Na manhã desta sexta-feira, dia 7, o AssPreviSite promove evento da área de previdência onde se destaca a participação da SPC e de renomados dirigentes de fundos, além de especialistas do sistema. O encontro promove a exposição das diversas visões sobre as mudanças que estão em curso neste ano de 2009 e que impactam na gestão, nos riscos e na governança das Entidades. Nossa reunião, um dos marcos dos 10 anos do AssPreviSite, acontece no auditório da Fundação CESP, na Alameda Santos, 2477 (região da Avenida Paulista), São Paulo. Recomendamos que sua Entidade marque presença - Vale a pena! Taxa de adesão de R$ 300,00 (trezentos reais) Informações e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,8200 com queda de 0,55% em relação ao fechamento de segunda-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a terça-feira em alta de 0,07% com o volume financeiro no patamar de R$ 5,3 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou o dia em alta de 0,36% e a Nasdaq subiu 0,13%.
AssPreviSite
Desp Adm.
- Previc - 3456 - Juros em queda - Governança - Gestão de
Riscos
Nesta sexta,
em SP, venha interagir com a SPC, Dirigentes e Especialistas
Criação
da Previc é prioridade dos fundos de previdência
Frente à perspectiva
de crescimento do setor de previdência complementar, empresas privadas
e governo correm contra a agenda eleitoral de 2010 para ver votada a criação
de autarquia responsável por, entre outras atividades, fiscalizar
os fundos de pensão. O projeto de lei complementar 136/09, que define
a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) e tem parecer favorável do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
A avaliação é que ele não pode ser empurrado
para a agenda do próximo ano, pois ficaria prejudicado com a pauta
de sucessão presidencial.
"A urgência dessa
aprovação reside no fato de que hoje a estrutura posta para
fiscalizar o setor, Secretária de Previdência Complementar,
está sobrecarregada. Tem feito milagre com uma mini estrutura para
cuidar dos fundos de pensão que estão cresce cada dia mais",
explicou o deputado Chico D´Ângelo (PT-RJ), que foi o relator
do projeto na Câmara.
Dados do Relatório
da Secretária de Previdência Complementar, de 2008, apontam
que o Brasil tem o oitavo sistema de previdência complementar do
mundo, em termos absolutos, com 372 entidades fechadas de previdência
complementar, que operam 1.037 planos de beneficiários, 2.491 patrocinadores,
2,42 milhões de participantes assistidos, que administram R$ 442
bilhões de ativos totais, distribuídos em três modalidades:
o plano de benefício definido, de contribuição definida
e de contribuição variável/mista. Esses recursos correspondem
a 17% do PIB (Produto Interno Bruto), com investimentos em quatro macro-segmentos,
sendo 66% em títulos de renda fixa, sejam em títulos públicos
ou papéis privados, e 28% em títulos de renda variável.
Segundo Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp),
em abril deste ano os fundos fecharam com reservas de R$ 444,5 bilhões
- o que aponta uma rentabilidade estimada em 7,1% para primeiro quadrimestre
do ano. Praticamente o dobro das necessidades atuariais definidas. A meta
atuarial foi 3,71%. Contribuiu para esse resultado, de acordo com a Abrapp,
a rentabilidade da renda variável, de 17,4% e renda fixa com algo
em torno de 3,07%.
"Esse é um tema suprapartidário
que interessa a todos. Foi aprovado por unanimidade em todas as comissões
por onde passou", contou o deputado petista. Cláudia Ricaldoni,
secretária-geral da Associação Nacional dos Participantes
de Fundos de Pensão (Anapar) segue a mesma linha do deputado. Para
a dirigente da Anapar, não há como ser contrário ao
projeto. "Todos os fundos apóiam a iniciativa, por vezes há
divergências sobre detalhes, mas são favoráveis a Previc",
disse.
Ela se encontra hoje com
o senador Romero Jucá para falar sobre a tramitação
do projeto. "O sistema que temos hoje tem 32 anos, houve mudanças
significativas em 2001, quando já se falava em mudanças na
Secretaria de Previdência Complementar", contou. "O número
de participantes e ativos tem crescido muito e com eles a necessidade de
segurança".
A artilharia da oposição,
no entanto, está mirando a criação de novas despesas
por parte do governo, que se defende. "Criamos um sistema auto-sustentável",
rebateu D´Ângelo. "Será estipulada uma Taxa de Fiscalização
e Controle da Previdência Complementar (Tafic), assim, não
há ônus para os cofres públicos".
De acordo com o projeto,
a entidade terá como principal fonte de receita a taxa a ser cobrada
dos próprios fundos de pensão. A periodicidade do recolhimento
da Tafic foi uma das alterações que projeto original enviado
pelo governo sofreu na Câmara. No texto que será votado no
Senado, o pagamento não deverá ser feito a cada trimestre,
mas arrecadado por quadrimestre. Além da arrecadação
dessa taxa, as receitas da Previc poderão ser constituídas
ainda de dotações do Orçamento da União, do
produto da arrecadação de multas e de recursos originados
por convênios, acordos e contratos com outras entidades, organismos
e empresas, entre outras fontes.
O valor da Tafic será
recolhida pelo Tesouro Nacional e vai variar entre R$ 15 e R$ 2,225 milhões,
conforme os recursos garantidores por plano de benefícios, divididos
em 17 faixas para cobrança. Os fundos de pensão com até
R$ 5 milhões pagarão R$ 15. E aqueles com mais de R$ 60 bilhões
pagarão R$ 2,225 milhões.
Outro ponto que foi modificado
pelo substitutivo de D´Ângelo refere-se ao número de
cargos a serem criados para a nova Superintendência. Inicialmente,
estimou-se o impacto orçamentário dos cargos em comissão
em R$ 7,6 milhões anuais; no caso do redimensionamento de tabelas
de remuneração de 34 cargos efetivos de servidores do Ministério
da Previdência Social em exercício na Secretaria de Previdência
Complementar em 31 de dezembro de 2007, a despesa estimada é de
R$ 3 milhões em 2009, R$ 3,5 milhões em 2010 e R$ 3,7 milhoes
em 2011. A criação de cargos efetivos do órgão
público, segundo exposição de motivos, deverá
consumir R$ 28,8 milhões.
As empresas de previdência
complementar e o governo correm contra a agenda eleitoral para ver votada
a criação da Previc, autarquia responsável por, entre
outras atividades, fiscalizar os fundos de pensão. (DCI)
Juro
abaixo das metas acelera mudanças nos fundos
Os próximos anos
serão de intensas movimentações para os fundos de
pensão. Com o juro real na casa dos 5% ao ano, abaixo das metas
atuariais (6%) as entidades terão de rever suas políticas
de investimentos e realocar boa parte de seus ativos.
Segundo levantamento da
consultoria RiskOffice, em até três anos, os investimentos
em ações terão de passar de pouco mais de 12% das
carteiras para cerca de 35% do patrimônio das fundações
(essa estatística não inclui a Previ, dos funcionários
do Banco do Brasil, que tem mais de 50% em ações, o que distorceria
os dados).
Os fundos também
terão de ampliar os investimentos em títulos públicos
atrelados à inflação, como as NTNs. O ideal, diz Marcelo
Rabbat, diretor da RiskOffice, é subir dos atuais 30% para algo
próximo a 50%.
Por outro lado, deverá
haver uma grande migração de mais da metade dos ativos, hoje
alocados em papéis públicos vinculados ao CDI, para outras
modalidades, mantendo apenas um caixa mínimo da ordem de 5% do total,
para garantia de liquidez.
"Muitos fundos estão
impedidos de aplicar recursos em ativos com retorno menor do que sua meta
atuarial, mas os títulos públicos hoje já pagam menos
do que 6%. O mais importante é que precisa haver uma mudança
de cultura", afirma Rabbat.
Além da busca por
renda variável e por ativos de inflação, as entidades
terão de ampliar a participação em títulos
de maior risco, como crédito corporativo e fundos de "private equity".
Mas Rabbat alerta que esses mercados ainda apresentam desafios, como os
problemas de precificação, de formalização
e de gestão de garantias dos ativos de crédito, por exemplo.
Segundo Fernando Lovisotto,
diretor da RiskOffice, essa mudança nos investimentos terá
de ser feita no curto prazo, pois a alternativa, que seria a redução
das metas atuariais é muito cara e mais lenta. Os fundos já
fizeram pequenas reduções, já que conseguiram acumular
superávit desde 2002 por conta de um excelente desempenho em bolsa.
Mas esse cenário positivo para os investimentos dificilmente vai
se repetir nos próximos anos.
Desde 2006, a meta foi reduzida,
em um cálculo médio ponderado por patrimônio, de 6%
para 5,8%. Para isso foram gastos entre R$ 10 e 20 bilhões, estima
Lovisotto. Nesse ritmo, o sistema precisaria de algo entre R$ 40 bilhões
e R$ 80 bilhões para atingir uma meta atuarial de 5% ao ano.
Apesar desses desafios,
neste ano o desempenho das entidades tem sido positivo, aponta Guilherme
Benites, gerente da consultoria. De acordo com levantamento da RiskOffice,
que acompanha uma amostra de 139 planos de benefícios, até
junho o retorno global foi de 8,79%. No primeiro semestre, o Ibovespa marcou
37,06% e o CDI acumulou 5,35%.
Ainda segundo estatísticas
da consultoria, em junho, a mediana da rentabilidade global dos planos
ficou abaixo das principais metas atuariais e do CDI. A rentabilidade foi
de 0,3% no último mês. Apenas 3% dos planos obtiveram retorno
real acima de 6% e somente 7% conseguiram ganhos superiores a 5%, já
descontada a inflação medida pelo INPC. Pouco mais de 30%
tiveram rentabilidade negativa no mês. (Fernando Travaglini
- Valor Online)
CGPC:
Associadas do SINDAPP dispensadas de depósito recursal
A Área Jurídica
da ABRAPP está pedindo às associadas do SINDAPP que enviem
até o próximo dia 14 cópias dos comprovantes dos depósitos
prévios que fizeram no momento em que encaminharam as suas defesas
ao Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC).
É que as associadas,
por despacho de 4 de junho do juíz da 7ª Vara Federal do DF,
poderão receber de volta as quantias depositadas previamente no
passado para ingresso de recurso perante o Conselho.
E, em razão do trânsito
em julgado da sentença, as associadas do SINDAPP estão agora
dispensadas do depósito recursal junto ao CGPC. (Abrapp-Sindapp)
Sistel:
Ouvidoria e Pesquisa de Qualidade
Esta semana, a Sistel lançou
dois serviços importantes aos participantes e assistidos da Fundação:
a Ouvidoria e a Pesquisa de Qualidade na Central de Relacionamento.
Ouvidoria
O acesso ao serviço
de Ouvidoria é feito de duas formas: pela área restrita do
Portal Sistel www.sistel.com.br, acessada com a matrícula e senha
do usuário e pela Central de Relacionamento, escolhendo a opção
4 para “Ouvidoria - registro de elogios, sugestões, reclamações
e manifestações”.
A Ouvidoria deverá
ser acionada quando o participante ou o assistido desejar manifestar sua
opinião sobre o atendimento prestado pelos canais formais de relacionamento
da Sistel - Central de Relacionamento, Fale Conosco (área restrita)
do Portal Sistel (www.sistel.com.br) e Atendimento Pessoal. O acesso à
Ouvidoria Sistel se dará, somente, mediante a informação
do número do protocolo de atendimento da Central de Relacionamento/Atendimento
Pessoal (somente em Brasília) ou o número do chamado do Fale
Conosco (área restrita) do Portal Sistel.
O prazo de atendimento das
solicitações enviadas à Ouvidoria é de 72 horas.
Pesquisa de Qualidade
na Central de Relacionamento
No último dia 3 de
agosto, a Sistel disponibilizou em sua Central de Relacionamento pesquisa
com o objetivo de mensurar a qualidade do atendimento oferecido aos participantes
e assistidos no momento da ligação.
Funciona da seguinte forma:
ao término da ligação, o operador da Central de Relacionamento
direciona o usuário a uma pesquisa eletrônica contendo duas
perguntas: se a dúvida ou solicitação foi resolvida
e a nota que o usuário dá aquele atendimento numa escala
de 1 a 5, onde 1 é totalmente insatisfeito e 5 totalmente satisfeito.
O objetivo da Sistel com
a implantação da Ouvidoria e da Pesquisa de Qualidade na
Central é identificar oportunidades de melhoria e inovação
em seus processos de relacionamento com os participantes, assistidos e
patrocinadores, bem como em produtos e serviços. (Sistel)
Fundação
Cesp: SPC aprova atualização do Estatuto
A Secretaria de Previdência
Complementar (SPC), no dia 29 de julho, publicou a Portaria SPC 2982/2009,
pela qual aprova a atualização do estatuto da Fundação
CESP que passa a refletir a atual situação da entidade, que
cumpre medida judicial em relação à operacionalização
do processamento da folha de pagamento dos beneficiários da lei
4819/58, a partir do repasse financeiro do Estado.
Em breve, o novo Estatuto
será divulgado para consultas no portal da Entidade. (Fundação
Cesp/AssPreviSite)
Banesprev:
Empréstimos
Empréstimos aos participantes
do Plano V
A Diretoria do BANESPREV
autorizou uma nova reserva destinada a empréstimos aos participantes
do Plano V no valor de R$2.500.000,00, tendo em vista que a dotação
no valor de R$ 3 milhões, liberada em 01/06/2009, foi quase toda
alocada. (Banesprev/AssPreviSite)
OABPrev
é lançado em Roraima
O fundo de pensão
OABPrev chega aos advogados de Roraima. A OAB-RR e CAA-RR estão
convidando para o lançamento do OABPrev naquele Estado. Será
no próximo dia 10, às 19h, no auditório do Fórum
Adv. Sobral Pinto, em Boa Vista. O plano é administrado pela OABPrev-MG
(Diário dos Fundos de Pensão)
Funcef
e Petros cobiçam 10% da Camargo em Jirau
Os fundos de pensão
dos funcionários da Petrobras e da Caixa Econômica Federal
(CEF) fazem uma nova ofensiva para participar dos projetos hidrelétricos
do Rio Madeira, em Rondônia. Petros e Funcef, depois de uma tentativa
frustrada de entrar no grupo controlador da usina Santo Antônio,
agora estão avaliando a compra dos 9,99% do grupo Camargo Corrêa
na hidrelétrica de Jirau.
O grupo construtor e industrial
paulista está presente no empreendimento por meio da Energia Sustentável
do Brasil, que controla e vai operar a hidrelétrica. O grupo franco-belga
GDF Suez é o principal acionista, com 50,1% do capital. Os demais
40% estão em divididos meio a meio pelas estatais Eletrosul e Chesf,
subsidiárias da Eletrobrás.
Na época da formação
do consórcio para disputar Jirau, foi firmado um acordo entre GDF
Suez, Camargo e seus sócios estatais que previa uma permanência
temporária do grupo na concessionária. O grupo, que ficou
responsável pela obra, entretanto tinha o direto de preferência
de transferir a parcela à CPFL Energia, sua controlada. A distribuidora
de energia, por se tratar de participação minoritária
e devido a seus padrões de retorno, não teve interesse no
ativo.
A saída da construtora
tem prazo definido: 180 dias desde 3 de junho, quando a usina obteve a
licença de instalação.
O presidente da Funcef,
Guilherme Lacerda, confirmou que está analisando o investimento
junto com Petros, mas disse que ainda não tem definido quanto valeria
o ativo. O fundo contratou a LCA Consultoria para assessorá-lo na
avaliação. A obra de Jirau foi iniciada este ano e há
intenção de ficar pronta início de 2012.
Com investimento total de
R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões, o projeto obteve recentemente
o maior financiamento a uma única obra da história do BNDES,
no valor de R$ 7,2 bilhões - 60% a 72% do desembolso total. A usina
terá capacidade de 3.450 MW, com 46 turbinas, informa a empresa.
Segundo fontes do setor,
o valor do negócio poderia ficar em torno de R$ 300 milhões.
Mas como a usina está em fase inicial de instalação,
a grande parte do dinheiro seria na forma de aporte na obra da hidrelétrica.
A construtora receberia o correspondente ao seu gasto até a venda.
Segundo Lacerda, a avaliação
da LCA levará em conta o fluxo de caixa futuro da Energia Sustentável,
outros dados financeiros e padrão de governança. "Temos prazo",
diz. Segundo ele, já faz um bom tempo que o fundo se interessou
pelo ativo e quer resolver o negócio o mais breve possível.
O presidente da Petros,
Wagner Pinheiro, disse ao Valor que provavelmente a parte da Camargo deve
ser dividida os dois fundos. Isso daria participação de 4,99%
a cada um. Por fatia semelhante, segundo apurou o Valor, o fundo FI-FGTS
pagou cerca de R$ 150 milhões ao banco Santander, que se desfez
de 50% de sua parte na Santo Antônio Energia, que constrói
Santo Antônio.
Pinheiro, da Petros, frisou
que o investimento ainda está em fase de análise. Procurada,
a Camargo Corrêa não quis se pronunciar sobre a operação
de venda.
Os fundos são investidores
estratégicos de longo prazo, com folga para aplicar em renda variável.
As primeiras tentativas de participarem das usinas do Madeira ocorreram
antes do leilão de Santo Antonio, em dezembro de 2007. Na ocasião,
procuraram os três consórcios credenciados na disputa. O plano
era ter o correspondente a 10% cada um. Depois, tentaram de novo, mas sem
sucesso. Jirau foi leiloada em maio de 2008. (Cláudia Schuffner
e Ivo Ribeiro, colaborou Josette Goulart - Valor Online)
Fundos:
Pré-sal deve ir para Congresso até dia 20
Nesta terça-feira,
o ministro Paulo Bernardo (do Planejamento), disse que até o dia
20, o Governo deve enviar ao Congresso os textos dos projetos de lei que
criam o novo modelo do pré-sal.
- A proposta do governo
está definida. O que estamos fazendo neste momento é redigir
os textos dos projetos a serem enviados ao Congresso.
Segundo ele, um projeto
vai criar a nova empresa 100% estatal que gerenciará os interesses
da União na exploração das reservas do pré-sal.
Outro vai regulamentar o fundo social em que o governo pretende aplicar
a sua parte do dinheiro obtido com a exploração. Um terceiro
projeto estabelecerá o sistema de partilha.
Bernardo explicou que a
Petrobras continuará tendo a mesma atuação de hoje.
- Mas como a empresa é
de capital aberto, não pode representar os interesses da União
- disse, apesar de o capital da empresa ser misto e, de acordo com a própria
Petrobras em seu balanço social, disponível em seu site,
a União detém 55,7% das ações; 1,9% fica nas
mãos do BNDES; 3,7%, nas mãos do FGTS da própria Petrobras;
e somente 8,5% na mãos de pessoas físicas ou jurídicas
brasileiras. Mesmo os estrangeiros detêm apenas 30,2%, sendo 26,6%
nas mãos da ADR Nível 3; e 3,6% no restante).
Para Bernardo, a nova estatal
vai representar a União no sistema de partilha e dizer qual será
o mínimo que deseja receber em cada caso.
- Tem um patamar, que digamos
que seja de 20%, que vai para o fundo social do governo - disse Bernardo,
ressalvando depois que não existe um percentual pré-estabelecido
e que os 20% são apenas um exemplo. A participação
da União na renda do petróleo deverá variar de acordo
com o potencial de vazão de cada caso.
Pré-sal traz enviado
de Obama ao Brasil
O marco regulatório
para a exploração de petróleo na camada do pré-sal
será o principal alvo da atenção do general Jim Jones,
assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, que iniciou ontem
visita oficial ao Brasil. Jones se mostra especialmente interessado em
dimensionar a possível participação de companhias
americanas nesse projeto.
Em conversa com o ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o presidente da Petrobras,
José Sérgio Gabrielli, Jones também pretende comparar
dados divulgados pela imprensa sobre as reservas de petróleo do
pré-sal com as estatísticas oficiais.
Nesse encontro, Jones espera
dar um novo impulso à cooperação energética
entre os dois países - a única área da relação
bilateral na qual houve avanços efetivos nos últimos seis
anos. Jones reservou duas horas para essa audiência. Em princípio,
deverá tratar da cooperação na área de biocombustíveis,
com o cuidado de não adiantar promessas de redução
das tarifas de importação para o álcool brasileiro,
e da evolução do programa nuclear do País.
(Monitor Mercantil)
Fundos:
Lula quer a União com 80% do pré-sal
Porcentagem será
aplicada às áreas de baixo risco exploratório, que,
segundo governo, representam maioria das reservas
Presidente recebe hoje da
comissão interministerial propostas para a nova Lei do Petróleo,
que deve ser divulgada no dia 17
O presidente Lula quer que
a União fique com ao menos 80% do petróleo que será
explorado na camada pré-sal nos campos de menor risco e maior rentabilidade.
Para o governo, a grande maioria da área do pré-sal deverá
se encaixar nesse perfil.
Discutida desde 2008, a
proposta da nova Lei do Petróleo será entregue hoje a Lula.
Em reunião ministerial prevista para o dia 17, o presidente deve
tornar público os projetos que enviará ao Congresso.
O governo optou pelo modelo
de partilha de produção, em que o óleo cru explorado
será dividido entre a União e as empresas petroleiras. Será
criará ainda uma estatal, que representará o governo nos
comitês operacionais dos campos do pré-sal. Os recursos obtidos
serão destinados a um fundo de desenvolvimento social.
Durante as discussões
do grupo interministerial, cogitou-se uma divisão que daria de 60%
a 70% para a União e o restante para a Petrobras e empresas que
vierem a ganhar os leilões de blocos do pré-sal ainda não
licitados. Esses percentuais podem até ser adotados, mas nos campos
que tiverem custo de exploração mais alto.
Nos demais, Lula orientou
sua equipe a buscar percentual mais alto, acima de 80%, por considerar
que o risco baixo de exploração do pré-sal justifica
parcela maior da produção para a União. Ele avalia
que deixar de 30% a 40% com a Petrobras e empresas privadas seria muito.
Nos debates internos, o
pré-sal é chamado por ministros de "picanha azul", "filé"
e "bilhete premiado". Trocando em miúdos: segundo estudos da Petrobras,
só uma fatia pequena do pré-sal teria risco elevado de exploração
e rentabilidade baixa.
Esses percentuais, porém,
não serão fixados na proposta da nova Lei do Petróleo.
A definição será tomada caso a caso, por bloco a ser
leiloado, pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).
Na prática, a decisão será do Planalto.
Motivo: o governo tem maioria
no CNPE, órgão de assessoramento do presidente comandado
pelo ministro de Minas e Energia. O CNPE tem nove integrantes, dos quais
seis são ministros. Um representa os Estados. Outro, o meio acadêmico.
E há um especialista em energia. Como a exploração
do pré-sal não deverá ocorrer neste governo, caberá
ao sucessor de Lula definir o percentual.
Na avaliação
de Lula, nem a Petrobras, que tem 60% do capital em mãos privadas,
poderia ficar com percentual acima de 20%. A estatal defende que uma parcela
de 30% do óleo explorado fique com ela.
Contribuíram para
a decisão de Lula informações sobre as regras adotadas
em outros países. O presidente foi informado de que, na Líbia,
as empresas que exploram petróleo há mais tempo e que são
consideradas "simpáticas" ao governo ficam com 21% da produção
de óleo cru. Um ministro envolvido na discussão da nova Lei
do Petróleo disse que empresas japonesas e chinesas recebem 10%.
O resto fica com o governo.
Para o governo, o baixo
risco de exploração do pré-sal tornará atrativa
para a Petrobras e as empresas privadas uma partilha mais rigorosa do óleo.
Lula deseja prestigiar a Petrobras. Por isso, decidiu que a estatal será
a operadora única do pré-sal. Uma empresa privada terá
de contratar a estatal de capital misto. O governo tem a maioria do capital
votante da Petrobras, mas só 40% do capital total.
Para tentar aumentar essa
participação, o governo já decidiu que realizará
uma capitalização da estatal. O problema é que, pela
lei, os minoritários têm direito de elevar seu capital na
mesma proporção.
"INSPIRADORA" DO PRÉ-SAL
TEM LUCRO ZERO NO 2º TRI
A companhia petrolífera
norueguesa Statoil não teve lucro no segundo trimestre deste ano,
depois que os gastos com pagamento de impostos praticamente eliminaram
todos os ganhos obtidos pela empresa. No mesmo período do ano passado,
ela tinha ganhado 62 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$
10,3 bilhões). O modelo norueguês do petróleo é
uma das inspirações do governo brasileiro para a implantação
do marco regulatório do pré-sal. (KENNEDY ALENCAR e
VALDO CRUZ - Folha de S.Paulo)
Fundos:
Governo tenta forçar a Vale a investir usando o BNDES
Dono de 6,9% do capital
votante da Vale, por meio da fatia em poder da empresa de participações
do BNDES, o governo federal tenta imprimir à mineradora uma agenda
mais agressiva de investimentos no País. De acordo com fontes, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria manifestado mais de uma
vez o seu descontentamento em relação aos cortes de investimentos
e de pessoal na empresa, no pós-crise. Ao lado da Petrobras, a Vale
seria um dos suportes no cronograma de grandes obras apoiadas pelo governo.
Em outubro do ano passado,
um mês depois do agravamento da crise, o conselho de administração
da Vale aprovou um plano de investimentos de US$ 14,2 bilhões para
30 projetos iniciados em 2009, sendo US$ 9,9 bilhões, em empreendimentos
no Brasil. Em maio, o plano geral foi reduzido para US$ 9 bilhões.
A Vale sustenta que mantém o foco dos projetos no Brasil. As dificuldades
na obtenção de licenciamento ambiental teriam motivado a
retirada de projetos importantes do portfólio, como as usinas siderúrgicas
do Espírito Santo e do Maranhão. Privatizada em 1997, Vale
é controlada, com 53,9% do capital ordinário, pela Valepar
- composição entre o fundo de previdência do Banco
do Brasil, Previ; a empresa de participações do Bradesco,
a Bradespar (majoritários), BNDESPar e a trading japonesa Mitsui.
A Previ é vista pelo governo como um trunfo na formação,
com o BNDES, de um bloco de força junto à mineradora. A direção
do fundo, porém, tem-se mostrado satisfeita com a condução
dos negócios na Vale. (DCI)
Fundos:
Governo quer que a Vale invista mais no País
Grande acionista da Vale,
BNDES negocia aumento de investimentos
Dono de 6,9% do capital
votante da Vale, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), o governo federal tenta imprimir à mineradora
uma agenda mais agressiva de investimentos no Brasil. O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva manifestou, mais de uma vez, descontentamento
com os cortes de investimentos e de pessoal na empresa no pós-crise.
Ao lado da Petrobrás, a Vale seria um dos suportes no cronograma
de grandes obras apoiadas pelo governo.
Em outubro do ano passado,
um mês depois do agravamento da crise, o conselho de administração
da Vale aprovou um plano de investimentos de US$ 14,2 bilhões para
30 projetos iniciados em 2009. Desses, 70%, ou US$ 9,9 bilhões,
são de empreendimentos no Brasil. Em maio, o plano geral foi reduzido
para US$ 9 bilhões.
A Vale sustenta que mantém
o foco dos projetos no Brasil. As dificuldades na obtenção
de licenciamento ambiental teria motivado a retirada de projetos importantes
do portfólio, como as usinas siderúrgicas do Espírito
Santo e do Maranhão.
Privatizada em 1997, Vale
é controlada, com 53,9% do capital ordinário, pela Valepar
- composição entre o fundo de previdência do Banco
do Brasil (Previ), a empresa de participações do Bradesco,
a Bradespar (majoritários), BNDESPar e a trading japonesa Mitsui.
A Previ é vista pelo governo como um trunfo na formação,
com o BNDES, de um bloco de força na mineradora. A direção
do fundo, porém, tem-se mostrado satisfeita com a condução
dos negócios na Vale.
Mesmo as medidas de contenção
de custos, incluindo a polêmica demissão de 1.300 funcionários,
foi aprovada pelo conselho, presidido por Sérgio Rosa, também
presidente da Previ, e que tem entre seus membros o presidente do BNDES,
Luciano Coutinho. "Não existe uma orientação explícita
do governo. Existe a insatisfação do presidente Lula, que
espera maior flexibilidade da Vale, mas ele sabe das limitações
técnicas", diz uma fonte do BNDES.
Segundo essa fonte, está
em andamento uma política de convencimento e negociação,
mas não há soluções impostas "a ferro e fogo".
Essa negociação se daria em torno da manutenção
de projetos estratégicos. De acordo com outra fonte, ligada à
mineradora, está em jogo mais o calendário político
do que propriamente econômico. A Vale informou, na semana passada,
uma mudança de estratégia no setor siderúrgico, por
exemplo: estaria disposta a bancar mesmo sozinha a construção
de usinas siderúrgicas.
A Baosteel, maior siderúrgica
chinesa, que seria uma parceira importante da Vale em projetos brasileiros,
desistiu das obras do Espírito Santo e Maranhão, mesmo depois
dos gastos de US$ 20 milhões somente nos estudos técnicos.
A percepção
na mineradora é que hoje, num cenário fragmentado pela crise,
os investidores estrangeiros não retornam. Na segunda-feira, o governador
do Ceará, Cid Gomes, almoçou na sede da mineradora para acertar
detalhes do início da terraplenagem, em dezembro, no terreno que
abrigará a Companhia Siderúrgica de Pecém.
Inicialmente, a Vale seria
minoritária, com 10%, na obra feita em parceria com a coreana Dongkuk.
A mineradora já negocia um aumento de participação
no projeto, provavelmente para 30%, a exemplo do que ocorreu na Companhia
Siderúrgica do Atlântico (CSA), projeto que tem a alemã
Thyssenkrupp como majoritária, na zona oeste fluminense.
De qualquer forma, uma mudança
no acordo de acionistas para atender às aspirações
do governo é tida como improvável tanto na Previ como no
BNDES. Seria delicado mexer agora no acordo, que vigora há mais
de oito anos. Só com a concordância de todos os acionistas,
o que é considerado impossível. Nos últimos oito anos
(de 2000 a 2008) a Vale pagou dividendos de US$ 11 bilhões a seus
acionistas. Ou seja, mais do que o dobro dos US$ 3 bilhões pagos
nos 54 anos anteriores da companhia.
"Ajustes na gestão
sempre serão bem vindos, mas a diretoria da Vale não está
sob ameaça e também não há como o governo fazer
uma intervenção branca na companhia", disse uma fonte ligada
à companhia. A empresa sustenta que está capitalizada para
novos projetos. Tem em caixa mais de US$ 10 bilhões, mais ofertas
de crédito de bancos comerciais e de investimentos, entre eles o
próprio BNDES, que pôs à disposição uma
linha de financiamento de R$ 7 bilhões para a mineradora.
"No momento, temos crédito
à vontade para a Vale. Além dos R$ 7 bilhões, que
a empresa ainda não pegou, há condições de
fazer outros. O banco está acessível e disponível
para liberar recursos para a Vale", diz uma fonte do BNDES.
''O que vemos agora é
o início de um novo período''
O diretor executivo de Finanças
da Vale, Fábio Barbosa, traçou ontem um cenário bastante
positivo para a economia mundial e o mercado de minério de ferro.
''O que vemos hoje, claramente, é o início de um novo período'',
afirmou o executivo.
Durante palestra para investidores
e analistas financeiros da Apimec-Rio, ele se recusou a falar de uma eventual
pressão do governo por mais investimentos. Mas salientou que a recuperação
da economia mundial ''já se iniciou'' e pode ser confirmada por
indicadores favoráveis divulgados em economias como a do Reino Unido
e dos Estados Unidos.
Apesar de otimista, Barbosa
admite que é preciso cautela, pois as economias em desenvolvimento
ainda vão demorar para retornar aos patamares anteriores ao agravamento
da crise financeira. ''Dado o estrago, esse é um processo que vai
levar tempo.''
O diretor se mostrou bastante
animado com os sinais de recuperação da demanda por matérias-primas
na Europa, que antes da crise absorvia 25% da produção de
minério de ferro da Vale.
''Para nós, essa
recuperação é muito importante. Fomos (a companhia)
mais afetada pela geografia do ajuste'', disse, ao lembrar que as concorrentes
australianas, por estarem mais próximas da Ásia, já
tinham na China uma parcela maior das vendas. O país foi um dos
menos afetados pela crise e vem mostrando incremento em suas compras.
(Irany Tereza e Mônica Ciarelli - O Estado de S.Paulo)
Fundos:
Além do Brasil, trem-bala se espalha em emergentes
Com quatro décadas
de atraso, os trens de alta velocidade estão chegando ao mundo em
desenvolvimento, onde mais de dez países inauguram suas primeiras
linhas ou avançam em projetos com essa tecnologia, ligando as suas
principais cidades. A expansão dos investimentos em infraestrutura,
o aumento da renda per capita e até mesmo o orgulho nacional de
ostentar um projeto grandioso começam a abrir uma nova fase para
os trens-bala. "É a hora dos países emergentes", diz Philippe
Delleur, presidente no Brasil da Alstom, empresa francesa que ganhou o
contrato para uma linha de alta velocidade na Argentina e confirmou o interesse
em participar da licitação para o trem Rio-São Paulo-Campinas.
O Shinkansen, primeiro projeto
do gênero, foi inaugurado no Japão em 1964. A tecnologia chegou
à Europa em 1981, quando entrou em operação comercial
a ligação entre Paris e Lyon. Foi só em 2003 que deixou
de ser exclusividade dos países ricos, com a abertura da primeira
linha na China. Um ano depois, os chineses já operavam o trem mais
rápido do planeta, com o sistema baseado no princípio da
levitação magnética), que viaja a até 430 km/h
e liga uma estação em Xangai ao aeroporto internacional da
cidade.
Hoje, a China tem 4.075
quilômetros de linhas de alta velocidade planejadas e outros 3.404
quilômetros já em construção, incluindo o Expresso
Pequim-Xangai,
linha orçada em US$ 31 bilhões e que reduzirá de dez
para cinco horas o tempo de viagem entre as duas cidades, separadas por
1.318 quilômetros. Em março, a Turquia inaugurou parte da
ligação entre Ancara e Istambul.
Índia, Irã
e Marrocos têm projetos de trem-bala em estudo. A Arábia Saudita
planeja o "Trem do Islã", ligando em 30 minutos as duas mais importantes
cidades para os muçulmanos, Meca e Medina. Já a Rússia
quer montar uma rede de linhas de alta velocidade até 2020. Estão
previstos, até 2010, investimentos em torno de US$ 8 bilhões.
Em um primeiro momento, um conjunto de novos trens está sendo implementado
no trajeto Moscou-São Petersburgo, diminuindo o tempo de viagem
para 3h45. No futuro, até 2018, será construída uma
linha paralela à atual, com velocidade operacional de 330 km/h.
O vice-presidente técnico
da Alstom Transporte, François Lacôte, enumera três
fatores determinantes para a adoção dos trens-bala por um
país. Além de concentração populacional nas
duas pontas do projeto - para alimentar a demanda -, o nível de
renda dos habitantes precisa ser compatível com o valor das tarifas
cobradas a fim de viabilizar o investimento.
O terceiro fator é
a "vontade política" dos governos, afirma Lacôte, um dos pais
do TGV francês. "Na Coreia, os três elementos estavam presentes",
diz o executivo e pesquisador. O país asiático adotou a tecnologia
da Alstom em 2004 e hoje quer participar do trem brasileiro. "Já
nos Estados Unidos, faltava o terceiro elemento, mas isso pode mudar com
o governo Barack Obama."
O presidente da WerkShire
Infraestrutura e Participações, José Alexandre Resende,
acrescenta dois outros ingredientes: a topografia e a disposição
dos governos em conceder subsídios para a operação
das linhas. "O transporte ferroviário de passageiros em trajetos
de longa distância é subsidiado no mundo inteiro", diz Resende,
que esteve no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) entre 2002 e 2008.
Já a topografia é
decisiva no valor dos investimentos necessários. No eixo Rio-São
Paulo-Campinas, onde o relevo é fortemente acidentado e 90 quilômetros
serão percorridos em túneis, o custo foi estimado em R$ 34,6
bilhões. No percurso de 710 quilômetros da linha Buenos Aires-Rosário-Córdoba,
o relevo mais plano e o aproveitamento parcial de corredores existentes
diminuem o investimento para cifras próximas de US$ 3 bilhões.
Para o executivo francês,
os trens de alta velocidade devem ganhar mais espaço em todo o mundo,
por causa das preocupações com o aquecimento global. "É
um crime contra o ambiente usar avião para trechos de 500 quilômetros",
diz Lacôte. Segundo ele, a emissão de CO2 por passageiro transportado
é 50 vezes menor no trem-bala do que no avião.
Na França, a participação
das empresas aéreas caiu para 10% do total de passageiros em ligações
ferroviárias que podem ser cobertas em até duas horas. A
opção pelo avião, em trajetos como Paris-Lyon, passou
a ser adotada basicamente por passageiros internacionais em conexão
na capital francesa. Nos trechos de até três horas, como Paris-Marselha,
a relação é de 70% de passageiros para o TGV e de
30% para o aéreo.
Apesar do cenário
promissor para os trens de alta velocidade nos países emergentes,
ainda é no mundo desenvolvido que eles mais se expandem. A Espanha
deve mais do que triplicar a rede atual e a França tem um plano
de novas linhas para os próximos 15 anos. Para a Alstom, que fabrica
composições de carga e trens de metrô, por exemplo,
o TGV só representa de 10% a 15% da receita de sua divisão
de transportes.
Viabilidade do investimento
divide especialistas
A viabilidade do investimento
no trem de alta velocidade (TAV) Rio-São Paulo-Campinas ainda não
é consenso entre especialistas no setor. Uma das maiores críticas
é sobre o custo da obra, estimado em R$ 34,6 bilhões no relatório
da Halcrow, consultoria britânica contratada pelo governo. José
Alexandre Resende, presidente da WerkShire Infraestrutura e Participações
e ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), afirma que o projeto não para em pé se não
houver subsídio de pelo menos 50%.
Para ele, o custo é
muito alto para o Brasil "se dar ao luxo" de implementar o empreendimento
e o país "perdeu o bonde" do trem-bala. "Faria muito mais sentido
gastar esse dinheiro em dez cidades diferentes, aplicando R$ 3 bilhões
em cada uma delas para expandir a rede de metrô, o que resolveria
um problema crônico de transporte público de massa", completa
Resende, citando outra prioridade. Ele avalia que a travessia da Serra
do Mar, da Serra das Araras e de vários centros urbanos torna inviável
o investimento no TAV brasileiro.
O engenheiro Fábio
Tadeu Alves, especializado em planejamento e sistemas de trens de alta
velocidade, pondera que o valor do investimento não deve ser visto
isoladamente, mas considerando vantagens e benefícios indiretos.
Segundo ele, a adoção de um trem-bala entre duas cidades
densamente povoadas pode desenvolver novos setores da economia. "Principalmente
o setor imobiliário, no entorno das estações, mas
se potencializa a pesquisa ferroviária e as indústrias metalúrgica,
eletrônica e de engenharia civil", diz Alves. Além disso,
trata-se de uma grande oportunidade para reorganizar concentrações
urbanas que tiveram crescimento desordenado.
O relatório da Halcrow
indica nove "vantagens associadas" à implantação e
à operação do trem: indução ao desenvolvimento
regional, aliviando áreas de maior densidade urbana; redução
de gargalos dos subsistemas de transporte aeroportuário, rodoviário
e urbano; postergação de investimentos na ampliação
e construção de rodovias e aeroportos; menor uso do solo
comparado à construção ou ampliação
de rodovias; redução de impactos ambientais e emissão
de gases poluentes em decorrência do desvio da demanda do transporte
aéreo e rodoviário; redução dos tempos de viagem
associados à baixa probabilidade de atrasos; aumento do tempo produtivo
para os usuários; geração de empregos; queda do nível
de congestionamento e do número de acidentes em estradas.
Grupos japoneses, alemães,
franceses, espanhóis, coreanos, italianos e chineses já demonstraram
interesse em participar da licitação do TAV brasileiro, cujo
edital deve sair até o fim deste ano. O primeiro grupo a confirmar
a intenção de disputar o projeto, após a divulgação
dos estudos da Halcrow, foi o francês. Liderado pela Alstom, prevê
a operação do sistema pela SNCF. De acordo com Philippe Delleur,
presidente da Alstom no Brasil, os quatro grandes bancos franceses instalados
no país estão desenhando um pacote para financiar toda a
parte importada do TAV. Ele garante que a empresa está disposta
a transferir tecnologia, mas diz a construção da infraestrutura
provavelmente precisará de algum subsídio oficial.
(Daniel Rittner - Valor Online)
Fator:
Senador lembra acordo para votar projeto
O senador Paulo Paim (PT-RS)
lembrou ao Plenário, nesta terça-feira (4), o acordo prevendo
a votação, ainda este mês, do projeto de lei que extingue
o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias
da Previdência Social. O parlamentar recordou que, pelo acordo, as
duas primeiras semanas de agosto serão destinadas à negociação
da matéria, que irá à votação na segunda
quinzena do mês.
Paim relatou conversa com
o presidente da Câmara dos Deputados - onde tramita a matéria
-, deputado Michel Temer, o qual solicitou que ele conversasse com os líderes
do governo naquela Casa, deputado Henrique Fontana, e no Senado, senadora
Ideli Salvatti (PT-SC). De acordo com o senador, ambos lhe disseram que
o governo apresentará uma proposta quanto ao fim do fator previdenciário
e do reajuste dos aposentados.
O senador anunciou que aposentados
e pensionistas irão fazer "pressão democrática e legítima".
Anunciou um movimento em todas as capitais no dia 14, visando a aprovação
dos dois projetos, que tratam do fator previdenciário e do reajuste
dos aposentados.
O senador abordou também
o caso do Fundo de Pensão Aerus, cujos pensionistas, segundo o senador,
estão recebendo apenas 8% do que teriam direito. Paim afirmou que
o governo deve encaminhar até a próxima semana uma proposta
concreta por parte do governo, para atender as 50 mil pessoas vinculadas
ao fundo, entre aposentados, pensionistas e trabalhadores.
Ainda no mesmo pronunciamento,
o parlamentar relatou o encontro do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande
do Sul, no mês passado, que indicou, por unanimidade, as candidaturas
da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para presidente; do ministro
da Justiça, Tarso Genro, para governador do estado; e dele próprio
para o Senado. (Agência Senado)
Projetos
alteram os benefícios
O governo está preocupado
e tenta negociar um aumento real para os aposentados porque teme que dois
projetos sejam aprovados no Congresso Nacional.
Centrais já aceitam
negociar ganho real do INSS
O primeiro, do senador Paulo
Paim (PT-RS), iguala os reajustes do salário mínimo e das
aposentadorias com valores acima do mínimo. Só para se ter
uma ideia da diferença, os aposentados tiveram reajuste de 5,92%
(apenas a reposição da inflação), e o salário
mínimo teve alta de 12%. A proposta já passou no Senado.
O outro projeto, também
do senador Paulo Paim e já aprovado pelo Senado, acaba com o fator
previdenciário.
Na Câmara, o deputado
Pepe Vargas (PT-RS) irá propor uma modificação: que
o índice que reduz as aposentadorias seja trocado pelo fator 85/95
--que dá o benefício integral às mulheres que tiverem
85 como resultado da soma de idade e de tempo de contribuição
e aos homens que tiveram o resultado 95. A previsão é que
as negociações sejam retomadas neste mês. O governo
já manifestou ser favorável ao fator 85/95. (Ellen
Nogueira - Agora S.Paulo)
Centrais
já aceitam negociar ganho real no INSS
A reunião para definir
o aumento real (acima da inflação) para aposentados e pensionistas
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima do salário
mínimo deve ocorrer amanhã, em Brasília, entre entidades
de aposentados e governo. Na terça, deve ser a vez do encontro entre
centrais sindicais e governo. Os sindicatos já estão dispostos
a negociar.
O governo diz que a negociação
depende do que as centrais irão propor.
"Podemos aceitar um aumento
real de três pontos percentuais acima da inflação.
O que sabemos é que o governo está disposto a negociar",
disse o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força
Sindical.
O governo acenou com um
aumento de 2,5 pontos percentuais acima da inflação. Considerando
que, na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), aprovada pelo
Congresso, a inflação prevista é de 3,64%, o aumento
poderia ser de 6,14% (se ficar o reajuste proposto pelo governo) ou de
6,64% (se ficar o índice proposto pela Força). O novo valor
será pago em fevereiro.
A Cobap (Confederação
Brasileira de Aposentados e Pensionistas) diz que sua proposta será
que os aposentados que ganham mais que o mínimo tenham o mesmo reajuste
dado ao piso --de 8,9%, previsto também na LDO.
"É lógico
que teremos de negociar, mas não vamos pedir um valor menor", comentou
o presidente da Cobap, Warley Martins Gonçalles.
O senador Paulo Paim (PT-RS),
que se reuniu ontem com representantes da Cobap, já ouviu que o
índice de reajuste para os aposentados deve ficar próximo
de 7%. "Já é melhor que apenas a inflação."
A CUT encomendou um estudo
ao Dieese sobre qual é a perda dos aposentados de acordo com a faixa
salarial.
Escalonado
O governo deverá
ter duas propostas: uma de reajuste escalonado, na qual o ganho real maior
valeria para quem recebe menos, e outra de aumento único para todos
os benefícios, mas com o ganho acima da inflação menor.
Pela proposta de reajuste
escalonado, os benefícios entre R$ 465,01 e R$ 697,50 (um mínimo
e meio) teriam um aumento acima da inflação, mas menor que
8,9%. Os segurados que ganham de R$ 697,51 a R$ 930 (dois mínimos)
e de R$ 930,01 a R$ 1.162,50 (dois mínimos e meio) teriam aumentos
menores, mas provavelmente acima da inflação --que deverá
ser de 3,64%. Quem ganha mais de R$ 1.162,51 teria um reajuste menor --não
foi confirmado se acima da inflação.
A Força e a Cobap
dizem que são contra o reajuste escalonado e que vão lutar
pelo aumento único. "O aumento real é a nossa prioridade",
disse Gonçalles. (Anay Cury, Carolina Rangel e Ellen
Nogueira - Agora S.Paulo)
Despesas:
Acerto na Câmara
Os líderes do PT,
Cândido Vaccarezza, e do PSDB, José Aníbal, fecharam
questão ontem: não votam qualquer projeto que provoque aumento
de despesas públicas na área do custeio. O fim do Fator Previdenciário
vai ficar na gaveta. (G1)
A
previdência de planos e a propaganda enganosa
Primeiro, quero que fique
bem claro que a Anasps não é contra qualquer tipo de Previdência
Social, seja pública ou privada. Fazemos restrições
aos modelos de gestão da Previdência pública e privada.
A nossa tese central é que Previdência não rima com
política. Não temos, por exemplo, nada contra a previdência
complementar fechada, dos fundos de pensão, públicos ou privados,
apenas julgamos temerária a pesada intervenção político-partidária
nos fundos públicos.
Nada temos contra a previdência
complementar aberta, de bancos e seguradoras. Até já reivindicamos
e propomos que o INSS fosse autorizado a vender tais planos, nas mesmas
condições das demais instituições, com o diferencial
de que teria a garantia do Estado. Mais ainda: sugerimos que os recursos
arrecadados constituíssem um fundo blindado, gerido pelo BNDES,
por exemplo. Poderiam dizer que seria uma concorrência desleal. Talvez,
mas, como ninguém fiscaliza tal previdência e não há
as mínimas garantias para os segurados, a figura do INSS poderia
alterar os rumos desse mercado, na sua concepção correta
e na sua execução errada. Correta porque preenche o vácuo
deixado pelo INSS. Errada porque foi induzida, pelo mercado, na globalização,
a vender planos de investimentos atrelados à volatilidade da especulação
financeira.
O diferencial deste título
de investimento em VGBL e PGBL é que, enquanto todas as aplicações
financeiras pagam IR na fonte, o VGBL paga IR sobre o ganho de capital
e o PGBL permite reduzir até 12 % do rendimento tributável
do IR. Quando a taxa de juros estava em 12% e acima disso, os investidores
compravam todos os papéis e embarcavam nestes que tinham o pomposo
rótulo de Previdência. Com juro real de 12%, em 2005, projetavam
para que comprasse um plano de R$ 200 mês, por 30 anos, um beneficio
de R$ 2.697. Isto atraiu 8 milhões (mas há quem fale em 12
milhões) de receosos do seu futuro nas mãos do INSS, jogando
nas burras de bancos e seguradoras mais de R$ 120 bilhões (outros
chutam R$148 bilhões). Mas, com juro real de 6%, tudo indica que
o benefício despencará para R$ 603 ou menos.
Com o apagão da economia
mundial, bancos e seguradoras baixaram a bola. Não dizem quanto
perderam e quanto os investidores perderam. Aguardam a agudização
da crise, mantendo sua lucratividade nas taxas de administração,
cobrada sobre os rendimentos, e de carregamento, cobradas sobre os investimentos,
para jogar os 8/12 milhões contra o governo.
Recentemente surpreendi-me
ao ler em um jornal dados que confirmam o que venho escrevendo há
anos: não se trata de previdência, mas títulos de investimentos,
com um apelo mágico de previdência. Vejam: previdência
referenciada DI, previdência cambial dólar, previdência
renda fixa, previdência renda fixa médio e alto risco, previdência
balanceados, previdência multimercados sem ações, previdência
multimercados com ações.
A máscara caiu. Sempre
escrevemos que os planos de previdência privada eram tipos de investimentos,
uma diversificação marketeira no mercado financeiro.
(Paulo César Régis de Souza - Jornal de Uberaba)
Aposentados
começam a receber o 13º salário
A partir do dia 25, o Ministério
da Previdência Social começa a pagar a primeira parcela, correspondente
a 50% do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS.
Ao todo, 26,6 milhões beneficiários terão direito
à
antecipação, alcançando um valor total de cerca de
R$ 7,9 bilhões, além do valor normal da folha que é
de, em média, R$ 16,9 bilhões.
A segunda parcela, com subtração
do Imposto de Renda (IR), será paga entre o final de novembro e
o início de dezembro.
Pela ordem, quem ganhar
até um salário mínimo e possuir cartão de pagamento
com o final 1 receberá primeiro. Para aqueles que recebem mais de
R$ 465,00, o saque estará disponível a partir de 1º
de setembro. Pelo calendário, o INSS creditará todos os benefícios
até o dia 8 de setembro. (Correio Online)
MS
fixa normas para consignações em folha
Através do Decreto
número 12.796, publicado no Diário Oficial de ontem (04),
o governo do Estado dispõe sobre a averbação de consignações
em folha de pagamento de servidores públicos civis e militares da
administração direta, autarquias, fundações
e empresas públicas do Poder Executivo, excluídos os temporários
e convocados. As consignações foram classificadas em compulsórias,
preferenciais e facultativas e foram estipulados limites para essas consignações.
As consignações
compulsórias são descontos incidentes sobre a remuneração
dos servidores por força de lei ou mandado judicial, compreendendo
as contribuições para o MSPREV (regime próprio de
Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul) ou regime de
Previdência Social Geral; planos de saúde; pensão alimentícia
judicial; imposto de renda retido na fonte; compensação por
benefícios ou auxílios prestados aos servidores pela administração
pública estadual; pagamento de empréstimos de natureza salarial
autorizados pela administração pública; prestação
de financiamento imobiliário exclusivo para residência do
servidor; descontos determinados por decisão judicial e cobrança
de dívida com a Fazenda Pública e contribuição
em favor de entidades sindicais.
Já as consignações
preferenciais são os descontos autorizados pelo servidor público,
mediante anuência da administração pública,
decorrente de contrato, acordo ou convênio entre o servidor e o consignatário,
tendo por objeto: financiamento da saúde pelas entidades instituídas
como gerenciadoras de planos de saúde oficiais, com prestação
de serviços médicos, hospitalares, odontológicos,
laboratoriais, compras de medicamentos e pagamento de franquias com órteses
e próteses, por meio do Cartão Benefício, plano agregado
especial, plano especial e outros benefícios.
As consignações
facultativas são os descontos autorizados pelo servidor público,
decorrente de contrato, acordo ou convênio entre o servidor e o consignatário,
tendo por objeto: contribuição para planos de previdência
complementar e renda mensal; prêmios de seguros de vida cobertos
pelos consignatários; pagamento de parcelas mensais correspondentes
a fornecimento de bens e serviços decorrentes de convênios
mantidos por sindicatos ou associações de classe com fornecedores;
pensão alimentícia voluntária; mensalidade instituída
para o custeio de sindicatos, associações de classe, clubes
de servidores e recreativos; amortização de empréstimos
ou financiamentos concedidos por instituições financeiras
ou administradora de sistemas integrados de convênios e benefícios.
A averbação
de consignações, conforme o decreto, não poderão
ser superiores a 48 parcelas mensais. As entidades consignatárias
deverão requerer a revalidação de seu credenciamento,
até 30 dias antes do prazo de vencimento do seu convênio,
instruída com os documentos exigíveis para o credenciamento,
especialmente aqueles que contiverem alteração em relação
ao original apresentado e ou com prazo de validade vencido. A falta de
revalidação do credenciamento implicará a imediata
exclusão da entidade do rol das consignatárias, independentemente
de qualquer aviso ou interpelação judicial ou extrajudicial,
preservadas as averbações existentes até o cumprimento
total das obrigações pactuadas entre a entidade e o servidor
estadual.
Ainda segundo a publicação,
ressalvadas as consignações compulsórias, não
será permitido desconto de valor inferior a 1% do menor vencimento-base
ou subsídio fixado. As consignações compulsórias
e as preferenciais terão prioridade sobre as facultativas.
A soma mensal das consignações
preferenciais de cada servidor não poderá exceder ao valor
equivalente a 10% da remuneração bruta, assim considerada
a totalidade das parcelas salariais que lhe são devidas, excluídas
as seguintes verbas: diárias e ajuda de custo; indenização
de despesa de transporte, auxílio-transporte e auxílioalimentação;
salário-família; gratificação natalina, adicional
e abono de férias; adicional pelo exercício de atividades
em condições insalubres, penosas ou perigosas ou pelo exercício
em determinadas zonas ou locais; adicional pela prestação
de serviço extraordinário, hora extra ou plantão de
serviço; adicional por trabalho noturno; diferenças de vencimento
ou parcela salarial de caráter eventual ou temporário de
qualquer natureza; parcela originária de decisão judicial
não transitada em julgado.
No caso de a soma mensal
das consignações preferenciais exceder ao limite estipulado
de 10% da remuneração bruta serão suspensos os descontos,
até atingir aquele limite, relativamente às consignações
preferenciais, excluindo sucessivamente, na seguinte ordem: serviços
médicos, hospitalares, odontológicos e laboratoriais, compra
de medicamentos, pagamento de franquias com órteses e próteses,
por meio do Cartão Benefício, outros benefícios, agregado
especial, plano especial.
A soma mensal das consignações
facultativas de cada servidor não poderá exceder ao valor
equivalente a 40% da remuneração bruta, assim considerada
a totalidade das parcelas salariais que lhe são devidas, excluídas
as seguintes verbas: diárias e ajuda de custo; indenização
de despesa de transporte, auxílio-transporte e auxílio alimentação;
salário-família; gratificação natalina, adicional
e abono de férias; adicional pelo exercício de atividades
em condições insalubres, penosas ou perigosas ou pelo exercício
em determinadas zonas ou locais; adicional pela prestação
de serviço extraordinário, hora extra ou plantão de
serviço; adicional por trabalho noturno; diferenças de vencimento
ou parcela salarial de caráter eventual ou temporário de
qualquer natureza; parcela originária de decisão judicial
não transitada em julgado.
Não será efetuado
desconto de consignação facultativa quando a soma desta com
as compulsórias e as preferenciais exceder a 70% da remuneração
bruta do servidor. Caso a soma mensal das consignações compulsórias,
preferenciais e facultativas exceda ao limite definido serão suspensos
os descontos, até atingir aquele limite, relativamente às
consignações facultativas, excluindo-as sucessivamente, na
seguinte ordem: pagamento de bens e serviços decorrentes de convênios
mantidos por sindicatos ou associações de classe com fornecedores
de bens e serviços; amortização de empréstimo,
financiamentos pessoais; pensão alimentícia voluntária;
contribuição para planos de pecúlio, previdência
complementar ou renda mensal; contribuição para seguro de
vida; mensalidade para custeio de associações, entidades
de classe, federações e sindicatos.
As consignações
facultativas serão processadas exclusivamente por meio de sistema
eletrônico, via internet, de reserva de margem e controle de consignações
com desconto em folha. Os valores das consignações serão
repassados aos agentes consignatários até o último
dia útil do mês seguinte ao da folha de pagamento em que forem
retidas. (MS Notícias)
Folha
do INSS: Governo teme ausência de bancos
Em clima de apreensão,
o governo federal realiza hoje o leilão da folha de pagamento dos
novos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional de Seguro Social
(INSS). O temor, no entanto, é de que os bancos privados não
participem, fazendo com que o leilão se torne um grande fracasso.
Na segunda-feira, correu até o boato sobre possível adiamento,
porém até ontem à noite não houve mudança
na decisão de governo.
A alegação
dos bancos privados para não entrar na disputa é que o negócio
pode não ser tão atrativo como diz o governo. Isso porque
os potenciais clientes são de baixa renda e não terão
interesse em contratar novos produtos bancários. Apesar disso, a
expectativa é de que pelo menos as instituições financeiras
que atualmente concentram a maior parte dos pagamentos participem da disputa.
O Banco do Brasil é
responsável pelo pagamento de 24,58% dos 26,6 milhões de
benefícios, seguido pelo Bradesco (17,71%), Caixa Econômica
Federal (17,46%) e Itaú (10,81%). Nenhuma dessas instituições
quis falar sobre o assunto. Em junho, o INSS desembolsou R$ 17 bilhões
para pagamento dos aposentados.
Pelas regras do edital,
o banco que pagar o maior preço será o vencedor. O contrato
com cada banco será de 20 anos, sendo que a cada cinco serão
realizados pregões para ofertar o direito ao pagamento dos novos
benefícios concedidos no período seguinte. A licitação
será dividida em 26 blocos. Não integram a operação
os municípios de difícil acesso. Nesse caso, os benefícios
serão pagos por meio dos Correios, Caixa Aqui, Banco Postal e agências
pioneiras.
EDITAL. Para evitar que
o leilão se torne um "mico", o edital prevê ainda que os aposentados
não poderão optar por receber seus benefícios nos
bancos que não entrarem no pregão. Mas isso não deve
trazer grandes problemas para os beneficiários porque as instituições
financeiras, além de efetuar o pagamento de benefícios, terão
que oferecer serviços como fornecimento de extratos, DOC ou TED
mensal sem ônus. Dessa forma, na avaliação do INSS,
está "mantida a faculdade do beneficiário de, a qualquer
momento, optar por receber seu benefício em instituição
a sua escolha".
Atualmente são concedidos,
em média, 377 mil benefícios por mês. O pagamento dos
atuais beneficiários - 26,6 milhões - não terá
alteração porque a licitação de hoje contempla
apenas os novos benefícios. No caso dos antigos (anteriores à
licitação), o governo ainda estuda como proceder.
Até setembro de 2007,
as instituições financeiras cobravam do INSS tarifas para
realizarem o pagamento de benefícios. Naquele mês foi assinado
acordo para que os bancos conveniados continuassem a fazer o pagamento
da folha sem ônus para a Previdência. O acordo, renovado em
fevereiro passado, prevê que não haja ônus de qualquer
parte até o fim de 2009. (Edna Simão - Agência
Estado/Jornal do Commercio Brasil)
Leilão
do INSS terá disputa e valor baixo
Pelo menos quatro bancos
deverão participar do leilão da folha de pagamentos do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), marcado para hoje e amanhã.
Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal são consideradas presenças certas.
As informações disponíveis ontem à noite indicavam
também a participação do Bradesco e do Itaú
Unibanco. Havia boas chances também de o Santander entrar na disputa.
Oficialmente, nenhum dos
bancos confirmou que apresentará proposta no leilão. Mas
alguns dos bancos privados deslocaram para Brasília equipes de funcionários
que cuidam do relacionamento com o INSS.
Apesar da expectativa de
que o leilão não irá fracassar, a avaliação
geral era de que, salvo surpresa, os lances deverão ser baixos.
"Numa oferta pública,
sempre tem a chance de um ou outro participante atuar de forma mais agressiva",
afirma uma fonte que acompanha os desdobramentos do leilão. "Mas
a lógica indica que os lances serão modestos."
Ofertas muito altas, em
tese, puxariam o preço de administração da folha de
pagamentos do INSS. No leilão de hoje, está em disputa quem
vai administrar o pagamento, por 20 anos, dos benefícios que venham
a ser concedidos nos próximos cinco anos.
Em média, o INSS
concede 377 mil benefícios previdenciários por mês.
A expectativa dos bancos é que o preço do leilão sirva
de referência para os valores cobrados no processamento da folha
de pagamento dos atuais 26,6 milhões de aposentados e pensionistas
do INSS.
A participação
dos bancos será, em parte, uma resposta à gestão do
governo para evitar o fracasso da disputa pública. Nos últimos
dias, integrantes do alto escalão do Ministério da Fazenda
entraram em contato com os principais banqueiros do país para convencê-los
a oferecer lances pela folha do INSS.
Os bancos resistiram, por
cerca de três anos, a pagar ela administração da folha
do INSS. Na visão do setor, o rendimento que pode ser auferido com
a cobrança de tarifas e concessão de empréstimo é,
de forma geral, pequeno frente aos custos administrativos de fazer os pagamentos.
O edital cria novas obrigações
para os bancos, como a emissão de extratos, cartões eletrônicos
e informativos anuais do Imposto de Renda. Segundo cálculo de um
banqueiro do setor privado, cerca de 40% dos benefícios são
temporários, como auxílio saúde, e não permite
a fidelização da clientela.
O leilão foi dividido
em 26 lotes e, embora a expectativa de lances para o conjunto da folha
seja pequeno, é possível que ocorram ofertas mais altas para
as regiões mais ricas do país, nas quais os benefícios
médios pagos são mais elevados. Ga- nha quem oferecer o paga-
mento mais elevado ao INSS.
Até setembro de 2007,
o INSS pagava R$ 250 milhões anuais para os bancos processarem a
folha de benefícios. A partir de então, foi fechado uma acordo
em que os bancos não pagam e não recebem nada do governo
para prestar o serviço.
Esse entendimento vai até
o fim do ano. A partir de então, o INSS deverá achar uma
solução definitiva. O Tribunal de Contas da União
(TCU) determinou ao INSS e ao Tesouro Nacional que mude o relacionamento
com os bancos. (Alex Ribeiro - Valor Online)
Solução
consensual de processos
A partir da próxima
semana, a Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto Nacional
de Seguro Social (PFE/INSS) dá início a várias reuniões
de conciliação da Advocacia Geral da União (AGU) –
à qual a PFE é vinculada - nas regionais do instituto, na
busca de soluções de processos envolvendo autarquias públicas
federais. A iniciativa tem por objetivo disseminar entre os procuradores
federais a prática da conciliação e a conscientização
de que a melhor solução para um processo é a “consensual”.
O encontro também é uma oportunidade para a troca e compartilhamentode
experiências judiciais conciliatórias.
A FFE/INSS entende que o
processo deve ser decidido pelas partes envolvidas, e não-somente
pelo Judiciário. Com isso, o atendimento se torna cada vez mais
eficiente e ágil e viabiliza o reconhecimento de direitos dos cidadãos,
além de ser possível reparar, inclusive, possíveis
erros cometidos na esfera administrativa. Outra intenção
dessa reunião é fazer com que cada participante se torne
multiplicador dessa proposta e busque cada vez mais os acordos nos processos.
A reunião acontece
em cada regional com duração de três dias, quando serão
discutidos vários assuntos. A expectativa é reunir cerca
de 70 pessoas por localidade. No primeiro dia serão debatidos temas
como: conciliação no cotidiano; aspectos relevantes dos acordos
em processos judiciais; o manual de conciliação da PFE/INSS;
conciliação como forma de justiça e economia para
o erário; acordos e redução de processos nas ações
previdenciárias, entre outros.
E, no segundo dia, haverá
discussão sobre o papel da Câmara de Conciliação
da Advocacia Geral da União (AGU) na resolução de
litígios; atuação do INSS para reduzir a procura pelo
Judiciário; conciliação na prática e o projeto
de Redução de Demandas, entre outros temas. No último
dia serão debatidas questões sobre o Poder Judiciário
e o movimento pela conciliação, papel do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). E haverá espaço para oficinas e
exposições dos participantes para relatarem procedimentos
de conciliação utilizados nas regionais das procuradorias.
As propostas apresentadas
serão encaminhadas para a plenária do último dia.
Será elaborado um relatório que, posteriormente, será
enviado a todos os participantes. O evento vai envolver representantes
das Procuradorias Federais, PFN, AGU, Câmara de Conciliação
e Arbitragem da Administração Federal/CCAF/CCGU, além
de advogados da CEF, servidores do INSS que atuam na área de benefícios.
Veja cronograma das reuniões:
de 11 a 13 de agosto – Balneário
Camboriú (SC)
de 19 a 21 de agosto – São
Paulo (SP)
de 29 de setembro a 1 de
outubro – Recife (PE)
de 5 a 10 de outubro – Rio
de Janeiro (RJ)
de 23 a 25 de novembro –
Brasília (DF) (Izabel Bacelar - AgPrev)
Previdência
paga R$ 4,3 bi de precatórios
A Previdência Social
já pagou 70,5% dos valores referentes a sentenças judiciais
previstos para todo o ano. O desembolso foi de R$ 4,3 bilhões -
em valores nominais acumulados de janeiro a junho, envolvendo precatórios
e Requisições de Pequeno Valor (RPV). Os precatórios
são ações com valor superior a 60 salários
mínimos inscritas pela Justiça Federal até 2 de julho
de 2008. O prazo constitucional de quitação é até
o final do ano seguinte à inscrição. Já as
RPVs são ações de valor inferior a 60 mínimos.
Em 2009, o Orçamento
da Previdência Social prevê R$ 6,1 bilhões para o pagamento
de sentenças judiciais. No ano passado, foram pagos cerca de R$
5,3 bilhões. Esses recursos constam do Orçamento da Previdência,
mas os valores ficam à disposição dos tribunais, que
determinam os pagamentos.
Dados da Procuradoria Federal
Especializada junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (PFE/INSS) indicam
que 71.865 beneficiários de precatórios já foram atendidos
este ano. Desse total, 34.380 são originários do TRF da 4ª
Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); 24.752
do TRF da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul);
5.304 no TRF da 1ª Região (estados do Norte e Centro-Oeste,
mais Minas Bahia, Maranhão e Piauí); 5.012 no TRF da 5ª
Região (Nordeste) e 2.417 no TRF da 2ª Região (Rio de
Janeiro e Espírito Santo).
Calendário
Cada tipo de pagamento obedece
a um calendário específico, havendo concentração
de pagamento em alguns meses do ano. Em janeiro, foi dada prioridade à
quitação de precatórios alimentícios. Fevereiro
concentra o pagamento de precatórios de natureza não-alimentícia.
Esses desembolsos são
previstos com antecipação e seus valores incluídos
na Lei Orçamentária Anual (LOA). Ou seja, os recursos estão
garantidos. Dentro dessa previsão, por exemplo, está incluído
também o pagamento de RPVs valores de até 60 salários
mínimos que ocorre durante todo o ano. (Cruzeiro do Sul Online)
Contribuição
ao INSS desestimula emprego
A Previdência Social
brasileira é custeada por uma série de contribuições,
como a Cofins e a contribuição do trabalhador. Entretanto,
existe uma fonte de receita para a Previdência que pode ser considerada
socialmente injusta: trata-se da chamada "parte patronal". Essa contribuição
é calculada com uma alíquota de 20%, mais um adicional de
até 3% determinado em função do grau de risco da atividade
empresarial, sobre o total da folha de pagamentos da empresa. As críticas,
apresentadas com exclusividade à coluna, são de Ari de Abreu,
professor-doutor da Universidade de São Paulo. Abreu é autor
do livro Fundamentos de Contabilidade Utilizando o Excel, publicado em
2006 pela editora Saraiva.
Explica Abreu, de forma
didática, que as empresas são criadas para agregar e distribuir
o valor. Elas compram insumos, os beneficiam e entregam aos seus clientes
por um preço mais alto. Essa diferença é distribuída
à sociedade, na forma de tributos e doações; aos trabalhadores,
na forma de salários e benefícios; e aos capitalistas, na
forma de juros, aluguéis e dividendos. A "parte patronal" sinaliza
que a distribuição de valor aos trabalhadores, quer por meio
da criação de empregos formais, quer pelo aumento da remuneração,
é punida com a incidência dessa contribuição.
Infelizmente, conta Abreu,
as empresas entenderam essa mensagem e adotaram medidas de elisão
- em muitos casos evasão disfarçada - tributária para
evitar essa contribuição. Cita exemplos: uma empresa possui
profissionais liberais que trabalham como assalariados. Ela os demite e
orienta que eles abram empresas para prestar serviços exclusivamente
a ela. Nessas novas empresas, os profissionais receberão um salário
mínimo, sendo que o restante da remuneração será
feita na forma de retirada de lucros. Dessa forma, foge-se da contribuição
referente à parte patronal e reduzem-se outros impostos.
Em um outro exemplo, uma
empresa tem como opção comprar uma máquina ou contratar
três funcionários que ganhariam o mesmo que o custo da máquina
que faria o mesmo serviço. A máquina possui a desvantagem
de ser paga a vista, enquanto os funcionários serão pagos
ao longo do tempo. Mesmo assim, a contribuição patronal pode
levar a empresa a decidir pela máquina, em detrimento da criação
de postos de trabalho formais.
Prossegue Abreu: "Apesar
de muitos não gostarem dele, Carl Marx desenvolveu o conceito da
mais-valia, o lucro obtido pela empresa em relação ao valor
pago aos trabalhadores contratados. Assim, pode-se calcular a mais valia
dividindo-se o lucro da empresa, dado que a Receita Federal possui, pelo
total de salários pagos, suprido pelo INSS. Esse fator, acompanhado
de uma ou mais alíquotas, poderia incidir sobre o lucro da empresa,
substituindo a Cofins e a parte patronal por uma contribuição
socialmente mais justa. A aplicação desse fator no cálculo
criaria uma inversão dos maus valores existentes atualmente. As
empresas que gerassem mais empregos formais e pagassem mais teriam redução
tributária. As empresas que tentarem evitar a criação
de empregos, quer pela automação, quer pela terceirização,
seriam tributadas mais fortemente - detalha Abreu.
O especialista sugere que
a parte patronal não integre o lucro da empresa. Exemplifica que,
no caso de duas empresas, a primeira, mais automatizada e usuária
da terceirização, tida como "moderna, enxuta e eficiente",
possui uma folha de pagamento de R$ 40 mil. A folha de pagamento da segunda
é muito maior, podendo ela ser taxada de "empresa dinossauro, atrasada
e cheia de gorduras", atingindo a importância de R$ 200 mil. Pelas
regras atuais, a primeira empresa é premiada por se automatizar
e terceirizar com o recolhimento da parte patronal de R$ 10 mil, ao passo
que a segunda será punida por ter maiores gastos com pessoal, recolhendo
R$ 50 mil.
E afirma: "Se calcularmos
a mais valia iremos dividir o valor do lucro pela folha de pagamento, obtendo
2,5 para a primeira empresa e 0,4 para a segunda. Caso a parte patronal
fosse distribuída em função desses valores, a primeira
empresa recolheria R$ 50 mil e a segunda, R$ 10 mil, invertendo a situação
anterior. Isso premiaria a empresa que gerou empregos formais e ofereceu
maior remuneração e puniria a empresa que remunera pior,
terceiriza e automatiza, trocando o conceito sobre "eficiência e
excesso de gordura" pela capacidade de distribuir seus ganhos. De nada
adianta uma empresa ser altamente lucrativa se esse lucro permanecer na
mão de poucos, aumentando a concentração de renda.
Assim, consideramos bastante injusto esse incentivo tributário à
concentração de renda, por meio de uma contribuição
que iniba a distribuição das riquezas geradas por meio de
salários".
Segundo Abreu, a determinação
das alíquotas deveria depender de um estudo da Receita Federal,
entidade que possui os dados de todos os contribuintes. Ela poderia determinar
um valor que não implicasse aumento da carga tributária,
mas uma redefinição do valor a ser pago por cada empresa.
(S. Barreto Motta - Monitor Mercantil)
Bancos
mais otimistas com economia do país
Os bancos esperam uma redução
menor para a economia brasileira no mês de julho, de acordo com os
dados divulgados nesta terça-feira (04) pela Pesquisa de Projeções
e Expectativas de Mercado da Febraban (Federação Brasileira
de Bancos).
O PIB (produto interno bruto)
passou de uma queda de 0,3% em junho para 0,1% este mês. “Nas expectativas
para 2010, o crescimento é mais acentuado, o índice varia
de 3,4% para 3,7% na mesma base de comparação”, afirma Rubens
Sardenberg, economista chefe da Febraban.
As previsões para
inflação são mais significativas, o Índice
Geral de Preços (IGP-M) passa de uma previsão de 1,6% em
junho para 0,6% este mês. “Os preços são significativamente
afetados pela valorização da taxa de câmbio”, explica
Sardenberg. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) sofreu uma leve expansão, registrando 4,4% frente aos 4,3%
projetados em junho.
As 27 instituições
consultadas pela Febraban, preveem que a taxa básica de juros (Selic)
se mantenha no patamar de 8,75% ao ano em 2009 e 2010. Diferentemente das
perspecitvas divulgadas pelo Banco Central na útima segunda-feira,
nas quais os juros para este ano permanecem inalterados (8,75% ao ano),
no entanto, cheguem a 9,25% ao final do próximo ano.
A Febraban prevê,
ainda, um superávit na balança comercial maior na pesquisada
realizada este mês, superando os R$ 16,8 bilhões registrados
no mês passado para R$ 21,5 bilhões em julho.
Quanto ao Investimento Direto
Estrangeiro (IDE), o valor de R$ 23,9 bilhões previsto em junho
atingem R$ 24,5 bilhões este mês.
A taxa de inadimplência
sofreu uma alta moderada de 5,6% na previsão passada para 5,8% em
julho.
A pesquisa foi realizada
entre os dias 30 e 31 de julho. (Mariana Mandrote - Executivos
Financeiros)
Crise
reduz expansão de multinacionais brasileiras
A crise financeira global
provocou uma retração no processo de internacionalização
das empresas brasileiras. Segundo dados da consultoria KPMG, foram feitas
no primeiro semestre deste ano 12 operações de compra de
empresas no exterior por grupos brasileiros, enquanto no ano passado, no
total, foram feitas cerca de 60 operações. "Neste momento,
todo mundo ainda está muito cauteloso. As oportunidades (de compra)
ainda não têm se efetivado, por causa do cenário de
liquidez mais restrita", disse Álvaro Cyrino, professor da Fundação
Dom Cabral, que apresentou ontem o Ranking das Transnacionais Brasileiras.
Segundo dados do Banco Central
citados por Cyrino, o volume de investimento brasileiro direto no exterior
foi de US$ 20 bilhões no ano passado. Somente no primeiro semestre
de 2008, foram US$ 8,5 bilhões investidos. No mesmo intervalo deste
ano, o saldo de investimento brasileiro direto no exterior ficou negativo
em US$ 1,7 bilhão. "Isso significa que, ao invés de o dinheiro
sair do País, ele está fazendo o caminho inverso", observou
o professor.
Além do ambiente
de liquidez mais restrito este ano, a robustez do mercado doméstico
também explica esse movimento. Ou seja, a preferência dos
grupos nacionais tem sido o mercado local, que apresenta melhores perspectivas
de crescimento. Segundo o estudo da Dom Cabral, as empresas participantes
do ranking acreditam que, em 2010, o seu desempenho no mercado doméstico
será superior ao de suas subsidiários no exterior em vendas,
crescimento de vendas, lucratividade e participação de mercado.
LISTA
No ranking elaborado pela
Dom Cabral, a Gerdau foi a empresa brasileira com maior presença
no exterior em 2008, com 57% de sua receita proveniente de operações
fora do Brasil, 63% do total de seus ativos localizados em outros países
e 50% do quadro geral de empregados em unidades estrangeiras. A segunda
colocada no ranking é a fabricante de autopeças Sabó.
O terceiro lugar é ocupado pela empresa de alimentos Marfrig.
Para calcular o "índice
de transnacionalidade", a Fundação Dom Cabral avalia três
indicadores empresariais: a relação entre receitas brutas
de subsidiárias no exterior e receitas totais; a proporção
entre os valores dos ativos no exterior e o valor total dos ativos das
empresas; e a relação entre número de funcionários
no exterior e o número total de funcionários.
(Tatiana Freitas - O Estado de S.Paulo)
Por
que o mercado está descolado dos fundamentos?
Como bem mostrou a reportagem
de 29 de julho, de Adriana Cotias e Angelo Pavini, neste EU&, o Ibovespa
zerou as perdas acumuladas desde a quebra do Lehman Brothers. Alívio
geral! Se olharmos o gráfico, o jeito do índice assemelha-se
a um "V" estilizado, como o logo de uma famosa empresa de material esportivo.
De tempos em tempos, algumas
expressões caem na graça dos mercados, na tentativa de explicar
fenômenos que se assemelham a um quebra-cabeça. Na era Greenspan,
já quase no fim de seu mandato à frente do Federal Reserve
(Fed), surgiu o "conundrum". Nos últimos dois anos, foi a expressão
"decoupling" que virou moda para designar a tese de que haverá um
descolamento dos países em desenvolvimento das economias centrais,
algo como Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) como salvas-vidas
da economia global. Esta teoria encontra pouco eco na realidade por vários
motivos que, inclusive, já abordei em artigos anteriores. Todavia,
o efetivo do descolamento atual se dá entre os mercados financeiros,
sobretudo as bolsas de valores, e a economia real.
Desde que a crise se agravou
em setembro de 2008, uma onda devastadora de pânico correu o mundo
derrubando as bolsas e demais ativos. Concentrando o foco nas ações,
a percepção que se tinha era de que corríamos o risco
de algo semelhante ao que ocorrera nos episódios de "crashs" passados,
e as vendas maciças de papéis de boas e sólidas empresas
ensejavam não haver correlação com os fundamentos
de longo prazo. Em outras palavras, analisando a bolsa local, o fundo do
mercado em 29.435 pontos, em 27 de outubro, não parecia adequado.
Neste momento, contudo,
está ocorrendo o inverso. Um antigo professor usava uma simples
expressão, que traduz bem o mercado acionário: "É
o termômetro da economia". A valorização (e sustentabilidade)
das bolsas não encontra respaldo nos fundamentos econômicos,
mesmo sabendo que o mercado antecipa fatos. EUA e Europa encontram-se em
recessão e a saída só deverá ocorrer, com consistência,
daqui a um ano ou mais. Porém, o mais relevante é que o retorno
do crescimento doravante será comedido. A economia global não
experimentará ganhos anuais médios de 5% num horizonte até
onde a vista alcança. Para piorar, a China cresce à taxa
de 8%, abaixo dos 11% de outrora. Faz diferença.
A maior parte dos analistas
que converso (e leio) argumenta que o pior já passou e, sendo assim,
as recessões são passado e as empresas voltarão a
apresentar lucros maiores. Concordo que o pior já passou, mas sou
descrente quanto aos "valuations" robustos que o mercado aposta, pelo menos
até o fim do primeiro semestre de 2010.
Se isso for verdade, por
que os mercados estão em alta? Minha resposta é: onde alocar
a enorme dinheirama que os bancos centrais puseram na economia para salvá-las?
Com juros em zero, correr o risco da bolsa vale à pena, pelo menos
no tempo mais curto. Mas e no longo prazo? Fazendo um trocadilho com a
expressão do meu antigo professor, o mercúrio do termômetro
dilata se o aquecimento da economia não se concretizar. O fundamento
acaba por prevalecer, os lucros maiores não ocorrem e as vendas
retornam impiedosas.
O caro leitor pode não
comungar com essa análise. Apesar de algumas variáveis importantes
- como o fato de o mercado imobiliário americano apresentar sinais
de melhora -, outras tantas, como as relacionadas ao emprego, não
tiveram tal sorte na linha de indicadores divulgados recentemente. O índice
de confiança do consumidor americano caiu de 49,3 para 46,6. O superávit
primário local despencou vertiginosos 70%. A inadimplência
das pessoas físicas no Brasil bateu recorde em junho e registrou
o pior semestre da indústria em três décadas. O Copom
praticamente decretou que irá sobrestar as quedas da Selic no curto
prazo.
Voltando às letras
e ao descasamento, os mercados estão se apresentando em "V", enquanto
as economias, na melhor das hipóteses, desenharão um "U"
de cauda longa. Todavia, uma outra letra, o "W", passa a integrar a partir
de agora meu cenário, já que o "V" dos mercados é
o meu "conundrum". Acredito que assistiremos outra realização
das bolsas (a terceira perna do "W"), antes do retorno final à alta.
De qualquer forma, a Bovespa e demais bolsas emergentes mostraram-se imiscíveis
a suas pares dos países centrais. Um bom sinal de que os investidores
globais estão mais maduros. (Alexandre Espírito
Santo - Valor Online)
Bovespa
para cima dos 56 mil pontos
A Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa) marcou novo recorde de fechamento para o ano, superando
os 56 mil pontos pela primeira vez desde 28 de agosto do ano passado. A
força das ações da segunda linha fez frente à
perda de valor dos ativos da Petrobras e Vale, garantindo leve alta de
0,07% para o Ibovespa, que fechou aos 56.038 pontos. O giro financeiro
foi elevado, somando R$ 5,37 bilhões. Com mais esse dia de alta,
o ganho acumulado em 2009 passa de 49,24%.
Segundo o diretor da Elite
Corretora, Otto dos Santos, depois de quatro pregões de alta, com
valorização acumulada de 4,28%, é até previsível
que alguns agentes queriam embolsar parte desse ganho. "Mas isso não
muda a tendência de alta da bolsa", afirma.
O especialista tem uma opinião
firme quanto à importância da queda na taxa básica
de juros na valorização da bolsa brasileira. "O brasileiro
vai ter que aprender a fazer poupança via bolsa de valores", afirma.
A explicação
técnica é a seguinte: quanto menor a taxa de juros da economia,
menor a taxa de desconto utilizada para estimar os resultados futuros das
empresas e o chamado preço justo das ações. De forma
simplificada, quanto menor o juro, maior o preço justo de uma ação.
Pelo lado prático,
juros menores obrigam os investidores a buscar rendimento fora da renda
fixa. Santos aponta que o investidor vai ter que se acostumar com isso
e que, ao decidir aplicar na Bolsa, tem que lembrar que estava ganhando
0,7% ou 0,8% ao mês. Portanto, deve aproveitar os movimentos de mercado
e fazer uma gestão ativa de sua carteira. "Ele deve tomar partido
da volatilidade do mercado."
Além do fator juros,
Santos também ressalta que os fundamentos da economia brasileira
continuam atraindo os investidores estrangeiros. No acumulado do ano até
o dia 30 de julho, o saldo de negociação direta do não
residente estava positivo em mais de R$ 11,8 bilhões, cifra recorde.
"Podemos sofrer algumas
realizações de lucro, já que o mercado não
sobe de forma linear. Mas a tendência é de recuperação.
Já passamos pelo pior período da crise e os números
vão mostrar cada vez mais isso", avalia.
Ainda de acordo com o diretor,
se o dólar continuar em trajetória de baixa e a inflação
convergindo para a meta, o Banco Central pode surpreender, cortando mais
um pouco a taxa Selic, que está atualmente em 8,75% ao ano. O efeito
prático de uma redução de 0,25 ponto ou 0,50 ponto
percentual é limitado, diz Santos, mas o importante é a sinalização
para o mercado de que a taxa ficará baixa por mais tempo.
No campo corporativo, a
segunda linha continuou atraindo compradores. De acordo com Santos, o maior
atrativo para esse tipo de papel é o restabelecimento do crédito
do mercado doméstico aliado ao fato de que o brasileiro não
tem cultura de poupador. Fora isso, o mercado segue em seu movimento natural
de recuperação de preços primeiro na primeira linha
e depois no restante dos papéis.
Entre os ativos que se beneficiam
desses fatores estão as construtoras e varejistas. Cyrela ON subiu
4,76%, encerrando aos R$ 20,65, Lojas Renner ON aumentou 4,35%, a R$ 29,70,
e Lojas Americanas PN ganhou 4,24%, a R$ 11,55.
Entre os carros-chefe, Petrobras
PN fechou com baixa de 1,32%, a R$ 32,12, enquanto Vale PNA cedeu 0,03%,
a R$ 33,04. Entre os bancos, Bradesco PN caiu 1,02%, a R$ 29,82, mas Itaú
Unibanco avançou 0,88%, a R$ 34,30.
O destaque de alta do Ibovespa
ficou com as units da América Latina Logística, que avançou
6,71%, para R$ 13,35. A empresa fechou um acordo para transporte de aço
produzido pela Usiminas.
Ganho expressivo, de 6,10%,
para Klabin PN, que fechou a R$ 3,65. Já suas parceiras no setor
celulose e papel fecham em baixa. VCP PN caiu 2,39%, a R$ 26,85, e Aracruz
PNB devolveu 2,15%, a R$ 3,63.
No setor de telecom, TIM
Participações PN subiu 4,84%, a R$ 4,33. A operadora fechou
o segundo trimestre com prejuízo de R$ 15,2 milhões, menor
que os R$ 66,3 milhões perdidos em igual período de 2008.
Ainda no setor, Telemar ON cedeu 2,71%, a R$ 33,37.
Fora do índice, o
segmento de construção seguiu em destaque. Abyara ON ganhou
8,65%, para R$ 3,89, e JHSF ON avançou 7,58%, a R$ 3,12.
Já a ação
ON da Iochpe-Maxion ganhou 4%, a R$ 20,00. A empresa fechou a compra dos
negócios de rodas da ArvinMeritor no Brasil, no México e
nos Estados Unidos, por aproximadamente US$ 180 milhões.
(Eduardo Campos - Valor)
Bolsa:
Estrangeiro volta e coloca R$ 2,2 bi em julho
Saldo havia ficado negativo
em junho; dólar recua para R$ 1,82
Os investidores estrangeiros
retornaram à Bolsa brasileira em julho. O saldo das compras e vendas
das operações realizadas pela categoria no mês ficou
positivo em cerca de R$ 2,2 bilhões. Em junho, o balanço
havia ficado negativo em R$ 1,09 bilhão.
A entrada de recursos externos
em julho elevou o saldo acumulado em 2009 para R$ 12,3 bilhões.
Se o valor se mantiver até o final do ano, será recorde histórico.
Devido à sua crescente
e relevante participação no mercado acionário brasileiro,
as decisões de investimento dos estrangeiros são fundamentais
para o desempenho da Bovespa. Em julho, a participação do
capital externo na Bolsa superou os 38% do total -maior percentual já
registrado.
No ano passado, com o agravamento
da crise econômica internacional, os estrangeiros fugiram do mercado
acionário local. O resultado foi um saldo negativo de R$ 24,6 bilhões
nos negócios externos na Bolsa, o pior número já computado.
O índice Ibovespa (que reúne as 64 ações de
empresas nacionais mais negociadas) encerrou 2008 com queda acumulada de
41,22% -maior depreciação registrada desde 1972.
O retorno do capital externo
ajudou o Ibovespa a passar a contabilizar valorização de
49,23% em 2009.
Com esse expressivo ganho
acumulado pela Bolsa no ano, analistas dizem que não será
surpresa se um processo de realização de lucros (venda de
ações para embolsar ganhos acumulados) mais forte ocorrer
em breve.
Ontem, a alta da Bolsa foi
tímida, de 0,07%. Todavia, se o resultado da Bolsa de Valores de
São Paulo não foi muito significativo, ao menos representou
a superação de mais um patamar, que não era atingido
desde agosto passado. O Ibovespa encerrou as operações do
dia aos 56.038 pontos.
No mercado de câmbio,
houve continuidade no movimento de depreciação do dólar.
O recuo de 0,65% diante do real levou a moeda americana a R$ 1,823, mais
baixo nível desde setembro de 2008. Durante as operações,
o dólar oscilou entre R$ 1,818 (mínima do dia) e R$ 1,843
(cotação máxima). No ano, a moeda acumula queda de
21,89%.
A agenda econômica
dos EUA trouxe números da venda pendente de casas, que mostraram
avanço de 3,6% em junho, resultado acima do esperado. Os dados tiveram
resposta favorável dos mercados acionários no país:
o índice Dow Jones, que reúne 30 dos papéis mais negociados,
terminou com alta de 0,36% e foi a seu maior patamar em nove meses. A Nasdaq
ganhou 0,13%.
Ações em queda
O fraco desempenho das commodities
no mercado internacional foi decisivo para o resultado tímido da
Bovespa. Com o petróleo cotado a US$ 71,42, em baixa de 0,22%, as
ações da Petrobras não encontraram estímulo
para se apreciarem. Os papéis da maior companhia da Bovespa terminaram
com baixas de 1,32% (PN) e 1,66% (ON).
Para as ações
do setor de siderurgia e mineração, o resultado foi o mesmo:
queda de 1,43% para CSN ON; baixa de 0,99% para Usiminas PNA; e perda de
0,15% para Vale ON.
Com o investidor estrangeiro
retraído ontem, papéis de outras grandes empresas nacionais
recuaram na Bolsa, como BM&FBovespa ON (-1,55%) e Bradesco PN (-1,02%).
Já as maiores altas
registradas no dia ficaram com ALL UNT, que subiu 6,71%, Klabin PN, com
ganhos de 6,10%, e Cyrela Realt ON (4,76%). (FABRICIO VIEIRA - Folha
de S.Paulo)
IBGC
convida conselheiros para fazer exame
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inscrições para o 1º Exame Online de Certificação
para Conselheiros de Administração, uma das modalidades para
obter o diploma de Conselheiro de Administração Certificado
IBGC.
O exame será oferecido
em todas as capitais brasileiras simultaneamente e realizado em 26 de outubro
próximo.
Para conhecer os requisitos
necessários, os detalhes do processo e realizar a sua inscrição,
acesse o link http://www.ibgc.org.br/Secao.aspx?CodSecao=253 (Diário
dos Fundos de Pensão)
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sustentabilidade empresarial.
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julho
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rua da Consolação, 930, São Paulo
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www.mackenzie.br/sustentabilidade_governanca. html (Valor Online)