Previdência
- Clipping de Notícias - 05.05.2011
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O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Aposentados em Alerta! Governo alega não ter dinheiro para pagar imediatamente R$ 1,5 bilhão a mais de 130 mil aposentados do INSS, entre 1991 e 2003. Os benefícios foram calculados com um teto da previdência social inferior ao que deveria e, portanto, o STF determinou o pagamento da diferença. (vide matérias abaixo)
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,6050, com alta de 1% em relação ao fechamento da terça-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 1,09%, com o volume financeiro no patamar de R$ 6,758 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em queda de 0,66% e a Nasdaq caiu 0,47%.
AssPreviSite
Fundos:
Terceira conferência anual Global Pensions
No próximo dia 19
acontecerá em Londres a terceira edição do Global
Pensions, evento organizado pela consultoria inglesa Lane Clark & Peacock.
A conferência tem como tema o desafio enfrentado por empresas multinacionais
na gestão global dos riscos aos quais seus planos de benefícios
estão expostos. As turbulências do mercado e o maior rigor
das legislações governamentais têm colocado estes riscos
ainda mais em evidência e levado companhias a buscar formas de removê-los
de seus balanços. Quando se adiciona a este cenário as mudanças
nas normas contábeis e as pressões demográficas, as
multinacionais passam a ter ainda mais questões para considerar
no gerenciamento de sua estrutura global de benefícios. O
objetivo do Global Pensions 2011 é o de apresentar aos patrocinadores
insights em relação às tendências e soluções
disponíveis ao redor do mundo para lidar com estas questões.
A Rodarte Nogueira participará do evento apresentando os pontos
críticos, as tendências e as soluções disponíveis
no Brasil, um dos países emergentes que mais tem atraído
a atenção dos investidores no cenário internacional.
A programação completa do evento está disponível
em www.rodartenogueira.com.br no ícone LCP Managing key risks
around the world. (Rodarte Nogueira/Diário dos Fundos de Pensão)
Previ
participa de oferta do Magazine Luiza
A Previ, fundo de pensão
dos funcionários do Banco do Brasil (BB), informou ontem em comunicado
participação na oferta pública de ações
do Magazine Luiza. De acordo com o fundo, o investimento foi de R$ 60 milhões
na aquisição de 3.750.000 ações, equivalentes
a 1,8% do capital da empresa.
Ainda segundo o fundo de
pensão, do total de investimentos alocados, R$ 50 milhões
terão seus ganhos destinados ao plano de benefícios número
um, que representa todos os profissionais que aderiram ao plano de previdência
complementar antes de 97; e R$ 10 milhões terão os rendimentos
direcionados para o Plano Previ Futuro, que representa os profissionais
que aderiram ao plano a partir de 1998. Cerca de 99% do patrimônio
total da Previ, de R$ 152 bilhões (valores fechados até 2010)
são referentes ao Plano 1. (DCI)
Previ:
Sauípe tem lucro de R$ 5 milhões no 1º trim
Após lançar
o processo de reestruturação do complexo e reposicionamento
da marca em 2010, o resort Costa do Sauípe registrou lucro líquido
de R$ 5,12 milhões nos três primeiros meses de 2011. O resultado
supera em muito o prejuízo de R$ 74 mil no mesmo período
do ano passado, antes das sinergias operacionais que apresentaram ganhos
em eficiência dos cinco hotéis e seis pousadas, desde janeiro
deste ano sob a bandeira Sauípe S.A.
Além das sinergias
operacionais conquistadas com a unificação da administração
do complexo, o resultado positivo também pode ser creditado à
acentuada elevação da taxa de ocupação do resort
em janeiro, fevereiro e março deste ano. Enquanto nos três
primeiros meses de 2010 a taxa média de ocupação foi
de 53%, no mesmo período de 2011 foi de 70%, chegando a superar
a casa dos 90% durante 20 dias. Foi o melhor resultado consolidado em um
primeiro trimestre dos 11 anos de existência da Costa do Sauípe.
Estes números consolidam o crescimento observado já em 2010,
quando a taxa de ocupação do ano foi superior em 22% a do
ano anterior e em 41% no segundo semestre comparado ao mesmo período
de 2009.
"Acreditamos no potencial
e na capacidade da Costa do Sauípe em gerar bons resultados. O primeiro
trimestre deste ano mostra a importância de focarmos em uma administração
profissional e voltada para resultados" enfatizou o presidente da PREVI,
Ricardo Flores.
Houve ainda uma ligeira
redução na diária média do 1º trimestre
em relação ao mesmo período de 2010, de R$ 464,00
para R$ 434,00, o que não prejudicou o resultado em função
da alta taxa de ocupação e das reduções de
custos operacionais. Em abril, a expectativa é de que a meta orçamentária
seja alcançada, o que contribuirá ainda mais para um bom
resultado no fim do 1º semestre de 2011. (Previ/AssPreviSite)
Ceres:
Fundos de Pensão na visão do Participante
Está disponível
no site da Ceres a pesquisa 'Fundos de Pensão na Visão do
Participante', realizada pela Abrapp, em parceria com a consultoria Towers
Watson. O principal objetivo é conhecer o que os participantes e
assistidos pensam, em geral, sobre a atuação das suas entidades,
além de suas percepções sobre o tema ‘Previdência
Complementar’. A pesquisa, que tem apenas 15 perguntas, abrange as entidades
fechadas de previdência complementar e deve ser respondida até
o dia 31 de maio de 2011. (Ceres/AssPreviSite)
Real
Grandeza: Pesquisa da Abrapp
Por solicitação
da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp), a Real Grandeza encaminhou aos seus filiados, no
dia 2 de maio, um link para acesso ao questionário de pesquisa promovida
pela Abrapp no segmento dos fundos de pensão em parceria com a consultoria
Towers Watson. O objetivo do levantamento é conhecer o que pensam
os participantes e assistidos sobre a atuação das entidades
a que estão vinculados e a percepção que têm
a respeito do tema “Previdência Complementar”. A confidencialidade
das respostas e o anonimato de seus autores serão preservados. O
objetivo é colher subsídios para a melhoria dos serviços
prestados pelas entidades do setor. O questionário deve ser respondido
uma única vez. Desde já agradecemos a observância desta
regra e a colaboração de todos. (Real Grandeza/AssPreviSite)
Fundação
CEEE: Diálogo Institucional
A Fundação
CEEE promove a terceira edição do Diálogo Institucional,
com o tema “Relacionamento - Qual o papel do participante no fundo
de pensão?”
No evento a Fundação
fará a prestação de contas 2010 para seus mais
variados públicos, além de trazer especialistas para falar
sobre como o participante pode lidar
com as informações que recebe de
sua entidade de previdência complementar.
O debate tará Luciano
Pires, Jornalista, Escritor, Cartunista, Conferencista e Diretor de Comunicação
Corporativa da Dana Albarus e Edevaldo Fernandes da Silva, Economista especializado
em Banking pela Universidade Mackenzie, Mestrando em Ciências Contábeis
pela UniFecap e Diretor de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos
da Previc. O evento será no dia 25 de maio, às 13h30min,
no Auditório da AMRIGS em Porto Alegre. As inscrições
são gratuitas e limitadas. Garanta já a sua vaga: www.fundacaoceee.com.br/dialogo_3
(Fundação CEEE/AssPreviSite)
Banesprev:
Conselheiro Fiscal obtém certificação
O Conselheiro Fiscal do
Banesprev – Fundo Banespa de Seguridade Social, Claudanir Reggiani obteve
a certificação por experiência do ICSS - Instituto
de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social.
O programa de certificação
do ICSS é reconhecido pela Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC), que estabelece claros parâmetros para a outorga
- cabe à entidade certificadora, assegurar-se da veracidade das
informações constantes no currículo do candidato,
assim como a verificação da efetiva experiência do
profissional em funções que guardem estreita relação
com as atividades desempenhadas no exercício da função.
Graduado em Ciências
Econômicas, é membro do Conselho Fiscal da Entidade desde
14.01.2010 e foi membro do Comitê Gestor do Plano V no período
de 18.02.2009 até 13.01.2010. Funcionário do Banespa por
31 anos onde ocupou diversas funções, entre elas as de gerente
de operações, gerente administrativo e auditor. Atualmente
é membro do Conselho Fiscal da Cabesp, do Conselho Deliberativo
da AFABESP e é Presidente da AFABAN de Curitiba. Enfim, uma vida
de grandes serviços prestados ao banco e seus funcionários.
Parabéns ao Sr. Reggiani por mais essa grande conquista! Banesprev/AssPreviSite)
Fundos:
Brasil Foods declara independência
A BRF-Brasil Foods elegeu
seu novo conselho de administração. Dos dez integrantes,
seis são definidos como independentes, apesar de três deles
terem ligação histórica com as duas empresas que originaram
a BRF: Nildemar Secches, que por 14 anos esteve à frente da Perdigão,
Luiz Fernando Furlan, neto do fundador da Sadia e que encabeçou
o conselho por 11 anos, e Walter Fontana Filho, também da família
que criou a Sadia.
"Seria bom perguntar para
a empresa qual a definição de conselheiro dependente", disse
um gestor, em comentário que reflete a estranheza do mercado com
a classificação dos conselheiros.
O diretor de participações
da Previ, fundação dos funcionários do Banco do Brasil,
Marco Geovanne Tobias da Silva, afirma que o novo conselho, com Secches
na presidência, é um dos sinais de que o processo de integração
das empresas está em conclusão.
"Esqueça Sadia e
Perdigão, a BRF é uma outra companhia", diz Silva, ressaltando
que Secches, Furlan e Fontana nunca exerceram cargos administrativos na
BRF. Eles também não têm participação
acionária relevante na empresa - juntos não atingem 2%. A
BRF tem hoje capital pulverizado e a Previ é a maior acionista individual,
com 12,67%, segundo a última informação disponível,
de 10 de março. Além dela, outro fundo de pensão,
Petros, dos funcionários da Petrobras, tem destaque, com 10,04%.
A nova acionista relevante,
com 7% dos papéis, é a gestora de recursos Tarpon, conhecida
no mercado pelo seu perfil "ativista", que compra participações
em empresas com o objetivo de acompanhar de perto seu dia a dia. A gestora
intensificou aquisições de ações na bolsa ano
passado e se uniu a outros fundos para alcançar participação
suficiente para eleger duas cadeiras no conselho da BRF. Será representada
por dois sócios fundadores, José Carlos Reis de Magalhães
e Pedro de Andrade Faria.
Geovanne, da Previ, acrescenta
ainda que quando a BRF nasceu, foi estabelecido que Secches e Furlan ficariam
como co-presidentes do conselho e o número de vagas subiria de 9
para 11. Mas essa estrutura se manteria apenas até a assembleia
ordinária deste ano. O conselho deveria voltar a ter nove membros,
mas acabou sendo composto por dez.
O executivo também
destaca que a recomendação do Novo Mercado são dois
independentes e a BRF tem seis. O sexto integrante é Décio
da Silva, que estava no conselho anterior, já foi presidente da
WEG, antiga acionista da Perdigão, e hoje está no conselho
de administração da companhia.
Havia uma expectativa no
mercado de que a Tarpon poderia impor sua presença na empresa no
momento da assembleia. No entanto, a chapa foi negociada e já constava
da proposta para a reunião. O Valor apurou que gestora queria duas
cadeiras em um conselho com nove vagas e não dez como ficou estabelecido,
para poder ter maior poder de influência frente a posição
majoritária dos fundos de pensão - também possuem
ações da BRF Sistel (1,51%) e Valia (2,96%).
Geovanne, da Previ, explica
que Secches indicou Furlan para permanecer no conselho por conta da experiência
e do conhecimento que o ex-ministro tem sobre o setor. "O pensamento é
no que pode ser feito de melhor para a empresa", diz. "Estamos em um momento
ímpar em que a companhia, por conta do momento de mercado e da globalização,
tem grande potencial para se internacionalizar."
Essa avaliação
também une os pensamentos dos fundos de pensão e da Tarpon,
segundo ele. "Todos comungamos da mesma ideia de levar a companhia a outros
patamares."
Geovanne diz que o clima
na empresa, com a chegada dos conselheiros da Tarpon, é positivo.
O executivo lembra que hoje a maior posição da gestora de
recursos é em BRF. "Eles, como nós, têm a mesma visão
de longo prazo, não existem divergências."
Embora a assembleia sinalize
a unificação do comando em uma nova empresa, para que as
companhias possam, de fato unir suas operações, falta o veredicto
do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), esperado para
o fim do primeiro semestre. A Previ não faz previsões sobre
a decisão. "Apesar de podermos ter de fazer ajustes na operação,
a empresa não poderia ficar paralisada. O mercado está em
fase de expansão e não podemos perder esse momento", diz.
Procurada pelo Valor, a
BRF informou que a "eleição de conselheiros é assunto
- e prerrogativa - dos acionistas. A empresa nada tem a comentar sobre
a questão". Tarpon, Petros e Furlan não responderam a pedidos
de entrevista. Após deixar a empresa em 2005, para ser ministro,
Furlan voltou à Sadia na crise financeira, em 2008, quando a empresa
teve problemas com derivativos. Naquele momento, Fontana, que havia substituído
Furlan, deixou a companhia.
Além dos independentes,
completam o conselho Paulo Assunção de Souza, na vice-presidência,
que tem experiência em diversos conselhos, como Usiminas, Luis Carlos
Fernandes Afonso, da Petros, Manoel Cordeiro Silva Filho, ex-Valia, e Allan
Simões Toledo, ex- Banco do Brasil. (Ana Paula Ragazzi - Valor
Online)
Fundos:
Harmonizar interesses é a missão de conselheiro 'de fora'
A BM&FBovespa e o Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) possuem diretrizes para
conselheiros independentes. Basicamente, eles não podem ter vínculos
com os controladores e com a empresa, exceto uma eventual participação
societária.
"O independente deve harmonizar
os anseios de todos os acionistas. A intenção é visar
a valorização da empresa, o que equivale a dizer que interesses
que privilegiem um único acionista deverão ser monitorados
pelos independentes", afirma Ricardo José de Almeida, professor
do Insper.
"Isso dará maior
confiança a todos os minoritários e, em tese, aumentará
a previsibilidade por parte dos que não tem representantes no conselho
do retorno de seus investimentos", diz.
Almeida observa que no caso
de Nildemar Secches, Luiz Fernando Furlan e Walter Fontana Filho, que têm
passagens marcantes na Perdigão e na Sadia, que originaram a BRF,
o questionamento possível é sobre a relação
já estabelecida com os acionistas controladores da empresa. A pergunta
é se suas decisões podem carregar um conteúdo de histórico
de interesses conflitantes. "É possível dizer eles não
são os independentes ideais", diz.
Eliane Lustosa, coordenadora-geral
do Capítulo Rio, braço regional do IBGC, explica que as discussões
sobre as características e principalmente a forma de escolha dos
conselheiros independentes estão atualmente no foco de debates da
instituição.
"O tema é muito relevante
porque envolve a escolha de uma pessoa de fora da companhia e que tem a
missão de alinhar os interesses", afirma Eliane. O IBGC não
comenta casos específicos, portanto Eliane não opinou sobre
as escolhas feitas pela BRF.
Embora haja diretrizes para
o perfil e a escolha desse conselheiro, ela acha que muitas questões
podem ser avaliadas especificamente. Um presidente de conselho, por exemplo,
pode passar a independente no mandato seguinte se tiver sido eleito como
independente para comandar o órgão. Para aqueles que já
foram funcionários da companhia, a sugestão é que
haja um período de "quarentena" de três anos.
"O afastamento pode dar
ao conselheiro a capacidade de questionar o comando da empresa sem se constranger",
diz. "É função monitorar a administração,
e ele tem de se sentir confortável para isso". Para Eliane, como
regra geral, se a pessoa é ligada ao controlador, ou funcionário,
é difícil ser totalmente independente. (Ana Paula Ragazzi
- Valor Online)
RS
vai mudar previdência de servidor
O governador do Rio Grande
do Sul, Tarso Genro (PT), apresenta hoje para o Conselho Estadual de Desenvolvimento
Econômico Estadual (Cedes), criado nos moldes do "Conselhão"
do governo federal, proposta de reforma da previdência dos servidores
públicos do Estado. O projeto, que até o fim do mês
será enviado à Assembleia Legislativa, prevê um aumento
dos atuais 11% para 16,5% na alíquota de contribuição
sobre a parcela dos salários dos servidores atuais que ultrapassa
o teto do regime geral da previdência, de R$ 3.689 por mês.
O Estado contribui com 22%.
Segundo o chefe da Casa
Civil, Carlos Pestana, para os servidores que forem contratados após
a aprovação da lei o projeto prevê a criação
de um fundo de capitalização público, com contribuição
de 11% do Estado e 11% dos funcionários. A estimativa de déficit
da previdência estadual do Rio Grande do Sul chega a R$ 5 bilhões
em 2011 e com as alterações o governo espera obter uma receita
extra de R$ 250 milhões por ano.
As mudanças farão
parte do pacote de aumento de arrecadação e de redução
de gastos para enfrentar o déficit orçamentário estimado
entre R$ 500 milhões e R$ 750 milhões em 2011. As demais
medidas também serão apresentadas ao Cedes antes do encaminhamento
ao Legislativo e incluirão ainda a introdução da inspeção
de veículos fabricados a partir de 1997, com taxa anual entre R$
60 e R$ 70. O trabalho será executado pelo Estado e pelas prefeituras
e o governo espera arrecadar pouco mais de R$ 30 milhões com a nova
regra, que pretende conferir principalmente os níveis de emissões
de poluentes. Veículos com até dois anos de fabricação
serão isentos da inspeção. (Sérgio Bueno
- Valor Online)
INSS:
Falta de recursos para aposentados
Aposentados correm o risco
de não receber R$ 1,5 bilhão
Valor é devido a
mais de 130 mil beneficiários de uma decisão do STF; INSS
alega que não dispõe de recursos
Com o corte de R$ 50 bilhões
do Orçamento deste ano, o governo federal alega não ter dinheiro
para pagar imediatamente R$ 1,5 bilhão a mais a 130 mil beneficiários
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que se aposentaram entre
1991 e 2003.
Os benefícios desses
aposentados foram calculados com um teto da Previdência Social inferior
e, por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o pagamento da
diferença.
O Ministério Público
Federal de São Paulo e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro
ameaçam entrar com ação civil pública para
garantir rapidez no pagamento. Segundo a assessoria de imprensa do INSS,
o governo ainda estuda os critérios para pagar essa dívida
com os aposentados, mas no momento há "indisponibilidade de recursos".
Em setembro do ano passado,
o STF determinou que o INSS fizesse o pagamento retroativo a um beneficiário
que pedia a correção de aposentadoria de acordo com o novo
teto fixado pela Emenda Constitucional 20, de 1998. Com a mudança,
o teto de R$ 1.081,50 subiu para R$ 1.200. O benefício foi garantido
também às pessoas que se aposentaram antes de 1998 e em 2003.
O acórdão
da decisão do STF foi publicado no Diário Oficial da União
de 15 de fevereiro deste ano. Quase três meses se passaram e o pagamento
não foi efetuado. Diante dessa situação, o Ministério
Público Federal de São Paulo e a Defensoria Pública
do Rio de Janeiro enviaram ofício ao INSS questionando a demora.
(Edna Simão - O Estado de S. Paulo)
INSS
deve dar calote de R$ 1,5 bilhão
Com o corte de R$ 50 bilhões
do orçamento deste ano, o governo federal alega não ter dinheiro
para pagar imediatamente R$ 1,5 bilhão a mais de 130 mil beneficiários
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que se aposentaram entre
1991 e 2003. Os benefícios desses aposentados foram calculados com
um teto da previdência social inferior ao que deveria e, portanto,
o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o pagamento da diferença.
O Ministério Público
Federal de São Paulo e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro
ameaçam entrar com Ação Civil Pública para
garantir rapidez no pagamento. Segundo a assessoria de imprensa do INSS,
o governo ainda estuda os critérios para pagamento dessa dívida
com o aposentado, mas no momento há "indisponibilidade de recursos".
Em setembro do ano passado,
o STF determinou que o INSS fizesse o pagamento retroativo a um beneficiário
que pedia que sua aposentadoria fosse corrigida de acordo com o novo teto
fixado pela Emenda Constitucional 20 de 1998. Com a mudança, o teto
de R$ 1.081,50 subiu para R$ 1.200. (O Tempo)
Aposentados:
INSS diz que não tem verba
Cerca de 130 mil segurados
que se aposentaram de 1988 a 2003 têm direito à revisão
Com o corte de R$ 50 bilhões
do Orçamento deste ano, o Governo Federal alega não ter dinheiro
para pagar imediatamente R$ 1,5 bilhão a mais de 130 mil beneficiários
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que se aposentaram entre
1991 e 2003. Os benefícios desses aposentados foram calculados com
um teto da previdência social inferior ao que deveria e, portanto,
o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o pagamento da diferença.
O Ministério Público
Federal de São Paulo e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro
ameaçam entrar com Ação Civil Pública para
garantir rapidez no pagamento. Segundo a assessoria de imprensa do INSS,
o governo ainda estuda os critérios para pagamento dessa dívida
com o aposentado, mas no momento há "indisponibilidade de recursos".
Em setembro do ano passado,
o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o INSS fizesse o pagamento
retroativo a um beneficiário que pedia que sua aposentadoria fosse
corrigida de acordo com o novo teto fixado pela Emenda Constitucional 20
de 1998. Com a mudança, o teto de R$ 1.081,50 subiu para R$ 1.200.
O benefício foi garantido também para as pessoas que se aposentaram
antes de 1998 e em 2003.
ESTUDOS
O acórdão
da decisão do STF foi publicado no Diário Oficial da União
(DOU) no dia 15 de fevereiro deste ano. Quase três meses se passaram
e o pagamento não foi efetuado. Diante dessa situação,
o MPF-SP e a Defensoria Pública do RJ enviaram ofício para
o INSS questionando a demora.
Terça-feira, o INSS
enviou uma resposta ao Ministério Público, informando que
está fazendo estudos para viabilizar o pagamento da diferença
do teto para 131.161 beneficiários.Mas que no momento enfrenta restrições
orçamentárias.
Segundo a assessoria do
MPF-SP, os argumentos serão analisados, mas a possibilidade de entrar
com uma Ação Civil Pública não está
descartada. Já a Defensoria do Rio Janeiro ainda aguarda um posicionamento
do INSS para se pronunciar.
Na avaliação
do governo, apesar da decisão do STF tratar de um caso específico,
será feito o pagamento para todos os "prejudicados" pela mudança
de teto previdenciário com as reformas da previdência social
de 1998 e 2003.
O objetivo é evitar
uma avalanche de ações judiciais reivindicando a diferença,
que segundo o STF é devida pelo governo. Pela decisão do
STF, devem ser aplicados imediatamente os novos tetos de 1998 e de 2003
aos "benefícios previdenciários limitados ao teto do regime
geral da Previdência estabelecidos antes da vigência dessas
normas".
Há cerca de duas
semanas, o INSS se reuniu com representantes do Ministério do Planejamento
e da Advocacia-Geral da União (AGU) para encontrar uma solução
para o assunto. Inicialmente, havia no orçamento de 2011 uma reserva
de R$ 1,5 bilhão para pagamento dessa pendência judicial.
Neste ano, no entanto, esse recurso foi bloqueado devido ao corte de R$
50 bilhões no orçamento público para ajustar as contas
e mostrar que o governo federal está comprometido com a meta de
superávit primário (economia feita para pagar juros).
A decisão do STF
só garante a correção ao titular da ação
julgada pelo Supremo. Sendo assim, todos os que entrarem na Justiça
terão o direito reconhecido. Porém, para evitar uma corrida
aos tribunais, a Procuradoria Especializada do INSS já pediu à
Advocacia-Geral da União (AGU) a edição de súmula
administrativa vinculante para poder celebrar acordos e reconhecer os direitos
administrativo e judicial. (Jornal de Brasília)
Aposentados:
Reajuste pendente de decisão
Reajuste de 39% para aposentados
aguarda decisão de Dilma
Representantes de aposentados
e pensionistas querem encontro com a presidente Dilma Rousseff para debater
suas reivindicações. Entre elas, o pagamento de revisão
e atrasados para quem se aposentou entre 1988 e 2003 e contribuíam
pelo teto, prejudicados por reformas da Previdência de 1998 e 2003
(emendas 20 e 41). Lideranças dos segurados querem que a presidente
possa intervir e decidir que seja dada a indenização a 131
mil e correção de até 39,35% com atrasados para 600
mil.
O secretário-geral
da Presidência, Gilberto Carvalho, vai receber nesta quinta-feira
as centrais sindicais para começar a negociação sobre
o fim do fator previdenciário. Na reunião, a questão
de teto será colocada pelo presidente do Sindicato Nacional dos
Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, João Batista
Inocentini.
"Vou pedir explicações
e solicitar audiência com quem manda (a presidenta). Acho que, se
soubesse com detalhes do que estamos tratando, ela poderia determinar o
cumprimento administrativo da decisão do Supremo. Nossa experiência
mostra isso. O problema é que ainda não tivemos reunião
com ela. Quando nos reuníamos com o ex-presidente (Luiz Inácio
Lula da Silva), ele mandava fazer o que tinha de ser feito", afirmou o
sindicalista. (SRZD)
Aposentados
recorrem a Dilma na ação contra INSS
Instituto já admitiu
intenção de pagar revisão de até 39,35%. Falta
governo liberar dinheiro
Representações
de aposentados e pensionistas querem ter encontro com a presidenta Dilma
Rousseff para discutir suas reivindicações. Entre os pedidos
que farão, está o pagamento de revisão e atrasados
àqueles que se aposentaram entre 1988 e 2003 e contribuíam
pelo teto, prejudicados pelas reformas da Previdência de 1998 e 2003
(emendas 20 e 41). Lideranças dos segurados esperam que a presidenta
possa intervir e determinar indenização a 131 mil e correção
de até 39,35% com atrasados para 600 mil.
O secretário-geral
da Presidência, Gilberto Carvalho, vai receber hoje as centrais sindicais
para iniciar a negociação sobre o fim do fator previdenciário.
Na ocasião, a questão do teto será levantada pelo
presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força
Sindical, João Batista Inocentini.
“Vou pedir explicações
e solicitar audiência com quem manda (a presidenta). Acho que, se
soubesse com detalhes do que estamos tratando, ela poderia determinar o
cumprimento administrativo da decisão do Supremo. Nossa experiência
mostra isso. O problema é que ainda não tivemos reunião
com ela. Quando nos reuníamos com o ex-presidente (Luiz Inácio
Lula da Silva), ele mandava fazer o que tinha de ser feito”, afirmou o
sindicalista.
“Ele diria: ‘Mantega, vamos
pagar logo”. Mas a Dilma não nos ouviu ainda. Só ouve quem
diz que não tem dinheiro. O desgaste político é tão
grande por tão pouco. Estamos falando de R$ 1,7 bilhão”,
completou Inocentini.
Reunião para definir
ação
Presidente da Confederação
Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins Gonçales
afirma que já enviou 25 pedidos de audiência com a presidenta
Dilma Rousseff. “Nós queremos falar com a presidenta. Temos muitos
assuntos e vamos abordar essa questão das ações”,
disse Warley.
O INSS já encaminhou
resposta ao Ministério Público de São Paulo (MPF-SP),
que hoje se reúne com o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas
da Força. A ideia é fechar posição sobre a
ação civil pública contra o instituto.
O defensor público
federal André Ordacgy, que também aguarda resposta do INSS
na Defensoria Pública da União (DPU), afirmou que a disposição
indicada no conteúdo da carta encaminhada ao MPF-SP é positiva.
“Ainda não chegou aqui, mas demonstra boa vontade. No entanto, não
podemos afrouxar”, observou o defensor.
Fim do fator será
debatido com centrais
A reunião oficial
de hoje entre o principal articulador do governo, Gilberto Carvalho, e
as centrais debaterá o fim do fator previdenciário. As lideranças
vão aproveitar a abertura da negociação para discutir
outros temas.
“A proposta do critério
da soma mínima entre anos de contribuição e idade
(fórmula 85/95) será reapresentada. Temos outras questões
, como a cooperativa de crédito, o canal de televisão do
aposentado e a criação do Conselho da Seguridade Social”,
citou João Batista Inocentini.
“Sobre as ações
do teto, vou seguir a posição fechada na reunião com
o MPF-SP, mas aviso que, para os nossos aposentados, ainda há a
saída judicial. A solução seria a Previdência
pagar administrativamente. Mas tenho 5 mil ações na Justiça
e 900 para entrar”, ponderou.
Warley Martins, da Cobap,
que também participa do encontro, adiantou que o acordo será
difícil. “Não apoiamos a fórmula 85/95. Por ela, muita
gente vai trabalhar mais, embora se diga o contrário. Um trabalhador
da Construção Civil não aguenta ir até os 60
anos”, disse. (LUCIENE BRAGA - O Dia Online)
Novas
perícias para 580 mil
INSS vai convocar para avaliação,
por meio de carta, quem ganhou benefício por incapacidade na Justiça
O INSS vai convocar, por
meio de carta, 580 mil segurados que recebem benefícios por incapacidade,
como auxílío-doença e aposentadoria por invalidez,
graças a decisões judiciais. O objetivo é submeter
esses segurados a uma nova perícia médica para saber se eles
não têm condições de voltar ao trabalho, o que
acabaria com a necessidade de pagar esses benefícios.
De acordo com o presidente
do INSS, Mauro Hauschild, as cartas deverão ser enviadas aos segurados
ainda este mês, ou, no máximo, no início de junho.
Do total de 580 mil segurados que terão a concessão de seus
benefícios reavaliados, cerca de 300 mil recebem o auxílio-doença.
O INSS não informou o número por estado ou quando as novas
perícias serão realizadas.
Reunião adiada
A reunião de representantes
da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas
(Cobap) com técnicos do Ministério da Previdência Social,
que aconteceria ontem, foi adiada para amanhã. No encontro, a Cobap
e outras centrais sindicais vão debater o fim do fator previdenciário
(índice que reduz o benefício de quem se aposenta mais cedo),
uma política de recuperação das aposentadorias e a
melhoria nas condições de vida dos idosos.
Saem hoje os pagamentos
de benefícios para os segurados que ganham mais de um salário
mínimo e possuem cartão com final 3 ou 8, além dos
que ganham até um piso nacional e têm cartão com final
8. Para saber o número do cartão, é preciso considerar
o último algarismo antes do dígito. A folha de pagamento
de abril do INSS vai depositar, até a próxima sexta-feira,
dia 6 de maio, 28,3 milhões de benefícios. O valor total
é de R$ 20,8 bilhões. Os aposentados e pensionistas podem
tirar dúvidas sobre o pagamento por meio da Central 135. (Extra
Online)
INSS
nomeia aprovados no concurso de perito médico
Nomeados têm até
30 dias para tomar posse
O Diário Oficial
da União de trouxe publicado na página 36, da Seção
2, a nomeação de 239 Peritos Médicos Previdenciários
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovados no concurso realizado
em 2010. A distribuição das vagas por estado pode ser conferida
clicando aqui. Os nomeados têm até 30 dias para tomar posse.
Em 2010, quando o concurso
foi realizado, 500 médicos peritos foram convocados para reforçar
o atendimento nas Agências da Previdência Social (APS). No
entanto, o Ministério do Planejamento autorizou a nomeação
de mais 250 candidatos aprovados no certame.
Os novos peritos reforçam
o atendimento nas Agências da Previdência Social (APS), substituindo
os profissionais que se aposentaram. Os peritos contratados também
irão trabalhar nas novas unidades previstas no Plano de Expansão
da Rede de Atendimento (PEX).
Concurso – O concurso público
foi realizado em março de 2010 para 500 peritos médicos previdenciários,
sendo que 5% do total de vagas foram reservadas para pessoas com deficiência.
O certame, que foi homologado em maio do ano passado, vence na próxima
sexta-feira (6).
O vencimento inicial é
de R$ 4.149,89, porém, com a gratificação de desempenho,
pode chegar a R$ 8.013,89 para jornada de 40 horas semanais, acrescido
de auxílio alimentação e transporte. (Daniel
Dutra - AgPrev)
Ministério:
Protocolo de cooperação técnica com o TST
Objetivo é implementar
programas e ações nacionais voltadas à prevenção
de acidentes de trabalho
O Ministério da Previdência
Social assinou na terça-feira, junto com o Ministério do
Trabalho e Emprego, Ministério da Saúde, Advocacia Geral
da União e o Tribunal Superior do Trabalho protocolo de cooperação
técnica para a redução dos índices de acidentalidade
no país por meio de ações preventivas.
O documento tem como objetivo
implementar programas e ações nacionais voltadas à
prevenção de acidentes de trabalho e ao fortalecimento da
Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.
O acordo foi assinado no
auditório do TST e contou com a presença dos ministros da
Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, do Trabalho e Emprego,
Carlos Lupi, do presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen,
e do advogado geral da União, ministro Luis Inácio de Lucena.
O documento tem como objetivo
implementar programas e ações nacionais voltadas à
prevenção de acidentes de trabalho e ao fortalecimento da
Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.
(Natália Oliveira - AgPrev)
Indenização
a aposentado
A Ulfer Indústria
e Comércio de Produtos Eletrodomésticos e o Banco Bradesco
Financiamento terão de pagar indenização por danos
morais de R$ 10 mil a um idoso de Capetinga, no Sul de Minas. Analfabeto,
ele foi coagido a adquirir um produto que não desejava e que resultou
em três empréstimos consignados dos quais ele sequer tomou
conhecimento, com descontos em sua aposentadoria. A decisão é
da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais (TJ-MG). Em outubro de 2007, o idoso recebeu a visita de três
funcionários da Ulfer que lhe ofereceram um purificador de água
e insistiram na compra. O aposentado afirma que desde o princípio
deixou claro que não tinha interesse, mas os vendedores sugeriram
que ele ficasse com o produto em caráter de experiência, por
seis meses. No mês seguinte, ao receber o benefício previdenciário,
descobriu que quantias relativas a três empréstimos consignados
estavam sendo debitadas de sua aposentadoria. O total financiado era de
R$ 1,7 mil. Ele entrou na Justiça em dezembro de 2008, pedindo a
declaração de nulidade do contrato, a restituição
em dobro dos valores descontados e indenização por danos
morais. (Valor Online)
Estelionato
contra INSS
Prescrição
começa com pagamento de último benefício
Para a 1ª Turma do
Supremo Tribunal Federal, o prazo prescricional do crime de estelionato
contra a Previdência Social começa a correr a partir do pagamento
da última parcela do benefício previdenciário. A decisão
unânime ocorreu no julgamento do Habeas Corpus impetrado por uma
mulher que pedia a extinção da punibilidade pela prescrição
da pretensão punitiva do Estado.
A mulher sustentava, que,
ao contrário do que tinha sido decidido pelo Superior Tribunal de
Justiça, o prazo prescricional do delito deve ser contado a partir
da data do pagamento da primeira parcela.
Os ministros da Turma acompanharam
o voto do relator, ministro Dias Toffoli, que negou o Habeas Corpus e cassou
a liminar concedida anteriormente. Com informações da Assessoria
de Imprensa do Supremo Tribunal Federal.
HC 98.194 (Consultor
Jurídico)
Mínimo
deveria ter sido de R$ 2.255,84 em abril
Segundo o Dieese, valor
seria o necessário para o trabalhador suprir suas necessidades básicas
e da família
O salário mínimo
do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.255,84 em abril
para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família,
conforme estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi
feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta
Básica do mês passado, realizada pela instituição
em 17 capitais do Brasil.
Com base no maior valor
apurado para a cesta no período, de R$ 268,52, em São Paulo,
e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece
que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as
despesas familiares com alimentação, moradia, saúde,
transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e
previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido
4,14 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 545.
O valor é maior do
que o apurado para março, quando o mínimo necessário
foi estimado em R$ 2.247,94 (4,12 vezes o piso em vigor). Em abril de 2010,
o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.257,52, ou 4,42 vezes
o mínimo então em vigor, de R$ 510.
A instituição
também informou que o tempo médio de trabalho necessário
para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir,
em abril de 2011, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação
com o mês anterior e com o mesmo período do ano passado. Na
média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o
trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma
jornada de 94 horas e 41 minutos para realizar a mesma compra que, em março,
exigia a realização de 96 horas e 13 minutos. Em abril de
2010, a mesma compra necessitava o cumprimento de 98 horas e 44 minutos.
(Flavio Leonel - Agência Estado)
Governo
tentará segurar reajustes salariais
Para evitar mais pressão
sobre a inflação, equipe econômica pedirá negociação
de aumentos menores
O governo do PT, cujo berço
é a luta sindical, vai defender que os trabalhadores sejam mais
comedidos na hora de negociar reajustes salariais nos próximos meses.
Preocupada com a inércia da inflação - quando os agentes
econômicos se acostumam a um patamar de reajustes e fazem dele a
base para seus aumentos -, a equipe econômica decidiu afinar o discurso
e partir para o corpo a corpo não só com os empregados, mas
também com os patrões. O objetivo é reverter expectativas
ruins e fazer do centro da meta de 4,5% em 2012, com o qual o Executivo
está comprometido, o farol da fixação de preços
e salários.
A inflação
hoje, medida pelo IPCA, está acumulada em 12 meses muito acima deste
alvo central. Pode inclusive chegar a 7%, acima do teto de 6,5% da meta,
nos próximos meses. Isso significa que o poder de compra dos trabalhadores
está sendo corroído nesta proporção. Desta
forma, a tendência é que as categorias tentem recuperar no
mínimo este percentual nas suas datas-base.
A intenção
do governo é convencê-las de que este patamar elevado de reajustes
de preços está chegando ao fim e que a inflação,
a partir do quarto trimestre, entrará em trajetória de queda
consistente, para ficar ainda no primeiro semestre de 2012 perto dos 4,5%
da meta. É esta a perspectiva, diz o governo, que deve orientar
as negociações salariais.
Até setembro, importantes
e mobilizadas categorias - como bancários, metalúrgicos e
petroleiros - abrirão negociações para reajuste salarial.
Nos últimos anos, surfando no aquecimento da economia, elas têm
conseguido não só repor a inflação, mas obter
ganhos reais expressivos. Foi diante desse cenário que a luz amarela
acendeu na equipe econômica e decidiu-se pela adoção
de um discurso cauteloso, até então inimaginável em
uma administração do PT.
Esta linha de raciocínio
foi exposta publicamente pela primeira vez na terça-feira pelo presidente
do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Segundo ele, se as negociações
salariais não levarem em consideração que a inflação
vai convergir para o centro da meta, poderá ser afetada a competitividade
das empresas.
A mesma abordagem já
começou a ser usada com os empresários. Ontem mesmo o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, pediu à indústria que evite repassar
o aumento corrente de custos - como matéria-prima e mão de
obra - aos preços. A mensagem, passada em reunião do Grupo
de Avanço da Competitividade (GAC), é que o trabalho de evitar
a indexação deve incluir governo e setor privado.
CUT apoia e Força
Sindical é contra pedido de reajuste menor
Apesar de incomum, o apelo
do governo não é totalmente rejeitado pelos representantes
dos empregados. O presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Artur Henrique, não descartou buscar reajustes salariais
mais comedidos.
- Ainda não pensei
nesse assunto. Mas poderia fazer esse esforço nas negociações
salariais - afirmou o presidente da CUT, central historicamente ligada
ao PT.
Já o presidente da
Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP),
defende que os trabalhadores precisam, pelo menos, ter a inflação
reposta para não perder poder de compra. Diante do bom desempenho
da economia no último ano, ele adiantou que as principais categorias
vão lutar por um ganho real de 5%:
- Se eles (governo) não
foram capazes de segurar a inflação, os pobres não
podem pagar por isso.
Setores empresariais também
são reticentes, pois consideram que há um limite para segurar
os reajustes.
- O impacto dos custos da
construção civil pelo aumento de insumos de plástico
e petróleo virá no segundo semestre. São necessárias
medidas rápidas como a desoneração da folha, dos investimentos,
das exportações. Isso poderia ajudar a evitar os repasses
- afirmou o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes
de Materiais de Construção (Anamaco), Claudio Conz, após
a reunião do GAC.
Para o presidente da Associação
Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee),
Humberto Barbato, está difícil não repassar e ainda
sofrer a concorrência das importações:
- Existem aumentos que a
indústria não tem como suportar: energia, custo da folha
de pagamentos. Se nada for feito, vai haver um movimento de indexação.
(Patrícia Duarte, Vivian Oswald e Wagner Gomes - O Globo)
Empresas e
Economia
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Um complemento
informativo para os programas das EFPC
Bancos:
PIB será de 4,1% em 2011
A economia brasileira, expressa
em porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB), deverá crescer 4,1%
neste ano e encerrar 2012 com expansão de 4,2%, segundo mostram
as expectativas de 32 instituições bancárias consultadas
na “Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas
e Expectativas do Mercado” realizada pela Federação Brasileira
de Bancos (Febraban) de 28 de abril a 3 de maio.
De acordo com o economista-chefe
da Febraban, Rubens Sardenberg, o cenário previsto para este ano
é de um crescimento menor, se comparado com o ano passado, mas com
uma taxa maior de inflação.
A mediana das expectativas
dos 32 instituições bancárias em relação
ao IPCA no encerramento deste ano é de 6,3% e para o ano que vem,
de 5,1%.
O mesmo levantamento apurou
que, segundo os bancos, a taxa básica de juros, a Selic, deverá
encerrar este ano em 12,50% e em 12% no final 2012. Para o câmbio,
a pesquisa revela que as instituições bancárias trabalham
com o dólar terminando este ano cotado a R$ 1,62 e no ano que vem,
a R$ 1,69. (Francisco Carlos de Assis - Agência Estado)
Governo
muda rumo da política econômica
A presidente Dilma Rousseff
acredita que a inflação mensal, medida pelo IPCA, começa
a ceder em maio, mantendo-se em patamares baixos nos três meses seguintes.
Isso, na avaliação do governo, dará fôlego ao
Banco Central (BC) para melhorar as expectativas dos agentes econômicos,
que vêm se deteriorando desde o início do ano.
A presidente sabe, no entanto,
que apesar da queda do IPCA entre maio e agosto a inflação
acumulada em 12 meses poderá superar os 6,5%, o limite superior
do intervalo de tolerância do regime de metas. Em conversas reservadas,
Dilma tem dito que a inflação de 2011 não é
"culpa" deste governo. "O mercado vê Dilma como um governo de oito
anos [de Lula] e quatro meses. Para ela, seu governo tem quatro meses",
diz um assessor.
Dilma aproveitou a reunião
do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social),
na semana passada, para harmonizar o discurso do governo. Tanto ela quanto
os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Antônio Palocci (Casa Civil),
além do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, salientaram
em suas apresentações a preocupação prioritária
com a inflação.
O propósito foi mostrar
ao mercado que o governo está unido. Em seu discurso, Dilma reconheceu
que os preços subiram no Brasil por causa de "choques internos adversos
na produção de bens como alimentos in natura e etanol", além
das pressões internacionais. Insistiu em afirmar que a economia
crescerá de forma acelerada em 2011, mas fez isso apenas para não
adormecer o "espírito animal dos empresários".
Falando publicamente sobre
o tema pela primeira vez neste governo, Palocci fez questão de ressaltar
que o ataque à inflação é "sem dúvida
uma prioridade que não devemos abandonar". O ministro, seguindo
acerto feito com a presidente, não fala publicamente sobre política
econômica, a não ser quando autorizado, mas na convivência
diária com ela tem tratado do tema. A "nova" política, focada
mais na inflação e menos no câmbio, está mais
à sua feição.
No discurso feito no Conselhão,
Palocci chamou a atenção para a necessidade de o governo
desenvolver o mercado privado de títulos de longo prazo, uma forma
de reduzir a dependência das empresas do crédito subsidiado
do BNDES. Dois dias depois, a mesma preocupação constava
da ata da última reunião do Comitê de Política
Monetária do BC (Copom), o que também revelou afinidade entre
Palocci e Tombini.
O novo ambiente fez o BC
mudar sua estratégia. Agora, a autoridade monetária recorrerá
mais à taxa básica de juros (Selic) e menos a medidas macroprudenciais
para combater a inflação. Na prática, Tombini se sente
mais encorajado a perseguir a inflação com o instrumento
convencional de política monetária - os juros. Não
vai fazer isso de uma só vez, mas gradualmente, dado o elevado grau
de incerteza da economia mundial. O BC rendeu-se também ao fato
de que, depois de recorrer a medidas macroprudenciais, os bancos centrais
de vários países emergentes voltaram a elevar juros - entre
as duas últimas reuniões do Copom, 11 países emergentes
fizeram isso.
Definidas as correções
da política econômica, a presidente Dilma considera maio o
mês do verdadeiro início do seu governo. É neste mês
que ela pretende anunciar as iniciativas que, na sua acepção,
marcarão a gestão, diferenciando-a da do seu antecessor,
Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo começa, em maio, a
ter a cara da presidente", sustenta um assessor.
Na semana passada, Dilma
lançou a primeira de cinco iniciativas prioritárias do governo
- o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação
Profissional (Pronatec), voltado para a formação de mão
de obra. Ela pretende divulgar, também este mês, e por essa
razão vem cobrando pressa do ministro da Ciência e Tecnologia,
Aloízio Mercadante, o programa que concederá 75 mil bolsas
a brasileiros interessados em estudar Ciências Exatas no exterior.
Uma terceira iniciativa,
esta uma promessa da campanha presidencial, é lançar, se
possível em maio, o Programa de Erradicação da Pobreza.
Dilma faz seus ministros
e assessores correrem contra o relógio para enviar ao Congresso,
ainda este semestre, propostas de mudança no regime tributária.
Embora não ambicione fazer uma reforma ampla, a presidente quer,
com as novidades, dar agilidade à devolução de créditos
tributários, beneficiar micro e pequenas empresas, estimular as
exportações, combater a guerra fiscal e desonerar os investimentos
e a folha de pessoal, estimulando o aumento do emprego formal. "Há
cerca de R$ 15 bilhões em créditos tributários a serem
devolvidos às empresas. Isso é pior do que o câmbio
[apreciado]", diz um auxiliar de Dilma.
Além da reforma dos
tributos, a presidente vai lançar, também em maio, o fórum
de gestão e competitividade, um canal permanente de interlocução
com o setor privado para discutir a criação de mecanismos
que tornem a máquina pública mais ágil e eficiente
e menos onerosa. O principal interlocutor de Dilma nesse fórum será
o empresário Jorge Gerdau, criador e líder do Movimento Brasil
Eficiente. (Cristiano Romero - Valor Online)
Governo:
Câmbio para tentar baixar a inflação
Governo desiste de mudança
radical no câmbio e usa real forte contra a inflação
Autoridades que defendiam
medidas fortes para proteger a indústria, como Mantega, Pimentel
e Coutinho, agora aceitam a valorização do real
O governo decidiu utilizar
o câmbio como mais um instrumento de combate à inflação.
Depois de sucessivos meses de aplicação de medidas para conter
a valorização excessiva do real, os ministros da área
econômica, com o apoio da presidente Dilma Rousseff, entenderam que,
neste momento, não está na agenda intervenções
ousadas para conter a excessiva valorização do real.
A estratégia é
aproveitar a cotação do dólar baixo para importar
produtos que complementam o consumo interno com preços mais baixo
aos consumidores.
Mesmo os auxiliares de Dilma
mais preocupados com os efeitos do câmbio forte na indústria
- Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Luciano
Coutinho (BNDES) - concordaram que não é possível
mudar a tendência do câmbio este ano.
Trata-se de uma política
que não será oficializada e tampouco pode ser interpretada
como orientação para que o Banco Central deixe o câmbio
flutuar livremente. O BC, sempre que necessário, fará intervenções
para manter a taxa equilibrada.
Para um assessor, "não
há muito o que fazer" diante de um cenário em que o dólar
se mantém enfraquecido em relação às principais
moedas. "Não podemos ficar de medida em medida", disse. Por isso,
a necessidade de "dar um tempo" no debate sobre novas medidas para conter
a excessiva valorização do real e aproveitar o dólar
fraco para focar no combate à inflação.
Ontem, o dólar fechou
cotado a R$ 1,61, alta de 1,45%. No mês de abril, variou abaixo de
R$ 1,60, considerado no mercado o "piso informal" do governo.
O discurso dos ministros
já mudou. Na segunda-feira, Pimentel disse que o "câmbio vai
continuar no atual patamar este ano". No Senado, Mantega garantiu que o
governo não vai permitir a sobrevalorização do real,
mas minimizou o problema. "Não é uma valorização
tão excepcional, tendo em vista os fundamentos da economia."
Procurado, Mantega disse
que o governo continuará a combater o excesso de fluxo de capitais
externos, que é inflacionário, e o excesso de valorização
do real, que é prejudicial às exportações.
Segundo um auxiliar, Coutinho
está " totalmente alinhado" com Mantega. "Nem ao céu, nem
a terra. Não é deixar o câmbio correr solto, mas também
não haverá medidas radicais", disse o assessor. Coutinho
e Pimentel não deram entrevista.
Sintonia fina. A operação
exige uma sintonia fina entre Fazenda e Banco Central. O BC não
trabalha com a hipótese de mudança na política de
câmbio flutuante, mas essa flutuação não poderá
ser tão livre. Já a Fazenda cedeu e tirou do radar discussões
sobre a imposição de quarentena para a saída de capitais,
pelo menos agora. "Já não se discute medidas ousadas de intervenção
no câmbio", afirmou uma fonte.
A dosagem do IOF é
o instrumento considerado mais adequado para evitar o "passeio de recursos
em busca de ganhos especulativos no mercado financeiro". A alíquota
está em 6% e pode ser elevada, se necessário.
"Nem pensar na hipótese
de uma aceleração da inflação", disse um aliado
de Dilma. "O País mudou de patamar. Não podemos derrubar
a economia. Isso significaria perder todo esse cacife político",
disse a fonte.
Flutuante
Ontem, o dólar fechou
cotado a R$ 1,61, com alta de 1,45%. No mês de abril, a moeda americana
variou abaixo de R$ 1,60, considerado como o "piso informal" do governo.
(Beatriz Abreu e Raquel Landim - O Estado de S.Paulo)
Inflação
convergirá para a meta só em 2012
O presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, disse terça-feira que o BC está tomando
todas as medidas necessárias para fazer com que a inflação
convirja para o centro da meta (4,5%) em 12 meses. Em entrevista ao programa
‘Espaço Aberto Miriam Leitão’, da GloboNews, Tombini reiterou
que o BC vai trazer a inflação para o centro da meta apenas
em 2012 e admitiu que, nos próximos meses, o índice de preços
vai superar o teto de 6,5% no acumulado de 12 meses.
A partir de maio ou junho,
a expectativa do BC é de que a inflação mensal esteja
rodando dentro da meta, embora a anualizada ainda esteja alta. Tombini
negou que o BC tenha ''''jogado a toalha'''', ao ter admitido que a inflação
só vai convergir para a meta em 2012. ''''Para trazer essa inflação
para o centro da meta, precisamos de um horizonte um pouco mais largo'''',
disse, ponderando que o BC brasileiro talvez seja o ''''mais ativo''''
entre seus pares na luta contra a inflação.
De acordo com ele, a política
fiscal vai ajudar no combate à inflação. Confiante
que a meta de superávit primário será cumprida neste
ano, Tombini elogiou a qualidade do esforço fiscal. ''''Se olharmos
os dados de março, veremos que as despesas na margem estão
crescendo abaixo do crescimento do PIB''''.
Questionado sobre se teria
de fato autonomia para enfrentar a alta da inflação, o presidente
do BC lembrou que a taxa de juros subiu 1 ponto porcentual nos três
primeiros meses deste ano e sofreu novo ajuste de 0,25 ponto na reunião
do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril. ''''Isso
não é uma corrida de 100 metros, é um processo longo.
E o BC levará esse processo adiante o tempo que for necessário
para fazer a inflação convergir para a meta de 4,5% em 2012".
Fluxo
Tombini negou que tenha
mudado a estratégia de combate à inflação,
substituindo o foco em medidas macroprudencias por instrumentos convencionais
de política monetária. Segundo ele, o fluxo de US$ 35 bilhões
recebidos pelo País em três meses é inédito
e provoca duas preocupações: a inflação e a
estabilidade financeira.
Ele ponderou que, quando
houver uma reversão desses fluxos, podem ocorrer problemas na estabilidade
financeira. ''''Estamos trabalhando junto com outros ministérios
para moderar esse fluxo de entrada e mitigarmos o problema de estabilidade
financeira e econômica quando esse dinheiro sair do Brasil".
O presidente do Banco Central
reiterou que a política de acumulação de reservas
internacionais continua a mesma. Segundo ele, a crise de 2008 demonstrou
a importância de ter um colchão de reservas sólido.
''''Nós vamos continuar comprando. O colchão de reservas
em relação ao tamanho da economia brasileira está
na faixa de 14% do PIB'''', disse, citando a proporção de
outras economias emergentes: Rússia (30%), Índia (21%) e
China (entre 47% e 50%).
Sobre um possível
aumento de 14% para o salário mínimo em 2012, Tombini disse
que o impacto máximo das medidas de combate à inflação
ocorrerá no quarto trimestre deste ano e no primeiro trimestre de
2012. ''''Nós temos de levar em consideração tudo
aquilo que sabemos de antemão. Temos de levar em consideração
essa regra (do salário mínimo) para definir nossos passos".
(Agência Estado)
Inflação
sinaliza recuo
Arrefecimento da alta de
preços no atacado, influenciado por carne e açúcar,
pode chegar ao bolso do brasileiro
A inflação
está batendo à porta das fábricas, porém com
menos força que no bolso do consumidor. Enquanto a carestia cresceu
0,80% em março para as famílias, antes do frete e de chegar
à ponta, os produtos encareceram 0,39% - arrefecimento de 0,21 ponto
percentual frente aos 0,60% da alta de preços no atacado registrada
em fevereiro. A expectativa de analistas, a partir desses números,
é de que parte do recuo seja repassada para o varejo e dê
um alívio para o orçamento do brasileiro.
Os dados são do Índice
de Preços ao Produtor (IPP), indicador elaborado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostrou o arrefecimento
mensal ainda fortemente influenciado pelos alimentos - grupo cujos preços
ficaram 0,59% mais baratos quando comparados a fevereiro. Carne e açúcar
puxaram a baixa. A proteína animal devido aos pastos mais verdes,
substitutos das rações, baixou 4,46% para o consumidor no
acumulado do ano. Depois que o Brasil deixou de produzir etanol para lucrar
com os altos preços da commodity no mercado internacional, o açúcar
acabou vítima de uma oferta excessiva, o que levou seu valor a uma
tendência de baixa - em abril, recuou 0,10%.
Para Manuel Souza, um dos
pesquisadores do IBGE responsáveis pelo indicador, a transferência
dos preços do atacado para o varejo vai ocorrer, mas apenas parcialmente.
"No grupo alimentação, isso corre de maneira mais direta",
explicou. Flávio Serrano, economista do Espírito Santo Investment
Bank, concorda com Souza, e acrescenta: "No setor de combustíveis,
essa transmissão do atacado para o varejo também é
mais rápida." Exemplo dessa dinâmica dos combustíveis,
são os preços de refino de petróleo e produtos de
álcool - contraponto aos alimentos no atacado. Eles aumentaram 1,99%
em março. No ano, acumulam incremento de 3,67%. (Victor Martins
- Correio Braziliense)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br