Previdência
- Clipping de Notícias - 23.05.2012
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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O Dia da Previdência - Nossa Leitura
O novo Espaço AssPreviSite Saúde, encerrando o primeiro semestre de 2012, conta com uma avaliação do contexto do cenário atual, expectativas do segmento, trata a gestão de recursos e de custos, a situação dos aposentados e ex empregados, além de apresentar diversas estratégias de adoção de programas de promoção e prevenção da saúde - um caminho "saudável" para diversos problemas do dia a dia dos gestores da saúde. Convidamos a ANS, as principais entidades assocativas do segmento de planos de saúde, além de parceiros estratégicos e especialistas do setor (Axismed, Home Doctor e Semeando Saúde). O encontro acontece no dia 1º de junho, em São Paulo, no QI Inteligent, das 9:30 às 16:30. Taxa de adesão de R$ 300,00 (trezentos reais) para nossos assinantes e R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) para os demais interessados. Mais informações e inscrições pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,0800, com alta de 1,66% em relação ao fechamento da segunda-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a terça-feira em queda de 2,74%, com o volume financeiro no patamar de R$ 7,54 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em queda de 0,01% e a Nasdaq caiu 0,29%.
AssPreviSite
Cresce
o foco no Investimento Responsável
“Uma visão apenas
financeira não adverte nem prepara para os riscos que podem estar
presentes em investimentos em empresas e projetos que desconsideram a responsabilidade
social e ambiental”, disse segunda-feira Helmut Schwarzer, da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) em um encontro que reuniu no Rio de Janeiro
representantes da OIT, autoridades e integrantes da Comissão Técnica
Nacional de Sustentabilidade da ABRAPP. O intuito da reunião,
que precedeu de um dia a realização pela ABRAPP, hoje, do
seminário A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão
no Brasil, foi buscar estimular o debate e dessa forma acelerar os desdobramentos
das ações previstas no Protocolo de Intenções
assinado entre o Ministério da Previdência e a OIT, em 2011,
com o objetivo de fazer com que as políticas de investimento dos
fundos de pensão auxiliem na promoção do “trabalho
decente” - definido como aquele que é exercido em condições
de liberdade, equidade e segurança, sem quaisquer formas de discriminação
e capaz de garantir uma vida digna. “Vamos agora dar mais efetividade ao
acordo”, explicou o titular da Secretaria de Políticas da Previdência
Complementar (SPPC), Jaime Mariz.
O contexto maior do convêmio
vai além do “trabalho decente” e alcança mais amplamente
os investimentos social e ambientalmente responsáveis. Por enquanto
essa é uma preocupação muito mais das entidades de
maior porte. Rafael Castro, Coordenador da CTN de Sustentabilidade, lembra
que as entidades signatárias do programa da ONU intitulado
“Princípios para os Investimentos Responsáveis” (PRI) são
15, mas seu peso pode ser avaliado pelo fato de representarem sozinhas
cerca de 60% dos ativos de todo o sistema. A ABRAPP, como representante
do conjunto dos fundos de pensão, leva essa mensagem de responsabilidade
ao investir a todos os gestores em todo o País, tendo sido uma das
primeiras, nota Castro, a aderir ao recém criado grupo de apoiadores
globais do PRI.
As entidades menores em
geral terceirizam a gestão e estão muito concentradas em
renda fixa, mas a sustentabilidade deve ser uma questão importante
para as fundações médias, observa Castro, convencido
da necessidade de se levar um universo maior de dirigentes a pensar no
assunto. O mesmo desejo foi manifestado por Paulo César dos Santos,
diretor da SPPC, que sublinhou o propósito de ver o tema mais fortemente
presente nas políticas de investimentos dos fundos de pensão
de variados portes. Até porque, acrescenta Castro, com isso mais
empresas, sentindo que os recursos só serão nelas investidos
se forem responsáveis social e ambientalmente, terão uma
postura cada vez mais adequada.
E as entidades, acredita
Paulo César, podem nesses casos fazer toda a diferença. “Os
fundos de pensão têm força suficiente para deixar uma
mensagem clara para os seus parceiros e fornecedores de serviços,
se mostrarem que só vão trabalhar com quem se preocupar com
a sustentabilidade e a preocupação social e ambiental”, salienta
o diretor da SPPC.
Sinal evidente de como o
tema ganha realce, Stanley Gacek, da OIT, adiantou que está sendo
cogitada a realização no segundo semestre no Brasil de uma
conferência internacional da qual participariam alguns dos maiores
pensions funds. Ele mesmo lembra que vários desses gestores já
vieram ao nosso País em 2004, no contexto de uma busca por investimentos
social e ambientalmente responsáveis, e nos dois anos seguintes
para cá direcionaram mais de US$ 500 milhões. “Isso mostra
bem como é perfeitamente possível compatibilizar responsabilidade
com perspectivas de bom retorno do capital alocado”, resumiu Gazek.
Os integrantes da CTN de
Sustentabilidade participaram ativamente da reunião com a OIT e
as autoridades, dando mais uma vez razão ao Presidente da ABRAPP,
José de Souza Mendonça, que no encontro sublinhou o quanto
as 13 comissões técnicas nacionais, ao lado das quase 40
regionais, contribuem para enriquecer o acervo de ideias e experiências
acumulado pela Associação. “Aqui tudo é estudado antes
pelas CTs”, sintetizou Mendonça. Nos debates ontem, foram muitas
as reflexões produzidas no intuito de ajudar a fomentar o investimento
responsável, como a sugestão de se estudar formas de distinguir
favoravelmente as entidades comprometidas com a causa no processo da Supervisão
Baseada em Risco, além de um tratamento tributário que as
compensasse dos custos maiores que muitos projetos, por exemplo, de energia
alternativa, têm em seus primeiros anos de funcionamento.
Ideias apareceram também
no sentido do desenvolvimento de benchmarks que ajudassem nas comparações,
bem como a criação, para facilitar, de padrões de
investimentos responsáveis.
Reclamou-se a existência
de um padrão também no que diz respeito ao formato de transmissão
das informações que envolvam projetos social e ambientalmente
responsáveis. A sugestão foi no sentido de que a ABRAPP e
a SPPC estudem o desenvolvimento de “um padrão informacional” a
ser seguido pelas empresas. Outra reflexão veio no sentido de que
investimento responsável deve ser matéria dos programas de
educação previdenciária. (Diário dos
Fundos de Pensão)
Eletros:
Pró-Quidade de Gênero e Raça
ONU Mulheres divulgara ações
da Eletros
A Eletros foi convidada
pela ONU Mulheres (entidade das Nações Unidas para a Igualdade
de Gênero e o Empoderamento das Mulheres) a apresentar as suas bem
sucedidas ações relacionadas ao seu programa de Pró-Equidade
de Gênero e Raça na publicação internacional
“Companies Leading the Way”.
Neste documento, o exemplo
da Eletros integrará uma relação de práticas
adotadas por empresas do mundo todo sobre como melhor promover a igualdade
entre homens e mulheres nos ambientes de negócio e a conquista de
maior poder (o chamado “empoderamento”) pelas mulheres na sociedade. Desta
forma, a iniciativa tem como um de seus objetivos, ampliar e valorizar
a liderança feminina no mercado de trabalho.
Desde que se tornou signatária
dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, a Eletros recebe,
além de convites para eventos internacionais do órgão,
notícias sobre as práticas de empresas de todo o mundo acerca
da questão. (Diário dos Fundos de Pensão)
Petros:
IOF - Ajustes nos empréstimos
Governo reduz Alíquota
do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
Conforme anunciado segunda-feira
pelo Ministério da Fazenda, o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) terá sua alíquota reduzida a partir do
dia 23 de maio. O IOF é um tributo federal que também é
descontado dos empréstimos concedidos pela Petros aos seus participantes.
Veja como ficará
a nova alíquota do IOF para concessão de empréstimos:
• Empréstimos
com prazos até 6 meses: a alíquota passará de
1,63% (1,25%+0,38%) para 1,13% (0,75%+0,38%).
• Empréstimos
com prazos acima de 6 meses: a alíquota passará de
2,88% (2,5%+0,38%) para 1,88% (1,5%+0,38%).
Para que a Petros possa
efetuar o ajuste na alíquota, o Sistema de Empréstimos ficou
fora do ar ontem, a partir das 17h, com retorno previsto para esta quarta-feira
(23/05), às 9h. (Petros/AssPreviSite)
Previ:
Espréstimos - Melhores taxas do mercado
Mesmo com o movimento de
redução das taxas de juros pelos bancos, o Empréstimo
Simples (ES) oferecido aos participantes do Plano 1 e do PREVI Futuro,
a uma taxa de juros de 5% a.a. e de 5,5% a.a respectivamente, mantém
as melhores condições do mercado.
Simulações
realizadas entre o Empréstimo Simples da PREVI e duas instituições
financeiras que emprestam com as taxas mais baixas comparadas às
de outros bancos concluiu que, ainda que considerada a segmentação
por faixa etária do ES, os encargos cobrados pelo Empréstimo
Simples podem significar menos da metade do que é cobrado na linha
de crédito de juros baixos de uma das instituições
financeiras estudadas. Além disso, o Custo Efetivo Total (CET) -
custo total da operação de crédito para o tomador,
expresso na forma de taxa percentual anual - apurado para o ES é
bem inferior aos das duas instituições financeiras. No Empréstimo
Simples são aplicadas as menores taxas permitidas às Entidades
Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), conforme legislação
vigente, a Resolução do Conselho Monetário Nacional
nº 3.792.
No levantamento para o Plano
1, um empréstimo de R$ 110.000 para um tomador com idade a partir
de 70 anos e pagamento em um prazo de 96 meses, na PREVI, o participante
teria uma prestação inicial de R$ 1.822,50 e um total de
encargos de 56.636,68 no período, aí considerados na evolução
do contrato os reajustes anuais de prestações. Na instituição
A, o mesmo tomador pagaria uma prestação fixa de R$ 2.250,86,
23,5% superior à prestação inicial que pagaria no
ES, e um total de encargos de R$ 106.082,56, ou seja, 87,3% a mais, comparado
às condições da PREVI (Previ/AssPreviSite)
Previ:
É difícil Iberdrola vender parte da Neoenergia
O diretor de participações
da Previ, Marco Giovanne, classificou como "difícil" a Iberdrola
ter interesse em vender sua fatia de 39% na Neoenergia. Recentemente, o
grupo espanhol informou que estava analisando alternativas para o ativo
no Brasil. Segundo Giovanne, a Previ, controladora da Neoenergia, não
foi comunicada pela Iberdrola sobre o interesse em deixar a companhia.
O diretor lembrou que o adiamento na entrada em vigor das regras contábeis
internacionais (IFRS) reduz a pressão por uma solução
para o ativo brasileiro no balanço da Iberdrola. Pelas novas regras,
a empresa só poderia consolidar a Neoenergia em seu resultado, caso
fosse controladora. Como as novas regras só devem entrar em vigor
2014, ele acredita que a pressão diminuiu. Esse era um ponto que
vinha preocupando o grupo espanhol. Giovanne ressaltou a qualidade da Neoenergia
como ativo e lembrou que a intenção do fundo de pensão
é continuar investidor no setor de energia elétrica. Ele
afirmou não estar surpreso com o interesse manifestado pela Cemig
na participação da Iberdrola na Neoenergia. O executivo participou
nesta terça-feira do Rio Investors Day, evento que acontece no Copacabana
Palace, na capital fluminense. (Agência Estado)
Fusan:
Quanto vou receber quando me aposentar?
Preocupados com esta questão,
muitos participantes têm feito a opção de contratar
um Plano de Previdência particular, para si ou para um familiar,
para
garantir uma renda mensal futura que corresponda aos vencimentos recebidos
durante a atividade, ou como é o caso de alguns, estão preocupados
em pagar menos imposto de renda na Declaração de Ajuste Anual.
Mas antes de sair contratando
um Plano de Previdência é preciso cautela e no mínimo
avaliar alguns pontos importantes, que podem significar muito na hora do
resgate ou da aposentadoria.
As principais diferenças
entre os Planos de Previdência FECHADOS, como é o caso do
Fusanprev, e os ABERTOS como é o caso do PGBL e VGBL, estão
no tratamento fiscal, na contribuição da empresa e nas taxas
de administração, mas tem outros detalhes que vale a pena
conhecer, são eles:
O que é PGBL?
Plano Gerador de Benefício
Livre – comercializado por Bancos.
Característica
Com fins lucrativos
Para que serve
Acumular recursos e receber
renda a partir de data escolhida pelo participante.
Benefícios Contratados
Renda mensal de aposentadoria,
paga por tempo certo ou vitalícia, dependendo da negociação.
Para quem é mais
indicado
Para quem faz a Declaração
de Ajuste Anual do Imposto de Renda no modelo completo e aproveita a dedução
do imposto de renda.
Tratamento fiscal 1 (sobre
contribuições)
Dedução das
contribuições no imposto de renda (limitado a 12% da renda
bruta anual).
Tratamento fiscal 2 (sobre
resgates e benefícios)
Sobre o valor total, será
aplicado regime progressivo ou regressivo de imposto de renda, conforme
escolha.
Contribuições
da empresa
Não.
Taxas de administração/carregamento
Taxas de administração
e de carregamento, muito variadas, no mínimo giram em torno de 3%
do patrimônio ao ano.
Aumentos de Contribuição
A cobrança de taxas
incide sobre o valor depositado, ou seja o valor depositado é 100%
tributado.
Condições
para resgate
Livre.
O que é VGBL?
Vida Gerador de Benefício
Livre - comercializado por Bancos.
Característica
Com fins lucrativo
Para que serve
Acumular recursos e receber
renda a partir de data escolhida pelo participante.
Benefícios Contratados
Renda mensal de aposentadoria,
paga por tempo certo ou vitalícia, dependendo da negociação.
Para quem é mais
indicado
Para quem faz a declaração
de ajuste anual simplificada ou já atingiu o limite de dedução
de 12% da renda bruta.
Tratamento fiscal 1 (sobre
contribuições)
Não permite dedução
do imposto de renda.
Tratamento fiscal 2 (sobre
resgates e benefícios)
Idem ao PGBL.
Contribuições
da empresa
Não.
Taxas de administração/carregamento
Taxas de administração
e de carregamento, muito variadas, no mínimo giram em torno de 3%
do patrimônio ao ano.
Aumentos de Contribuição
Não.
Condições
para resgate
Livre.
O que é FusanPrev?
Plano de previdência
complementar fechado, administrado pela Fusan.
Característica
Sem fins lucrativos
Para que serve
Acumular recursos e receber
renda a partir de 43 anos de idade e 10 anos de plano, em data escolhida
pelo participante.
Benefícios Contratados
Renda Mensal Vitalícia
de Aposentadoria;
Auxílios Doença
e Acidente do Trabalho;
Aposentadoria por Invalidez;
Pecúlio por Morte;
Pensão por Morte;
Abono Anual – 13° benefício.
Para quem é mais
indicado
Para todos os empregados
da Sanepar e Fundações Sanepar.
Tratamento fiscal 1 (sobre
contribuições)
Dedução das
contribuições no imposto de renda (limitado a 12% da renda
bruta anual).
Tratamento fiscal 2 (sobre
resgates e benefícios)
Idêntico aos demais.
Contribuições
da empresa
Sim
Taxas de administração/carregamento
Taxa de administração
de 0,48% do salário do empregado, limitado ao salário de
R$ 11.265,01 ou seja, valor máximo pago pelo participante
é R$ 54,07 ao mês.
Aumentos de Contribuição
Sim.
Condições
para resgate
Desligamento da empresa.
Ressaltamos que a Fusan
busca altos padrões de governança corporativa, conta com
uma estrutura de gestão profissional, transparência na administração,
respeita o Código de Ética, além de aplicar a Política
de Investimentos para cuidar de dinheiro e futuro dos participantes e beneficiários
do FusanPrev.
E lembre-se, antes de contratar
um PGBL ou VGBL faça antes as contas e compare taxas, elenco de
benefícios, histórico de rentabilidades e valor do benefício
projetado, afinal, na prática independente do que você vai
contratar na prática você está investindo seu patrimônio.
Abaixo acompanhe as rentabilidades
históricas do FusanPrev:
Ativos/Indicadores abr/12
2012 12 Meses 24 Meses
Desde 2001
FusanPrev
0,67 4,85 11,52
22,89 316,63
Dólar PTAX
3,83 0,85 20,24
9,30
3,26
IPCA
0,64 1,87 5,10
11,95 105,96
INPC
0,64 1,73 4,88
11,49 112,81
Poupança
0,61 2,31 7,39
15,16 145,95
Min. Atuarial
1,11 3,64 10,91
24,68
309,49
O mínimo atuarial
do FusanPrev, é composto da taxa de juros de 5,75% ao ano agregado
à taxa de inflação oficial medida pelo INPC/Índice
Nacional de Preços ao Consumidor do IBGE/Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. (Fusan/AssPreviSite)
Fundação
CEEE: Jogos Interativos
Jogos interativos têm
recorde de participação
Uma das ações
que compõem o Programa de Educação Financeira e Previdenciária
da Fundação CEEE são os Jogos Interativos. O objetivo
deste trabalho é difundir a cultura previdenciária entre
os participantes ativos, pessoas que ainda estão na fase de acumulação
de recursos para receber a futura aposentadoria, através de jogos
eletrônicos de perguntas e respostas disponibilizados na internet.
A primeira edição de 2012, realizada em maio, teve recorde
de participação com 1.026 respondentes. Destes, 598 ganharam
o jogo enviado por e-mail. Os participantes da Fundação CEEE
foram convidados a definir seu perfil financeiro entre três opções:
gastador, gastador-poupador, poupador. Se o perfil definido pela
pessoa em sua autoavaliação estivesse de acordo com os resultados
das respostas às demais perguntas, ela ganhava o jogo. As questões
abordaram o comportamento em relação ao dinheiro como o uso
do cartão de crédito, pagamento de
contas, uso do cheque especial,
formação de reservas para emergências e a capacidade
de poupar parte do salário mensal. (Fundação
CEEE/AssPreviSite)
Aerus:
Aeroviários pedem decisão urgente
Aeroviários aposentados
e beneficiários do Fundo Aerus querem rápida decisão,
judicial ou por acordo, quanto ao direito de usufruir da aposentadoria
complementar integral para a qual contribuíram durante o período
em que trabalharam na Viação Aérea Rio Grandense (Varig).
O apelo foi feito em audiência pública realizada ontem na
Subcomissão Permanente em Defesa do Emprego e da Previdência
Social (Casemp).
O presidente da subcomissão,
senador Paulo Paim (PT-RS), que requereu a audiência, ressaltou que
já morreram quase 700 beneficiários do Fundo Aerus, sem que
tenham recebido o benefício. O senador comunicou que vai se encontrar
na próxima semana com o advogado-geral da União, Luís
Inácio Lucena Adams, e pedir solução para a questão
do Aerus.
Para o deputado Alessandro
Molon (PT-RJ), que vai acompanhar Paulo Paim à Advocacia-Geral da
União, o Estado tem responsabilidade pela omissão na fiscalização
do Fundo Aerus, que ruiu com a falência da Varig. Ele disse esperar
que até o final deste ano os aposentados tenham acesso ao benefício,
pois eles contribuíram e, exatamente na fase da vida em que precisam
de recursos para custear tratamentos de saúde, estão privados
deles.
- Os trabalhadores foram
os únicos que cumpriram a sua parte no contrato e hoje pagamos o
pato. Tem gente que não tem dinheiro nem para a alimentação,
e isso é muito grave. Para uma criança, seis anos [tempo
da declaração de concordata do fundo] é uma vida,
mas para um idoso é uma contagem regressiva, disse o aposentado
e participante do Aerus, Carlos Renke.
Na avaliação
do coordenador-geral de Regimes Especiais da Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (Previc), Dagomar Alécio Anhê,
o acordo é a maneira mais rápida para restituir aos aposentados
o direito à aposentadoria integral. Para ele, o julgamento do processo,
que está no Supremo Tribunal Federal (STF), poderá levar
muito tempo. Ele ainda ressaltou que a Previc não pode interferir
no acordo entre as partes, mas uma vez acordado, a instituição
vai dar cumprimento a ele.
Já na visão
do senador Paulo Paim a via judicial é melhor. Ele acredita que,
uma vez proferida a decisão do STF, o pagamento aos aposentados
não será protelado, pois, conforme afirmou, o Executivo vai
garantir o direito desses aposentados.
Apesar de considerar a decisão
judicial importante para uma solução definitiva, a representante
do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, considera
importante haver acordo para antecipar o pagamento dos beneficiários.
Ela observou que as pessoas estão envelhecendo e morrendo sem uma
decisão, situação que retira a dignidade desses trabalhadores.
Ao observar que os recursos
financeiros da Aerus estão se reduzindo, o presidente da Federação
Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT),
Celso Klafke, também pediu urgência para a definição
do problema Aerus. Havia sinalização de que uma definição
seria dada até maio, disse, no entanto não há informações
concretas sobre o andamento do processo, em que termos será feito
tal acordo e quando as partes interessadas serão chamadas a conversar.
- Queremos uma definição,
seja qual for, não podemos mais esperar. Estamos falando de um grupo
de pessoas de certa idade, algumas com doenças graves e que não
podem mais esperar, observou. (Cenário MT)
Mestra
no Encontro de Comunicação e Relacionamento
Tornar realidade o que vai
acontecer no futuro é o diferencial para o sucesso de qualquer empreendimento
de negócio.
A Mestra Informática
e Tecnologia apóia o 3º Encontro Nacional de Comunicação
e Relacionamento dos Fundos de Pensão que será realizado
nesta quinta e sexta-feira, dias 24 e 25, no Rio de Janeiro.
Nesta ocasião a Mestra
disponibilizará apresentações de tecnologias desenvolvidas
especialmente para otimizar a comunicação e o relacionamento
com os agentes do sistema previdenciário. (Mestra Informática)
Fundos:
Obras de Cumbica terão início até setembro
A Invepar, empresa dos principais
fundos de pensão do país para investimentos em infraestrutura,
assina nesta sexta-feira o contrato de concessão do aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos.
Entre agosto e setembro,
começam as obras do terceiro terminal, com capacidade para 12 milhões
de passageiros por ano, diz o presidente da Invepar, Gustavo Rocha.
A previsão é
de R$ 4 bilhões a R$ 4,5 bilhões de investimentos nos próximos
20 anos, prazo da concessão, com maior concentração
de recursos investidos nos oito primeiros anos. (Folha de S.Paulo)
O instituto
da desaposentação
Os motivos que proporcionam
o desenvolvimento do instituto da desaposentação
Resumo: Trata-se de um Instituto
que possibilita o aposentado a melhorar a trocar a sua aposentadoria atual
por uma mais vantajosa.
I – INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem como objetivo
possibilitar que o segurado aposentado possa renunciar ao seu benefício,
com o fim de buscar outro benefício computando o seu novo tempo
de contribuição, bem como salário de contribuição
com a intenção obter uma renda mensal inicial maior.
II – DESENVOLVIMENTO:
Muito embora, os estudos
acerca do instituto da desaposentação e sua efetiva consumação,
tenha esteado novos ares de cunho social no Direito Previdenciário
brasileiro, ampliando e facilitando o acesso dos trabalhadores ao sistema
previdenciário, o legislador ordinário após 1988 tem
reiterado algumas alterações na legislação
previdenciária no sentido de dificultar o acesso ao beneficio.
Também, há
uma crescente incompatibilidade entre os valores recebidos a títulos
de proventos e os gastos que aumentam a medida que a idade do segurado
aumenta. Em regra a condição do idoso vai sendo penalizada
com o aumento da idade, uma vez que a saúde fica debilitada e os
proventos recebidos ficam quase que exclusivamente para cuidar de sua saúde.
O aposentado atualmente
vê-se obrigado a retornar ao mercado de trabalho e nele continuar
exercendo atividade laboral com a necessidade dev complementar sua renda,
pois os proventos recebidos se mostra insuficiente para a mantença
própria e de sua família.
E de um modo geral quem
exerce atividade remunerada, enquadra-se como segurado como segurado obrigatório
de algum regime previdenciário nos termos dos art. 12 e do art.
13 da Lei 8213/91, sendo que o aposentado quando volta a laborar novamente
e por previsão legal, terá compulsoriamente recolhida sua
contribuição previdenciária na fonte.
Geralmente, os segurados
que voltam à laborar sequer chegaram a preencher os requisitos para
pleitearem uma nova aposentadoria, pois o beneficio só é
concedido quando o trabalhador já esta em idade avançada
e exerceu atividade laboral por longos anos e se encontra em idade bastante
avançada, não havendo tempo hábil para ser contemplado
com uma nova aposentadoria.
Também, o trabalhador
aposentado não pode pleitear uma nova aposentadoria visto que a
Lei 8.213/91, em seu art. 18, Parágrafo 2, (redação
dada pela Lei 9528/97), veda a concessão de duas aposentadorias
cumulativas pelo mesmo regime previdenciário.
Sendo que, os trabalhadores
aposentados que retornam ao mercado de trabalho, em uma outra atividade
ou apenas continuam laborando na atividade anterior, estão sujeitos
às contribuições previdenciárias em relação
à atividade após sua efetiva aposentação, mais
não podem pleitear incremento ou qualquer de benefício previdenciário
do Poder Público com base no tempo de contribuição
recolhido após a sua aposentação, exceto o salário
família e reabilitação profissional, posto que tal
concessão foi vedada pela Lei 8.213/91, em seu art. 18, Parágrafo
2, ( com redação dada pela Lei 9.528/97). Sendo portanto
inútil o pagamento da contribuição pelo aposentado
que volta a ativa, pois não existe contraprestação
estatal adequada.
Diante das inúmeras
alterações na legislação previdenciária,
que retirou o benefício o qual o aposentado fazia jus caso necessita-se
retornar ao mercado de trabalho, tendo a necessidade de perceber maiores
ganhos em decorrência do aumento das despesas, que geralmente ocorrem
devido a idade avançada, da mudança da realidade social familiar
brasileira, da desproporcionalidade entre o reajuste do benefício
e a realidade do aumento real da inflação no mercado e de
tantas outras intervenções de cunho social e pessoal, do
fator previdenciário que coloca o beneficio em um patamar muito
aquém da realidade, então os segurados sentiram a necessidade
de abdicar do beneficio que recebiam para, pleitear um beneficio mais vantajoso.
Essa situação
fez surgir na doutrina do Direito previdenciário o instituto da
desaposentação trazendo, uma oportunidade ao trabalhador
aposentado, a possibilidade de receber uma aposentadoria mais vantajosa,
pois, duas aposentadorias concedidas em mesmo regime, e por regimes diversos
legalmente não pode acontecer, e, o aposentado na condição
de contribuinte obrigatório não poderia ter chances de melhorar
sua renda, pois os únicos benefícios aos quais faz jus são
o salário família e a reabilitação profissional.
O instituto da desaposentação
não se trata de cumulação de aposentadorias, mas de
renuncia de uma, para obtenção de outra mais vantajosa financeiramente,
no mesmo regime previdenciário, geralmente o Regime Geral da Previdência
Social, é requerida pelo segurado que após se aposentar continua
trabalhando ainda por alguns anos, mantendo a contribuição
prevista no art.12, Parágrafo 4 da Lei 8.213/91, sem, contudo, nenhum
acréscimo em seu beneficio.
O Regime Próprio
da Previdência Social, é um regime distinto, também
omisso quanto ao instituto da desaposentação, eles aceitam
a reversão que constitui no retorno ao cargo público, porém
com a perda da beneficio previdenciário, isto feito, no interesse
da administração pública, através de mero ato
discricionário da mesma.
A desaposentação
é a possibilidade do segurado renunciar à aposentadoria com
o propósito de obter um beneficio mais vantajoso, no Regime Geral
da Previdência Social ou no Regime Próprio da Previdência
Social, utilizando o seu tempo de contribuição, de modo a
ser possível ao aposentado obter uma aposentadoria mais favorável.
Surge a necessidade do segurado,
de se socorrer ao instituto da desaposentação, pois diante
da necessidade financeira, ele se vê obrigado a retornar ao exercício
da atividade remunerada, então vê a possibilidade de aumento
de seus ganhos ao reverter a sua condição, almeja então
contribuir por mais um período com valores maiores, laborar por
mais alguns anos e então requerer, novamente a aposentadoria agora,
de maneira mais rentável.
III – CONCLUSÃO:
O instituto da desaposentação
se desenvolve, também porque, o segurado que se aposentou mais jovem,
com o tempo percebe que o valor do beneficio recebido não é
suficiente para lhe proporcionar em regra uma velhice com uma boa qualidade
de vida, devido ao baixo valor recebido com a aposentadoria, isso sem mencionar
que o segurado ainda é penalizado por ter entrado muito jovem no
mercado de trabalho, independente do tempo de contribuição,
pois tem aplicado em seu beneficio o famigerado fator previdenciário,
o que seguramente faz o seu beneficio perder o valor, apesar do segurado
ter cumprido os requisitos legais.
Como já foi dito,
a desaposentação nada mais é, em linhas gerais, do
que renunciar ao beneficio atual para obter um novo em condições
mais favoráveis, porém só vale para quem trabalhou
ou continuou trabalhando por algum tempo depois de aposentado, anos depois,
ao fazer as contas, a pessoa percebe que seu beneficio seria bem melhor
se fossem consideradas as condições atuais. Como estão
aposentados, não é possível pedir revisão ao
próprio Instituto Nacional de Seguro Social ( INSS ), esses beneficiários
optam por irem a justiça. (Adailson Rabello de Sousa - Âmbito
Jurídico)
A
Desaposentação para o aposentado
Resumo: Desaposentação,
renuncia a aposentadoria para uma aposentação mais vantajosa
com computo das contribuições realizada apos a aposentadoria
do segurado.
A desaposentação
tem como objetivo primordial o segurado já aposentado, tanto por
tempo de contribuição, por idade e aposentado especial, que
retorna a atividade laboral e passa a contribuir novamente para o Regime
Geral da Previdência Social de forma obrigatória, sem obter
nenhuma vantagem por essa contribuição. Já tramitam
em nossos Tribunais diversas ações no sentido de que sejam
computados nos proventos dos aposentados os valores pagos ao RGPS, após
sua aposentação. Quando feito o recálculo da aposentadoria
do segurado, e sendo computado os valores pagos após a aposentação,
fica constatado um valor superior ao que este recebe atualmente. O intuito
da desaposentação é aproveitar esse novo período
de contribuição pós a jubilação para
obtenção de nova aposentadoria mais vantajosa.
A desaposentação
é um instituto novo, não é de se estranhar que matéria
cause ainda muita discussão em nossos tribunais, tanto é
que o Supremo Tribunal Fedral, já reconheceu a existência
de Repercurssão Geral do tema em questão, sendo a matéria
discutida no Recurso Extraordinário nº 38167.
O conceito de desaposentação
ainda está longe de ser definido, por não ter ainda
uma lei que a discipline. A desaposentação, embora não
tendo ainda uma previsão legal, encontra-se amparada pela jurisprudência
e doutrina. Para maioria dos doutrinadores a desaposentação
é compreendida como renuncia de um direito disponível, para
a obtenção de um benefício mais vantajoso, com o computo
das contribuições realizada pelo aposentado após a
sua aposentação.
Serau Jr. (2011) conceitua
a desaposentação com a possibilidade de identificar três
possíveis vertentes das quais se manifesta a desaposentação:
“O primeiro sentido de desaposentação pode ser compreendido
como a simples renúncia ao benefício previdenciário.
A segunda forma em que se identifica a desaposentação consiste
na renúncia de um benefício previdenciário quando
existir concomitância entre aposentadoria concedida administrativamente
e outra, concedida judicialmente.”
Entende-se que, nesse contexto,
a renuncia de uma das aposentadorias, atrelada à opção
pela outra, economicamente mais vantajosa (seja administrativamente ou
a judicial, não há diferença) configura desaposentação.
A terceira possibilidade
de compreensão da desaposentação, consoante a maior
parte da doutrina e jurisprudência, é a renúncia a
uma modalidade de aposentadoria, já implementada para aproveitamento
do respectivo tempo.
Fabio Zambitte Ibrahim (2011)
define a desaposentação, como conhecida no meio previdenciário,
na possibilidade do segurado renunciar à aposentadoria com o propósito
de obter benefício mais vantajosos, no Regime Geral de Previdência
Social ou em Regime Próprio de Previdência Social, mediante
a utilização de seu tempo de contribuição.
Ela é utilizada colimando a melhoria do status financeiro do aposentado.
Requisito em torno da desaposentação
que para que o segurado requeira tal benefício é necessário
que o mesmo renuncie a aposentadoria, mesmo que ainda haja alguma resistência
por parte de alguns tribunais, já se encontra pacificado na
jurisprudência a renúncia.
A renúncia é
um ato explícito e voluntário, um direito do segurado que
já aposentado, volta a trabalhar e renúncia a sua aposentadoria
para a obtenção de nova aposentadoria está mais vantajosa.
Portanto a renúncia assim como a aposentaria possuem características
semelhantes. Como já foi dito a aposentadoria é um direito
personalíssimo, o qual não se admite transferência
a outrem. O beneficiário de uma aposentadoria pode, renunciar a
esta já implantada solicitando uma Nova aposentadoria com valores
maiores.
Nesse mesmo sentido Adriane
Bramante de Castro e Viviane Masotti (2010) discorre que “Renúncia
é o ato administrativo unilateral, discricionário, pelo qual
se abdica de um direito. Constitui um modo de extinção de
direito. E ato puro e simples, por isso não admite condição
e é irreversível, uma vez consumado. É, portanto,
ato volitivo e personalíssimo, podendo ser requerido somente pelo
titular do direito subjetivo. Ninguém pode impedir a renúncia
se está é a vontade do particular. Nem mesmo a Administração
Publica pode impedir o segurado a um direito patrimonial disponível.
Se o ato administrativo foi eficaz e exeqüível, ele pode ser
desfeito pela renúncia”.
Renúncia, segundo
a Maria Helena Diniz (2005), é definida como “Desistência
de algum direito. Ato voluntário pelo qual alguém abre mão
de alguma coisa ou direito próprio. Perda voluntária de um
bem ou direito”.
Uma das questões
que gera muita polemica no instituo da desaposentação é
quanto à devolução dos valores tanto na doutrina como
na jurisprudência ainda não está esse assunto pacificado.
Há doutrinadores que entendem ser pacifica a desaposentação
porem coma devida devolução dos valores porem temos outra
corrente que já está chegando aos nossos tribunais onde não
vêem a necessidade da devolução dos valores.
No STJ já está
pacificado a não devolução dos valores, no então
até alguns meses atrás os TRFs eram a favor da não
devolução dos porem recentemente os TRFs já estão
alterando sua postura nesse sentido dando acórdão onde não
há a necessidade da devolução dos valores. Já
há julgados muito recentes tanto do STJ quanto do TRFs inclusive
da terceira região reconhecendo a desaposentação sem
a devolução dos valores, por se este plenamente valido não
encontra qualquer vedação no ordenamento jurídico
brasileiro, sendo legítimo, portanto, que o segurado pretenda sua
desaposentação para fins de contagem recíproca.
Nesse mesmo sentido também
temos o entendimento doutrinário do Fábio Zambitte
Ibrahim em sua obra “Desaposentação O Caminho Para Uma Melhor
Aposentadoria “Da mesma forma manifesta-se TAVARES (2003), admitindo
desaposentação, em razão da impossibilidade de ato
administrativo restringir este direito disponível do segurado, sendo
a mesmo dotada com efeitos ex-nunc, devido á higidez da aposentadoria
no período em que foi gozada. Sendo prestação alimentar,
não há que se falar em devolução. Ressalta-se,
ainda que as reservas acumuladas pelo segurado foram dimensionadas com
o intuito de sustentá-lo durante o restante de sua vida, período
certamente abreviado já pelo tempo que permaneceu jubilado
pelo regime de origem, restando de óbvia conclusão que o
regime previdenciário destinado terá de arcar, naturalmente
com menor período de tempo, em razão da menor expectativa
de vida do segurado.
Castro e Lazzari (2007)
também defendem em sua obra a não necessidade da devolução
dos valores. “Questionamento importante que tem surgido è a respeito
da obrigação de devolução dos proventos durante
o período em que o benéfico esteve jubilado. É defensável
o entendimento de que não há a necessidade da devolução
dessas parcelas, pois não havendo irregularidade na concessão
do beneficio recebido, não há o que ser restituído”.
Não há na
desaposentação nenhuma previsão legal que proíba
tal instituto de ser reconhecido nesse contesto, é oportuno salientar
que muito embora inexista previsão legal permitindo a desaposentação,
tal fato não se torna um obstáculo para sua concessão,
pois, segundo o artigo 5º, inciso II, da Constituição
Federal, ao indivíduo é permitido o exercício de qualquer
conduta não proibida pela lei ou pela própria Constituição
Federal. Dessa forma a desaposentação é plenamente
valida.
Outro argumento muito usado
nas decisões de improcedência é com relação
ao artigo 181-B do Decreto 3.048 de 1.999, o mesmo tem natureza meramente
regulamentadora, não podendo modificar, criar ou extinguir direito,
pois o mesmo não tem força de lei. Portanto não poderá
ser objeto de negativa nas decisões judiciais.
Quanto a irreversibilidade
e irrenunciábilidade da aposentadoria muita menciona também
nas decisões, que se encontra descrita no “caput” do artigo 181-B
do Decreto 3.048/99, o artigo como norma subsidiária não
pode restringir o direito de aposentadoria dos segurados, prejudicando-o,
porquanto a própria lei é omissa. Como se vê
o referido artigo acaba por extrapolar os limites a que está sujeita,
ou seja regulamentador, porquanto somente a lei pode criar, modificar
e restringir direitos (inciso II do art. 5º, da CF).
Ouanto ao equilibrio financeiro
atuarial é plenamente possível na desaposentação,
fica bem claro nas pesquisas realizadas, onde é comprovado que o
segurado quando se aposentou contribuiu para tanto assim como outros segurados
fizerem, quando do retorno ao trabalho este fez uma nova cotização
portando contribuindo novamente para o RGPS, e se isso fosse suficiente
novos segurados revertam novas contribuições para o RGPR,
é como um círculos uns contribuem para a aposentadoria do
outro. Portanto é plenamente cabível a desaposentação,
sem causar nenhum dano a Previdência Social, assim como são
alegadas em algumas decisões.
Ibrahim comenta que: Do
ponto de vista atuarial, a desaposentação é plenamente
justificável, pois se o segurado já goza de benefício,
jubilado dentro das regras vigentes, atuarialmente definidas, presume-se
que neste momento o sistema previdenciário somente fará desembolsos
frente a este benefício, sem o recebimento de qualquer cotização,
esta já feita durante o período passado.
Todavia, caso o beneficiário
continue a trabalhar e contribuir, esta nova cotização gerará
excedente atuarialmente imprevisto, que certamente poderia ser utilizado
para a obtenção de novo benefício, abrindo-se mão
do anterior de modo a utilizar-se do tempo de contribuição
passada. Daí vem o espírito de desaposentação,
que é renúncia de beneficio anterior em prol de outros melhor.
Adriana Bramante de Castro
Landenthin e Viviane Masotti (2010) entendem que não há
que se falar em desequilíbrio financeiro e atuarial com a desaposentação
visando um melhor benefício. Muito pelo contrario. Os segurados
realizam suas contribuições e obtiveram a concessão
da tão sonhada aposentadoria. Com a continuação da
atividade laboral e, consequentemente, com pagamento compulsório
das contribuições, eles vertem ao sistema valores que não
estavam previstas. Será que podemos justificar a negativa à
aposentadoria no equilíbrio financeiro atuarial?
Um segurado que tenha contribuído
durante mais de vinte e cinco anos e que perdeu a qualidade de segurado,
vindo a falecer nesta condição, não haverá
concessão de benefício aos dependentes por falta de qualidade
de segurado. Para quem ficam as contribuições por ele realizadas
durante todos esses anos? Para o sistema!
Quanto a aplicação
do artigo 285-A do Código de Processo Civil nas sentenças
cabe salientar que a desaposentação é matéria
controversa não é unicamente de direito, a desaposentação,
seguida de aposentação com benefício mais vantajoso,
tem como principal a natureza alimentar, portanto não podendo ser
julgado com base no artigo 285-A, sendo assim não há que
se dizer que a matéria é não e somente de direito.
A matéria em questão envolve diversos aspectos fáticos
dadas as peculiaridades que possuem os benefícios previdenciários,portanto
é necessário que se realize ampla dilação probatória,
em especial prova pericial por se tratar de matéria de calculo.
Serau Jr.(2011), explicita
claramente sobre o artigo 285-A na desaposentação; Outra
questão importante que se posta em relação aos aspectos
processuais da desaposentação reside na viabilidade da aplicação
do disposto no art. 285-A, do CPC. A maior parte da jurisprudência
tem admitido sua utilização, diante do argumento que se trataria
de matéria exclusivamente de direito.
Outro fundamento utilizado
para determinar a improcedência das ações de desaposentação
é com base no artigo 18, § 2º da Lei 8.213/91 onde se
alega que o segurado não fará jus à nova aposentadoria,
nem tão pouco poderá computar o novo tempo de serviço
posterior em face á legislação em vigor.
O descrito no artigo 18,
§ 2º da Lei nº 8.213/1991 do Plano de Benefícios,
ele não veda em momento algum a renúncia da aposentadoria
em concomitância com o recebimento de nova aposentadoria mais vantajosa,
ou seja ao instituto da desaposentação, mencionado
artigo de lei se refere ao acumulo de benefício, portanto
não sendo este artigo ser utilizado para negar a desaposentação
, pois a desaposentação em momentos algum trata de acumulo
de benefício, mas sim de uma aposentadoria mais vantajosa. Outro
tema bem discutido no instituto da desaposentação, é
que a aposentadoria é um ato jurídico perfeito e acabado,
portando não podendo ser alterado, e por ser este ato uma garantia
constitucional.
O ato jurídico não
tem como intuito prejudicar o indivíduo. Nesse contexto que para
o desfazimento de um ato administrativo é necessário que
se aplique o princípio da paridade das formas, ou seja, um ato somente
poderá ser desfeito mediante outro igual e que produza o mesmo efeito
do ato anterior. A desaposentação
é um ato vinculado, assim como a aposentadoria, uma vez preenchidos
todos os requisitos nada mais se discutem, pois nesse momento surge o ato
jurídico perfeito.
Cabe ressaltar que as garantias
constitucionais do direito adquirido e do ato jurídico perfeito
existem em favor do cidadão, não podendo de forma alguma
ser interpretado esse direito como obstáculo sob pena de ceifar
o direito permitido por lei ao segurado, prejudicando-o. Como salienta
o artigo 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal: ‘a
lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada.
Wladimir Novaes Martrinez
(2010), o ato jurídico perfeito: com efeito, ao lado da coisa julgada
e do direito adquirido, instituto magnificamente enquisitados no art. 5º,
XXXVI, da CF, a serem defendidos e resguardados a todos custo operadores
do Direito, o ato jurídico perfeito é garantia da Lei Maior.
Não pode ser constrangido por norma posterior como por qualquer
ato ou negócio jurídico superveniente a sua consumação,
em cada caso.Na orbita Previdenciária, representa extraordinária
defesa do homem em face do Governo Federal que diz respeito a tranquilidade
ao conforto e a segurança jurídica . Historicamente surgiu
em virtude de ameaças da ordem gerador da Justiça social.
Daí a despeito de sua obviedade, ainda ser invocado tantas vezes
Se a seguradora legítima, legal e regular concedeu o benefício
sob o império da lei vigente, o ato não poderia ser desfeito
(ainda mais na ausência de permissão legal). O argumento,
entretanto, não procede. Se a concessão fosse absoluta, caso
o procedimento burocrático atribuísse validade, propriedade
e substância ao ato jurídico que nasceria do deferimento,
talvez se pudesse alegar os postulados do ato jurídico perfeito,
mas nem isso é possível. Não podendo criar a
prestação, resta ao devedor da obrigação apenas
formalizar o seu despacho administrativo, declará-lo existente e
propiciar o seu exercício. Nada mais do que isso. Prova disso é
que, quando o legislador quis impor a aposentação, fê-lo
expressamente. No caso em tela, o ato jurídico perfeito é
uma proteção do cidadão e não do órgão
gestor. Nessas exatas condições os responsáveis pela
seguradora não poderão ser penalizados por atender a pretensão
do individuo de se aposentar. Caso ela pretenda sem fundada razões
suspender o pagamento das mensalidades e movidas por razões politicas
e morais ou de outra ordem, e até mesmo por falta momentânea
de recursos o fundo do direito permanecerá intocável e sustentado
pelo ato jurídico perfeito antes praticado. Compondo o patrimônio
jurídico do individuo uma segurança sua, o ato jurídico
perfeito não pode ser arguido, contra ele, petrificando condição
engessadora de um direito maior que é o de legitimamente melhor
de vida por ser produto dessa proteção constitucional, a
Administração Publica não poderá ex officio
desfazer a desaposentação. Porém o indivíduo
que teve e tem o poder de requer deve ter o direito de desfazer o pedido.
Curiosamente o formalismo da renúncia das mensalidades do benefício,
outorgada pelo órgão gestor, será outro ato jurídico
perfeito inatacável e protetor (caso, eventualmente lei nova disponha
sobre a sua impossibilidade). Quem sustenta o ato jurídico perfeito
como oposição a desaposentação esquece-se de
que de longa data o INSS defere o benefício, encaminha os valores
iniciais a rede bancária e ali permanece até o segurado os
receber, com o que estaria aperfeiçoado o ato de concessão.
Ora, caso o segurado rejeite o beneficio, muitas vezes por conta de seu
nível, o que se tem é desaposentação sem que
tivesse havido qualquer contestação do ato praticado pela
administração. (Marli Romero de Arruda - Âmbito
Jurídico)
Segurados
receberão atrasados em junho
O CJF (Conselho da Justiça
Federal) liberou ontem o pagamento de R$ 326,48 milhões em atrasados
a segurados que ganharam ações judiciais contra o INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social).
A bolada beneficiará
50.161 segurados que ganharam ações de revisão de
aposentadoria, de pensão e de outros benefícios.
O dinheiro deve ser paga
aos segurados no próximo dia 11 de junho.
Receberá no próximo
mês quem teve a RPV (Requisição de Pequeno Valor) autorizada
em abril deste ano.
A RPV é um tipo de
ordem de pagamento feita por um juiz, limitada a 60 salários mínimos.
Hoje, esse valor está
em R$ 37.320.
Esse tipo de pagamento é
feito quando a ação é encerrada no Juizado Especial
Federal ou em uma vara previdenciária. (Fernanda Brigatti - Agora
S.Paulo)
INSS:
Cálculo de aposentadoria
Acesse o site do Ministério
da Previdência e simule você mesmo o tempo de contribuição,
o prazo para completar sua aposentadoria e o valor do benefício
Você sabe quanto tempo
falta para sua aposentadoria no INSS? Esse cálculo pode ser feito
acessando o site www.previdencia.gov.br. Antes, tenha em mãos a
carteira de trabalho e o número do PIS/Pasep ou do cartão
de inscrição de Contribuinte Individual.
Ao entrar na página
principal, escolha a opção Agência Eletrônica
do Segurado (no meio da tela) e clique na seção “Lista Completa
de Serviços”. Esse ambiente oferece duas opções: “Simulação
da Contagem do Tempo de Contribuição” e “Simulação
do Valor do Benefício de acordo com a Lei nº 9.876 de 29/11/1999”.
Antes de simular o valor
do benefício, faça o cálculo do tempo de suas contribuições.
Os formulários são autoexplicativos. Após preencher
os dados, o sistema fornecerá um relatório simulando o tempo
de contribuição ou o valor do benefício, caso você
já tenha direito á aposentadoria integral ou proporcional.
Para ter direito ao benefício, o segurando deve preencher todos
os requisitos legais. Vale lembrar, no entanto, que esses cálculos
são apenas simulações.
Aposentadoria por tempo
de contribuição
A aposentadoria por tempo
de contribuição pode ser integral ou proporcional. Para ter
direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar
pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher,
30 anos.
Já a aposentadoria
proporcional exige dois requisitos: tempo de contribuição
e idade mínima. De acordo com a Emenda Constitucional nº 20,
de 1998, somente os beneficiários inscritos no Regime Geral da Previdência
Social até o dia 16 de dezembro de 1998 têm direito à
aposentadoria na modalidade de contribuição proporcional.
Os homens podem requerer
aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição,
mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de
1998 para completar 30 anos de contribuição.
As mulheres têm direito
à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição,
mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de
1998 para completar 25 anos de contribuição.
Carência
Para ter direito à
aposentadoria integral ou proporcional, é necessário também
o cumprimento do período de carência, que corresponde ao número
mínimo de contribuições mensais indispensáveis
para que o segurado faça jus ao benefício, sendo neste caso
de 180 contribuições mensais.
Regra de ouro
Vale lembrar que quanto
maior for o tempo de contribuição e a idade do segurado,
maior será o valor do benefício futuro, pois os cálculos
são feitos com base no Fator Previdenciário, que leva em
consideração o tempo de contribuição, a expectativa
de sobrevida e a idade no momento da aposentadoria.
Aposentadoria por idade
Têm direito ao benefício
os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e do sexo
feminino a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir
aposentadoria por idade com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos, homens,
e a partir dos 55 anos, mulheres. Neste caso, a carência também
é de 180 contribuições.
Simulações
Agora, confira algumas simulações
que fizemos no portal da previdência social para calcular o valor
do benefício INSS.
Atenção! Simulações
efetuadas em maio de 2012, para segurado que contribuiu pelo teto do INSS
desde julho 1994. (Funcef/AssPreviSite)
Consignado
deve ter queda de juros
O Conselho Nacional de Previdência
Social reduziu ontem de 2,34% para 2,14% ao mês o valor máximo
de juros dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão pode entrar
em vigor hoje, quando deve ser publicada no Diário Oficial da União.
É a primeira redução desse tipo desde que o Banco
Central começou a cortar a taxa básica de juros da economia,
a Selic, em agosto do ano passado.
“Isso é apenas uma
primeira medida e é apenas o teto, a redução, mesmo,
o segurado vai ter quando procurar os bancos”, disse o ministro da Previdência,
Garibaldi Alves Filho. (Iuri Dantas - Agência Estado)
Juros
do consignado irá cair para 2,14%
Portaria sai nos próximos
dias
O Instituto Nacional do
Seguro Social publica, ainda esta semana, portaria que estabelece a redução
do teto máximo de juros mensais, de 2,34% para 2,14%, que podem
ser cobrados em consignação de aposentados e pensionistas
na modalidade empréstimo pessoal. A portaria prevista segue as recomendações
da resolução do Conselho Nacional de Previdência Social
(CNPS), aprovada na reunião ordinária de ontem, no Ministério
da Previdência Social, em Brasília.
No caso dos empréstimos
consignados por meio de cartão de crédito, a resolução
recomenda a alteração dos atuais 3,36% de juros para 3,06%.
Ambas as reduções foram decididas em reuniões entre
o Ministério da Previdência Social, o INSS e o Banco Central
do Brasil.
Segundo o ministro da Previdência
Social, Garibaldi Alves Filho, “isso é apenas uma primeira medida,
discutida com o Banco Central. Poderemos adotar outras”. Para Josepha de
Britto, representante da Confederação Brasileira de Aposentados
e Pensionistas (COBAP) no CNPS, “se fosse um pouco menos, a gente ficaria
mais feliz, mas, de certa forma, estamos contentes em ver que o ministro
se empenhou e procurou melhorar a situação”.
Na reunião do CNPS,
o ministro Garibaldi Alves Filho, o presidente do INSS, Mauro Hauschild,
e o secretário de Políticas de Previdência Social,
Leonardo Rolim, citaram diversas temáticas relacionadas aos empréstimos
consignados que estão sendo discutidas em grupo de trabalho específico
formado por autoridades do MPS, INSS e o Banco Central.
Entre as principais preocupações
relacionadas às consignações que podem vir a ser objeto
de alterações na regulamentação específica
estão a agilidade na devolução de cobranças
indevidas, a atenção especial aos seguros que são
frequentemente alvo de fraudes, o aperfeiçoamento do sistema de
comunicação de irregularidades e a ampliação
das campanhas publicitárias que informem aos segurados sobre como
evitar fraudes.
Quanto às temáticas
relacionadas à segurança do procedimento dos empréstimos,
os debates voltam-se principalmente para a regulamentação
dos intermediários entre as instituições financeiras
e os segurados – conhecidos como “pastinhas”.
Com os novos limites de
juros, as trinta e oito instituições financeiras que realizam
empréstimos consignados aos segurados não mais poderão
cobrar taxa superior ao teto fixado, que é referente ao custo efetivo
total, ou seja, contempla todos os custos das operações de
empréstimos pessoais ou cartões de crédito. (Rafael
Toscano - Asscom/MPS)
Consignado
do INSS tem corte de 8%
Governo autoriza redução
de juros para crédito pessoal e cartão de crédito
com desconto direto na folha de pagamento
A política de redução
dos juros chegou ao consignado do INSS. Agora, aposentados e pensionistas
filiados à instituição poderão contrair crédito
com taxas 8,55% menores. Os novos juros devem começar a valer a
partir de hoje.
Pelas novas regras, o teto
das taxas para empréstimos pessoais saiu dos 2,34% para 2,14% ao
mês. Já as taxas máximas que poderão ser aplicadas
para o cartão de crédito foram dos 3,36% para 3,06% ao mês.
As reduções
foram decididas em reuniões entre o Ministério da Previdência
Social, o INSS e o Banco Central. Segundo a Previdência, a portaria
com as novas taxas deve ser publicada hoje.
A margem de 30% do consignado
foi mantida. Logo, os bancos continuam impedidos de fazer empréstimos
que comprometam mais de 30% da renda, sendo 20% para empréstimo
e 10% exclusivamente para o cartão de crédito. O número
máximo de parcelas é de 60 meses.
Já a portabilidade,
venda da dívida entre bancos, não foi definida. Segundo Josepha
de Britto, representante da Confederação Brasileira de Aposentados
e Pensionistas (Cobap) no Conselho, a questão deve ser negociada
na próxima reunião.
Suspensão de débito
por suspeita de fraude
Na reunião do Conselho
Nacional da Previdência Social, o ministro Garibaldi Alves Filho
e o presidente do INSS Mauro Hauschild sinalizaram que o governo estuda
novas medidas para coibir fraudes aos empréstimos consignados a
segurados do INSS. Entre elas, a suspensão automática do
débito relativo ao crédito em caso de denúncia de
golpe.
Hoje, aposentados e pensionistas
do INSS que fizeram empréstimos consignados e que acreditam ser
vítimas de fraudes devem procurar a Ouvidoria-Geral da Previdência,
por meio do portal www.previdencia.gov.br ou através da Central
135 do INSS. O segurado também pode fazer um registro de ocorrência
na delegacia. O aposentado pode ainda acompanhar se os descontos relativos
a empréstimos estão sendo feitos corretamente. Por meio dos
caixas eletrônicos das agências bancárias, onde recebe
o benefício, o segurado pode imprimir o extrato do benefício.
(Aline Salgado - O Dia)
Pressionada,
Europa discute crescimento
Líderes se reúnem
para debater medidas como emissão conjunta de títulos, enquanto
FMI e OCDE cobram soluções
Órgão do Congresso
dos EUA prevê recessão em 2013 caso corte de gasto e aumento
de impostos sejam postos em prática
Os líderes da União
Europeia se reúnem hoje em Bruxelas para discutir medidas de crescimento
pressionados por declarações vindas do FMI (Fundo Monetário
Internacional) e da OCDE (Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico).
Ontem, a diretora-gerente
do FMI, Christine Lagarde, afirmou que houve melhora no modo de lidar com
a crise de dívidas soberanas no continente, mas pediu aos líderes
que façam mais para "respaldar o crescimento".
Lagarde sugere que isso
seja feito por reformas estruturais, não pela via de incentivos
-conciliando o discurso da austeridade fiscal, defendido pela Alemanha,
com o do crescimento, promovido pelo novo governo francês.
Já a OCDE divulgou
ontem estudo que mostra que a economia global começa a se recuperar,
mas de forma frágil e bastante dependente do que vai acontecer com
a crise na zona do euro.
Entre as medidas que a OCDE
(grupo de 34 países) sugere aos líderes europeus, estão
a elevação dos fundos de resgate para países em crise,
o incentivo ao mercado único e o aumento do volume de financiamentos
do Banco Europeu de Investimentos para projetos de infraestrutura.
O principal item na pauta
da reunião, que tem caráter informal, deve ser a criação
de títulos emitidos em conjunto pelos países da zona do euro,
os eurobônus.
Esses papéis poderiam
gerar recursos para empréstimos a países que usam a moeda
única.
A proposta conta com o apoio
da França, Itália, Grécia e demais países em
crise, para quem os bônus garantidos coletivamente representariam
rolagem da dívida a juros mais baixos.
Mas é fortemente
rejeitada por Alemanha, Áustria, Finlândia e Holanda, que
temem ter de garantir os bônus para países fiscalmente irresponsáveis.
"Sempre deixamos claro que,
enquanto não houver política fiscal integrada na Europa,
nós seguiremos rejeitando qualquer financiamento por meio dos eurobônus",
afirmou o vice-ministro das Finanças da Alemanha, Steffen Kampeter.
Um projeto-piloto de títulos
garantidos conjuntamente, contudo, foi aprovado pelos diplomatas europeus.
Os papéis, que chegam a € 230 milhões, serão
usados para custear projetos de infraestrutura, especialmente em transportes,
energia e comunicações, desde que envolvam mais de um país.
RECESSÃO AMERICANA
Para a OCDE, os EUA devem
crescer 2,4% neste ano, ante 1,7% em 2011.
Porém, o CBO (órgão
independente do Congresso americano) disse que a maior economia do mundo
caminha para a recessão no ano que vem caso os cortes de gastos
e os aumentos de impostos previstos entrem em prática.
O último ciclo negativo
da economia dos EUA começou em dezembro de 2007 e durou até
junho de 2009 -foi o mais longo desde a Grande Depressão, de 1929.
(RODRIGO RUSSO - Folha de S.Paulo)
A
frágil Europa precisa mudar já
Simpatizo com os alemães.
Não por concordar com sua visão predominante de como a crise
aconteceu e o que se deve fazer a respeito. Simpatizo porque os que fazem
parte da elite alemã foram os que compreenderam o que implicava
criar o euro. Perceberam que uma união monetária não
poderia funcionar sem união política. A elite francesa, no
entanto, queria em vez disso acabar com a humilhante dependência
que sentia em relação à política monetária
do Bundesbank, o banco central alemão. Agora, 20 anos depois, os
parceiros da Alemanha, incluindo a França, aprenderam uma dolorosa
lição. Longe de estarem liberados do controle alemão,
ficaram sujeitos a ele muito mais firmemente. Em grandes crises, os credores
mandam.
Vejamos como a Europa estaria
muito melhor se o mecanismo cambial, em vez disso, tivesse continuado com
faixas amplas. As taxas de juros nos países atingidos provavelmente
estariam mais altas, enquanto os déficits em conta corrente e as
bolhas no preço dos ativos, menores. Quando houve a reviravolta
nos fluxos financeiros, as crises cambiais de fato teriam acontecido. O
dracma grego, a libra irlandesa, o escudo português, a peseta espanhola,
a lira italiana e, talvez, o franco francês teriam se desvalorizado
em relação ao marco alemão. O nível dos preços
nesses países teria apresentado um salto temporário. A culpa
por qualquer consequência, no entanto, teria recaído de forma
predominante em casa. Eu receava que, em uma crise, o euro enfraqueceria
a sensação de confiança mútua, em vez de reforçá-la.
Isso já ficou demonstrado, mesmo com a região do euro mal
tendo começado o ajuste.
É preciso um ajuste
mais rápido, para devolver a saúde às economias. A
região do euro não pode tornar as economias enfraquecidas
de hoje em regiões com depressões, permanentemente sustentadas
por transferências, uma política que assolou o sul da Itália.
Por que, então, os
que mandam em tempos de crise são os credores? A resposta é
simples: eles podem captar a um custo barato. Como aqueles que concedem
crédito se afastaram dos países com capacidade creditícia
enfraquecida, a taxa de juros dos "bunds", títulos do governo alemão,
caiu para 1,3%, abaixo dos 5,8% observados na Itália e 6,2% na Espanha.
Com o Produto Interno Bruto (PIB) nominal estagnado, os países com
altas taxas de juros correm o risco de cair na armadilha do endividamento.
Precisam de ajuda para controlar os custos de captação dos
empréstimos que apenas os credores podem lhes fornecer.
Como Harold James, da Princeton
University, Ronald McKinnon, de Stanford, e muitos outros ressaltaram,
Alexander Hamilton, primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos,
deparou-se com um desafio não muito diferente diante as dívidas
tomadas pelos Estados durante a guerra de independência do país.
Hamilton usou os poderes da (segunda e mais centralizadora) constituição
para assumir essas dívidas, lançando novas dívidas
federais em seu lugar. No longo prazo, surgiram o sistema federal dos EUA,
com limites ao endividamento estadual; um banco central (pela terceira
vez); e um orçamento federal para estabilizar a economia.
Uma vez que o desmantelamento
da região do euro seria muito custoso, como argumentei na semana
passada, será que uma união como essa poderia lidar com as
atuais dificuldades? A resposta é sim, na teoria. A região
do euro já tem um banco central. O querido pacto fiscal da primeira-ministra
da Alemanha, Angela Merkel, poderia ser o equivalente à regra de
equilíbrio nos orçamentos dos Estados dos EUA. Então,
o que falta para um final do tipo "felizes para sempre"? A resposta parece
ser um acordo fiscal sólido, para amortecer o impacto das crises,
ajudar os países-membros a administrar suas dívidas e cortar
a interdependência entre os bancos e títulos de governos fragilizados.
Está fora de questão,
contudo, a assunção das dívidas por um Tesouro central
ou a substituição dos mecanismos fiscais nacionais por federais.
O orçamento da União Europeia (UE) é de 1% do PIB.
Não há disposição para torná-lo maior.
Em vez dessa ação
central, seria preciso haver uma maior solidariedade entre os países-membros.
Acho difícil acreditar, entretanto, que tais medidas sobreviveriam.
O Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), elaborado
nesta crise para ajudar os países em dificuldades, é pequeno
demais, de apenas 5% do PIB da região do euro. A resposta teria
de ser algum tipo de bônus da região do euro, com respaldo
individual e conjunto. Encontraria apoio bastante limitado. Os membros
com boa capacidade creditícia tendem a antipatizar com o apoio a
"irresponsáveis". Os eleitores não gostam de compartilhar
com os não eleitores. Um ponto crucial é que a solução
de Hamilton foi precedida pela constituição federal dos EUA,
embora o grande endividamento tenha sido um motivo para sua ratificação.
Se acabar com o euro está
fora de questão, não há financiamento genuinamente
federal disponível e a solidariedade mútua vai continuar
limitada, então, o que resta? A resposta é um ajuste mais
rápido, para devolver a saúde às economias. A região
do euro não pode tornar as economias enfraquecidas de hoje em regiões
com depressões, permanentemente sustentadas por transferências,
uma política que assolou o sul da Itália.
Como, então, se obtém
um ajuste mais rápido? A resposta é por meio de uma economia
mais aquecida na região do euro e de salários e inflação
maiores nas economias centrais do que nas da periferia debilitada. Além
disso, a estratégia de crescimento necessária não
é, definitivamente, apenas uma questão de políticas
voltadas à oferta. De acordo com previsões do Fundo Monetário
Internacional (FMI), o PIB nominal da região do euro terá
se expandido meros 20% entre 2008 e 2017, ano em que será 16% menor
do que se tivesse continuado a crescer no ritmo de 4% observado entre 1999
e 2008 (consistente com crescimento real de 2% e inflação
de 2%). Para as economias em dificuldades, um crescimento tão magro
é um desastre: significa que a região do euro como um todo
tende a reforçar, e não anular, suas contrações
de crédito e rigor fiscal. Elas podem atribuir a culpa à
adoção generalizada de rigor fiscal e às políticas
do Banco Central Europeu (BCE), que deixou a base monetária estagnar.
O que isso tem a ver com
o risco de saída da Grécia e, caso isso aconteça,
com a necessidade de administrar as consequências? Tudo e nada. Nada,
porque ainda será necessário administrar o pânico,
quase certamente por meio de apoio ilimitado do BCE, como o ministro das
Finanças da Polônia, Jacek Rostowski, argumentou no "Financial
Times". Tudo, porque em um cenário de grandes diferenças
de competitividade, baixa solidariedade fiscal e bancos enfraquecidos,
é vital haver uma perspectiva plausível de ajuste voltado
ao crescimento.
Se os países enfrentarem
um ano apático de deflação e depressão após
o outro, o euro corre o risco de tornar-se um símbolo odiado de
empobrecimento. Os EUA, enquanto união federal forte, conseguiriam
enfrentar tal situação de decepções prolongadas.
A região do euro, muito mais enfraquecida, não. (Martin Wolf
- Finacial Times, tradução de Sabino Ahumada - Valor))
Delfim: Novidade
O euro é a sua moeda,
mas a "Eurolândia" está muito longe de ser um país.
Em termos talvez um pouco menores, os 17 países da zona do euro
são tão heterogêneos quanto os Brics.
A diferença é
que os Brics são só uma ideia mercadologicamente bem-sucedida.
Não envolve compromissos: cada um de seus componentes mantém
suas próprias políticas fiscal, monetária e cambial,
cuja eficácia depende da situação global em que estão
inseridos. Para entender isso, basta considerar um país com deficit
fiscal elevado acompanhado de deficit em conta-corrente insustentável,
o que significa que ele precisa eliminá-los ou minorá-los,
ou seja, deve reduzir a demanda do governo.
Pode fazê-lo de duas
formas (ou com uma combinação das duas): corte de despesas
e/ou aumento seletivo da tributação. Precisa, ao mesmo tempo,
atingir dois objetivos: 1) reduzir seu excesso de demanda e 2) alterar
a estrutura produtiva aumentando as exportações e diminuindo
as importações.
Um experimento "intelectual"
tem suportado a lenda de que um programa fiscal virtuoso -a contração
fiscal expansionista- pode modificar todas as expectativas dos agentes
e, quase imediatamente, produzir um significativo aumento dos investimentos
financiados externamente e destinados à exportação,
resolvendo os dois problemas.
Infelizmente, os ajustes
reais são muito mais lentos e dolorosos, principalmente se o país
estiver num regime de câmbio fixo irretratável e a maioria
dos países para os quais exporta estiver nas mesmas condições,
como é o caso da "Eurolândia". A solução que
eventualmente poderia ser razoável para cada país transforma-se
num desastre coletivo, quando utilizada por todos ao mesmo tempo.
Desde 2008, era evidente,
por motivos econômicos e políticos, que só a "virtude
fiscal" não poderia ser a solução para o reequilíbrio
da "Eurolândia", como insistia a Alemanha. O ajuste interno sem a
possibilidade de desvalorização cambial equivale a uma amputação
sem anestesia que, cedo ou tarde, derrubará todos os poderes incumbentes
com ele envolvidos.
É exatamente o que
está ocorrendo em cada país submetido às eleições
-e, provavelmente, acontecerá na própria Alemanha, que há
menos de um mês continuava a opor-se à ação
mais desembaraçada do Banco Central Europeu.
Com a ameaça do "populismo"
-que, obviamente, não vai resolver nenhum problema e pode, na verdade,
criar alguns politicamente insolúveis-, parece que caiu a ficha:
a própria chanceler Angela Merkel anunciou, na última semana
de abril, que a União Europeia precisa de um programa "para estimular
o desenvolvimento econômico".
Há qualquer coisa
de novo sob o sol? (ANTONIO DELFIM NETTO - Folha de S.Paulo)
O
risco de 2008 é o mesmo
‘O risco é o mesmo
de 2008, de recessão, de que haja corrida, pânico’
Para economista, cabe à
Alemanha e ao Banco Central Europeu agirem para evitar que a zona do euro
‘desmorone’
O risco de o mundo mergulhar
numa recessão está de volta. O alerta é do economista
James K. Galbraith, professor de Economia na Universidade de Austin, no
Texas. "O risco é o mesmo de 2008, de que haja corrida, de que haja
pânico", disse ele, em entrevista, por telefone, à Agência
Estado. Aliás, diz ele, nem chegamos a sair da crise anterior. "Ainda
estamos nela."
Nesse contexto tão
incerto cabe à Alemanha e ao Banco Central Europeu agirem para evitar
que a zona do euro desmorone. "É preciso que a Alemanha escolha
se adotará políticas diferentes para salvar o euro ou se
segue no caminho atual e quebra todo o sistema."
A seguir, os principais
trechos da entrevista.
A crise de 2008 chegou a
acabar?
Não, claro que não.
Ainda estamos nela. É a mesma crise.
Quais os riscos de termos
de novo uma grande recessão global?
O risco é o mesmo
de 2008, de que haja corrida, de que haja pânico.
Esse risco está maior?
O risco está obviamente
presente. Já vimos saídas (de depósitos) dos bancos
gregos. As pessoas que podem tirar o dinheiro da Grécia já
estão fazendo isso. As pessoas também estão cada vez
mais com medo de deixar o dinheiro na Espanha. Nos EUA, em 2008, o governo
foi capaz de conter o pânico em algumas semanas. O Banco Central
Europeu tem a possibilidade de fazer o mesmo se assim escolher, mas pode
não escolher e essa incerteza ao redor dessa questão é
que está alimentando a ansiedade na Europa.
O sr. tem esperança
com relação à zona do euro?
Tem havido alguns progressos
interessantes, que ao menos forçam uma nova discussão de
políticas, que vieram com as eleições na Grécia
e na França. Por outro lado, a situação financeira
está tomando proporções maiores e é possível
que tenhamos um momento decisivo relativamente cedo.
O que seria esse momento
decisivo? A Grécia deixando o euro?
Sim. A Grécia não
sairia voluntariamente e um novo governo na Grécia não seria
a favor de deixar o euro, mas é possível imaginar uma situação
na qual os alemães em particular decidem que não vão
se comprometer, que não vão estender mais nenhum fundo de
ajuda e com isso o restante das lideranças europeias passa a acreditar
que não poderá evitar uma corrida geral aos bancos na periferia
(da região). Creio que uma saída desordenada da Grécia
seja bem provável, o que adiciona pressão aos próximos
dominós na fila.
Há um futuro para
a Grécia fora do euro?
Será um choque severo
para eles e as autoridades na Grécia e Europa em geral terão
de decidir o que fazer quando isso ocorrer.
Muitos criticam esses programas
de austeridade na Europa, num momento em que a região precisa crescer.
Por que os líderes insistem na austeridade fiscal?
A prioridade para os líderes
europeus é preservar os bancos na Alemanha e Grécia e preservar
a si próprios no poder. Na Alemanha, isso requer que (a chanceler)
Angela Merkel tenha uma atitude dura em relação aos países
da periferia. Não há nada irracional na posição
de Merkel. Ela está fazendo exatamente o que ela precisa fazer para
assegurar que os bancos não sigam o caminho da insolvência
e tenham fortes perdas e para que ela possa aguentar a pressão vinda
da ala da direita em seu país.
Como a zona do euro conseguirá
manter a unidade?
Como disse, a Grécia
não sairá por conta própria, mas poderá ser
forçada a sair. Estive recentemente num seminário na Alemanha
e George Soros disse algo que faz sentido. Ele disse que a Alemanha vai
tomar essa decisão e precisa fazê-lo logo.
É preciso que a Alemanha
escolha se adotará políticas diferentes para salvar o euro
ou se segue no caminho atual e quebra todo o sistema.
O sr. acha que com essa
mudança rápida e negativa no cenário global, a economia
americana pode precisar de um QE3 (terceira rodada de relaxamento monetário
quantitativo) ou é cedo ainda para dizer?
Sou cético em relação
ao QE1 e QE2. A noção de que o Fed pode estimular a economia
simplesmente por meio de mais reduções de juros é
duvidosa e refinanciar hipotecas existentes (MBS ou Mortgage-Backed Securities)
é também limitado. O Fed não pode fazer os bancos
emprestarem para quem não querem emprestar e não podem fazer
as pessoas pedirem emprestado.
Como o sr. vê os emergentes
neste momento?
Se houver uma nova rodada
de desordem na Europa e nos EUA, ninguém vai escapar de ser afetado,
obviamente.
Mas o Brasil e a China são
grandes países, que sabem o que estão fazendo e provavelmente
teriam melhores chances de serem afetados mais modestamente.
Quanto tempo deve levar
até que possamos sair finalmente desta crise e ver o mundo finalmente
vivendo um bom momento econômico?
Acho que um século
ou dois. Acho que meus bisnetos talvez vejam isso.
Sério? Não
há chance de ser num futuro mais próximo?
Isso é algo que está
fora do alcance da minha visão no horizonte. (Luciana Antonello
Xavier - Agência Estado)
Mesmo
com fragilidade, Brasil crescerá 3,1%
Goldfajn acredita que as
medidas adotadas pelo BC podem acarretar em uma retomada do crescimento
econômico do Brasil em 2012
Para Ilan Goldfajn, a recuperação
da atividade industrial será um dos motores para o crescimento do
Brasil.
A equipe do Itaú,
liderada pelo economista-chefe Ilan Goldfajn, aponta uma retração
do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2% em março se comparado ao
mês anterior. Já em relação a março de
2011, a alta foi de 2,1%.
"Os números apresentados
entre novembro e dezembro do ano passado nos passava a impressão
de que o PIB mensal seguiria com tendência positiva. Nos meses posteriores
averiguamos uma retração, pressionada pelos estoques da indústria
automotiva, que havia produzido massivamente nos dois últimos meses
de 2011", explica Aurélio Bicalho, economista do Itaú BBA.
Para Bicalho, os dados adversos
de fevereiro e março foram surpreendentes e mostraram que a economia
não conseguiu ganhar força mesmo com os estímulos
que estão sendo implementados há algum tempo.
A demora da atividade econômica
para demonstrar uma aceleração consistente é reflexo
da produção industrial, que continua apresentando números
decepcionantes.
"Os principais componentes
que determinaram essa redução do PIB mensal vieram da indústria
extrativa mineral (-2%) e da indústria de transformação
(-0,4%)".
Em contrapartida, os números
apresentados pelas vendas no varejo demonstram uma retomada.
"Os estoques dos setores
estão diminuindo, o que deve impulsionar a produção
nos próximos meses. Porém, o setor automobilístico
segue pesando na produção industrial, porque os estoques
estão em um patamar elevado", diz Bicalho.
A fragilidade do cenário
internacional também está causando problemas na produção
industrial, através da queda da exportação.
No primeiro trimestre de
2012, o PIB deve registrar avanço de 0,6%, em comparação
com os três últimos meses do ano anterior, projeta o Itaú.
Estímulo
Em relação
às medidas de estímulo divulgadas na segunda-feira (21/5)
pelo governo, Goldfajn acredita que foram decisões que podem acarretar
em uma retomada do crescimento econômico no fim de 2012.
Para ele, é normal
que as pessoas estejam desacreditadas na capacidade das medidas, devido
ao momento de arrefecimento.
"Com as medidas para o setor
automotivo, acredito que haverá uma realocação do
consumidor e isso deve contribuir para a aceleração do PIB",
diz Goldfajn.
Ainda sobre as medidas,
Goldfajn acredita que o governo está mais preocupado com uma retomada
econômica e deixando a pressão inflacionária em segundo
plano.
"A preocupação
com a inflação é no longo prazo, tanto que acreditamos
que as medidas adotadas recentemente sofrerão mudanças em
2013 para conter a pressão inflacionária", contesta.
Cena externa
Sobre o cenário internacional,
ele acredita que o principal risco para o desaquecimento da economia brasileiroa
é uma desaceleração na China.
"Porém, isso é
muito improvável. No caso de os problemas na Europa persistirem,
acredito que o nosso crescimento continuará tímido. Além
disso, se a Grécia saísse da Zona do Euro, o câmbio
seria um dos maiores afetados, o dólar poderia ser cotado a R$ 2,20".
No entanto, "se a crise
europeia der uma trégua e não houver novas intervenções
do governo, o câmbio deve encerrar o ano a R$ 1,85", acrescenta.
Projeções
Os economistas do Itaú
projetam crescimento de 3,1% para 2012 e de 5,1% em 2013.
Em relação
à taxa básica de juros, Goldfajn acredita que a Selic ficará
em 7,75% neste ano.
A preferência do Comitê
de Política Monetária (Copom) em seguir cortando o juro deve
continuar. Em 2013, porém, a taxa deve voltar a subir, a 9,5%. (Marcelo
Ribeiro - Brasil Econômico)
IPCA-15
de maio teve variação de 0,51%
O Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação
de 0,51% em maio, superior à taxa de 0,43% de abril. O índice
é considerado uma prévia da inflação oficial.
O acumulado no ano ficou em 2,39%, abaixo do mesmo período do ano
anterior (3,86%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15
ficou em 5,05%, abaixo dos 12 meses anteriores (5,25%). Em maio de 2011,
a taxa havia ficado em (0,70%).
Os destaques do mês
foram o cigarro com variação de 14,26%, que levou as despesas
pessoais ao mais elevado resultado do grupo, que atingiu (1,32%). Os remédios
obtiveram variação de 1,85%, refletindo parte do reajuste
vigente desde 31 de março e acumulando, no ano, aumento de 3,09%.
Acompanhando a alta do feijão, que teve variação de
15,30% fechando em alta de 66,53% , ficou mais caro comprar, principalmente,
óleo de soja (3,72%), farinha de mandioca (3,35%), cerveja (2,72%),
leite em pó (2,27%), queijo (2,02%), arroz (1,66%), pão francês
(1,20%) e biscoito (0,97%). Com isto o grupo alimentação
e bebidas foram para 0,62%, mesmo com a queda de alguns itens, como tomate
(-2,48%) e frutas (-2,22%).
Além dos artigos
de vestuário, com 0,97% no mês, outros itens também
tiveram elevação, com destaque para os serviços bancários
(1,66%), seguro de veículos (1,66%), telefonia celular (1,58%),
mão-de-obra para pequenos reparos (1,51%), táxi (1,29%),
taxa de água e esgoto (1,16%), gás de botijão (1,01%)
e artigos de limpeza (0,99%).
Entre as regiões
pesquisadas, o maior índice foi o de Salvador (0,80%), tendo em
vista a taxa de água e esgoto (5,77%) que sofreu reajuste médio
de 12,89% a partir de 1º de maio e da energia elétrica (3,96%)
que foi reajustada em 6,15% a partir de 22 de abril. O menor foi o do Rio
de Janeiro (0,16%) onde o item empregado doméstico apresentou queda
de 1,05%, bem como os alimentos que também apresentaram resultados
em queda (-0,02%).
Nos remédios, a variação
foi de 1,85%, refletindo parte do reajuste vigente desde 31 de março
e acumulando, no ano, aumento de 3,09%. Foram os principais responsáveis
pelo resultado de 0,93% do grupo saúde e cuidados pessoais.
Para o cálculo do
IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de abril
a 14 de maio e comparados com aqueles vigentes de 15 de março a
13 de abril de 2012. O indicador refere-se às famílias com
rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife,
São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além
de Brasília e Goiânia.
A variação
do IPCA-15 de maio foi menor que a expectativa da Corretora Planner que
previa variação de 0,55% (Executivos Financeiros)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Grécia
assusta e Bovespa corrige ganhos
E o fantasma da Grécia
voltou a assustar os mercados ontem. A Bovespa operava em baixa, na contramão
do mercado externo, corrigindo a forte alta de segunda-feira, quando uma
entrevista do ex-primeiro-ministro grego Lucas Papademos azedou o clima
lá fora e acentuou a queda da bolsa brasileira a poucos minutos
do fechamento. Na entrevista à agência "Dow Jones", Papademos
alertou sobre "o risco real" de a Grécia sair da zona do euro, possibilidade
que os investidores vinham descartando, tamanha a catástrofe que
seria para o bloco.
Esta quarta-feira já
prometia ser tensa por conta da reunião de líderes europeus,
à noite em Bruxelas. Após o alerta de Papademos, a crise
grega volta aos holofotes e deve influenciar as bolsas aqui e no exterior.
Ontem, por pouco o Ibovespa não retornou à casa dos 54 mil
pontos. Antes da fala de Papademos, a bolsa brasileira reagiu principalmente
ao pacote de medidas de estímulo ao setor automotivo anunciado pelo
governo.
O Ibovespa fechou em baixa
de 2,74%, aos 55.038 pontos, com volume de R$ 7,440 bilhões. Desta
forma, o índice voltou a registrar perda no ano, de 3%, e no mês
recua 11%. Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN recuou
3,38%, para R$ 19,71. Vale PNA fechou em baixa de 1,13%, a R$ 36,43; e
OGX ON perdeu 9,40%, para R$ 11,18.
Mas as maiores baixas ficaram
com as construtoras: PDG Realty ON (-11,34%, a R$ 2,97), Gafisa ON (-9,89%,
a R$ 2,64) e Rossi ON (-9,31%, a R$ 5,16). "O setor de construção
não foi incluído no novo pacote do governo, o que causou
decepção dos investidores e correção mais forte
dos papéis", aponta o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi.
As medidas anunciadas pelo
governo provocaram efeitos sobre empresas de autopeças, locadoras
e também sobre os bancos. Os papéis PN da fabricante de ônibus
Marcopolo fecharam estáveis em R$ 9,38, depois de avançarem
7,45% na segunda-feira. As ações PN da montadora de carrocerias
para caminhões Randon subiram 1,75%, para R$ 9,83, após uma
alta de 4,55% no dia anterior. A transportadora de automóveis Tegma
registrou alta de 2,10%, a R$ 29,15. E a fabricante de autopeças
Iochpe-Maxion ganhou 1,86%, para R$ 25,73.
Vale lembrar que, além
de reduzir o IPI na compra de automóveis novos, o governo também
cortou as taxas de financiamento para ônibus e caminhões.
"O pacote do governo permitirá às montadoras reduzir preços
e desovar estoques, que estão em nível recorde", avalia o
economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho. "Num segundo momento,
haverá aumento da produção, que deverá ter
um impacto moderado no PIB."
Por outro lado, também
influenciada pelos incentivos do governo, as ações ON da
Localiza recuaram 7,65%, para R$ 29,66. Para Daniel Spilberg, do Barclays,
a redução do IPI será uma fonte de pressão
no curto prazo. "Acreditamos que essas medidas vão causar uma pressão
sobre os preços dos automóveis novos, que, por sua vez, irão
imediatamente afetar os preços dos automóveis usados, e consequentemente
levar a frota da Localiza para a desvalorização", disse o
analista.
No setor bancário,
destaque para Banco do Brasil ON (0,18%, a R$ 21,41). Os analistas acreditam
que o BB vai tirar proveito das medidas devido a sua exposição
ao crédito para veículos. Além disso, o banco reduziu
juros para o segmento. (Téo Takar, colaboraram Daniela Meibak e
Suzi Katzumata - Valor Online)
BC
tenta conter alta, mas dólar vai a R$ 2,08
Intervenções
do governo no câmbio intensificam alta da moeda no Brasil
Ministro afirma que novo
patamar do dólar eleva competitividade da indústria, mas
analistas vêem riscos
O Banco Central agiu pesadamente
ontem para segurar a alta do dólar, mas não conseguiu impedir
mais uma forte valorização da moeda.
O BC fez uma operação
no mercado futuro equivalente à venda de US$ 2,2 bilhões,
valor considerado alto por analistas. Apesar disso, o dólar subiu
1,6%, para R$ 2,08, maior cotação em três anos.
O dólar está
em alta em todo o mundo devido às incertezas na Europa. No entanto,
a divisa vem subindo com mais força no Brasil por causa das medidas
que o governo adotou nos últimos meses para desvalorizar o real.
A taxação
de operações de venda de dólar no mercado futuro,
por exemplo, intensifica os movimento de alta da moeda americana, dizem
analistas. No ano, o real recua 11% ante o dólar, maior queda entre
16 moedas.
O ministro Fernando Pimentel
(Desenvolvimento, Comércio e Indústria) afirmou ontem que
o dólar pouco acima de R$ 2 torna a indústria mais competitiva.
"Temos que assegurar um
patamar adequado para o câmbio. Hoje o dólar está pouco
acima de R$ 2, quero crer que é um valor adequado para a indústria",
disse.
Apesar de reconhecer que
o dólar nesse patamar é "preocupante" para as importações,
ele frisou que por outro lado beneficia exportações.
Para o economista-chefe
da Gradual Investimentos, André Perfeito, "o câmbio está
sem teto", ou seja, deve subir mais no curto prazo.
Segundo ele, o contínuo
discurso do governo de que o dólar alto é melhor para a indústria
deixou o mercado sem parâmetro para o câmbio. "Sem saber se
a moeda vai continuar subindo, investidores e empresários antecipam
as compras, o que pressiona mais a alta do dólar".
O BC, que vinha comprando
dólares e alimentando a alta da moeda, passou a vender a divisa
não porque esteja incomodado com a alta, avalia Perfeito, mas porque
quer evitar um salto muito rápido da taxa de câmbio.
"Estamos numa zona de incerteza
muito grande. Essa instabilidade no dólar afeta o planejamento dos
empresários e traz riscos para a inflação", nota Alfredo
Barbutti, da BCG Liquidez.
Ontem, também foi
um dia de forte instabilidade na Bolsa de São Paulo, que caiu 2,74%.
Segundo Perfeito, os investidores reagem ao fraco desempenho da economia
e à queda do real, que torna o investimento aqui menos atrativo.
Em dólar, a bolsa tem queda de 20% em maio. (MARIANA
SCHREIBER, colaborou MAELI PRADO - Folha de S.Paulo)
IBA:
Congresso em Junho
Congresso de atuários
vale créditos para recertificação
O Instituto Brasileiro de
Atuária-IBA fechou uma parceria com o Instituto de Certificação
dos Profissionais de Seguridade Social – ICSS para que os eventos do IBA
também sejam aceitos para a certificação deste instituto.
Iniciamos tal parceria com
o 9° Congresso Brasileiro e Pan-Americano de Atuária.
De acordo com a avaliação
do ICSS, o congresso, a ser realizado nos dias 21 e 22 de junho, em São
Paulo, valerá, para fins de certificação do ICSS,
13 créditos aos profissionais que participarem do evento.
Este congresso será
uma ótima oportunidade para mantê-lo atualizado com as palestras
ministradas por especialistas nacionais e internacionais sobre temas que
estamos debatendo no momento e, além disso, colaborará para
que o profissional fique mais próximo de sua certificação.
Maiores detalhes do evento:
http://www.9cba.com.br/index.html ( (Diário dos Fundos de
Pensão)
Hoje: Custo
trabalhista
A Fundação
Getúlio Vargas e a Confederação Nacional da Indústria
(CNI) apresentam pesquisa inédita sobre os custos dos trabalhadores
no Brasil, resultado de dois anos de estudos em empresas do setor têxtil.
Data: 23 de maio
Horário: 10h às
12h
Local: Rua Itapeva, 474,
SP
Informações:
(11) 3284-6147 (Valor Online)
Você tem mais um bom
motivo para estar conosco no Espaço AssPreviSite Saúde do
próximo dia primeiro, em São Paulo.
Vivenciando o seu dia a
dia e acompanhando os destaques da mídia sobre o momento atual e
as tendências, você já percebeu que um novo contexto
está se desenhando no cenário da saúde suplementar
em nosso país.
Venha conhecer aspectos
estratégicos de uma mudança em que todos os atores do sistema
estarão envolvidos tendo em vista o estágio atual dos planos
de saúde, suas características e dinâmica operacional
atual, além dos impactos e desafios que se apresentam para o mercado
e para as empresas.
Este cenário tem
contornos e desafios do tipo:
- Conciliar os benefícios
da longevidade com os custos e riscos de manter o “viver mais”.
- A prevenção
das doenças: a atenção e cuidados com a saúde
versus o tratamento e os custos da doença.
- Investir para poder usufruir
do futuro de uma vida mais longa (com saúde e não com doença).
- Prevenção
financeira para se preparar para os custos futuros da assistência
e manutenção da saúde – poupar recursos financeiros
para aproveitar os benefícios da longevidade (qualidade de vida
na aposentadoria).
(Veja informações
sobre a reunião em matéria acima)
A saúde (custo)
deverá ter o tamanho do “bolso” do usuário.
A qualidade de vida é
um bem percebido, desejado e necessário!