose no sangue.
"Se
um freguês habitual subitamente para de vir, isso em geral significa
que morreu", disse Lee, que sente que comparecer aos funerais desses clientes
fiéis é parte de seus deveres profissionais.
Muitos
dos frequentadores são viúvos e viúvas buscando companhia
e flertes amenos, e qualquer pessoa com menos de 60 anos é barrada
porque "pode irritar os outros frequentadores e cortar o clima", disse
Lee. A vestimenta tende a ser conservadora, com homens de calça
social e blazer e mulheres usando terninhos ou saias na altura dos joelhos.
Algumas
mulheres ocasionalmente arriscam saias mais curtas ou um pouquinho de glitter,
mas entre os homens a maior ousadia se limita a ir à discoteca com
um chapéu fedora usado em ângulo maroto.
A
cultura do país continua a ser muito confuciana, e a expectativa
é de que os sul-coreanos idosos se comportem com moderação
e dignidade. As colatecas são rejeitadas por muita gente que as
encara como reprováveis pontos de paquera entre aposentados. O resultado
é que frequentadoras como Han Keum-ok, 75, que vai ao Kukilgwan
há 10 anos, mantêm segredo sobre seu passatempo.
"Meus
filhos e netos pensam que saio com os amigos para um café ou almoço",
diz Han, que dança todas as tardes e depois volta para casa para
cozinhar o jantar. Han diz que essa rotina a manteve saudável e
feliz, enquanto muitos de seus amigos que não dançam sofrem
de doenças ou depressão.
"Na
minha idade, você nunca sabe quanto tempo mais viverá, e eu
gostaria de aproveitar ao máximo o tempo que me resta de vida",
ela disse à AFP. "Mas não conte a pessoa alguma que venho
aqui, porque muita gente acha as colatecas imorais". (AFP. tradução
de PAULO MIGLIACCI - Folha de S.Paulo)
Sem
fôlego, salários perdem para inflação
Os
reajustes salariais firmados em convenções e acordos coletivos
no país registraram a terceira queda real consecutiva em janeiro.
De acordo com levantamento feito pela plataforma salarios.org.br, da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a mediana dos 374 dissídios
negociados no primeiro mês deste ano chegou a 10%, uma retração
de 1,3% quando descontado o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses.
A
folha total de salários dos trabalhadores formais em regime CLT,
estimada com base nos depósitos do FGTS feitos à Caixa, somou
R$ 94,4 bilhões em novembro (dado mais recente disponível),
volume semelhante ao de outubro e 5,9% menor do que no mesmo período
de 2014. Os dados são dessazonalizados e corrigidos pelo IPCA.
Entre
os setores, o de extração e refino de petróleo foi
aquele que registrou maiores perdas nos últimos 12 meses, com a
mediana de reajustes no período negativa em 3,9%. Um dos segmentos
mais resilientes à desaceleração do mercado de trabalho,
os serviços sofreram recuo de 0,9% nos salários, já
descontada a inflação. Na outra ponta da lista, o ramo de
confecções e vestuário auferiu os maiores ganhos reais,
com alta de 1,2%.
Na
distribuição geográfica dos reajustes, a região
Norte registrou as maiores retrações na remuneração.
Pelo critério da mediana dos últimos 12 meses, Roraima, Amapá
e Amazonas fecharam acordos com perdas reais de 1,3%, 0,3% e de 0,3%, nessa
ordem. Paraná e Santa Catarina, ambos na região Sul, obtiveram
as maiores altas reais, de 0,2% em ambos os casos, percentual semelhante
ao apurado na Bahia e no Rio Grande do Sul.
O
boletim "salariômetro" atualizou ainda o acompanhamento dos acordos
de redução da jornada de trabalho com corte de salários
feitos no país. Desde janeiro do ano passado, eles somam 311 instrumentos,
216 só no setor metalúrgico. Do total, 88, cerca de 28%,
foram feitos através do Programa de Proteção ao Emprego
(PPE).
Lançado
pelo governo federal em julho do ano passado, o PPE conta com os recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que compensa parte da parcela
dos salários reduzida durante sua vigência. Com adesões
registradas desde agosto pelo site Mediador, do Ministério do Trabalho,
o programa contou o maior número de acordos no último mês
de janeiro, 39, quase metade do total.
A
plataforma analisou 964 negociações com início de
vigência em janeiro, dos quais 374 tratavam de reajustes salariais.
A mediana dos pisos fechados no mês encolheu de R$ 1.032 em dezembro
para R$ 940, valor 6,8% superior ao salário mínimo, de R$
880. Em janeiro de 2015, a diferença entre mediana dos pisos e mínimo
era de cerca de 10,7%. (Camilla Veras Mota - Valor Online)
Mercado e Economia
Nacional
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pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
No
Senado MP que eleva imposto sobre ganho de capital
A
medida provisória que eleva as alíquotas de Imposto de Renda
sobre o ganho de capital de pessoas físicas por alienação
de bens (imóveis ou ações de empresas, por exemplo)
tem alta probabilidade de se tornar uma lei nos próximos 180 dias,
de acordo com projeção do grupo Estudos Legislativos e Análise
Política do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap/Ello)
feita exclusivamente para o Valor Política, serviço do Valor
PRO.
A
MP 692/2015 é um dos seis projetos com alta ou muito alta chance
de serem convertidos em lei até agosto, de acordo com levantamento
nas matérias com impacto econômico pautadas para votação
em plenário ou em caráter terminativo nas comissões
(quando não precisam passar pela análise do plenário)
do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
A
projeção sobre o potencial de estas matérias virarem
leis é feita com base em modelo estatístico que considera
o histórico de votações do Legislativo desde 1988.
O
aumento das alíquotas incidiria sobre lucros superiores a R$ 1 milhão,
com estimativa de arrecadar R$ 1,8 bilhão este ano, mas o projeto
foi alterado pelos deputados para tributar apenas ganhos maiores de R$
5 milhões e com alíquotas bem menores que as pretendidas
pelo governo.
Também
no Senado, com alta chance de aprovação, tramitam o projeto
de Lei de Responsabilidade das Estatais, defendido pelos presidentes do
Senado e da Câmara em meados do ano passado, e a MP que autoriza
o Banco do Brasil e a Caixa a adquirirem participação em
bancos privados até 2019. Na Casa, encontra-se a única matéria
com probabilidade muito alta de aprovação, de acordo com
o Cebrap/Ello: a MP da reforma ministerial, que alterou de 39 para 31 ministérios.
(Cristian Klein - Valor Online)
Perspectivas
ruins para o trimestre
A
economia brasileira ainda não chegou ao fundo do poço e as
expectativas do mercado pioram a cada mês, diante da divulgação
de indicadores setoriais que mostram desaceleração da atividade
produtiva. Para o 1º trimestre de 2016, as estimativas dos analistas
são de retração do Produto Interno Bruto (PIB) variando
de 1% a 1,3%. Sem qualquer sinal de recuperação a curto prazo,
muitos têm revisado para baixo as estimativas para queda na geração
de riquezas no país.
Dados
do boletim Focus do Banco Central (BC) apontam que a mediana dos analistas
para o PIB de 2016 chegou a uma queda de 3,4%. Os mais pessimistas apostam
em uma recessão de 4,59%. Para Rafael Bacciotti, economista da Tendências
Consultoria, a geração de riquezas no país deve desabar
0,6% de janeiro a março e 4% em todo o ano. De acordo com ele, essas
expectativas devem ser revisadas para baixo nos próximos meses,
com a piora dos indicadores antecedentes. "A produção de
papel ondulado, o fluxo de veículos e caminhões nas estradas
e os dados da indústria mostram que o encolhimento da atividade
econômica ainda não parou", ressaltou.
O
índice que mede o fluxo de veículos nas estradas, apurado
pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias,
teve queda de 1,4% em janeiro de 2016 ante dezembro de 2015. Na comparação
com o mesmo mês do ano passado, a retração foi ainda
maior, de 5,2%. Outro indicador que aponta atividade econômica em
queda é o da Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea). Pelos cálculos da entidade,
a produção caiu 29,3% em janeiro, em relação
ao mesmo período de 2015.
Para
a economista Mariana Orsini, da GO Associados, o PIB encolherá 1,3%
no 1º trimestre de 2016. Ela projetou uma retração de
3% no ano, mas ressaltou que a tendência é de que esse número
seja revisto para pior. Na opinião dela, a falta de perspectivas
de melhora impede um processo de recuperação. "Tinha a expectativa
de alguns projetos de infraestrutura saíssem do papel, como a rodovia
do frango e os leilões de alguns aeroportos, mas isso pode não
acontecer", destacou. (ANTONIO TEMÓTEO - Correio Braziliense)
Analistas
preveem retração de 3,4% na economia
Foi
a quinta semana seguida de piora nas projeções do mercado
financeiro para 2016 e 2017
Pela
quinta semana seguida, os analistas do mercado financeiro pioraram a projeção
para o desempenho da economia em 2016 e 2017. A estimativa de retração
neste ano passou de 3,33% para 3,4%. Em 2017, o país deve voltar
a crescer, mas menos do que se esperava antes. A expectativa caiu de 0,59%
para 0,5%, de acordo com a pesquisa semanal Focus, do Banco Central ( BC).
Essas
novas previsões pioram o cenário para a atividade econômica
por mais dois anos. Os cálculos do BC divulgados na semana passada
mostraram que a recessão brasileira é mais grave do que o
imaginado. A economia encolheu nada menos que 4,1% no ano passado, segundo
o Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária
( IBC- Br). ESTIMATIVA DE INFLAÇÃO DE 7,62% Já o quadro
para a inflação deste ano teve apenas uma leve deterioração.
A estimativa subiu de 7,61% para 7,62%. Apesar de ser um pequeno aumento,
marcou a oitava piora seguida da aposta dos analistas, que estão
cada vez mais longe da meta estabelecida pelo governo de 4,5%, com uma
margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.
Para
2017, a projeção está exatamente no teto da meta,
que é de 6%. A variação aceita será menor que
a deste ano, de apenas1,5 ponto para cima ou para baixo.
A
previsão para os juros básicos ficou estável. O mercado
acredita em manutenção da taxa básica nos atuais 14,25%
ao ano. (Gabriela Valente - O Globo)
PIB
derrapa de novo
O
boletim Focus divulgado, ontem, destacou que o Produto Interno Bruto (PIB)
do país deve ter retração de 3,4% neste ano. Na edição
anterior da pesquisa, a estimativa era de baixa de 3,33% e, na de quatro
semanas atrás, de recuo de 3%. Para 2017, encolheu mais um pouco
a expectativa de recuperação, com a mediana das estimativas
oscilando de uma alta de 0,59% para 0,50%. O ajuste desta vez foi o quinto
consecutivo - um mês atrás, a projeção era de
crescimento de 0,80% da atividade.
A
produção industrial segue como principal setor responsável
pelas previsões para o PIB em 2016 e 2017. No boletim Focus, a mediana
das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa
de baixa de 4,40% para este ano ante -4,20% prevista na semana passada.
Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas
estava em -3,57%. Para 2017, depois de três semanas seguidas de aposta
de expansão de 1,50% para a indústria, agora a previsão
mudou para 1,00%. Quatro semanas antes, estava em 1,50%.
O
Focus também registrou a oitava rodada seguida de alta das expectativas
para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
deste ano. No documento divulgado pelo Banco Central, a mediana das previsões
para a inflação de 2016 apresentou apenas leve correção
ao subir de 7,61% para 7,62%. Com isso, distancia-se ainda mais do teto
da meta deste ano de 6,50%. O presidente do BC, Alexandre Tombini, reforçou,
na semana passada, que continua trabalhando para evitar que o índice
extrapole esse patamar. Quatro semanas atrás, a mediana na Focus
estava em 7,23%. Entre as instituições que mais se aproximam
do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas
Top 5, a mediana das expectativas manteve-se em 8,13% de uma semana para
outra - um mês antes, estava em 7,92%.
O
diretor de política econômica do Banco Central, Altamir Lopes,
voltou a afirmar, ontem, que a convergência da inflação
para a meta de 4,5% em 2017 não contempla reduções
de juros. A declaração foi dada durante o evento Brazil Macro
and Political Conference, promovido pelo JP Morgan, segundo discurso divulgado
no site do BC.
"O
cumprimento do regime de metas e a convergência da inflação
para a meta de 4,5%, em 2017, não contemplam reduções
da taxa básica de juros", afirmou Lopes.
Segundo
ele, a despeito das perspectivas de uma menor depreciação
cambial este ano, de uma sensível diminuição no processo
de ajuste de preços administrados e de ambiente externo com tendência
mais clara de menor crescimento - fatores que contribuem para o processo
de desinflação esperado para 2016 - os riscos inerentes ao
comportamento recente tanto das expectativas quanto das taxas observadas
de inflação, e a presença de mecanismos de indexação
na economia brasileira "não nos permitem trabalhar com a hipótese
de flexibilização das condições monetárias".
Lopes comentou que o câmbio passou por expressiva depreciação
em 2014 e 2015, o que deixa menor espaço para movimentos significativos
de alta do dólar em 2016. (Estado de Minas)
BC
admite estouro da meta
O
Banco Central (BC) já admite internamente que a inflação
estourará o teto da meta, de 6,5%, pelo segundo ano consecutivo.
A sinalização de que isso ocorrerá foi dada ontem
pelo diretor de Política Econômica da autoridade monetária,
Altamir Lopes, durante discurso no evento Brazil Macro and Political Conference,
realizado pelo banco JP Morgan. Apesar de projetar que o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terá uma queda de dois
pontos percentuais ainda no primeiro semestre e de ressaltar que a retração
da atividade econômica favorecerá esse processo, Altamir alertou
que diversas incertezas podem levar a carestia a estourar o teto da meta,
de 6,5%.
Ele
reconheceu que as expectativas inflacionárias do mercado pioraram
desde agosto do ano passado - época em que o governo enviou ao Congresso
Nacional o Projeto de Lei Orçamentária para 2016 com previsão
de deficit fiscal. "A piora nas expectativas fundamenta-se, em grande parte,
na inflação corrente mais elevada que o esperado."
Ele
ainda ressaltou que a presença de mecanismos, formais e informais
de indexação na economia brasileira não permitem ao
BC trabalhar com a hipótese de flexibilização das
condições monetárias. "Nesse contexto, considerados
todos esses aspectos, ressalto que o cumprimento do regime de metas e a
convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017,
não contemplam reduções da taxa básica de juros",
disse.
Lopes
ainda alertou que o governo precisa fazer um ajuste fiscal para acabar
com as incertezas em relação à capacidade de o Brasil
recuperar a credibilidade e uma trajetória de crescimento econômico.
"Ressalto que uma eventual postergação dos ajustes adiaria
o início da recuperação econômica, ampliando
a incerteza, a perda de confiança, adiando investimentos, aprofundando
a queda da atividade e tornando o próprio ajuste mais prolongado
e custoso. No limite, os fundamentos da economia brasileira poderiam ser
comprometidos", afirmou.
Hiperinflação
No
mercado, os analistas já avaliam que o IPCA ficará acima
do teto da meta neste e no próximo ano. Para a economista Monica
de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics,
em Washington, o governo abriu as portas para volta da hiperinflação
ao manter o desequilíbrio nas contas públicas. Para ela,
um sinal da leniência do Executivo com a carestia ficou claro com
o anúncio de um contingenciamento de apenas R$ 23,4 bilhões
do Orçamento de 2016 e de uma meta fiscal flexível.
Monica
ressalta que cresce o risco de o país registrar uma inflação
de dois dígitos neste ano, assim como ocorreu no ano passado. "Isso
ocorrerá se o governo não apresentar uma estratégia
para sanar as contas públicas. Portanto, pode demorar para que a
inflação caia. Com sorte, ficará em 9% neste ano,
mas depois sobe", avisou.
A
economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, também
acredita que as pressões inflacionarias devem continuar a manter
o IPCA acima do teto da meta. Ela estima que a carestia terá uma
alta de 7% em 2016 e essa projeção deve ser revisada para
pior nos próximos meses. Alessandra ressaltou que ainda vai demorar
para que o governo consiga fazer o índice convergir para o centro
da meta, de 4,5%. "Nossas estimativas são de que o IPCA fique em
6,2% em 2017, acima do novo teto de 6% ao ano", disse. (ANTONIO TEMÓTEO
e ROSANA HESSEL - Correio Braziliense)
Recessão
no País deve se aprofundar, diz IIF
A
recessão no Brasil deve se aprofundar este ano e o Produto Interno
Bruto (PIB) do País deve encolher 4%, afirma o Instituto Internacional
de Finanças (HF), formado pelos 500 maiores bancos e instituições
financeiras do mundo, com sede em Washington. O desempenho do Brasil este
ano só deve perder na economia mundial para a Venezuela, que deve
ter contração de 10%, de acordo com relatório do IIF.
A Rússia, outro país em recessão, deve encolher 1,5%.
"Com
a presidente Dilma Rousseff lutando pela sobrevivência, duvidamos
da capacidade do atual governo conseguir uma reviravolta", afirma o economista
do IIF para América Latina, Ramón Aracena, no relatório.
"A economia permanece imersa em uma profunda e prolongada recessão",
afirma o IIF. Reconquistar a confiança de empresários e consumidores
é uma precondição para conseguir melhorar a atividade,
ressalta ele.
A
melhora dos níveis de confiança, que estão em patamares
historicamente baixos, vai precisar de uma correção coerente
na política macroeconômica e avanços em reformas de
longo prazo que vêm sendo há anos adiadas, como a reforma
da Previdência e a tributária. Mas, em meio ao processo de
impeachment e às dificuldades do Planalto no Congresso, o IIF não
vê a capacidade de Dilma mudar a economia.
"A
severa crise política no Brasil tem levado a um conjunto de políticas
crescentemente inconsistentes", afirma Aracena no relatório. O IIF
cita que as incertezas sobre os rumos da política econômica
brasileira têm ajudado a impedir uma melhora da confiança
dos agentes. O relatório menciona como exemplo a decisão
do Banco Central em janeiro de não aumentar os juros, contrariando
as expectativas do mercado financeiro e o que a própria autoridade
monetária havia sinalizado anteriormente. "O aumento da incerteza
sobre a direção política minou a confiança,
tornando uma reviravolta da economia ainda mais difícil." Neste
cenário, após a recessão este ano, o IIF projeta apenas
uma melhora modesta em 2017, com o PIB voltando a crescer, mas devendo
mostrar expansão de apenas 0,5%. A previsão do IIF é
que o déficit nominal do setor público, que superou os 10%
em 2015, siga nesse patamar em 2016. Para a Selic, a previsão é
de estabilidade da taxa, em 14,25% em 2016, com o juro voltando a cair
no primeiro trimestre de 2017, para 13,75%.
No
câmbio, o IIF estima nova piora do real. A previsão é
que o dólar deve chegar a R$ 4,60 no final deste ano eaRS 5,00 em
dezembro de 2017. A inflação ao consumidor deve ficar em
74% este ano e 6,2% em 2017. (Altamiro Silva Junior - O Estado de S.Paulo)
Economia Global
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Mercado
tem reação positiva à Lava Jato
Os
mercados financeiros viveram ontem um dia de otimismo no Brasil, com notícias
favoráveis vindas do exterior, principalmente da China, e, no cenário
interno, a reação positiva aos desdobramentos da Operação
Lava Jato, que iniciou uma nova fase. O Ibovespa, principal índice
da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta de 4,07%, aos 43.243,85
pontos. O dólar, por sua vez, fechou em queda de 1,94%, cotado a
R$ 3,9417. Foi o segundo dia útil consecutivo de queda do dólar
avista em relação ao real (-2,66% no período).
"O
exterior, com a melhora do petróleo e as notícias vindas
da China, justificam a queda do dólar ante o real. Mas o movimento
de "compra de Brasil" é potencializado pela Lava Jato. Isso vale
para o câmbio e também para a Bovespa", disse Cle-ber Alessie
Machado, operador da H. Commcor DTVM.
No
caso da Lava Jato, a avaliação do mercado é que a
decretação de prisão de João Santana, que cuidou
do marketing das campanhas da presidente Dilma Rousseff, complicam ainda
mais o governo. No limite, ações contra a chapa formada por
Dilma e Michel Temer, que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
podem em tese ter mais chances de sucesso.
"A
volatilidade ainda está forte, mas notícias que deixam o
impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, mais perto
são aplaudidas pelo mercado de capitais", disse João Augusto
Salles, analista da Lopes Filho.
Do
lado internacional, o que influenciou o mercado, segundo o economista-chefe
da Nova Futura Corretora, Pedro Paulo da Silveira, foi uma mudança
de percepção de risco com a possibilidade de alterações
na política no mercado de capitais da China, após o anúncio
de novas medidas para o setor imobiliário e troca do diretor da
Comissão Reguladora de Valores Mobiliários (CSRC) do país.
Silveira
lembrou ainda que o resultado ruim do índice de gerentes de compras
(PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que mede a atividade
nos setores industrial e de serviços, que atingiu o menor nível
em 13 meses, traz a expectativa de novos estímulos por parte do
Banco Central Europeu (BCE). Além disso, as valorizações
dos preços das commodities no mercado internacional, em especial
os do petróleo, também deram o tom positivo à Bolsa
brasileira. O petróleo Brent para abril negociado em Londres fechou
em alta de 5,09% ontem, enquanto em Nova York houve valorizações
de 6,20% no barril do petróleo para entrega em março.
Dentre
os destaques de alta na Bovespa, as ações preferenciais (PN,
sem direito a voto) da Petrobrás subiram 13% e as ordinárias
(ON, com direito a voto) tiveram alta de 16,14%. As preferenciais (PNA)
da Vale, por sua vez, registraram crescimento de 8,17%, enquanto as ordinárias
(ON) subiram 11,07%.
Entre
os segmentos, os papéis de empresas do setor financeiro foram destaque.
"O cenário não é dos melhores, mas os bancos estão
melhorando sua eficiência operacional, diversificando receitas e
criando robustez para sua tesouraria", explicou Salles, da Lopes Filho.
Itaú Unibanco PN subiu 4,04%; Bradesco ON, 5,56% e PN, 5,23%, Banco
do Brasil ON avançou 4,61% e as units (ativos compostos por mais
de uma classe de papéis, como uma ação e um bônus,
por exemplo) do Santander,4,32%.
Já
Bradespar ON teve alta de 11,74% e BB Seguridade ON registrou ganhos de
4,30%. Para Salles, o movimento das ações da Bradespar está
relacionado ao da Vale, e o da BB Seguridade ao balanço financeiro
apresentado ontem, que trouxe um bom resultado.
•
Perspectiva
"A
volatilidade ainda está forte, mas notícias que deixam o
impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, mais perto
são aplaudidas pelo mercado de capitais."
João
Augusto Salles ANALISTA DA LOPES FILHO (Suzana Inhesta
e Fabrício de Castro - O Estado de S.Paulo)
Bolsa
de SP sobe 4% por petróleo e minério
Petrobras
salta 16% com avanço da " commodity", e Vale tem ganho de 11%. Dólar
cai 1,78%, a R$ 3,951
A
alta nos preços do petróleo e do minério de ferro
fez as ações de Petrobras e Vale subirem 16% e 11% na Bolsa.
A prisão de João Santana também influenciou. Seguindo
o clima de otimismo nos mercados globais e o salto das commodities, a Bolsa
de Valores de São Paulo ( Bovespa) teve ganho de 4,07% ontem, aos
43.234 pontos, enquanto o dólar comercial caiu quase 2%. O índice
de referência Ibovespa foi puxado pelas ações de Petrobras
e Vale, que dispararam 16% e 11%, respectivamente. Com o movimento, a estatal
ganhou R$ 10,9 bilhões em valor de mercado durante o pregão
( para R$ 83,4 bilhões), e a Vale, R$ 5,6 bilhões ( a R$
61,3 bilhões).
Segundo
alguns analistas, também contribuiu para o bom humor dos investidores
no mercado brasileiro a nova fase da Operação Lava- Jato,
da Polícia Federal, com a expedição de mandado de
prisão temporária para o marqueteiro João Santana,
que coordenou as campanhas da presidente Dilma Rousseff.
O
dólar comercial fechou em queda de 1,78%, a R$ 3,951. A moeda americana
perdeu força contra a maior parte das divisas de países emergentes.
Contra a cesta com as dez principais moedas globais, porém, o dólar
subiu 0,21%, segundo o índice Dollar Spot, da Bloomberg.
O
minério de ferro com teor de 62%, referência no mercado internacional,
subiu 6,2% ontem, para US$ 51,52 - maior patamar desde 27 de outubro do
ano passado - a tonelada, dando continuidade ao processo de valorização
desencadeado pelo aumento de produção das siderúrgicas
chinesas e pela redução de produção das maiores
mineradoras do mundo. No ano, o minério acumula alta de 18%, contra
queda de 39% em 2015. EXPECTATIVA COM ACORDO
O
petróleo do tipo Brent, por sua vez, avançava 4,82%, a US$
34,60 o barril, uma hora antes do fechamento das negociações
em Londres. Em Nova York, o barril do WTI subiu 6,21%, a US$ 31,48. A alta
deveu- se à especulação de que o excesso de oferta
do produto nos mercados internacionais deve finalmente ser reduzido com
um acordo para o congelamento da produção. A Rússia
e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
( Opep) estão buscando convencer outros produtores a aderirem ao
congelamento.
As
ações ordinárias ( ON, como direito a voto) da Petrobras
saltaram 16,14%, a R$ 7,41 - a maior alta diária do papel desde
10 de março de 1999 -, enquanto as preferenciais ( PN, sem voto)
avançaram 13%, a R$ 5,04. Já os papéis ON da Vale
subiram 11,07% ( R$ 13,14), e os PN, 8,17% ( R$ 9,40).
-
O mercado local hoje está sendo mais influenciado pelo desempenho
externo. Teve uma notícia na China sobre a renúncia do presidente
do órgão equivalente à nossa CVM, e outra sobre a
redução do imposto de venda para determinados imóveis
no país. Os movimentos foram vistos como positivos para o mercado
- disse Paulo Gomes, economistachefe da Azimut.
Entre
os bancos, o Banco do Brasil ON subiu 4,61% ( R$ 13,61). O Bradesco PN
avançou 5,23% ( R$ 20,92). O Itaú Unibanco ON teve alta de
4,03% ( R$ 25,22).
-
Nos próximos dias, o comportamento da Bolsa vai depender também
dos preços dessas commodities. O importante porém é
que, no caso do petróleo, aparentemente, o patamar de US$ 30 não
deve ser rompido com muita facilidade depois da iniciativa de redução
da produção - disse Ricardo Zeno, sócio- diretor da
AZ Investimentos, no Rio.
O
dia começou em alta na Ásia, com a substituição
do chefe do órgão regulador dos mercados chineses e Pequim
sinalizando estímulos econômicos. O índice CSI300,
que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou
2,2%, enquanto o principal indicador da Bolsa de Xangai subiu 2,37%.
Na
Europa, Londres ganhou 1,47%, enquanto Paris e Frankfurt tiveram alta de
1,79% e 1,98%, respectivamente. Em Nova York, o índice Dow Jones
subiu 1,40%, e o S& P 500, 1,45%.
LIBRA
REGISTRA MAIOR QUEDA DESDE 2009
A
libra registrou ontem sua maior queda desde 2009, recuando 1,75% frente
ao dólar, para US$ 1,4154. O estopim foram as declarações
do prefeito de Londres, Boris Johnson - um dos políticos britânicos
mais populares -, de que fará campanha para que o Reino Unido deixe
a União Europeia ( UE), um cenário apelidado de "Brexit".
O referendo ocorrerá no dia 23 de junho.
-
O fato de membros eminentes dos Partido Conservador terem anunciado que
farão campanha para que o país deixe a UE provavelmente intensificou
o temor dos investidores de um maior risco de "Brexit" - disse Valentin
Marinov, diretor de Estratégia Cambial da unidade de banco de investimentos
do Credit Agricole em Londres.
Na
mínima do dia, a libra foi negociada a US$ 1,4058, a menor cotação
desde 18 de março de 2009. Naquele dia, o governo havia informado
que o número de desempregados no Reino Unido ultrapassara os dois
milhões, o que não ocorria desde 1997.
Apesar
de a decisão sobre a data do referendo eliminar um dos fatores de
volatilidade, o mercado agora terá de lidar com meses de campanhas
e pesquisas, o que deve elevar a pressão sobre o câmbio.
-
Estamos projetando mais volatilidade nos próximos quatro meses e,
consequentemente, a faixa de negociação da libra, a depender
das pesquisas, será muito mais ampla que hoje - disse Alan Wilde,
diretor de Renda Fixa e Câmbio do Baring Asset Management.
No
início deste mês, o banco Goldman Sachs afirmou em relatório
que um "Brexit" pode levar a libra para entre US$ 1,15 e US$ 1,20 - um
patamar que não é registrado desde 1985. (RENNAN SETTI -
O Globo)
Dólar
recua quase 2% ante o real
O
avanço firme do petróleo no exterior abriu espaço
ontem para o recuo do dólar ante várias divisas de exportadores
de commodities, como o real. No Brasil, este movimento foi potencializado
pela nova fase da Operação Lava Jato, que na visão
de alguns profissionais do mercado pode elevar os riscos de impeachment
da presidente Dilma Rousseff. Em tese, uma mudança no Planalto poderia
favorecer a retomada da confiança e a recuperação
da economia. Em meio a estes fatores, o dólar à vista fechou
em baixa de 1,94%, aos R$ 2,9417 enquanto a divisa para março recuou
2,04%, aos R$ 3,9530. Foi o segundo dia útil consecutivo de queda
do dólar à vista ante o real (-2,66% no período).
A
moeda americana caiu desde o início do dia sob influência
do exterior, onde havia nítida busca por ativos mais arriscados,
como ações e divisas de países emergentes ou exportadores
de commodities. Por trás disso estava o petróleo, com ganhos
firmes tanto em Londres quanto em Nova York. A commodity, por sua vez,
havia sido impulsionada pelo bom desempenho das ações na
China e por relatório da Agência Internacional de Energia
(AIE) prevendo que a oferta e a demanda do petróleo vão se
reequilibrar de forma gradual ate 2017. O petróleo Brcnt para abril
fechou em alta de 5,09% na ICE, a US$ 34,69 por barril. Na Nymex, o contrato
para março - que venceu ontem - subiu 6,20%, para US$ 31,48 por
barril, e o contrato para abril avançou 5,16%, para US$ 33,39 por
barril. Em Nova York, os índices acionários pegaram carona
nessa euforia vista no mercado de petróleo: o Dow Jones subiu 1,40%,
aos 1.945,50 pontos, o S&P 500 teve alta de 1,45%, aos 1.945,50 pontos,
e o Nasdaq avançou 1,47%, aos 4.570,61 pontos.
Esta
busca por ações foi percebida também no Brasil, onde
os papéis da Petrobrás dispararam: o ON subiu 16,14% e o
PN teve alta de 13,00%. O Ibovespa - principal índice de ações
da Bolsa brasileira - terminou o dia em alta de 4,07%, aos 43.234,85 pontos.
Além do exterior, a possibilidade de mudança no Planalto,
como consequência da Lava Jato, motivou a "compra de Brasil" na Bolsa,
na visão de vários operadores.
O
mesmo impulso internacional orientou os ajustes de baixa das taxas dos
contratos futuros de juros na BM&FBovespa. E, assim como no câmbio
c na Bovespa, a nova fase da operação Lava Jato foi bem recebida.
O contrato futuro de juros para julho de 2016 fechou em 14,175%, ante 14,205%
na sexta-feira, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 projetou 1549%,
ante 15,75%. Na prática, os contratos futuros refletem 84% de possibilidade
de, em seu encontro de março, o Banco Central manter a Selic (a
taxa básica de juros) em 14,25%. Outros 16% das apostas são
no sentido de alta de 0,25 ponto porcentual. (Fabrício de Castro
- O Estado de S.Paulo)
Seguros:
Encontro de líderes entre 25 e 28/2
Evento
marcará a posse dos presidentes eleitos das federações
associadas à CNseg
Os
principais executivos do mercado segurador brasileiro têm um encontro
marcado entre os dias 25 e 28 de fevereiro, no Tivoli Ecoresort, Bahia,
no 21º Encontro de Líderes do Mercado Segurador.
Durante
o evento, ocorrerá a posse dos novos presidentes da CNseg e Federações
associadas, eleitos em 17 de dezembro para os mandatos de 2016 a 2019.
São eles: Marcio Serôa de Araujo Coriolano, para a CNseg;
João Francisco Silveira Borges da Costa, para a FenSeg; Edson Luís
Franco, para a FenaPrevi; Solange Beatriz Palheiro Mendes, para a FenaSaúde,
e Marco Antonio da Silva Barros, para a FenaCap. (CNseg)