Previdência
- Clipping de Notícias - 02.04.2013
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
(Caso
deseje cancelar o recebimento deste material - favor retornar mensagem
com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
A marcante repercussão do êxito e da abordagem do Espaço AssPreviSite Previdência com o tema “2013 - O Cenário sob a ótica jurídica: O contencioso das EFPCs, o STF e os desafios ainda existentes”, do último dia 22 de março, no Rio, motivou vários contatos de profissionais e dirigentes com consultas, pedidos e solicitações para um “replay” do evento na cidade de São Paulo. Assim, considerando este nível de interesse, promoveremos um novo encontro em S.Paulo, nos mesmos moldes do evento ocorrido de março. A data está sendo ajustada com os palestrantes.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,0220, com alta de 0,04% em relação ao fechamento da quinta-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a segunda-feira em queda de 0,80%, com o volume financeiro no patamar de R$ 4,904 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em queda de 0,04% e a Nasdaq caiu 0,87%.
AssPreviSite
Fusan
aprova as Demonstrações Financeiras
Em
reuniões realizadas no dia 26 de março de 2013, os Conselhos
Fiscal e Deliberativo da Fundação Sanepar de Previdência
e Assistência Social - FUSAN, aprovaram as Demonstrações
Financeiras relativas a 2012.
Em
cumprimento à legislação vigente, as Demonstrações
Financeiras foram encaminhadas à PREVIC ainda em março de
2013. (Fusan/AssPreviSite)
Serpros:
Educação Financeira e Previdenciária
Previc
aprova Relatório de Execução do Projeto de Educação
Previdenciária e Financeira .
O
SERPROS teve seu Relatório de Execução do Projeto
de Educação Previdenciária e Financeira aceito pela
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Desta forma, foi dispensado de encaminhar o Relatório Anual de Informações
de 2012 aos participantes e assistidos dos planos PS-I e PS-II. Com a aprovação,
o SERPROS reduz custos de impressão e pode direcionar direcionar
esses recursos para a Educação Financeira e Previdenciária
conforme aprovado pela Previc em 2010.
O
projeto de Educação Previdenciária e Financeira do
SERPROS – EducaSERPROS, tem como objetivo aumentar a adesão ao PS-II,
a partir da conscientização da real necessidade previdenciária.
Várias análises foram feitas para determinação
das ações mais adequadas para atingir o público-alvo
através da disseminação da cultura previdenciária
aliada ao planejamento financeiro.
A
exigência da Previc é a garantia de acesso às informações
desse relatório através de outros canais de comunicação,
como a internet. O objetivo de dispensar os Fundos de Pensão desta
obrigação é impulsionar a criação de
programas voltados à Educação Financeira e Previdenciária.
O
Relatório Anual de Informação estará disponível
no site do Serpros (www.serpros.com.br) até 30 de abril. (Andréia
Luna - Segs)
Funcef:
Resultado da campanha “revisão de percentual"
Participante
carioca faz simulação lúdica e é sorteado para
viajar de cruzeiro marítimo
A
campanha de revisão de percentual de contribuição
dos planos REB e Novo Plano se encerrou em 24/3 contabilizando a participação
de aproximadamente 5,6 mil usuários que fizeram login na plataforma
Futuro da Gente e descobriram, por meio de um simulador lúdico,
que perfil de aposentado gostariam de ter no futuro.
Titulares
da FUNCEF que utilizaram o simulador lúdico e indicaram amigos para
participar da campanha ganharam cupons para concorrer a um cruzeiro marítimo
nacional. O nome do sorteado, o caixa executivo carioca Delfim José
Pinto Ribeiro, foi revelado na segunda-feira (25/3).
O
empregado lotado no PAB Fórum Criminal TRF/RJ, que aderiu à
Fundação em abril de 2010, aceitou o regulamento da promoção,
simulou seu perfil de aposentado e ainda indicou colegas para conhecer
e participar da ação, que teve como objetivo estimular o
participante a se preparar para a aposentadoria e ver a importância
da adequação do valor da contribuição ao benefício
complementar esperado.
Aumento
de Contribuição
Após
encerrar sua participação na campanha, Delfim optou por acessar
o Autoatendimento FUNCEF e simular os valores de sua complementação
de aposentadoria. “A campanha me fez lembrar o plano inicial, que era de
contribuir com o mínimo e ir aumentando gradativamente. Após
a simulação do Autoatendimento, alterei meu percentual de
5% para 10%; além de colaborar com minha segurança futura
ainda ganhei um prêmio!”, comemora Ribeiro. (Funcef/AssPreviSite)
Funsejem:
Perfis em linha com suas metas
Conservador,
moderado, agressivo e superagressivo atenderam às expectativas de
ganho em 2012
Cada
perfil de investimento tem suas características e caminhos a seguir.
Todos baseados em metas de ganho, anualmente analisadas e revistas, de
modo a conciliar os objetivos dos perfis, com o que o mercado tem e pode
oferecer. É um exercício e tanto, mas possível, como
você pode ver na matéria de capa da última edição
do jornal Futuro (http://www.funsejem.org.br/noticias/JornalFuturo/jornalFuturo_JanFev.pdf)
O
informativo também traz notícias sobre a nova sede da Fundação,
os resultados deste início de ano, o aumento das contribuições*
ao plano, diabetes, o patrimônio atual segregado por participantes
e patrocinadoras.
Há,
ainda, assuntos como imposto de renda, recadastramento de aposentados,
aprovação do projeto de educação financeira
e previdenciária da Funsejem pela Previc, além de entrevistas
com participantes, e com o atuário e mestre em Economia, Sérgio
Rangel.
*Errata:
na matéria sobre contribuições, publicada na versão
impressa, página 3, o porcentual correto das contribuições
realizadas pelas patrocinadoras é 39% e não 29%. (Funsejem/AssPreviSite)
Previ:
Participação na CPFL Energia
A
Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil,
e a Camargo Corrêa passam a ter participações indiretas
no controle da CPFL Energia após a movimentação acionária
anunciada na última quinta-feira.
A
Previ deixou de ter participação direta na CPFL mas detém
100 por cento das contas do fundo BB CL I, que está no bloco de
controle direto da empresa, informou o diretor de Relações
com Investidores da empresa, Eduardo Takeiti.
Na
operação, a Previ vendeu 9.897.860 ações para
o fundo Energia SP FIA.
Já
o Grupo Camargo Corrêa vendeu 11.804.530 ações de participação
que detinha diretamente ao fundo Energia São Paulo. Além
disso, a VBC Energia, integrante do Camargo Corrêa, transferiu à
ESC Energia 9.897.860 ações.
VBC
e ESC Energia são sociedades integrantes do Grupo Camargo Corrêa,
sendo a segunda subsidiária integral da primeira.
A
movimentação acionária já e tava prevista em
acordo particular entre os acionistas, que não é público,
e Takeiti disse que a empresa não tem conhecimento dos motivos para
a movimentação. (Anna Flávia Rochas - Reuters/DCI)
Educação
Previdenciária: Hora de "fazer acontecer"
A
educação financeira e previdenciária se constitui
numa das principais estratégias para o desenvolvimento do segmento
de previdência complementar.
Os
princípios da Educação Financeira e Previdenciária
são baseados em melhoria da cultura previdenciária, ou seja:
quanto melhor informado e ciente de como funciona o seu plano de benefícios,
melhores decisões o participante poderá tomar quanto ao seu
plano e quanto à administração da entidade de previdência
complementar ao qual é associado.
Várias
fundações estão engajadas em ações voltadas
a educação financeira e previdenciária. Com os canais
de relacionamento com participantes e de comunicação da entidade
levando informações atualizadas ao corpo de participantes
de seus planos de previdência. Esta mecânica visa esclarecer,
de forma clara e simples, questões de seu interesse ligadas à
previdência e, o mais importante, a formação da cultura
previdenciária.
Agora,
quando uma nova etapa se inícia nas ações dos fundos
de pensão em relação a educação financeira
e previdenciária, o AssPreviSite, com sua “expertise” noticiosa
e um reconhecido desempenho no processo de desenvolvimento da cultura previdenciária
pode se alinhar e apoiar os programas de Educação Previdenciária
das EFPC, gerando um conteúdo para uso dos profissionais das entidades
na alimentação dos instrumentos das entidades em conformidade
com os termos da Portaria MPS Nº. 418/2008.
Para
instruir este processo podemos encaminhar uma proposta sobre como o AssPreviSite
pode agragar valor aos desafios do "fazer acontecer" nos trabalhos da sua
entidade. Este serviço também englobaria a remessa do nosso
Clipping Diário para os colaboradores e profissionais da Entidade,
de forma similar aos serviços que hoje já prestamos para
dezenas de EFPC.
Para
tratar desta possível parceria solicitamos contanto através
do e-mail assprevisite1@assprevisite.com.br (AssPreviSite)
Abrapp:
Web garante presença em reuniões
As
Comissões Técnicas são reconhecidamente fundamentais
em seu papel de trazer mais e mais conteúdo à nossa vida
associativa e, por isso mesmo, a presença de cada um de seus integrantes
nas reuniões torna-se tão necessária. Pensando
nisso, o que começou este mês para garantir a participação,
ainda que remota, de um diretor na reunião da Diretoria do
Sindapp, está agora sendo estendida às CTNs. Trata-se da
oportunidade aberta de participar a distância, via internet, desde
que se possa comprovar a impossibilidade de comparecimento.
A
facilidade foi solicitada pela Comissão Técnica Nacional
de Relacionamento com o Participante, tendo a Secretaria Geral e a Área
de Tecnologia da Informação da Abrapp informado que essa
participação a distância é possível através
do sistema de videoconferência “Webex”, que utiliza a internet.
Para
que se efetive a participação pode ser utilizada tanto um
PC quanto um Ipad ou Iphone com câmera, microfone e acesso à
internet, ficando claro que tal facilidade só deve ser solicitada
em caso de comprovada necessidade.
Reuniões
As
Comissões Técnicas (as nacionais, as regionais e as ad hocs)
da Abrapp reuniram-se 43 vezes no primeiro trimestre, normalmente um período
do ano em que a agenda não está ainda mais aquecido. Já
as diretorias e conselhos da Abrapp, ICSS e SINDAPP reuniram-se 13 veses
no período. (Diário dos Fundos de Pensão)
Aposentados:
Golpes continuam
Ladrões
fazem empréstimo com cartão roubado e banco tem de indenizar
aposentado
A
juíza da 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás (TJGO), Rozana Fernandes Camapum, sentenciou
o Banco do Brasil a indenizar Amélio Ferreira Terra no valor total
de 40 salários mínimos por danos morais e materiais. Após
ter seu cartão de benefício roubado, os ladrões realizaram
dois empréstimos no caixa eletrônico e as parcelas seriam
descontadas da conta do aposentado.
A
juíza Rozana Fernandes Camapum se baseou no artigo 927 do Código
de Processo Civil (CPC), segundo o qual “aquele que, por ato ilícito
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Nesse sentido,
a magistrada entendeu que o banco não tratou de forma adequada o
aposentado, como determina a lei e, por isso, os contratos dos empréstimos
devem ser anulados e os valores dos empréstimos restituídos.
Além disso, o Banco do Brasil deve indenizar a vítima por
danos morais, no valor de R$ 5 mil.
Segundo
os autos, Amélio Ferreira estava dentro do ônibus quando furtaram
a sua carteira, que continha seu cartão, usado para receber a aposentadoria.
Por conta da idade avançada, ele carregava também a senha
e ambos foram roubados no episódio. Amélio alegou que compareceu
ao Vapt-Vupt para fazer o boletim de ocorrências e logo depois se
dirigiu à sua agência para informar o ocorrido. Quando chegou
ao banco, se deparou com a notícia de que os ladrões já
haviam feito dois empréstimos no caixa eletrônico usando seu
nome e que as parcelas seriam debitadas da sua folha de pagamento.
Para
a juíza, os bancos têm o dever moral de oferecer segurança
aos seus clientes e, principalmente, de dispensar um tratamento diferenciado
aos mais humildes e aos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). De acordo com ela, não deveria ser possível a contratação
de empréstimos em caixa eletrônico sem o comparecimento dos
aposentados à agência para a devida confirmação.
Sabendo
da fragilidade dos beneficiários da Previdência Social e dos
frequentes golpes aplicados em seus beneficiários, a juíza
ressaltou que a agência deveria impor limites à contratação
dos empréstimos em caixas eletrônicos. (Jovana Colombo - Correio
Forense)
Secretário
Nacional da Previdência no MT
O
Secretário Nacional de Previdência Social do Ministério
da Previdência, Leonardo Rolim, visitará a capital mato-grossense
entre hoje e amanhã (dias 2 e 3). Ele terá reuniões
com o staff da Prefeitura de Cuiabá, com a Associação
Mato-grossense dos Municípios (AMM), e com o Governo do Estado e
órgãos estaduais.
Nesta
terça, entre as 9h e 12h, o secretário nacional se reúne
com o governador Silval Barbosa (PMDB) e com representantes da Assembleia
Legislativa, do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado
(TCE), Ministério Público Estadual (MPE) e Defensoria Pública.
Das
14h às 16h40, ele estará reunido com o secretário
de Estado de Administração , Francisco Faiad (PMDB), que
está desenvolvendo o projeto do regime de previdência do governo
estadual.
Leonardo
Rolim se reunirá com o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB),
às 17h, e o presidente do Cuiabá Prev, Bolanger José
de Almeida, além dos secretários municipais de Governo,
Fábio Garcia, de Gestão, Paschoal Santullo, de Planejamento
e Finanças, Francisco Serafim de Barros, de Obras, Marcelo de Oliveira,
de Desenvolvimento Urbano, Lamartine Godoy, e de Meio Ambiente, Antonio
Maximo.
Na
quarta-feira (3), o secretário participará de um encontro
com prefeitos que possuem regime próprio de previdência social
em Mato Grosso. A reunião será das 8h às 12h, na sede
Associação Mato-grossense dos Municípios. (Midia
News)
Uma
nova forma de reter pessoal
Não
é nenhuma novidade que a rotatividade de funcionários consome
boa parte da verba de treinamento das empresas. Para diminuir o turn-over,
o desafio constante dos gestores é encontrar novas maneiras de reter
o pessoal. Já passou a fase em que ter um atrativo PLR – os bônus
atrelados à produtividade – fazia diferença. Hoje, este modelo
não é mais encarado como um diferencial por dois motivos:
porque a grande maioria das empresas já tem ou porque as metas são
tão irreais que acabam desanimando e não funcionam mais como
fator motivacional. Também ficou para trás a época
em que o ambiente de trabalho fazia a diferença. A cada edição
dos rankings de Melhores para se Trabalhar, as primeiras empresas da lista
eram o “sonho de consumo” dos trabalhadores de todos os níveis.
Hoje, bom clima organizacional virou default. E os gestores de RH precisam
novamente reinventar formas de manter os funcionários por mais tempo
nas empresas.
O
apagão de mão de obra, resultado do desenvolvimento acelerado
do Brasil nos últimos anos, torna-se mais um elemento na difícil
equação que combina: manter funcionários satisfeitos,
motivados e comprometidos, grande oferta de novos empregos e oportunidades,
e crescente geração de novos talentos – os Ys -, que não
se apegam a valores tradicionais que costumavam atrair os mais velhos.
A novidade surge agora na forma de uma grande cesta de benefícios.
Pesquisa internacional sobre tendências de benefícios para
funcionários realizada pela MetLife em 2011 mostra que, para 73%dos
empregadores brasileiros, um dos motivos para oferecer um pacote atrativo
de benefícios é justamente captar funcionários. A
questão de fidelidade à empresa entre os trabalhadores com
benefícios é de 75%, número que cai para 65% quando
o funcionário não recebe benefícios.
Para
que não haja um grande ônus para as empresas na formação
dos pacotes, muitas buscam formas de reduzir o custo dos benefícios
fazendo com que os funcionários assumam parte do custo. É
o conhecido benefício voluntário. O funcionário só
adere se quiser, mas o valor do serviço compensa porque acaba sendo
muito mais baixo do que se contratado individualmente já que a companhia,
por ter um contrato corporativo, consegue preços mais competitivos
do que a pessoa física. Nos Estados Unidos percebe-se o crescente
interesse dos trabalhadores pelos benefícios pagos voluntariamente.
Cerca de 2/3 dos trabalhadores americanos valoriza esta opção
porque atende suas necessidades pessoais e 52% dizem que estão dispostos
a escolher uma gama maior de benefícios voluntários e pagar
por eles.
Metade
dos trabalhadores brasileiros que atualmente recebem benefícios
de suas empresas disse ter interesse em mais oferta de benefícios
voluntários. No Brasil, por exemplo, cerca de 1/3 das mulheres que
atualmente não recebem benefícios disseram que teriam interesse
em adquirir produtos, como seguro e previdência privada, através
de seus empregadores mesmo pagando 100% do custo. Esta pode ser uma maneira
eficaz e econômica para que, principalmente pequenas e médias
empresas, possam oferecer mais benefícios e assim consigam competir
com as grandes empresas e fidelizar ainda mais seus colaboradores.
(Jair Pianucci - Brasil Econômico)
Igualdade
em vantagens e benefícios
Aplicação
do princípio da igualdade na concessão de vantagens e benefícios
aos empregados
A
Constituição Federal, ao dispor sobre os direitos dos trabalhadores,
ao mesmo tempo em que proíbe expressamente o tratamento discriminatório
(art. 7º, XXX e XXXII) reforça o princípio da igualdade
consagrado no caput do art. 5º.
No
campo do direito do trabalho, o princípio da igualdade se aplica
não só em questões salariais (equiparação
salarial), mas também em concessões de benefícios
e vantagens aos trabalhadores, conforme se vê dos seguintes julgados:
"FUGAST.
VALE-REFEIÇÃO. Vantagem concedida aos demais empregados da
reclamada, mas não alcançada aos reclamantes, embora por
ela formalmente contratados. Pedido deferido em atenção aos
princípios da igualdade e da isonomia. (TRT 4ª R; RO 0000016-48.2011.5.04.0028;
Sexta Turma; Relª Desª Maria Inês Cunha Dornelles; Julg.
20/06/2012; DEJTRS 19/07/2012; Pág. 38)
"VANTAGEM
CONTRATUAL. EXTENSÃO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE. Se a empresa
concede, por liberalidade, determinada vantagem contratual a alguns empregados,
deverá estendê-la a todos os demais que trabalhem nas mesmas
condições, sob pena de vulneração dos arts.
5º, caput e 7º, incs. XXX e XXXII, da Constituição
Federal. (TRT 3ª R; RO 24172/97; Quinta Turma; Rel. Juiz Luiz Philippe
Vieira de Mello Filho; DJMG 26/09/1998; pág. 16)
"ABONO
LIBERALIDADE. AUSÊNCIA DE NORMA ESCRITA. AFRONTA AO PRINCÍPIO
DA IGUALDADE. Configura ato discriminatório o pagamento de vantagem
pecuniária a determinados empregados por ocasião da ruptura
contratual em detrimento de outros. A ausência de norma escrita regulamentando
o benefício não pode vir em prejuízo do empregado,
notadamente quando sua vida funcional não difere da dos beneficiados.
(TRT 12ª R; RO 00823-2008-051-12-00-8; Primeira Turma; Rel. Juiz Gracio
R. B. Petrone; Julg. 18/05/2009; DOESC 05/06/2009
Tal
não significa que o empregador deve dispensar a todos os empregados,
sem considerar suas diferenças, tratamento idêntico, mas sim
que deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida
de suas diferenças.
No
uso do poder diretivo organizacional, o empregador pode adotar política
de benefícios e vantagens diferenciada para empregados que ocupam
certos cargos estratégicos, quando entender conveniente para reter
talentos.
O
princípio da igualdade apenas impede que o empregador conceda privilégios
injustificadamente, ou seja, que o tratamento desigual seja fruto de arbitrariedade.
Assim,
o empregador não poderá conceder benefício para alguns
empregados e não para outros que se encontram na mesma situação
fática, ou seja, que exercem as mesmas funções, no
mesmo Departamento, sob pena de ofensa ao princípio da isonomia
de tratamento. (Aparecida Tokumi Hashimoto - Última Instância)
'Home
office', uma tendência irreversível
Recentemente,
a Yahoo, uma das maiores empresas da internet no mundo, decidiu acabar
com o chamado home Office para os próprios funcionários.
Alegou a presidente da organização que trabalhar em casa
gera prejuízos na agilidade e na qualidade dos serviços.
A notícia logo se espalhou e uma pergunta veio a lume: será
esse o sinal de que o trabalho a distância deixa de ser uma tendência?
O
que ocorreu naquela empresa, a meu ver, é algo pontual, específico
ao momento por que ela está passando para a sua reestruturação.
O home Office, não tenho dúvida, veio para ficar. Pesquisas
revelam isso. Trata-se de uma tendência irreversível, pois
seu uso se dá por razões de ordem econômica e ela é
propiciada pelo desenvolvimento da tecnologia da comunicação.
A
utilização do trabalho a distância é movida
por razões econômicas, por vários motivos. Cito três.
Um é que o home office possibilita reduzir o espaço físico
da empresa, cujo custo do imóvel se torna mais elevado a cada ano,
além de esse espaço ficar ocioso em boa parte do tempo -
das 8.640 horas do ano, muitas empresas usam, em seu espaço físico,
apenas cerca de 40% delas com os seus profissionais; os 60% restantes são
as horas noturnas, os fins de semana e os feriados.
Outro
motivo que mostra a razão econômica para o uso do home office
está ligado à questão da mobilidade dos profissionais,
no deslocamento de casa para a empresa. A economia se dá com o transporte
e o tempo gasto no trânsito. Finalmente, há a globalização,
que já exige o trabalho a distância entre membros de uma mesma
equipe de profissionais atuando simultaneamente em diferentes regiões,
aculturando-os a trabalhar dessa forma, economizando tempo, transportes
e hospedagens para se encontrarem.
Estamos,
porém, no começo do processo de home office e as empresas
devem tomar alguns cuidados na sua utilização, para que seus
resultados sejam produtivos. Cuidados são necessários com
a tecnologia utilizada e com a aculturação dos profissionais
para trabalharem a distância.
Quanto
à tecnologia, ela já possibilita esse novo modo de trabalho,
de forma relativamente produtiva, para os ocupantes de alguns cargos não
operacionais. Para trabalhar a distância são necessários
equipamentos que deem conforto ao profissional, para ele ser produtivo,
principalmente na hora de se comunicar com colegas e participar de uma
equipe remota. Atualmente, esses equipamentos ainda são caros e
não são confortáveis em termos de visualização
por seus usuários. Entretanto, num futuro muito breve nós
estaremos com câmeras de telepresença acionadas da residência
do profissional para a sede da empresa, a um baixo custo e com o conforto
necessário para que o trabalho seja ainda mais produtivo. Além
disso, os hologramas facilitarão ainda mais essa comunicação.
No
que concerne à aculturação do profissional ao home
office, a empresa precisa treinar o seu colaborador para que ele consiga
ser produtivo trabalhando em casa. É necessário conscientizá-lo
de que ele precisa mostrar aos outros moradores da casa que ele está
lá trabalhando, e não está de folga. É preciso
arrumar um espaço físico fixo na residência que seja
o seu local de trabalho. E, finalmente, ter muita disciplina para cumprir
o horário das atividades, dando conta da agenda de compromissos.
Cientes
dos cuidados acima mencionados e de que o home office está num processo
irreversível, várias empresas de ponta no País - muitas
delas multinacionais - já estão determinando, para os ocupantes
de cerca de 30% de seus cargos, que trabalhem na forma de home office uma
ou duas vezes por semana. Estão, aos poucos, aculturando seus colaboradores
a essa nova modalidade de trabalho. É uma maneira adequada para
não perder o "trem da história".
Com
o desenvolvimento tecnológico da comunicação, num
futuro muito próximo não fará mais sentido, para muitos
profissionais, ir até a empresa para trabalhar. A utilização
do home office será inexorável. (Sérgio Amad
Costa - Agência Estado)
Empresas e
Economia Nacional
SAS, Qd.01, Lt.02, Bl.N,
salas 802/804
Ed. Terra Brasilis –
Brasília-DF – CEP: 70.070-010 - Tel. (61) 3322-0410
Perfil
de investimento
Investidor
terá questionário também na poupança e fundos
de previdência
Clientes
de poupança e de previdência privada aberta também
poderão ser obrigados a responder um questionário sobre perfil
de investimento antes de comprar o produto, em uma terceira etapa da aplicação
para o varejo da Análise do Perfil de Investidor (API).
Desde
janeiro de 2010, apenas quem optava por fundos de ações,
multimercado e crédito privado era obrigado a responder às
perguntas e, desde ontem, quem escolher modalidades de menor risco como
fundos de renda fixa e DI.
A
aplicação do questionário está dentro do conceito
de suitability, que obriga instituições que oferecem produtos
financeiros a realizarem as vendas de acordo com as necessidades, os interesses
e os objetivos dos clientes. Passou a vigorar no Brasil a partir de junho
de 2008, para os clientes de private banking — com, no mínimo, R$
1 milhão para investir — e aos poucos foi adotado em outros segmentos.
“Será
importante deixar a poupança e a previdência privada aberta
para uma terceira fase, para que todos os produtos que fazem parte de uma
oferta ao cliente de varejo estejam presentes no suitability”, afirma Marcus
Daré, presidente do Comitê de Distribuição de
Produtos no Varejo da Associação Brasileira das Entidades
dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), entidade responsável
pelo processo.
A
estimativa é que o assunto comece a ser abordado no próximo
ano. Para Daré, o questionário permite que o cliente se conheça
e escolha o produto com maior reflexão. “Em tempos de Selic a 7,25%
ao ano, para obter ganhos, ele vai ter de correr risco e isso deve ser
feito também de acordo com o perfil”, destaca.
Winkelmann,
do Bradesco: “O suitability educa, mas não tira a responsabilidade
das partes”
A
aplicação do questionário, até agora, revelou
o conservadorismo do brasileiro. Gilberto Poso, superintendente executivo
de gestão de patrimônio do HSBC, que trabalha com clientes
de varejo — no banco, aqueles com menos de R$ 5 milhões para aplicar
— percebe que o perfil do investidor na maior parte das vezes é
desconhecido. “Percebemos que a maior parte dos clientes tem condições
de assumir riscos maiores.”
O
descasamento, para ele, não é necessariamente um problema,
e sim o oposto, quando o cliente excede o risco aceitável, o que
pode levá-lo a perdas que não suportaria. No entanto, o primeiro
caso gera uma perda de oportunidades para os aplicadores e para as instituições
financeiras, que poderiam vender produtos com maior risco e, portanto,
maior retorno. Por isso se torna interessante também oferecer o
API para quem está em modalidades com pouco risco.
Marcos
Figueiredo, superintendente de investimentos e consórcios do Santander,
nota que a ampliação do questionário deveria ser feita
com cuidado, para não impor mais burocracia ao cliente. “Grande
parte da poupança é adquirida via caixa eletrônico.
Imagine o cliente parado na frente do ATM, o que implica em riscos a ele,
para responder questões.
Colocar
a poupança no questionário é interessante, mas é
preciso tomar cuidado para não se tornar pior para o cliente”, diz
ele, que acredita que o questionário tornou mais assertiva a oferta
de produtos aos clientes. Na instituição, já foram
respondidos 100 mil questionários por clientes do varejo, aqueles
com menos de R$ 3 milhões em aplicações.
Na
área de private banking, o início da aplicação
do questionário foi repleta de resistência e desconfiança,
diz o diretor do Bradesco Private, João Albino Winkelmann. Hoje,
no entanto, ele afirma que há mais tranquilidade no pós-venda.
Na instituição, 5% dos clientes são ultraconservadores,
16% são conservadores, 30% são moderados, 29% estão
classificados como arrojados e 20%, agressivos.
“O
suitability educa, mas não tira a responsabilidade das partes”,
pondera ele, que diz que o banco não pode ficar passivo diante do
desenquadramento do cliente. Para ele, o suitability protege o banco, o
cliente, cria mais vínculo entre as partes e aumenta a possibilidade
de venda de produtos, ainda mais em um cenário de queda de juro.
(Brasil Econômico)
Bolsa:
está faltando, ativo ou investidor?
O
volume negociado no Ibovespa está estagnado desde 2008. O que é
necessário para reverter este quadro? Por que o investidor está
alheio ao mercado acionário? Falta de novas companhias? Rentabilidade
pouco atraente da bolsa nos últimos anos? O volume financeiro do
Ibovespa negociado anualmente cresceu 24,5% desde a crise de 2008 de R$
1,2 trilhão para R$ 1,5 trilhão. Contudo, se formos mais
atentos, ajustando esses números pelo IPCA do período, vemos
que o volume em 2012 foi similar ao de 2008 ? ao redor de R$ 1,5 trilhão.
Entre
2003 e 2007, a bolsa viveu uma fase áurea com 106 novas companhias
abrindo o capital e a rentabilidade do Ibovespa superando dois dígitos
em todos os anos. O investidor pessoa física contribuiu para esse
sucesso. O número de cadastros pulou de 85 mil em 2003 para 536
mil em 2008, crescimento de 528%. A crise de 2008 deu um fim à alegria.
O Ibovespa tem mostrado desempenho pífio desde então (com
exceção da recuperação em 2009, quando se valorizou
82,7%). O número de investidores pessoas físicas fechou 2012
em 587 mil após ter atingido 611 mil em 2010. A participação
deste tipo de aplicador sobre o volume, que se mantinha entre 23% e 30%
entre 2003 e 2009, caiu para 17,9% em dezembro de 2012. Com a saída
do investidor pessoa física, o volume negociado do Ibovespa só
continuou constante porque os estrangeiros aumentaram sua participação
no total, de 35,5% em 2008 para 40,4% em 2012.
Com
a queda do número de novas empresas abrindo o capital na bolsa (apenas
3 em 2012), têm surgido iniciativas como a do PAC-PME para trazer
novas companhias para o pregão. Essas ações são
louváveis, pois a bolsa brasileira ainda é muito concentrada
em poucos setores, como os de commodities e financeiro. Faltam alternativas
em consumo e infraestrutura, por exemplo. Mas além de trazer novas
empresas, os agentes de mercado têm de seduzir a pessoa física.
Sem esta não haverá demanda para as novas ações.
Além disso, a bolsa com alta concentração de investidores
estrangeiros, como ocorre hoje, tende a ser mais instável. Não
é possível que tenhamos apenas 140 mil investidores ativos
em um universo de declarantes do Imposto de Renda de 25 milhões.
Diversas ações são necessárias. Uma delas é
derrubar o mito de que o desempenho do Ibovespa representa a performance
da bolsa. Novos indicadores precisam ser criados de forma a mitigar as
deficiências do Ibovespa. Muitos investidores podem ter evitado o
mercado acionário por considerá-lo pouco atrativo. Mas enquanto
o Ibovespa se valorizou 7,4% em 2012, os fundos de ações
carteira livre apresentaram retorno médio de 19%. Os bolsos desses
cotistas sabem que a bolsa não é o Ibovespa. Mas e o resto
dos investidores? Não resta alternativa a não ser a educação.
Quem
viveu na década de 80 deve se lembrar de um comercial da editora
Biblioteca do Exército que terminava citando Monteiro Lobato. Assim
como "Um país se faz com homens e livros", "Uma bolsa se faz com
investidores e livros". (André Rocha - Valor Online)
Previsões
pessimistas no relatório de inflação do BC
Normalmente
o Banco Central (BC) começa o ano otimista, com previsões
positivas para o crescimento econômico e a expectativa de que a inflação
vai convergir para o centro da meta, ainda que de forma não linear.
Mas o primeiro relatório trimestral de inflação deste
ano feito pelo BC, divulgado na semana passada, mais do que realista, beirou
o pessimismo.
O
ponto mais negativo foi a previsão para a evolução
dos preços. Segundo o BC, a inflação não só
vai estourar o teto da meta, que é de 6,5%, no primeiro semestre
deste ano, como ficará acima do centro da meta, de 4,5%, até
o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, em 2014. A inflação
acumulada em 12 meses fechou o primeiro trimestre em 6,5%, chegará
a 6,7% ao fim do segundo, para então recuar a 6% no terceiro e terminar
o ano em 5,7%. Para 2014, as previsões são um pouco melhores
e situam a inflação em 5,4% no primeiro trimestre e em 5,2%
no segundo, subindo no fim do ano a 5,3%.
O
Banco Central elevou as projeções feitas ao fim de 2012.
A variação esperada para a inflação neste ano
subiu de 4,8% para os 5,7% dentro do cenário de referência;
e a de 2014 passou de 4,9% para 5,3%. Pela primeira vez, o BC divulgou
sua estimativa para a inflação no início de 2015,
de 5,4% no primeiro trimestre. Quando o Banco Central refez suas contas,
o cenário do mercado financeiro embutia a projeção
de inflação de 5,8% neste ano e números mais otimistas
para 2014 e 2015, de 5,1% e 5,2%, respectivamente. A diferença fundamental
entre os dois cenários é que o do Banco Central prevê
a estabilidade da taxa básica de juros em 7,25% neste ano; e o do
mercado considera uma taxa média de 7,79% em dezembro. Uma eventual
elevação dos juros não teria, portanto, impacto na
inflação deste ano, mas sim nos próximos.
As
estimativas são ainda mais preocupantes porque já incorporam
o impacto de desonerações promovidas pelo governo. O relatório
não cita números, mas quando a desoneração
da cesta básica foi anunciada, comentou-se que reduziria a inflação
em até 0,6 ponto caso houvesse repasse integral ao varejo. As coletas
de preço ainda não capturaram esse benefício, provavelmente
por causa da pressão do frete, que vem subindo. A redução
da energia elétrica causou a queda de mais 0,6 ponto na inflação,
mas o benefício foi parcialmente neutralizado pela elevação
da gasolina.
Um
novo elemento no tabuleiro dos preços é a decisão
do governo, tomada neste fim de semana, de prorrogar a redução
do IPI do automóvel até o fim do ano. Já se fala que
o mesmo pode acontecer com os produtos da linha branca, cujo IPI também
estava sendo recomposto depois da redução do ano passado.
Quando essas desonerações foram feitas, em 2012, calcula-se
que teriam reduzido em 0,4 ponto a inflação.
O
relatório ressalta que o mercado de trabalho tem apresentado risco
importante para a inflação. Um box inteiro é dedicado
ao assunto, com conclusões claras a respeito do impacto na inflação
dos aumentos reais de salário que vêm sendo concedidos. A
regra de corrigir o salário mínimo pela inflação
mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) catapultou
a renda nos últimos anos, especialmente dos trabalhadores menos
remunerados, com aumentos de 14% em 2012 e 9% neste ano. A conclusão
do BC é que "reajustes salariais acima dos ganhos de produtividade
tendem a gerar pressões inflacionárias, que são mais
expressivas no setor de serviços". Por isso, não escondeu
a certeza de que "a recente moderação dos aumentos salariais
e menores reajustes do salário mínimo tendem a implicar pressões
inflacionárias menores do que as identificadas no passado recente".
O
diretor de Política Monetária do BC, Carlos Hamilton Araújo,
foi mais claro ao afirmar ao Valor PRO, serviço de notícias
em tempo real do Valor, que, "no fim do dia, o ganho [de aumentar salários
acima da taxa de produtividade ] é nulo. Não tem mais salário
[no bolso do trabalhador]; só vamos ter mais inflação",
disse Araújo.
Não
fosse a menção aos riscos dos aumentos dos salários,
um tema delicado em um governo que vem buscando reduzir as desigualdades,
o novo relatório trimestral de inflação careceria
de novidades. De resto, é bastante coerente com a ata da última
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom),
inclusive ao não dar pistas a respeito do comportamento futuro dos
juros e na promessa de conduzir com "cautela" a política monetária.
(Valor Online)
Inflação:
Emprego e renda são prioridades
Especialistas
dizem que a busca por taxas menores de inflação não
deve representar uma “camisa de força” ao crescimento.
A
inflação não pode, e nem deve, representar uma camisa
de força ao crescimento brasileiro, dizem economista consultados
pelo Brasil Econômico. Segundo eles, é possível haver
inflação comportada, mesmo que pouco acima da meta estipulada
pelo Banco Central (4,5%), sem a necessidade de uso da política
monetária para prejudicar o emprego e a renda da população.
Os
comentários surgem dias após a Presidente da República,
Dilma Rousseff, causar furor no mercado financeiro ao criticar um possível
combate à inflação com instrumentos que reduzam o
poder de compra da classe média crescente.
Para
o ex-diretor do Banco Central (BC) Carlos Thadeu de Freitas Gomes, as perspectivas
de inflação do mercado financeiro estão abaixo até
mesmo do que o BC espera. Com isso, diz ele, a estratégia usada
atualmente pela equipe econômica do governo para garantir emprego
e crescimento é correta.
"O
que é preciso fazer agora é tornar mais transparente as metas
do Banco Central. Não há grandes problemas em perseguir uma
inflação de 5,5% no ano. Mas isto precisa estar claro", afirma
o atual economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio
(CNC).
Na
última sexta-feira, o Banco Central publicou o primeiro relatório
trimestral de inflação do ano. Em suas projeções,
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminará
os anos de 2013, 2014 e 2015 em 5,7%, 5,3% e 5,4% respectivamente. Já
os economistas esperam altas de 5,8%, 5,1% e 5,2% para estes períodos.
As
novas projeções contidas no relatório, principalmente
as que se referem aos anos de 2014 e 2015 foram entendidas como um afrouxamento
das metas de inflação. O motivo parece claro: evitar que
os baixos níveis de desemprego sejam impactados por elevações
radicais na taxa básica de juros (Selic).
"O
que incomoda são as expectativas de inflação. O Banco
Central precisa atacá-las. Reduzir os prêmios de risco desnecessários.
Se deixar claro sua nova meta (5,5% ao ano) ele alcançará
este objetivo", avalia o economista.
André
Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, credita o "mau humor"
do mercado financeiro à dificuldade em se ganhar dinheiro na nova
realidade brasileira.
"O
mercado está mal humorado porque no ano passado foi feita uma revolução
monetária no país e a Eficiência Marginal do Capital
caiu para patamares inimagináveis", diz. "A questão é
simples: com a queda da taxa de juros monetária todas as outras
‘rentabilidades' da economia estão caindo junto", complementa o
economista.
No
entanto, os economistas também entendem que o patamar atual não
é tão confortável quanto poderia. Segundo as estimativas
compiladas pelo Banco Central, o IPCA deverá romper o teto da meta
em doze meses (6,5%) em março.
Thaís
Zara, economista-chefe da consultoria Rosenberg, prega um melhor alinhamento
entre o BC e a Fazenda. O controle dos gastos públicos pode resolver
a questão. "A boa política econômica recomenda uma
política monetária expansionista, mas com um fiscal restritivo.
Em resumo, o governo precisa gastar menos", diz a economista. (Gustavo
Machado - Brasil Econômico)
Mercado
mantém em 5,71% estimativa de inflação
A
projeção de analistas de instituições financeiras
pesquisadas pelo Banco Central (BC) para a inflação oficial,
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), é 5,71%, este ano. Essa é a mesma estimativa divulgada
na semana passada. Para 2014, a projeção subiu de 5,60% para
5,68%.
As
estimativas estão acima do centro da meta de inflação,
4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%. O aumento da inflação
pode levar o BC a subir a taxa básica de juros, a Selic para calibrar
os preços. Mas a expectativa das instituições financeiras
é que essa alta não ocorra já na reunião do
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC marcada
para os dias 16 e 17 deste mês. A expectativa para essa reunião
é que a Selic seja mantida no atual patamar (7,25% ao ano). Mas,
ao final de 2013, a Selic deve estar a 8,5% ao ano, de acordo com as projeções
dos analistas. Essa é a mesma projeção para o final
do próximo ano.
A
pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), mantida em 5,26%, este
ano, e em 5%, em 2014.
A
projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade
Interna (IGP-DI) foi alterada de 4,87% para 4,83%, este ano, e de 5,1%
para 5,14%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços - Mercado
(IGP-M), a estimativa foi ajustada de 5,12% para 4,92%, este ano, e mantida
em 5,31%, em 2014. (Agência Brasil)
Não
há desinflação grátis
Está
ficando claro que o governo quer combater a inflação via
desonerações tributárias, pelo menos parcialmente.
Para alguns, é a solução ideal. A redução
dos impostos leva a uma queda de preços que alivia a inflação,
economizando altas exageradas de juros (e seus efeitos colaterais sobre
a atividade, o emprego e o salário). Ao mesmo tempo se ataca aelevadíssima
carga tributária, um problema estrutural no Brasil. Parece um almoço
grátis, contrariando a máxima de que isso não existe
em economia. Infelizmente, não é o caso. Vejamos por quê.
Para
começar, as desonerações não são de
graça nas contas públicas. Sem uma compensação
via corte de gastos do governo ou aumento de outros impostos, as desonerações
reduzem o superávit primário, como tem sido o caso recentemente.
O superávit primário, quê já atingiu acima de
4% do produto interno bruto (PIB) no passado, caminha para ficar pouco
abaixo de 2% este ano, e em direção a 1% no ano que vem.
Mesmo com o benefício de juros menores, a relação
dívida-PIB começaria a subir no médio prazo se mantida
essa política. A estabilidade da relação dívida-PIB
(ou melhor, a sua queda) é uma das razões por que a meta
de superávit primário tem sido considerada um dos pilares
da política macroeconômica.
A
essencial redução da carga tributária, para ser sustentável
e benéfica para a economia, deve ser calcada na queda dos gastos
públicos. O espírito da Lei de
Responsabilidade
Fiscal requeria exatamente isto: que fossem especificadas compensações
para quedas permanentes de receita. Na contramão, neste ano a Lei
de Diretrizes Orçamentárias permite que as desonerações
sejam abatidas da meta (além dos já tradicionais abatimentos
do PAC), tornando a meta de superávit primário de 3,1%, na
prática, uma meta de 1,9% do PIB.
A
redução da carga tributária baseada em piora fiscal
tende a ser temporária, já que em algum momento será
necessário fazer um ajuste fiscal (isto é, corte de gastos
ou volta da carga tributária) para restabelecer a estabilidade da
dívida pública no médio prazo e a responsabilidade
fiscal.
Mas
ter custo fiscal não é necessariamente ruim, desde que os
benefícios das desonerações sejam palpáveis.
Infelizmente, no combate à inflação os benefícios
percebidos das desonerações no curto prazo não se
estendem no longo prazo.
A
queda do superávit primário equivale a uma política
expansionista, que gera aumento da demanda e pressiona a inflação.
Afinal, corte de impostos é um clássico instrumento de incentivo
ao consumo: quanto mais repassado ao consumidor, maior o incentivo.
Mas
não falta consumo no Brasil. Seu crescimento tem sistematicamente
excedido a expansão do PIB, principalmente nos últimos dois
anos. O Banco Central tem reconhecido nos seus documentos oficiais que
o crescimento do PIB tem sofrido de problemas de oferta. Ou seja, o crescimento
tem sido limitado pela produção, não pela falta de
incentivo ao consumo (ou demanda em geral). Um sinal dessa limitação
é que crescentemente a demanda está sendo satisfeita com
importações, o que tem piorado sistematicamente a conta corrente
no balanço de pagamentos (já alcançando um déficit
de quase de 3% do PIB, de um superávit de 2% no passado não
tão distante).
Esse
descompasso entre o crescimento da oferta e demanda é a raiz da
parte mais resistente da inflação. Para além dos choques
de commodities e dos aumentos de preços temporários de alimentos
(devidos a efeitos climáticos) ocorridos, está ficando claro
que a inflação se está estabelecendo num patamar mais
alto. Um bom termômetro desse fenômeno é a inflação
de serviços, que resiste à queda e se mantém em tomo
de 8% ao ano.
Ao
estimular o consumo, a política de desonerações agrava
o descompasso entre a oferta e a demanda e alimenta a inflação
no médio prazo.
Poder-se-ia
argumentar que reduzir impostos estimula a oferta (aumenta a produção),
já que reduz os custos das empresas. De fato, se as desonerações
tivessem focado nos custos das empresas, e não nos consumidores,
o impacto seria diferente. Com custos menores as empresas produziriam mais.
No entanto, as desonerações estão sendo direcionadas
aos consumidores. Há uma pressão para o repasse integral
dos benefícios aos preços, o que auxilia na inflação
de curto prazo, mas não auxilia restabelecer a competitividade das
empresas. Sem mexer na competitividade das empresas dificilmente haverá
incentivo a maior produção e investimento. A política
de desonerações incentiva o consumo, mas não o investimento,
na contramão da necessidade atual da economia brasileira.
O
peculiar dessa política é que os efeitos no curto prazo são
contrários aos efeitos permanentes na inflação. Enquanto
no curto prazo a queda dos impostos tende a reduzir os preços e
a gerar um alívio temporário, o impacto permanente é
de mais inflação. E quanto maior o repasse do benefício
tributário pelas- empresas aos preços, maior será
o incentivo ao consumo. Ou seja, quanto mais bem-sucedida a política
sobre a inflação no curto prazo, mais difícil será
segurar a inflação no médio prazo.
Há
um certo consenso tio País sobre os objetivos para a economia. É
necessário combater a inflação, reduzir a carga tributária
e o custo das empresas e incentivar a produção e o investimento.
Mas o diabo está no desenho das políticas. As desonerações
tributárias, se repassadas aos preços, aliviam a inflação
no curto prazo, mas a pioram no longo prazo, já que incentivam o
consumo, e não o investimento. Desonerações focadas
nas empresas, financiadas por cortes de gastos públicos, teriam
efeito benéfico no longo prazo. Da mesma forma, inúmeras
reformas que atacam a complexidade de produzir no País, com impacto
direto na produtividade, poderiam incentivar o crescimento no Brasil e,
simultaneamente, combater a inflação de forma permanente.
(Ilan Goldfajn - Portal G1/Agência Estado)
Credores
aliviam termos de resgate a Chipre
Os
credores internacionais aliviaram os termos do pacote de resgate ao Chipre
ao concederem um ano a mais para que o país alcance suas metas orçamentárias,
segundo um rascunho do acordo. Países da zona do euro e o FMI afirmam
que o Chipre terá que atingir um superávit orçamentário
primário de 4% até 2017, ante o prazo de 2016 definido antes,
uma vez que o choque da crise bancária do país deve levar
o país à recessão. Neste ano, o Chipre deve registrar
um déficit orçamentário primário equivalente
a 2,4% do PIB.
O
Chipre prometeu executar uma longa lista de reformas, cortes e aumentos
de impostos em troca de 10 bilhões (US$ 12,8 bi) para evitar
um default, incluindo uma drástica reforma em seu enorme setor bancário.
O presidente do país, Nicos Anastasiades, planeja revogar a proibição
a cassinos e oferecer às empresas isenções de impostos
sobre os lucros reinvestidos na ilha, segundo o pacote de reformas anunciado
no domingo. (O Tempo)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
Wall
Street começa o trimestre no vermelho
O
mercado de ações americano começou o segundo trimestre
em baixa, na primeira sessão desde o fechamento em níveis
recordes dos índices Dow Jones e S&P-500, refletindo alguma
relutância dos investidores.
O
tom negativo do dia foi estabelecido pelo relatório do Instituto
de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), que apontou
um inesperado declínio no índice de atividade industrial
dos Estados Unidos para 51,3 em março, de 54,2 em fevereiro, apesar
de outro relatório ter apontado um aumento acima do esperado, de
1,2% nos gastos com construção no mês passado.
O
índice Dow Jones caiu 0,04% e fechou com 14.572,85 pontos. O S&P-500
recuou 0,45%, indo a 1.562,17 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perdeu
0,87%, aos 3.239,17 pontos.
Apesar
das ações terem começado abril em baixa, analistas
observaram que o mês é tradicionalmente um dos melhores do
ano para as bolsas, com um ganho médio mensal de 2,7% nos últimos
20 anos. Além disso, o Dow não tem um resultado negativo
em abril desde 2005.
Muitos
participantes do mercado observaram ainda que a modesta reação
em baixa ao fraco ISM, não necessariamente representa um pessimismo
mais amplo sobre as ações e a economia americana. Operadores
disseram ainda que não fariam uma leitura excessiva dos movimentos
de ontem, que ocorreram em um ambiente de volumes extremamente baixos após
o feriado de Páscoa.
"Neste
momento, parece que as pessoas estão esperando mais pelos números
do emprego e pela temporada de balanços", disse Nick Raich, executivo-chefe
da Earnings Scout, para o site MarketWatch.com. O Departamento do Trabalho
divulga na sexta-feira o relatório de emprego de março, cuja
expectativa dos analistas é de um saldo líquido positivo
de 200 mil novas vagas.
No
primeiro trimestre, o Dow Jones acumulou valorização de 11,25%,
o melhor primeiro trimestre desde 1998, enquanto o S&P-500 avançou
10,03% e o Nasdaq teve elevação de 8,21%. Após esses
fortes ganhos, alguns estrategistas alertaram que os investidores devem
se preparar para uma correção no curto prazo.
"É
improvável uma repetição do primeiro trimestre no
segundo trimestre", disse Stephen Wood, estrategista-chefe de mercado da
Russel Investments, para a CNBC.
"Acabamos
de fechar um grande trimestre e faltam duas semanas antes do início
de fato da temporada de balanços [nos Estados Unidos]", disse John
Carey, vice-presidente-executivo e gestor da Pioneer Investments em Boston,
que administra uma carteira de US$ 200 bilhões em ativos.
No
noticiário corporativo, as ações da gigante Intel
caíram 1,85% em reação aos dados mais fracos que o
esperado de vendas de chips. (Dow Jones Newswires/Suzi Katzumata - Valor
Online)
MBA
em Direito Securitário no RJ
O
Rio de Janeiro terá uma nova turma do MBA Direito Securitário,
oferecido pela Escola Superior Nacional de Seguros. As matrículas,
em sua úlltima semana, podem ser feitas e as aulas estão
marcadas para começar no dia 15 de abril. Elas serão ministradas
às segundas e quartas-feiras, no período noturno.
A
pós-graduação tem como objetivo fornecer conhecimentos
jurídicos focados no mercado de seguros, que contribuam para uma
visão analítica e crítica sobre o setor, o papel de
seus agentes e interesses distintos. Também propõe uma reflexão
sobre as mudanças que impactaram as regras dessa indústria.
O
curso destina-se a advogados atuantes no setor e àqueles que nele
pretendem ingressar. Não advogados que militam no mercado de seguros
poderão se inscrever no curso, mas, antes, deverão passar
por entrevista com a coordenadora acadêmica.
Para
se inscrever o aluno deverá apresentar os seguintes documentos:
uma foto 3×4 recente, cópia do RG, do CPF e do comprovante
de residência, cópia autenticada do diploma e do histórico
de 3º Grau, currículo e ficha de inscrição preenchida
(disponível no site).
A
duração do MBA é de aproximadamente um ano e meio
e o investimento de 20 parcelas de R$ 733,00. Mais informações
no www.esns.org.br, pelos números (21) 3380-1046 / 1044 / 1532 ou
através do e-mail graduacao@esns.org.br. A ESNS fica na Rua Senador
Dantas, nº 74, 2º e 4º andares, Centro. (Revista Apólice)