AssPreviSite
Previc
esclarece alteração em procedimentos para equacionamento
do déficit atuarial
A recente Instrução
Previc nº 16, de 11 de dezembro de 2017, promoveu alterações
na Instrução Previc nº 32, de 2 de setembro de 2016,
que estabelece procedimentos para a elaboração, aprovação
e execução de planos de equacionamento de déficits
pelas EFPC.
A mudança ocorreu
no art. 3º da IN 32/2016, do qual foi excluída a regra que
permitia a utilização do excedente de rentabilidade financeira
em relação à meta atuarial como fonte de recursos
alternativa para o equacionamento de déficit. Ficou mantida, entretanto,
a proibição de utilização de resultados oriundos
de alterações de hipóteses atuariais, regimes financeiros
ou métodos de financiamento nesses planos de equacionamento. Esta
última disposição, que constava anteriormente do parágrafo
único, foi somente deslocada para o caput desse mesmo artigo, de
acordo com a nova redação dada pela IN 16/2017.
Dessa forma, a partir de
1/1/2018, os excedentes de rentabilidade financeira ocorridos entre a data
da apuração do valor a ser equacionado e a data de aprovação
do plano de equacionamento não poderão mais ser utilizados
como fonte de recursos para o equacionamento do déficit atuarial,
mantendo-se também vedada a utilização, com essa finalidade,
de resultados oriundos de alterações de hipóteses
atuariais, regimes financeiros ou métodos de financiamento ocorridos
no mesmo período. O valor do déficit a ser equacionado deverá
ser, em regra, aquele apurado na avaliação atuarial realizada
ao final do exercício social anterior. AssCom - Previc)
Funcef:
Política de Investimentos 2018-2022
Já está disponível
para consulta pelos participantes da Funcef a política de investimentos
dos planos da entidade para o quinquênio 2018-2022. O documento detalha
como estão os investimentos para os planos REG/Replan Saldado, REG/Replan
Não Saldado, REB e Novo Plano no período. A política
está acessível na área restrita do site apenas para
os participantes dos planos.
“As políticas, aprovadas
pelo Conselho Deliberativo da Funcef em 15 de dezembro passado, têm
como objetivo reduzir o risco dos planos com rentabilidade mínima
esperada. A proposta é superar a meta atuarial mais 1% para recuperar
parcela do déficit dos planos maduros com o resultado dos investimentos
e rentabilizar a cota dos participantes dos planos jovens acima da meta
atuarial, garantindo um incremento da reserva matemática individual”,
diz comunicado. A política de investimento foi elaborada de acordo
às características de cada plano. (Acontece-17.01)
Fusan
oferece nova funcionalidade em aplicativo
A Fundação
Sanepar de Previdência e Assistência Social – Fusan - tem ampliado
constantemente as funcionalidades de seu aplicativo com o objetivo de facilitar
o acesso aos serviços do plano FusanPrev pelos participantes.
“O aplicativo da entidade apresenta melhorias constantemente e a mais recente
é a disponibilização do saldo das reservas dos participantes
no FusanPrev”, diz comunicado. O aplicativo permite ainda verificar o calendário
de pagamentos e recadastramentos dos aposentados, acessar o regulamentos
do plano, o informativo da entidade, entre outros. (Acontece-17.01)
Funpresp:
2017 fecha com 10,82% de rentabilidade
A Fundação
de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do
Poder Executivo (Funpresp-Exe) encerrou 2017 com 10,82% de rentabilidade
diante de uma meta de 6,87%, calculada com base no IPCA + 4% ao ano. A
fundação possui a maior parte da carteira aplicada em títulos
públicos federais, e apenas uma pequena parte em títulos
privados e ações. O patrimônio da fundação
somou R$ 748 milhões no final do ano passado. A entidade atribui
o alto volume à quantidade de adesões de novos participantes,
que ultrapassaram 53,8 mil (Agência Investidor Online)
Funpresp:
Seleção de gerente de Planejamento e Controle de Investimentos
Está aberto, até
o dia 19/01, o Processo Seletivo Específico para ocupação
do cargo de gerente da Gerência de Planejamento e Controle de Investimentos
da Funpresp. O processo é estruturado por meio de análise
curricular e avaliações individuais de competências,
podendo ser aplicados testes de conhecimento técnico, personalidade
e avaliação comportamental.
Atribuições
principais do cargo:
– Gerenciar os processos
relacionados aos riscos financeiros inerentes aos processos de investimentos;
– Implantar e monitorar
a aderência dos Processos à Política de Gerenciamento
e Riscos de investimentos da Funpresp;
– Administrar as atividades
de retaguarda e monitoramento dos investimentos efetuados pela Fundação;
– Controlar a aderência
da gestão dos investimentos às políticas de investimentos
dos planos administrados e à legislação aplicada ao
setor de previdência complementar fechada brasileiro;
– Desenvolver estudos quantitativos
para a elaboração das políticas de investimentos dos
referidos planos; e
– Gerenciar o sistema de
controles internos de investimentos.
O perfil do cargo requer:
– Formação
superior em Ciências Econômicas, Administração
de Empresas ou Engenharia;
– Certificação
conforme determina a Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – PREVIC;
– Atuação
nos mercados financeiro, de capitais ou de previdência complementar
fechada mínima de 03 (três) anos;
– Experiência em gestão
de equipe de profissionais mínima de 03 (três) anos.
Os interessados que possuírem
perfil compatível com o cargo podem encaminhar o currículo
até as 23h59 do dia 19 de janeiro de 2018 para o e-mail gepes@funpresp.com.br
com o assunto “PSE Gerente de Planejamento e Controle de Investimentos”.
A Fundação
também está com processo seletivo aberto, até 26/01,
para o cargo de coordenador de Relacionamento e Atendimento da Gerência
de Comunicação e Relacionamento. É imprescindível
que o candidato possua formação nas áreas de Comunicação
Social, Comunicação Corporativa ou Organizacional, Relações
Públicas, Marketing ou Administração de empresas.
Acesse mais informações através do link
https://www.funpresp.com.br/portal/?p=13516
(Funpresp/AssPreviSite)
PrevBahia:
Nomeado o diretor de seguridade
A Fundação
de Previdência Complementar do Estado da Bahia (PrevBahia) tem agora
um diretor de seguridade. Foi nomeado para o cargo Romulo de Souza Cravo,
ex-chefe de gabinete da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult).
Até então, o diretor presidente da fundação
Jeremias Xavier de Moura acumulava as funções. Xavier ainda
assume as diretorias administrativa e de investimentos de forma acumulativa
até que os diretores sejam nomeados pelo Governo do Estado da Bahia.
Romulo de Souza Cravo já
atuou como membro do conselho fiscal da PrevBahia. Ele também foi
assessor de planejamento e gestão da Secretaria da Saúde
do Estado da Bahia (Sesab); assessor de planejamento e gestão e
chefe de gabinete da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema);
chefe de gabinete e diretor geral da Secretaria de Cultura (Secult); diretor
geral da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur); e diretor-presidente
da Tracol Serviços Elétricos SA. Ele também atuou
como gerente do departamento do projeto de transformação
organizacional da Coelba e foi presidente do conselho de curadores da Fundação
Coelba de Previdência Complementar (Faelba). (Agência
Investidor Online)
Servidor:
Cresce adesão fundo complementar
Nos últimos dois
anos, com as discussões sobre a reforma da Previdência houve
um aumento expressivo nas adesões dos servidores públicos
federais ao fundo de aposentadoria criado pelo governo em 2013.
Veja maitéria completa
através do link:
http://www.valor.com.br/brasil/5264381/cresce-adesao-de-servidor-fundo-complementar
(Ana Conceição
–Valor Online)
PrevSonho
começa a se tornar realidade
O projeto do PrevSonho,
um novo modelo de plano de benefícios mais flexível elaborado
pela Abrapp, já tem um plano de ação. A primeira reunião
do Grupo de Trabalho (GT) Ad Hoc responsável pela execução
do projeto, realizada em São Paulo nesta terça, 16, definiu
um cronograma que prevê os próximos passos que deverão
culminar na entrega do produto. “Nosso plano de trabalho pretende apresentar
a proposta do produto PrevSonho na próxima reunião da Diretoria
da Abrapp em 21 de fevereiro”, revela Lucas Nóbrega, Diretor Executivo
da Abrapp e membro do GT.
Além da elaboração
do desenho técnico do novo modelo, o Grupo de Trabalho se propõe
a difundir a importância do PrevSonho para as associadas. “O plano
inclui também a difusão do PrevSonho para as entidades no
sentido de mostrar que a proposta será capaz de incentivar o fomento
e a revitalização do sistema”, explica o Diretor Executivo.
Segundo Lucas, o atual arcabouço regulatório do sistema de
Previdência Fechada já permite a elaboração
de planos no formato do PrevSonho, no qual os participantes possam utilizar
parte das reservas dos benefícios para objetivos específicos
durante a vida laboral.
O PrevSonho foi apresentado
pela primeira vez no 38º Congresso Brasileiro da Previdência
Complementar Fechada, realizado em outubro, em São Paulo. O projeto
foi elaborado a partir do trabalho das Comissões Técnicas
de Atuária e Seguridade, que posteriormente, recolheram sugestões
e propostas de diversas outras comissões.
“É uma proposta que
surgiu do trabalho de diversas comissões da Abrapp com o objetivo
de abrir caminho para o fomento do sistema”, diz Liane Chacon, Diretora
Executiva da Abrapp e também integrante do GT. Ela prevê que
o produto já tenha condições de ser apresentado para
as associadas a partir de abril. “O PrevSonho é uma poderosa ferramenta
capaz de oferecer um grande atrativo para os planos tradicionais”, defende
a Diretora.
Além dos diretores
Lucas e Liane, o GT está composto por Marisa Bravi, Thiago Gonçalves,
Glewerson Caron, Cristiano Freitas, Geraldo Assis, Cristiano Verardo e
Roberto Messina. Marisa Bravi foi escolhida como coordenadora do Grupo
de Trabalho.
Conceitos
O desenho do PrevSonho prevê
que uma parte das reservas possa ser destinada à realização
de um propósito específico do participante antes de sua aposentadoria.
E a outra parte continua vinculada ao plano de aposentadoria complementar
normal. “Vamos perguntar ao participante qual é o seu sonho, qual
é a sua meta, seu objetivo. Por exemplo, ele pode responder que
seu sonho é fazer uma pós-graduação ou a compra
de um imóvel”, diz Thiago Gonçalves, atuário e membro
do GT.
Também será
definido em quanto tempo o participante pretende realizar seu “sonho”.
Então, a patrocinadora e o participante poupam juntos para daqui
alguns anos conseguir concretizar esse sonho. “Será gerado um modelo
matemático para definir o prazo do plano, de acordo ao sonho do
participante, do prazo esperado para sua realização”, explica
Thiago.
Os planos atuais permitem
o gozo do benefício somente após a aposentadoria, após
25 ou 30 anos, o que acaba desestimulando a participação
dos mais jovens. “Hoje em dia, falar para um funcionário com 18
ou 20 anos de idade, que ele receberá o benefício somente
quando tiver 55 anos de idade, provavelmente não ajudará
a incentivar sua adesão ao plano”, comenta o atuário. Por
isso, o PrevSonho propõe o acesso a um benefício no curto
ou médio prazos, financiado com uma parte das reservas do plano
(Acontece-17.01)
Bancos
vão lançar sistema único para pagamento de ISS
Na tentativa de resolver
um dos maiores imbróglios tributários do País – criado
com a mudança na legislação do ISS -, os bancos vão
lançar um sistema com um padrão único de pagamento
do imposto nas operações com cartões de débito
e crédito, leasing, fundos de investimento, consórcios e
planos de saúde. Desde janeiro, a cobrança foi descentralizada
e deixou de ser feita no município de origem para ser feita no destino,
mas as empresas pagadoras do ISS não sabem como, quanto e onde pagar
o tributo.
Com a nova lei, os municípios
estão fazendo interpretações divergentes sobre a base
de cálculo de incidência do tributo e fixando alíquotas
que variam entre 2% e 5%. O resultado tem sido uma grande confusão
tributária que pode ameaçar a prestação desses
serviços nos municípios menores.
As empresas que operam esses
serviços estão tendo que lidar ao mesmo tempo com 5.570 municípios.
Em alguns, a câmara municipal já aprovou, no ano passado,
a nova cobrança. Em outros, não há nada definido,
uma vez que o projeto não foi encaminhado pelos prefeitos.
Há ainda uma diferença
sobre a entrada em vigor das mudanças: prefeituras que aprovaram
a alteração em 2017 podem aplicá-la 90 dias depois,
enquanto as que aprovarem neste ano só poderão cobrar em
2019 para respeitar a chamada “anualidade”. Ou seja, haverá pagamentos
pelas regras novas e antigas ao mesmo tempo.
Uma pesquisa da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM) com as prefeituras apontou um potencial
de elevação de 20% na arrecadação do ISS, um
dinheiro extra para os municípios em tempos de dificuldade financeira
e queda de receitas. Esse foi o principal argumento dos prefeitos para
pressionar o Congresso a derrubar um veto presidencial e aprovar a mudança
no tributo. Antes da alteração, a cobrança de ISS
sobre esses setores era centralizada em poucos municípios, apelidados
de “paraísos fiscais” pelos prefeitos que não recebiam parte
desses recursos.
O presidente da Confederação
Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Sergio Rial,
diz que as entidades financeiras querem pagar o ISS, mas precisam de segurança
jurídica. Rial, que é também presidente do Santander
no Brasil, informou que o sistema, que está em fase piloto, é
uma forma de facilitar a cobrança do tributo. A CNF contratou o
Serpro, empresa de processamento de dados do governo federal, para desenvolver
o sistema. Essa é a maior mesa de negociação das entidades
financeiras da história recente, segundo Rial. “Aqueles que vão
pagar têm que ter o mínimo de certeza jurídica se pagaram
tudo que era devido.”
A primeira fase do sistema,
que é o cadastro pelas prefeituras, já está em operação,
e a partir de fevereiro as empresas já estarão habilitadas
a recolher o imposto por esse meio. O maior obstáculo, no entanto,
é o baixo número de adesões de municípios até
agora – cerca de 10. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que
o sistema vai de fato facilitar o recolhimento do tributo. “Nós
temos interesse em que isso funcione.”
Três perguntas para
Sergio Rial, Presidente da Conf. Nacional das Instituições
Financeiras
1. Qual o impacto da lei
que muda a cobrança de ISS?
Temos 5.570 municípios
muito variados. Nosso País tem uma concentração de
renda não só em Estados, mas também em alguns municípios.
É absolutamente legítimo, no aspecto social, buscar receitas
adicionais aos diversos municípios do País. Mas saímos
de uma arrecadação única do ISS para um processo altamente
descentralizado. É um desafio em tão pouco tempo, independentemente
de ser ou não favorável.
2. Pode haver um aumento
da arrecadação?
A expectativa de aumento
de arrecadação equânime para todos é um desejo,
mas pode não ser uma realidade.
3. Como a mudança
afeta o consumidor?
Essa discussão já
está acontecendo com a indústria do fundo do Rio de Janeiro,
porque há uma sinalização clara do município
do aumento do ISS para o teto de 5%. A indústria está se
manifestando contrária. Em qualquer setor, um aumento de tributação
indireta acaba impactando diretamente a cadeia e os consumidores.
(O Estado de S. Paulo)
Fundos:
Caixa - Afastados podem ser indicados de novo
Partidos dizem que darão
continuidade a indicações políticas no banco, mesmo
com regras mais rígidas, e já discutem substitutos
Partidos já discutem
novos nomes ligados a eles para substituir os vice-presidentes da Caixa
que foram afastados por decisão do presidente Michel Temer por serem
investigados por corrupção e outras irregularidades. Em alguns
casos, não descartam até mesmo indicar o mesmo executivo
que foi afastado.
O líder do PR na
Câmara, deputado José Rocha (BA), confirmou que o partido
avalizou a indicação de Deusdina dos Reis Pereira para a
vaga de vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias e disse que o partido
aguardará o resultado das investigações para decidir
como vai agir. “Vamos aguardar o resultado da apuração, podendo
ser indicada essa mesma pessoa”, disse ao Estadão/Broadcast.
Rocha afirmou que, caso
Deusdina não possa permanecer no posto, o partido vai buscar outros
nomes para assumir o cargo que estejam de acordo com o que estabelece a
Lei das Estatais, sancionada em junho de 2016. A lei estabelece regras
mais rígidas para escolha de dirigentes, como dez anos de atuação
em cargos de empresas do setor ou quatro anos em companhias públicas.
Foram afastados também
por um mês Antônio Carlos Ferreira (Corporativo), José
Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação
Digital) e Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo).
Novo líder do PRB
na Câmara, o deputado Celso Russomano (SP) disse que o partido não
foi responsável pela indicação de Antônio Carlos
Ferreira. Segundo ele, a sigla apenas “avalizou politicamente a permanência
do executivo no cargo”.
Em reservado, parlamentares
de outros partidos lembram que a indicação do próprio
presidente atual da Caixa, Gilberto Occhi, é um precedente para
a continuidade de indicações políticas. O executivo
é funcionário de carreira do banco, mas chegou ao comando
da empresa por indicação política do PP, legenda que
também o indicou como ministro das Cidades durante o governo de
Dilma Rousseff (PT).
Conforme apurou o Estadão/Broadcast,
o MDB seria responsável pela nomeação Roberto Derziê,
vice-presidente de Governo da Caixa. Já o PP, de acordo com a apuração,
teria sido o responsável José Henrique Marques da Cruz, vice-presidente
de Clientes, Negócios e Transformação Digital. A reportagem
não conseguiu contato com o líder da sigla, Arthur Lira (AL).
Previdência
Enquanto uma parte de auxiliares
do presidente tenta minimizar a crise envolvendo o afastamento de vice-presidentes
da Caixa por suspeita de corrupção, alguns interlocutores
do Palácio do Planalto temem que o desgaste em torno do tema tenha
reflexos no núcleo duro do governo e chegue a afetar inclusive a
retomada dos trabalhos do Legislativo, incluindo a reforma da Previdência.
Para esses auxiliares, uma
nova crise é temerária no momento em que Temer se esforça
pela aprovação na mudança das regras de aposentadoria
no Brasil, incluindo a participação em programas populares
de TV, para diminuir a resistência da população em
relação ao tema.
Banco publica portaria para
indicar substitutos
Depois de o presidente Michel
Temer ceder à pressão de procuradores e do Banco Central
para determinar o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa, o banco
divulgou ontem que o presidente Gilberto Occhi assinou portaria para substituir,
por 30 dias, os executivos. “Após os 30 dias, caso haja necessidade,
as designações passam a ser de competência do Conselho
de Administração do banco”, diz o documento.
A Caixa informou que o vice-presidente
de Corporativo, Antônio Carlos Ferreira, será substituído
interinamente pelo diretor de Banco Corporativo, Luiz Gustavo Silva Portela;
a vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias, Deusdina Pereira, pelo
diretor de Fundos de Governo, Valter Gonçalves Nunes; o vice-presidente
de Clientes, Negócios e Transformação Digital, José
Henrique Marques da Cruz, será sucedido pelo diretor de Clientes
e Canais, Ademir Losekann; e no lugar do vice-presidente de Governo, Roberto
Derziê de Sant Anna, entrará o diretor de Serviços
de Governo, Roberto Barros Barreto.
No comunicado, a instituição
informa que "possui uma governança estabelecida em critérios
sólidos (...)". (Igor Gadelha e Carla Araújo
- Agência Estado)
Fundos:
Negado recurso contra liminar que suspende privatização da
Eletrobras
O presidente do Tribunal
Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em Pernambuco, desembargador
federal Manoel Erhardt, indeferiu pedido de suspensão de liminar,
apresentado pela União, para incluir a Eletrobras e suas subsidiárias
no Programa Nacional de Desestatização.
A liminar havia sido concedida
na última quinta-feira (11) pela 6ª Vara Federal da Seção
Judiciária do estado.
Em sua decisão, Manoel
Erhardt diz que "não se visualiza, ao menos por ora, risco iminente
ao insucesso do programa, dado que o próprio cronograma é
algo indefinido”. Na semana passada, o juiz Carlos Kitner, da Justiça
Federal em Pernambuco, concedeu uma liminar para suspender o Artigo 3º
da Medida Provisória 814, de 29 dezembro de 2017, que retirava de
uma das leis do setor elétrico a proibição de privatização
da Eletrobras e de suas subsidiárias.
A ação popular
foi aberta na terça-feira pelo advogado Antônio Accioly Campos.
Ele questionou a revogação, pela MP, do Artigo 31 da Lei
10.848/2014, que excluía a Eletrobras e suas controladas (Furnas,
Companhia Hidroelétrica do São Francisco, Eletronorte, Eletrosul
e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica)
do Programa Nacional de Desestatização. (Agência
Brasi)
Norma
de contabilidade para EFPCs: Audiência pública
O
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e o Conselho Federal
de Contabilidade (CFC) estão recebendo sugestões, por meio
de audiência pública conjunta, para aperfeiçoar a minuta
da nova norma CPC 49. Trata-se de uma norma de pronunciamento técnico
de contabilização dos relatórios de planos de benefícios
de aposentadoria da Entidades Fechadas de Previdência Complementar
(EFPCs) que têm por objetivo a padronização às
regras internacionais.
“A
audiência pública está aberta para sugestões
e contribuições de toda a sociedade civil, inclusive para
os dirigentes e profissionais que atuam na entidades fechadas e consultorias”,
explica Geraldo de Assis Souza Júnior, Coordenador da Comissão
Técnica Nacional de Contabilidade da Abrapp. O especialista lembra
que a Abrapp junto com a Ancep e a Previc já realizaram um amplo
trabalho de revisão e envio de sugestões para aperfeiçoar
a minuta da nova norma.
As
sugestões elaboradas por este grupo de trabalho já foram
incluídas na minuta que foi para a audiência pública
(leia mais). “Já fizemos uma série de sugestões e
observações que foram acatadas pelo Comitê de Pronunciamento
Contábil. Mas agora, é possível enviar novas sugestões
para algum ponto que eventualmente ainda pode ser aperfeiçoado”,
comenta Geraldo de Assis.
Padrões
internacionais - A nova regulação tem o objetivo de padronizar
as normas contábeis locais às regras internacionais - correspondentes
à IAS 26 - Accountin and Reporting by Retirement Benefit Plans.
“Este pronunciamento (CPC 49) considera um plano de benefícios de
aposentadoria como a entidade que reporta separada dos empregadores/instituidores
dos participantes no plano”, diz comunicado. O novo pronunciamento terá
vigência para exercícios sociais que se iniciarem a partir
de 1º de janeiro de 2019.
As
audiência pública receberá sugestões até
o dia 24 de janeiro de 2018
Para
mais informações sobre a audiência. utilize o lik
http://cfc.org.br/tecnica/audiencia-publica
(Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Curso Básico de Previdência Complementar
Autor:
Adacir Reis
Resumo
do Livro: Escrito por um dos maiores especialistas brasileiros na temática
da Previdência Complementar, essa obra oferece um painel completo,
com conceitos jurídicos complexos traduzidos em linguagem clara
e direta, acessível não só aos iniciados no mundo
do Direito, mas também àquelas pessoas que buscam entender
o sistema previdenciário brasileiro de forma global; O autor examina
minuciosamente os pontos fundamentais do regime jurídico da previdência
complementar que, apesar de integrar o sistema previdenciário brasileiro,
tem princípios e comandos específicos e cujo entendimento
torna-se necessário à medida que vêm aumentando os
conflitos judiciais decorrentes da incorreta compreensão do caráter
plurilateral do contrato previdenciário.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Manual
do Conselheiro das EFPCs
Autor:
CERES
Resumo
do Livro: É uma publicação de leitura simples, com
apresentação dos conceitos e fundamentos, com exemplos práticos,
que um gestor precisa conhecer para bem desempenhar a sua função,
nas áreas previstas na legislação: financeira, administrativa,
contábil, jurídica, previdência complementar, fiscalização,
atuarial e auditoria. Escrito por diferentes autores, principalmente pelos
Conselheiros, Dirigentes, Analistas e outros colaboradores da Ceres, visa
a oferecer aos conselheiros de Fundos de Pensão uma síntese
de informações relevantes para o desempenho da função.
Vale lembrar que este Manual insere-se na direção da certificação
de dirigentes determinada pela legislação e associa-se ao
desenvolvimento do Programa de Educação Financeira e Previdenciária,
desde muito estimulada pela Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc), como um processo sistemático de seleção,
indicação, acompanhamento e avaliação dos conselheiros,
em que se valorizam a experiência profissional, o comprometimento
com as estratégias institucionais, a avaliação individual
de desempenho e o aprimoramento técnico continuado, como preconiza
a legislação vigente. Finalmente, espera-se que este Manual
alcance não somente os Conselheiros das EFPC, mas também
os dirigentes, técnicos, formuladores de políticas de previdência
social e demais interessados na gestão de Fundos de Pensão.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Manual
de Práticas e Recomendações aos Dirigentes
Autor:
Aparecida Ribeiro Garcia Pagliarini
Resumo
do Livro: O Manual, de autoria da advogada Aparecida Pagliarini, cujo domínio
do tema é de notório reconhecimento, traz aos dirigentes
e conselheiros uma visão prática acerca de seus papéis,
competências e responsabilidades à luz da interpretação
dos normativos vigentes e das recomendações advindas dos
Guias e orientações do órgão fiscalizador.
A obra cumpre, assim, papel relevante na defesa de dirigentes e conselheiros
em seus atos regulares de gestão ao mesmo tempo, nos revela uma
governança cada vez melhor, essencial para a credibilidade e expansão
da previdência complementar fechada no Brasil.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Fábio
Ramalho: Reforma só deve ser votada em 2019
O presidente em exercício
da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), usou um tom um pouco mais
pessimista que o titular do posto, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao afirmar
nesta quarta-feira que não acredita que a reforma da Previdência
seja votada este ano em plenário. Depois de participar de cerimônia
no Palácio do Planalto de liberação de recursos para
programa de educação em tempo integral, Ramalho declarou
que não houve avanço na quantidade de votos favoráveis
à proposta e que a reforma pode ficar para 2019.
“É muito difícil
(votar em fevereiro) pelas conversas que eu tenho tido, pelas informações
que eu tenho tido. O governo está fazendo seu trabalho, vamos ver
se o governo consegue avançar. Mas, hoje eu posso dizer a você
que avançou muito pouco”, disse Ramalho.
O deputado afirmou que não
houve nenhum aumento no número de votos conquistados pela base aliada
do governo em favor da reforma. Até o fim do ano passado, lideranças
partidárias estimavam que a base tinha em torno de 270 votos pela
reforma e a proposta só é aprovada se tiver o apoio de pelo
menos 308 deputados, em dois turnos de votação.
Para Ramalho, até
fevereiro não há tempo suficiente para convencer os parlamentares
mais resistentes e discutir a reforma com a sociedade. O deputado admite
que a reforma pode ser votada so-mente no ano que vem.
Na terça-feira, Rodrigo
Maia também afirmou, em viagem aos Estados Unidos, que não
tem otimismo sobre a aprovação da reforma em fevereiro e
que se não for votada mês que vem, não será
mais. (Monitor Mercantil)
Votar
Previdência em fevereiro será difícil, diz Fábio
Ramalho
O deputado, que foi alçado
do baixo clero à vice-presidência da Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara
em exercício, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) disse nesta
quarta-feira (17) que o governo não tem os votos para aprovar a
reforma da Previdência e que será muito difícil votar
a proposta até fevereiro deste ano.
Em uma entrevista depois
de cerimônia no Palácio do Planalto, Ramalho, que é
emedebista mas tem um histórico de atritos com o Planalto, disse
que o governo está fazendo suas avaliações, mas acredita
que o Planalto chegará à mesma conclusão, de que não
há votos suficientes.
"Fevereiro não é
a última chance de votar (a Previdência), mas vejo muita dificuldade",
disse. "Eu penso que o governo não vai conseguir os votos. O governo
está fazendo suas avaliações, mas creio que deve chegar
no que pensamos."
"Pelas conversas que estou
tendo acho muito difícil. Avançou muito pouco até
agora", disse Ramalho, que defende ainda uma discussão da Previdência
durante todo este ano para ser votada em 2019. "A discussão não
está madura. É uma discussão para todos os candidatos
(a presidente)", afirmou.
Na terça-feira (16),
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, em Nova York,
também não ver com otimismo a possibilidade da Previdência
ser votada em fevereiro.
Ele fez fortes críticas
a membros do poder público, em especial do judiciário, por
criticarem a reforma da Previdência a fim de "defenderem seus benefícios".
Segundo declarações
do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), porém, não
há "a mínima cogitação" de adiar a votação
da reforma da Previdência para depois de fevereiro, disse ele na
terça.
Sem querer especificar números,
ele admite que o governo "não tem o suficiente" para passar a reforma
na Câmara, "mas teremos em 19 de fevereiro", data prevista para o
tema ir a plenário. Lá, será preciso garantir o apoio
de 308 de 513 deputados. (Agências)
Uma reforma
inadiável
Muito se tem debatido sobre
a necessidade da reforma da Previdência - uma medida essencial para
completar o conjunto de ações levadas a efeito pelo governo
com a aprovação do limite do teto dos gastos da União
e a nova legislação trabalhista. A instabilidade política
fez com que não se conseguisse avançar no enfrentamento desta
gravíssima questão em 2017, ficando a decisão para
este ano, quando congressistas hesitam em apoiar projetos polêmicos
pelo receio de desgaste eleitoral no próximo pleito. O apelo que
se faz aos parlamentares é no sentido de que tenham em conta que
se o déficit da Previdência Social não for estancado
o quanto antes haverá uma inevitável deterioração
do quadro econômico nacional, que recém-esboça uma
leve retomada do crescimento após o País vivenciar a mais
profunda recessão da sua história que levou ao atual nível
de desemprego que atinge 13 milhões de trabalhadores. Para quem
não conhece a verdadeira dimensão do que está em jogo,
basta lembrar que o déficit da nossa Previdência é
da ordem de R$ 500 milhões/dia. Com um dia e meio desse valor seria
possível executar a duplicação da BR-116 entre Guaíba
e Pelotas e com um dia construir a nova ponte do Guaíba. Portanto,
votar contra a reforma é votar contra o Brasil e esta necessidade
está acima de meros interesses de natureza política, constituindo-se
em questão de estado e não de governo. A sociedade cobrará
logo ali adiante a responsabilidade de quem se omitir! Vice-presidente
da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos (Jornal do Comércio)
Reforma
da Previdência
O presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não está muito otimista
quanto à votação da reforma da Previdência conforme
o cronograma estabelecido. Afirmou que, se o governo não conseguir
os votos necessários para aprovar a reforma em fevereiro, a Câmara
não votará mais a proposta. A discussão sobre o tema
está marcada para 5 de fevereiro e a votação, para
o dia 19. O projeto só será aprovado se tiver o apoio mínimo
de 308 dos 513 deputados, em duas votações. Outras Agendas
"Na minha opinião, se não conseguir voto em fevereiro, não
vota mais. Depois, nós vamos ter outras agendas que precisam avançar",
disse Rodrigo Maia, acrescentando que há medidas provisórias
na pauta, além do projeto que restringe o chamado foro privilegiado.
Ministro com empresários O deputado federal gaúcho Mauro
Pereira (PMDB, foto) comemora as reuniões que o ministro da Secretaria
de Governo, Carlos Marun (PMDB) vem fazendo com empresários, buscando
convencê-los da importância do Parlamento aprovar a reforma
da Previdência. Nesta terça-feira ele esteve em São
Paulo, na palestra que o ministro proferiu na Federação das
Indústrias, e disse que "e a receptividade foi a melhor possível".
Segundo o parlamentar, "nós estamos vivendo um momento positivo
com a retomada dos negócios. A reforma da Previdência seria
necessária para dar uma continuidade, e para que os investidores
continuem investido no Brasil", acentuou. Marun otimista Na avaliação
do deputado peemedebista, o ministro Carlos Marun está otimista.
Pereira assinala que "a sociedade, pouco a pouco, vai se conscientizando
que é o mais importante. Pouco a pouco a sociedade está entendendo
que a reforma da Previdência não vai mexer em nada na vida
das pessoas, que já ganham pouco. Pelo contrário, vai ser
uma proteção aos que já estão aposentados,
e não vai mudar nada para o setor da agricultura, não vai
mudar nada no tempo de contribuição, vai continuar os 15
anos", esclareceu. Tirar o privilégio "A reforma da Previdência
visa justamente a tirar os privilégios; ou seja, pessoas que se
aposentam com 30, 38 anos ganhando, 40 mil reais, 38 mil reais", esclarece
Mauro Pereira. "Na opinião do parlamentar, caso não se faça
nada, se não fizermos nada, se não acontecer a reforma, daqui
dois ou três anos não vai se ter mais dinheiro para pagar
os aposentados. E essa é a preocupação do governo."
Prevenção da Violência A presidente nacional do PSDB
Mulher, deputada Yeda Crusius amplia seu trabalho para incluir entre as
prioridades da Câmara dos Deputados o Plano Nacional de Prevenção
da Violência. A pouco mais de duas semanas da retomada das atividades
do Congresso Nacional, Yeda segue trabalhando, convencendo deputados, com
esse objetivo, a partir das 6 horas da manhã. Segundo ela, como
é difícil mudar essa cultura da violência ela tentará
elaborar o plano interagindo com as outras comissões e o governo
federal, acima dos partidos e com apoio da Secretaria da Mulher da Câmara.
(Jornal do Comércio)
MEI
irá gerar desequilíbrio fiscal na Previdência nas próximas
décadas
O programa Microempreendedor
Individual (MEI) chegou a cerca de 7,7 milhões de inscritos no Brasil
em dezembro de 2017, mas com elevada inadimplência. Criada para desburocratizar
e estimular a abertura de pequenos negócios, a medida é analisada
em nota técnica da Carta de Conjuntura nº 38 do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O texto aponta que o MEI irá
gerar relevante desequilíbrio fiscal no âmbito do Regime Geral
de Previdência Social (RGPS) nas próximas décadas.
"Tal desajuste tenderá a ganhar visibilidade apenas quando os beneficiários
do MEI passarem a receber benefícios e, principalmente, começarem
a se aposentar em escala mais expressiva no futuro, pois é um programa
recente, que passou a funcionar de forma efetiva em 2009", prevê
a pesquisa.
Considerando os beneficiários
do MEI que fizeram pelo menos uma contribuição em 2014, o
estudo estima que o programa pode gerar uma necessidade de financiamento
nas contas do RGPS, no período de 2015 a 2060, de R$ 464,7 bilhões
a R$ 608 bilhões, dependendo do cenário de salário
mínimo considerado (R$ 213 bilhões a R$ 272 bilhões
em valor presente). Caso seja também considerado o chamado Plano
Simplificado de Previdência Social (PSPS), o desequilíbrio
para o período de 2015 a 2060 pode ser ainda mais elevado: R$ 927,5
bilhões a R$ 1,179 trilhão (respectivamente, R$ 467,1 bilhões
a R$ 576,6 bilhões em valor presente). A estimativa a partir da
expectativa de sobrevida também reforça o impacto significativo
nas contas do RGPS.
O autor da nota técnica,
Rogério Nagamine, coordenador de Seguridade Social do Ipea, argumenta
que programas tão desequilibrados do ponto de vista atuarial deveriam
ser efetivamente focalizados nos mais pobres. No entanto, o MEI apresenta
inadequada focalização. Ele foi criado por meio da Lei Complementar
n° 128/2008, permitindo a inscrição de microempresários
individuais com faturamento anual máximo de até R$ 36 mil,
posteriormente elevado para R$ 60 mil. Em 2018, o limite de faturamento
aumentou para R$ 81 mil/ano.
"Na prática, está
se dando o benefício previdenciário quase de graça
para trabalhadores que teriam capacidade para contribuir, inclusive, com
planos equilibrados do ponto de vista atuarial. Certamente um trabalhador
que tem um faturamento de R$ 81 mil/ano teria capacidade para contribuir
para a previdência com valor superior a 5% do salário mínimo,
bem como se trata de um nível de renda elevado para os padrões
de renda brasileiros", explica Nagamine no estudo. Pela regra atual do
MEI, as contribuições são de 5% do salário
mínimo.
A nota técnica apresenta
diversas simulações de contribuição e aquisição
do benefício, revelando que, embora tenha sido criado com a intenção
legítima de ampliar a cobertura previdenciária dos trabalhadores
por conta própria, o MEI aumenta desequilíbrios fiscais do
RGPS e pode não ser tão eficiente do ponto de vista social.
Há o risco de migração de empregados com carteira
ou do plano completo (com alíquota de 20%) para o MEI. A escolaridade
do MEI é mais similar à dos empregados com carteira do que
à dos trabalhadores por conta própria que não eram
MEI.
Um dos exemplos é
o caso de uma mulher que tenha cumprido o mínimo de 15 anos de contribuição
e se aposentado pelo MEI aos 60 anos. Ela teria, hoje, uma expectativa
de sobrevida de 23,8 anos, ou seja, passaria mais tempo recebendo aposentadoria
do que contribuindo. Em valores presentes, ela proporcionaria uma arrecadação
de R$ 6,9 mil e teria R$ 135,6 mil de benefício – ou seja, a receita
cobriria apenas 5,1% da despesa.
Em que pese as hipóteses
simplificadas utilizadas nas estimativas, o ponto central, segundo o autor,
é que MEI e PSPS irão gerar desequilíbrios expressivos
nas já desajustadas contas do RGPS. O questionamento por conta de
possíveis efeitos positivos sobre a formalização não
leva em consideração que tal possibilidade também
gera alterações no fluxo das despesas e a possível
migração de emprego com carteira ou do plano completo (com
alíquota de 20%) para MEI, casos em que há perda de arrecadação.
De acordo com o estudo,
embora exista o preceito constitucional de que deveriam ser observados
critérios capazes de preservar o equilíbrio financeiro e
atuarial da Previdência, na prática, a referida norma não
tem evitado medidas populares no curto prazo e que geram profundos desequilíbrios
a médio e longo prazos, com inadequada focalização.
Regularização
até dia 22 de janeiro - Termina no dia 22 de janeiro o prazo para
os MEI regularizarem seus débitos na Receita Federal. Os formalizados
que não fizeram nenhum pagamento dos tributos nos três últimos
anos e que estão com as Declarações Anuais do Simples
Nacional (DASN-Simei) atrasadas poderão ter o CNPJ cancelado a partir
da próxima terça-feira, dia 23.
Para que isso não
aconteça, o MEI deverá quitar alguns dos pagamentos pendentes
entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017 ou entregar uma das declarações
anuais referentes a 2015 ou 2016.
- As baixas dos CNPJs foram
aprovadas pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação
do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios
(CGSIM), vinculado à Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa,
de acordo com a legislação como forma de excluir os cadastros
inativos - explica a assistente do Sebrae Minas Laurana Viana.
Para pagar as contribuições
mensais pendentes, o MEI deverá emitir as Guias de Arrecadações
(DAS) para pagamento. Sobre o valor das guias será acrescido juros
de 1% ao mês, mais taxa Selic, além de multa de 0,33% ao dia,
limitado a 20% do valor a ser pago. Outra forma de regularizar os débitos
é solicitar o parcelamento no site do Simples Nacional.
Já para entregar
as declarações (DASN) anuais atrasadas, o empreendedor deverá
gerar as declarações anuais referentes aos anos em atraso
e pagar uma multa. O valor mínimo é de R$ 50 por declaração
não entregue.
Caso o CNPJ seja cancelado,
ele não poderá ser reativado e o empreendedor passa a ser
um trabalhador informal se continuar exercendo a atividade econômica.
- Se isso ocorrer, o empreendedor
deverá passar novamente por todo o processo de formalização
para que seja gerado um novo CNPJ. Além disso, poderá ter
seu nome incluído na dívida ativa, ou seja, a dívida
ficará em seu CPF e poderá ter dificuldades para realizar
empréstimo, emitir certidões negativas e até mesmo
abrir outra empresa - alerta Laurana. (Monitor Mercantil)
Índice
de reajuste para os que recebem acima do mínimo é de 2,07%
O
teto previdenciário passa a ser de R$ 5.645,80
partir
de 1º de janeiro de 2018, os segurados da Previdência que recebem
acima do salário mínimo terão o benefício reajustado
em 2,07%. O índice foi divulgado em portaria do Ministério
da Fazenda, publicada nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial
da União (DOU). O teto previdenciário passa a ser R$ 5.645,80.
A
portaria também estabelece as novas faixas de contribuição
contribuição do INSS dos trabalhadores empregados, domésticos
e trabalhadores avulsos (veja tabela abaixo). As alíquotas são
de 8% para aqueles que ganham até R$ 1.693,72, de 9% para quem ganha
entre R$ 1.693,73 e R$ 2.822,90 e de 11% para os que ganham entre R$ 2.822,91
e R$ 5.645,80. Essas alíquotas – relativas aos salários pagos
em janeiro – deverão ser recolhidas apenas em fevereiro.
O
valor mínimo dos benefícios pagos pelo INSS – aposentadorias,
auxílio-doença, pensão por morte –, das aposentadorias
dos aeronautas e das pensões especiais pagas às vítimas
da síndrome da talidomida será de R$ 954,00.
Também
terão o valor de R$ 954,00 os benefícios da Lei Orgânica
da Assistência Social (LOAS) para idosos e portadores de deficiência,
para a renda mensal vitalícia e para as pensões especiais
pagas aos dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade
de Caruaru (PE). Já o benefício pago aos seringueiros e seus
dependentes, com base na Lei nº 7.986/89, terá valor de R$
1.908,00.
A
cota do salário-família passa a ser de R$ 45,00 para o segurado
com remuneração mensal não superior a R$ 877,67 e
de R$ 31,71 para o segurado com remuneração mensal superior
a R$ 877,67 e igual ou inferior a R$ 1.319,18.
Os
recolhimentos efetuados em janeiro – relativos aos salários de dezembro
passado – ainda seguem a tabela anterior. (AssCom - Secretaria de
Previdência)
Auxílio-doença
dá revisão para aposentado por idade
Uma
nova determinação da Justiça Federal pode garantir
revisão com pagamento de atrasados para o segurado do INSS que já
recebeu auxílio-doença e, após a alta, teve o pedido
de aposentadoria por idade negado porque o órgão considerou
que ele não tinha carência de 15 anos de contribuição.
De
acordo com a decisão provisória, provocada por uma ação
civil pública do Ministério Público Federal do Rio
de Janeiro, o INSS é obrigado a incluir na carência os benefícios
por incapacidade –auxílio-doença e aposentadoria por invalidez–,
desde que o beneficiário tenha realizado ao menos uma contribuição
após a alta.
A
decisão permite a revisão a segurados que poderiam ter antecipado
a aposentadoria por idade com a contagem do auxílio na carência,
mas foram obrigados a continuar contribuindo até atingir os 15 anos
obrigatórios, segunda a advogada Adriane Bramante, presidente do
IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário). (Clayton
Castelani - Agora S.Paulo)
O
lado bom do gasto da Previdência Social
Existe
um impacto fiscal externo do Regime Geral da Previdência Social (RGPS)
pelo fato dos seus beneficiários usarem os valores recebidos para
o consumo de bens e serviços de que necessitam, ou seja, os recursos
retornam ao mercado, gerando novos tributos. Uma parte são os que
já vão para o próprio RGPS, que não devem ser
considerados, pois o que interessa estimar é o que vai para fora
do RGPS. São compras de bens e serviços que geram tributos
para a União, estados e municípios, que tornam o impacto
fiscal do RGPS positivo historicamente e nas projeções para
anos futuros, afirma o especialista em contas públicas, Amir Khair.
Impacto
dos benefícios na...
No
estudo sobre o “Impacto Fiscal do RGPS”, Amir Khair enfatiza que, embora
a questão das contas do RGPS deva ser avaliada dentro da Seguridade
Social, como estabelecem os artigos 194 e 195 da Constituição,
as análises do mercado financeiro e do governo tratam o impacto
fiscal do RGPS isoladamente, chegando a conclusões de estouro das
contas públicas. “O argumento usado nessas análises é
de que a população idosa cresce mais que a população
em idade laboral e, então, não haverá recursos suficientes
para cobrir as necessidades do RGPS”, comenta.
...economia
precisa ser considerado
Embora
a premissa demográfica esteja correta, segundo Amir Khair, “fato
é que a realidade fiscal não para por a. Como exemplo, ele
cita que entre 1998 e 2014 a população idosa aumentou 78,0%,
mas o déficit continuou em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB);
e que entre 2008 e 2014 a participação de idosos no total
da população passou de 8,8% para 10,5%, ou seja, um aumento
relativo de 19,3%, e o déficit caiu de 1,2% do PIB para 0,7% do
PIB. “O que altera substancialmente o resultado fiscal é o impacto
fiscal externo dos recursos transferidos como benefícios.”
Benefícios
geram consumo e arrecadação
Esses
benefícios pagos a aposentados e pensionistas, “são elevados
e crescentes, não evaporam e não vão para debaixo
do colchão. Atendem as necessidades de seus beneficiários,
ou seja, retornam ao mercado ativando a economia com crescimento e gerando
tributos às três esferas de governo”, ressalta o especialista.
São compras de bens e serviços, que geram ICMS e IPVA aos
estados; IPTU e ISS aos municípios e Imposto de Renda, COFINS, CSLL,
PIS, PASEP, IPI, IOF e outras receitas federais à União”,
explica o especialista.
Superávit
até com baixo crescimento
Essa
receita de impacto fiscal externo se situa entre 4% do PIB para crescimentos
anuais do PIB de 1,5%, e 6% do PIB para crescimentos anuais do PIB de 2,5%.
As projeções do déficit fiscal do RGPS mais o impacto
fiscal externo mostram que no caso de baixo crescimento econômico
(1,5% anual), o maior déficit não ultrapassa 1,34% do PIB.
Basta ter crescimentos anuais acima de 2,2% do PIB que o impacto fiscal
do RGPS será sempre superavitário para as contas públicas,
afirma Khair. Ele não considerou nas premissas das projeções
medidas de combate à sonegação. (DCI)
Dois
meses de demissões
SP
elimina 44 mil empregos na indústria em novembro e dezembro
A
indústria de São Paulo fechou 35 mil postos de trabalho em
2017. Em dezembro, foram eliminadas 33 mil vagas, número pouco menor
que as 35,5 mil vagas fechadas em dezembro de 2016. A tendência é
preocupante, pois até outubro, o nível de emprego na indústria
paulista acumulava a criação de 9 mil postos, saldo que se
tornou negativo nos dois últimos meses do ano.
Ainda
assim, a Fiesp comemora 2017 como o melhor resultado desde 2011, quando
registrou perda de 1.500 empregos. Os dados são da Pesquisa de Nível
de Emprego do Estado de São Paulo, realizada pela Federação
das Indústrias.
A
variação acumulada do ano foi de queda de 1,62%, sem ajuste
sazonal. Já a variação apontada para dezembro de 2017
foi de redução de 1,53% em relação a novembro,
também sem ajuste sazo-nal. Entre 2014 e 2016, foram fechadas, em
média, 173 mil vagas por ano.
O
vice-presidente e diretor titular do Departamento de Competitividade e
Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, acredita
que serão gerados 20 mil postos de trabalho na ma-nufatura no estado
até o final deste ano.
Na
análise por setor, a pesquisa apontou que, das 22 áreas avaliadas,
17 tiveram resultado negativo em relação ao emprego neste
ano, quatro tiveram desempenho positivo, e uma ficou estável.
Das
36 regiões do estado consideradas na pesquisa, oito tiveram desempenho
positivo em relação ao emprego, e 28 ficaram negativas.
(Monitor Mercantil)
O
emprego formal desaparece
A
pobreza e a desigualdade avançam
Desde
2014, o Brasil perde 1 milhão de postos de trabalho com carteira
assinada por ano. Em dois anos, ganhou 8,6 milhões de miseráveis
O
País encerrou 2016 com 24,8 milhões de brasileiros vivendo
com menos de um quarto de salário mínimo
A
inflação oficial do País fechou 2017 em 2,95%, a menor
alta anual desde 1998 e abaixo do piso da meta estabelecida pelo próprio
governo. Após a divulgação dos resultados pelo IBGE,
na quarta-feira 10, os palacianos anteviram um próspero período
de juros baixos e de recomposição do poder de compra do trabalhador.
“Na
verdade, a inflação em um patamar tão baixo é
mais um sintoma da depressão que vivemos, da forte retração
da demanda. Atribui-se o feito à safra agrícola recorde,
mas parecem subestimar os efeitos dos sucessivos aumentos no preço
da eletricidade, dos combustíveis e do gás de cozinha, estes
últimos controlados pelo governo”, alerta João Sicsú,
professor do Instituto de Economia da UFRJ e ex-diretor de Estudos Macroeconômicos
do Ipea.
“Em
2015 e 2016, o Brasil perdeu 7,2% de seu PIB. A economia recuou seis anos,
para o mesmo patamar que tinha no segundo semestre de 2010”, observa o
economista. “É possível que tenha recuperado um ponto porcentual
no ano passado, mas ninguém sabe com exatidão se existe uma
recuperação. O mais provável é que seja apenas
um suspiro de quem bateu no fundo do poço.”
Para
2018, os analistas do mercado vendem um cenário otimista. De acordo
com o Boletim Focus, pesquisa feita pelo Banco Central com mais de cem
instituições financeiras, projeta-se um crescimento do PIB
da ordem de 2,69%, com uma inflação de 3,95%. Em outubro,
o Fundo Monetário Internacional trabalhava com projeções
mais conservadoras, prevendo uma expansão de 1,5% do PIB até
o fim do ano. Ainda que o bolo volte a crescer, não há o
mais pálido sinal de que será repartido com o conjunto da
sociedade. Ao contrário, os indicadores acenam para um aumento da
concentração de renda e dos níveis de pobreza.
A
Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE, divulgada em dezembro,
revela um expressivo aumento do número de pobres e miseráveis.
O Brasil encerrou 2016 com 24,8 milhões de cidadãos, 12,1%
da população, vivendo com menos de um quarto de salário
mínimo, o equivalente a 220 reais. O resultado representa um crescimento
superior a 50% em apenas dois anos. No fim de 2014, quando a crise econômica
esboçava os primeiros sinais, havia 16,2 milhões de brasileiros
com essa faixa de renda, usada pelo Ipea para designar os “extremamente
pobres” e empregada pelo governo federal como critério para a concessão
do Benefício de Prestação Continuada (BPC) aos idosos
em situação de miséria.
De
acordo com a linha de extrema pobreza estabelecida pelo Banco Mundial,
mais usada para comparações internacionais, 13,4 milhões
de brasileiros, 6,5% do total, vivia com menos de 1,90 dólar por
dia (cerca de 133 reais mensais) no fim de 2016. E um quarto da população
possuía renda inferior a 5,50 dólares por dia (387 reais
por mês), faixa de renda usada pela instituição para
definir um nível menos agudo de indigência. Devido às
recentes atualizações de valores nas linhas de pobreza do
Banco Mundial, o estudo do IBGE não permite comparações
com os anos anteriores.
Ex-ministra
do Desenvolvimento Social, a economista Tereza Campello refez os cálculos
com base na linha de corte anterior, de 1,25 dólar por dia para
definir quem vive na miséria, e identificou alta expressiva. “Por
esse critério, a extrema pobreza avançou de 2,5%, em 2014,
para 4,9% em 2016. Retrocedemos ao patamar de dez anos atrás”, lamenta.
“Para agravar o problema, difundiu-se um falacioso diagnóstico,
a atribuir a crise à suposta elevação dos gastos públicos,
sobretudo na área social. É mentira. Essas despesas não
aumentaram nos últimos anos, o que houve foi uma brutal redução
das receitas. O problema está na arrecadação.”
Em
vez de ampliar a rede de proteção social, indispensável
para amparar os desvalidos em tempos de crise, o governo empenhou-se em
reduzi-la. A política de austeridade fiscal, iniciada pelo ministro
Joaquim Levy no segundo mandato de Dilma Rousseff e aprofundada por Henrique
Meirelles no governo de Michel Temer contribuiu decisivamente para a regressão
social.
Um
levantamento realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos
(Inesc), em parceria com a Oxfam Brasil e o Centro para os Direitos Econômicos
e Sociais, revela queda de até 83% em políticas voltadas
à área social nos últimos três anos. De acordo
com o estudo, a área que mais perdeu recursos desde 2014 foi a de
direitos da juventude, com queda de 83% nos investimentos.
Em
segundo lugar, vêm os gastos com programas voltados à segurança
alimentar, reduzidos em 76%. A área de moradia digna sofreu perdas
de 62%, assim como a de Defesa dos Direitos Humanos de Crianças
e Adolescentes. A Promoção da Igualdade Racial sofreu uma
redução de 60% e os programas para mulheres, 53%. Um dos
exemplos citados pelos pesquisadores é a queda significativa no
Programa de Aquisição de Alimentos do governo federal, com
perdas de 69% em três anos. O estudo alerta para a “ameaça
de um retorno da forme e da desnutrição”.
O
desemprego massivo é, possivelmente, a maior fonte de angústia
do brasileiro. Embora o governo se apresse em anunciar a reativação
do mercado de trabalho, a verdade é que Temer nem sequer conseguiu
suprir as vagas perdidas durante a sua gestão. Em maio de 2016,
quando foi alçado ao poder sem voto, em meio ao golpe branco deflagrado
no Parlamento, a taxa de desocupação atingia 11,2% da população
economicamente ativa, um total de 11,4 milhões de cidadãos
sem emprego. O problema atingiu o ápice no primeiro trimestre de
2017, quando o País somava 14,2 milhões de desempregados,
13,7% do total. Em novembro passado, a taxa de desocupação
alcançava 12%, algo em torno de 12,6 milhões de brasileiros.
Os dados são da Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE.
Curiosamente,
em novembro, primeiro mês de vigência da reforma trabalhista,
o Brasil fechou 12.292 vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Em dezembro, é comum
haver um maior número de demissões, como consequência
do encerramento de contratos de trabalho temporário para o comércio
no período do Natal. Novembro não tem, porém, esse
caráter sazonal. Essa oscilação negativa recomenda
prudência ao falar da suposta reativação do mercado
de trabalho”, observa José Dari Krein, professor do Instituto de
Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia
do Trabalho (Cesit).
Na
realidade, os números revelam um processo de desaparecimento do
emprego formal. Desde 2014, o País perde, em média, 1 milhão
de postos com carteira assinada por ano, segundo a Pnad Contínua
do IBGE. Além da retração da atividade econômica,
a redução dos postos formais pode ter sido intensificada
com a sinalização política de Temer, a considerar
as regras trabalhistas excessivas e passíveis de flexibilização,
diz Krein. “Diante desse aceno, os agentes econômicos sentiram-se
à vontade para optar pelas formas mais baratas de contratação,
antes mesmo de a reforma ser aprovada.”
Em
vez de induzir à formalização, a reforma de Temer
contribui para desestruturar o mercado, emenda o especialista. “A pejotização
e o trabalho intermitente devem avançar, sobretudo, sobre o emprego
formal”, avalia o economista da Unicamp, antes de citar o “didático
exemplo do Grupo Estácio”. Em dezembro, instituição
de ensino superior confirmou a demissão de 1,2 mil professores e
anunciou a criação de um “cadastro de reserva”, para atender
“possíveis demandas”. “Provavelmente, serão contratados docentes
intermitentes, que vão receber por hora, e menos.”
Diante
desse cenário, a insistência de Temer em nomear a deputada
Cristiane Brasil como ministra do Trabalho só revela o descaso do
presidente ilegítimo com a área. Desde o primeiro momento,
ele transformou a pasta em um feudo do PTB. Sua primeira escolha foi o
deputado Ronaldo Nogueira. Além de tramar o desmonte da Consolidação
das Leis do Trabalho, que teve mais de cem artigos alterados, ele se notabilizou
ao editar a portaria que afrouxou a repressão ao trabalho escravo,
ao cabo revogada. Investigado pela Controladoria-Geral da União
por supostas fraudes em um contrato de prestação de serviços
de tecnologia, abandonou o governo no apagar das luzes de 2017.
O
PTB indicou um deputado do Maranhão para substituí-lo, mas
o nome acabou vetado pelo ex-presidente José Sarney. Temer chamou,
então, o presidente do partido, Roberto Jefferson, delator do “mensalão”
e condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, para oferecer
o cargo à sua filha. “Tínhamos três nomes em mente.
No meio da conversa, o presidente me indagou: e por que não a Cristiane?
Ela é experimentada, foi secretária municipal de diversos
governos”, contou Jefferson. “Tenho que ligar para ela, porque ela é
candidata. Fiz isso e ela, prontamente, respondeu: papai, eu aceito”.
Em
resposta a uma ação popular, o juiz Leonardo da Costa Couceiro,
da 4ª Vara Federal Criminal de Niterói, concedeu uma liminar
para impedir a posse de Cristiane, após a revelação
de que ela foi condenada a pagar 60 mil reais por dívidas trabalhistas
com dois ex-motoristas. Segundo o magistrado, o ato configura um “desrespeito
à Constituição no que se refere à moralidade
administrativa”. Ao julgar um recurso apresentado pela deputada, Vladimir
Santos Vitovsky, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
manteve a decisão. O caso segue sub judice, enquanto a parlamentar
é alvo de novas denúncias, por usar verbas da Câmara
para pagar serviços de uma locadora de veículos, aparentemente
uma empresa fantasma, ligada a uma funcionária de seu gabinete.
Para
os trabalhadores, a nomeação de uma ministra com esse invejável
currículo só aumenta o desalento. Há três anos,
o rendimento médio mensal está estagnado. No trimestre encerrado
em novembro de 2017, estava em 2.142 reais, exatamente o mesmo valor auferido
pelo IBGE no fim de 2014. Com a legalização de contratos
precários de trabalho e a liberação das terceirizações,
o valor pode despencar, alerta o sociólogo Clemente Ganz Lúcio,
diretor técnico do Dieese. “O empregado pode se ver forçado
a virar um microempreendedor, assumindo todo o ônus da atividade
empresarial, ou mesmo ter a mão de obra intermediada por uma prestadora
de serviços, que certamente vai reduzir os benefícios e achatar
os salários para garantir a sua margem de lucro.”
De
acordo com o especialista, o Brasil vive um dramático processo de
desindustrialização e de queda do nível de emprego
na agricultura, em razão do crescente processo de mecanização
do campo. Esses dois fenômenos levaram a uma transição
prematura da sociedade industrial para o setor de serviços, que
ainda tem uma base frágil, de micro e pequenas empresas, na qual
prevalece o trabalho precário e informal, explica Ganz Lúcio.
“Com
a desnacionalização da sua base produtiva, o Brasil corre
o risco de se converter em uma plataforma primário-exportadora e
de produção de bens e serviços de baixo valor agregado.
Nesse sentido, a precarização do trabalho é vista
por muitos agentes econômicos como fator de redução
de custos”, afirma o diretor do Dieese. Esse “retorno à condição
de colônia”, como resume o economista João Sicsú, traz
um custo social elevadíssimo. “De forma errática, a economia
deve crescer toda vez que a demanda internacional estiver aquecida. No
entanto, enquanto abrir mão de um projeto de desenvolvimento capaz
de beneficiar um número maior de cidadãos, o Brasil estará
fadado a conviver com alarmantes índices de desigualdade e pobreza”,
acrescenta Ganz Lúcio.
Décimo
país mais desigual do mundo, em companhia de Suazilândia,
a menor nação da África, o Brasil continua a concentrar
renda. Um levantamento da Tendências Consultoria mostra que a massa
de rendimentos do trabalho no “topo da pirâmide” cresceu 10,3% no
primeiro semestre de 2017, na comparação com o mesmo período
do ano anterior. O desempenho é muito superior à tímida
recuperação das classes B (+0,69%) e C (+1,06%). Os mais
pobres, das classes D e E, apresentaram perda de 3,15%.
O
cenário é ainda mais dramático diante do desmonte
da rede de proteção social. Em dezembro, a Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura
(FAO) estimou a existência de 7 milhões pobres no País
que não recebem nenhum tipo de assistência social. “Se o Brasil
não voltar a crescer de forma sustentada e não tiver um revigoramento
do mercado de trabalho, simultaneamente a uma correção nos
valores de transferência de renda, corremos o risco de voltar ao
Mapa da Fome”, alertou, à época, o brasileiro José
Graziano da Silva, diretor da FAO.
Na
contramão das recomendações, os valores estão
defasados. O salário mínimo teve um reajuste abaixo da inflação,
o que deve comprometer a renda dos pobres que recebem BPC e aposentadoria,
sobretudo no campo. Em 2017, Temer desistiu de reajustar os valores pagos
pelo Bolsa Família, que terá um orçamento 11% inferior
neste ano.
Não
bastasse, vez por outra o Ministério do Desenvolvimento Social faz
uma auditoria para apurar supostas irregularidades e suspende o pagamento
a milhões de pessoas, para depois voltar a incluí-las no
cadastro. Em dezembro passado, o programa beneficiou 13,8 milhões
de famílias, mesmo número que havia em 2014. “O crescimento
do desemprego, a precarização do trabalho e o salário
mínimo menor do que a inflação exigiria o aumento
da cobertura. Em vez disso, temos o mesmo número de assistidos de
três anos atrás, quando vivíamos em uma situação
de pleno emprego”, critica a ex-ministra Campello.
Ex-chefe
da Diretoria de Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão
de Castro observa um consistente processo de pauperização.
“As principais fontes de rendimento da população mais vulnerável
advêm do mercado de trabalho, das transferências de renda e
da economia familiar. Em todas essas áreas, os mais pobres acumulam
perdas. A redução das verbas para o Programa de Aquisição
de Alimentos atinge em cheio os pequenos produtores rurais”, exemplifica.
“O avanço da pobreza e da violência urbana já é
perceptível, não há como ignorar. No entanto, a sociedade
ainda parece não ter percebido que a maior parte das recentes escolhas
políticas contribui para agravar esses problemas.”
O
economista João Sicsú observa ainda que a sociedade americana
só conseguiu se recuperar da Grande Depressão quando o Estado
voltou a investir pesadamente em grandes obras de infraestrutura. “Infelizmente,
não temos nenhum plano de retomada dos investimentos públicos.
Ao contrário, o governo só pensa em cortar despesas, o que
contribui para reduzir ainda mais a demanda. Não poderíamos
ter uma receita mais depressiva, para a economia e para todos nós”.
(Rodrigo Martins Carta Capital)
2018
é o ano de poupar dinheiro
O
ano novo chegou e, com ele, o momento de colocar em prática as metas
da virada, como entrar em uma academia, fazer dieta e, a mais popular,
guardar dinheiro. Porém, quando se fala em economizar, esta é
a resolução mais difícil, pois além das faturas
que mostram o descontrole financeiro na despedida do ano velho, começam
a chegar os boletos de IPVA, IPTU, uniforme e material escolar e mais diversas
despesas que nos atingem logo em janeiro.
Não
ter controle das finanças é uma característica muito
comum entre os brasileiros. Uma referência que confirma este fato
é o estudo “Retrospectiva 2017 e Expectativas 2018 dos Consumidores”,
encomendada pelo CNDL e pelo SPC Brasil, no qual 41,5% dos entrevistados
afirmaram que suas finanças pessoais pioraram no último ano,
enquanto 37,1% a consideraram estável. No total, apenas uma pequena
parcela (20,4%) respondeu que houve melhora.
Além
disso, a pesquisa também revela que os brasileiros mudaram o comportamento
nos últimos dois anos para manter um padrão de vida confortável,
destacando que quatro em cada dez entrevistados afirmam terem sido obrigados
a abrir mão de itens e serviços aos quais tinham acesso em
épocas anteriores, como refeições fora de casa e a
compra de itens de vestuário. Isso é reflexo da instabilidade
econômica vivenciada nos últimos anos no Brasil e, em momentos
de pouco crédito e juros altos, é preciso muita cautela na
hora de utilizar as famosas - e temidas - facilidades como cartões
e crediário. Por isso, o conselho mais importante é: planejar,
e, de preferência, com antecedência.
Pra
começar, o ideal é pensar que isso não é um
bicho de sete cabeças. Adotar hábitos simples, como uma planilha
ou um controle de gastos fixos mensais, e implementar prazos para conquistar
os objetivos é útil e ajuda a evitar gastos desnecessários
no dia a dia. Com o conhecimento do que entra e sai da sua conta, é
possível planejar desde aquela sonhada viagem até mesmo a
troca de um smartphone.
Investir
é a palavra do ano de 2018, mas planejar é a premissa básica.
As mudanças de hábitos impostas pela recessão podem
ser adaptadas para permitirem um ou outro gasto extra, mas é importante
sempre priorizar planos criados a médio e longo prazos. Se você
quer alcançar um grande sonho na sua vida, nada melhor do que se
precaver e já começar a poupar agora para curtir o que quiser
para o futuro. (Raphael Swierczynski - Bem Paraná)
Relatório
de Riscos Globais 2018
Questões
ambientais geram as maiores preocupações, mas confrontações
políticas ou econômicas entre grandes potências também
devem aumentar
O
Forum Econômico Mundial, instituição sem fins lucrativos
que reúne anualmente, em Davos, na Suíça, as principais
lideranças empresariais e políticas para discutir as questões
mais urgentes enfrentadas mundialmente, terá sua edição
de 2018 realizada entre 23 e 26 de janeiro.
Adiantando-se
ao evento, eles acabam de divulgar o "Relatório de Riscos Glogais
2018", que servirá de subsídio para as discussões
que serão realizadas. O documento, cuja formulação
conta com a colaboração de especialistas e tomadores de decisão
de todo o mundo, busca identificar e analizar os riscos econômicos,
geopolíticos, sociais, tecnológicos e ambientais mais prementes
para os sistemas globais em que se baseiam as sociedade, cada vez mais
pressionados pelo aprofundamento das interconexões desses riscos.
Nesta
edição, o relatório cobre uma grande quantidade de
riscos, mas centra-se, em particular, em quatro áreas-chave: degradação
ambiental, violações da cibersegurança, tensões
econômicas e tensões geopolíticas. O documento ainda
busca dimensionar o impacto que 30 riscos globais podem ter ao longo dos
próximos dez anos, com predominância para os riscos ambientais
e cibernéticos, mas sem deixar de apontar preocupações
em relação às tensões geopolíticas.
As
confrontações políticas ou econômicas entre
grandes potências, de acordo com 93% dos entrevistados, devem piorar
em 2018 e, de acordo com 80% dos ouvidos, deve haver um aumento dos riscos
associados a guerra envolvendo grandes potências.
uestão
ambiental que mais preocupa essas lideranças em termos de probabilidade
e impacto, com destaque para cinco riscos ambientais: clima extremo; perda
de biodiversidade e colapso do ecossistema; grandes desastres naturais;
destruição ambiental causada pelo homem; e o fracasso da
mitigação e adaptação à mudança
climática.
"Infelizmente,
atualmente observamos uma resposta muito pequena e muito lenta por parte
dos governos e organizações para as principais tendências,
como as mudanças climáticas. Ainda não é tarde
demais para construir um amanhã mais resiliente, mas precisamos
agir com um forte senso de urgência para evitar o potencial colapso
do sistema", afirmou o chefe do escritório de Riscos do Grupo Rurich
de Seguros, Alison Martin.
De
acordo com o Relatório, as ameaças cibernéticas também
estão crescendo em proeminência, com o aumento da dependência
cibernética sendo classificada como o segundo fator mais significativo
a moldar a paisagem de riscos globais nos próximos 10 anos e os
ciberataques em larga escala sendo o terceiro maior fator de risco.
Por
outro lado, segundo o relatório, a perspectiva de um forte crescimento
econômico em 2018 apresenta aos líderes uma oportunidade de
ouro para abordar sinais de fraqueza severa em muitos dos sistemas complexos
que sustentam nosso mundo, como sociedades, economias, relações
internacionais e meio Ambiente. Essa é, então, a mensagem
chave do Relatório de Riscos Globais 2018.
"Uma
expansão da recuperação econômica nos favorece
com uma oportunidade que não podemos dar ao luxo de desperdiçar
para combater as fraturas que enfraquecem as instituições,
as sociedades e o meio ambiente do mundo. Devemos levar a sério
o risco de uma quebra de sistemas globais. Juntos, temos os recursos e
o conhecimento científico e tecnológico para evitar isso.
Acima de tudo, o desafio é encontrar a vontade e impulso para trabalhar
em conjunto para um futuro compartilhado", disse o professor Klaus Schwab,
fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial.
Por
fim, o documento deste ano apresenta 10 cenários possíveis
visando estimular a reflexão de líderes mundiais a respeito
de potenciais choques futuros que podem perturbar rápida e radicalmente
o mundo. São eles:
Colheita
sombria: falhas simultâneas na cesta básica ameaçam
a suficiência do abastecimento global de alimentos;
Uma
rede emaranhada: ‘ervas daninhas’ de Inteligência Artificial proliferam
e estrangulam a internet;
A
morte do comércio: a cascata das guerras comerciais sem a presença
de instituições multilaterais fortes para responder;
Deformações
da democracia: novas ondas de populismo ameaçam a ordem social em
uma ou mais democracias maduras;
Precisão
da extinção: navios-drones pilotados por inteligência
artificial levam a pesca ilegal para novos - e ainda mais insustentáveis
- níveis;
No
abismo: outra crise financeira supera as respostas políticas e desencadeia
o período do caos;
Inequidade
ingerida: bioengenharia e cognição - drogas fortalecedoras
abalam o fosso entre os ricos e destituídos;
Guerra
sem regras: conflitos Estado-Estado aumentam de forma imprevisível
na ausência de regras de guerra cibernéticas acordadas;
Identidade
geopolítica: em meio ao fluxo geopolítico, a identidade nacional
se torna uma fonte crescente de tensão em torno de fronteiras contestadas
Isolamento:
cyberataques protecionismo e divergências regulatórias levam
à balcanização da internet.
Para
baixar a versão completa do Relatório de Riscos Glogais 2018
(em inglês) utilize o link
http://www3.weforum.org/docs/WEF_GRR18_Report.pdf
(CNseg)
A
economia brasileira em 2018: agora vai?
O
crescimento projetado para o PIB em 2017, mesmo que de apenas 1%, tem sido
largamente comemorado por analistas consultados pelos meios de comunicação
e saudado como indicativo do início da tão aguardada recuperação
da economia após dois anos de recessão aguda.
Nessa
visão, a recuperação se consolidaria em 2018, apoiada
no aumento do consumo derivado da queda do desemprego e da baixa inflação,
e na retomada dos investimentos resultante do aumento da confiança
dos empresários, da queda nos juros e da expansão das concessões
no setor de infraestrutura. A despeito de sua ampla difusão, tanto
a avaliação positiva do que ocorreu em 2017 como a previsão
otimista para 2018 são no mínimo questionáveis.
No
caso de 2017, não apenas a expansão do PIB, “indício”
da retomada, é extremamente baixa, especialmente considerando a
base profundamente deprimida da qual partiu, como é o produto direto
de três eventos singulares sem a ocorrência dos quais a avaliação
seria totalmente diferente (Emilio Chernavsky - GGN)
O
que espera pelos empresários em 2018
A
nova lei trabalhista brasileira (Lei nº 13.497, de 13/07/2017),
que entrou em vigor em novembro do ano passado, alterou diversos dispositivos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A reforma trabalhista
sancionada pelo presidente Michel Temer propõe mudanças na
relação entre patrão e empregado, como fatiamento
de férias, horas extras e novos tipos de jornada de trabalho.
A
lei também provoca importantes impactos às Micro e Pequenas
Empresas (MPE). Segundo Haroldo Araújo, analista do Sebrae Minas,
o novo texto da lei permite maior flexibilização nas
relações de trabalho, ao possibilitar que o acordado entre
as partes, para atender às demandas específicas de cada negócio,
se sobreponha ao legislado. “Esse avanço nas relações
de trabalho é fundamental para atender a necessidade de adaptação
mais ágil das empresas às mudanças do mercado”,
enfatiza o especialista.
O
rompimento com o modelo de relação capital x trabalho é
outro marco da nova lei. “Não faz sentido, na sociedade ‘do conhecimento’
em que vivemos, manter as proteções da sociedade industrial.
A produção intelectual requer relações mais
flexíveis”, avalia Araújo.
Nesse
sentido, um dos avanços da nova lei está na ampliação
dos modelos de contratação, por meio de terceirização,
trabalho intermitente e trabalho em casa. Essas regras beneficiam
diretamente as MPE, principalmente as que atuam nas áreas e
atividades, como negócios da internet: regulamentação
do trabalho em casa, reduzindo assim a estrutura da empresa; e manutenção
em geral: regulação do trabalho intermitente, reduzindo
custos fixos ao permitir a remuneração por trabalhos
executados.
A
ampliação das possibilidades de terceirização
é um dos principais ganhos para as empresas dentro da nova lei trabalhista.
“A terceirização é fator de flexibilidade no mercado
do conhecimento”, pontua Araújo. Essa modalidade de contratação,
segundo o especialista, abre um leque imenso para as MPE, que por
terem estrutura mais enxuta conseguem ser mais ágeis nas operações.
Para
o especialista, a nova lei apenas ratifica uma evolução natural
do mercado. “É cada vez mais importante ter um negcio com um conceito
inovador. Isso diferencia de fato uma marca, pois tudo que for relacionado
à execução de processos pode ser facilmente apropriado
e, por que não, terceirizado, sem prejuzo para a empresa ou o trabalhador”,
alerta Araújo.
Outras
mudanças previstas na nova lei trabalhista são divisão
das férias em até três períodos; rescisão
do contrato em comum acordo entre as partes, com redução
de multa; a descaracterização como remuneração
do tempo de deslocamento do trabalhador. “Esses ajustes contribuem
para a redução dos custos diretos das empresas, o que
somado com as flexibilizações nas relações
de trabalho, pode representar um importante diferencial estratégico
no mercado”, avalia o especialista do Sebrae Minas.
ENTREVISTA
COM IGOR MONTENEGRO OTTO:
Diário
da Manhã: Para começar, como estão as expectativas
para 2018, em geral, por parte das empresas, mais especificamente as de
pequeno porte?
Igor
Montenegro: O Sebrae tem pesquisado entre os micro e pequeno empresários
quanto às expectativas para 2018 e, embora elas ainda estejam
abaixo do período pré-crise, a confiança do empresário
tem melhorado gradualmente. Isso é importante porque a partir disso
ele começa a pensar em acessar crédito, pensa em fazer investimentos,
acessar crédito para capital de giro, começa a iniciar novas
contratações para alguma ação de crescimento
de mercado, entre outras coisas que envolvem a busca pela evolução
do próprio negócio. Então o Índice de
confiança é bastante importante porque é um dos
principais, senão o principal, indicador para o apetite pelo risco
entre os pequenos negócios.
DM:
Não só a reforma trabalhista, que já vigora desde
novembro, que mudará a dinâmica de mercado neste ano. Novas
mudanças que podem favorecer empresários também aconteceram
e, dentre elas, quais seriam as principais?
IM:
A novidade que mais causou impacto e tem beneficiado milhares
de empresários foi a mudança na legislação
do regime do Simples. O Simples é um regime de simplificação
tributria que reduziu as obrigações e burocracias para os
pequenos negócios, e também estabeleceu as faixas de pequenos
negócios e as tributações sobre esses negcios. São
faixas mais acessíveis e que acabou criando a figura do empreendedor
individual, do micro e do pequeno empresário. Então a mudança
no regime foi de ampliação dessa faixa de faturamento
dos pequenos negcios dentro Simples, mudança esta que aconteceu
no ano passado. O faturamento limite agora para uma empresa participar
do Simples é de R$ 4,8 milhões/ano, o equivalente a R$ 400
mil de faturamento mensal. Antes, esse limite era de R$ 3,6 milhões/ano,
R$ 100 mil a menos ao mês. Essa medida foi bastante significativa
porque agora vários empresários de médio porte,
que antes se inseriam no regime tributrio convencional, popularmente conhecido
como “Complicado”, agora estão no Simples. A vantagem disso
é que os empresários, agora, poderão investir a diferença
que tinham para pagar os impostos no próprio negócio, na
própria atividade econômica.
DM:
A figura dos empreendedores individuais também tem ganhado força
nesses últimos anos…
IM:
Sim número de empreendedores individuais ultrapassou a metade
do número de empreendedores do país, o que se expressa
não apenas como um número bastante significativo para
o mercado, como também representa um marco, tendo em vista
que há dez anos atrás essa figura não existia.
Quem tinha o próprio negócio vivia na ilegalidade e
estava vulnerável a qualquer das intempéries do mercado,
ou de algum acontecimento pessoal que impediria a continuidade das
suas atividades.
DM:
Antes os chamados empreendedores individuais não viam vantagens
para se formalizar por conta de não quererem tirar parte da sua
renda para pagar impostos e lidar com toda a burocracia que vem com todo
o pacote. Por que o empreendedor individual deve formalizar seu negócio?
IM:
O principal motivo é a proteção social. Com a formalização,
o empreendedor passa ter previdência social, ou seja, pode se aposentar,
tem direito à pensão por morte, seguro em caso de acidente
no trabalho. Um exemplo: você é um empreendedor individual,
e está numa moto e sofre um acidente de trânsito. É
seu único trabalho, sua única fonte de renda, mas você
precisa ficar em repouso por três meses para se recuperar dos ferimentos
até poder voltar a trabalhar de novo. Se já é difícil
passar um mês sem qualquer fonte de renda, imagine o que é
passar por três. Então com a formalização o
empreendedor é amparado pela previdência social. Se num acidente
como esse ele acabar morrendo, sua família estará protegida.
Outra razão é o baixo valor de tributação,
porque é específico ao empreendedor individual, e é
um valor fixo, além de isenção de tributos federais,
estaduais, é possível emitir nota fiscal, ou seja, a única
taxa é a do MEI (Microempreendedor individual), que são
os custos com a previdência e uma taxa cobrada pelo município,
custa R$ 53,70 por mês. Sem falar nas linhas de créditos bancários,
porque os juros para pessoas jurídicas são mais baixos
do que para pessoas físicas. Em resumo, só existem vantagens
para sair da informalidade.
O
Sebrae tem pesquisado entre os micro e pequeno empresários quanto
às expectativas para 2018 e, embora elas ainda estejam abaixo do
período pré-crise, a confiança do empresário
tem melhorado gradualmente” (Pedro L. Macêdo -Diário
da Manhã)
Rebaixamento
de nota da S&P agora agrada a analistas
No
primeiro rebaixamento por uma agência de classificação
de risco desde o início do governo Temer, a S&P reduziu, na
quinta (11), a nota de crédito da dívida do Brasil de BB
para BB-, colocando-a três degraus abaixo do grau de investimento.
Em
sua justificativa, a S&P chamou a atenção para "o fraco
apoio da classe política do país para implementar uma legislação
significativa para corrigir em tempo hábil a piora fiscal".
Curiosamente,
a notícia foi recebida com relativa tranquilidade no governo e até
algum otimismo entre analistas econômicos. No título de uma
notícia do UOL, leu-se: "S&P faz favor ao governo e pressiona
Congresso por reforma, dizem analistas".
O
deficit elevado, a dívida fora de controle e a recuperação
lenta da economia parecem não ter mais nenhuma importância
diante do que se tornou o centro do debate econômico no país:
uma reforma da Previdência cuja economia gerada não seria
sequer suficiente para viabilizar o cumprimento do teto de gastos públicos
no ano que vem.
Mas
a tolerância maior e a consequente mudança de foco não
se deram apenas entre analistas econômicos brasileiros, mas também
na atuação das agências de classificação
de risco.
Mesmo
com a revisão das metas fiscais dos próximos quatro anos
—que adiaram para 2021 qualquer previsão de superavit—, a própria
S&P havia optado em agosto do ano passado por manter a nota do Brasil,
enfatizando "o cenário político (...) um pouco mais estável".
O
aumento do deficit primário de 1,9% para 2,5% do PIB entre 2015
e 2016 também não tinha causado rebaixamento.
"A
atual nota de crédito reflete a visão de que as instituições
políticas do Brasil estão consolidadas e oferecem uma base
importante para a estabilidade econômica, apesar de as investigações
de corrupção, que atingem nomes do alto escalão político
e companhias públicas e privadas, agravarem as incertezas de médio
prazo", justificou a S&P em fevereiro de 2017.
O
governo Dilma não contou com a mesma paciência. Antes mesmo
do início da crise, em março de 2014, a nota do Brasil caiu
de BBB para BBB-.
"Os
sinais ainda não são claros quanto às políticas
que serão utilizadas para estabilizar a situação fiscal
(...). Será difícil atingir a meta de superavit primário
de 1,9% sem que se recorra, em nossa visão, a ajustes pontuais",
informou a S&P.
Os
vultosos cortes no Orçamento na gestão de Joaquim Levy na
Fazenda tampouco serviram para evitar a perda de grau de investimento,
em setembro de 2015. Na justificativa para a redução da nota
de BBB- para BB+, a S&P culpou "a falta de coesão" na equipe
de Dilma.
"O
corte da nota de crédito apenas tornou oficial uma situação
já estabelecida na prática: aos olhos dos investidores, o
Brasil se tornou um país pouco confiável, algo tão
vexatório quanto preocupante", reagiu esta Folha em editorial.
Menos
de seis meses se passaram até que a nota caísse de BB+ para
BB: "Agora nós esperamos um processo de ajuste mais prolongado,
com uma correção mais lenta na política fiscal e mais
um ano de contração da economia", justificou a S&P em
fevereiro de 2016, dois meses antes da votação do impeachment
na Câmara.
A
percepção de que as notas de crédito refletem apenas
os consensos parciais e incoerentes dos agentes de mercado só surpreende
quem não acompanhou a crise de 2008 e as multas bilionárias
que tiveram de ser pagas por essas agências ao Tesouro americano.
Que
a imprensa e os governos continuem guiando-se por esses consensos é
que é algo tão vexatório quanto preocupante.
(Folha de S.Paulo)
Fed:
Economia e inflação crescem em ritmo modesto a moderado
A
economia dos Estados Unidos e a inflação se expandiram a
um ritmo modesto-a-moderado entre o fim de novembro até o fim de
2017, enquanto a massa salarial continuou a crescer, disse o Federal Reserve
nesta quarta-feira.
"A
maioria dos distritos disse que os salários cresceram a um ritmo
modesto", disse o banco central dos EUA em seu periódico relatório
Livro Bege sobre a economia. "Alguns distritos observaram que empresas
estavam elevando salários em um número mais amplo de indústrias
e posições desde o relatório anterior."
Vários
distritos regionais do Fed notaram elevação nos custos de
insumos de manufatura, construção e transporte, de acordo
com o relatório. Alguns reportaram expectativas de novos aumentos
de salário nos próximos meses, embora pressões de
preços ainda fossem mistas, disse o Fed.
"Empresas
em alguns distritos notaram uma habilidade para aumentar os preços
de venda. Varejistas em alguns distritos informaram aumentos modestos de
preço e havia relatos de aumentos nos preços imobiliários
pelo país."
O
relatório acrescentou que preços de commodities agrícolas
e energia não tinham direção definida.
O
Fed de Dallas, no entanto, relatou que sua economia regional acelerou a
um ritmo "robusto" nas últimas seis semanas, com manufatura, varejo,
serviços não-financeiros e energia ganhando espaço.
Contratações aceleraram e pressões de preços
e salários no distrito continuaram elevadas.
Não
está claro se o relatório vai aliviar as preocupações
do Fed sobre a inflação moderada, que tem permanecido abaixo
da meta de 2 por cento do banco central por mais de cinco anos.
Apesar
da inflação baixa no geral, membros votantes do Fed atualmente
esperam elevar as taxas de juros três vezes neste ano.
O
banco central elevou os juros três vezes em 2017 em um cenário
de crescimento estável e baixo desemprego.
A
maioria dos votantes do Fed parecem colocar mais ênfase na necessidade
de elevar as taxas de juros uma vez que a economia já atingiu ou
está próxima de atingir o pleno emprego, em vez de esperar
que a inflação suba consideravelmente.
O
crescimento do emprego nos EUA desacelerou mais que o esperado em dezembro,
em meio a uma queda nas vagas do varejo, mas uma recuperação
nos ganhos salariais no mês indicaram uma força do mercado
de trabalho que poderia pavimentar o caminho para o Fed elevar os juros
em março. (David Lawder - Reuters)
Fórum
Econômico Mundial questiona alta de ações pelo mundo
Em
documento, economista lembram que altas como a que se vê hoje precederam
crises profundas no passado
Num
momento em que mercados acionários de várias partes do mundo
- inclusive no Brasil - registram recordes de alta, o Fórum Econômico
Mundial, realizado em Davos, na Suíça, questionou nesta quarta-feira,
17, em seu Relatório sobre Riscos Globais 2018, se a elevação
dos preços das ações nas bolsas de valores é
sustentável.
O
documento lembra que nos últimos oito anos vem prevalecendo a tendência
de alta nos pregões do mercado financeiro e teme que esse possa
ser outro episódio de "exuberância irracional", numa sinalização
de que as lições da crise financeira internacional de 2008
podem não ter sido totalmente absorvidas e que o ambiente possa
se tornar propício a uma "correção profunda".
O
Relatório cita que o Dow Jones teve alta de 25% no ano passado;
o S&P 500 subiu 19%; a Bolsa de Hong Kong avançou 35%; a japonesa,
19%; a alemã, 11% e a francesa, 8% - o Brasil não foi citado,
mas registrou ganhos de 27% em 2017.
No
caso das bolsas norte-americanas, o Fórum salienta que em apenas
dois momentos as ações subiram mais do que agora, justamente
antes de períodos de crise, em 1929 e 2000.
As
avaliações em relação a títulos de dívida
são ainda mais "dramáticas", conforme o documento. Em meados
de 2017, cerca de US$ 9 trilhões desses papéis registravam
rendimento negativo e esta anomalia reflete o impacto dos enormes programas
de compra de ativos lançados pelos bancos centrais na sequência
da crise. O movimento, analisa o Fórum, parece se divorciar da tendência
dos preços dos ativos.
No
caso de haver uma correção acentuada de mercado, conforme
o documento, o impacto sobre a economia real seria indiscutivelmente maior
em países mais expostos a setores e mercados nos quais as bolhas
se formaram. Como exemplo, citou um país economicamente dependente
das exportações de uma commodity, cujo valor pode desabar.
"O
impacto da confiança e dos efeitos da riqueza significa que os impactos
da economia real também se sentiriam fortemente em países
- notadamente os Estados Unidos e o Reino Unido - em que a propriedade
dos ativos financeiros é mais difundida", trouxe o relatório.
O
documento menciona ainda que não são apenas os preços
de ações e títulos que aumentaram recentemente e dá
como exemplo o segmento imobiliário.
"A
inflação em todas essas classes de ativos tradicionais foi
reduzida por ativos mais especulativos, como a moeda criptografada bitcoin,
que viu seu valor aumentar cerca de 1.200% em 2017", ilustrou.
Uma
nova fonte de risco potencial de mercado atualmente, segundo o Fórum,
é que as inovações em ativos financeiros e gerenciamento
de ativos ainda não foram testadas em condições de
crise. Um exemplo são os fundos negociados em bolsa (ETFs), que
cresceram em valor em 500% desde 2008 e agora representam US$ 4 trilhões
de ativos e cerca de 25% de todas as ações no mercado de
ações dos Estados Unidos.
"Alguns
analistas sugerem que os ETFs aliviarão o golpe de uma grande correção
do mercado, enquanto outros acreditam que eles iriam exacerbá-lo."
(Célia Froufe - Agência Estado)
Bolsa
em alta, dólar em queda
Bolsa
atinge 81 mil pontos sob embalo do bom humor externo; dólar cai
A
Bolsa brasileira passou direto pelos 80 mil pontos e atingiu nesta quarta-feira
(17) novo recorde nominal, acima dos 81 mil pontos, acompanhando as máximas
registradas nos Estados Unidos. O dólar também seguiu a tendência
de enfraquecimento no exterior e recuou para R$ 3,21.
O
Ibovespa, das ações mais negociadas, subiu 1,7%, para 81.189
pontos. Se corrigido pela inflação, o patamar ainda distante
da máxima de maio de 2008: os 73.516 pontos de então seriam,
hoje, equivalentes a cerca de 130 mil pontos. O giro financeiro foi de
R$ 9,5 bilhões, em dia de vencimento de opções sobre
índice.
O
dólar comercial caiu 0,37%, para R$ 3,217. O dólar à
vista recuou 0,31%, para R$ 3,218.
O
exterior voltou a ditar o rumo do mercado acionário brasileiro,
com a grande entrada de recursos internacionais impulsionando a Bolsa nesta
sessão.
"O
fluxo de estrangeiros está muito forte neste mês. Passou de
R$ 4 bilhões. Esse investidor representa quase 50% do movimento
da Bolsa e tem um peso forte no comportamento do índice", afirma
Mário Roberto Mariante, analista-chefe da Planner Corretora.
Nos
Estados Unidos, os principais índices bateram recordes nesta quarta,
com expectativa de lucros maiores das empresas em meio a uma recuperação
da economia americana.
Mariante
vê também um cenário positivo para a economia brasileira
neste ano, que deve se refletir em resultados melhores de empresas –algo
que já deve ser percebido nos balanços do quarto trimestre,
diz.
"O
mercado esquece alguns pontos de preocupação, que é
a questão politica. Os investidores deixaram isso de lado. O rebaixamento
mal afetou o mercado. Estamos próximos do julgamento do [ex-presidente]
Lula, e a Bolsa antecipa os fatos. Já está comprando que
vai ter uma punição", afirma Mariante.
AÇÕES
Das
64 ações do índice Ibovespa, 51 subiram, 12 caíram
e uma se manteve estável.
A
Sabesp liderou as altas, com avanço de 5,34%. A Cielo subiu 4,17%
e a CSN teve ganho de 4,01%.
Na
ponta contrária, as ações da Copel caíram 2,22%.
A Klabin se desvalorizou 2,20% e a Cemig teve baixa de 1,6%.
Os
papéis da Petrobras ajudaram a impulsionar o índice nesta
sessão, com alta de cerca de 4%. O avanço ocorreu após
o governo criar uma comissão com objetivo de negociar com a estatal
os termos da revisão de um contrato assinado em 2010 que garantiu
à petroleira o direito de explorar áreas do pré-sal
sem licitação.
As
ações preferenciais da Petrobras subiram 4,02%, para R$ 18,36.
As ações ordinárias se valorizaram 3,62%, para R$
19,47. Os preços do petróleo se mantiveram praticamente estáveis,
sustentados por uma oferta apertada e forte demanda global.
As
ações ordinárias da mineradora Vale subiram 2,01%,
para R$ 43,15.
No
setor bancário, os papéis do Itaú Unibanco avançaram
1,65%. As ações preferenciais do Bradesco subiram 2,50% e
as ordinárias, 3,06%. O Banco do Brasil teve valorização
de 2,37%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil
ganharam 1,08%.
DÓLAR
A
moeda americana perdeu força ante 22 das 31 principais divisas do
mundo.
Aqui,
o movimento de baixa mostrou que o dólar está em uma nova
faixa de negociação, afirma Felipe Pellegrini, gerente de
tesouraria do Banco Confidence.
"No
passado, o mercado já tinha descolado do noticiário interno.
O volume hoje mostrou que existe força para romper o patamar de
R$ 3,20 nos próximos dias. Não necessariamente nesta semana.
É uma demonstração de que esse patamar pode ser rompido
e de que podemos ver o dólar rompendo os R$ 3,20 nos próximos
dias", afirma.
O
CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil
fechou em alta de 0,15%, para 145,7 pontos, no segundo dia de alta.
No
mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram resultados
mistos. O contrato para abril de 2018 caiu de 6,757% para 6,752%. O contrato
para janeiro de 2019 subiu de 6,900% para 6,915% (Folhapress)
Ibovespa
bate recorde pela terceira vez na semana
O
Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas
na B3, antiga BMF & Bovespa, bateu recorde pelo terceiro dia consecutivo
nesta semana. O índice encerrou o pregão desta quarta-feira
(17) aos 81.189 pontos, com alta de 1,7% em relação ao resultado
da terça-feira (16), quando atingiu 79.831 pontos.
Apenas
neste início de ano, o indicador, composto pelas ações
com maior volume negociado nos últimos meses na B3, registra valorização
de 6,27%. Nesta semana, o índice já está com alta
acumulada de 2,32%.
As
ações que mais se valorizaram hoje foram Sabesp ON (5,34),
Cielo ON (4,17%) e Petrobras PN (4,02%). As maiores quedas foram Copel
PNB (-2,22%), Klabin N2 (-2,2%), e Cemig PN (-1,6%). (Bruno Bocchini
– Agência Brasil)
Ibovespa
fecha pela primeira vez acima dos 81 mil pontos
Principal
índice da Bolsa alcançou nesta quarta-feira valorização
de 1,70%, aos 81.189,16 pontos; nos três pregões desta semana,
os ganhos somam 2,32%
O
Ibovespa nem bem esquentou no patamar dos 80 mil pontos, alcançados
durante o pregão da última terça-feira, 16, e já
furou uma nova barreira histórica de pontuação. Fechou
o pregão desta quarta-feira, 17, com valorização de
1,70%, aos 81.189,16 pontos. Nos três pregões desta semana,
os ganhos somam 2,32%.
Os
recursos vindos do exterior encontraram ambiente tranquilo com agenda esvaziada
na cena doméstica. As blue chips (ações com maior
liquidez) mostraram valorização relevante e deram a tônica
à sessão de negócios, com Petrobrás ON e PN
subindo 3,62% (R$ 19,47) e 4,02% (R$ 18,36), respectivamente.
Também
se destacaram os papéis do setor financeiro, que têm peso
de 25% no Ibovespa. Bradesco PN subiu 2,5% (R$ 36,89) e Banco do Brasil
ON, 2,37% (R$ 35,42).
Roberto
Indech, analista-chefe da Rico Investimentos, ressalta que a forte valorização
dos papéis da Petrobrás estava atrelada tanto à alta
do petróleo no mercado internacional quanto a notícias corporativas
relacionadas à negociação para chegar a um acordo
entre a estatal e a União que envolve cessão onerosa no processo
de capitalização que acrescentou R$ 120 bilhões à
petroleira em 2010. (Simone Cavalcanti - Agência Estado)
Ibovespa
supera 81 mil pontos com Petrobras
A
combinação de um movimento muito forte nas bolsas no exterior,
onde os investidores seguem mais propensos à tomada de risco, com
as perspectivas de retomada econômica do Brasil vem dando um impulso
tão importante para o Ibovespa que o índice conseguiu superar,
em um único pregão, dois patamares históricos de uma
só vez. Com a ajuda da Petrobras, que voltou aos maiores patamares
em mais de três anos, o principal índice da bolsa brasileira
deixou para trás os 80 mil pontos tão esperados nos últimos
dias para encerrar na marca inédita dos 81 mil pontos, em uma trajetória
que sinaliza ter forças para prosseguir.
O
Ibovespa fechou ontem com ganho de 1,70%, aos 81.189 pontos, na máxima
do pregão. O volume negociado atingiu os R$ 7,4 bilhões -
demonstrando que, de fato, os investidores estão montando posições
nos ativos da renda variável local.
O
dia foi especialmente favorável para a Petrobras. Embora tenha sido
a abertura das bolsas americanas o fator responsável por impulsionar
o mercado local, os papéis já traçavam um ritmo de
ganhos desde a abertura. As ações da estatal atingiram os
maiores níveis desde outubro de 2014, um mês antes de a companhia
começar a ser penalizada pelos investidores pelo adiamento da divulgação
do balanço do terceiro trimestre daquele ano, devido aos impactos
das investigações da Operação Lava-Jato. A
ação ordinária da empresa subiu 3,62% no fechamento,
a R$ 19,47, enquanto a preferencial teve valorização de 4,02%,
a R$ 18,36, pautadas pela maior confiança dos agentes de mercado
na resolução do imbróglio sobre a cessão onerosa
com o governo.
Embora
se fale muito em riscos possíveis para a escalada do Ibovespa este
ano, com ênfase nas eleições em outubro e, no curto
prazo, o julgamento do ex-presidente Lula no caso triplex no dia 24, uma
coisa parece dada para operadores e analistas: os fundamentos da economia
no mundo e no Brasil são suficientes para garantir a trajetória
forte da bolsa. A intensidade deve ser calibrada por aspectos políticos,
mas o ritmo é forte o bastante para garantir a escalada.
Especialistas
notam que o índice segue em ritmo positivo em meio aos recordes
que as bolsas americanas vêm testando, com o Dow Jones rompendo ontem
o nível histórico dos 26 mil pontos. O ambiente favorável
no exterior, sem uma leitura de risco que atrapalhe a demanda, colabora
para que os mercados emergentes aproveitem esse ambiente e também
sigam semelhante performance.
O
desempenho é relevante ainda em um momento que os investidores estrangeiros
vêm ingressando no Brasil com bastante intensidade. No acumulado
dos primeiros pregões de janeiro, até o dia 15, os não
residentes já colocaram R$ 4,1 bilhões em bolsa, quase um
terço dos R$ 13,3 bilhões alocados em todo o ano passado.
Ontem,
o dia também foi de brilho para a estatal de saneamento paulista
Sabesp, com as ações encerrando em forte ganho de 5,34%,
a R$ 35,89, na liderança das altas do Ibovespa. O giro do papel
foi de R$ 87,4 milhões, mais de três vezes superior aos R$
24,3 milhões negociados no pregão anterior. O ativo respondeu
à nota preliminar de revisão tarifária, divulgada
pela agência reguladora Arsesp na noite anterior.
As
siderúrgicas e a Vale (2,01%, a R$ 43,15) também pegaram
carona no entusiasmo local e encerraram com importantes ganhos, enquanto
os bancos não ficaram para trás, com o Banco do Brasil subindo
2,37%, a R$ 35,42.
Para
Fernando Barroso, chefe de produtos estruturados da CM Capital Markets,
o exterior impulsionou de tal forma o Ibovespa que ele teve condições
de avançar mais de mil pontos entre a mínima e o fechamento
do dia.
"Há
muita liquidez no momento lá fora e o Brasil tem um ambiente que
está mostrando bons fundamentos. O nosso mercado é bastante
pequeno e uma entrada de recursos maior tem um efeito significativo", diz.
"E tenho ressaltado que a melhora da governança da Petrobras traria
um ganho consistente para a companhia, que se aproveitou [ontem] do debate
sobre [a possível resolução da] cessão onerosa."
(Juliana Machado e Lucinda Pinto - Valor)
‘Recordes
da Bolsa brasileira estão longe de ser uma bolha’
Para
o coordenador do Centro de Finanças do Insper, pode-se falar em
bolha quando a alta não é sustentável ou não
se justifica; 'Não é esse o caso', afirmaEntrevista com
Coordenador
do Centro de Finanças do Insper, Michael Viriato avalia que, por
mais que o mercado reconheça as dificuldades que o País enfrentará
este ano, os recordes batidos pela Bolsa brasileira estão longe
de ser injustificados. “Não é uma bolha, está longe
disso. Se fala em bolha quando a alta não é sustentável
ou não se justifica. Não é esse o caso”, disse, em
entrevista ao Estado.
O
mercado brasileiro está mais eufórico do que deveria?
As
pessoas dizem que o investidor brasileiro está eufórico,
mas é o mundo que está eufórico. O Brasil não
está subindo muito mais que as Bolsas americanas. O mundo, em geral,
está com baixa inflação, juros controlados, crescimento
sustentável e lucros crescentes. O humor é justificado, mas
isso não significa que o dever de casa não precisa mais ser
feito. A Bolsa brasileira poderia ter atingido esse patamar de 81 mil pontos
muito antes, se as reformas tributárias e da Previdência tivessem
avançado.
Não
estamos vendo uma bolha se formar?
Não
é uma bolha, está longe disso. A gente fala em bolha quando
a alta não é sustentável ou é injustificada.
A alta lá fora se justifica porque o lucro das empresas surpreendeu
o mercado. Também teve uma reforma tributária nos Estados
Unidos, que ajuda e não há um medo forte de que o Banco Central
americano suba juros.
Por
que o corte da nota de risco do Brasil não pesou na Bolsa?
Há
um reconhecimento de que os problemas fiscais e previdenciários
do Brasil ainda são preocupantes e que essa conta deve ficar para
o presidente, mas o mercado já havia reagido à não
aprovação da reforma da Previdência em novembro. Isso
já estava precificado.
A
Bolsa vai continuar subindo?
O
horizonte é favorável, mas nunca sobe o tempo todo. Se a
economia mundial escorregar, também vamos perder esse benefício
que vem de fora. (Agência Estado)
Dólar
segue exterior, abandona alta e cai a R$ 3,21
A
moeda norte-americana recuou 0,37%, vendida a R$ 3,217.
O
dólar não sustentou a alta exibida em parte da sessão
e terminou a quarta-feira (17) em baixa ante o real, acompanhando a trajetória
da moeda no mercado internacional e ainda com algum fluxo de ingresso de
recursos.
A
moeda norte-americana recuou 0,37%, vendida a R$ 3,217. Nos dois últimos
pregões, a moeda havia passado por correção e subido
0,71%. Ainda assim, no ano ainda acumula desvalorização de
2,94%.
"Temos
visto ingresso de recursos neste começo de ano e, contra fluxo,
não há argumento", disse um profissional para justificar
a mudança de rota da moeda neste começo de tarde.
A
inversão da trajetória da moeda no exterior também
contribuiu para o dólar cair mais internamente e voltar a se aproximar
dos R$ 3,20.
"Acho
que deve oscilar entre esse patamar e R$ 3,25 até que haja alguma
definição no noticiário", avaliou mais cedo o gerente
de tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini, ao justificar a moeda
não ter conseguido fechar recentemente abaixo de R$ 3,20 e ter passado
por uma correção nas últimas sessões.
No
exterior, o dólar passou a cair ante uma cesta de moedas e também
recuava ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano
e o rand sul-africano.
O
mercado continuava sob a expectativa de acontecimentos na esfera política
no país. Um deles é a votação da reforma da
Previdência, marcada para o dia 19 de fevereiro na Câmara dos
Deputados, e os esforços do governo do presidente Michel Temer em
garantir apoio político ao tema, bastante polêmico sobretudo
num ano eleitoral.
Mas
as dificuldades continuavam. Na véspera, o presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não será
fácil votar a reforma até o prazo previsto.
"Acho
que o mercado precificou a não-votação. Mesmo assim,
se não for votado, pode trazer algum desconforto, mas de forma pontual",
avaliou Pellegrini. (Reuters)
Dia
do Aposentado 2018 Conteúdo da Página
24
de janeiro de 2018 = 14h00 às 17h30
Local:
AMCHAM
Rua
da Paz, 1.431
Chácara
Santo Antônio – São Paulo/SP
Com
a iniciativa mais marcante do nosso Sistema, por representar o nosso propósito
diário e a razão de ser de tudo que realizamos, é
que damos início às atividades de 2018!
Assim,
convidamos as associadas a fazerem parte dessa homenagem, que por sua construção
coletiva permite às entidades economia de custo e maior representatividade
ao aposentado.
A
tradicional Cerimônia segue com formato para tornar ainda mais acolhedor
esse momento especial, onde um diploma alusivo à comemoração
é entregue ao Aposentado de cada entidade que se faz representar
nesta importante solenidade com a presença de um colaborador ou
dirigente para outorga da homenagem ao seu assistido, o que fortalece o
relacionamento entre a Entidade Fechada de Previdência Complementar
e seu participante. (Abrapp/AssPreviSite)
Projeto:
Novo prazo para aceite da consulta de retorno
Projeto garante prazo de
60 dias para retorno médico sem nova cobrança de consulta
Pacientes terão 60
dias, contados da primeira consulta médica, para realizar o retorno
sem que haja nova cobrança. É o que determina o Projeto de
Lei 8.231/17, do deputado Franklin (PP-MG).
O projeto estabelece ainda
que se houver necessidade de exames complementares que não possam
ser apreciados no retorno médico, o paciente terá novo prazo
de 60 dias para voltar ao médico sem precisar pagar nova consulta.
No entanto, se for detectada
nova doença no mesmo paciente, o médico poderá cobrar
pela consulta complementar ao retorno. O pagamento também será
autorizado se houver mudanças dos sintomas ou no caso de doenças
que requeiram tratamentos prolongados acima de 60 dias, com necessidade
de reavaliações.
Franklin avalia que a apresentação
de exames solicitados é procedimento inerente à primeira
consulta e, portanto, não deve ser cobrada. "Não bastassem
os valores exorbitantes que são cobrados por uma consulta, muitos
profissionais e muitas clínicas estipulam novo pagamento quando
o paciente retorna, mesmo que seja apenas para mostrar o resultado de exame",
criticou.
O deputado avalia que a
cobrança só se justifica em tratamentos prolongados ou mudança
de sintomas.
A proposta tramita em caráter
conclusivo e será analisada pelas comissões de Defesa do
Consumidor; de Seguridade Social e Família; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania. (Monitor Mercantil)