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Previdência - Clipping de Notícias - 01.09.2009
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O Dia da Previdência - Nossa Leitura

Regra das despesas administrativas é aprovada pelo CGPC.   Em sua reunião de ontem o CGPC aprovou a resolução sobre a regra de limite das despesas administrativas que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2010.  (vide matérias abaixo)

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,8890 com alta de 1,29% em relação ao fechamento de sexta-feira.  Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a segunda-feira em baixa de 2,10% com o volume financeiro no patamar de R$ 5,7 bilhões.  Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou o dia em queda de 0,50% e a Nasdaq caiu 0,97%.

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Sistema de Previdência Complementar,
Atos de gestão e o dia a dia das Entidades

BB Previdencia

 
CGPC reduz para 1% a taxa de administração dos fundos
Resolução entra em vigor no dia 1° de janeiro de 2010
O Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) aprovou ontem (31/08) resolução que fixa o limite anual das despesas administrativas dos fundos de pensão para 1% sobre o montante dos recursos garantidores do conjunto dos planos de benefícios administrados pelas entidades de previdência regidas pela Lei Complementar 108, de 2001. A taxa de carregamento foi fixada, de forma opcional, em até 9%, incidente sobre a soma das contribuições e dos benefícios do conjunto dos planos previdenciários. As entidades que se encontrarem desenquadradas aos limites estabelecidos, a partir de 1° de janeiro de 2010 – data de vigência da norma, após a publicação no Diário Oficial da União –, terão sessenta meses para se enquadrarem.
A Resolução aprovada, segundo ressaltou o Secretário de Previdência Complementar (SPC), Ricardo Pena, “norteia-se na defesa dos interesses dos participantes e assistidos, pelo fomento por meio de uma regulação moderna do custeio administrativo, que propicie às entidades fechadas de previdência complementar um melhor direcionamento nas suas operações a partir da elaboração e execução de seu orçamento”. Dessa forma, ressaltou o Secretário, “além de contribuir para uma maior transparência, visibilidade, segurança e comparabilidade dos gastos dentro do sistema”, a Resolução permitirá também o crescimento da previdência complementar.
Foi lembrado ainda que uma revisão na questão do custeio administrativo se fazia necessária, face ao conflito entre a evolução do sistema e a obrigatoriedade de cumprimento de limites quantitativos estabelecidos pelos normativos ainda vigentes relativos à sobrecarga administrativa (resolução nº 1 outubro de 1978) e às despesas administrativas das EFPC (decreto nº 606 de julho de 1992). “Nesse contexto, esses normativos foram editados em momentos cuja realidade não se coaduna com a atual, ocasionando dificuldades na gestão do plano de benefícios de diferentes modalidades (BD, CD ou Misto/CV), formas de gestão dos investimentos e número de participantes e assistidos”, justificou.
GOVERNANÇA – No que diz respeito às entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) regidas exclusivamente pele Lei Complementar 109/01, a resolução aprovada pelo CGPC também inovou ao propor, considerando a diferenciação da lei, que elas não tenham limite de despesa fixado em norma, cabendo ao Conselho Deliberativo da EFPC definir tais limites bem como indicadores de gestão dos gastos administrativos. Até porque, pela Resolução n° 28/09 que trata da nova planificação contábil desses fundos, foi aumentado o nível de detalhamento das despesas administrativas da EFPC.
Pela Resolução, os critérios quantitativos e qualitativos a serem definidos pelo Conselho Deliberativo, para a realização das despesas administrativas, devem considerar a adequação dos gastos e os resultados obtidos observando, dentre outros, os seguintes aspectos: recursos garantidores dos planos de benefícios; quantidade de planos de benefícios; modalidade dos planos de benefícios; número de participantes e assistidos; e forma de gestão dos investimentos.
Além de reforçar a questão de governança do Conselho Deliberativo, a Resolução também fortaleceu a governança do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva, para acompanhar e controlar as despesas administrativas.
TRANSPARÊNCIA – Como um princípio norteador da previdência complementar, a resolução propõe ampla divulgação e transparência na internet, pela SPC, das informações das despesas administrativas das EFPC, inclusive das despesas de investimentos, como forma de maior comparação para os participantes, assistidos, patrocinadores e instituidores.
NOVAS FONTES - A Resolução tem por objetivo orientar as EFPC na definição de suas fontes de custeio e na realização de suas despesas administrativas, sendo enumeradas oito fontes: contribuição dos participantes e assistidos; contribuição dos patrocinadores e instituidores; reembolso dos patrocinadores e instituidores; resultado dos investimentos; receitas administrativas; fundo administrativo; dotação inicial; e doações.
Com essa oferta maior de fontes de custeio quis o CGPC oferecer flexibilidade aos fundos de pensão quando da elaboração do seu orçamento anual, visto que a legislação vigente especifica apenas as contribuições como fonte de custeio. Caberá assim ao Conselho Deliberativo definir a fonte de custeio a ser utilizada no exercício.
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL – Apresentada inicialmente ao Conselho de Gestão de Previdência Complementar no dia 29 de junho, a minuta da Resolução sobre as despesas administrativas das EFPC foi submetida a uma audiência pública e aberta em 22 de julho último, à qual compareceram mais de 100 representantes de 35 entidades, associações de previdência privada, patrocinadores, instituidores, governo federal e entidades sindicais. A reunião validou e consolidou as regras finais da resolução, recebendo a SPC oito sugestões para a proposta apresentada em junho, que se traduziram agora em aperfeiçoamento do texto aprovado.    (Zenaide Azeredo - SPC/AssPreviSite)

Despesa de fundo de pensão de estatal terá limite
As despesas administrativas dos fundos de pensão das empresas estatais deverão se limitar a até 1% do total de ativos financeiros das entidades ou não ultrapassar 9% da soma das contribuições anuais feitas ao conjunto dos planos previdenciários. Essa é uma nova regra de limite das despesas administrativas que passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2010, segundo resolução aprovada hoje pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC). O CGPC é um órgão tripartite (governo, administradores de fundos de pensão e participantes) responsável pela definição de regras para essas entidades fechadas de previdência.
A regra atual prevê que as despesas administrativas dos fundos de pensão do setor público sejam limitadas a 15% das contribuições anuais. O secretário de Previdência Complementar (SPC) do Ministério da Previdência Social, Ricardo Pena, explicou que, no entanto, há no momento algumas entidades que reduziram ou suspenderam novas contribuições de seus associados e de suas patrocinadoras por terem um elevado superávit.
Esse é o caso, por exemplo, da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) que, desde 2007, suspendeu novas contribuições. "Por isso, para entidades nessa situação era preciso criar um outro parâmetro para controle das despesas administrativas, que é o porcentual dos ativos financeiros", explicou o secretário. Segundo Pena, o cenário de juros mais baixos é compatível com uma maior redução das despesas administrativas dos fundos de pensão.
A resolução aprovada hoje dará um prazo de 60 meses, a contar de 1º de janeiro do ano que vem, para o enquadramento de todas as entidades. O secretário informou que o Brasil tem hoje 380 fundos de pensão, sendo 83 deles ligados a empresas estatais na esfera federal, estadual e municipal. Dessas 83 entidades fechadas de previdência públicas, 20 delas hoje estão desenquadradas do limite de gastos fixado pela nova resolução. No caso dos fundos de pensão ligados a empresas privadas, os limites de gastos administrativos deverão ser definidos pelo Conselho Deliberativo de cada entidade.
A SPC passará a divulgar em sua página eletrônica na Internet, também a partir de janeiro do ano que vem, informações sobre as despesas administrativas dos fundos de pensão, inclusive das despesas de investimentos, como forma de maior comparação para os participantes, assistidos, patrocinadores e instituidores. "O objetivo disso é melhorar a gestão dos fundos de pensão, dando instrumentos para que os participantes possam cobrar sempre uma melhor gestão dos administradores das entidades", afirmou o secretário. (Agência Estado)

Fundo de pensão tem novo limite para despesas
O Conselho Gestor da Previdência Complementar (CGPC, ligado ao Ministério da Previdência) alterou, ontem, o limite de gastos administrativos das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC). Em vez de 15%, essas entidades, conhecidas como fundos de pensão, poderão desembolsar no máximo 9% do fluxo de contribuições com esse tipo de despesa. Por outro lado, foi criado um parâmetro alternativo. Aqueles que preferirem poderão adotar como base de cálculo o montante de aplicações do fundo no final de cada ano. Nesses casos, o limite anual de gastos administrativos será de 1% sobre tais investimentos.
Os novos tetos entrarão em vigor em janeiro de 2010 e terão que ser obrigatoriamente observados pelos fundos patrocinados pelo setor público, federal, estadual ou municipal. Essas entidades representam 83 do total de 380 fundos fechados hoje existentes no país, informa a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) do Ministério da Previdência.
O antigo teto, que será observado só até dezembro de 2009, vigora desde 1978. A decisão de oferecer uma alternativa, com base no volume de aplicações, deve-se ao fato de que há fundos antigos, como o Centrus, dos antigos funcionários do Banco Central, que não recebem mais novas contribuições, explicou, em entrevista ao Valor, o titular da SPC, Ricardo Pena Pinheiro. "Dependendo da maturidade do plano de benefícios, 15% podia ser muito ou pouco", acrescenta ele.
Das 83 EFPC patrocinadas pelo setor público, 22 não se enquadrariam hoje em nenhum dos dois critérios oferecidos pela nova resolução do CGPC, embora gastem menos do 15% do fluxo de contribuições. Por isso, a resolução dá prazo de cinco anos para quem não conseguir se encaixar em nenhum dos dois critérios a partir de janeiro de 2010.
O conselho inovou ao propor, para as entidades fechadas de previdência complementar privadas, regidas pela lei complementar 109/01, que elas não tenham limite de despesa fixado em norma, cabendo ao conselho deliberativo definir os percentuais e os indicadores de gestão dos gastos administrativos. Conforme determina a resolução, os critérios a serem definidos pelo conselho deliberativo devem considerar a adequação dos gastos observando pontos como recursos garantidores dos planos de benefícios, quantidade de planos; e número de participantes e assistidos.   (Mônica Izaguirre - Valor Online)

Fundos terão que controlar despesas
A partir de janeiro de 2010, participantes e empresas que patrocinam os fundos de pensão do setor público poderão ser beneficiados com uma pequena queda nas contribuições mensais. O Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) aprovou, ontem, resolução que fixa em 1% sobre o total de ativos das fundações o limite anual de gastos com as despesas administrativas. Como forma opcional de bancar esses gastos, as entidades poderão usar a taxa de carregamento, que cai de 15% para 9%.
Segundo o Secretário de Previdência Complementar (SPC), Ricardo Pena, a taxa de carregamento é um percentual sobre as contribuições que podem ser gastas com pessoal, consultoria, advogados e outras despesas administrativas. “De cada R$ 100 de contribuição, por exemplo, R$ 15 poderiam ser destinados para a cobertura das despesas administrativas”, disse Pena. Agora, de cada R$ 100 arrecadados, o fundo de pensão patrocinado por estatais poderá destinar, no máximo, R$ 9 para despesas administrativas.
O secretário defendeu o limite para gastos administrativos como uma forma de aumentar o volume de recursos que são aplicados no mercado financeiro para garantir, no futuro, o pagamento das aposentadorias e pensões dos participantes das fundações. “No atual contexto, de juros baixos e inflação sob controle, está cada vez mais difícil para os fundos atingirem a meta atuarial de inflação mais 6% ao ano. Portanto, todo recurso a mais será bem-vindo” completou.
Também a partir de janeiro, a SPC começará a publicar, na internet, as informações referentes aos gastos administrativos dos fundos de pensão, inclusive as despesas de investimentos. “Primeiro estabelecemos o limite, que deve ser seguido pelo controle e transparência”, observou Pena. Segundo o secretário, com as informações disponíveis os participantes poderão comparar as despesas da sua entidade com outras e cobrar maior controle de despesas dos gestores.  (Correio Braziliense)

Comunicação e educação financeira
Porque a comunicação e a educação financeira estão juntas na escolha de perfis de investimento
As fundações brasileiras de previdência complementar fechadas têm atuado de forma diferente na disposição de perfis de investimento aos seus participantes. Algumas, embora ofereçam três modalidades de perfis, fazem restrições na mobilidade entre eles no caso de aposentados e pensionistas. Trata-se de uma postura mais conservadora e até paternalista. Outras fundações optaram por uma atitude minimamente intervencionista, deixando para o participante a escolha do perfil de investimento.
Apesar das diferenças, todas investem fortemente em comunicação. Ferramentas como sites direcionados, informativos e até mesmo reuniões presenciais no chão de fábrica têm sido adotadas nesse processo. Não são ações pontuais e sim parte de um planejamento estratégico consolidado, que visa ajudar o participante na compreensão de conceitos financeiros para que ele avalie oportunidades e riscos dos investimentos.
Nossa experiência mostra que a educação financeira vai se tornar ainda mais fundamental, graças à tendência de diversificação dos perfis de investimento. Vejamos o caso dos Estados Unidos, onde as entidades do setor ofereciam, em média, 18 alternativas de fundos de investimentos para seus participantes, em 2007. Os dados são da The Profit Sharing Council of America (PSCA), que realiza uma pesquisa anual sobre o assunto, divulgada no final do ano. O levantamento da PSCA indica uma evolução desse quadro, ao mostrar que as alternativas eram menores em 1994, quando 58% das entidades apresentavam cinco ou mais opções, enquanto na década anterior (1978) somente 4% delas tinham tal diversificação.
Agora examinemos a tendência de diversificação de opções num momento de crise. Como fica o participante que está perto da aposentaria e fez uma opção mais agressiva, em função dos anos de crescimento recente e da intensa movimentação das bolsas de valores? Ele pode voltar para sua opção conservadora? E com que periodicidade? E mais: as fundações devem intervir mais fortemente, indicando as opções mais adequadas? Qual a cultura financeira e previdenciária adquirida que respalda a decisão final? Se este participante tem outros investimentos e opta em manter-se na opção agressiva do fundo de pensão, a entidade tem co-responsabilidade?
São perguntas difíceis de responder e vemos a comunicação como instrumento fundamental para fomentar a educação financeira no ambiente de trabalho. Ela surge como uma nova cultura das instituições, traduzindo as terminologias do mercado financeiro para os colaboradores.
O depoimento de uma diretora de um fundo de pensão, no recente Fórum de Investimento realizado pela LUZ-EF, mostra que o instrumento de comunicação não importa. O que faz a diferença é a transparência. O participante quer ter informações seguras e acesso às possibilidades de mudança. Muitas vezes esses formatos estão amplamente divulgados no site da entidade ou por meio de cartilhas orientadoras. Mas é necessário editá-los. A informação deve ser passada, repetidamente, de forma direcionada. O trainee, que tem uma longa carreira pela frente, precisa conhecer os desdobramentos de uma opção mais agressiva de investimento. O colaborador em vias de se aposentar igualmente tem a necessidade de ter detalhes sobre as implicações de mudar de perfil num momento de instabilidade.
Outro caso mostrado no Fórum, de uma entidade cuja postura é mais liberal em termos de opções, a “dobradinha” comunicação e educação financeira tem o mesmo papel. Os diretores dessa entidade mapearam todos os seus públicos-alvo, criando mecanismos de comunicação diferenciados e medindo a efetividade dos instrumentos, aperfeiçoando o modelo, de acordo com o feedback que tiveram. Quem ganha é o participante, que é informado e pode, dentro das regras estabelecidas, mudar o seu perfil.
Nos Estados Unidos, ainda de acordo com a pesquisa da PSCA, 24% das entidades permitiam a mudança diária de perfil em 1994. Hoje, o participante pode mudar em minutos e voltar ao seu perfil. Apesar disso, os dados indicam que tal movimentação não acontece. E o que podemos depreender disso? Que a informação educa e aprimora o modelo que temos. Então, invistamos nela, independente da postura adotada pela entidade ao disponibilizar perfis de investimento aos seus participantes de tal modo que eles se sintam envolvidos na gestão dos recursos.    (Cecília Harumi - Executivos Financeiros)

Educação Previdenciária: Boa receptividade ao AssPreviSite
Diversas EFPCs se manifestaram favoráveis a proposta encaminhada pelo AssPreviSite para uma atuação complementar, no âmbito informativo,  de forma a apoiar as ações de educação financeira e previdenciária destas entidades.
Vários fundos já estão engajados em programas voltados a educação financeira e previdenciária. A proposta do AssPreviSite visa levar um conteúdo informativo para os canais de relacionamento com participantes e o sistema de comunicação das Entidades incrementando-os com informações atualizadas para o corpo de participantes de seus planos de previdência. Esta mecânica visa esclarecer, de forma simples e objetiva, questões de seu interesse ligadas à previdência.
O AssPreviSite possui uma “expertise” noticiosa que pode alinhar-se com os esforços da instituição, alavancando ainda mais os programas de Educação Financeira e Previdenciária das EFPCs.  Esta parceria oferece um bom suporte aos instrumentos das entidades em conformidade com os termos da Portaria MPS Nº. 418/2008  e as orientações e incentivos da Secretaria de Previdência Complementar.  Adote também esta iniciativa em sua Entidade.  Informações sobre esta sistemática podem ser obtidas através do e-mail assprevisite2@terra.com.br  (AssPreviSite)

Funcef: Competência e experiência
Nesta entrevista, publicada na edição 38 da Revista FUNCEF, o novo diretor de Participações Societárias e Imobiliárias da FUNCEF, Luiz Philippe Torelly, faz um resumo de sua experiência profissional, fala sobre os desafios do novo cargo e lembra que ser associado da FUNCEF é um investimento com retorno garantido
Revista FUNCEF - Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.
Luiz Philippe Torelly - Sou arquiteto e urbanista, graduado pela Universidade de Brasília, com curso de mestrado em Planejamento Urbano. Em 1980, ingressei no extinto Banco Nacional da Habitação - BNH, no cargo de arquiteto, após ter sido o primeiro colocado no Concurso Nacional para Barateamento  da Construção Habitacional, promovido por aquela instituição.
Em meus quase 30 anos de exercício profissional, na CAIXA e no BNH, exerci diversas funções. Na CAIXA, fui chefe de setor, de divisão, especialista, gerente nacional, superintendente nacional e chefe de gabinete da Presidência. Ocupei também alguns cargos na Administração Pública, como presidente do Instituto de Planejamento Territorial e Urbano e secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Governo do Distrito Federal. De 2007 ao inicio do presente ano, fui diretor de Promoção do Patrimônio Cultural Brasileiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. De março passado até inicio de julho, por convite da presidenta da CAIXA, Maria Fernanda Ramos Coelho, colaborei na constituição da CAIXAPAR, CAIXA Participações S|A como diretor-geral.
Revista FUNCEF - Quais são suas perspectivas para 2009 e 2010 à frente da Diretoria de Participações?
Luiz Philippe Torelly - Tive a felicidade de suceder a uma pessoa com a capacidade e competência de Jorge Arraes. Meu trabalho será muito facilitado. Enfrentaremos o desafio de promover investimentos, em um cenário de queda da taxa Selic e de retomada do desenvolvimento. Cada vez mais, a Fundação deverá aprimorar seus controles e critérios de elegibilidade dos investimentos, para obter as rentabilidades que nossas metas atuariais indicam. A recente crise econômica trouxe lições importantes, que devemos assimilar e reproduzir em práticas de governança corporativa.
Revista FUNCEF - A FUNCEF tem crescido em patrimônio e em número de associados desde 2003. Como o senhor avalia a Fundação hoje?
Luiz Philippe Torelly - A Fundação, assim como os demais fundos de pensão, teve seu desempenho ampliado nos últimos anos. A responsabilidade de assegurar aos nossos participantes a garantia de que seus recursos serão aplicados com segurança, o respeito às regras prudenciais e a rentabilidade compatível com os compromissos de cada plano são nossa obrigação principal. Contudo, dado ao volume de recursos que gerem, e da necessidade de aplicar em investimentos de longo prazo, os Fundos se tornaram  importantes agentes do desenvolvimento  do país. Hoje atuam intensamente no cenário econômico e detêm relevantes participações societárias em grandes empresas, dos mais diversos segmentos. Seus investimentos são vitais para que o Brasil possa crescer, gerar empregos e reduzir as desigualdades sociais.
Revista FUNCEF -  A previdência complementar tem ganhado, pouco a pouco, espaço na vida dos brasileiros. Nessa perspectiva, que mensagem o senhor passa aos colegas da CAIXA que ainda não se associaram à FUNCEF?
Luiz Philippe Torelly - A principal vantagem de aderir à FUNCEF é aritmética. Para cada real que o participante contribuir, a patrocinadora contribuirá com outro. É uma poupança de longo prazo, no qual só se entra com a metade, e se é proprietário da totalidade. Não há investimento melhor.  (Funcef/AssPreviSIte)

Previ: Fórum debate Investimentos Alternativos
O Fórum, organizado pela Diretoria de Planejamento da PREVI, encerra-se em 8/9 e debate a elaboração de Política de Investimentos. No primeiro dia do evento, 27/8, o palestrante Carlos Garcia, da Itajubá Investimentos, falou sobre tendências e oportunidades de negócios alternativos. Segundo suas análises, os investimentos alternativos, como os fundos hedge, private aquity e infraestrutura, surgem em um contexto em que os fundos de pensão e outros investidores institucionais necessitam de alto retorno das aplicações, em um cenário de queda de juros e baixo retorno dos investimentos tradicionais.
Das seis maiores "indústrias" de fundos de pensão – Japão, Canadá, EUA, Suíça, Holanda e Reino Unido, apenas a Holanda projeta um equilíbrio atuarial no retorno dos investimentos. Nas demais, não se alcança o rendimento necessário de 6%a.a. Esse fator é um dos impulsionadores do crescimento de investimentos alternativos no exterior, uma vez que em países de baixa inflação os títulos a ela indexados não cobrem a necessidade de retorno atuarial.
A nossa realidade
No Brasil, a busca por alternativas de investimentos já é uma realidade, com a seguida queda nas taxas de juros. Entretanto, Carlos Garcia identifica ainda alguns desafios para os investimentos alternativos: pouco conhecimento dos dirigentes, participantes e autoridades acerca de tais investimentos; poucos gestores especializados (limitação de "talento"); pequena capacidade de absorção de recursos por parte das carteiras, ou seja, atingido um valor relativamente baixo, o gestor já não aceita mais captar recursos dos investidores.  (Previ/AssPreviSite)

Petros: Avaliação do Conselho de Administração
Entidade destacada pela avaliação de seus Conselhos de Administração
O jornal “Valor Econômico” destacou em sua edição dessa segunda-feira, dia 31, as empresas que adotaram a avaliação dos seus Conselhos de Administração. Dentre elas, destaque para a Petros, uma das pioneiras entre os fundos de pensão a iniciar tal prática. Leia a íntegra do Boletim 53 no link https://www.petros.com.br/petrossite/Download/boletim/boletim_53.pdf    (Petros/AssPreviSite)

Fundação Cesp: Eleições
TJ suspende eleição dos assistidos nos Conselhos Deliberativo e Fiscal
A Fundação CESP informa que, conforme decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o processo eleitoral para a eleição dos representantes dos assistidos nos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Fundação CESP está suspenso até o julgamento final do mérito do recurso pelo TJ.  (Fundação Cesp/AssPreviSite)

Diretrizes dos Regimes Próprios de Previdência Social
A Portaria n° 230, do Ministério da Previdência Social, altera as Portarias n° 64/2006 e n° 402/2008, que tratam, respectivamente, do Processo Administrativo Previdenciário (PAP) e dos parâmetros e diretrizes gerais para organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A Portaria n° 230 foi publicada na edição de ontem (31) do Diário Oficial da União (DOU).  (Anfip)

Fundos: Mudar para o pré-sal ser nosso
A principal mudança do novo marco regulatório da indústria de petróleo no Brasil, para desenvolver as reservas do pré-sal, é trocar o regime de concessão - mantido, porém, para os blocos já licitados - para de partilha da produção. Esse regime é adotado nos países detentores das maiores reservas mundiais, como Arábia Saudita, Venezuela, Irã e Iraque.
No contrato de partilha, o Estado e as empresas dividem a produção de óleo e gás, permitindo à União reter para o país a maior parte da riqueza gerada com a renda do petróleo.
Pela proposta apresentada, o governo poderá contratar a Petrobras para produzir diretamente no pré-sal e em áreas estratégias ou optar por empresas privadas por licitação, assegurando, neste caso, à estatal uma fatia mínima de 30% em cada bloco.
A Petrobras também será operadora de todos novos campos. Nesse regime, a União será representada por uma nova estatal, a Petro-Sal.
Nos casos em que a Petrobras será a única produtora, caberá ao CNPE definir o rateio da produção do campo entre a União e a estatal.
Quando houver licitação, será vencedora a empresa que oferecer o maior percentual da produção à União, proposta que terá adesão da Petrobras.
As petrolíferas pagarão um bônus de assinatura ao Estado. A Petro-Sal não realizará atividades operacionais e nem fará investimentos, mas terá presença nos comitês que definirão as atividades dos consórcios, com poder de veto nas decisões.
Segundo o governo, a mudança no regime de concessão para a partilha de produção deve-se ao fato de o pré-sal ser uma das maiores províncias petrolíferas do mundo.
A descoberta de uma região com alto potencial e baixo risco para os investidores, enfim, levou o governo a rever a prejudicial Lei do Petróleo de 1997, que permitia a captura dos ricos recursos naturais do petróleo por empresas multinacionais.
A novo modelo inclui a capitalização da Petrobras, para elevar a capacidade de investimento da estatal. A União irá ceder a empresa, em regime oneroso, o direito de explorar até 5 bilhões de barris de óleo equivalente. Ao mesmo tempo, a estatal realizará aumento de capital, no qual União e minoritários terão direito de subscrição. (Monitor Mercantil)

Fundos: Riscos e oportunidades do pré-sal
Entre a taça e os lábios, o líquido pode derramar. As condições para a concretização das promessas são muitas
As descobertas de grandes reservas de petróleo e gás na chamada camada "pré-sal" tanto podem descortinar um futuro brilhante para os brasileiros quanto submeter o país a um processo de empobrecimento econômico e anomia social. Entre as descobertas e a obtenção dos benefícios, entre a taça e os lábios, o líquido pode derramar. As condições para a concretização das promessas são muitas.
A regulamentação atual do setor não é compatível com a abundância.
Ela foi concebida para a escassez, "para se achar petróleo". Por isso, tomou por base o "modelo" de concessão. Já o sistema de partilha permite a apropriação da riqueza por parte do Estado em nome da sociedade. A riqueza do petróleo é apropriada sob a forma de impostos e royalties -como, aliás, ocorre no modelo vigente.
Esse padrão de tributação pode conviver com o sistema de partilha, mas no caso brasileiro é recomendável alterá-lo: 1) a tributação deve aumentar; 2) a atual regra de distribuição dos recursos tributários obtidos com a exploração do petróleo entre União, Estados e municípios precisa ser revista.
Naturalmente, nada deve mudar quanto aos projetos já em andamento, cujos frutos de exploração pertencem às empresas detentoras das concessões, e os royalties, aos Estados já contemplados.
A concentração nas mãos da União é a condição para a universalização das políticas sociais e de investimento em infraestrutura, com regras claras destinadas a reger a utilização dessa riqueza para o desenvolvimento e o bem-estar do conjunto das regiões, dos Estados e dos municípios do país.
A avalanche de moeda estrangeira que certamente advirá da exportação de petróleo ameaça tornar incontrolável o vício nativo cevado nas delícias tão sedutoras quanto viciosas do câmbio valorizado.
A "doença holandesa" é a moléstia de uma sociedade de cigarras que passa a depender de uma dádiva natural e abandona a riqueza fruto do trabalho, da inovação tecnológica e da agregação de valor.
O ideal seria aplicar no exterior os recursos gerados pelas exportações, utilizando no âmbito doméstico tão-somente os recursos gerados nas vendas internas e os rendimentos obtidos das aplicações no estrangeiro.
Não por acaso, proliferaram os "fundos soberanos", muitos dos quais fruto da acumulação de receitas derivadas da exportação de petróleo.
As aplicações devem ser conservadoras e de longo prazo, já que se destinam a transmitir para gerações futuras uma riqueza finita que não pode beneficiar apenas a geração presente.
A aplicação dos recursos do fundo soberano no exterior será de grande valia para promover a internacionalização de empresas e bancos brasileiros. Bem conduzida, essa estratégia vai conferir ao real o status de moeda conversível, alem de obrigar os gestores a adotar estratégias de longo prazo na administração dos recursos.
A experiência recente dos fundos soberanos mostra que eles têm poder para reverter as tendências perversas dos mercados financeiros, ao promover mais investimentos nas empresas e menos traquinagens especulativas com ativos já existentes.
No âmbito doméstico, o governo brasileiro anunciou o desejo de conceder prioridade ao desenvolvimento social, sobretudo à educação e à inovação tecnológica, o que nos parece correto.
Seria igualmente importante apoiar a modernização da infraestrutura e das formas alternativas de energia renovável, alem de criar um fundo para estabilização das receitas fiscais, com o propósito de atenuar as consequências das flutuações nos preços do petróleo.
A forma institucional mais bem-sucedida de gestão da riqueza proporcionada pela exploração do petróleo é oferecida pela Noruega. Os noruegueses criaram uma empresa estatal para administrar as participações do governo nos projetos partilhados e a gestão do fundo soberano.
No Brasil, uma empresa desse tipo cumpriria essas e outras funções, tais como o planejamento do ritmo de exploração das reservas do pré-sal e a supervisão das políticas industriais e tecnológicas. Dentre os setores a serem fomentados, há que sublinhar a importância estratégica da própria indústria de bens de capital, de suprimentos e serviços que abastecem o setor de petróleo.
Enxuta em termos de pessoal e com atribuições claramente definidas, essa empresa teria capacidade para antecipar recursos no mercado de capitais e mobilizar fundos para promover a cadeia produtiva do petróleo, alem de financiar novas prospecções executadas por empresas do setor, como a Petrobras.
Essas ações oferecem ao país a oportunidade de se libertar da crônica dependência do financiamento externo e afastar os choques cambiais que de tempos em tempos constrangem a política econômica.    (JULIO GOMES DE ALMEIDA e LUIZ GONZAGA BELLUZZO - Folha de S.Paulo)

Fundos: O pré-sal e as questões insondáveis
Quais razões teriam motivado o governo a mudar as regras do jogo da exploração de petróleo depois das descobertas no pré-sal? Se forem somente aquelas das dimensões das descobertas, do baixo risco envolvido e da preservação dos interesses nacionais, não resistiriam a uma discussão mais aprofundada. O sistema de concessão, ora em vigor, contempla também o caso de grandes jazidas - campos gigantes já haviam sido descobertos em Campos - de riscos geológicos de grandeza variável e de defesa dos interesses pátrios.
Se no cerne da questão estivesse o aumento das participações do Estado, bastaria acrescê-las por simples decreto presidencial. Aparentemente, no entanto, existem outras questões, mais insondáveis do que o próprio pré-sal, envolvendo aspectos ideológicos, partidários e eleitoreiros. De fato, deixando os representantes da indústria preocupados, ansiosos e perplexos, os mentores das mudanças em curso parecem mais interessados em aumentar efetivamente a presença do Estado no setor brasileiro do petróleo.
Desde as primeiras descobertas no pré-sal, em 2007, extirparam-se dos leilões os blocos das áreas correspondentes e, na prática, suspendeu-se o processo de licitação de áreas de exploração, reconhecido e respeitado internacionalmente pela transparência e competência com que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) o conduzia. Depois, convocou-se uma douta comissão que, dentro do Executivo, passou meses a portas fechadas interagindo somente entre o governo e a estatal brasileira.
Finalmente, com um ano de atraso sobre o previsto, elaborou-se uma proposta que envolve o abandono do modelo de concessão, a adoção da partilha da produção nas áreas consideradas estratégicas (quais?), a criação de uma empresa 100% estatal para gerenciar a exploração e de um fundo para aplicação dos recursos, supostamente na área social.
A indústria do petróleo e a própria sociedade ainda não foram convocadas a debater estes importantes aspectos e, ao ser mantido o regime de urgência para apreciação da proposta no Congresso, quase não haverá tempo para isso.
Muito haveria a se contrapor à proposta do Executivo. O modelo de concessão é largamente utilizado em países ricos e desenvolvidos com uma tradicional indústria do petróleo, como Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e Canadá. O modelo de partilha, que ora se quer introduzir, é largamente aplicado em países produtores menos desenvolvidos, e nem sempre democráticos. A criação de mais uma estatal seria de pouca valia para um país que já conta com a Petrobrás, a ANP, e o próprio Ministério de Minas e Energia.
Tememos pela efetiva aplicação dos recursos do petróleo em áreas sociais como a educação por meio do fundo a ser criado, dadas as malfadadas experiências da CPMF e da CIDE, cujos recursos não foram nem para a saúde nem para o sistema rodoviário brasileiro. O desvio dos ingentes recursos do petróleo para áreas políticas e sociais levou a resultados desastrosos em países produtores como a Venezuela.
Na véspera deste dia, alguns bodes foram retirados da sala de estar. O principal foi retirado a pedido dos governadores dos maiores Estados produtores que temiam a redução de suas participações na distribuição dos recursos da extração do petróleo, justo ressarcimento para quem sofre os impactos ambientais, sociais e culturais decorrentes dessas atividades. Outros bodes permanecem. O regime de urgência para discutir no Congresso que se prometeu retirar, aparentemente retornou.
Existem relevantes e preocupantes lacunas quanto à dimensão dos privilégios da Petrobrás, às dimensões da partilha de produção, ao processo de licitação das áreas, ao destino do petróleo recebido pela União e à sua transformação em dinheiro.
Por sua atuação na descoberta do pré-sal, a superação de desafios tecnológicos e o simples fato de ser uma estatal brasileira, a Petrobrás certamente fez por merecer algum tipo de privilégio.
Parece-nos, no entanto, prejudicial às demais empresas de petróleo assegurar-lhe um terço de todos os interesses e a garantia de ser operadora (empresa líder do consórcio) em todos os blocos.
Agora, com o envio da proposta para o Congresso esperamos que, mesmo no curto espaço de tempo disponível, se abra finalmente uma discussão desses temas envolvendo principalmente os representantes da indústria e da sociedade.
Entre os primeiros incluímos as empresas de petróleo, os muitos fornecedores de bens e serviços, as universidades e centros de pesquisa e as instituições que os congregam. Entre os demais, espera-se também a mobilização dos consumidores, que continuam pagando caro pelos derivados de petróleo apesar da festejada autossuficiência e do petróleo do pré-sal.
Finalmente, nos preocupamos pelo destino da proposta no Congresso que, também por razões fisiológicas, ideológicas ou eleitoreiras, pode se transformar num Frankstein legislativo nocivo aos interesses da indústria e da sociedade. Ninguém quer isso.   (Giuseppe Bacoccoli - O Estado de S.Paulo)

Fundos: Petrobras é grande vitoriosa nas novas regras
Ela pode captar até R$ 100 bi, será operadora única e tem atuação garantida em consórcios
Capitalização visa dar suporte financeiro à estatal para explorar o pré-sal e tentar aumentar a parcela da União no capital da empresa
Ao anunciar o novo marco regulatório do setor de petróleo, o governo confirmou a decisão de capitalizar a Petrobras, mais uma demonstração de que a estatal saiu como a grande vitoriosa na definição das novas regras. A operação pode ser a maior já feita no país até hoje. Foi oficializada ainda a proposta de criar a Petro-Sal, estatal que irá administrar a riqueza do pré-sal em nome da União, e o fundo social, a ser formado com a renda gerada pelas novas reservas.
A divulgação foi feita ontem pelo presidente Lula, durante evento em Brasília, quando ele assinou quatro projetos de lei, que tratam também da criação da partilha de produção na exploração do pré-sal. As regras da capitalização constam de um projeto de lei específico, que autoriza a União a ceder à Petrobras direitos de exploração de áreas não leiloadas do pré-sal, limitadas ao volume de 5 bilhões de barris.
Segundo cálculos feitos como referência para a operação, a capitalização pode atingir até R$ 100 bilhões com um custo de extração do óleo de US$ 10 o barril. A empresa tem valor de mercado de R$ 307 bilhões. Os detalhes serão divulgados hoje pela estatal. A Petrobras poderá pagar a cessão dessas áreas com títulos públicos num primeiro momento. Depois, a operação será consumada com a entrega de ações da empresa para o governo federal.
Para que a operação seja concluída, a Petrobras contratará duas empresas de consultoria independentes que vão avaliar o volume e o valor das reservas cujos direitos de exploração serão transferidos para ela. A capitalização tem dois objetivos: dar suporte financeiro à estatal para explorar o pré-sal e tentar aumentar a parcela da União no capital total da empresa -hoje na casa dos 32%, o que não lhe garante a maior parte dos lucros. O governo tem a maioria do capital com direito a voto da companhia.
Além da capitalização, as novas regras confirmaram duas medidas que beneficiam diretamente a Petrobras: ela será a operadora única do pré-sal e terá uma participação de 30% garantida nos consórcios que irão explorar a região. Ela ganhou ainda o direito de disputar os leilões para aumentar essa participação mínima e pode ser contratada diretamente, sem licitação, para desenvolver campos que o governo considere estratégicos. A escolha do nome Petro-Sal chegou a dividir o governo, mas Lula optou por ele, mesmo diante dos riscos de que seja relacionado a "petrossauro" -uma crítica feita no passado à Petrobras pelo ex-ministro Roberto Campos.
A nova companhia não será operadora nem fará investimentos na exploração, mas irá representar a União nos comitês operacionais formados pelas empresas para desenvolver os campos de petróleo da região. Terá no máximo 130 empregados, sede meramente formal em Brasília e o escritório central no Rio de Janeiro. A Petro-Sal também será a responsável por fiscalizar os custos de produção, essencial na partilha de produção -já que, quanto maior o custo, menor a parcela do óleo a ser transferida para a União.
Quanto ao fundo social, ele ganhou, na reta final, duas novas destinações. Além de educação, combate à pobreza e inovação tecnológica, ele será investido em cultura e ambiente. Suas fontes de recursos serão: a renda do óleo de propriedade da União na partilha de produção; os bônus pagos pelas empresas vencedoras dos leilões; e a parcela dos royalties do governo federal.
Ao justificar a opção pela partilha de produção no pré-sal, o governo destacou que todos os países fizeram mudanças em seus sistemas quando encontraram grandes reservas. O governo não divulgou dados sobre o potencial de toda a região do pré-sal, mas lembrou que em três campos -Tupi, Iara e Parque das Baleias- a expectativa é que as reservas fiquem entre 9,5 bilhões e 14 bilhões de barris. Hoje, as reservas provadas brasileiras são de 14 bilhões de barris. Com a inclusão desses três campos, que podem dobrar as reservas do país, o governo federal espera que a produção diária de petróleo aumente em 1,815 milhão de barris, praticamente a mesma de hoje -de 1,936 milhões de barris.
As novas regras divulgadas ontem valem para os campos do pré-sal ainda não leiloados, 72% de toda província do pré-sal, que atinge 149 mil quilômetros quadrados. As já concedidas ficam sob as regras atuais. (VALDO CRUZ, SAMANTHA LIMA e HUMBERTO MEDINA - Folha de S.Paulo)

Fundos: Petrobrás terá capitalização de até R$ 100 bi
Governo vai repassar títulos da dívida pública à estatal que os usará para pagar os barris que receberá da União
A capitalização da Petrobrás proposta pelo governo é uma operação circular: o governo repassa títulos da dívida pública à estatal, promovendo um aumento de capital na empresa; mais tarde, a estatal utiliza também títulos públicos para pagar os barris em reservas de petróleo que receberá da União, em áreas do pré-sal, sem necessidade de participar de licitação.
O processo de capitalização terá como marco inicial o contrato a ser firmado entre a empresa e a União, que cederá à estatal o volume de até 5 bilhões de barris. O valor do barril será definido em uma avaliação feita por empresa independente, num prazo de até 12 meses, a ser certificada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Para definir o preço do barril não se utiliza a cotação internacional, mas um valor que torne viável o investimento na exploração e produção. Pela manhã, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) informou que o governo trabalha com a possibilidade de US$ 10 o barril, o que corresponderia ao pagamento de até US$ 50 bilhões por essas áreas. À tarde, Dilma disse que na reunião usou um "valor hipotético".
A ideia do governo é acelerar o processo de capitalização, reduzindo o espaço para grandes variações do preço das ações da estatal negociadas na bolsa de valores. "Esperamos uma capitalização rápida para evitar o impacto dessas flutuações sobre a empresa", disse Dilma.
Um dos principais questionamentos do mercado se refere à forma de quantificar as reservas que a Petrobrás vai adquirir da União. "Ninguém ainda sabe qual vai ser o valor financeiro que a Petrobrás vai pagar por essas reservas", disse Eduardo Roche, analista-chefe da Modal Asset.
Analistas de mercado ainda especulam sobre a capacidade financeira de a Petrobrás arcar com os custos de exploração de reservas em volume muito superior ao que detém hoje. Isso, lembra Roche, demandaria investimentos muito mais vultosos do que os já anunciados. "A empresa vai ficar com muito mais reservas. Será que terá o dinheiro necessário para fazer os investimentos?"
Apesar de considerar o modelo "bem feito", o consultor do UBS Pactual Gustavo Gatass também tem dúvidas em relação ao valor que a Petrobrás terá de pagar. Segundo ele, as análises preliminares do mercado indicam que um preço justo seria de US$ 2,50 por barril (o que representaria um total de US$ 12,5 bilhão pelo acréscimo de 5 bilhões em reservas) e não os US$ 10 citados por Dilma.
"É preciso que sejam consideradas as dificuldades de exploração naquela área e também o prazo para que sejam exploradas. Afinal, a Petrobrás pagaria por um valor antecipadamente e só poderia produzir nessas áreas muito lá na frente", disse.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, comentou que há uma cláusula de reavaliação do preço das reservas que deve ser feita num prazo máximo de 24 meses após a fixação. A forma mais fácil de entender a capitalização, segundo ele, é avaliá-la como se fosse duas operações distintas. Na primeira, a União cede à Petrobrás o direito de explorar uma quantidade fixa de petróleo.
"Mas esse petróleo tem um valor e é preciso determiná-lo para fazer a transferência. Para fazer a transação, a Petrobrás aumentará seu capital no valor do equivalente aos 5 bilhões de barril ou até mais", disse Barbosa. Segundo ele, ainda que o limite de reavaliação seja de 24 meses, o objetivo do governo é fazer essa análise "o quanto antes".
Indagada sobre a forte queda das ações da Petrobrás, que liderou ontem o recuo da Bovespa, num dia em que a empresa estaria se fortalecendo com a divulgação do marco regulatório do pré-sal, a ministra avaliou que as flutuações são normais. "É complicado olhar uma empresa pela ótica de suas variações de mercado", disse. A Petrobrás, em sua opinião, vem demonstrando capacidade de manter sua lucratividade e nível de investimento mesmo durante uma crise financeira internacional.
"Ampliamos em US$ 60 bilhões a previsão de investimento da companhia mesmo com a crise", afirmou, referindo-se ao programa de investimentos para os próximos cinco anos de US$ 174 bilhões. Dilma comentou, também, sua emoção durante a apresentação do marco regulatório. "Não cheguei a chorar, não. Me contive", comentou. O que a levou a se emocionar, disse a ministra, foi a apresentação que reuniu o trabalho sistemático de aproximadamente quinze pessoas. "São pessoas que trabalharam sábados e domingos. Por isso, pingou uma lágrima", admitiu.
Pelo desenho da capitalização, tanto o governo quanto acionistas minoritários poderão subscrever os papéis em moeda ou títulos da dívida pública, que serão emitidos pelo Tesouro Nacional. Os acionistas poderão comprar esses títulos, quando o governo emiti-los e utilizá-los para comprar as ações da Petrobrás. Segundo uma fonte oficial do governo que preferiu não ter seu nome revelado, o Tesouro Nacional prepara-se para emitir R$ 100 bilhões em títulos públicos.    (CÉLIA FROUFE, KELLY LIMA, IRANY TEREZA, MÔNICA CIARELLI, RENATO ANDRADE e SILVIA ARAUJO - O Estado de S.Paulo)

Fundos: Investimentos da Petrobras em pré-sal
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, garantiu que são viáveis os investimentos de US$ 111,4 bilhões na área do pré-sal até 2020, para produzir 1,8 milhão de barris diários de petróleo e gás natural. Para Gabrielli, no entanto, somente os testes de longa duração, que estão em andamento tanto no Parque das Baleias (ES) quanto em Tupi, na Bacia de Santos, é que fornecerão as informações suficientes e precisas sobre a quantidade de poços que serão necessários por unidade flutuante de produção.“É claro que nós esperamos que, com o conhecimento que será adquirido ao longo da realização desses testes, consigamos reduzir o número de postos e, consequentemente, até mesmo reduzir estes investimentos em bilhões de dólares”, disse.
Ele lembrou ainda que somente um poço hoje para ser perfurado custa em torno de US$ 60 milhões e, para completar, o valor salta para US$ 100 milhões. “Então, se eu consigo reduzir 200 poços isso significa US$ 20 bilhões de economia”, explicou.
As projeções da Petrobras indicam que a estatal deve produzir, em 2013, 219 mil barris dia de petróleo na área do pré-sal, volume que saltará para 528 mil barris por dia já em 2016, para chegar a 2020 com uma produção diária estimada de 1,8 milhão de barris diários.  (Fenaseg)

Fundos: Aumento do poder estatal preocupa
O papel destinado à Petrobras no pré-sal e o poder de veto garantido à nova estatal (uma parte da regulação ainda pouco clara) preocuparam muito as empresas privadas do setor de petróleo e gás. "O que vimos limita bastante a participação do capital privado. Temos inúmeras empresas trabalhando no Brasil e precisamos preservar essas conquistas. Não podemos desconstruir o que já conseguimos ao longo de 12 anos, atraindo capital e 76 empresas privadas", disse o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca, após a solenidade de anúncio do marco regulatório para exploração de petróleo na camada do pré-sal, ontem, pelo governo, no Centro de Convenções, em Brasília. "A competição é boa para a Petrobras também", completou.
Ele reconhece o papel de liderança da Petrobras, mas alerta para o fato de que, no médio e longo prazos, uma operadora única limita muito a participação e o desenvolvimento de uma indústria de petróleo e gás forte, com atração de tecnologia, capital, recursos humanos e múltiplos atores. "Nos preocupa porque o projeto é tão grande e ambicioso que há espaço para todos", diz De Luca.
O presidente do IBP acredita que, com a operadora única, as outras empresas tendem a ser meras investidoras, o que vai limitar a atração de capital. Na sua visão, isso, aparentemente, não é o que o governo quer, de acordo com o que representantes dos empresários ouviram em uma reunião na quinta-feira da semana passada.
O setor já esperava a ampliação da presença do Estado no marco regulatório do pré-sal, mas mesmo assim as medidas anunciadas foram recebidas de forma negativa no setor. O executivo de uma grande empresa fabricante de equipamentos considerou a nova regulamentação como um retrocesso. "Seria melhor ter mais operadores além da Petrobras, e mais clientes e investidores. Do jeito que está, voltamos ao que era antes", afirma o executivo, pedindo sigilo sobre sua identidade.
Ele também acha confusa a justificativa para a criação da nova empresa estatal, a Petro-sal. "Ela terá poder de voto e veto na decisão dos consórcios. Acho que há um conflito tremendo se alguma vez a Petro-sal vetar um plano da Petrobras como operadora. A mim parece que ela será uma fonte de mais emprego, mais poder e mais cargos", afirma o executivo.
A medida, por outro lado, pode beneficiar fabricantes mais inclinados a operar melhor tendo um comprador único. Sob o ponto de vista da mão de obra especializada, uma fonte disse que a nova regulamentação transforma as sócias privadas em "meros coadjuvantes" e isso pode reduzir o efetivo das companhias estrangeiras que hoje têm técnicos altamente especializados - geólogos, geofísicos e engenheiros de reservatório, por exemplo - trabalhando no país. "Quanto mais agentes no mercado, mais pessoal especializado. E se as empresas não forem mais operadoras, tenderão a reduzir o pessoal especializado, já que terão participação irrelevante", afirma uma fonte.
O projeto de criação da Petro-sal traz uma série de artigos que tratam da contratação de pessoal, o que dá margem a dúvidas quanto ao tamanho dessa companhia em curto espaço de tempo. A norueguesa Petoro tinha cerca de 60 funcionários no ano passado, enquanto a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), criada em 2004 para prestar fazer estudos e pesquisas para subsidiar o planejamento energético brasileiro, já tem 280 funcionários e um orçamento de R$ 78 milhões liberado pelo Ministério de Minas e Energia.
Entre as empresas do setor, também causou preocupação a decisão do governo de pedir urgência constitucional na votação dos projetos. Ontem, o IBP começou a encomendar pareceres de juristas para analisar aspectos constitucionais das propostas. As sugestões que forem consenso entre as empresas terão que ser entregues até terça-feira. Como se esperava, nem todas as companhias que operam no país mandaram representantes a Brasília. Estiveram lá executivos da Chevron, Devon, Shell, Queiroz Galvão, BG, Repsol YPF, Total e Galp. Na lista de empresas que não participaram estão a StatoilHydro, a ExxonMobil e a BP, para citar algumas.
Oficialmente, as empresas, mesmo as sócias da Petrobras nos campos que terão que ter contrato de unitização da produção, não quiserem se manifestar ontem.
Na visão de Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), aspecto fundamental é viabilizar o financiamento e suas garantias. Nesse cenário, admite que, talvez, o BNDES não seja capaz de, sozinho, bancar essa necessidade. Para ele, o Brasil vai precisar de fundos específicos com organismos multilaterais e criar novos modelos de captação. "Não tenho dúvida que o capital externo vai entrar, mas precisamos de marco regulatório com regras claras e estáveis para atrair recursos."
Para Godoy, o modelo divulgado ontem não tem viés anti-investimento. Ele acredita que a indústria do petróleo, certamente, vai encontrar mecanismos de participação. "Não acredito que a Petrobras vá se isolar no desafio de funding e desenvolvimento tecnológico de fornecedores. As empresas vão se adaptar", comenta.
O desafio das indústrias nacionais, para a Abdib, é criar capacidade e desenvolver tecnologia para a demanda do pré-sal. "Não dominamos muitas coisas, mas é preciso treinar muita gente e criar um modelo de financiamento. Os números são astronômicos e temos de viabilizar garantias para esse financiamento. O mercado vem atrás de tudo o que é rentável", avalia.   (Arnaldo Galvão e Cláudia Schüffner - Valor Online)

Fundos: Nada muda na divisão de royalties
O governo não alterou a distribuição dos royalties do petróleo para os recursos da exploração da camada pré-sal no projeto de lei encaminhado nesta segunda-feira ao Congresso Nacional.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que, por enquanto, valerá a divisão de royalties e participação especial prevista pela atual legislação do petróleo. "Estão mantidos os royalties e a participação especial. Vamos manter o regime até que uma nova lei disponha em sentido contrário", disse Lobão em entrevista coletiva após lançamento do marco regulatório do pré-sal.
O sistema adotado atualmente continuará valendo. Este foi o acordo fechado pelo presidente Lula com os governadores do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, estados que produzem mais de 90% de todo o petróleo do país.
Os estados e municípios próximos aos campos são beneficiados por serem afetados pela exploração do petróleo, que demanda mais investimentos em infra-estrutura e traz danos ambientais.
A divisão dos royalties do pré-sal foi um dos pontos mais polêmicos da negociação do marco regulatório para a exploração das novas reservas.   (Monitor Mercantil)


Órgãos, Associações e Entidades do Segmento

 
IGI: Prazo termina hoje
As associadas participantes dos Indicadores de Gestão de Investimentos têm impreterivelmente até hoje, terça-feira, dia 1º de setembro, para providenciar o envio do documento DI (Demonstrativo de Investimentos) por meio eletrônico para a ABRAPP. O cumprimento desse prazo é fundamental para que a oitava atualização do IGI esteja pronta para ser divulgada no 30º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, que terá início em 30 de setembro, em Curitiba.
O IGI, oferecido sem ônus às associadas, é um serviço de análise comparativa de fundos de investimento e de gestores. Focado exclusivamente no universo dos investidores institucionais, os relatórios periódicos personalizados fornecem análises com frequência quadrimestral, permitindo o acompanhamento do desempenho de seus investimentos frente ao mercado. Trata-se de  um serviço dinâmico, que está em constante evolução, de acordo com  as necessidades dos associados e com as  novidades do mercado financeiro. (Diário dos Fundos de Pensão)

Notícias de Interesse do Segmento Previdenciário

CM

 
Rombo cresce R$ 7 bilhões
As bondades do governo Lula farão explodir o deficit da Previdência Social. Somente o reajuste de 8,80% no salário mínimo, que passará de R$ 465 para R$ 505,90, em janeiro de 2010, elevará em cerca de R$ 7 bilhões as despesas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no próximo ano. Além do aumento do mínimo, que é pago a 18,4 milhões de segurados — 70% do total de beneficiários —, o governo fechou um acordo com aposentados e pensionistas para um reajuste real para quem ganha acima do mínimo. Esse acordo prevê ganho real equivalente a 50% do Produto Interno Bruto (PIB), além da reposição da inflação pelo INPC. O incremento também será incorporado ao valor dos benefícios a também a partir de janeiro.
Em agosto, as contas da Previdência vão mostrar o impacto do pagamento da primeira parcela do 13º salário. Ao todo, a primeira parte do abono natalino será paga a 22,8 milhões de segurados até 8 de setembro, mesmo período de pagamento da folha do mês. A primeira parcela, equivalente a 50% do valor do 13º, representa um extra de R$ 7, 982 bilhões. A Previdência só recebe dos trabalhadores e empregadores a contribuição referente ao 13º salário em dezembro.
No total, que corresponde à folha normal de agosto mais os 50% do 13° salário, o INSS vai gastar de uma só vez R$ 24,837 bilhões. Cerca de R$ 19,58 bilhões são para o pagamento dos benefícios urbanos, que são pagos a 18.622.164 segurados. Os restantes R$ 5,257 bilhões são para os 8.042.275 segurados rurais.
Em 2008, a Previdência teve, em agosto, uma despesa de
R$ 17,253 bilhões com o pagamento da folha mensal mais 50% do 13° salário, que também foi antecipado. Devido à antecipação, o deficit no mês foi para R$ 4,060 bilhões. Sem a antecipação, o deficit cairia para R$ 2,670 bilhões. A previsão para este ano é que o Tesouro Nacional cubra a deficiência de caixa da Previdência Social em R$ 40,7 bilhões.
No acordo com os aposentados em troca dos projetos que tramitam no Congresso Nacional, o governo conseguiu manter o fator previdenciário, uma forma de cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Ele foi suavizado para permitir que as mulheres que atingirem a fórmula 85 (soma da idade com o tempo de contribuição) não sejam penalizadas com a incidência do fator que, na prática, diminui o valor do benefício. Para os homens a fórmula para fugir do fator é a 95. Se o fator previdenciário fosse extinto, as despesas da Previdência Social com o pagamento de benefícios chegaria a 12,50% do PIB em 2050.    (Correio Braziliense)

Cobap: Reunião para tratar sobre o reajuste
A reunião está marcada para hoje, 11 horas, no gabinete de Paim
Após discordar do posicionamento do governo, que propôs o reajuste das aposentadorias e pensões com base na reposição da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB), a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), através do presidente Warley Martins, se reunirá hoje, 1º de setembro, com o autor dos projetos que beneficiam a categoria, senador Paulo Paim (PT-RS).
A reunião está marcada para 11 horas, no gabinete do senador e terá também a participação de diretores da Cobap, presidentes de federações de aposentados, membros do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) e algumas Centrais Sindicais. “Não podemos simplesmente aceitar o acordo. Queremos que o reajuste igual seja votado o quanto antes pela Câmara dos Deputados. Vamos agir para que isso aconteça”, ponderou o presidente da Cobap. A Confederação considera que a proposta do governo não corrige a injustiça cometida com os aposentados e pensionistas.   (Cobap)

Novas regras oferecem opções para aposentadoria precoce
Novas regras para a concessão da aposentadoria foram lançadas na semana passada, mas devem passar ainda por aprovação no Congresso. Dentre elas, está uma opção para quem não atinge idade suficiente para a aposentadoria, mas não quer ver seu benefício por tempo de contribuição ser reduzido pelo fator previdenciário em até 45%.
De acordo com as regras vigentes, a mulher que atinge 30 anos e o homem que completa 35 anos de contribuição para a Previdência Social podem se aposentar. Para isso, é feita a média aritmética simples dos 80% maiores salários desde julho de 1994, data em que foi implementado o Plano Real. Ao valor resultante, é multiplicado o fator previdenciário.
Quanto menor a idade de aposentadoria, maior o redutor e menor o valor do benefício.
"Com o acordo firmado, a pessoa terá duas opções ao se aposentar por tempo de contribuição: ou se aposentar usando o fator previdenciário ou pela fórmula 85/95", explicou a presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Melissa Folmann.
"Se a pessoa optar pelo modelo 85/95, pode chegar até o teto da previdência, que hoje é de R$ 3.248", ressaltou Melissa.
De acordo com ela, normalmente, mulheres em torno do 45 anos e homens com cerca de 50 anos que estão fora do mercado de trabalho pensam em pedir a aposentadoria. Nestes casos, a redução que o fator previdenciário causa no valor do benefício pode chegar a 45%.
Segundo estudo, baseado em decisões da justiça sobre aplicações de leis a aposentadorias já concedidas, a situação daqueles que se aposentaram com o fator previdenciário não seria alterada com as novas regras.
Devido ao desconto alto no valor do benefício causado pelo fator previdenciário, Melissa explicou que muitas pessoas desistem de se aposentar mais cedo. Ao requerer a aposentadoria, o segurado não tem o conhecimento da renda mensal que passará a receber. Essa informação é fornecida em carta que o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) envia comunicando que a aposentadoria foi concedida, podendo o beneficiário desistir da aposentadoria.   (DCI)

Maioria quer se aposentar próximo dos 55 anos
A pesquisa "A Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros 2009", realizada pela Catho Online com mais de 16 mil entrevistados, concluiu que a maioria dos profissionais do país pensa em parar de trabalhar por volta dos 55 anos.
Mas eles não querem ficar completamente sem atividade após aposentar-se. A mesma pesquisa mostra que 50,5% pensam em abrir um negócio próprio, exceto consultoria. Outros 30,7% desejam ser consultores independentes.
Para os mais jovens, a vontade de encerrar as atividades chega mais cedo. A maioria dos entrevistados com menos de 25 anos de idade quer parar de trabalhar até os 48 anos. “Isso acontece, entre vários motivos, porque os profissionais mais velhos acreditavam que permanecer nas empresas durante muitos anos era sinônimo de sucesso profissional. Hoje em dia, não. Além disso, os mais jovens prezam muito pela qualidade de vida e procuram no mercado financeiro formas para tornar-se independente”, analisa Adriano Meirinho, diretor de Marketing da Catho Online.
Questionados sobre o que fariam por sua carreira hoje, caso pudessem escolher, a maioria respondeu que continuaria a trabalhar no regime CLT (40,7%), enquanto outros abririam um negócio próprio que não fosse consultoria (23,6%) ou abririam uma consultoria independente (14,4%).
A pesquisa foi realizada entre os meses de março e abril deste ano. A análise contou com a opinião de 16.207 participantes, que responderam a um formulário online com 299 perguntas, questionando sobre estas três dimensões da vida do profissional. Foram levadas em consideração apenas as respostas de profissionais que trabalham em empresas privadas e que possuem mais de 18 anos de idade. Esta pesquisa é realizada a cada dois anos, desde 1988.  (Canal Executivo)

Lei complementar para aposentadoria especial do médico
Dirigentes da FENAM foram recebidos em audiência pelo ministro da Previdência Social, José Pimentel, na última quarta-feira, 26, quando discutiram a aposentadoria especial dos médicos e a violência sofrida por peritos do INSS, problema que vem se agravando nos últimos meses. Na reunião, o ministro revelou que a Casa Civil da Presidência da República está planejando a criação de lei complementar relativa à aposentadoria especial do médico e que a FENAM pode contribuir com esse projeto.
Na audiência, os diretores da FENAM falaram sobre a preocupação da entidade com as duas questões e argumentaram que a Constituição de 1988 previa a aposentadoria especial para os médicos, mas seria necessária a criação de uma lei complementar para sua regulamentação. "Isso não foi feito pelo Congresso. Assim, várias entidades, entre as quais alguns sindicatos médicos, entraram com mandados de injunção e o Supremo Tribunal Federal vem acolhendo. No entanto, o Supremo quer criar uma súmula vinculante, na qual seriam enquadrados todos os casos como se fossem da Lei Geral de Previdência. Por isso, conforme orientação dos nossos assessores, solicitamos que o Executivo, através do ministro Pimentel, proponha uma lei complementar imediatamente", esclareceu José Roberto Cardoso Murisset, diretor de Assuntos Jurídicos da FENAM. Ele garantiu que o ministro concordou com o pedido da diretoria da Federação, e disse que a Casa Civil já tem um planejamento nesse sentido, mas que ainda precisa ser aperfeiçoado. "O Ministro da Previdência acha que a FENAM poderá contribuir com esse projeto", informou Murisset, acrescentando que tão logo José Pimentel tenha acesso ao texto, disponibizará para a entidade.
Quanto à violência sofrida por médicos peritos, os dirigentes da FENAM pediram ao ministro providências contra agressões como a que sofreu a perita paraense Simone Guilhon Zoghbi, que foi atacada e ameaçada por um segurado inconformado por ter sido encaminhado ao programa de reabilitação profissional. Esta é a oitava agressão a médicos do INSS registrada no Pará desde janeiro deste ano, algumas com ameaça de morte.
Segundo informações do secretário de Benefícios e Previdência da FENAM, Otino José de Freitas, que participou da audiência. o ministro José Pimentel se mostrou preocupado com a questão da violência contra os médicos peritos e anunciou que todas as 720 agências que o ministério construirá em diversas regiões do país serão dotadas de um grande aparato de segurança. Pimentel também garantiu que depois da folha de pagamento, a segurança é o maior gasto do Ministério da Previdência, com investimentos que chegam a R$ 150 milhões por ano no setor.
Sobre a questão da remuneração dos médicos peritos, José Roberto Murisset disse que foi solicitado que o ministério estabeleça como remuneração da categoria o piso salarial da FENAM, que é de R$ 8.239 para 20 horas semanais. "Como os médicos peritos da Previdência têm carga de 40 horas e dedicação exclusiva e recebem R$ 9.450, há uma defasagem, mas o ministro argumentou que no atual governo o piso saiu de cerca de R$ 1.300, em 2003, para os atuais R$ 9.450", concluiu o dirigente.
A audiência com o ministro José Pimentel foi viabilizada pelo senador cearense Inácio Arruda e pelo deputado estadual Francisco Lopes. Além de José Roberto Cardoso Murisset e José Otino dos Santos, participaram da reunião pela FENAM os dirigentes Antônio José Francisco Pereira dos Santos e José Tarcísio Dias e os assessores jurídicos Thais Riedel e Antônio Alves, bem como o representante da Associação dos Médicos Peritos de São Paulo, Henrico Supino. (Fenam)

INSS injeta R$ 24,8 bilhões na economia
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está pagando a primeira parte do abono natalino a 22,8 milhões de aposentados e pensionistas até dia 8 de setembro, correspondente uma injeção extra na economia de R$ 7,982 bilhões. Com os R$ 17 bilhões do benefício mensal pago a 26,6 milhões de segurados, o total vai a R$ 24.837.657.169,09.
Deste total, R$ 19.580.414.535,13 (18.622.164) são em benefícios urbanos e R$ 5.257.242.633,96 (8.042.275)em benefícios rurais.
Imposto - Os beneficiários que quiserem podem consultar o extrato mensal de pagamento na página do Ministério da Previdência Social na internet. Os segurados devem ficar atentos, pois o desconto do Imposto de Renda (IR) que encontrarão no contracheque deste mês, disponível na internet (www.previdencia.gov.br), refere-se apenas ao valor referente ao benefício mensal. O IR só será descontado em dezembro, quando o INSS pagará a segunda parcela. A antecipação do 13º será mantida até 2010 e, a cada ano, é preciso ser editado novo decreto estabelecendo a antecipação.
Os segurados que estão em auxílio-doença recebem uma parcela menor que os 50%. Como o benefício é temporário, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período. Por exemplo, um benefício iniciado em janeiro, e ainda em vigor em agosto, terá o 13º terceiro salário calculado sobre oito meses. O segurado receberá, portanto, metade deste valor. Em dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado irá receber o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do benefício.
Não têm direito ao 13º salário os seguintes benefícios: amparo previdenciário do trabalhador rural, renda mensal vitalícia, amparo assistencial ao idoso e ao deficiente, auxílio-suplementar por acidente de trabalho, pensão mensal vitalícia, abono de permanência em serviço, vantagem do servidor aposentado pela autarquia empregadora e salário-família. (Carlos Rangel - DiárioNet)

INSS envia segundo lote de contracheque anual
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já está enviando o contracheque anual para os beneficiários com cartão de final 2, desconsiderando-se o dígito. O envio dos documentos para mais de 26 milhões de beneficiários foi escalonado entre agosto e outubro. O documento chegará à casa dos beneficiários em até dois dias úteis após a postagem, para os que residem nas capitais, ou em três dias úteis, para os que moram nas demais cidades e em áreas rurais, informa a assessoria.
A cada semana será enviado um lote, que terá, em média, 2,6 milhões de contracheques. Os documentos são processados e enviados por lote, de acordo com o final de benefício. Em uma semana serão enviados os comprovantes para os beneficiários com cartão de pagamento de final 3, sempre desconsiderando-se o dígito.
Além de aposentados e pensionistas, também receberão o documento segurados que estão em auxílio-doença e os que recebem benefícios assistenciais. O comprovante é referente ao período entre julho de 2008 e junho de 2009.
O contracheque traz informações sobre todos os descontos efetuados no pagamento, como parcela de empréstimo consignado, imposto de renda retido e pensão alimentícia, se for o caso.
O documento permite que os beneficiários comprovem com facilidade a sua condição junto à Previdência Social e também a renda, quando necessitarem. Quem tem acesso à internet pode imprimir o comprovante mensal de rendimento. Para isso, basta acessar a página do Ministério da Previdência Social, clicar em “extrato de pagamento de benefício” - o atalho está na página inicial - e digitar o número do benefício, a data de nascimento e os dígitos de segurança que aparecem na tela. (Carlos Rangel - DiárioNet)

Acordo de Previdência com EUA pode sair em 2010
Disposição americana para discutir texto já no primeiro encontro sinaliza para rapidez nas negociações
A forte determinação do governo norte-americano, no sentido de que avancem as negociações visando à formalização de um acordo previdenciário com o Brasil, indica que o documento poderá ser assinado já em 2010. Esta é a expectativa do secretário-executivo do Ministério da Previdência Social (MPS), Carlos Eduardo Gabas, que participou de encontros com autoridades americanas, em Washington e em Baltimore, onde fica a sede da Social Security Administration (SSA), órgão similar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As reuniões ocorreram durante a semana passada, ao mesmo tempo em que se realizava reunião técnica entre norte-americanos e brasileiros, coordenados pelo secretário de Políticas de Previdência Social do MPS, Helmut Schwarzer, para debater os termos do acordo. Ao final do encontro na sexta-feira (28) foi assinada a ata e feito convite aos técnicos do SSA para uma reunião no Brasil, que acontecerá em fevereiro.
“Chamou a nossa atenção o fato de que, já nesse primeiro encontro, três artigos do acordo tenham sido discutidos, pois habitualmente isso somente acontece mais adiante”, observou Schwarzer. Ele reforça a observação sobre a disposição americana de firmar o acordo que poderá beneficiar 1,3 milhão de trabalhadores brasileiros que residem nos Estados Unidos e 30 mil americanos que vivem no Brasil.
Essas cláusulas definem as coberturas previdenciárias e as regras quando os cidadãos dos dois países se deslocam temporariamente entre eles. “São geralmente os pontos mais complexos. Balizam o acordo”, acrescentou o secretário, que destacou o profundo conhecimento dos técnicos dos EUA sobre a legislação previdenciária brasileira. Do lado americano, a reunião técnica foi coordenada pela subcomissária internacional do SSA, Diane Brown Stein.
Segurança – A delegação brasileira foi composta ainda pelo presidente da Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência Social (Dataprev), Rodrigo Assumpção, e pelo Diretor de Benefícios do INSS, Adalberto Brunca. Os encontros foram acompanhados pelo subsecretário para Comunidades Brasileiras no Exterior, do Itamaraty, embaixador Oto Agripino Maia, e o embaixador em Washington, Antônio Patriota.
Eles visitaram a sede do SSA, onde fica Centro de Operações, responsável pelas informações pessoais dos milhões de cidadãos americanos. “A principal preocupação deles é com a segurança na troca de dados. Por isso, ficou agendada uma visita de técnicos para conhecer o funcionamento da Dataprev e a ida de brasileiros aos EUA”, explicou Carlos Gabas.
No encontro com o comissário Michael Astrue, que dirige o Social Security Administration, o secretário-executivo do MPS explicou o novo tempo da Previdência Social brasileira, marcado pela concessão de benefícios em meia hora, o acesso facilitado ao extrato previdenciário e o agendamento do atendimento, entre outros serviços.
Houve também encontros com lideranças da comunidade brasileira nos Estados Unidos que afirmaram total apoio ao acordo. O secretário Helmut Schwarzer fez palestra para brasileiros durante o evento “Consulado Itinerante”, atividade do Consulado Brasileiro, que estava sendo realizado na cidade de Richmond, no estado da Virginia, para explicar os termos e a importância do acordo previdenciário. (AgPrev)

Brasil debate na OIT expansão da proteção social
Proposta da organização é universalizar sistemas previdenciários
O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, está em Genebra, de segunda (31) a sexta-feira (4), para representar o governo brasileiro na reunião do Grupo de Trabalho Tripartite sobre Proteção Social, promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Representantes do setor previdenciário de 14 países também participam das discussões, que visam buscar alternativas à possibilidade de universalizar a proteção social não apenas por meio da contribuição aos sistemas previdenciários.
Para se contrapor a esse tipo de abordagem, a OIT estabeleceu um piso de proteção social básico para todas as pessoas do mundo, cujo objetivo é cumprir o que determina a Declaração Universal dos Direitos Humanos ao preconizar que todos têm direito à seguridade social.
Durante os debates, os representantes de governos, empresariado e empregados farão um levantamento das principais experiências mantidas pelos diversos países e definirão o tipo de norma internacional que poderá ser adotada para garantir o cumprimento do conceito de piso social básico. O secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, também participará dos debates.
O conceito de piso social básico que cada país deveria incluir na oferta de serviços básicos de saúde, independente de contribuição; o pagamento de um benefício básico para famílias com crianças – a exemplo do que o governo brasileiro garante com o pagamento do Bolsa Família; benefícios assistenciais para pobres e desempregados; e a manutenção de políticas de garantia de renda para idosos, viúvos, órfãos e inválidos.
Programação – Na segunda e terça-feiras serão realizadas reuniões preparatórias ao grupo de trabalho. O secretário-executivo da Previdência conversará com representantes dos trabalhadores e empregadores para iniciar as conversações.
A programação dos outros três dias prevê reuniões diárias dos grupos de representantes dos empregadores, trabalhadores e governos, além de painéis de debate sobre temas específicos.
Na quarta-feira, durante a abertura oficial da reunião, o diretor geral da OIT, Juan Somavia, falará sobre a importância da proteção social previdenciária como um dos elementos-chave para o cumprimento da agenda do trabalho decente.
Na sequência, serão apresentadas experiências de países como Estados Unidos, Países Baixos, Peru, Zâmbia, Senegal e Tailândia. Os representantes desses governo farão a apresentação que posteriormente serão debatidas com os representantes dos empresários e trabalhadores.
Histórico - O debate em Genebra resulta de uma discussão que vem sendo promovida pela OIT desde a Conferência Internacional do Trabalho, realizada em 2001, quando foi aprovada a realização de uma campanha e a adoção de políticas de extensão da cobertura social.
O processo amadureceu com a crise econômica mundial e, na conferência de junho deste ano, verificou-se a necessidade de estabelecer ações mais efetivas. Em razão disso, definiu-se pela realização do debate que ocorre esta semana.
Em abril deste ano, os chefes das nove grandes agências da Organização das Nações Unidas (ONU) elaboraram um conjunto de propostas para a definição de ações mundiais contra a crise. Uma delas é para a seguridade social.    (Simone Telles - AgPrev)

Tribunal volta atrás em súmula
O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por maioria de votos, cancelou ontem a Súmula 106, que declarava a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar ações contra a Rede Ferroviária Federal S.A. relativas a aposentados, se o órgão responsável por essas obrigações for a Previdência Social. Até então, em processos assim, a competência era da Justiça Federal. A decisão foi tomada no julgamento de Incidente de Uniformização de Jurisprudência suscitado pela Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) em processo sobre pedido de complementação de aposentadoria.   (DCI)

TST: Aposentadoria
O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) cancelou a Súmula nº 106. Ela declarava a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar ações contra a Rede Ferroviária Federal relativas a aposentados. Entre elas, as que tratam de complementação de aposentadoria, se o órgão responsável por essas obrigações for a Previdência Social. Até então, em processos dessa matéria, a competência era da Justiça Federal. A decisão foi tomada no julgamento de Incidente de Uniformização de Jurisprudência suscitado pela Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2). A maioria dos ministros da SDI-2 decidiu em sentido contrário à súmula, ou seja, reconheceram a competência da Justiça do Trabalho para apreciar o caso.   (Valor Online)

Salário mínimo será de quase R$ 507 em 2010
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que o salário mínimo será reajustado para cerca de R$ 507 no ano que vem. Segundo ele, esse valor consta da proposta orçamentária do governo que o ministro entregará hoje ao Congresso.
A regra utilizada pelo governo para calcular o salário, que leva em conta variáveis como inflação e crescimento, coloca o novo valor um pouco acima de R$ 506, disse o ministro. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 465.    (Reuters/Executivos Financeiros)


 Empresas, Seguros e Economia

 
Icatu Hartford: Lucro cresce 26%
O lucro líquido do Grupo Icatu Hartford cresceu 26% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 65 milhões. O patrimônio líquido aumentou 15%, chegando a R$ 608 milhões e os ativos livres da companhia, cresceram 29%, passando para R$ 329 milhões e o soma dos ativos próprios e dos recursos de terceiros sob a administração da companhia apresentou crescimento de 8% e atingiu R$ 6 bilhões. (ambos na comparação com o final de 2008). O segmento de seguros de vida apresentou faturamento de R$ 189 milhões, aumento de 12% em relação ao primeiro semestre de 2008 - abaixo do crescimento do mercado (16%). Mesmo assim, a presidente da Icatu, Maria Silvia Bastos Marques diz que o desempenho merece ser comemorado.   (Monitor Mercantil)

O valor da informação no mercado de capitais
O princípio central da regulação e da fiscalização dos empreendedores que apelam à poupança popular no âmbito do mercado de capitais é o princípio do full and fair disclosure, que permeia a lei que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários (Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976) e a lei corporativa brasileira (Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976).
O nosso modelo de regulação e fiscalização é fortemente inspirado na experiência estadunidense posterior ao crash da Bolsa de Nova Iorque, o qual decorreu de entusiásticos e desinformados investimentos no mercado de capitais. Ele coloca o Estado na posição de responsável pela exigência de um nível mínimo de informações a serem prestadas por qualquer empreendedor que pretenda captar a poupança popular.
Os registros de emissor e de distribuições públicas de valores mobiliários na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) estão inseridos no contexto acima.
Os emissores sob a jurisdição da CVM devem prestar tempestivamente, na forma da legislação aplicável, informações completas e precisas sobre os empreendimentos em comum por eles desenvolvidos e os valores mobiliários colocados publicamente, basicamente para viabilizarem conscientes tomadas de decisão por parte do público investidor.
A opção estadunidense pelo princípio do disclosure foi precedida de experiência doméstica distinta.
Após um período de supervisão do mercado de capitais somente na esfera estadual e sob uma filosofia focada no mérito dos empreendimentos para os quais se pretendesse buscar recursos junto ao público (o que se fazia por meio das denominadas blue sky laws), debateu-se intensamente e migrou-se para um regime de controle federal e baseado, essencialmente, na informação. Esse regime foi inaugurado com o Securities Act, de 1933, e o Securities Exchange Act, de 1934.
“A idéia central que orientou a elaboração das famosas leis de 1933 e 1934, nos Estados Unidos, foi exposta, pela primeira vez, em artigo de 1914 de Louis D. Brandeis (Other People´s Money), eminente advogado que seria depois juiz da Corte Suprema. Era a profilaxia do mercado, por meio da mais ampla e completa informação ao público. Na frase sempre citada, “assim como a luz solar é tida como o melhor dos desinfetantes, a luz elétrica é o mais eficiente policial”. (...) Dever-se-ia (...) partir do princípio de que o público investidor é bastante adulto para, uma vez adequadamente informado, tomar as decisões econômicas que julgar melhores, segundo seus próprios interesses, dos quais é o único juiz competente.”
A filosofia então vencedora e ora também adotada no Brasil reflete a visão de que a atuação estatal não exclui o inalienável direito do cidadão de agir como um tolo, devendo-se apenas tentar prevenir que terceiros o façam de tolo.
A CVM zela pela adequada aplicação do princípio do disclosure no mercado de capitais e, portanto, não atesta a qualidade ou garante o sucesso de empreendimentos. Isso já foi reconhecido inclusive judicialmente (por exemplo, no bojo da respeitável sentença do MM.   (Alexandre Pinheiro dos Santos - Última Instância)

Responsabilidade será foco da CVM em 2010
O mercado de capitais brasileiro vive a fase típica da maioridade. Junto com as benesses como maior liberdade e facilidade para captação de recursos, vem junto o aumento dos deveres e das obrigações. Não por acaso, discussões em torno da responsabilidade de seus diversos agentes estão na pauta da próxima fronteira de regulamentação a ser encarada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Pouco mais de dois anos após assumir a presidência do regulador do mercado e 20 instruções depois, Maria Helena Santana falou com o Valor sobre os próximos passos da autarquia. Até o fim do ano, o regulador termina a agenda de transparência, na qual trabalhou durante a ressaca do mercado - repleta discussões sobre governança de novatas e de movimentos societários inusitados.
A expectativa é que ainda nesta semana seja conhecida a versão final do Formulário de Referência. O documento substituirá o antigo Informativo Anual (IAN). Com ele, a partir de 2010, o nível de informação disponível de uma companhia aberta aumentará significativamente. "Era uma dívida que a CVM tinha com o mercado", diz Maria Helena, a respeito da revisão da instrução 202, que contempla a criação do novo formulário. Além de dados sobre o desempenho econômico, as empresas terão que fornecer suas políticas internas.
A economista assumiu a autarquia no fim do primeiro forte movimento do mercado após sua revitalização, em 2007. Agora, está em gestação a segunda onda de listagens, no pós-crise.
Só neste ano, já foram captados mais de R$ 19,5 bilhões com ofertas de ações, em sua maioria de companhias já abertas. E já começam a surgir as primeiras aberturas de capital - embora os especialistas mostrassem convicção de que esse movimento ficaria apenas para 2010. Aos poucos, a fila de pretendentes que ficou retida pela crise começou a andar.
Com a nova 202, as companhias que deixarem para pedir o registro de oferta de ações no começo do ano que vem já terão que apresentar ao mercado o formulário de referência preenchido.
Entre os principais benefícios de um ambiente mais maduro para as companhias está justamente o acesso a capital a um custo competitivo - função original do mercado e que no Brasil ficou durante muitos anos inativa. A contrapartida é encarar um contínuo aumento da exigência por transparência - seja pelo regulador ou pelo mercado - e uma atividade cada vez mais organizada dos investidores.
Nos últimos anos, os minoritários ganharam mais direitos ou esses direitos foram mais claramente regulados pela CVM. As operações de incorporações, uma das mais polêmicas estruturas de negócios, foram cercadas pelos entendimentos sobre as condições oferecidas aos minoritários, deixando, por vezes, a decisão nas mãos desse grupo - inclusive quando houver combinação de negócios.
Os controladores das empresas que vierem na próxima onda de aberturas de capital, bem como os executivos dessas empresas, deverão estar preparados para conviver com um minoritário mais fortalecido e organizado - embora ainda distante do ativismo americano. Esse grupo terá condições de, inclusive, oferecer chapa concorrente à administração da companhia.
Maria Helena está ciente do desafio que o aumento de companhias sem controlador definido e de um ativismo em desenvolvimento podem trazer. O Novo Mercado, ambiente em que todos têm direito a voto, já representa mais de 20% do mercado em número de empresas listadas. E já há mais de 30 companhias na Bovespa sem um controlador definido.
"É um mundo novo mesmo. De fato, será um desafio para nós." Ela lembra que também os minoritários, em especial numa companhia de capital pulverizado, precisam ter em mente o papel social da empresa. "Nessa crise, lá fora se questionou muito isso: onde estavam os acionistas que não viram os riscos de acumulando dentro das companhias."
Fiscalizar a responsabilidade desses investidores sobre as empresas será uma atividade nova para a CVM. O Brasil é historicamente um país de companhias familiares e a Lei das Sociedades por Ações, de 1976, foi desenvolvida nesse ambiente, ou seja, para conter abusos de controladores. Está expresso na lei que o dono e o administrador devem sempre agir no melhor interesse da companhia. "Eu não sei se há como punir minoritário por não agir pelo bem da empresa e não me lembro disso ter sido analisado antes na CVM. Vamos ter de descobrir."
Enquanto acompanha como os investidores cumprirão com seus deveres perante o futuro das empresas, a CVM atuará numa agenda para 2010 bastante focada nas responsabilidades de intermediários - aqueles que oferecem as aplicações aos investidores, sejam ações, fundos ou títulos dos mais diversos - e no papel estrutural de custodiantes e depositários.
A CVM não é a única nessa toada da responsabilidade, embora esteja na ponta do movimento. O tom veio do Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e de Capitalização (Coremec). Em junho, o órgão emitiu deliberação sobre um dos estrangeirismos mais usado desde o começo da crise: "suitability", que nada mais é do que compatibilidade.
Esse comitê deixou claro que os intermediários de mercado devem se responsabilizar por verificar a adequação dos produtos aos investidores - perfil de alocação, prazo e conhecimento devem ser analisados. Por outro lado, o investidor deve admitir quais riscos efetivamente está disposto a correr e ser capaz de arcar com suas decisões.
O Coremec, órgão consultivo formado além da CVM por representantes do Banco Central (BC), da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), recomendou que os reguladores de mercado adotem normas que exijam essa prática. A autarquia está trabalhando nesse sentido. Segundo Maria Helena, a instrução deve sair no início de 2010.
A regulamentação deverá ser abrangente e não entrará em detalhes muito específicos de cada mercado regulado pela CVM. Não está em debate, por exemplo, nada que modifique a participação do varejo em ofertas iniciais de ações. Apesar de ser uma jabuticaba - só existir no Brasil -, a modificação dessa prerrogativa não está em discussão, ainda que até mesmo os coordenadores das ofertas de ações vejam risco para o pequeno investidor nessas colocações.
Além do papel dos intermediários tradicionais, a autarquia avançará ainda sobre os agentes autônomos. "Ele é importante. Ajuda os investidores que estão longe do centro, mas precisa ser melhor acompanhado", disse Maria Helena.
Por fim, as normas de custódia também estão no cronograma para o próximo ano - e no topo. "É a prioridade que vem em seguida. Já começamos a discutir o assunto internamente." Mais uma vez, o objetivo é tornar explícita as responsabilidades desses agentes.
"O mercado mudou muito e a regulamentação não escreveu as obrigações compatíveis com a importância dessas atividades." De acordo com Maria Helena, as normas atuais não estão adequadas para a complexidade atual e para a mistura de produtos e de papéis. "São questões sérias e que ainda não estão bem enquadradas."
Apesar da grande diversidade de normas e das diversas áreas de mercado que abrangem, a presidente da CVM não vê mudança de direção estratégica no mercado brasileiro. "Não vejo necessidade de correções de rumo. Acho que estamos no caminho certo"    (Graziella Valenti - Valor Online)

Justiça especializada e regulador ágil ainda são desafios
A fiscalização do mercado de capitais, a morosidade da Judiciário e sua falta de preparo específico para lidar com necessidades do universo financeiro continuam na lista de preocupações de especialistas internacionais sobre o país.
"No Brasil, o que falta é uma Justiça mais específica para essas questões", afirma Peter Sester, diretor do Instituto para Direito da Informação e Comercial na Universidade de Karlsruhe e professor honorário da Universidade de Freiburg, na Alemanha. "O direito processual é muito moroso. E morosidade é associada a injustiça."
Na opinião do professor, não apenas o Judiciário brasileiro tem problemas com lentidão. A CVM também vive esse desafio. Sester enfatiza que a atuação regulatória da autarquia é muito boa e profissional, mas que ainda deixa a desejar no campo da fiscalização.
No ano passado, a CVM promoveu, em maio, uma mudança de estrutura na tentativa de ganhar agilidade. Foi criada a Superintendência de Processos Sancionadores e as equipes foram reforçadas.
Maria Helena Santana, presidente da autarquia, afirmou que essa revisão já está surtindo resultados, mas que eles ainda não são perceptíveis por conta dos casos mais antigos, que ainda pesam no resultado do tempo médio dos processos. "Acho que conseguimos reduzir muito a distância entre o foto e a decisão do caso."
No entanto, por conta da fila antiga que havia, a média de tempo continuará elevada. Segundo a presidente, a estratégia para lidar com essa situação é passar à frente casos relevantes para o mercado e mais contemporâneos. O objetivo de Maria Helena é apresentar, em breve, resultados concretos sobre essas medidas.
Mas, por enquanto, discussões antigas não serão apressadas, justamente para dar espaço a casos novos. Na fila de processos sancionadores da CVM há nomes relevantes do mercado e casos que, em sua época, foram polêmicos.
Está na lista, por exemplo, nada menos do que a reestruturação societária da AmBev com a belga Interbrew, em operação que deu origem à Inbev, junto com a aquisição da canadense Labatt. A combinação das companhias foi anunciada em março de 2004. O objetivo do processo é apurar eventuais irregularidades por parte dos administradores e controladores da transação. Consultada, a AmBev informou que não comentaria o assunto.
De casos polêmicos, a lista tem a compra da empresa de telecomunicações Pégasus pela Oi, na época ainda como Telemar, há nada menos do que sete anos. Houve muita discussão na época, por se tratar de uma operação em que os donos de ambas as companhias eram os mesmos. Para completar a operação, a sinergia estimada para o negócio foi incluída no pagamento aos donos da Pégasus, o que gerou questionamento de minoritários da Oi. A empresa, questionada, não quis comentar o tema.
Na opinião do professor de direito Peter Sester, nada substitui a atuação do Judiciário da CVM. Embora conheça a Câmara de Arbitragem da Bovespa, de adesão obrigatória pelas companhias do Nível 2 e do Novo Mercado, o especialista acredita que esse modelo é bom apenas para disputas. Isso porque sua atuação não tem como substituir a capacidade investigativa da Justiça e do regulador.
O professor de direito, formado também em administração, participará, agora no mês de setembro, de um curso sobre União Europeia no Insper (antigo Ibmec São Paulo). Para ele, o mercado brasileiro está passando por uma modificação relevante, com o crescimento do número de empresas de capital pulverizado. O especialista acredita que esse movimento é um sinal do desenvolvimento do mercado, a despeito dos desafios ainda existentes. Nesse cenário, segundo ele, a atuação da administração deve estar no foco da fiscalização. Em companhias sem controlador, os executivos ganham força e liberdade adicional.    (Graziella Valenti - Valor Online)

Deflação na europa
0,2% foi o recuo
dos preços ao consumidor na zona do euro em agosto na comparação anual. É o terceiro mês consecutivo de queda, mas em ritmo inferior ao recorde de julho, quando o índice caiu 0,7%. O dado é preliminar e os economistas previam recuo de 0,1%   (O Estado de S.Paulo)

Mercado prevê Selic de 8,75% ao ano
O mercado manteve a previsão da Selic estável em 8,75% ao ano, segundo a pesquisa Focus, divulgada ontem pelo Banco Central. Isso significa que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que se reúne nesta terça e quarta-feiras (1 e 2), interromperá o processo de redução da taxa básica de juros da economia brasileira. Para 2010 a previsão é de que a Selic fique em 8,90% ao ano.
A estimativa para a inflação oficial, medida pelo IPCA, sofreu queda pela quinta semana consecutiva, passando de 4,32% ao ano na última pesquisa para 4,29%. Para 2010 a previsão é de que a inflação oficial feche em 4,30%.
Pela terceira semana consecutiva a estimativa para a produção industrial se elevou. O mercado espera que a produção na indústria tenha uma retração de 6,93%, ante queda de 7,05% na última pesquisa. Para 2010, a previsão é de que a indústria cresça 5,10%.
A estimativa para o PIB em 2009 permaneceu intalterado em retração de 0,30%. Para 2010 também nõa houve mudança nos dados, e espera-se um Pib de 4,00%   (Executivos Financeiros)



Mercado Financeiro

Itau

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Bovespa fecha dia em baixa
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou pela maior correção de preço em duas semanas, mas ainda assim encerrou o mês de agosto acumulando valorização de 3,15%.
A combinação entre cenário externo negativo e queda acentuada nas ações da Petrobras resultou em baixa de 2,10% para o Ibovespa, que fechou aos 56.488 pontos. O giro financeiro foi elevado, somando R$ 5,66 bilhões.
O mau humor externo foi garantido pela China, onde a preocupação com o mercado de crédito voltou a estimular movimento de venda.
Pelo lado doméstico, os agentes não gostaram de algumas linhas do novo modelo regulatório de exploração e produção de petróleo. A principal incerteza envolve o tamanho e a forma de um aporte de capital que a União fará na Petrobras.
Temendo grande diluição de sua participação, os agentes venderam os papéis da estatal. A ação PN caiu 3,59%, para R$ 31,38, e a ON recuou 4,47%, para R$ 37,53. No decorrer do dia, no entanto, a baixa chegou a ser maior.
Ainda entre os ativos mais negociados. Vale PNA cedeu 2,08%, a R$ 32,90; Itaú Unibanco PN perdeu 0,62%, para R$ 31,98; BM & FBovespa ON caiu 3,24%, cotada a R$ 11,62; e Bradesco PN teve desvalorização de 1,12%, a R$ 30,75.
Em Wall Street, os índices também fecharam em baixa. O Dow Jones caiu 0,50%, para 9.496 pontos. O S & P 500 recuou 0,81%, para 1.020 pontos, e o Nasdaq devolveu 0,97%, a 2.009 pontos. Já no mês, o Dow e o S & P ganharam 3,5% e 3,4%, respectivamente. Já o Nasdaq recuou 1,5%.    (Valor)

Bolsa de SP recua 2,1%
As principais Bolsas do mundo também fecharam no vermelho
Com as ações da Petrobras puxando o mercado, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou depreciação de 2,1% no último pregão do mês. A baixa acompanhou a tendência internacional -ontem as maiores Bolsas de Valores do planeta fecharam no vermelho.
Temores de que a economia chinesa desacelere afetaram as commodities e prejudicaram exportadoras de matérias primas pelo mundo. Se a China cresce e produz menos, a demanda por produtos como aço e petróleo encolhe, derrubando seus preços.
A Bolsa de Xangai, que ao lado do Brasil vinha se destacando em 2009, teve desvalorização de 6,75% ontem.
Em Wall Street, como as ações do setor petrolífero tem peso menor na Bolsa, as quedas dos índices acionários foram bem mais brandas que no Brasil. O índice Dow Jones, que agrupa 30 das ações mais negociadas, fechou com baixa de 0,50%. A ação da petrolífera Chevron recuou 1,05%.
Na Europa, a Bolsa de Frankfurt sofreu perdas de 0,96%. Em Paris, a baixa ficou em 1,07%. O mercado londrino permaneceu fechado.
O petróleo encerrou o dia cotado a US$ 69,96 em Nova York, após baixa de 3,82%. Para os papéis da Petrobras, além da queda no barril do produto, houve a influência negativa das regras sobre a exploração do petróleo na camada pré-sal.
As ações ordinárias da Petrobras recuaram 4,47%, sendo a maior baixa do dia. Sua ação preferencial recuou 3,59%.
Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, "é normal que o investidor ponha o pé no freio, com as incertezas que ainda há" em relação ao pré-sal. "As ações acabam por recuar mesmo, pois há muitos ruídos e interesses políticos envolvidos nessa operação", afirma.
Devido ao peso da Petrobras, cujas ações responderam por 27% do total negociado, o índice Ibovespa (que reúne os 64 papéis mais negociados) operou em baixa durante todo o pregão. Na mínima do dia, o Ibovespa recuou 2,65%.
O pregão mais agitado levou o giro financeiro de ontem a R$ 5,67 bilhões, 21% acima da média diária do ano.
Segundo operadores, os estrangeiros estiveram mais atuantes na ponta vendedora, o que puniu, além da Petrobras, os papéis das companhias de mineração e siderurgia, muito dependentes do preço das commodities no exterior.
As ações preferenciais "A" da Vale terminaram com perda de 2,08%. Para Usiminas PNA, o dia foi de baixa de 2,68%. E CSN ON recuou 2,77%.
Até mesmo ações de setores que têm se destacado, como o imobiliário, sofreram ontem. O papel ON da Gafisa terminou o dia com recuo de 4,3%, uma das maiores baixas do Ibovespa no dia. Para Rossi Residencial ON, a baixa ficou em 3,31%.
Dentre as poucas ações que escaparam do vermelho, ficou o papel preferencial do Pão de Açúcar, que ganhou 0,23%. A empresa anunciou na sexta-feira o acerto da negociação com o Itaú Unibanco para acabar com a obrigação de exclusividade do banco com a rede varejista. Pela decisão, o Grupo Pão de Açúcar recebeu R$ 550 milhões.
As ações do Itaú Unibanco terminaram o pregão com depreciação de 0,62%.
Câmbio
O cenário negativo nos mercados não deu chances para o real tentar se recuperar. O dólar terminou o dia com alta de 0,43%, vendido a R$ 1,89. No acumulado do mês, a moeda norte-americana registrou apreciação de 1,34%. No ano, ainda computa baixa, de 19%.   (FABRICIO VIEIRA - Folha de S.Paulo)


Gestão, Produtos e Serviços

Mestra


IBGC: Prêmio de Governança Corporativa
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) iniciou as inscrições para o Prêmio IBGC de Governança Corporativa 2009. Até o dia 11 de setembro, empresas de diferentes portes e segmentos, assim como instituições envolvidas com o desenvolvimento da governança, podem se inscrever em uma ou mais categorias.
“A premiação visa reconhecer a atuação de empresas e demais públicos interessados na Governança Corporativa”, avalia a diretora executiva do IBGC, Heloisa Bedicks. A executiva ressalta, ainda, que a avaliação e a escolha dos finalistas serão realizadas pelo Comitê Gestor, formado por associados ao Instituto.
Dividido nas categorias Empresas Listadas, Empresas Não-Listadas, Evolução e Inovação, o prêmio foi criado em 2005. A primeira categoria está direcionada às empresas de capital aberto com ações negociadas na BM&FBovespa. A segunda contempla companhias de capital aberto não-listadas em bolsa e empresas de capital fechado.
Em Inovação e em Evolução, avalia-se, respectivamente, a introdução de inovações na área de governança nas empresas e o aperfeiçoamento das práticas de governança corporativa em comparação aos anos anteriores.
Para participar, no caso das categorias Empresas Não-Listas e Inovação, é necessário o preenchimento de questionário a ser enviado ao IBGC. Já para as categorias Evolução e Empresas Listadas não é necessário o preenchimento do formulário. Todas as empresas abertas listadas em bolsa são consideradas pré-inscritas.    (Executivos Financeiros)



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