AssPreviSite
Previdência - Clipping de Notícias - 05.08.2009
Notícias dos principais jornais sobre o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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O Dia da Previdência - Nossa Leitura

Na manhã desta sexta-feira, dia 7, o AssPreviSite promove evento da área de previdência onde se destaca a participação da SPC e de renomados dirigentes de fundos, além de especialistas do sistema.  O encontro promove a exposição das diversas visões sobre as mudanças que estão em curso neste ano de 2009 e que impactam na gestão, nos riscos e na governança das Entidades.  Nossa reunião, um dos marcos dos 10 anos do AssPreviSite, acontece no auditório da Fundação CESP, na Alameda Santos, 2477 (região da Avenida Paulista), São Paulo.  Recomendamos que sua Entidade marque presença - Vale a pena!  Taxa de adesão de R$ 300,00 (trezentos reais)  Informações e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,8200 com queda de 0,55%  em relação ao fechamento de segunda-feira.  Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a terça-feira em alta de 0,07% com o volume financeiro no patamar de R$ 5,3 bilhões.  Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou o dia em alta de 0,36% e a Nasdaq subiu 0,13%.

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 Desp Adm. - Previc - 3456 - Juros em queda - Governança - Gestão de Riscos
GovernancaSP
Nesta sexta, em SP, venha interagir com a SPC, Dirigentes e Especialistas



Sistema de Previdência Complementar,
Atos de gestão e o dia a dia das Entidades

BB Previdencia

 
SPC e dirigentes têm encontro nesta sexta
Nesta sexta-feira, venha participar de um encontro que trata o contexto e implicações que envolvem a nova Previc, as mudanças em curso nas despesas administrativas, as prováveis alterações na 3456, as exigências e novos aspectos para a governança nos fundos de pensão e uma desafiadora gestão de riscos frente a um cenário econômico de grande volatilidade, além da queda nas taxas de juros.
Todos estes tópicos, de grande relevância para as EFPCs, serão tratados no oportuno encontro, na manhã do dia 07 de agosto, no Auditório da Fundação CESP, em São Paulo, que irá abordar a complexidade deste cenário para o sistema.
Venha interagir com as observações e comentários sobre estes aspectos e seus impactos com o Dr. Carlos Eduardo - Diretor da Secretaria de Previdência Complementar-SPC, Dr. Martin Glogowsky - Presidente da Fundação CESP, Dr. Paulo Leite Julião - Diretor Superintendente do Economus, Dr. Fábio Junqueira de Carvalho – Sócio da JCM&B Advogados e Consultores, estudiosos e convidados do AssPreviSite, além dos especialistas Marcus Moraes do Itaú Unibanco e ALine Paz da Watson Wyatt.
Taxa de adesão de R$ 300,00 (trezentos reais).  Inscrições e informações através do e-mail assprevisite2@terra.com.br    (AssPreviSite)

Criação da Previc é prioridade dos fundos de previdência
Frente à perspectiva de crescimento do setor de previdência complementar, empresas privadas e governo correm contra a agenda eleitoral de 2010 para ver votada a criação de autarquia responsável por, entre outras atividades, fiscalizar os fundos de pensão. O projeto de lei complementar 136/09, que define a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e tem parecer favorável do senador Romero Jucá (PMDB-RR). A avaliação é que ele não pode ser empurrado para a agenda do próximo ano, pois ficaria prejudicado com a pauta de sucessão presidencial.
"A urgência dessa aprovação reside no fato de que hoje a estrutura posta para fiscalizar o setor, Secretária de Previdência Complementar, está sobrecarregada. Tem feito milagre com uma mini estrutura para cuidar dos fundos de pensão que estão cresce cada dia mais", explicou o deputado Chico D´Ângelo (PT-RJ), que foi o relator do projeto na Câmara.
Dados do Relatório da Secretária de Previdência Complementar, de 2008, apontam que o Brasil tem o oitavo sistema de previdência complementar do mundo, em termos absolutos, com 372 entidades fechadas de previdência complementar, que operam 1.037 planos de beneficiários, 2.491 patrocinadores, 2,42 milhões de participantes assistidos, que administram R$ 442 bilhões de ativos totais, distribuídos em três modalidades: o plano de benefício definido, de contribuição definida e de contribuição variável/mista. Esses recursos correspondem a 17% do PIB (Produto Interno Bruto), com investimentos em quatro macro-segmentos, sendo 66% em títulos de renda fixa, sejam em títulos públicos ou papéis privados, e 28% em títulos de renda variável.
Segundo Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), em abril deste ano os fundos fecharam com reservas de R$ 444,5 bilhões - o que aponta uma rentabilidade estimada em 7,1% para primeiro quadrimestre do ano. Praticamente o dobro das necessidades atuariais definidas. A meta atuarial foi 3,71%. Contribuiu para esse resultado, de acordo com a Abrapp, a rentabilidade da renda variável, de 17,4% e renda fixa com algo em torno de 3,07%.
"Esse é um tema suprapartidário que interessa a todos. Foi aprovado por unanimidade em todas as comissões por onde passou", contou o deputado petista. Cláudia Ricaldoni, secretária-geral da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar) segue a mesma linha do deputado. Para a dirigente da Anapar, não há como ser contrário ao projeto. "Todos os fundos apóiam a iniciativa, por vezes há divergências sobre detalhes, mas são favoráveis a Previc", disse.
Ela se encontra hoje com o senador Romero Jucá para falar sobre a tramitação do projeto. "O sistema que temos hoje tem 32 anos, houve mudanças significativas em 2001, quando já se falava em mudanças na Secretaria de Previdência Complementar", contou. "O número de participantes e ativos tem crescido muito e com eles a necessidade de segurança".
A artilharia da oposição, no entanto, está mirando a criação de novas despesas por parte do governo, que se defende. "Criamos um sistema auto-sustentável", rebateu D´Ângelo. "Será estipulada uma Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar (Tafic), assim, não há ônus para os cofres públicos".
De acordo com o projeto, a entidade terá como principal fonte de receita a taxa a ser cobrada dos próprios fundos de pensão. A periodicidade do recolhimento da Tafic foi uma das alterações que projeto original enviado pelo governo sofreu na Câmara. No texto que será votado no Senado, o pagamento não deverá ser feito a cada trimestre, mas arrecadado por quadrimestre. Além da arrecadação dessa taxa, as receitas da Previc poderão ser constituídas ainda de dotações do Orçamento da União, do produto da arrecadação de multas e de recursos originados por convênios, acordos e contratos com outras entidades, organismos e empresas, entre outras fontes.
O valor da Tafic será recolhida pelo Tesouro Nacional e vai variar entre R$ 15 e R$ 2,225 milhões, conforme os recursos garantidores por plano de benefícios, divididos em 17 faixas para cobrança. Os fundos de pensão com até R$ 5 milhões pagarão R$ 15. E aqueles com mais de R$ 60 bilhões pagarão R$ 2,225 milhões.
Outro ponto que foi modificado pelo substitutivo de D´Ângelo refere-se ao número de cargos a serem criados para a nova Superintendência. Inicialmente, estimou-se o impacto orçamentário dos cargos em comissão em R$ 7,6 milhões anuais; no caso do redimensionamento de tabelas de remuneração de 34 cargos efetivos de servidores do Ministério da Previdência Social em exercício na Secretaria de Previdência Complementar em 31 de dezembro de 2007, a despesa estimada é de R$ 3 milhões em 2009, R$ 3,5 milhões em 2010 e R$ 3,7 milhoes em 2011. A criação de cargos efetivos do órgão público, segundo exposição de motivos, deverá consumir R$ 28,8 milhões.
As empresas de previdência complementar e o governo correm contra a agenda eleitoral para ver votada a criação da Previc, autarquia responsável por, entre outras atividades, fiscalizar os fundos de pensão.  (DCI)

Juro abaixo das metas acelera mudanças nos fundos
Os próximos anos serão de intensas movimentações para os fundos de pensão. Com o juro real na casa dos 5% ao ano, abaixo das metas atuariais (6%) as entidades terão de rever suas políticas de investimentos e realocar boa parte de seus ativos.
Segundo levantamento da consultoria RiskOffice, em até três anos, os investimentos em ações terão de passar de pouco mais de 12% das carteiras para cerca de 35% do patrimônio das fundações (essa estatística não inclui a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, que tem mais de 50% em ações, o que distorceria os dados).
Os fundos também terão de ampliar os investimentos em títulos públicos atrelados à inflação, como as NTNs. O ideal, diz Marcelo Rabbat, diretor da RiskOffice, é subir dos atuais 30% para algo próximo a 50%.
Por outro lado, deverá haver uma grande migração de mais da metade dos ativos, hoje alocados em papéis públicos vinculados ao CDI, para outras modalidades, mantendo apenas um caixa mínimo da ordem de 5% do total, para garantia de liquidez.
"Muitos fundos estão impedidos de aplicar recursos em ativos com retorno menor do que sua meta atuarial, mas os títulos públicos hoje já pagam menos do que 6%. O mais importante é que precisa haver uma mudança de cultura", afirma Rabbat.
Além da busca por renda variável e por ativos de inflação, as entidades terão de ampliar a participação em títulos de maior risco, como crédito corporativo e fundos de "private equity". Mas Rabbat alerta que esses mercados ainda apresentam desafios, como os problemas de precificação, de formalização e de gestão de garantias dos ativos de crédito, por exemplo.
Segundo Fernando Lovisotto, diretor da RiskOffice, essa mudança nos investimentos terá de ser feita no curto prazo, pois a alternativa, que seria a redução das metas atuariais é muito cara e mais lenta. Os fundos já fizeram pequenas reduções, já que conseguiram acumular superávit desde 2002 por conta de um excelente desempenho em bolsa. Mas esse cenário positivo para os investimentos dificilmente vai se repetir nos próximos anos.
Desde 2006, a meta foi reduzida, em um cálculo médio ponderado por patrimônio, de 6% para 5,8%. Para isso foram gastos entre R$ 10 e 20 bilhões, estima Lovisotto. Nesse ritmo, o sistema precisaria de algo entre R$ 40 bilhões e R$ 80 bilhões para atingir uma meta atuarial de 5% ao ano.
Apesar desses desafios, neste ano o desempenho das entidades tem sido positivo, aponta Guilherme Benites, gerente da consultoria. De acordo com levantamento da RiskOffice, que acompanha uma amostra de 139 planos de benefícios, até junho o retorno global foi de 8,79%. No primeiro semestre, o Ibovespa marcou 37,06% e o CDI acumulou 5,35%.
Ainda segundo estatísticas da consultoria, em junho, a mediana da rentabilidade global dos planos ficou abaixo das principais metas atuariais e do CDI. A rentabilidade foi de 0,3% no último mês. Apenas 3% dos planos obtiveram retorno real acima de 6% e somente 7% conseguiram ganhos superiores a 5%, já descontada a inflação medida pelo INPC. Pouco mais de 30% tiveram rentabilidade negativa no mês.   (Fernando Travaglini - Valor Online)

CGPC: Associadas do SINDAPP dispensadas de depósito recursal
A Área Jurídica da ABRAPP está pedindo às associadas do SINDAPP que enviem até o próximo dia 14 cópias dos comprovantes dos depósitos prévios que fizeram no momento em que encaminharam as suas defesas ao Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC).
É que as associadas, por despacho de 4 de junho do juíz da 7ª Vara Federal do DF, poderão receber de volta as quantias depositadas previamente no passado para ingresso de recurso perante o Conselho.
E, em razão do trânsito em julgado da sentença, as associadas do SINDAPP estão agora dispensadas do depósito recursal junto ao CGPC. (Abrapp-Sindapp)

Sistel: Ouvidoria e Pesquisa de Qualidade
Esta semana, a Sistel lançou dois serviços importantes aos participantes e assistidos da Fundação: a Ouvidoria e a Pesquisa de Qualidade na Central de Relacionamento.
Ouvidoria
O acesso ao serviço de Ouvidoria é feito de duas formas: pela área restrita do Portal Sistel www.sistel.com.br, acessada com a matrícula e senha do usuário e pela Central de Relacionamento, escolhendo a opção 4 para “Ouvidoria - registro de elogios, sugestões, reclamações e manifestações”.
A Ouvidoria deverá ser acionada quando o participante ou o assistido desejar manifestar sua opinião sobre o atendimento prestado pelos canais formais de relacionamento da Sistel - Central de Relacionamento, Fale Conosco (área restrita) do Portal Sistel (www.sistel.com.br) e Atendimento Pessoal. O acesso à Ouvidoria Sistel se dará, somente, mediante a informação do número do protocolo de atendimento da Central de Relacionamento/Atendimento Pessoal (somente em Brasília) ou o número do chamado do Fale Conosco (área restrita) do Portal Sistel.
O prazo de atendimento das solicitações enviadas à Ouvidoria é de 72 horas.
Pesquisa de Qualidade na Central de Relacionamento
No último dia 3 de agosto, a Sistel disponibilizou em sua Central de Relacionamento pesquisa com o objetivo de mensurar a qualidade do atendimento oferecido aos participantes e assistidos no momento da ligação.
Funciona da seguinte forma: ao término da ligação, o operador da Central de Relacionamento direciona o usuário a uma pesquisa eletrônica contendo duas perguntas: se a dúvida ou solicitação foi resolvida e a nota que o usuário dá aquele atendimento numa escala de 1 a 5, onde 1 é totalmente insatisfeito e 5 totalmente satisfeito.
O objetivo da Sistel com a implantação da Ouvidoria e da Pesquisa de Qualidade na Central é identificar oportunidades de melhoria e inovação em seus processos de relacionamento com os participantes, assistidos e patrocinadores, bem como em produtos e serviços.  (Sistel)

Fundação Cesp: SPC aprova atualização do Estatuto
A Secretaria de Previdência Complementar (SPC), no dia 29 de julho, publicou a Portaria SPC 2982/2009, pela qual aprova a atualização do estatuto da Fundação CESP que passa a refletir a atual situação da entidade, que cumpre medida judicial em relação à operacionalização do processamento da folha de pagamento dos beneficiários da lei 4819/58, a partir do repasse financeiro do Estado.
Em breve, o novo Estatuto será divulgado para consultas no portal da Entidade. (Fundação Cesp/AssPreviSite)

Banesprev: Empréstimos
Empréstimos aos participantes do Plano V
A Diretoria do BANESPREV autorizou uma nova reserva destinada a empréstimos aos participantes do Plano V no valor de R$2.500.000,00, tendo em vista que a dotação no valor de R$ 3 milhões, liberada em 01/06/2009, foi quase toda alocada.  (Banesprev/AssPreviSite)

OABPrev é lançado em Roraima
O fundo de pensão OABPrev chega aos advogados de Roraima. A OAB-RR e CAA-RR  estão convidando para o lançamento do OABPrev naquele Estado. Será no próximo dia 10, às 19h, no auditório do Fórum Adv. Sobral Pinto, em Boa Vista. O plano é administrado pela OABPrev-MG (Diário dos Fundos de Pensão)

Funcef e Petros cobiçam 10% da Camargo em Jirau
Os fundos de pensão dos funcionários da Petrobras e da Caixa Econômica Federal (CEF) fazem uma nova ofensiva para participar dos projetos hidrelétricos do Rio Madeira, em Rondônia. Petros e Funcef, depois de uma tentativa frustrada de entrar no grupo controlador da usina Santo Antônio, agora estão avaliando a compra dos 9,99% do grupo Camargo Corrêa na hidrelétrica de Jirau.
O grupo construtor e industrial paulista está presente no empreendimento por meio da Energia Sustentável do Brasil, que controla e vai operar a hidrelétrica. O grupo franco-belga GDF Suez é o principal acionista, com 50,1% do capital. Os demais 40% estão em divididos meio a meio pelas estatais Eletrosul e Chesf, subsidiárias da Eletrobrás.
Na época da formação do consórcio para disputar Jirau, foi firmado um acordo entre GDF Suez, Camargo e seus sócios estatais que previa uma permanência temporária do grupo na concessionária. O grupo, que ficou responsável pela obra, entretanto tinha o direto de preferência de transferir a parcela à CPFL Energia, sua controlada. A distribuidora de energia, por se tratar de participação minoritária e devido a seus padrões de retorno, não teve interesse no ativo.
A saída da construtora tem prazo definido: 180 dias desde 3 de junho, quando a usina obteve a licença de instalação.
O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, confirmou que está analisando o investimento junto com Petros, mas disse que ainda não tem definido quanto valeria o ativo. O fundo contratou a LCA Consultoria para assessorá-lo na avaliação. A obra de Jirau foi iniciada este ano e há intenção de ficar pronta início de 2012.
Com investimento total de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões, o projeto obteve recentemente o maior financiamento a uma única obra da história do BNDES, no valor de R$ 7,2 bilhões - 60% a 72% do desembolso total. A usina terá capacidade de 3.450 MW, com 46 turbinas, informa a empresa.
Segundo fontes do setor, o valor do negócio poderia ficar em torno de R$ 300 milhões. Mas como a usina está em fase inicial de instalação, a grande parte do dinheiro seria na forma de aporte na obra da hidrelétrica. A construtora receberia o correspondente ao seu gasto até a venda.
Segundo Lacerda, a avaliação da LCA levará em conta o fluxo de caixa futuro da Energia Sustentável, outros dados financeiros e padrão de governança. "Temos prazo", diz. Segundo ele, já faz um bom tempo que o fundo se interessou pelo ativo e quer resolver o negócio o mais breve possível.
O presidente da Petros, Wagner Pinheiro, disse ao Valor que provavelmente a parte da Camargo deve ser dividida os dois fundos. Isso daria participação de 4,99% a cada um. Por fatia semelhante, segundo apurou o Valor, o fundo FI-FGTS pagou cerca de R$ 150 milhões ao banco Santander, que se desfez de 50% de sua parte na Santo Antônio Energia, que constrói Santo Antônio.
Pinheiro, da Petros, frisou que o investimento ainda está em fase de análise. Procurada, a Camargo Corrêa não quis se pronunciar sobre a operação de venda.
Os fundos são investidores estratégicos de longo prazo, com folga para aplicar em renda variável. As primeiras tentativas de participarem das usinas do Madeira ocorreram antes do leilão de Santo Antonio, em dezembro de 2007. Na ocasião, procuraram os três consórcios credenciados na disputa. O plano era ter o correspondente a 10% cada um. Depois, tentaram de novo, mas sem sucesso. Jirau foi leiloada em maio de 2008. (Cláudia Schuffner e Ivo Ribeiro, colaborou Josette Goulart - Valor Online)

Fundos: Pré-sal deve ir para Congresso até dia 20
Nesta terça-feira, o ministro Paulo Bernardo (do Planejamento), disse que até o dia 20, o Governo deve enviar ao Congresso os textos dos projetos de lei que criam o novo modelo do pré-sal.
- A proposta do governo está definida. O que estamos fazendo neste momento é redigir os textos dos projetos a serem enviados ao Congresso.
Segundo ele, um projeto vai criar a nova empresa 100% estatal que gerenciará os interesses da União na exploração das reservas do pré-sal. Outro vai regulamentar o fundo social em que o governo pretende aplicar a sua parte do dinheiro obtido com a exploração. Um terceiro projeto estabelecerá o sistema de partilha.
Bernardo explicou que a Petrobras continuará tendo a mesma atuação de hoje.
- Mas como a empresa é de capital aberto, não pode representar os interesses da União - disse, apesar de o capital da empresa ser misto e, de acordo com a própria Petrobras em seu balanço social, disponível em seu site, a União detém 55,7% das ações; 1,9% fica nas mãos do BNDES; 3,7%, nas mãos do FGTS da própria Petrobras; e somente 8,5% na mãos de pessoas físicas ou jurídicas brasileiras. Mesmo os estrangeiros detêm apenas 30,2%, sendo 26,6% nas mãos da ADR Nível 3; e 3,6% no restante).
Para Bernardo, a nova estatal vai representar a União no sistema de partilha e dizer qual será o mínimo que deseja receber em cada caso.
- Tem um patamar, que digamos que seja de 20%, que vai para o fundo social do governo - disse Bernardo, ressalvando depois que não existe um percentual pré-estabelecido e que os 20% são apenas um exemplo. A participação da União na renda do petróleo deverá variar de acordo com o potencial de vazão de cada caso.
Pré-sal traz enviado de Obama ao Brasil
O marco regulatório para a exploração de petróleo na camada do pré-sal será o principal alvo da atenção do general Jim Jones, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, que iniciou ontem visita oficial ao Brasil. Jones se mostra especialmente interessado em dimensionar a possível participação de companhias americanas nesse projeto.
Em conversa com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, Jones também pretende comparar dados divulgados pela imprensa sobre as reservas de petróleo do pré-sal com as estatísticas oficiais.
Nesse encontro, Jones espera dar um novo impulso à cooperação energética entre os dois países - a única área da relação bilateral na qual houve avanços efetivos nos últimos seis anos. Jones reservou duas horas para essa audiência. Em princípio, deverá tratar da cooperação na área de biocombustíveis, com o cuidado de não adiantar promessas de redução das tarifas de importação para o álcool brasileiro, e da evolução do programa nuclear do País.   (Monitor Mercantil)

Fundos: Lula quer a União com 80% do pré-sal
Porcentagem será aplicada às áreas de baixo risco exploratório, que, segundo governo, representam maioria das reservas
Presidente recebe hoje da comissão interministerial propostas para a nova Lei do Petróleo, que deve ser divulgada no dia 17
O presidente Lula quer que a União fique com ao menos 80% do petróleo que será explorado na camada pré-sal nos campos de menor risco e maior rentabilidade. Para o governo, a grande maioria da área do pré-sal deverá se encaixar nesse perfil.
Discutida desde 2008, a proposta da nova Lei do Petróleo será entregue hoje a Lula. Em reunião ministerial prevista para o dia 17, o presidente deve tornar público os projetos que enviará ao Congresso.
O governo optou pelo modelo de partilha de produção, em que o óleo cru explorado será dividido entre a União e as empresas petroleiras. Será criará ainda uma estatal, que representará o governo nos comitês operacionais dos campos do pré-sal. Os recursos obtidos serão destinados a um fundo de desenvolvimento social.
Durante as discussões do grupo interministerial, cogitou-se uma divisão que daria de 60% a 70% para a União e o restante para a Petrobras e empresas que vierem a ganhar os leilões de blocos do pré-sal ainda não licitados. Esses percentuais podem até ser adotados, mas nos campos que tiverem custo de exploração mais alto.
Nos demais, Lula orientou sua equipe a buscar percentual mais alto, acima de 80%, por considerar que o risco baixo de exploração do pré-sal justifica parcela maior da produção para a União. Ele avalia que deixar de 30% a 40% com a Petrobras e empresas privadas seria muito.
Nos debates internos, o pré-sal é chamado por ministros de "picanha azul", "filé" e "bilhete premiado". Trocando em miúdos: segundo estudos da Petrobras, só uma fatia pequena do pré-sal teria risco elevado de exploração e rentabilidade baixa.
Esses percentuais, porém, não serão fixados na proposta da nova Lei do Petróleo. A definição será tomada caso a caso, por bloco a ser leiloado, pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). Na prática, a decisão será do Planalto.
Motivo: o governo tem maioria no CNPE, órgão de assessoramento do presidente comandado pelo ministro de Minas e Energia. O CNPE tem nove integrantes, dos quais seis são ministros. Um representa os Estados. Outro, o meio acadêmico. E há um especialista em energia. Como a exploração do pré-sal não deverá ocorrer neste governo, caberá ao sucessor de Lula definir o percentual.
Na avaliação de Lula, nem a Petrobras, que tem 60% do capital em mãos privadas, poderia ficar com percentual acima de 20%. A estatal defende que uma parcela de 30% do óleo explorado fique com ela.
Contribuíram para a decisão de Lula informações sobre as regras adotadas em outros países. O presidente foi informado de que, na Líbia, as empresas que exploram petróleo há mais tempo e que são consideradas "simpáticas" ao governo ficam com 21% da produção de óleo cru. Um ministro envolvido na discussão da nova Lei do Petróleo disse que empresas japonesas e chinesas recebem 10%. O resto fica com o governo.
Para o governo, o baixo risco de exploração do pré-sal tornará atrativa para a Petrobras e as empresas privadas uma partilha mais rigorosa do óleo. Lula deseja prestigiar a Petrobras. Por isso, decidiu que a estatal será a operadora única do pré-sal. Uma empresa privada terá de contratar a estatal de capital misto. O governo tem a maioria do capital votante da Petrobras, mas só 40% do capital total.
Para tentar aumentar essa participação, o governo já decidiu que realizará uma capitalização da estatal. O problema é que, pela lei, os minoritários têm direito de elevar seu capital na mesma proporção.
"INSPIRADORA" DO PRÉ-SAL TEM LUCRO ZERO NO 2º TRI
A companhia petrolífera norueguesa Statoil não teve lucro no segundo trimestre deste ano, depois que os gastos com pagamento de impostos praticamente eliminaram todos os ganhos obtidos pela empresa. No mesmo período do ano passado, ela tinha ganhado 62 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 10,3 bilhões). O modelo norueguês do petróleo é uma das inspirações do governo brasileiro para a implantação do marco regulatório do pré-sal.  (KENNEDY ALENCAR e VALDO CRUZ - Folha de S.Paulo)

Fundos: Governo tenta forçar a Vale a investir usando o BNDES
Dono de 6,9% do capital votante da Vale, por meio da fatia em poder da empresa de participações do BNDES, o governo federal tenta imprimir à mineradora uma agenda mais agressiva de investimentos no País. De acordo com fontes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria manifestado mais de uma vez o seu descontentamento em relação aos cortes de investimentos e de pessoal na empresa, no pós-crise. Ao lado da Petrobras, a Vale seria um dos suportes no cronograma de grandes obras apoiadas pelo governo.
Em outubro do ano passado, um mês depois do agravamento da crise, o conselho de administração da Vale aprovou um plano de investimentos de US$ 14,2 bilhões para 30 projetos iniciados em 2009, sendo US$ 9,9 bilhões, em empreendimentos no Brasil. Em maio, o plano geral foi reduzido para US$ 9 bilhões. A Vale sustenta que mantém o foco dos projetos no Brasil. As dificuldades na obtenção de licenciamento ambiental teriam motivado a retirada de projetos importantes do portfólio, como as usinas siderúrgicas do Espírito Santo e do Maranhão. Privatizada em 1997, Vale é controlada, com 53,9% do capital ordinário, pela Valepar - composição entre o fundo de previdência do Banco do Brasil, Previ; a empresa de participações do Bradesco, a Bradespar (majoritários), BNDESPar e a trading japonesa Mitsui. A Previ é vista pelo governo como um trunfo na formação, com o BNDES, de um bloco de força junto à mineradora. A direção do fundo, porém, tem-se mostrado satisfeita com a condução dos negócios na Vale. (DCI)

Fundos: Governo quer que a Vale invista mais no País
Grande acionista da Vale, BNDES negocia aumento de investimentos
Dono de 6,9% do capital votante da Vale, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo federal tenta imprimir à mineradora uma agenda mais agressiva de investimentos no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, mais de uma vez, descontentamento com os cortes de investimentos e de pessoal na empresa no pós-crise. Ao lado da Petrobrás, a Vale seria um dos suportes no cronograma de grandes obras apoiadas pelo governo.
Em outubro do ano passado, um mês depois do agravamento da crise, o conselho de administração da Vale aprovou um plano de investimentos de US$ 14,2 bilhões para 30 projetos iniciados em 2009. Desses, 70%, ou US$ 9,9 bilhões, são de empreendimentos no Brasil. Em maio, o plano geral foi reduzido para US$ 9 bilhões.
A Vale sustenta que mantém o foco dos projetos no Brasil. As dificuldades na obtenção de licenciamento ambiental teria motivado a retirada de projetos importantes do portfólio, como as usinas siderúrgicas do Espírito Santo e do Maranhão.
Privatizada em 1997, Vale é controlada, com 53,9% do capital ordinário, pela Valepar - composição entre o fundo de previdência do Banco do Brasil (Previ), a empresa de participações do Bradesco, a Bradespar (majoritários), BNDESPar e a trading japonesa Mitsui. A Previ é vista pelo governo como um trunfo na formação, com o BNDES, de um bloco de força na mineradora. A direção do fundo, porém, tem-se mostrado satisfeita com a condução dos negócios na Vale.
Mesmo as medidas de contenção de custos, incluindo a polêmica demissão de 1.300 funcionários, foi aprovada pelo conselho, presidido por Sérgio Rosa, também presidente da Previ, e que tem entre seus membros o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. "Não existe uma orientação explícita do governo. Existe a insatisfação do presidente Lula, que espera maior flexibilidade da Vale, mas ele sabe das limitações técnicas", diz uma fonte do BNDES.
Segundo essa fonte, está em andamento uma política de convencimento e negociação, mas não há soluções impostas "a ferro e fogo". Essa negociação se daria em torno da manutenção de projetos estratégicos. De acordo com outra fonte, ligada à mineradora, está em jogo mais o calendário político do que propriamente econômico. A Vale informou, na semana passada, uma mudança de estratégia no setor siderúrgico, por exemplo: estaria disposta a bancar mesmo sozinha a construção de usinas siderúrgicas.
A Baosteel, maior siderúrgica chinesa, que seria uma parceira importante da Vale em projetos brasileiros, desistiu das obras do Espírito Santo e Maranhão, mesmo depois dos gastos de US$ 20 milhões somente nos estudos técnicos.
A percepção na mineradora é que hoje, num cenário fragmentado pela crise, os investidores estrangeiros não retornam. Na segunda-feira, o governador do Ceará, Cid Gomes, almoçou na sede da mineradora para acertar detalhes do início da terraplenagem, em dezembro, no terreno que abrigará a Companhia Siderúrgica de Pecém.
Inicialmente, a Vale seria minoritária, com 10%, na obra feita em parceria com a coreana Dongkuk. A mineradora já negocia um aumento de participação no projeto, provavelmente para 30%, a exemplo do que ocorreu na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), projeto que tem a alemã Thyssenkrupp como majoritária, na zona oeste fluminense.
De qualquer forma, uma mudança no acordo de acionistas para atender às aspirações do governo é tida como improvável tanto na Previ como no BNDES. Seria delicado mexer agora no acordo, que vigora há mais de oito anos. Só com a concordância de todos os acionistas, o que é considerado impossível. Nos últimos oito anos (de 2000 a 2008) a Vale pagou dividendos de US$ 11 bilhões a seus acionistas. Ou seja, mais do que o dobro dos US$ 3 bilhões pagos nos 54 anos anteriores da companhia.
"Ajustes na gestão sempre serão bem vindos, mas a diretoria da Vale não está sob ameaça e também não há como o governo fazer uma intervenção branca na companhia", disse uma fonte ligada à companhia. A empresa sustenta que está capitalizada para novos projetos. Tem em caixa mais de US$ 10 bilhões, mais ofertas de crédito de bancos comerciais e de investimentos, entre eles o próprio BNDES, que pôs à disposição uma linha de financiamento de R$ 7 bilhões para a mineradora.
"No momento, temos crédito à vontade para a Vale. Além dos R$ 7 bilhões, que a empresa ainda não pegou, há condições de fazer outros. O banco está acessível e disponível para liberar recursos para a Vale", diz uma fonte do BNDES.
''O que vemos agora é o início de um novo período''
O diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, traçou ontem um cenário bastante positivo para a economia mundial e o mercado de minério de ferro. ''O que vemos hoje, claramente, é o início de um novo período'', afirmou o executivo.
Durante palestra para investidores e analistas financeiros da Apimec-Rio, ele se recusou a falar de uma eventual pressão do governo por mais investimentos. Mas salientou que a recuperação da economia mundial ''já se iniciou'' e pode ser confirmada por indicadores favoráveis divulgados em economias como a do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Apesar de otimista, Barbosa admite que é preciso cautela, pois as economias em desenvolvimento ainda vão demorar para retornar aos patamares anteriores ao agravamento da crise financeira. ''Dado o estrago, esse é um processo que vai levar tempo.''
O diretor se mostrou bastante animado com os sinais de recuperação da demanda por matérias-primas na Europa, que antes da crise absorvia 25% da produção de minério de ferro da Vale.
''Para nós, essa recuperação é muito importante. Fomos (a companhia) mais afetada pela geografia do ajuste'', disse, ao lembrar que as concorrentes australianas, por estarem mais próximas da Ásia, já tinham na China uma parcela maior das vendas. O país foi um dos menos afetados pela crise e vem mostrando incremento em suas compras.   (Irany Tereza e Mônica Ciarelli - O Estado de S.Paulo)

Fundos: Além do Brasil, trem-bala se espalha em emergentes
Com quatro décadas de atraso, os trens de alta velocidade estão chegando ao mundo em desenvolvimento, onde mais de dez países inauguram suas primeiras linhas ou avançam em projetos com essa tecnologia, ligando as suas principais cidades. A expansão dos investimentos em infraestrutura, o aumento da renda per capita e até mesmo o orgulho nacional de ostentar um projeto grandioso começam a abrir uma nova fase para os trens-bala. "É a hora dos países emergentes", diz Philippe Delleur, presidente no Brasil da Alstom, empresa francesa que ganhou o contrato para uma linha de alta velocidade na Argentina e confirmou o interesse em participar da licitação para o trem Rio-São Paulo-Campinas.
O Shinkansen, primeiro projeto do gênero, foi inaugurado no Japão em 1964. A tecnologia chegou à Europa em 1981, quando entrou em operação comercial a ligação entre Paris e Lyon. Foi só em 2003 que deixou de ser exclusividade dos países ricos, com a abertura da primeira linha na China. Um ano depois, os chineses já operavam o trem mais rápido do planeta, com o sistema baseado no princípio da levitação magnética), que viaja a até 430 km/h e liga uma estação em Xangai ao aeroporto internacional da cidade.
Hoje, a China tem 4.075 quilômetros de linhas de alta velocidade planejadas e outros 3.404 quilômetros já em construção, incluindo o Expresso Pequim-Xangai, linha orçada em US$ 31 bilhões e que reduzirá de dez para cinco horas o tempo de viagem entre as duas cidades, separadas por 1.318 quilômetros. Em março, a Turquia inaugurou parte da ligação entre Ancara e Istambul.
Índia, Irã e Marrocos têm projetos de trem-bala em estudo. A Arábia Saudita planeja o "Trem do Islã", ligando em 30 minutos as duas mais importantes cidades para os muçulmanos, Meca e Medina. Já a Rússia quer montar uma rede de linhas de alta velocidade até 2020. Estão previstos, até 2010, investimentos em torno de US$ 8 bilhões. Em um primeiro momento, um conjunto de novos trens está sendo implementado no trajeto Moscou-São Petersburgo, diminuindo o tempo de viagem para 3h45. No futuro, até 2018, será construída uma linha paralela à atual, com velocidade operacional de 330 km/h.
O vice-presidente técnico da Alstom Transporte, François Lacôte, enumera três fatores determinantes para a adoção dos trens-bala por um país. Além de concentração populacional nas duas pontas do projeto - para alimentar a demanda -, o nível de renda dos habitantes precisa ser compatível com o valor das tarifas cobradas a fim de viabilizar o investimento.
O terceiro fator é a "vontade política" dos governos, afirma Lacôte, um dos pais do TGV francês. "Na Coreia, os três elementos estavam presentes", diz o executivo e pesquisador. O país asiático adotou a tecnologia da Alstom em 2004 e hoje quer participar do trem brasileiro. "Já nos Estados Unidos, faltava o terceiro elemento, mas isso pode mudar com o governo Barack Obama."
O presidente da WerkShire Infraestrutura e Participações, José Alexandre Resende, acrescenta dois outros ingredientes: a topografia e a disposição dos governos em conceder subsídios para a operação das linhas. "O transporte ferroviário de passageiros em trajetos de longa distância é subsidiado no mundo inteiro", diz Resende, que esteve no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entre 2002 e 2008.
Já a topografia é decisiva no valor dos investimentos necessários. No eixo Rio-São Paulo-Campinas, onde o relevo é fortemente acidentado e 90 quilômetros serão percorridos em túneis, o custo foi estimado em R$ 34,6 bilhões. No percurso de 710 quilômetros da linha Buenos Aires-Rosário-Córdoba, o relevo mais plano e o aproveitamento parcial de corredores existentes diminuem o investimento para cifras próximas de US$ 3 bilhões.
Para o executivo francês, os trens de alta velocidade devem ganhar mais espaço em todo o mundo, por causa das preocupações com o aquecimento global. "É um crime contra o ambiente usar avião para trechos de 500 quilômetros", diz Lacôte. Segundo ele, a emissão de CO2 por passageiro transportado é 50 vezes menor no trem-bala do que no avião.
Na França, a participação das empresas aéreas caiu para 10% do total de passageiros em ligações ferroviárias que podem ser cobertas em até duas horas. A opção pelo avião, em trajetos como Paris-Lyon, passou a ser adotada basicamente por passageiros internacionais em conexão na capital francesa. Nos trechos de até três horas, como Paris-Marselha, a relação é de 70% de passageiros para o TGV e de 30% para o aéreo.
Apesar do cenário promissor para os trens de alta velocidade nos países emergentes, ainda é no mundo desenvolvido que eles mais se expandem. A Espanha deve mais do que triplicar a rede atual e a França tem um plano de novas linhas para os próximos 15 anos. Para a Alstom, que fabrica composições de carga e trens de metrô, por exemplo, o TGV só representa de 10% a 15% da receita de sua divisão de transportes.
Viabilidade do investimento divide especialistas
A viabilidade do investimento no trem de alta velocidade (TAV) Rio-São Paulo-Campinas ainda não é consenso entre especialistas no setor. Uma das maiores críticas é sobre o custo da obra, estimado em R$ 34,6 bilhões no relatório da Halcrow, consultoria britânica contratada pelo governo. José Alexandre Resende, presidente da WerkShire Infraestrutura e Participações e ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), afirma que o projeto não para em pé se não houver subsídio de pelo menos 50%.
Para ele, o custo é muito alto para o Brasil "se dar ao luxo" de implementar o empreendimento e o país "perdeu o bonde" do trem-bala. "Faria muito mais sentido gastar esse dinheiro em dez cidades diferentes, aplicando R$ 3 bilhões em cada uma delas para expandir a rede de metrô, o que resolveria um problema crônico de transporte público de massa", completa Resende, citando outra prioridade. Ele avalia que a travessia da Serra do Mar, da Serra das Araras e de vários centros urbanos torna inviável o investimento no TAV brasileiro.
O engenheiro Fábio Tadeu Alves, especializado em planejamento e sistemas de trens de alta velocidade, pondera que o valor do investimento não deve ser visto isoladamente, mas considerando vantagens e benefícios indiretos. Segundo ele, a adoção de um trem-bala entre duas cidades densamente povoadas pode desenvolver novos setores da economia. "Principalmente o setor imobiliário, no entorno das estações, mas se potencializa a pesquisa ferroviária e as indústrias metalúrgica, eletrônica e de engenharia civil", diz Alves. Além disso, trata-se de uma grande oportunidade para reorganizar concentrações urbanas que tiveram crescimento desordenado.
O relatório da Halcrow indica nove "vantagens associadas" à implantação e à operação do trem: indução ao desenvolvimento regional, aliviando áreas de maior densidade urbana; redução de gargalos dos subsistemas de transporte aeroportuário, rodoviário e urbano; postergação de investimentos na ampliação e construção de rodovias e aeroportos; menor uso do solo comparado à construção ou ampliação de rodovias; redução de impactos ambientais e emissão de gases poluentes em decorrência do desvio da demanda do transporte aéreo e rodoviário; redução dos tempos de viagem associados à baixa probabilidade de atrasos; aumento do tempo produtivo para os usuários; geração de empregos; queda do nível de congestionamento e do número de acidentes em estradas.
Grupos japoneses, alemães, franceses, espanhóis, coreanos, italianos e chineses já demonstraram interesse em participar da licitação do TAV brasileiro, cujo edital deve sair até o fim deste ano. O primeiro grupo a confirmar a intenção de disputar o projeto, após a divulgação dos estudos da Halcrow, foi o francês. Liderado pela Alstom, prevê a operação do sistema pela SNCF. De acordo com Philippe Delleur, presidente da Alstom no Brasil, os quatro grandes bancos franceses instalados no país estão desenhando um pacote para financiar toda a parte importada do TAV. Ele garante que a empresa está disposta a transferir tecnologia, mas diz a construção da infraestrutura provavelmente precisará de algum subsídio oficial.   (Daniel Rittner - Valor Online)


Órgãos, Associações e Entidades do Segmento

 
Anapar: Módulo Básico em Previdência Complementar
Nos dias 27 e 28 de agosto, acontece em Brasília (DF) o curso Módulo Básico em Previdência Complementar.
O curso terá duração de 16 horas-aula. O público-alvo são os militantes e dirigentes de entidades de classe, trabalhadores de fundos de pensão, dirigentes de fundos de pensão e participantes que tenham interesse pelo tema.
Módulo Básico
O curso apresenta o conceito de formação do custo previdenciário, as formas de financiamento aplicadas no ambiente previdenciário e as modelagens clássicas de estruturação de um plano previdenciário, além dos conceitos de reserva matemática, equilíbrio de um plano de previdência e a caracterização de um déficit ou superávit atuarial. Apresenta a atual estrutura da previdência no Brasil com destaque para as EFPC.
Serviço
Local: Eletronorte – SCN Qd. 6 Conjunto A Bloco C – Entrada Norte 2 – 2º andar – Centro de Treinamento Bem-te-vi sala Juriti - Asa Norte - Brasília - DF.
Data: 27 e 28 de agosto de 2009
Horário: 09h às 18h
Inscrições: no site www.anapar.com.br
Informações: (61) 3326-3086 / 3326-3087 – e-mail rosana@anapar.com.br   (Anapar)

Notícias de Interesse do Segmento Previdenciário

CM

 
“COBAP é quem vai balizar negociação com Governo”
Negociação do reajuste dos aposentados será nesta quarta-feira
Dirigentes de federações de 20 estados estiveram na tarde de terça-feira, 4 de agosto, no gabinete do senador Paulo Paim (PT) para analisar conjuntamente as propostas de reajuste aos aposentados e pensionistas do INSS que ganham mais que um salário mínimo. A reunião frisou o entrosamento e respeito mútuo da COBAP com o senador gaúcho.
Este encontro se fez necessário em razão do Governo convidar novamente a Confederação para negociar o índice de reajuste em reunião agendada para a tarde de quarta-feira, 5 de agosto, com a presença da COBAP, do ministro Luis Dulce e do deputado federal Henrique Fontana (PT). Possivelmente, mais três centrais sindicais serão convidadas, mas segundo o próprio Paulo Paim, “será a COBAP quem vai balizar a negociação e dar a palavra final em nome de todos os aposentados brasileiros”.
“Sou parceiro nas horas boas e ruins. Se a COBAP fizer um acordo, eu apoio. Assino embaixo todas as determinações do presidente Warley Martins. Estou sempre junto com os movimentos sociais”, enfatizou Paim. Segundo ele,
Na visão do senador, no atual momento, buscar uma alternativa através de um consenso é a melhor forma de construir uma política de reajuste aos milhões de aposentados e pensionistas que ganham mais que o mínimo. “Temos que estar mobilizados nas eleições de 2010 e arrancar do futuro presidente da República o comprometimento com os aposentados”, aconselha Paim.
Compartilhando da opinião do senador, a presidente da COBAP, Warley Martins, respaldado pelas demais federações, estará de cabeça erguida a frente da nova rodada de negociações salariais com o Governo Federal.   (Richard Casal - Cobap)

Fator: Senador lembra acordo para votar projeto
O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou ao Plenário, nesta terça-feira (4), o acordo prevendo a votação, ainda este mês, do projeto de lei que extingue o fator previdenciário  no cálculo das aposentadorias da Previdência Social. O parlamentar recordou que, pelo acordo, as duas primeiras semanas de agosto serão destinadas à negociação da matéria, que irá à votação na segunda quinzena do mês.
Paim relatou conversa com o presidente da Câmara dos Deputados - onde tramita a matéria -, deputado Michel Temer, o qual solicitou que ele conversasse com os líderes do governo naquela Casa, deputado Henrique Fontana, e no Senado, senadora Ideli Salvatti (PT-SC). De acordo com o senador, ambos lhe disseram que o governo apresentará uma proposta quanto ao fim do fator previdenciário e do reajuste dos aposentados.
O senador anunciou que aposentados e pensionistas irão fazer "pressão democrática e legítima". Anunciou um movimento em todas as capitais no dia 14, visando a aprovação dos dois projetos, que tratam do fator previdenciário e do reajuste dos aposentados.
O senador abordou também o caso do Fundo de Pensão Aerus, cujos pensionistas, segundo o senador, estão recebendo apenas 8% do que teriam direito. Paim afirmou que o governo deve encaminhar até a próxima semana uma proposta concreta por parte do governo, para atender as 50 mil pessoas vinculadas ao fundo, entre aposentados, pensionistas e trabalhadores.
Ainda no mesmo pronunciamento, o parlamentar relatou o encontro do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul, no mês passado, que indicou, por unanimidade, as candidaturas da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para presidente; do ministro da Justiça, Tarso Genro, para governador do estado; e dele próprio para o Senado.   (Agência Senado)

Projetos alteram os benefícios
O governo está preocupado e tenta negociar um aumento real para os aposentados porque teme que dois projetos sejam aprovados no Congresso Nacional.
Centrais já aceitam negociar ganho real do INSS
O primeiro, do senador Paulo Paim (PT-RS), iguala os reajustes do salário mínimo e das aposentadorias com valores acima do mínimo. Só para se ter uma ideia da diferença, os aposentados tiveram reajuste de 5,92% (apenas a reposição da inflação), e o salário mínimo teve alta de 12%. A proposta já passou no Senado.
O outro projeto, também do senador Paulo Paim e já aprovado pelo Senado, acaba com o fator previdenciário.
Na Câmara, o deputado Pepe Vargas (PT-RS) irá propor uma modificação: que o índice que reduz as aposentadorias seja trocado pelo fator 85/95 --que dá o benefício integral às mulheres que tiverem 85 como resultado da soma de idade e de tempo de contribuição e aos homens que tiveram o resultado 95. A previsão é que as negociações sejam retomadas neste mês. O governo já manifestou ser favorável ao fator 85/95.   (Ellen Nogueira - Agora S.Paulo)

Centrais já aceitam negociar ganho real no INSS
A reunião para definir o aumento real (acima da inflação) para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima do salário mínimo deve ocorrer amanhã, em Brasília, entre entidades de aposentados e governo. Na terça, deve ser a vez do encontro entre centrais sindicais e governo. Os sindicatos já estão dispostos a negociar.
O governo diz que a negociação depende do que as centrais irão propor.
"Podemos aceitar um aumento real de três pontos percentuais acima da inflação. O que sabemos é que o governo está disposto a negociar", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical.
O governo acenou com um aumento de 2,5 pontos percentuais acima da inflação. Considerando que, na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), aprovada pelo Congresso, a inflação prevista é de 3,64%, o aumento poderia ser de 6,14% (se ficar o reajuste proposto pelo governo) ou de 6,64% (se ficar o índice proposto pela Força). O novo valor será pago em fevereiro.
A Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas) diz que sua proposta será que os aposentados que ganham mais que o mínimo tenham o mesmo reajuste dado ao piso --de 8,9%, previsto também na LDO.
"É lógico que teremos de negociar, mas não vamos pedir um valor menor", comentou o presidente da Cobap, Warley Martins Gonçalles.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que se reuniu ontem com representantes da Cobap, já ouviu que o índice de reajuste para os aposentados deve ficar próximo de 7%. "Já é melhor que apenas a inflação."
A CUT encomendou um estudo ao Dieese sobre qual é a perda dos aposentados de acordo com a faixa salarial.
Escalonado
O governo deverá ter duas propostas: uma de reajuste escalonado, na qual o ganho real maior valeria para quem recebe menos, e outra de aumento único para todos os benefícios, mas com o ganho acima da inflação menor.
Pela proposta de reajuste escalonado, os benefícios entre R$ 465,01 e R$ 697,50 (um mínimo e meio) teriam um aumento acima da inflação, mas menor que 8,9%. Os segurados que ganham de R$ 697,51 a R$ 930 (dois mínimos) e de R$ 930,01 a R$ 1.162,50 (dois mínimos e meio) teriam aumentos menores, mas provavelmente acima da inflação --que deverá ser de 3,64%. Quem ganha mais de R$ 1.162,51 teria um reajuste menor --não foi confirmado se acima da inflação.
A Força e a Cobap dizem que são contra o reajuste escalonado e que vão lutar pelo aumento único. "O aumento real é a nossa prioridade", disse Gonçalles.   (Anay Cury, Carolina Rangel e Ellen Nogueira - Agora S.Paulo)

Despesas: Acerto na Câmara
Os líderes do PT, Cândido Vaccarezza, e do PSDB, José Aníbal, fecharam questão ontem: não votam qualquer projeto que provoque aumento de despesas públicas na área do custeio. O fim do Fator Previdenciário vai ficar na gaveta.   (G1)

A previdência de planos e a propaganda enganosa
Primeiro, quero que fique bem claro que a Anasps não é contra qualquer tipo de Previdência Social, seja pública ou privada. Fazemos restrições aos modelos de gestão da Previdência pública e privada. A nossa tese central é que Previdência não rima com política. Não temos, por exemplo, nada contra a previdência complementar fechada, dos fundos de pensão, públicos ou privados, apenas julgamos temerária a pesada intervenção político-partidária nos fundos públicos.
Nada temos contra a previdência complementar aberta, de bancos e seguradoras. Até já reivindicamos e propomos que o INSS fosse autorizado a vender tais planos, nas mesmas condições das demais instituições, com o diferencial de que teria a garantia do Estado. Mais ainda: sugerimos que os recursos arrecadados constituíssem um fundo blindado, gerido pelo BNDES, por exemplo. Poderiam dizer que seria uma concorrência desleal. Talvez, mas, como ninguém fiscaliza tal previdência e não há as mínimas garantias para os segurados, a figura do INSS poderia alterar os rumos desse mercado, na sua concepção correta e na sua execução errada. Correta porque preenche o vácuo deixado pelo INSS. Errada porque foi induzida, pelo mercado, na globalização, a vender planos de investimentos atrelados à volatilidade da especulação financeira.
O diferencial deste título de investimento em VGBL e PGBL é que, enquanto todas as aplicações financeiras pagam IR na fonte, o VGBL paga IR sobre o ganho de capital e o PGBL permite reduzir até 12 % do rendimento tributável do IR. Quando a taxa de juros estava em 12% e acima disso, os investidores compravam todos os papéis e embarcavam nestes que tinham o pomposo rótulo de Previdência. Com juro real de 12%, em 2005, projetavam para que comprasse um plano de R$ 200 mês, por 30 anos, um beneficio de R$ 2.697. Isto atraiu 8 milhões (mas há quem fale em 12 milhões) de receosos do seu futuro nas mãos do INSS, jogando nas burras de bancos e seguradoras mais de R$ 120 bilhões (outros chutam R$148 bilhões). Mas, com juro real de 6%, tudo indica que o benefício despencará para R$ 603 ou menos.
Com o apagão da economia mundial, bancos e seguradoras baixaram a bola. Não dizem quanto perderam e quanto os investidores perderam. Aguardam a agudização da crise, mantendo sua lucratividade nas taxas de administração, cobrada sobre os rendimentos, e de carregamento, cobradas sobre os investimentos, para jogar os 8/12 milhões contra o governo.
Recentemente surpreendi-me ao ler em um jornal dados que confirmam o que venho escrevendo há anos: não se trata de previdência, mas títulos de investimentos, com um apelo mágico de previdência. Vejam: previdência referenciada DI, previdência cambial dólar, previdência renda fixa, previdência renda fixa médio e alto risco, previdência balanceados, previdência multimercados sem ações, previdência multimercados com ações.
A máscara caiu. Sempre escrevemos que os planos de previdência privada eram tipos de investimentos, uma diversificação marketeira no mercado financeiro.   (Paulo César Régis de Souza - Jornal de Uberaba)

Aposentados começam a receber o 13º salário
A partir do dia 25, o Ministério da Previdência Social começa a pagar a primeira parcela, correspondente a 50% do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS. Ao todo, 26,6 milhões beneficiários terão direito à antecipação, alcançando um valor total de cerca de R$ 7,9 bilhões, além do valor normal da folha que é de, em média, R$ 16,9 bilhões.
A segunda parcela, com subtração do Imposto de Renda (IR), será paga entre o final de novembro e o início de dezembro.
Pela ordem, quem ganhar até um salário mínimo e possuir cartão de pagamento com o final 1 receberá primeiro. Para aqueles que recebem mais de R$ 465,00, o saque estará disponível a partir de 1º de setembro. Pelo calendário, o INSS creditará todos os benefícios até o dia 8 de setembro.   (Correio Online)

MS fixa normas para consignações em folha
Através do Decreto número 12.796, publicado no Diário Oficial de ontem (04), o governo do Estado dispõe sobre a averbação de consignações em folha de pagamento de servidores públicos civis e militares da administração direta, autarquias, fundações e empresas públicas do Poder Executivo, excluídos os temporários e convocados. As consignações foram classificadas em compulsórias, preferenciais e facultativas e foram estipulados limites para essas consignações.
As consignações compulsórias são descontos incidentes sobre a remuneração dos servidores por força de lei ou mandado judicial, compreendendo as contribuições para o MSPREV (regime próprio de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul) ou regime de Previdência Social Geral; planos de saúde; pensão alimentícia judicial; imposto de renda retido na fonte; compensação por benefícios ou auxílios prestados aos servidores pela administração pública estadual; pagamento de empréstimos de natureza salarial autorizados pela administração pública; prestação de financiamento imobiliário exclusivo para residência do servidor; descontos determinados por decisão judicial e cobrança de dívida com a Fazenda Pública e contribuição em favor de entidades sindicais.
Já as consignações preferenciais são os descontos autorizados pelo servidor público, mediante anuência da administração pública, decorrente de contrato, acordo ou convênio entre o servidor e o consignatário, tendo por objeto: financiamento da saúde pelas entidades instituídas como gerenciadoras de planos de saúde oficiais, com prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos, laboratoriais, compras de medicamentos e pagamento de franquias com órteses e próteses, por meio do Cartão Benefício, plano agregado especial, plano especial e outros benefícios.
As consignações facultativas são os descontos autorizados pelo servidor público, decorrente de contrato, acordo ou convênio entre o servidor e o consignatário, tendo por objeto: contribuição para planos de previdência complementar e renda mensal; prêmios de seguros de vida cobertos pelos consignatários; pagamento de parcelas mensais correspondentes a fornecimento de bens e serviços decorrentes de convênios mantidos por sindicatos ou associações de classe com fornecedores; pensão alimentícia voluntária; mensalidade instituída para o custeio de sindicatos, associações de classe, clubes de servidores e recreativos; amortização de empréstimos ou financiamentos concedidos por instituições financeiras ou administradora de sistemas integrados de convênios e benefícios.
A averbação de consignações, conforme o decreto, não poderão ser superiores a 48 parcelas mensais. As entidades consignatárias deverão requerer a revalidação de seu credenciamento, até 30 dias antes do prazo de vencimento do seu convênio, instruída com os documentos exigíveis para o credenciamento, especialmente aqueles que contiverem alteração em relação ao original apresentado e ou com prazo de validade vencido. A falta de revalidação do credenciamento implicará a imediata exclusão da entidade do rol das consignatárias, independentemente de qualquer aviso ou interpelação judicial ou extrajudicial, preservadas as averbações existentes até o cumprimento total das obrigações pactuadas entre a entidade e o servidor estadual.
Ainda segundo a publicação, ressalvadas as consignações compulsórias, não será permitido desconto de valor inferior a 1% do menor vencimento-base ou subsídio fixado. As consignações compulsórias e as preferenciais terão prioridade sobre as facultativas.
A soma mensal das consignações preferenciais de cada servidor não poderá exceder ao valor equivalente a 10% da remuneração bruta, assim considerada a totalidade das parcelas salariais que lhe são devidas, excluídas as seguintes verbas: diárias e ajuda de custo; indenização de despesa de transporte, auxílio-transporte e auxílioalimentação; salário-família; gratificação natalina, adicional e abono de férias; adicional pelo exercício de atividades em condições insalubres, penosas ou perigosas ou pelo exercício em determinadas zonas ou locais; adicional pela prestação de serviço extraordinário, hora extra ou plantão de serviço; adicional por trabalho noturno; diferenças de vencimento ou parcela salarial de caráter eventual ou temporário de qualquer natureza; parcela originária de decisão judicial não transitada em julgado.
No caso de a soma mensal das consignações preferenciais exceder ao limite estipulado de 10% da remuneração bruta serão suspensos os descontos, até atingir aquele limite, relativamente às consignações preferenciais, excluindo sucessivamente, na seguinte ordem: serviços médicos, hospitalares, odontológicos e laboratoriais, compra de medicamentos, pagamento de franquias com órteses e próteses, por meio do Cartão Benefício, outros benefícios, agregado especial, plano especial.
A soma mensal das consignações facultativas de cada servidor não poderá exceder ao valor equivalente a 40% da remuneração bruta, assim considerada a totalidade das parcelas salariais que lhe são devidas, excluídas as seguintes verbas: diárias e ajuda de custo; indenização de despesa de transporte, auxílio-transporte e auxílio alimentação; salário-família; gratificação natalina, adicional e abono de férias; adicional pelo exercício de atividades em condições insalubres, penosas ou perigosas ou pelo exercício em determinadas zonas ou locais; adicional pela prestação de serviço extraordinário, hora extra ou plantão de serviço; adicional por trabalho noturno; diferenças de vencimento ou parcela salarial de caráter eventual ou temporário de qualquer natureza; parcela originária de decisão judicial não transitada em julgado.
Não será efetuado desconto de consignação facultativa quando a soma desta com as compulsórias e as preferenciais exceder a 70% da remuneração bruta do servidor. Caso a soma mensal das consignações compulsórias, preferenciais e facultativas exceda ao limite definido serão suspensos os descontos, até atingir aquele limite, relativamente às consignações facultativas, excluindo-as sucessivamente, na seguinte ordem: pagamento de bens e serviços decorrentes de convênios mantidos por sindicatos ou associações de classe com fornecedores de bens e serviços; amortização de empréstimo, financiamentos pessoais; pensão alimentícia voluntária; contribuição para planos de pecúlio, previdência complementar ou renda mensal; contribuição para seguro de vida; mensalidade para custeio de associações, entidades de classe, federações e sindicatos.
As consignações facultativas serão processadas exclusivamente por meio de sistema eletrônico, via internet, de reserva de margem e controle de consignações com desconto em folha. Os valores das consignações serão repassados aos agentes consignatários até o último dia útil do mês seguinte ao da folha de pagamento em que forem retidas. (MS Notícias)

Folha do INSS: Governo teme ausência de bancos
Em clima de apreensão, o governo federal realiza hoje o leilão da folha de pagamento dos novos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O temor, no entanto, é de que os bancos privados não participem, fazendo com que o leilão se torne um grande fracasso. Na segunda-feira, correu até o boato sobre possível adiamento, porém até ontem à noite não houve mudança na decisão de governo.
A alegação dos bancos privados para não entrar na disputa é que o negócio pode não ser tão atrativo como diz o governo. Isso porque os potenciais clientes são de baixa renda e não terão interesse em contratar novos produtos bancários. Apesar disso, a expectativa é de que pelo menos as instituições financeiras que atualmente concentram a maior parte dos pagamentos participem da disputa.
O Banco do Brasil é responsável pelo pagamento de 24,58% dos 26,6 milhões de benefícios, seguido pelo Bradesco (17,71%), Caixa Econômica Federal (17,46%) e Itaú (10,81%). Nenhuma dessas instituições quis falar sobre o assunto. Em junho, o INSS desembolsou R$ 17 bilhões para pagamento dos aposentados.
Pelas regras do edital, o banco que pagar o maior preço será o vencedor. O contrato com cada banco será de 20 anos, sendo que a cada cinco serão realizados pregões para ofertar o direito ao pagamento dos novos benefícios concedidos no período seguinte. A licitação será dividida em 26 blocos. Não integram a operação os municípios de difícil acesso. Nesse caso, os benefícios serão pagos por meio dos Correios, Caixa Aqui, Banco Postal e agências pioneiras.
EDITAL. Para evitar que o leilão se torne um "mico", o edital prevê ainda que os aposentados não poderão optar por receber seus benefícios nos bancos que não entrarem no pregão. Mas isso não deve trazer grandes problemas para os beneficiários porque as instituições financeiras, além de efetuar o pagamento de benefícios, terão que oferecer serviços como fornecimento de extratos, DOC ou TED mensal sem ônus. Dessa forma, na avaliação do INSS, está "mantida a faculdade do beneficiário de, a qualquer momento, optar por receber seu benefício em instituição a sua escolha".
Atualmente são concedidos, em média, 377 mil benefícios por mês. O pagamento dos atuais beneficiários - 26,6 milhões - não terá alteração porque a licitação de hoje contempla apenas os novos benefícios. No caso dos antigos (anteriores à licitação), o governo ainda estuda como proceder.
Até setembro de 2007, as instituições financeiras cobravam do INSS tarifas para realizarem o pagamento de benefícios. Naquele mês foi assinado acordo para que os bancos conveniados continuassem a fazer o pagamento da folha sem ônus para a Previdência. O acordo, renovado em fevereiro passado, prevê que não haja ônus de qualquer parte até o fim de 2009.  (Edna Simão - Agência Estado/Jornal do Commercio Brasil)

Leilão do INSS terá disputa e valor baixo
Pelo menos quatro bancos deverão participar do leilão da folha de pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), marcado para hoje e amanhã.
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são consideradas presenças certas. As informações disponíveis ontem à noite indicavam também a participação do Bradesco e do Itaú Unibanco. Havia boas chances também de o Santander entrar na disputa.
Oficialmente, nenhum dos bancos confirmou que apresentará proposta no leilão. Mas alguns dos bancos privados deslocaram para Brasília equipes de funcionários que cuidam do relacionamento com o INSS.
Apesar da expectativa de que o leilão não irá fracassar, a avaliação geral era de que, salvo surpresa, os lances deverão ser baixos.
"Numa oferta pública, sempre tem a chance de um ou outro participante atuar de forma mais agressiva", afirma uma fonte que acompanha os desdobramentos do leilão. "Mas a lógica indica que os lances serão modestos."
Ofertas muito altas, em tese, puxariam o preço de administração da folha de pagamentos do INSS. No leilão de hoje, está em disputa quem vai administrar o pagamento, por 20 anos, dos benefícios que venham a ser concedidos nos próximos cinco anos.
Em média, o INSS concede 377 mil benefícios previdenciários por mês. A expectativa dos bancos é que o preço do leilão sirva de referência para os valores cobrados no processamento da folha de pagamento dos atuais 26,6 milhões de aposentados e pensionistas do INSS.
A participação dos bancos será, em parte, uma resposta à gestão do governo para evitar o fracasso da disputa pública. Nos últimos dias, integrantes do alto escalão do Ministério da Fazenda entraram em contato com os principais banqueiros do país para convencê-los a oferecer lances pela folha do INSS.
Os bancos resistiram, por cerca de três anos, a pagar ela administração da folha do INSS. Na visão do setor, o rendimento que pode ser auferido com a cobrança de tarifas e concessão de empréstimo é, de forma geral, pequeno frente aos custos administrativos de fazer os pagamentos.
O edital cria novas obrigações para os bancos, como a emissão de extratos, cartões eletrônicos e informativos anuais do Imposto de Renda. Segundo cálculo de um banqueiro do setor privado, cerca de 40% dos benefícios são temporários, como auxílio saúde, e não permite a fidelização da clientela.
O leilão foi dividido em 26 lotes e, embora a expectativa de lances para o conjunto da folha seja pequeno, é possível que ocorram ofertas mais altas para as regiões mais ricas do país, nas quais os benefícios médios pagos são mais elevados. Ga- nha quem oferecer o paga- mento mais elevado ao INSS.
Até setembro de 2007, o INSS pagava R$ 250 milhões anuais para os bancos processarem a folha de benefícios. A partir de então, foi fechado uma acordo em que os bancos não pagam e não recebem nada do governo para prestar o serviço.
Esse entendimento vai até o fim do ano. A partir de então, o INSS deverá achar uma solução definitiva. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ao INSS e ao Tesouro Nacional que mude o relacionamento com os bancos.   (Alex Ribeiro - Valor Online)

Solução consensual de processos
A partir da próxima semana, a Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (PFE/INSS) dá início a várias reuniões de conciliação da Advocacia Geral da União (AGU) – à qual a PFE é vinculada - nas regionais do instituto, na busca de soluções de processos envolvendo autarquias públicas federais. A iniciativa tem por objetivo disseminar entre os procuradores federais a prática da conciliação e a conscientização de que a melhor solução para um processo é a “consensual”. O encontro também é uma oportunidade para a troca e compartilhamentode experiências judiciais conciliatórias.
A FFE/INSS entende que o processo deve ser decidido pelas partes envolvidas, e não-somente pelo Judiciário. Com isso, o atendimento se torna cada vez mais eficiente e ágil e viabiliza o reconhecimento de direitos dos cidadãos, além de ser possível reparar, inclusive, possíveis erros cometidos na esfera administrativa. Outra intenção dessa reunião é fazer com que cada participante se torne multiplicador dessa proposta e busque cada vez mais os acordos nos processos.
A reunião acontece em cada regional com duração de três dias, quando serão discutidos vários assuntos. A expectativa é reunir cerca de 70 pessoas por localidade. No primeiro dia serão debatidos temas como: conciliação no cotidiano; aspectos relevantes dos acordos em processos judiciais; o manual de conciliação da PFE/INSS; conciliação como forma de justiça e economia para o erário; acordos e redução de processos nas ações previdenciárias, entre outros.
E, no segundo dia, haverá discussão sobre o papel da Câmara de Conciliação da Advocacia Geral da União (AGU) na resolução de litígios; atuação do INSS para reduzir a procura pelo Judiciário; conciliação na prática e o projeto de Redução de Demandas, entre outros temas. No último dia serão debatidas questões sobre o Poder Judiciário e o movimento pela conciliação, papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E haverá espaço para oficinas e exposições dos participantes para relatarem procedimentos de conciliação utilizados nas regionais das procuradorias.
As propostas apresentadas serão encaminhadas para a plenária do último dia. Será elaborado um relatório que, posteriormente, será enviado a todos os participantes. O evento vai envolver representantes das Procuradorias Federais, PFN, AGU, Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal/CCAF/CCGU, além de advogados da CEF, servidores do INSS que atuam na área de benefícios.
Veja cronograma das reuniões:
de 11 a 13 de agosto – Balneário Camboriú (SC)
de 19 a 21 de agosto – São Paulo (SP)
de 29 de setembro a 1 de outubro – Recife (PE)
de 5 a 10 de outubro – Rio de Janeiro (RJ)
de 23 a 25 de novembro – Brasília (DF)     (Izabel Bacelar - AgPrev)

Previdência paga R$ 4,3 bi de precatórios
A Previdência Social já pagou 70,5% dos valores referentes a sentenças judiciais previstos para todo o ano. O desembolso foi de R$ 4,3 bilhões - em valores nominais acumulados de janeiro a junho, envolvendo precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPV). Os precatórios são ações com valor superior a 60 salários mínimos inscritas pela Justiça Federal até 2 de julho de 2008. O prazo constitucional de quitação é até o final do ano seguinte à inscrição. Já as RPVs são ações de valor inferior a 60 mínimos.
Em 2009, o Orçamento da Previdência Social prevê R$ 6,1 bilhões para o pagamento de sentenças judiciais. No ano passado, foram pagos cerca de R$ 5,3 bilhões. Esses recursos constam do Orçamento da Previdência, mas os valores ficam à disposição dos tribunais, que determinam os pagamentos.
Dados da Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (PFE/INSS) indicam que 71.865 beneficiários de precatórios já foram atendidos este ano. Desse total, 34.380 são originários do TRF da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); 24.752 do TRF da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul); 5.304 no TRF da 1ª Região (estados do Norte e Centro-Oeste, mais Minas Bahia, Maranhão e Piauí); 5.012 no TRF da 5ª Região (Nordeste) e 2.417 no TRF da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Calendário
Cada tipo de pagamento obedece a um calendário específico, havendo concentração de pagamento em alguns meses do ano. Em janeiro, foi dada prioridade à quitação de precatórios alimentícios. Fevereiro concentra o pagamento de precatórios de natureza não-alimentícia.
Esses desembolsos são previstos com antecipação e seus valores incluídos na Lei Orçamentária Anual (LOA). Ou seja, os recursos estão garantidos. Dentro dessa previsão, por exemplo, está incluído também o pagamento de RPVs valores de até 60 salários mínimos que ocorre durante todo o ano. (Cruzeiro do Sul Online)

Contribuição ao INSS desestimula emprego
A Previdência Social brasileira é custeada por uma série de contribuições, como a Cofins e a contribuição do trabalhador. Entretanto, existe uma fonte de receita para a Previdência que pode ser considerada socialmente injusta: trata-se da chamada "parte patronal". Essa contribuição é calculada com uma alíquota de 20%, mais um adicional de até 3% determinado em função do grau de risco da atividade empresarial, sobre o total da folha de pagamentos da empresa. As críticas, apresentadas com exclusividade à coluna, são de Ari de Abreu, professor-doutor da Universidade de São Paulo. Abreu é autor do livro Fundamentos de Contabilidade Utilizando o Excel, publicado em 2006 pela editora Saraiva.
Explica Abreu, de forma didática, que as empresas são criadas para agregar e distribuir o valor. Elas compram insumos, os beneficiam e entregam aos seus clientes por um preço mais alto. Essa diferença é distribuída à sociedade, na forma de tributos e doações; aos trabalhadores, na forma de salários e benefícios; e aos capitalistas, na forma de juros, aluguéis e dividendos. A "parte patronal" sinaliza que a distribuição de valor aos trabalhadores, quer por meio da criação de empregos formais, quer pelo aumento da remuneração, é punida com a incidência dessa contribuição.
Infelizmente, conta Abreu, as empresas entenderam essa mensagem e adotaram medidas de elisão - em muitos casos evasão disfarçada - tributária para evitar essa contribuição. Cita exemplos: uma empresa possui profissionais liberais que trabalham como assalariados. Ela os demite e orienta que eles abram empresas para prestar serviços exclusivamente a ela. Nessas novas empresas, os profissionais receberão um salário mínimo, sendo que o restante da remuneração será feita na forma de retirada de lucros. Dessa forma, foge-se da contribuição referente à parte patronal e reduzem-se outros impostos.
Em um outro exemplo, uma empresa tem como opção comprar uma máquina ou contratar três funcionários que ganhariam o mesmo que o custo da máquina que faria o mesmo serviço. A máquina possui a desvantagem de ser paga a vista, enquanto os funcionários serão pagos ao longo do tempo. Mesmo assim, a contribuição patronal pode levar a empresa a decidir pela máquina, em detrimento da criação de postos de trabalho formais.
Prossegue Abreu: "Apesar de muitos não gostarem dele, Carl Marx desenvolveu o conceito da mais-valia, o lucro obtido pela empresa em relação ao valor pago aos trabalhadores contratados. Assim, pode-se calcular a mais valia dividindo-se o lucro da empresa, dado que a Receita Federal possui, pelo total de salários pagos, suprido pelo INSS. Esse fator, acompanhado de uma ou mais alíquotas, poderia incidir sobre o lucro da empresa, substituindo a Cofins e a parte patronal por uma contribuição socialmente mais justa. A aplicação desse fator no cálculo criaria uma inversão dos maus valores existentes atualmente. As empresas que gerassem mais empregos formais e pagassem mais teriam redução tributária. As empresas que tentarem evitar a criação de empregos, quer pela automação, quer pela terceirização, seriam tributadas mais fortemente - detalha Abreu.
O especialista sugere que a parte patronal não integre o lucro da empresa. Exemplifica que, no caso de duas empresas, a primeira, mais automatizada e usuária da terceirização, tida como "moderna, enxuta e eficiente", possui uma folha de pagamento de R$ 40 mil. A folha de pagamento da segunda é muito maior, podendo ela ser taxada de "empresa dinossauro, atrasada e cheia de gorduras", atingindo a importância de R$ 200 mil. Pelas regras atuais, a primeira empresa é premiada por se automatizar e terceirizar com o recolhimento da parte patronal de R$ 10 mil, ao passo que a segunda será punida por ter maiores gastos com pessoal, recolhendo R$ 50 mil.
E afirma: "Se calcularmos a mais valia iremos dividir o valor do lucro pela folha de pagamento, obtendo 2,5 para a primeira empresa e 0,4 para a segunda. Caso a parte patronal fosse distribuída em função desses valores, a primeira empresa recolheria R$ 50 mil e a segunda, R$ 10 mil, invertendo a situação anterior. Isso premiaria a empresa que gerou empregos formais e ofereceu maior remuneração e puniria a empresa que remunera pior, terceiriza e automatiza, trocando o conceito sobre "eficiência e excesso de gordura" pela capacidade de distribuir seus ganhos. De nada adianta uma empresa ser altamente lucrativa se esse lucro permanecer na mão de poucos, aumentando a concentração de renda. Assim, consideramos bastante injusto esse incentivo tributário à concentração de renda, por meio de uma contribuição que iniba a distribuição das riquezas geradas por meio de salários".
Segundo Abreu, a determinação das alíquotas deveria depender de um estudo da Receita Federal, entidade que possui os dados de todos os contribuintes. Ela poderia determinar um valor que não implicasse aumento da carga tributária, mas uma redefinição do valor a ser pago por cada empresa.    (S. Barreto Motta - Monitor Mercantil)


 Empresas, Seguros e Economia

 
Dado divergente põe PIB chinês em dúvida
Valores divulgados individualmente pelas 31 Províncias do país são 10% superiores ao número oficial do primeiro semestre
Segundo economistas, estatísticos das Províncias têm incentivos para exagerar no crescimento, e até o governo suspeita dos dados
Os números do PIB chinês estão entre os mais acompanhados do mundo, porque são capazes de movimentar mercados ou estimular esperanças de que a recuperação é iminente. Mas o mais recente conjunto de estatísticas referentes ao primeiro semestre fornecidas pelas autoridades provinciais traz números muito mais altos que os dados nacionais do governo central, o que volta a despertar dúvidas sobre a precisão das estatísticas do país. O PIB atingiu 15,376 trilhões de yuans (US$ 2,251 trilhões) no primeiro semestre, de acordo com os dados divulgados individualmente pelas 31 Províncias e municipalidades independentes chinesas, 10% acima da estimativa oficial, de 13,986 trilhões de yuans. Todas, exceto sete regiões do país, reportaram ritmo de crescimento do PIB superior aos 7,1% estimados pelas estatísticas nacionais. No começo do ano, Pequim determinou que a meta de crescimento para a China neste ano seria de 8%. Já que para o resto do mundo a China funciona como referência de expansão, a discrepância serve como lembrete de que as estatísticas do país muitas vezes são indignas de confiança e passam por manipulações por parte de funcionários em busca de vantagens pessoais ou políticas. Nos últimos anos, os números das Províncias vêm sugerindo consistentemente que a economia chinesa é maior que as estimativas divulgadas por Pequim, mas a diferença parece ter crescido. Até mesmo a mídia estatal levanta questões quanto à precisão dos dados. No editorial do "China Daily", o jornal em inglês do governo chinês, foi mencionada uma pesquisa de opinião em que 91% estavam céticos quanto aos dados oficiais neste ano, ante 79% em 2007. Economistas internacionais também questionaram a confiabilidade dos dados chineses nos últimos meses. "A despeito de recursos severamente limitados e do dinamismo e da complexidade da economia, o serviço de estatísticas estatal uma vez mais precisou de só 15 dias para avaliar o progresso econômico de 1,3 bilhão de pessoas", disse Derek Scissors, da Heritage Foundation, em Washington, em referência ao prazo de que o serviço estatístico precisou para calcular os números, após o fim do primeiro semestre. "Na pior hipótese, esses resultados podem ter sido forjados para satisfazer o Partido Comunista." Alguns economistas afirmam que os funcionários dos governos provinciais têm incentivos para melhorar suas perspectivas de carreira ao exagerar o crescimento econômico nas áreas pelas quais respondem. Mesmo o serviço nacional de estatísticas costuma tratar com cautela os dados fornecidos por governos locais e tende a revisar para baixo as estimativas preliminares que recebe, utilizando um modelo próprio, de acordo com economistas do governo chinês.    (Finacial Times, tradução de PAULO MIGLIACCI - Folha de S.Paulo)

Bancos mais otimistas com economia do país
Os bancos esperam uma redução menor para a economia brasileira no mês de julho, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (04) pela Pesquisa de Projeções e Expectativas de Mercado da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
O PIB (produto interno bruto) passou de uma queda de 0,3% em junho para 0,1% este mês. “Nas expectativas para 2010, o crescimento é mais acentuado, o índice varia de 3,4% para 3,7% na mesma base de comparação”, afirma Rubens Sardenberg, economista chefe da Febraban.
As previsões para inflação são mais significativas, o Índice Geral de Preços (IGP-M) passa de uma previsão de 1,6% em junho para 0,6% este mês. “Os preços são significativamente afetados pela valorização da taxa de câmbio”, explica Sardenberg. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu uma leve expansão, registrando 4,4% frente aos 4,3% projetados em junho.
As 27 instituições consultadas pela Febraban, preveem que a taxa básica de juros (Selic) se mantenha no patamar de 8,75% ao ano em 2009 e 2010. Diferentemente das perspecitvas divulgadas pelo Banco Central na útima segunda-feira, nas quais os juros para este ano permanecem inalterados (8,75% ao ano), no entanto, cheguem a 9,25% ao final do próximo ano.
A Febraban prevê, ainda, um superávit na balança comercial maior na pesquisada realizada este mês, superando os R$ 16,8 bilhões registrados no mês passado para R$ 21,5 bilhões em julho.
Quanto ao Investimento Direto Estrangeiro (IDE), o valor de R$ 23,9 bilhões previsto em junho atingem R$ 24,5 bilhões este mês.
A taxa de inadimplência sofreu uma alta moderada de 5,6% na previsão passada para 5,8% em julho.
A pesquisa foi realizada entre os dias 30 e 31 de julho.    (Mariana Mandrote - Executivos Financeiros)

Crise reduz expansão de multinacionais brasileiras
A crise financeira global provocou uma retração no processo de internacionalização das empresas brasileiras. Segundo dados da consultoria KPMG, foram feitas no primeiro semestre deste ano 12 operações de compra de empresas no exterior por grupos brasileiros, enquanto no ano passado, no total, foram feitas cerca de 60 operações. "Neste momento, todo mundo ainda está muito cauteloso. As oportunidades (de compra) ainda não têm se efetivado, por causa do cenário de liquidez mais restrita", disse Álvaro Cyrino, professor da Fundação Dom Cabral, que apresentou ontem o Ranking das Transnacionais Brasileiras.
Segundo dados do Banco Central citados por Cyrino, o volume de investimento brasileiro direto no exterior foi de US$ 20 bilhões no ano passado. Somente no primeiro semestre de 2008, foram US$ 8,5 bilhões investidos. No mesmo intervalo deste ano, o saldo de investimento brasileiro direto no exterior ficou negativo em US$ 1,7 bilhão. "Isso significa que, ao invés de o dinheiro sair do País, ele está fazendo o caminho inverso", observou o professor.
Além do ambiente de liquidez mais restrito este ano, a robustez do mercado doméstico também explica esse movimento. Ou seja, a preferência dos grupos nacionais tem sido o mercado local, que apresenta melhores perspectivas de crescimento. Segundo o estudo da Dom Cabral, as empresas participantes do ranking acreditam que, em 2010, o seu desempenho no mercado doméstico será superior ao de suas subsidiários no exterior em vendas, crescimento de vendas, lucratividade e participação de mercado.
LISTA
No ranking elaborado pela Dom Cabral, a Gerdau foi a empresa brasileira com maior presença no exterior em 2008, com 57% de sua receita proveniente de operações fora do Brasil, 63% do total de seus ativos localizados em outros países e 50% do quadro geral de empregados em unidades estrangeiras. A segunda colocada no ranking é a fabricante de autopeças Sabó. O terceiro lugar é ocupado pela empresa de alimentos Marfrig.
Para calcular o "índice de transnacionalidade", a Fundação Dom Cabral avalia três indicadores empresariais: a relação entre receitas brutas de subsidiárias no exterior e receitas totais; a proporção entre os valores dos ativos no exterior e o valor total dos ativos das empresas; e a relação entre número de funcionários no exterior e o número total de funcionários.    (Tatiana Freitas - O Estado de S.Paulo)

Por que o mercado está descolado dos fundamentos?
Como bem mostrou a reportagem de 29 de julho, de Adriana Cotias e Angelo Pavini, neste EU&, o Ibovespa zerou as perdas acumuladas desde a quebra do Lehman Brothers. Alívio geral! Se olharmos o gráfico, o jeito do índice assemelha-se a um "V" estilizado, como o logo de uma famosa empresa de material esportivo.
De tempos em tempos, algumas expressões caem na graça dos mercados, na tentativa de explicar fenômenos que se assemelham a um quebra-cabeça. Na era Greenspan, já quase no fim de seu mandato à frente do Federal Reserve (Fed), surgiu o "conundrum". Nos últimos dois anos, foi a expressão "decoupling" que virou moda para designar a tese de que haverá um descolamento dos países em desenvolvimento das economias centrais, algo como Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) como salvas-vidas da economia global. Esta teoria encontra pouco eco na realidade por vários motivos que, inclusive, já abordei em artigos anteriores. Todavia, o efetivo do descolamento atual se dá entre os mercados financeiros, sobretudo as bolsas de valores, e a economia real.
Desde que a crise se agravou em setembro de 2008, uma onda devastadora de pânico correu o mundo derrubando as bolsas e demais ativos. Concentrando o foco nas ações, a percepção que se tinha era de que corríamos o risco de algo semelhante ao que ocorrera nos episódios de "crashs" passados, e as vendas maciças de papéis de boas e sólidas empresas ensejavam não haver correlação com os fundamentos de longo prazo. Em outras palavras, analisando a bolsa local, o fundo do mercado em 29.435 pontos, em 27 de outubro, não parecia adequado.
Neste momento, contudo, está ocorrendo o inverso. Um antigo professor usava uma simples expressão, que traduz bem o mercado acionário: "É o termômetro da economia". A valorização (e sustentabilidade) das bolsas não encontra respaldo nos fundamentos econômicos, mesmo sabendo que o mercado antecipa fatos. EUA e Europa encontram-se em recessão e a saída só deverá ocorrer, com consistência, daqui a um ano ou mais. Porém, o mais relevante é que o retorno do crescimento doravante será comedido. A economia global não experimentará ganhos anuais médios de 5% num horizonte até onde a vista alcança. Para piorar, a China cresce à taxa de 8%, abaixo dos 11% de outrora. Faz diferença.
A maior parte dos analistas que converso (e leio) argumenta que o pior já passou e, sendo assim, as recessões são passado e as empresas voltarão a apresentar lucros maiores. Concordo que o pior já passou, mas sou descrente quanto aos "valuations" robustos que o mercado aposta, pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2010.
Se isso for verdade, por que os mercados estão em alta? Minha resposta é: onde alocar a enorme dinheirama que os bancos centrais puseram na economia para salvá-las? Com juros em zero, correr o risco da bolsa vale à pena, pelo menos no tempo mais curto. Mas e no longo prazo? Fazendo um trocadilho com a expressão do meu antigo professor, o mercúrio do termômetro dilata se o aquecimento da economia não se concretizar. O fundamento acaba por prevalecer, os lucros maiores não ocorrem e as vendas retornam impiedosas.
O caro leitor pode não comungar com essa análise. Apesar de algumas variáveis importantes - como o fato de o mercado imobiliário americano apresentar sinais de melhora -, outras tantas, como as relacionadas ao emprego, não tiveram tal sorte na linha de indicadores divulgados recentemente. O índice de confiança do consumidor americano caiu de 49,3 para 46,6. O superávit primário local despencou vertiginosos 70%. A inadimplência das pessoas físicas no Brasil bateu recorde em junho e registrou o pior semestre da indústria em três décadas. O Copom praticamente decretou que irá sobrestar as quedas da Selic no curto prazo.
Voltando às letras e ao descasamento, os mercados estão se apresentando em "V", enquanto as economias, na melhor das hipóteses, desenharão um "U" de cauda longa. Todavia, uma outra letra, o "W", passa a integrar a partir de agora meu cenário, já que o "V" dos mercados é o meu "conundrum". Acredito que assistiremos outra realização das bolsas (a terceira perna do "W"), antes do retorno final à alta. De qualquer forma, a Bovespa e demais bolsas emergentes mostraram-se imiscíveis a suas pares dos países centrais. Um bom sinal de que os investidores globais estão mais maduros.   (Alexandre Espírito Santo - Valor Online)



Mercado Financeiro

Itau

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Bovespa retoma os 56 mil pontos
Após cair na sessão com realização de lucros, índice paulista se recupera e fecha no maior nível desde 28/8/08
Depois do forte rali de julho e do entusiasmo no 1º dia útil de agosto, ontem a sessão foi de vaivém nas bolsas no exterior e aqui. No final, o sinal positivo prevaleceu. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,36% e o Nasdaq, 0,13%. Em São Paulo, a Bovespa teve leve ganho de 0,07%, aos 56.038,07 pontos - o maior patamar desde 28 de agosto de 2008. No mês, o índice paulista apura alta de 2,32% e no ano, de 49,24%. Após uma realização de lucros no começo do dia, os dados melhores de atividade nos EUA respaldaram novas altas nos mercados acionários. O destaque foi o aumento de 3,6% em junho das vendas pendentes de imóveis residências nos EUA pelo quinto mês seguido. Os economistas esperavam aumento das vendas de apenas 0,5%. O dólar à vista teve seu quarto recuo seguido, embalado pelo fluxo de ingresso de recursos positivo e pelos sinais de reabilitação do setor imobiliário nos EUA. A moeda norte-americana fechou a R$ 1,823 (-0,65%) no balcão, menor valor desde 25/9/08. No mês a perda acumulada ante o real é de 2,25% e no ano, de 21,93%. Os juros ficaram praticamente estáveis. A taxa de janeiro de 2011 encerrou em 9,85% e a de janeiro de 2012, em 10,94%.  (Claudia Violante, Alessandra Taraborelli e Denise Abarca - O Estado de S.Paulo)

Bovespa para cima dos 56 mil pontos
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) marcou novo recorde de fechamento para o ano, superando os 56 mil pontos pela primeira vez desde 28 de agosto do ano passado. A força das ações da segunda linha fez frente à perda de valor dos ativos da Petrobras e Vale, garantindo leve alta de 0,07% para o Ibovespa, que fechou aos 56.038 pontos. O giro financeiro foi elevado, somando R$ 5,37 bilhões. Com mais esse dia de alta, o ganho acumulado em 2009 passa de 49,24%.
Segundo o diretor da Elite Corretora, Otto dos Santos, depois de quatro pregões de alta, com valorização acumulada de 4,28%, é até previsível que alguns agentes queriam embolsar parte desse ganho. "Mas isso não muda a tendência de alta da bolsa", afirma.
O especialista tem uma opinião firme quanto à importância da queda na taxa básica de juros na valorização da bolsa brasileira. "O brasileiro vai ter que aprender a fazer poupança via bolsa de valores", afirma.
A explicação técnica é a seguinte: quanto menor a taxa de juros da economia, menor a taxa de desconto utilizada para estimar os resultados futuros das empresas e o chamado preço justo das ações. De forma simplificada, quanto menor o juro, maior o preço justo de uma ação.
Pelo lado prático, juros menores obrigam os investidores a buscar rendimento fora da renda fixa. Santos aponta que o investidor vai ter que se acostumar com isso e que, ao decidir aplicar na Bolsa, tem que lembrar que estava ganhando 0,7% ou 0,8% ao mês. Portanto, deve aproveitar os movimentos de mercado e fazer uma gestão ativa de sua carteira. "Ele deve tomar partido da volatilidade do mercado."
Além do fator juros, Santos também ressalta que os fundamentos da economia brasileira continuam atraindo os investidores estrangeiros. No acumulado do ano até o dia 30 de julho, o saldo de negociação direta do não residente estava positivo em mais de R$ 11,8 bilhões, cifra recorde.
"Podemos sofrer algumas realizações de lucro, já que o mercado não sobe de forma linear. Mas a tendência é de recuperação. Já passamos pelo pior período da crise e os números vão mostrar cada vez mais isso", avalia.
Ainda de acordo com o diretor, se o dólar continuar em trajetória de baixa e a inflação convergindo para a meta, o Banco Central pode surpreender, cortando mais um pouco a taxa Selic, que está atualmente em 8,75% ao ano. O efeito prático de uma redução de 0,25 ponto ou 0,50 ponto percentual é limitado, diz Santos, mas o importante é a sinalização para o mercado de que a taxa ficará baixa por mais tempo.
No campo corporativo, a segunda linha continuou atraindo compradores. De acordo com Santos, o maior atrativo para esse tipo de papel é o restabelecimento do crédito do mercado doméstico aliado ao fato de que o brasileiro não tem cultura de poupador. Fora isso, o mercado segue em seu movimento natural de recuperação de preços primeiro na primeira linha e depois no restante dos papéis.
Entre os ativos que se beneficiam desses fatores estão as construtoras e varejistas. Cyrela ON subiu 4,76%, encerrando aos R$ 20,65, Lojas Renner ON aumentou 4,35%, a R$ 29,70, e Lojas Americanas PN ganhou 4,24%, a R$ 11,55.
Entre os carros-chefe, Petrobras PN fechou com baixa de 1,32%, a R$ 32,12, enquanto Vale PNA cedeu 0,03%, a R$ 33,04. Entre os bancos, Bradesco PN caiu 1,02%, a R$ 29,82, mas Itaú Unibanco avançou 0,88%, a R$ 34,30.
O destaque de alta do Ibovespa ficou com as units da América Latina Logística, que avançou 6,71%, para R$ 13,35. A empresa fechou um acordo para transporte de aço produzido pela Usiminas.
Ganho expressivo, de 6,10%, para Klabin PN, que fechou a R$ 3,65. Já suas parceiras no setor celulose e papel fecham em baixa. VCP PN caiu 2,39%, a R$ 26,85, e Aracruz PNB devolveu 2,15%, a R$ 3,63.
No setor de telecom, TIM Participações PN subiu 4,84%, a R$ 4,33. A operadora fechou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 15,2 milhões, menor que os R$ 66,3 milhões perdidos em igual período de 2008. Ainda no setor, Telemar ON cedeu 2,71%, a R$ 33,37.
Fora do índice, o segmento de construção seguiu em destaque. Abyara ON ganhou 8,65%, para R$ 3,89, e JHSF ON avançou 7,58%, a R$ 3,12.
Já a ação ON da Iochpe-Maxion ganhou 4%, a R$ 20,00. A empresa fechou a compra dos negócios de rodas da ArvinMeritor no Brasil, no México e nos Estados Unidos, por aproximadamente US$ 180 milhões.    (Eduardo Campos - Valor)

Bolsa: Estrangeiro volta e coloca R$ 2,2 bi em julho
Saldo havia ficado negativo em junho; dólar recua para R$ 1,82
Os investidores estrangeiros retornaram à Bolsa brasileira em julho. O saldo das compras e vendas das operações realizadas pela categoria no mês ficou positivo em cerca de R$ 2,2 bilhões. Em junho, o balanço havia ficado negativo em R$ 1,09 bilhão.
A entrada de recursos externos em julho elevou o saldo acumulado em 2009 para R$ 12,3 bilhões. Se o valor se mantiver até o final do ano, será recorde histórico.
Devido à sua crescente e relevante participação no mercado acionário brasileiro, as decisões de investimento dos estrangeiros são fundamentais para o desempenho da Bovespa. Em julho, a participação do capital externo na Bolsa superou os 38% do total -maior percentual já registrado.
No ano passado, com o agravamento da crise econômica internacional, os estrangeiros fugiram do mercado acionário local. O resultado foi um saldo negativo de R$ 24,6 bilhões nos negócios externos na Bolsa, o pior número já computado. O índice Ibovespa (que reúne as 64 ações de empresas nacionais mais negociadas) encerrou 2008 com queda acumulada de 41,22% -maior depreciação registrada desde 1972.
O retorno do capital externo ajudou o Ibovespa a passar a contabilizar valorização de 49,23% em 2009.
Com esse expressivo ganho acumulado pela Bolsa no ano, analistas dizem que não será surpresa se um processo de realização de lucros (venda de ações para embolsar ganhos acumulados) mais forte ocorrer em breve.
Ontem, a alta da Bolsa foi tímida, de 0,07%. Todavia, se o resultado da Bolsa de Valores de São Paulo não foi muito significativo, ao menos representou a superação de mais um patamar, que não era atingido desde agosto passado. O Ibovespa encerrou as operações do dia aos 56.038 pontos.
No mercado de câmbio, houve continuidade no movimento de depreciação do dólar. O recuo de 0,65% diante do real levou a moeda americana a R$ 1,823, mais baixo nível desde setembro de 2008. Durante as operações, o dólar oscilou entre R$ 1,818 (mínima do dia) e R$ 1,843 (cotação máxima). No ano, a moeda acumula queda de 21,89%.
A agenda econômica dos EUA trouxe números da venda pendente de casas, que mostraram avanço de 3,6% em junho, resultado acima do esperado. Os dados tiveram resposta favorável dos mercados acionários no país: o índice Dow Jones, que reúne 30 dos papéis mais negociados, terminou com alta de 0,36% e foi a seu maior patamar em nove meses. A Nasdaq ganhou 0,13%.
Ações em queda
O fraco desempenho das commodities no mercado internacional foi decisivo para o resultado tímido da Bovespa. Com o petróleo cotado a US$ 71,42, em baixa de 0,22%, as ações da Petrobras não encontraram estímulo para se apreciarem. Os papéis da maior companhia da Bovespa terminaram com baixas de 1,32% (PN) e 1,66% (ON).
Para as ações do setor de siderurgia e mineração, o resultado foi o mesmo: queda de 1,43% para CSN ON; baixa de 0,99% para Usiminas PNA; e perda de 0,15% para Vale ON.
Com o investidor estrangeiro retraído ontem, papéis de outras grandes empresas nacionais recuaram na Bolsa, como BM&FBovespa ON (-1,55%) e Bradesco PN (-1,02%).
Já as maiores altas registradas no dia ficaram com ALL UNT, que subiu 6,71%, Klabin PN, com ganhos de 6,10%, e Cyrela Realt ON (4,76%).  (FABRICIO VIEIRA - Folha de S.Paulo)


Gestão, Produtos e Serviços

Mestra


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Estão abertas as inscrições para o 1º Exame Online de Certificação para Conselheiros de Administração, uma das modalidades para obter o diploma de Conselheiro de Administração Certificado IBGC.
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Para conhecer os requisitos necessários, os detalhes do processo e realizar a sua inscrição, acesse o link http://www.ibgc.org.br/Secao.aspx?CodSecao=253 (Diário dos Fundos de Pensão)

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