Novos eventos do AssPreviSite com seus leitores. Estamos organizando um novo Espaço AssPreviSite Previdência, com o tema “Previdência Complementar no Brasil: Os Atores do Sistema e a Nova Fronteira". Estamos convidando destacados nomes do nosso sistema, inclusive da própria Secretaria de Previdência Complementar, além de especialistas e representantes das principais entidades associativas, para tratar da temática que abrange os seguintes aspectos: “maturidade” dos relacionamentos e a crescente transparência entre os atores do sistema, os desafios e oportunidades das políticas de investimentos frente a um mercado volátil, os resultados auferidos e a questão da destinação do Superávit, as principais características e implicações do novo Plano de Contas, o Resseguro e os planos de previdência, as novas exigências na gestão das entidades, dos planos e a governança nos fundos de pensão e a formação, qualificação, capacitação e certificação de dirigentes e profissionais do sistema. Divulgaremos os detalhes em breve.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,5630 com alta de 0,06% em relação ao fechamento de quarta-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a quinta-feira em queda de 0,82% com o volume financeiro no patamar de R$ 5.307 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em baixa de 1,78% e a Nasdaq caiu 0,18%.
AssPreviSite
Funcef:
Prorrogada adesão dos ex-PMPP
Grupo tem até dia
28 de novembro para ingressar na Fundação
O prazo para os aposentados
e pensionistas do extinto fundo PMPP ingressarem na FUNCEF foi prorrogado
até o dia 28 de novembro de 2008.
Para aderir, o aposentado
ou pensionista deve enviar o termo de adesão e o de opção
pelo convênio FUNCEF/INSS, já encaminhados às residências
dos assistidos. Caso necessário, a segunda via desses documentos
poderá ser solicitada à Central de Atendimento (0800 979
1900), às representações regionais e no site da FUNCEF.
Clique aqui para imprimir o termo de cadastramento e o de opção
pelo convênio FUNCEF/INSS.
O PMPP foi criado pela diretoria
da CAIXA em 1977, com o objetivo de complementar os benefícios pagos
pelo INPS - atual INSS. Em 1984, o PMPP foi transformado no "Fundo para
Execução do Plano de Melhoria de Proventos e Pensões",
o que permitiu a participação facultativa de todos os beneficiários
do PMPP mediante assinatura de um termo de adesão. No mesmo ano,
a administração do fundo passou para a responsabilidade da
FUNCEF.
Até 1997 os benefícios
dos participantes do Fundo/PMPP eram pagos por intermédio da FUNCEF.
No mesmo ano, por decisão do Conselho de Gestão da Previdência
Complementar (CGPC), a FUNCEF foi proibida de pagar benefícios às
pessoas não associadas à Fundação e o convênio
foi rescindido. A partir daí a CAIXA passou a pagar os pagamentos
aos participantes.
No ano de 2005, o INSS decidiu
reajustar os benefícios dos aposentados e pensionistas do extinto
Fundo/PMPP. No ano seguinte, por meio da Resolução nº
1806/2006, o Conselho Diretor da CAIXA aprovou a extinção
do fundo e deu início às negociações para a
transferência dos participantes aposentados e pensionistas para o
Novo Plano.
A partir da aprovação
da redação do contrato, por parte do Ministério da
Fazenda, coube à CAIXA e à FUNCEF oficializarem a parceria.
(Funcef/AssPreviSite)
Capef:
Alterações regulamentares do Plano BD
O Conselho de Administração
do BNB aprovou no dia 28 de julho as alterações no Regulamento
do Plano de Benefícios Definido (BD) da Capef que contemplam, dentre
outros pontos, a retirada do plano de custeio do corpo deste normativo.
A próxima etapa será
a apreciação dos órgãos governamentais competentes:
Ministério da Fazenda, Departamento de Coordenação
e Governança das Empresas Estatais (DEST) e Secretaria de Previdência
Complementar (SPC).
Novas informações
sobre o andamento desse processo serão prontamente disponibilizadas
por nossos canais de comunicação. (Capef/AssPreviSite)
Petros:
Seminário de Educação Financeira
Na próxima terça-feira
(5 de agosto) a Petros e a Associação Brasileira de Educação
Financeira (Abef) vão lançar a terceira edição
do Seminário de Educação Financeira. A primeira palestra
acontece na sede do Sindipetro-RJ, na avenida Passos, Centro, às
14 horas.
O evento, voltado exclusivamente
para aposentados e pensionistas, vai abordar temas variados, tais como
investimentos, taxas de juros e contenção de gastos.
O objetivo do Seminário
Petros de Educação Financeira é contribuir para a
melhora da qualidade de vida da sociedade, diminuindo o desperdício.
Durante o encontro, o público receberá orientação
sobre finanças pessoais. Veja a programação dos próximos
eventos.
Programação
2008
• RIO DE JANEIRO
Local: SINDIPETRO
Data: 05/08/2008
Horário: 14h
Av. Passos, 34 - Centro
• BELO HORIZONTE
Local: SINDIPETRO
Data: 18/08/2008
Horário: 14h
Av. Barbacena, 242 - Barro
Preto
• VITÓRIA
Local: PETROBRAS
Data: 26/08/2008
Horário: 14h
Av. Fernando Ferrari, 1.000
Pedra da Cebola – Mata da
Praia
• NATAL
Local: a definir
Data: 05/09/2008
• RECIFE
Local: a defirnir
Data: 06/09/2008
• SÃO SEBASTIÃO
Local: TRANSPETRO
Data: 15/09/2008
Horário: 10h
Av. Guarda Mor Lobo Vianna,
1.111 - Centro
• SÃO CAETANO DO
SUL
Local: TRANSPETRO
Data: 19/09/2008
Horário: 8h
Rua Felipe Camarão,
393 - Prosperidade
• SÃO MATEUS DO SUL
Local: SINDIPETRO
Data: 26/09/2008
Horário: 14h
Rua Paulino Vaz da Silva,
538 - Centro (Petros/AssPreviSite)
Ceres:
Segurança da Informação
A Ceres implantou um sistema
de monitoramento dos serviços de Tecnologia da Informação
(TI). A ferramenta possibilita que todos os serviços sejam acompanhados
em tempo real pela Gerência de Tecnologia (Getec). Em caso de pane
ou pequenos problemas com qualquer um dos sistemas, é dado um alerta
por meio de um alarme sonoro e de um sinal luminoso num monitor LCD instalado
na Getec.
Segundo o Gerente de Tecnologia
da entidade Paulo Gaudard, a medida garante um acompanhamento mais minucioso
dos sistemas e promove maior agilidade na solução dos problemas,
garantindo mais eficiência dos serviços de TI. “Além
disso, as informações coletadas ficam armazenadas o que possibilita
posteriores consultas para saber a disponibilidade dos hosts (qualquer
máquina ou computador ligado à rede) e da rede como um todo”,
explica.
O sistema de monitoramento
é baseado em software livre. O único custo para a Fundação
foi a aquisição de uma TV LCD de 40 polegadas. (Ceres/AssPreviSite)
Banesprev:
Adiantamento do 13º do INSS chega mais cedo
Primeira parcela do abono
natalino será depositada em setembro
O Governo Federal assina
nos próximos dias uma norma determinando, pelo terceiro ano consecutivo,
a antecipação da primeira parcela do 13º salário
para os beneficiários do INSS. O valor de até 50% do benefício
mensal será depositado em setembro, junto com o pagamento relativo
a agosto. O desconto integral de Imposto de Renda fica para dezembro.
A maioria dos cadastrados
na folha da Previdência Social receberá metade do abono natalino.
As exceções são aqueles que passaram a receber o benefício
após janeiro deste ano (terão suas somas calculadas proporcionalmente).
Também os segurados que estão em auxílio-doença
terão redução na antecipação.
Mas há quem não
tenha direito nenhum ao décimo-terceiro. Por força de lei,
o abono não contempla beneficiários de amparo previdenciário
do trabalhador rural, renda e pensão mensal vitalícias, auxílio-suplementar
por acidente de trabalho, abono de permanência em serviço,
vantagem de servidor aposentado pela autarquia empregadora, salário-família
e amparo assistencial ao idoso e ao portador de deficiência.
(Banesprev/AssPreviSite)
Prece:
Acordo na CVM
A Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) aprovou a proposta de Termo de Compromisso feita
por Luiz Eduardo Bento Ribeiro Garuti, acusado de ter participado de operações
fraudulentas no mercado de dólar futuro na BM&F envolvendo os
fundos exclusivos da Previdência Complementar da Companhia Estadual
de Água e Esgotos. Garuti propôs pagar à Prece R$ 466
mil, corrigidos pela Selic a partir da data das operações,
e pagar à CVM montante equivalente a 20% desse valor.
Cardápio em braile
Os estabelecimentos do município
de São Paulo que usem cardápio devem incluir em braile até
28 de agosto. Esse é o prazo imposto pela Lei 14.753/08. A multa
por desobediência é de R$ 500 e dobra se houver reincidência.
(Gazeta Mercantil)
Prece:
Multa de R$ 1,3 milhão da CVM
A Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) firmou acordo para acabar com a investigação
contra Luiz Eduardo Bento Ribeiro Garuti, acusado de obter ganhos financeiros
com operações supostamente ilegais feitas pelo fundo de pensão
Prece, dos funcionários da Companhia Estadual de Água e Esgotos
(Cedae). Garuti terá de desembolsar cerca de R$ 1,3 milhão.
Segundo a comissão
de inquérito da CVM, Garuti, então funcionário da
Liquidez, teria atuado como pessoa física em 35 pregões no
mercado de dólar futuro entre outubro e dezembro de 2002. Ele obteve
ganhos em todos os dias em que operou, totalizando R$ 466 mil - que, corrigidos
pela Selic, mais a multa de 20% da CVM, totalizam o R$ 1,3 milhão
do acordo.
No total, 93 pessoas físicas
e jurídicas foram acusadas pela comissão de inquérito
da CVM, seja por estarem diretamente ligadas aos negócios irregulares,
ou por falta de diligência e de controle das transações.
Onze delas já fecharam acordo com a autarquia.
A investigação
envolve operações intermediadas pela São Paulo Corretora,
Liquidez , Quality Corretora, Laeta Distribuidora, Novinvest Corretora,
SLW Corretora, Novação Distribuidora, Fair Corretora, Bônus-Banval
Commodities Corretora de Mercadorias e Cruzeiro do Sul Corretora de Mercadorias.
As operações
eram feitas com contratos futuros de Ibovespa, dólar e juros. Segundo
o inquérito, foi montado um "esquema" que, "na grande maioria dos
casos, gerou ajustes negativos (perdas) para os fundos da Prece e positivos
(ganhos) para determinados clientes das citadas corretoras e distribuidoras."
Em alguns casos, os investidores
que estavam na ponta ganhadora eram funcionários das corretoras,
ou pessoas próximas de Carlos Eduardo Carneiro Lemos, que foi gerente
de investimentos da Prece. (Fernando Torres - Valor Online)
Previcon:
Tribunal de Contas responde consulta
Confresa - Em consulta formulada
pelo Fundo de Previdência Social dos Servidores de Confresa (Previcon),
o Pleno do Tribunal de Contas respondeu que os fundos municipais devem
escriturar as origens de seus recursos pelo regime de caixa, cumprindo
determinação contida no artigo 35 da Lei n.º 4.320/64,
de que as receitas públicas devem ser consideradas no momento de
sua efetiva arrecadação.
O processo foi relatado
pelo conselheiro Humberto Bosaipo, durante a sessão ordinária
do dia 29/7. (O Parlamento)
Fundos:
Negociação com a BrT afeta lucro da Oi
Os compromissos assumidos
para a compra da Brasil Telecom afetaram o resultado financeiro semestral
da Oi/Telemar. O lucro líquido do grupo no primeiro semestre, de
R$ 734 milhões, caiu 9,4% ante igual período de 2007. A diminuição
se deveu, principalmente, aos R$ 315 milhões gastos para zerar os
litígios entre a Brasil Telecom e o grupo Opportunity e aos R$ 18
milhões desembolsados na contratação de consultores
jurídicos e financeiros que assessoram a empresa na aquisição
da BrT.
O diretor de Finanças
e de Relações com Investidores do grupo, José Luís
Salazar, afirmou que os gastos para zerar as disputas judiciais entre a
BrT e o grupo de Daniel Dantas fazem parte do risco da aquisição
e que os acionistas minoritários foram informados sobre o desembolso
por meio dos fatos relevantes publicados pela companhia no final de abril,
quando os acionistas controladores das duas teles assinaram os contratos
de compra.
A Brasil Telecom tinha ações
contra o grupo Opportunity em que pleiteava indenização por
prejuízos que ele teria causado aos cofres da tele, quando foi seu
gestor. O Opportunity, por sua vez, tinha ações judiciais
contra acionistas da BrT.
A Oi pagou às duas
partes para que elas retirassem as ações, mesmo sem ter a
garantia de que as barreiras legais que impedem a compra da BrT pela Oi
serão removidas.
A compra da BrT também
aumentou o endividamento do grupo. A dívida líquida atingiu
R$ 5,7 bilhões, alta de 43% em relação a junho do
ano passado.
Anatel mantém
prazo para análise de mudança de lei
A Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) não vai prorrogar a
consulta pública sobre a alteração das regras do setor
que irão permitir a compra da Brasil Telecom pela Oi. A consulta
pública termina hoje. A agência reguladora avalia que a redação
final da medida ficará pronta entre 45 e 60 dias.
A conclusão da compra
da Brasil Telecom pela Oi ainda depende de mudança na legislação.
Hoje, o PGO (Plano Geral de Outorgas) proíbe que uma concessionária
de telefonia fixa local compre outra que atue em região diferente.
O TCU (Tribunal de Contas
da União) anunciou que vai acompanhar o processo de aquisição.
De acordo com o tribunal, a Anatel deverá informá-lo sobre
cada um dos passos da operação.
"É competência
desta Corte de Contas acompanhar a atuação da Anatel", afirmou
o ministro Raimundo Carreiro, que propôs a ação.
(ELVIRA LOBATO - Folha de S.Paulo)
Fundos:
Gasto com BrT faz resultado da Oi cair
O mesmo motivo que puxou
o lucro da Brasil Telecom (BrT) no segundo trimestre do ano derrubou o
da Oi, empresa que está incorporando-a. A Oi pagou R$ 315 milhões
a ex-acionistas da BrT, visando a extinção de litígios
judiciais. Também integrou a linha de despesas extraordinárias
um gasto de R$ 18 milhões com a contratação de consultorias
e advogados, que auxiliaram na operação.
Com esses gastos, a companhia
fechou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 248,7
milhões, quase a metade do ganho verificado no mesmo período
de 2007, de R$ 467,5 milhões. A queda foi de 46,8%.
A Oi apresentou aumento
21,8% nos custos e despesas, que totalizaram R$ 3,36 bilhões no
segundo trimestre. No mesmo intervalo, a receita líquida da companhia
cresceu menos (7,3%), para R$ 4,67 bilhões. Como resultado, o lucro
antes de juros, impostos, depreciações e amortizações
(lajida) recuou 17,8%, para R$ 1,31 bilhão. A margem lajida, que
é a relação entre esse indicador e a receita líquida,
caiu 8,6 pontos percentuais, para 28%.
Pega de surpresa com o forte
ágio registrado no leilão de licenças de terceira
geração (3G), ocorrido em dezembro do ano passado, a Oi acabou
aumentando o seu orçamento para investimentos em 2008. Segundo o
diretor financeiro da empresa, José Luiz Salazar, os desembolsos
da companhia serão de R$ 4,5 bilhões neste ano, e não
mais de R$ 4 bilhões. O aumento dos investimentos, de 12,5%, ocorre
em um momento em que a empresa está se endividando para a compra
da BrT.
A diferença do investimento
vai basicamente cobrir o ágio médio de 79,7% que a companhia
foi obrigada a oferecer para arrematar cinco lotes, cujas licenças
somaram R$ 867 milhões. De acordo com o executivo, a Oi esperava
gastar cerca de R$ 400 milhões a menos do que acabou se comprometendo.
Na ocasião do leilão,
a Oi não entrou na briga por lotes localizados nas áreas
de concessão da BrT, já sinalizando a transação
que acabou ocorrendo.
Dos investimentos de R$
4,5 bilhões previstos para este ano, R$ 1 bilhão visa a construção
da rede da companhia em São Paulo, onde começa a operar em
outubro próximo. O serviço 3G irá receber cerca de
R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 900 milhões para as licenças
e R$ 300 milhões para a expansão dessa tecnologia na área
de atuação da companhia.
Serão alocados ainda
R$ 600 milhões em aumento da cobertura e R$ 500 milhões nas
adaptações tecnológicas que irão possibilitar
a implantação da portabilidade numérica, que começa
em agosto. Outros R$ 600 milhões irão para a expansão
do serviço de banda larga e o mesmo valor será direcionado
à manutenção das atividades da empresa.
O diretor financeiro da
Oi disse que a companhia deverá captar R$ 3 bilhões no exterior
entre os meses de setembro e dezembro para pagar a compra da BrT. Os recursos
fazem parte do plano de financiamento da companhia para 2008, que prevê
captações de até R$ 12 bilhões.
De acordo com o executivo,
estão sendo analisadas três modalidades de operação.
Uma é a contratação de linhas de crédito em
agências multilaterais de fomento, como os bancos de desenvolvimento
da China e do Japão. A outra seria um lançamento de bônus
no exterior, sendo a terceira opção a tomada de empréstimos
com bancos estrangeiros.
Salazar afirmou que a empresa
vai esperar até setembro, pois é neste mês que se encerram
as férias de verão nos Estados Unidos, o que aumenta, segundo
ele, as possibilidades de prospectar uma boa operação. As
ações da companhia subiram 2,67% ontem na bolsa, para R$
37,20. (Murillo Camarotto - Valor Online)
Fundos:
Oi vai captar R$ 3 bi no exterior
O diretor-financeiro da
Oi (Tele Norte Leste Participações), José Luiz Salazar,
informou ontem que a companhia deverá captar R$ 3 bilhões
no exterior entre os meses de setembro e dezembro. Os recursos, que serão
integralmente direcionados à aquisição da Brasil Telecom
(BrT), fazem parte do plano de financiamento da Oi para 2008, que prevê
captações de até R$ 12 bilhões.
De acordo com o executivo,
estão sendo analisadas três modalidades de operação.
Uma é a contratação de linhas de crédito junto
a agências multilaterais de fomento, como os bancos de desenvolvimento
da China e do Japão. A outra seria um lançamento de bônus
no exterior, sendo a terceira opção a tomada de empréstimos
com bancos estrangeiros.
Salazar afirmou que a empresa
vai esperar até setembro pois é neste mês que se encerram
as férias de verão nos Estados Unidos, o que aumenta, segundo
ele, as possibilidades de prospectar uma boa operação.
O executivo apresentou hoje
os resultados da Oi no segundo trimestre deste ano, quando obteve lucro
líquido de R$ 248,7 milhões, uma queda de 46,8% em relação
ao mesmo período de 2007. O pagamento de R$ 333 milhões em
procedimentos relativos à compra da BrT engordou as despesas da
companhia e prejudicou o resultado. Com despesas na BrT,
lucro da Oi cai 46,8% no segundo trimestre
Despesas relativas ao processo
de compra da Brasil Telecom (BrT) acabaram prejudicando o resultado da
Oi (Tele Norte Leste Participações) no segundo trimestre
deste ano. No período, a companhia obteve lucro líquido de
R$ 248,7 milhões, o que representa uma queda de 46,8% em relação
ao mesmo intervalo de 2007, quando o ganho somou R$ 467,5 milhões.
O pagamento de R$ 315 milhões
a ex-acionistas da BrT, visando a extinção de litígios
judiciais, foi o principal responsável pela queda no lucro. Também
integrou a linha de despesas extraordinárias um gasto de R$ 18 milhões
com a contratação de consultorias e advogados, que auxiliaram
na operação.
Diante disso, a Oi viu um
aumento de R$ 604 milhões (21,8%) em seus custos e despesas, que
totalizaram R$ 3,36 bilhões no segundo trimestre. No mesmo intervalo
de comparação, a receita líquida da companhia cresceu
menos, R$ 318 milhões (7,3%), para R$ 4,67 bilhões. Como
resultado, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes
de impostos, juros, amortizações e depreciações)
recuou 17,8% ante o segundo trimestre de 2007, para R$ 1,31 bilhão.
A margem Ebitda, que é
a relação entre a geração de caixa e a receita
líquida, acabou caindo 8,6 pontos percentuais, para 28%.
(Murillo Camarotto - Valor)
Fundos:
Mercado espera fim da novela Oi-BrT
No último pregão
do mês, o mercado brasileiro voltou a ceder, reagindo mal principalmente
às notícias sobre a economia americana, piores que as projeções
já bastante pessimistas dos analistas. O Índice Bovespa chegou
a cair 1,28% perto do fim dos negócios, mas acabou se recuperando
um pouco, fechando em baixa de 0,82%, aos 59.505 pontos. Além do
tom negativo vindo de fora, o mercado interno concentrou as atenções
na expectativa de que a longa e surpreendente novela entre Oi (ex-Telemar)
e Brasil Telecom (BrT) esteja chegando a um capítulo decisivo. Isso
porque termina hoje a Consulta Pública da Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel) sobre a proposta de mudança
do Plano Geral de Outorgas (PGO), que abrirá a possibilidade de,
enfim, a compra da BrT pela Oi sair do papel.
Os papéis da Oi se
destacaram durante todo o pregão entre as maiores altas do Ibovespa.
As preferenciais (PN, sem direito a voto) série A da Tele Norte
Leste Participações subiram 3,08%, enquanto as PNs da operadora
Telemar Norte Leste, 2,67%, ambas entre as cinco maiores altas do índice.
"Com novas notícias à vista, os papéis do setor devem
voltar a andar", afirma o sócio da Fides Asset Management Roque
Sut Ribeiro. Ele acredita que deverão ser aprovadas as mudanças
na PGO que estão em discussão, já que os argumentos
contrários são frágeis e os favoráveis se mostram
bastante consistentes.
A grande justificativa dos
que são contra a mudança da PGO - e, consequentemente, a
união entre BrT e Oi - é que o negócio irá
reduzir a concorrência no setor. Na parte de telefonia celular, as
duas empresas juntas ainda terão uma participação
bem menor que líderes como TIM, Claro e Vivo, explica Sut Ribeiro.
Já no segmento de telefonia fixa, a união de BrT e Oi não
deverá significar uma perda de competição, pois essa
parte do mercado é muito mais regulada, com a Anatel definindo itens
como o valor das tarifas, lembra o gestor da Fides.
O argumento dos que defendem
a mudança nas regras do setor é que, após as fusões,
restarão companhias muito maiores e com ganhos de sinergia significativos.
Sut Ribeiro compartilha dessa opinião. Pelos seus cálculos,
o negócio entre BrT e Oi trará ganhos de sinergia equivalentes
a 8% do valor da Oi inteira. Ontem, o valor de mercado (quantidade de ações
multiplicada pelo preço dos papéis) da holding Tele Norte
Leste Participações era de R$ 15,07 bilhões e da Telemar
Norte Leste, de R$ 23,34 bilhões. "Haverá economias em todas
as partes: na gestão, na parte fiscal, comercial e até do
ágio na compra da BrT", diz o gestor.
Ele acredita que as ações
da Tele Norte Leste Participações, tanto ordinárias
(ON, com direito a voto) quanto preferenciais, e as da Contax (empresa
de call center do mesmo grupo) são as melhores opções
para o investidor se aproveitar de todo esse processo de mudança
societária. "Os papéis da holding têm mais liquidez
do que os da operadora e estão com preços mais atraentes
após as últimas quedas", lembra Sut Ribeiro. No mês,
as ordinárias da Tele Norte Leste Participações estão
caindo 11,41% e as PNs, 7,44%, ante uma baixa de 8,48% do Ibovespa. Depois
do fechamento do pregão de ontem, a Oi divulgou o seu balanço
do segundo trimestre, com lucro líquido de R$ 248,7 milhões,
o que representa uma queda de 46,8% se comparado ao do mesmo período
do ano passado, que foi de R$ 467,5 milhões. Despesas com o processo
de compra da BrT foram o principal motivo para essa queda no resultado.
(Daniele Camba - Valor Online)
Fundos:
Embraer vende mais e lucro aumenta 121%
Beneficiada pelo aumento
de 44% nas entregas de aeronaves no segundo trimestre e pela redução
de custos, com cortes de horas-extras dos trabalhadores na área
de produção, a fabricante brasileira de jatos regionais Embraer
apresentou ontem o balanço do período com lucro líquido
de R$ 176,3 milhões. Esse valor representou aumento de 121% sobre
o mesmo trimestre do ano passado. No semestre, o resultado líquido
ficou 73% superior ao de um ano atrás.
A empresa, líder
na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos,
obteve entre abril e junho receita líquida de R$ 2,69 bilhões,
23% acima dos R$ 2,19 bilhões do mesmo período do ano passado.
O maior volume de entregas - 52 aeronaves -, comparado a 36 unidades um
ano antes, contribuiu para o aumento da receita. A divisão de aviação
comercial respondeu por 69,1% do total das vendas. No semestre, a fabricante
atingiu receita de R$ 5 bilhões, 25% superior aos R$ 3,94 bilhões
de igual semestre de 2007.
A companhia destacou que
conseguiu manter sua margem bruta, 14,8%, comparada à do mesmo trimestre
em 2007, de 14,7%, apesar da queda de 16,4% na taxa de câmbio entre
os períodos. Mas foi melhor que a margem de 13,4% no primeiro trimestre,
resultado do aumento das entregas de jatos, de ganhos de produtividade
nas linha de montagem e da redução de custos de produção.
Segundo afirmou, as despesas operacionais somaram R$ 307,2 milhões,
com queda de 6,6%.
O resultado operacional,
medido pelo critério de lucro antes de juros, impostos, depreciação
e amortizações (lajida), foi de R$ 199 milhões, bem
acima dos R$ 78,7 milhões do exercício comparado. Isso levou
a uma margem de 7,4%, mais que o dobro da obtida anteriormente.
No trimestre, a Embraer
informou que conquistou novos clientes, como a ETA Star Group, de Dubai,
e a brasileira Trip Linhas Aéreas, ampliando o número de
companhias do país a operar jatos Embraer. Sua carteira de pedidos
firmes no fim de junho atingiu a marca recorde de US$ 20,7 bilhões,
incluindo a aviação executiva, que tem "backlog" de cerca
de US$ 6 bilhões é um dos mercado de maior aposta da companhia.
A empresa encerrou o semestre
com recorde de 97 jatos entregues, o que representa aumento de 59% sobre
as 61 aeronaves despachadas no mesmo período de 2007. A Embraer
reafirmou sua estimativa de entregar entre 195 e 200 jatos neste ano, além
de dez a 15 jatos Phenom 100. (Ivo Ribeiro - Valor Online)
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matérias
para os participantes em seu portal
Abrapp:
Encontros Regionais começam dia 06
Os Encontros Regionais que
a Abrapp está promovendo têm início por Fortaleza (6
de agosto) e São Paulo (13 de agosto). Estes eventos abrirão
uma série que se estenderá em seguida a Belo Horizonte (22
de agosto), Rio de Janeiro (10 de setembro), Porto Alegre (24 de setembro)
e Brasília (8 de outubro). Todos os encontros contarão com
o patrocínio do Banco Bradesco S.A e Bradesco Asset Management.
Os encontros são
uma oportunidade a mais para as entidades tirarem partido de sua condição
de associadas, informando-se sobre temas fundamentais tanto para o seu
cotidiano quanto para o planejamento de suas atividades mais a longo prazo,
ao mesmo tempo em que esclarecendo dúvidas e compartilhando idéias
e experiências. O Presidente da ABRAPP, José Mendonça,
sublinha o fato de que nesse tipo de evento se ouve o quadro associativo,
algo sempre muito bem vindo e necessário.
Em cada um dos encontros
o Presidente José Mendonça irá fazer uma apresentação
sobre os principais temas em debate e ouvir os dirigentes locais a respeito
deles, vindo a seguir uma palestra sobre investimentos em cenário
de juros decrescentes a médio prazo, uma exposição
sobre o Relatório Social das EFPCs, uma conferência sobre
supervisão baseada em risco (reunindo representantes da SPC, BC
e CVM) e um painel a respeito da metodologia seguida pelos fiscais,
com apresentação do Secretário de Previdência
Complementar, Ricardo Pena.
As inscrições
(gratuitas) podem ser realizadas pelo portal da Abrapp na internet, no
endereço www.portaldosfundosdepensao.org.br/agenda (Abrapp/AssPreviSite)
Em defesa
dos aposentados
O Congresso retomará
suas atividades e, tal como a água que de tanto bater na rocha a
perfura, estamos novamente cobrando os direitos de nossos aposentados e
pensionistas. A Câmara dos Deputados está analisando duas
matérias de nossa autoria: a emenda ao PLC 42/07 que estende para
todas as aposentadorias e pensões o mesmo percentual de reajuste
dado ao salário mínimo e o PLS 296/03 que extingue o fator
previdenciário.
É hora de cobrarmos
de nossos representantes no Congresso Nacional suas posições.
Temos de pressionar nossos deputados a votar em favor dessas matérias.
A aprovação do fim do fator previdenciário vai beneficiar
30 milhões de trabalhadores que, com a incidência do fator
previdenciário no momento de suas aposentadorias, terão prejuízos
altíssimos.
No caso das mulheres os
registros de perdas alcançam os 40%, já para os homens o
número é de 35%. E isso acontece em razão da forma
como o fator é calculado. Ele leva em consideração
a idade, a alíquota e o tempo de contribuição do trabalhador
no momento da aposentadoria, e a expectativa de sobrevida (calculada conforme
tabela do IBGE). Ou seja, quanto maior a expectativa de vida, menor será
o valor do benefício a ser recebido.
É preciso que todos
tenham claro que o fator atinge apenas aqueles que ganham salários
de até R$ 3.038,20. Ou seja, os trabalhadores do Regime Geral da
Previdência Social. Aqueles que ganham, por exemplo, R$ 25 mil no
serviço público também não sofrerão
a incidência do fator. Uma injustiça.
Lutamos para que todos os
trabalhadores brasileiros tenham direitos iguais. Por isso apresentamos
como alternativa ao fim do fator a PEC 10/08 que estipula uma idade mínima
para os trabalhadores da área privada, nos mesmos princípios
daqueles que temos para os servidores públicos. A idéia da
PEC 10 é seguir uma série de normas de transição
a fim de evitar injustiças.
O objetivo é, inicialmente,
fixar os limites de 51 anos de idade para os homens e de 46 para as mulheres,
como regra de transição, com o pedágio de um ano a
cada três anos. A idade de 55 anos e 60 seriam para aqueles que entrassem
no sistema depois da aprovação da PEC 10/08. É importante
destacar que ninguém se aposentará com menos de 35 anos de
contribuição, no caso dos homens, e de 30, no caso das mulheres.
A única exceção são as aposentadorias especiais.
Ao fim do período
de transição tanto os servidores públicos quanto os
do RGPS estarão se aposentando com 55 e 60 anos, mulheres e homens,
respectivamente. A proposta garante os princípios de justiça,
igualdade e solidariedade para todos trabalhadores. Com o fim do fator
e a adoção da idade mínima, a forma de cálculo
das aposentadorias será feita com base nas 80 maiores contribuições.
Isso a contar de 1994 até os dias de hoje, garantindo assim o princípio
da integralidade. Ou seja, todos receberão o benefício em
sua totalidade, sem reduções.
Queremos que os aposentados
e pensionistas tenham direito à integralidade, à paridade
e a não voltar a pagar a Previdência depois de terem se aposentado.
Sabemos que nossos ideais são justos, que os brasileiros esperam
que a Lei garanta a eles um benefício decente. Por isso, continuaremos
vigilantes e firmes na defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas,
das áreas pública e privada. Sempre teremos como foco a conquista
de uma sociedade mais harmônica, inclusiva e justa. (Paulo
Paim - Gazeta Online)
90%
dos aposentados do CE recebem menos de R$ 250,00
Em junho, a Previdência
Social pagou 1.113.590 benefícios no Ceará. Desse total,
quase 90% equivalem a até um piso previdenciário. Isso representa
mais de 1 milhão de pessoas recebendo R$ 246,51, no máximo.
A diferença para a média nacional é de quase 20 pontos
percentuais. No Brasil, são 68,4% aposentados e pensionistas com
essa renda mensal, conforme dados do Boletim Estatístico da Previdência
Social (BEPS), em valores não corrigidos pela inflação.
´Essa é uma
característica de um Estado pobre´, comenta Luís Crescêncio
Pereira Júnior, presidente da Associação dos Advogados
Previdenciaristas do Estado do Ceará (Aaprec). O problema não
é uma exclusividade do Ceará, se repetindo no restante do
Nordeste. No Piauí, por exemplo, 93,8% dos beneficiários
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebem até um piso
previdenciário. Na média regional, o índice é
de 87,5% ganhando, por mês, até R$ 246,51.
Considerando seu rendimento
aquém das expectativas, já há casos de aposentados
usando uma ´brecha´ jurídica para voltar a trabalhar
e aumentar o valor recebido no futuro. ´A desaposentação
permite a quem se aposentou pelo INSS renunciar a essa aposentadoria e
voltar ao mercado de trabalho e contribuir´, explica o presidente
da Aaprec. Somando esse tempo de contribuição ao anterior,
poderá obter um benefício maior. A questão será
debatida durante o XI Simpósio de Direito Previdenciário,
que será realizado amanhã e sábado em Fortaleza.
O coordenador de Direito
Fiscal da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Fábio Zambitte,
considerado o ´pai da tese da desaposentação´
falará sobre o assunto. ´Administrativamente, a Previdência
nega essa desistência da aposentadoria, mas a Lei 8.213/91 não
proíbe. Então, se não proíbe, a interpretação
é que pode´, afirma Pereira Júnior.
De acordo com a advogada
Melissa Folmann, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário
— que promove o evento — existem 18 processos correndo no Tribunal Regional
Federal, somente na região Sul. ´É um direito reconhecido
pacificamente por jurisprudência, que cabe em qualquer tipo de aposentadoria,
não apenas na passagem de parcial para integral, mas há uma
ausência de informação generalizada´, diz.
Segundo Pereira Júnior,
cada caso é um caso e vale lembrar também que o valor pago
pelo benefício é uma média das 80 maiores contribuições
feitas. Então, para que valha a pena levar à frente esse
recurso jurídico, é preciso que o trabalhador esteja disposto
a fazer contribuições maiores do que as anteriores à
aposentadoria. (Canal13)
INSS
desembolsará R$ 6,9 bi com o 13º
O Ministério da Previdência
informou que beneficiários do INSS receberão metade do 13º
salário com o pagamento da folha de agosto. A medida terá
um impacto de R$ 6,9 bilhões e deverá beneficiar 22,4 milhões
de pessoas.
É a terceira vez
que o governo antecipa o pagamento de parte do abono de final de ano, cumprindo
acordo firmado com entidades representativas dos aposentados. Quem ganha
até um salário mínimo e têm cartões de
finais um a cinco recebe metade do abono entre 25 e 29 de agosto. Os demais
beneficiários, os que ganham o mínimo e têm cartões
com finais de seis a zero, além dos que recebem mais de um salário
mínimo, terão antecipação paga entre os dias
1º e 5 de setembro. (Correio do Povo)
PR:
Aposentadorias do MP voltam à discussão
O caso já deveria
ter sido analisado, mas um pedido de vistas do conselheiro Heinz Herwig
acabou retirando o processo de pauta
O conselheiro/relator Artagão
de Mattos Leão deve incluir, na sessão de hoje do Tribunal
de Contas, a consulta, encaminhada pelo governador Roberto Requião
(PMDB) e a ParanáPrevidência, sobre a legalidade da contagem
do tempo de exercício da advogacia e de estágio através
de declaração de inscrição na Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) para as aposentadorias de promotores e procuradores.
O caso já deveria
ter sido analisado, mas um pedido de vistas do conselheiro Heinz Herwig
acabou retirando o processo de pauta. O regimento interno do TC estabelece
prazo máximo de 15 dias para retorno de determinado assunto a julgamento
nos casos de pedidos de vistas.
A consulta foi a forma encontrada
por Requião para dar continuidade a guerra que promove contra o
Ministério Público do Paraná (MP/PR) por conta da
ação movida pelo órgão para acabar com os casos
de nepotismo no Executivo do Estado.
Em entrevista ao Jornal
do Estado, o ex-diretor jurídico da Paraná Previdência,
Francisco Alpendre, revelou que a consulta inicial preparada pelo órgão
pedia que fossem revisadas todas as pensões e aposentadorias de
todos os órgãos da administração estadual.
Segundo o ex-diretor, por determinação de Requião,
a consulta encaminhada ao TCE acabou solicitando apenas a varredura dos
benefícios concedidos pelo MP.
Caso Artagão e os
outros cinco membros da Côrte sigam as manifestações
da Diretoria Jurídica (Dijur) e do Ministério Público
junto ao TC (MPjTC), que já emitiram pareceres afirmando que “os
documentos apresentados são hábeis para efeitos de aposentadoria”,
Requião não poderá contar a “munição”
do Tribunal para atacar o MP. A reportagem apurou que há intensa
pressão governista para que a resposta do TC seja favorável
as pretensões de Requião.
As manifestações
têm como base o artigo 50 da lei 8625/93, que estabelece que no caso
dos promotores e procuradores “Computar-se-á, para efeito de aposentadoria,
disponibilidade e adicionais por tempo de serviço, o tempo de exercício
da advocacia, até o máximo de quinze anos, desde que transcorridos
antes de 1998”. (Abraão Benicio - Bem Paraná)
CE:
Nova lei gera debate em simpósio
A nova lei de aposentadoria
rural será um dos temas a serem discutidos durante o XI Simpósio
de Direito Previdenciário, que tem início, hoje, no Hotel
Blue Tree, na Praia de Iracema. Pela primeira vez sendo realizado no Ceará,
o evento que segue até amanhã, deverá servir de cenário
para o debate de diversas questões que envolvem o Direito Previdenciário
brasileiro. ´Será a oportunidade de estimular o aprimoramento
do estudo sobre esta área do direito, uma vez que a troca de informações
deverá ser enriquecedora´, afirma a vice-presidente da Associação
dos Advogados Previdenciaristas do Estado do Ceará (Aaprec), Cleide
Lousada.
Durante o evento serão
abordados ainda os seguintes temas: garantias do cidadão no processo
judicial previdenciário, a linha tênue entre a justiça
e o argumento judicial, o tempo em gozo de benefícios por incapacidade
e sua repercussão no tempo de contribuição e carência;
regime geral à luz dos novos posicionamentos do Judiciário,
mitos e realidades, segurado especial, desfazendo mitos, entre outros.
O congresso contará
ainda com a presença do Ministro da Previdência Social, José
Pimentel. Os procuradores federais cearenses, José Leandro Monteiro
de Macedo e Eduardo Rocha Dias também colaborarão através
de palestras.
Mais informações:
XI Simpósio de Direito
Previdenciário - www.ibdp.org.br (Diário do Nordeste)
PEC
prevê paridade para aposentado por invalidez
A Câmara analisa proposta
de emenda à Constituição (PEC 270/08) da deputada
Andreia Zito (PSDB-RJ) que pretende beneficiar servidores públicos
aposentados por invalidez permanente com a integralidade dos últimos
proventos e com paridade em relação aos funcionários
da ativa. A proposta acrescenta o parágrafo 9º ao artigo 40
da Constituição, que trata das regras para a aposentadoria
dos servidores públicos civis federais, estaduais ou municipais.
O objetivo da autora é
que todos os que foram aposentados por invalidez permanente que tenham
ingressado no serviço público até 16 de dezembro de
1998 tenham garantidos os benefícios adquiridos pela carreira dos
servidores em atividade, isto é, a paridade de proventos. Além
disso, a PEC prevê a aposentadoria integral, já que hoje esses
aposentados recebem uma média dos 80 maiores salários de
contribuição aferidos entre julho de 1994 e a véspera
da aposentadoria, corrigida pelo INPC.
“A aposentadoria por invalidez
ocorre no momento em que o servidor mais precisa de recursos financeiros
para o tratamento de sua doença”, destaca Andréia. O projeto
será analisado pela Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário. (Diário
de Notícias)
INSS:
Agência de Salvador reduz tempo de perícia
Sete meses após a
inauguração da Agência da Previdência Social
Especializada em Benefícios por Incapacidade (APS-BI) em Salvador,
o tempo de espera para a realização do exame médico
pericial na capital baiana foi reduzido para apenas dois dias.
A unidade, no Bairro de
Brotas, foi criada para garantir agilidade na prestação de
serviços relacionados ao reconhecimento do direito aos benefícios
por incapacidade, que representam mais de 60% do total de benefícios
requeridos no INSS. Em todo o país, o INSS já instalou nove
dessas agências.
A redução
no tempo de espera entre a marcação da perícia feita
por meio da Central 135 ou via Internet (www.previdencia.gov.br) e a realização
do exame exigiu comprometimento dos servidores administrativos e dos 19
peritos médicos. Cada um dos peritos tem a responsabilidade de realizar
24 exames por dia que, somados a outros serviços, elevam para 600
atendimentos diários prestados na unidade. (Fiscosoft)
INSS:
Comprovação de tempo de serviço urbano
Prova exclusivamente testemunhal
(depoimentos e declarações fornecidos por ex-empregadores)
não é apta para comprovação de tempo de serviço
urbano perante o INSS, sendo necessário início de prova material.
O entendimento foi firmado pela Turma Nacional de Uniformização
da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais (TNU) na sessão
do dia 28 de julho em decisão unânime.
A decisão foi relatada
pelo juiz federal Alfredo Jara Moura em incidente movido pelo INSS contra
decisão da Turma Recursal do Espírito Santo, que reconheceu
o tempo de serviço de segurado por meio de prova exclusivamente
testemunhal. De acordo com o relator, a questão tem jurisprudência
sedimentada em sentido contrário no Superior Tribunal de Justiça
e na própria TNU. O Enunciado n° 149 do STJ determina que a
prova exclusivamente testemunhal não basta para a comprovação
de atividade rural - ou urbana, por analogia -, no caso de obtenção
de benefício previdenciário.
No caso, como a decisão
da Turma Recursal do Espírito Santo reconheceu o tempo de serviço
para fins previdenciários baseada exclusivamente em prova testemunhal
(declarações extemporânea de ex-empregadores), desacompanhada
de início de prova material, a TNU decidiu que o acórdão
afronta entendimento não somente do STJ, mas também da Turma
Nacional, razão pela qual deve ser reformado.
Processo n° 2002.50.01.001736-0
(Maxpress)
Aposentadoria
feminina requer preparo extra
Livro ensina às mulheres
os passos para se aposentar com tranqüilidade. Uma boa opção
está no recomeço profissional
Você já pensou
na sua aposentadoria ou é daquelas pessoas que nem pode ouvir falar
no assunto? Se o seu caso é o segundo, saiba que não está
sozinho: de cada cem pessoas que se aproximam da idade de se aposentar,
apenas duas são financeiramente independentes. Trocando em miúdos,
uma minoria se prepara para essa inevitável fase da vida. Para os
consumistas de plantão, a má notícia é que,
segundo pesquisas, 80% da população aposentada do país
vive com até dois salários mínimos, sendo que 24%
do orçamento é engolido pelo supermercado e 15%, por gastos
com saúde.
Levando-se em conta que
a expectativa de vida entre as mulheres é oito anos maior do que
entre os homens, está mais do que na hora de rever conceitos. Para
a comentarista econômica Mara Luquet, a resistência à
aposentadoria começa pelo estigma da palavra, associada ao fim da
vida, o que não é verdade. A mulher de 50, 60 anos, graças
aos avanços da medicina e da ativa participação no
mercado de trabalho, quer distância das agulhas de tricô.
Novo negócio pode
ser uma das saídas
É preciso ter fôlego
físico e financeiro para viver mais do que as avós. Não
se pode contar exclusivamente com os parcos rendimentos da Previdência
Social e do sistema público de saúde, à beira de um
colapso, não só no Brasil. A saída é partir
para um plano B, como abrir um negócio próprio, investir
numa segunda carreira ou aplicar o dinheiro. Tudo vai depender da idade,
tempo que falta para se aposentar, fontes de renda, moradia (própria
ou alugada) e montante de dinheiro disponível para investimentos.
“Na dúvida, invista
pouco e sempre”, aconselha Mara. Antes de se decidir por um plano de previdência,
analise os prós e contras, pois alguns são bons, porém
muito caros. Lembre-se que, ao adquirir um plano de previdência,
você também paga impostos. Caso a opção seja
investir em ações, avalie se vai se sentir confortável
com os riscos que vai correr. Outra dica importante é fugir de planos
que oferecem lucros mirabolantes, com garantia de risco zero.
“O grande desafio é
desmistificar o envelhecimento e varrer da cabeça idéias
soturnas. Se você pensar no conceito de independência financeira
e nas coisas boas que a aposentadoria pode proporcionar, a idéia
muda de figura”, diz Mara, que, juntamente com jornalista Andréa
Assef, divide a autoria do livro Aposentada Ficava a Sua Avó – um
Guia de Independência Financeira das Meninas Iradas! (Editora Saraiva).
“A autonomia financeira liberta a pessoa de um trabalho chato, e encoraja
novos desafios.”
Além de exercer uma
atividade prazerosa, não se deve esquecer que, para viver bem e
sem aborrecimentos muito além dos 60, é preciso evitar dívidas,
ter um fundo generoso de reserva e um custo fixo baixo. No Brasil faltam
pesquisas a respeito, mas nos Estados Unidos estudos apontam que a incidência
de pobreza entre mulheres na terceira idade é de 20%.A partir de
uma experiência pessoal, Teresa Heinz Kerry, esposa do político
John Kerry fundou uma organização não-governamental
(ONG) que promove a educação financeira das mulheres. Quando
perdeu o primeiro marido, revelou que se sentiu insegura quanto ao futuro.
Se ela, uma mulher bilionária, ficou insegura, imagine as outras?
Segundo Mara, culturalmente,
a mulher – “sobretudo a latina” – é muito sensível às
demandas da família e, por isso, não se preocupa com um sistema
de poupança pessoal. Há também a questão econômica.
Quando empregadas, as mulheres ganham em média 30% a menos do que
os homens brasileiros. Isso sem contar as chefes de família (18,5
milhões em 2006, segundo o IBGE), responsáveis diretas pelas
despesas da casa, saúde, educação, transporte e alimentação
dos filhos. (Gazeta do Povo On-line)
Fazenda
assume a venda da folha de pagamento do INSS
Como a Previdência
não chegou a acordo com os bancos, tarefa mudará de pasta
Definição
sobre a venda da folha deveria ocorrer até o final deste mês,
mas foi estendida para dezembro, a pedido do governo
O Ministério da Fazenda
assumiu o comando das negociações com os bancos para a venda
da folha de pagamento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O ex-ministro da Previdência
e atual secretário-executivo da Fazenda, Nelson Machado, vem conduzindo
os trabalhos do grupo que discute com os bancos as mudanças.
Machado já manifestou
ser favorável ao leilão da folha do INSS e, nos locais em
que não houver comprador -como em alguns Estados do Norte e do Nordeste-,
admitiu que o governo poderá pagar pelo serviço bancário.
A definição
sobre a folha de pagamento deveria ocorrer até o final deste mês,
mas foi estendida para dezembro.
"Não chegamos a bom
termo sobre os procedimentos. A questão da folha vai ficar com a
Fazenda. A Previdência faz parte do grupo, está dialogando,
mas vai cuidar apenas do atendimento nos bancos", disse à Folha
o ministro da Previdência, José Pimentel.
O antecessor de Pimentel,
Luiz Marinho, vinha conduzindo pessoalmente a discussão com os bancos
sobre a folha de pagamento. Marinho queria que os bancos "precificassem"
a folha, que considerava um "ativo" valioso.
As instituições
financeiras resistiram à proposta e afirmavam que o governo tinha
de continuar pagando pelos serviços prestados. Anualmente, esses
serviços custavam R$ 250 milhões ao INSS.
Com a resistência
dos bancos, mesmo depois de várias reuniões, o governo fechou,
em dezembro do ano passado, um acordo com as 23 instituições
financeiras que realizam o pagamento dos aposentados. Pelo acordo, até
31 de agosto de 2008 o INSS ficaria isento de pagar as taxas.
Leilão
A idéia de vender
a folha de pagamento surgiu no Ministério da Fazenda. O autor da
proposta, o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy, planejava leiloar
a folha do INSS por lotes regionais. Essa modalidade foi combatida pelo
Ministério da Previdência com o argumento de que isso poderia
comprometer o atendimento aos aposentados.
Marinho passou à
frente do assunto e realizou 20 reuniões com os dirigentes dos bancos.
Em alguns momentos, o ex-ministro chegou a ameaçar as instituições
com o leilão caso as negociações não progredissem
como o governo esperava. Apesar disso, não houve consenso, e o prazo
para um acordo foi fixado para o final deste mês.
De acordo com o representante
da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) Jorge Higashino,
o governo solicitou a prorrogação da isenção
de tarifas até dezembro, porque não há recursos no
Orçamento deste ano para pagar pelos serviços. "O governo
pediu cooperação e disse que, assim, haverá tempo
de incluir recursos no Orçamento de 2009", disse Higashino.
Juros maiores
A Febraban também
já pediu ao governo que eleve o teto dos juros do crédito
consignado dos aposentados devido às três altas da Selic promovidas
pelo Banco Central nos últimos meses. O teto está em 2,5%
ao mês. Pimentel afirmou que o assunto está sendo tratado
por um grupo técnico e deverá entrar na pauta da próxima
reunião do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social).
Na ocasião, também
deverá ser discutida a proposta da bancada dos trabalhadores no
conselho para que os segurados do INSS possam voltar a ter o limite de
30% de sua renda para os empréstimos do crédito consignado.
Hoje, esse limite está em 20%. Os outros 10% são usados para
o crédito consignado na modalidade do cartão de crédito.
(JULIANNA SOFIA - Folha de S.Paulo)
Argentina:
Manifestantes contra reforma na previdência
Na Argentina, 20 pessoas
ficaram feridas e oito foram presas durante um violento protesto contra
as reformas nas aposentadorias.
Os sindicalistas contrários
as reformas tomaram as ruas de Córdoba, no Norte do país.
Eles jogaram pedras e bombas caseiras contra a polícia, que respondeu
com gás lacrimogênio e balas de borracha.
Lojas foram saqueadas e
prédios tiveram os vidros quebrados. O governo pretende aprovar
cortes de 20% em pensões acima de 5 mil pesos, o que equivale a
2 mil e 800 reais. (BandNews)
Bolívia:
Morales enfrenta protestos
Uma onda de protestos toma
conta de La Paz e outras cidades bolivianas a poucos dias do referendo
sobre a permanência ou não do presidente, vice-presidente
e nove governadores em seus cargos. Os manifestantes, mineiros, operários,
trabalhadores da saúde e da educação —a maioria do
interior do país—, prometem deixar a capital apenas quando for aprovada
uma nova lei de aposentadoria. Além de bloquearam estradas, eles
percorreram as ruas do centro da cidade carregando dinamites. Os participantes
dos protestos exigem um projeto de lei para a reforma do sistema previdenciário
diferente do apresentado pelo governo do presidente Evo Morales. A intenção
é substituir a lei que está em vigor há 11 anos.
(Correio Braziliense)
Empresas e Economia
Obrigado
pelo seu prestígio e apoio!
Os
desafios da governança: ir além do Novo Mercado
Atualmente, há uma
sensação de que a governança corporativa é
um ponto forte do mercado de capitais nacional. O tema é visto como
uma espécie de problema bem resolvido, principalmente com o advento
do Novo Mercado (NM), que, na visão de muitos, instituiu um "selo
de garantia" às companhias deste segmento. Sem dúvida, esta
sensação é corroborada por algumas evidências
concretas.
Entretanto, existem três
razões principais para considerar a questão ainda longe de
ser bem resolvida no Brasil. Em primeiro lugar, o NM é uma condição
necessária, mas não suficiente para adoção
das melhores práticas de governança. Em segundo, mesmo que
o NM fosse suficiente, o fato é que as empresas deste segmento ainda
constituem uma exceção dentro do cenário corporativo
nacional, principalmente entre as maiores empresas do país. Finalmente,
as pesquisas recentes ainda não colocam o Brasil como um país
avançado em governança corporativa.
Em primeiro lugar, o NM
representa mais um ponto de partida do que uma garantia de melhores práticas,
pelo fato de tal segmento de listagem não possuir qualquer exigência
sobre questões-chave de governança, entre as quais: funcionamento
do conselho de administração, relacionamento do presidente
com o conselho, sistemas de remuneração e avaliação
de desempenho dos administradores, "poison pills" (artigos que dificultam
a troca de controle), gestão de riscos, relacionamento com auditorias
interna e independente, etc. Além disso, casos recentes mal recebidos
pelo mercado envolvendo empresas do NM (como Cosan e Nossa Caixa em 2007)
mostram que a adesão a tal segmento não constitui um "selo
de garantia" contra problemas de governança.
Por fim, após rápida
pesquisa, encontramos exemplos interessantes de várias empresas
do NM que ainda deixam muito a desejar em governança corporativa.
Há uma companhia do setor de saúde que contrata virtualmente
todos os seus serviços (engenharia, informática, marketing,
etc.) junto a empresas controladas por parentes do acionista controlador.
Há também uma companhia do setor de alimentos com diretoria
composta por sete membros, sendo seis da família controladora. Ademais,
a empresa conta com cinco conselheiros: três da família (entre
os quais a mesma pessoa como CEO / Presidente do Conselho) e dois independentes
que dificilmente conseguem supervisionar a gestão da companhia,
visto que são executivos "full time" de outras empresas. Sem falar
de uma companhia do setor de materiais de construção com
estrutura de propriedade dispersa na qual o CEO atua como coordenador de
todos os comitês do conselho, inclusive o de remuneração
(que define sua própria remuneração).
O segundo motivo para se
discutir os próximos passos da governança corporativa é
que o número de empresas no segmento mais avançado da Bovespa
ainda é muito pequeno. Assim, mesmo que o NM representasse um selo
de qualidade, o fato é que a grande maioria das companhias brasileiras
ainda encontra-se fora de tal segmento e distante das melhores práticas.
Como evidência, atualmente, menos de um quarto das empresas da bolsa
- ou seja, 100 das 452 - está listada no NM, correspondentes a apenas
um quinto da capitalização de mercado da Bovespa. Além
disso, das 20 maiores do país em valor de mercado - que representam
dois terços da capitalização de mercado da Bovespa
- apenas três estavam no NM no final de junho: Banco do Brasil, Redecard
e MMX.
Além de serem exceção
dentro da própria bolsa, é importante lembrar que, fora dos
muros da Bovespa, ainda há um vasto número de empresas de
grande porte e com práticas incipientes de governança. Segundo
o IBGE, temos cerca de 45 mil companhias de médio e grande porte,
com apenas 452 (cerca de 1%) das quais listadas em bolsa. Assim, o número
de empresas no NM ainda corresponde a ínfimos 0,3% das grandes empresas
do país.
Por fim, infelizmente, as
evidências concretas decorrentes de pesquisas e de agências
internacionais ainda não classificam o Brasil como avançado
em governança corporativa. Como exemplo, temos os resultados do
Prêmio IBGC de Empresas, do Instituo Brasileiro de Governança
Corporativa, que anualmente avalia todas as empresas listadas em bolsa.
De acordo com dados do Instituto, a média geral em 2007 ficou abaixo
de nove pontos, em uma escala de zero a 20. Internacionalmente, o Brasil
ainda é visto como um país com más práticas
de governança e fraca proteção ao investidor.
Essa visão foi corroborada
por um recente estudo elaborado pela consultoria especializada GMI Ratings,
que colocou as empresas brasileiras em 31º lugar entre empresas de
37 países avaliados, atrás inclusive da média geral
das empresas dos países emergentes.
(Alexandre Di Miceli da Silveira - Valor Online)
EUA:
Economia cresce 1,9% no segundo trimestre
A economia americana cresceu
1,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período
de 2007, após os 0,9% do primeiro trimestre, impulsionada por uma
melhora na balança comercial e um leve aumento do consumo, indicou
nesta quinta-feira o departamento de Comércio.
Este é o crescimento
mais forte registrado desde o terceiro trimestre do ano passado. No entanto,
os números decepcionaram os analistas, que esperavam uma alta de
2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). (AFP/Pernambuco.Com)
Avanço
do PIB dos EUA é menor que o esperado no 2º tri
Crescimento foi de 1,9%
entre abril e julho; economia se contraiu no final de 2007, pela primeira
vez em sete anos
Greenspan afirma que ficará
surpreso se não houver recessão e que problemas no mercado
imobiliário ainda estão longe do fim
O crescimento da economia
norte-americana mais que dobrou do primeiro para o segundo trimestre, graças
ao pacote de estímulo lançado pelo governo e à desvalorização
do dólar, mas ficou aquém do esperado por analistas. Os dados
mostraram ainda que nos últimos três meses do ano passado
a principal economia mundial se contraiu -o primeiro trimestre negativo
em sete anos.
O PIB dos EUA se expandiu
em 1,9% de abril a julho na taxa anualizada, inferior aos cerca de 2,3%
esperados por economistas. Nos três meses anteriores, o avanço
da principal economia mundial foi de 0,9%.
O crescimento foi resultado
especialmente do plano de estímulo fiscal -cujos cheques começaram
a chegar aos consumidores em abril, na esperança de aumentar os
gastos-, do aumento das exportações e da queda nas importações,
fruto da desvalorização do dólar.
Os gastos dos consumidores,
que representam cerca de 70% do PIB dos EUA, contribuíram com 1,1
ponto percentual do avanço no segundo trimestre. Já o comércio
exterior adicionou 2,42 pontos percentuais (sem ele, o PIB americano seria
negativo), mas essa "dependência" preocupa. Caso a economia mundial
realmente se desacelere nos próximos meses, os EUA deverão
sentir fortemente o impacto, ainda mais que deverão ser menores
os efeitos do pacote de ajuda do governo.
Os dados divulgados ontem
também revisaram os resultados do PIB desde 2004 e apontaram que
a economia americana se contraiu em 0,2% no quarto trimestre do ano passado.
A última vez que isso ocorreu foi no terceiro trimestre de 2001
-que também foi a última recessão dos EUA, apesar
de as contrações da economia não terem sido consecutivas.
A revisão não
significa necessariamente que os EUA estão em recessão -a
explicação mais usual envolve dois trimestres negativos consecutivos-,
mas, unida a outros dados, aumenta as preocupações para os
próximos meses. Os pedidos de seguro-desemprego, também divulgados
ontem, estão no seu maior nível em cinco anos.
O ex-presidente do Fed (o
banco central dos EUA) Alan Greenspan disse que a recessão parece
inevitável. "Eu ficarei mais surpreso se não tivermos [recessão]
do que se tivermos, dado o estado financeiro", afirmou à TV CNBC.
Segundo ele, os EUA estão "bem à beira da recessão"
e os problemas no setor imobiliário -epicentro da crise- não
estão "nem um pouco próximos do fim" (Folha de
S.Paulo)
Risco
de recessão ainda é de 50%, diz Greenspan
Nova York - O ex-presidente
do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan disse
ontem, em entrevista à rede de TV CNBC, que o fundo do poço
para o declínio dos preços das residências ainda não
está à vista. Para a maioria dos analistas, a economia americana
só conseguirá se recuperar da crise atual quando os preços
das residências pararem de cair.
Greenspan observou, porém,
que, apesar do tumulto atual, "a economia dos EUA está se mantendo
bastante bem". Ainda assim, ele alertou que o país está "bem
à beira" de uma recessão. Nas contas do ex-presidente do
Fed, essa probabilidade se mantém na casa dos 50%.
Greenspan afirmou que o
Departamento do Tesouro "não tem escolha" a não ser dar suporte
às agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac,
instituições que ele citou como "à espera de um grande
incidente".
O ex-presidente do Fed sugeriu,
durante a entrevista, que o governo George W. Bush deve estatizar a Fannie
Mae e a Freddie Mac e reestruturá-las inteiramente, dando mais capital
com dinheiro dos impostos, dividi-las em cinco ou dez entidades e, então,
vendê-las de volta ao mercado.
Alan Greenspan reagiu à
visão dos atuais membros do Fed e disse que os especuladores estão
orientando os preços mais altos do petróleo nos mercados
de commodities. Contudo, para Greenspan, isso é positivo.
"Isso, de fato, é
especulação, mas é uma boa especulação"
porque o que aqueles operadores estão fazendo é "antecipando"
um aumento no preço que de outra forma teria ocorrido ao longo do
tempo. Ao fazer isso, os especuladores estão mudando o comportamento
agora de forma positiva, argumentou Greenspan.
CETICISMO
O ex-presidente do Fed também
se mostrou muito cético com relação a possibilidade
de banco central ganhar poder de supervisão mais amplo sobre o setor
financeiro. Ele disse que, uma vez que não se pode prever o futuro,
o Fed está se preparando para o fracasso. Greenspan calcula que,
se o Fed não for bem sucedido, vai apenas reduzir a sua credibilidade
na frente política monetária.
Os comentários de
Greenspan sobre as agências hipotecárias e sua avaliação
negativa com relação à economia deram impulso de baixa
para o mercado acionário americanol. O Índice Dow Jones,
que concentra as principais ações dos Estados Unidos, por
exemplo, perdeu 1,78%.
O indicador acelerou a tendência
de queda depois da exibição da entrevista com Alan Greenspan.
A bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,18%. (Dow Jones Newswires/O
Estado de S.Paulo)
A economia
americana
A perspectiva de um desastre
nos EUA não deve ocorrer. Só teremos um período longo
de expansão abaixo do potencial
A divulgação
dos dados preliminares do PIB americano para o segundo trimestre do ano
permite uma análise clara da dinâmica da economia mundial
nessa primeira parte de 2008. As informações confirmam algumas
mudanças importantes que estão ocorrendo na maior economia
do planeta. A mais relevante delas é que os EUA estão crescendo
por causa do dinamismo do mundo emergente. O resultado das exportações
menos importações adicionou 2,4% ao crescimento do PIB nesse
período. Sem essa contribuição, o PIB teria se contraído
em 0,5%.
Isso vem ocorrendo há
alguns trimestres, o que dá a essa nova dinâmica uma estabilidade
maior do que a considerada pelos analistas mais conservadores. Enquanto
o dólar estiver enfraquecido e a demanda doméstica americana
estiver fraca -e deve ser por algum tempo-, teremos a inusitada situação
de ver a maior economia do mundo sustentada pelo mundo emergente. Essa
observação fica reforçada porque o resto do mundo
desenvolvido -Europa e Japão, principalmente- também está
entrando em um período de baixo crescimento econômico. A isso
se chama "DECOUPLING", mesmo que essa expressão não seja
a melhor.
Outro dado relevante nos
números do PIB do período abril-junho é a redução
do impacto negativo dos investimentos privados no setor da construção
civil. No último trimestre, ele reduziu-se pela metade em relação
aos trimestres anteriores.
Um sinal, ainda tênue,
de que o pior pode ter ficado para trás em termos de contribuição
negativa do setor.
Essa mesma leitura pode
ser encontrada em outras estatísticas do setor e em notícias
pontuais como o aumento das vendas de residências tomadas pelos bancos
por falta de pagamento em mercados importantes como a Califórnia.
Mas será preciso mais tempo para que essa indicação
atinja cores mais fortes e mais seguras. Entretanto, a perspectiva de um
desastre na maior economia do mundo, trombeteado por muitos, não
deve ocorrer. Teremos apenas um período longo de crescimento abaixo
do potencial.
Outro dado importante é
que as empresas tiveram uma redução expressiva de seus estoques
-cerca de 1,9% do PIB- nesse período. Implica dizer que o setor
industrial americano tem evitado o acúmulo indesejado de estoques,
o que poderia levar a uma redução mais expressiva da atividade
nesse setor nos próximos meses. Isso é importante para o
restante do ano, quando a demanda dos consumidores deve apresentar uma
redução em razão do fim dos estímulos fiscais
criados pelo governo Bush. Tenho defendido a tese de que vivemos em um
mundo econômico em forte movimento de transformações.
Uma das indicações desse processo está no fato de
que os EUA dependem hoje da demanda de outras economias para crescer. No
passado, tínhamos o contrário, dada a dimensão de
seu mercado. Uma outra indicação, complementar a essa, vem
do Brasil. Nesse mesmo segundo trimestre de 2008, a diferença entre
importações e exportações brasileiras vai retirar
algo como 2,5% do crescimento do PIB brasileiro. Estamos exportando demanda
de nossos consumidores e empresas. Esses são fatos econômicos
que se complementam, sendo um a outra face do outro.
Nesse mesmo trimestre, pela
primeira vez em sua história moderna, a China também está
contribuindo com sua demanda para o crescimento de outros países.
O comércio exterior chinês exportou 0,2% da demanda interna
da China. Talvez para os EUA... (LUIZ CARLOS MENDONÇA
DE BARROS - Folha de S.Paulo)
Copom
mostra que aperto será mantido
O Banco Central endureceu
o tom do discurso na ata referente à última reunião
Comitê de Política Monetária (Copom) em uma demonstração
de que o aperto monetário vai permanecer nos próximos meses.
Determinada, a autoridade monetária avisa que o objetivo é
trazer a inflação para o centro da meta já em 2009,
para 4,5%. Isso levou economistas a estimarem um novo aumento de 0,75 ponto
percentual do juro na próxima reunião do Copom.
Na ata, os diretores do
Banco Central citam ainda que a projeção de inflação
para 2008 aumentou consideravelmente em relação a junho e
continua "posicionada" acima do valor central de 4,5%. A última
pesquisa semanal Focus mostrou que a expectativa de inflação
para 2008 subiu para 6,58% ao ano, acima do teto de 6,5%. Entretanto, a
ata não confirma se o teto da meta será ultrapassado este
ano.
Além da deterioração
do cenário inflacionário, a economista da Consultoria Tendências
Marcela Prada diz que a principal mudança observada na ata, em relação
ao documento de junho, é a afirmação de que o objetivo
do Copom é trazer a inflação de volta à meta
central em 2009. "Nas últimas atas essa frase não existia",
recorda ela. O tom agressivo da ata serviu para justificar a dosagem mais
forte de aumento no juro, de 0,75 ponto percentual para 13% ao ano na última
reunião do Copom, na semana passada.
Diante do tom agressivo
da ata, Marcela diz ser "provável" que o órgão repita
a mesma dose de aumento de juro (0,75 ponto) na próxima reunião.
O colegiado do Banco Central voltará a se reunir em 09 de setembro
para deliberar sobre a política monetária.
Vários fatores, segundo
a ata, ameaçam as expectativas de inflação do Brasil.
Isso está relacionado tanto com o mercado interno como o externo.
No mercado internacional, cita o caso do preço do petróleo
que continua "volátil e mantém patamares historicamente elevados",
apesar do Copom estimar preços domésticos da gasolina inalterados
no restante deste ano. Além disso, a ata diz que a elevação
constante dos custos do petróleo no exterior reflete-se na economia
brasileira. Ou seja, na cadeia produtiva, como nos preços da petroquímica,
e na elevação das expectativas de inflação.
A ata chama a atenção
para a concessão de crédito, que se mantém elevada.
Em junho, por exemplo, o estoque chegou a R$ 1,067 trilhão, 33,4%
a mais nos últimos 12 meses.
A ata acrescenta que a demanda
doméstica permanece muito elevada e diz que a contribuição
do aumento das importações beneficiado pelo dólar
baixo tem se tornado "menos efetivo" para segurar a inflação.
Isso decorre certamente de um descompasso entre a oferta e procura, uma
vez que "os efeitos do investimento sobre a capacidade produtiva da economia
ainda precisam se consolidar".
O documento destaca os preços
das commodities, principalmente dos grãos, que se mostram elevados
desde junho, apesar do maior pessimismo sobre as expectativas para o crescimento
da economia mundial. Mas, vê uma "acomodação nos preços
agrícolas" nos próximos meses.(Gazeta Mercantil - Viviane
Monteiro)
BC
indica que vai manter alta maior do juro
Copom diz que pretende trazer
a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2009 e por isso
intensificou o aumento da Selic
Expectativa de analistas
é que autoridade monetária promova nova alta de 0,75 ponto
percentual na próxima reunião, em setembro
O Banco Central quer trazer
a inflação para 4,5% no ano que vem, e por isso intensificou
a alta dos juros na semana passada, quando elevou a taxa Selic de 12,25%
ao ano para 13%. O BC ainda se diz preocupado com o ritmo de crescimento
do consumo, que julga ser uma dos principais fontes de pressão sobre
os preços.
A meta do governo é
manter a alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
em 4,5%, admitindo um desvio de, no máximo, dois pontos percentuais
para cima ou para baixo. Nos 12 meses encerrados em junho, o resultado
acumulado já estava em 6,06%.
Ontem, foi divulgada a ata
da última reunião do Copom (Comitê de Política
Monetária do BC), que, na semana passada, surpreendeu ao elevar
os juros em 0,75 ponto percentual, em vez do 0,50 ponto dos dois encontros
anteriores.
No documento, a diretoria
do BC diz que "a política monetária deve atuar vigorosamente,
enquanto o balanço dos riscos para a dinâmica inflacionária
assim o requerer". Para alguns analistas de mercado, as afirmações
indicam que o aperto na taxa de juros deve ser mais intenso do que se esperava
inicialmente.
Para Silvio Campos Neto,
economista-chefe do Banco Schahin, a expectativa é que um novo aumento
de 0,75 ponto seja promovido na próxima reunião do Copom,
marcada para setembro, e que a taxa Selic encerre 2008 entre 14,5% e 14,75%
ao ano. "O crescimento da demanda ainda preocupa. Como ressalta a ata,
o consumo ainda não dá um sinal consistente de arrefecimento."
Na avaliação
do BC, o consumo está crescendo num ritmo muito forte, e o documento
divulgado ontem cita indicadores positivos de vendas em vários segmentos
do comércio varejista para justificar essa afirmação.
Existiria, assim, um risco de a produção das empresas não
acompanhar a expansão da demanda. Esse problema estaria sendo agravado
pela alta do preço de muitas matérias-primas no mercado internacional
-casos, por exemplo, de petróleo e minério de ferro.
Nesse cenário, a
ameaça à inflação estaria na possibilidade
de as empresas aproveitarem o bom momento da economia, impulsionada pela
elevação da renda e do crédito, para repassarem seus
aumentos de custos para os consumidores.
Pessimismo
O economista-chefe da Concórdia
Corretora, Elson Teles, também aponta a preocupação
do Banco Central com o maior pessimismo do mercado financeiro com o controle
da inflação. "Surgiram dúvidas no mercado sobre o
tempo que levaria para a inflação voltar para 4,5%. Com a
ata, o BC parece querer dar um basta nessa dúvida e reafirmar o
compromisso de fazer isso em 2009."
Pesquisa feita semanalmente
pelo próprio BC com cerca de 80 bancos e consultorias apontou, na
última sexta-feira, que a expectativa do mercado é que a
inflação deste ano, medida pelo IPCA, fique em 6,58%. Para
2009, a projeção estava em 5% -ainda acima, portanto, dos
4,5% perseguidos pelo BC.
Para que a inflação
volte para o centro da meta do governo, o preço a ser pago será
um menor crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Tanto Teles como Campos
Neto dizem esperar uma expansão próxima de 3,5% para 2009,
mais distante dos 4,8% esperados pelo BC para este ano. (Folha
de S.Paulo)
"BC
não pode ser biruta de aeroporto", diz economista
O tom mais duro da ata do
Copom divulgada ontem levou os analistas de mercado a apostarem que o Banco
Central vai manter, nas próximas reuniões, o ritmo mais forte
de alta das taxas de juros.
A maior parte das apostas
é que o juro subirá de novo 0,75 ponto percentual na próxima
reunião, em 10 de setembro. As projeções são
que a Selic encerre este ano perto de 15%.
Apesar do endurecimento
do Banco Central, o ritmo de alta da inflação começa
a dar sinais de queda acentuada já no mês de agosto, inclusive
os índices de preços no atacado agrícola, que foram
os principais responsáveis pela alta da inflação nos
últimos meses.
Os índices de preços
no varejo, que não tinham subido tanto, também devem refletir
essa mesma tendência.
Pelas contas do economista
Luiz Roberto de Azevedo Cunha, da PUC do Rio, o IGP-M de agosto já
pode cair para alguma coisa como 0,6% ou 0,7%, o que seria uma queda significativa
se for levado em conta que o índice tinha registrado 1,98% em junho
e 1,76% em julho.
Já o IPCA, que é
o índice oficial de inflação, deve baixar de 0,74%
para 0,4%.
Apesar dessa queda acentuada
da inflação, o economista não acredita que isso mude
a tendência de o Banco Central manter, na próximas reuniões
do Copom, essa posição mais dura no ritmo da alta dos juros,
até porque, como fica claro na ata, a preocupação
da autoridade monetária é com 2009, e não com o curto
prazo. Para o ano que vem, ainda há muitas pressões inflacionárias.
Além disso, Luiz
Roberto de Azevedo Cunha chama a atenção para o fato de que
o Banco Central não pode ficar mudando de estratégia a toda
hora. Já houve uma alteração de rota, quando o BC
aumentou o ritmo de alta do juro de 0,5 para 0,75 ponto, e, agora, fica
difícil um novo recuo, a não ser que a queda da inflação
seja ainda mais acentuada.
"O Banco Central não
pode ser biruta de aeroporto, que reage ao sabor dos ventos", afirma Luiz
Roberto de Azevedo Cunha. (Guilherme BArros - Folha de S.Paulo)
Mercado
já conta com nova alta de 0,75 ponto
Com a mudança de
tom da ata do Copom, analistas projetam que o juro chegará até
a 15,25% no fim do ano
A Ata da última reunião
do Copom, que elevou a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, firmou o compromisso
do Banco Central (BC) de "agir vigorosamente" e por quanto tempo for necessário
para levar a inflação de volta à meta de 4,5% em 2009.
O mercado entendeu o recado. Analistas já contam com mais uma alta
de 0,75 ponto em setembro.
O documento aponta vários
fatores para justificar a elevação da Selic para 13% ao ano,
mas ressalta o descompasso entre oferta e demanda nos mercados doméstico
e internacional e relativiza a desaceleração de alguns índices,
que ainda poderão ser afetados pela alta de preços no atacado,
que ainda deve ser repassada ao varejo.
"A política monetária
deve atuar vigorosamente, enquanto o balanço dos riscos para a dinâmica
inflacionária assim o requerer, por meio do ajuste da taxa básica
de juros", diz o BC. A estratégia adotada pelo Copom confirma que
o objetivo é "trazer a inflação de volta à
meta central de 4,5%, tempestivamente, isto é, já em 2009".
Utilizando linguagem mais
política que a usual, o BC disse que a elevação dos
juros era necessária porque uma inflação alta e persistente
pode levar "à redução do potencial de crescimento
da economia", além de ter efeitos regressivos sobre a distribuição
de renda.
O tom da ata divulgada ontem
é bem mais pessimista que o da de junho. A causa foi o comportamento
desfavorável de uma série de indicadores nas últimas
semanas, como a inflação corrente e os preços no atacado,
além do cenário externo.
Assim, o BC evidenciou que
a opção pela alta mais forte da Selic - que subiu 0,5 ponto
em cada uma das duas reuniões anteriores - visou a evitar a piora
das projeções do mercado para a inflação. A
ação do BC busca o que os economistas chamam de ancoragem
das expectativas.
De acordo com as pesquisas
mais recentes, o mercado trabalha com IPCA de 5% para 2009. Para 2008,
a previsão é de 6,58%, portanto, acima do teto de 6,50% da
meta.
Em meio a essas preocupações,
até a recente desaceleração de alguns índices
de inflação e dos preços das commodities foi minimizada.
Nas últimas semanas, o Ministério da Fazenda vinha sugerindo
que a melhora desses indicadores poderia fazer com que o BC evitasse uma
ação mais forte nos juros. No documento, o BC sinaliza, entretanto,
que ainda é cedo para comemorar o comportamento desses indicadores.
Vários trechos da
ata alertam para a possibilidade de que aumentos de preço no atacado
sejam repassados ao varejo, já que a demanda interna continua aquecida
e alguns setores podem enfrentar problemas na oferta de produtos e serviços.
"A redução
pronta e consistente do descompasso entre o crescimento da oferta de bens
e serviços e a demanda continua sendo central na avaliação
das diferentes possibilidades que se apresentam para a política
monetária", avalia o BC, salientando que o aumento da renda, do
crédito e os gastos do governo potencializam esse quadro.
EXPECTATIVAS
A ata levou o economista-chefe
do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, a elevar
a previsão para os juros no fim do ano de 14,25% para 15,25%. Para
ele, o BC deve aumentar o juro em 0,75 ponto em cada uma das três
últimas decisões do ano - setembro, outubro e dezembro. Em
relatório, ele sustenta a previsão ao lembrar que a expectativa
para o IPCA em 2009 está em 5% e em alta.
A LCA Consultores acredita
em alta de 0,75 ponto em setembro e em 0,50 ponto em outubro e dezembro.
Para o economista Francisco Pessoa Faria, esse aumento adicional de 1,75
ponto até dezembro será suficiente para levar o IPCA para
4,6% em 2009. "O preço será a desaceleração
da economia, que deve crescer em torno de 3,3% em 2009."
MUDANÇA DE TOM
COMO ERA (ATA DE JUNHO)
''A política monetária
deve atuar por meio do ajuste da taxa básica de juros''
''Uma atuação
cautelosa e tempestiva tem sido fundamental para aumentar a probabilidade
de que a inflação no Brasil siga evoluindo segundo a trajetória
de metas''
''A persistência de
descompasso entre a demanda e oferta tende a exacerbar o risco para a dinâmica
inflacionária''
''O Copom considera que
se mantém elevada a probabilidade de que pressões inicialmente
localizadas venham a apresentar riscos para a trajetória da inflação''
''A contribuição
do setor externo para um cenário inflacionário benigno parece
estar se tornando menos efetiva''
COMO FICOU (ATA DE JULHO)
"A política monetária
deve atuar vigorosamente, enquanto o balanço dos riscos para a dinâmica
inflacionária assim o requerer, por meio do ajuste da taxa básica
de juros''
''Uma atuação
cautelosa e tempestiva tem sido fundamental para aumentar a probabilidade
de que a inflação no Brasil volte a evoluir segundo a trajetória
de metas''
''A persistência de
descompasso entre a demanda e oferta vem exacerbando o risco para a dinâmica
inflacionária''
''O Copom considera que
se elevou a probabilidade de que pressões inicialmente localizadas
venham a apresentar riscos para a trajetória da inflação''
''A contribuição
do setor externo para um cenário inflacionário favorável
tornou-se menos efetiva'' (Fernando Nakagawa e Fabio Graner
- O Estado de S.Paulo)
Inflação
ganha de investimentos em julho
Renda fixa lidera, e Bovespa
perde 8,48%
A Bovespa amargou mais um
mês de pesadas perdas, ao encerrar julho com desvalorização
acumulada de 8,48%. Em meio a um cenário externo ainda arisco e
preocupante, os estrangeiros tiraram pesados montantes de recursos das
ações brasileiras, o que puniu severamente a Bolsa de Valores
de São Paulo. No pregão de ontem, a baixa foi de 0,82%.
Assim, as aplicações
atreladas aos juros -como o CDB e a renda fixa- voltaram a ser a melhor
opção de investimento, como havia ocorrido em junho.
Mas a inflação
corroeu todos os investimentos: o IGP-M acumulou alta de 1,76% no mês.
Na média, os fundos
de renda fixa terminam o mês com rentabilidade de 1,25%. O CDB pagou
em média 1,02% em julho. A poupança rendeu 0,69%.
"A saída dos estrangeiros,
motivada pela deterioração do cenário externo, prejudicou
muito a Bolsa no mês. Muito estrangeiro vendeu papéis aqui
para cobrir perdas em outros mercados. E ações como a da
Petrobras e a da Vale acabaram por sofrer bastante com o movimento", afirma
Fausto Gouveia, analista da Win -"home broker" da Alpes Corretora.
As ações preferenciais
da Petrobras acumularam perdas de 22,31% em julho. Os papéis preferenciais
"A" da Vale recuaram 14,36% no mês.
O balanço das operações
dos estrangeiros na Bovespa mostra que, até o dia 28, julho era
o pior mês da história, com saída líquida de
R$ 7,7 bilhões em capital externo. Em junho, outros R$ 7,4 bilhões
tinham saído.
Essa fuga de capital externo
ajuda a explicar o porquê de a Bovespa ter perdido 19% desde o seu
pico, em 20 de maio, quando superou 73 mil pontos. A Bolsa encerrou o mês
com 59.505 pontos. A pontuação oscila com a variação
dos preços das ações -uma pontuação
menor mostra que os papéis das companhias valem menos.
No ano, o índice
Ibovespa, que reúne as 66 ações de maior liquidez,
tem queda de 6,86%.
Além do resultado
de julho, os fundos de renda fixa se destacam no acumulado do ano. A categoria
tem ganho médio de 7% em 2008, ficando à frente dos fundos
DI, com ganhos em torno de 6,35%, e do CDB, que fica com 6,26%. A poupança
tem retorno de 3,7% em 2008.
Dólar cai 12% no
ano
Apesar de não ser
mais uma opção de investimento muito procurada, o dólar
decepcionou quem insistiu em apostar nele. A moeda americana tem depreciação
de 12,04% em 2008. O dólar caiu 2,13% em julho e encerrou o mês
vendido a R$ 1,563, em seu mais baixo valor desde 19 de janeiro de 1999.
Com a intensificação
no processo de elevação da taxa básica Selic, o retorno
das aplicações de renda fixa vai aumentar. A taxa básica
Selic -referência para as outras taxas praticadas no mercado- foi
elevada para 13% no mês passado. Para o fim do ano, há analistas
que falam em Selic a 15%.
Alta de juros não
costuma ser algo interessante para o mercado acionário. Com o aumento
da rentabilidade das aplicações que pagam juros, muitos investidores
ficam tentados a trocar a Bolsa por investimentos que carregam menores
riscos. Parte dos estrangeiros já tem feito isso: vendeu ações
na Bovespa e migrou para títulos do governo brasileiro, seguros
e com retorno mais atraente.
No exterior, o último
dia de negócios do mês foi ruim. A desaceleração
mostrada pelo PIB dos EUA, que cresceu 1,9% no segundo trimestre, abaixo
do esperado, desagradou a analistas e investidores.
Em Nova York, o índice
Dow Jones terminou com baixa de 1,78%. A Nasdaq recuou 0,18%. (FABRICIO
VIEIRA - Folha de S.Paulo)
Perda
de 8,48% deixa bolsa na lanterna
IGP-M sobe 1,76% e volta
a bater principais investimentos do País
Pelo segundo mês consecutivo,
a inflação medida pelo Índice Geral de Preços
- Mercado (IGP-M) bateu a rentabilidade dos principais investimentos financeiros
no País. O indicador subiu 1,76% em julho, ante a média líquida
de 1,01% dos fundos de renda fixa, 0,84% dos DIs e 0,69% da poupança.
Isso significa que o investidor teve o poder aquisitivo reduzido no período,
já que o ganho de suas aplicações foi menor que o
aumento dos preços.
O Índice da Bolsa
de Valores de São Paulo (Ibovespa) ficou na lanterna do ranking
de investimentos e amargou prejuízo de 8,48% no período.
Em junho, a bolsa paulista já havia fechado em queda de 10,43%,
o pior desempenho mensal desde abril de 2004. No acumulado do ano, entretanto,
as perdas são um pouco menores, de 6,86%.
A origem de tanto mau humor
continua sendo a economia americana, mais especificamente o mercado de
hipotecas de alto risco, o chamado subprime. O administrador de investimentos
Fabio Colombo lembra que os problemas com as empresas do setor hipotecário
americano Fannie Mae e Freddie Mac sacudiram o mercado financeiro mundial
e obrigaram o governo americano a anunciar um plano de socorro para evitar
prejuízos maiores.
Para agosto, a expectativa
é que os indicadores americanos continuem ditando o ritmo dos negócios
no mercado acionário mundial. No Brasil, outro ponto importante
é o comportamento das commodities, já que a Bovespa está
muito ligada às empresas de mineração, siderurgia
e petróleo, afirma o gestor da corretora Umuarama Rafael Moysés
Para ele, no entanto, há
boas chances de a bolsa brasileira voltar a ter fluxo positivo a partir
de agora, inclusive com recursos de fundos estrangeiros destinados aos
países com grau de investimento. Moysés explica que junho
e julho foram meses marcados por forte saída de recursos estrangeiros
na Bovespa. "Parte desse movimento foi para embolsar os lucros obtidos
e parte para compensar os prejuízos com o mercado subprime americano."
Com a divulgação
dos resultados das empresas no primeiro semestre - que devem ser bastante
robustos -, os investidores tendem a voltar para a bolsa paulista. "Há
muitos papéis baratos no País. Acreditamos que, até
o fim do ano, a Bovespa voltará a suas máximas históricas."
Para ele, apesar do aumento da taxa de juros, o Produto Interno Bruto (PIB)
fechará o ano com crescimento de 4,5%, o que ajuda a atrair investidores.
JUROS
Para os especialistas, a
inflação também continuará a ser foco de atenção.
Com base na evolução dos índices de preços,
o Banco Central poderá ou não manter o ritmo de alta dos
juros. Na última reunião, em julho, elevou a taxa em 0,75
ponto, para 13% ao ano. (Renée Pereira - O Estado de S.Paulo)
Inflação
em alta, ativos em baixa
O Índice de Energia
Elétrica (IEE) cresceu 10,76% no ano e fez dos fundos com base em
sua evolução o único ativo a derrotar o Índice
Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que registrou alta de 8,71%.
O indicador de preços da Fundação Getúlio Vargas,
que é o mais usado para comparações de rentabilidade
e baliza reajustes de aluguel e tarifas de serviços públicos,
superou com folga os ativos mais conhecidos da renda fixa, como os Certificados
de Depósito Interbancário (CDIs, com 6,51%), os Certificados
de Depósito Bancário (CDB, com 5,47%) e a caderneta de poupança
(4,2187%). Na renda variável, o quadro é mais dramático,
com quedas entre 1,14% (Itel, das ações de empresas de telefonia)
e 12,09% (IGC - Índice de Governança Corporativa). O Ibovespa,
índice mais conhecido da Bolsa de São Paulo, perdeu 6,86%.
Pelo segundo mês consecutivo,
os principais índices da Bolsa de Valores de São Paulo fecharam
o mês em queda. O Ibovespa acumulou queda de 8,48% no período
e só não foi o pior desempenho do ranking por causa da queda
de 10,73% do IBrX, índice composto pelas 100 ações
mais líquidas da bolsa brasileira. No ano, o Ibovespa voltou a registrar
queda, de 6,86%. A inflação bateu os principais investimentos
em julho e o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) despontou
com alta de 1,76%, à frente dos principais índices de referência
para os investimentos em renda fixa. O CDI e o CDB renderam, no mês,
1,06% e 0,8%, respectivamente.
A inflação
manteve-se como o vilão mais assustador, tanto no mercado doméstico,
quanto nas economias mais estáveis. No entanto, para Rafael Moysés,
gestor da Corretora Umuarama é importante o investidor saber que
a inflação vai e volta. Segundo ele, atualmente, a causa
está concentrada no aumento do consumo mundial de alimentos. Na
seqüência, o gestor acredita que venha o aumento mundial das
taxas de juros e desaceleração do crescimento em todo mundo.
"Atualmente a economia passa
por um período de ajustes e os juros não deverão ficar
como estão. Portanto, não é hora de mudar para renda
fixa. O momento de queda na Bovespa favorece o aumento da exposição
em renda variável, desde que em longo prazo", comentou Mousés.
Já para Fausto Gouveia, analista da Win, homebroker da Corretora
Alpes, o cenário atual de elevação de juros vai gerar
uma migração espontânea de investidores de renda fixa
para variável.
Para Gouveia, o resultado
negativo dos principais índices da Bolsa de São Paulo em
julho devem comprometer o resultado final do ano para os ativos de renda
variável. Se no início de 2008 alguns analistas chegaram
a projetar o Ibovespa alcançando 80 mil pontos até dezembro,
a realidade passou a ser outra. "Com as baixas seguidas o Ibovespa ficou
muito distante das metas projetadas. Agora há muito pouco tempo
para a recuperação e se ficar em torno de 70 mil pontos já
seria muito bom", disse Gouveia, da Win.
O cenário externo
perturbador e os freqüentes soluços na economia dos Estados
Unidos atingiram as aplicações de renda variável brasileira,
mas fatores internos conseguiram prevalecer sobre alguns papéis.
Caso das ações preferenciais das Lojas Americanas, ação
que fechou o mês em alta de 13,33%. Para analistas, o setor de consumo,
especialmente voltado para as classes C e D, mantém-se aquecido,
favorecido com o aumento de renda deste segmento social. A segunda ação
que mais subiu no mês foi Embraer ON, com 12% em julho.
No caso da empresa brasileira
fabricante de aviões, prevaleceu os bons fundamentos da companhia.
Apesar de, no ano, as ações ordinárias da companhia
terem apresentado baixa de 40,69%, no terceiro lugar entre as maiores quedas
do período, os anúncios de aumento nas entregas de aeronaves,
feitos no segundo trimestre, animaram os investidores. "A Embraer anunciou
que vai entregar cerca de 20% a mais do que o previsto. O preço
de cada aeronave custa em torno de US$ 1,6 milhão e cada nova venda
gera aumento significativo no resultado", comentou Mariana Gonçalves,
analista da Global Equity.
Outro fator positivo para
a recuperação dos papéis da Embraer está relacionado
ao câmbio. Apesar de se tratar de uma empresa exportadora, grande
parte dos produtos utilizados na fabricação dos aviões
é importada. Com queda acumulada de 11,94% em 2008 e baixa de 2,19%
somente em julho, a moeda americana transformou-se em uma aliada generosa
para a fabricante de aviões. No ano, Nossa Caixa ON foi a ação
que mais subiu. A alta de 76,06% ainda reflete o movimento especulativo
de especulações referentes à possível mudança
do controle da tesouraria do banco, que hoje pertence ao Estado de São
Paulo. Rumores a respeito da transferência para o BB acenderam a
disposição de bancos privados a participar de uma privatização,
pela qual lutariam, até na Justiça.
A segunda maior alta acumulada
no ano é das ações de Cosan ON, que subiram 48,03%.
As ações da companhia produtora de álcool e açúcar
tiveram forte recuperação, apostando nas negociações
do Brasil em relação à abertura do mercado internacional
no exterior para a compra do etanol nacional. (ANA PAULA CARDOSO
- Jornal do Commercio)