Previdência
- Clipping de Notícias - 10.05.2011
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
(Caso
deseje cancelar o recebimento deste material - favor retornar mensagem
com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Seminário sobre Educação Previdenciária. Previc e SPPC promoverão, nos dia 1º e 02 de junho, das 9h às 18h, o “IV Seminário sobre Educação Previdenciária”. O evento, no auditório do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em Brasília, é direcionado aos representantes das EFPC, seus conselheiros, dirigentes e profissionais ligados aos projetos de educação previdenciária e financeira. As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas no período de 02 a 27 de maio, pelo e-mail previc.cgac@previdencia.gov.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,6200, com alta de 0,18% em relação ao fechamento da sexta-feira. Na Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a segunda-feira em alta de 0,32%, com o volume financeiro no patamar de R$ 5,074 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em alta de 0,36% e a Nasdaq subiu 0,55%.
AssPreviSite
Demonstrações
contábeis: A Previc responde
Em abril, a ABRAPP enviou
correspondência à PREVIC (Superintendência Nacional
de Previdência Complementar) indagando sobre a obrigatoriedade da
elaboração de quadro comparativo com o exercício anterior
nas demonstrações contábeis de 2010, em função
da publicação da Instrução PREVIC nº 1.
Em resposta, em mensagem recebida pela ABRAPP na última sexta-feira
e que revela a sensibilidade de nossas autoridades, Edevaldo
Fernandes da Silva, Diretor de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos
da PREVIC, esclarece que de fato essa comparação não
será exigida no exercício de 2010.
Em sua mensagem, Edevaldo
ratifica que, para as demonstrações contábeis referentes
ao exercício de 2010, não será necessário o
preenchimento da coluna Exercício Anterior e Variação,
conforme disposto no Anexo B, da Resolução CGPC nº 28
(Diário dos Fundos de Pensão)
Funcef:
Carlos Alberto Caser será o novo presidente
Cerimônia de posse
será na próxima quarta-feira (11/5), em Brasília
O empregado de carreira
da CAIXA, Carlos Alberto Caser, será o novo presidente da FUNCEF,
em substituição ao economista Guilherme Lacerda, à
frente da instituição desde 2003. A cerimônia de posse
do novo presidente acontecerá na próxima quarta-feira (11/5),
às 18h, na sede da Fundação, em Brasília (DF).
Quem é Carlos Alberto
Caser
Empregado de carreira da
CAIXA desde 1982, o capixaba Carlos Alberto Caser foi diretor eleito
da FUNCEF por duas vezes. Representado os empregados da CAIXA, esteve à
frente das Diretorias de Controladoria (1º de outubro de 2002 a 14
de agosto de 2007) e Benefícios (15 de agosto de 2007 a 31 de maio
de 2010). Assumiu temporariamente a presidência da FUNCEF no período
de 5 de julho a 10 de outubro de 2010.
Bacharel em Direito e em
História, Caser foi presidente da Apcef/ES (1986 a 1990), presidente
da Fenae em duas gestões consecutivas (1993 e 1999) e vice-presidente
da entidade, entre 1990 e 1992. Representou a Federação Nacional
das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) no Conselho de
Administração da FUNCEF entre 1993 e 1997. Foi membro do
Conselho Deliberativo da FUNCEF (de 4 junho a 30 de setembro de 2002) e
do Conselho de Administração (6 de maio de 1993 a 27 de março
de 1998). Em sua militância sindical, foi conselheiro fiscal da CNB/CUT
(Confederação Nacional dos Bancários) e diretor do
Sindicato dos Bancários de Brasília.
Mensagem de despedida de
Guilherme Lacerda
"Com a renovação
de lideranças na Diretoria Executiva por parte da Caixa Econômica
Federal - prática salutar e necessária que deve ser valorizada
em todos os ambientes corporativos e institucionais - deixo a presidência
da FUNCEF com a sensação de dever cumprido.
A FUNCEF vive um período
marcado por um desempenho excepcional em todos os seus quadrantes e tem
conseguido cumprir sem reparos sua missão de administrar com eficiência
e transparência os recursos previdenciários dos seus mais
de 113 mil participantes. É certo que muitos desafios ainda estão
colocados à nossa frente e, com certeza, eles também serão
superados, fortalecendo cada vez mais a nossa querida Fundação.
A minha presença
na Presidência da FUNCEF por indicação da Patrocinadora
vem desde 2003. Os tempos da Fundação naquele ano e os de
agora são muito diferentes e estas distinções saltam
aos olhos. Existiram momentos e fases difíceis e os avanços
só se efetivaram porque aqui na Fundação existe um
time de primeira. Este time não é de uma pessoa, nem duas
nem três, é de todos, do seu corpo gerencial e de todos
os mais de 570 funcionários que trabalham e dedicam boa parte do
tempo de suas vidas a garantir com zelo o futuro de todos os participantes.
Nos últimos oito
anos, superamos desafios, adotamos medidas de prudência e atravessamos
a crise mundial sem maiores sobressaltos.O patrimônio da FUNCEF quadriplicou,
saltando de menos de R$ 10 bilhões, no final de 2002, para os atuais
R$ 44 bilhões. De janeiro de 2003 a março de 2011, a Fundação
acumulou uma rentabilidade de 310,05%, contra uma meta atuarial de 154,29%.
Trouxemos para cá mais de 40 mil novos empregados da CAIXA que ainda
não eram associados, aumentando o número de participantes
da Fundação, que saltou de cerca de 70 mil, em 2003, para
mais de 113 mil, atualmente. Ressalto que todas as conquistas só
foram possíveis com o apoio daqueles que trabalharam com afinco
para que a FUNCEF alcançasse o patamar de hoje.
Meu agradecimento especial
à Fenacef, entidade representativa de aposentados e pensionistas,
que são os verdadeiros bastiões da FUNCEF. Foram eles que
trouxeram mais consenso e equilíbrio para as discussões,
contribuindo para conquistas históricas, a exemplo da vinda dos
ex-PMPPs para a Fundação. Deixo registrado aqui meu reconhecimento
pelo respeito e pela seriedade com que foram tratadas as principais questões
da FUNCEF.
Meus sinceros agradecimentos
a todos os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal que muito contribuíram
para a governança e importantes decisões que corroboraram
para com o crescimento da nossa Fundação. Agradeço
também à Patrocinadora CAIXA, que nunca negou o diálogo
e sempre esteve aberta às negociações.
Ao meu sucessor, Carlos
Alberto Caser - que aceitou meu convite para assumir a Secretaria- Geral
nesse período de transição - transmito meus votos
de agradecimento pela parceria e desejo sucesso. A todos, enfim, a minha
gratidão e a certeza de que, juntos, fizemos o melhor pela FUNCEF.
A ética, a transparência e as boas práticas de gestão
já estão bem incorporadas à cultura da entidade. É
esse o nosso maior legado". (Funcef/AssPreviSite)
Previ:
Carim realiza 7ª convocação dos participantes
Em 3/5, todos os 327 participantes
habilitados que registraram sua manifestação até 2/5
foram convocados. Se você encontrou seu imóvel manifeste-se
pelo Autoatendimento do site ou pela Central 0800-729-0505 e aguarde sua
convocação! (Previ/AssPreviSite)
Fundação
CESP: Eleição de representantes
Retomada da eleição
para representante dos assistidos nos Conselhos Deliberativo e Fiscal
A Fundação
CESP, mediante ordem judicial, está retomando o processo de eleição
para representante dos assistidos nos Conselhos Deliberativo e Fiscal,
com a inclusão dos beneficiários da Lei nº 4819 como
eleitores.
Em junho/2009, a AAFC -
Associação dos Aposentados da Fundação CESP
- ingressou com Ação Civil Pública, requerendo, liminarmente,
a participação dos membros beneficiários da Lei Estadual
nº 4819/58 neste processo eleitoral como eleitores.
A Fundação
CESP, para defender o interesse de seus participantes – os beneficiários
da Lei nº 4819 não são reconhecidos como efetivos participantes
da entidade, uma vez que não constituíram planos previdenciários
com reservas matemáticas na entidade, conforme Estatuto Social (artigo
52) – tomou uma série de medidas judiciais para impedir que não-participantes
tenham influência na votação para as cadeiras decisórias
da Fundação CESP.
Muito embora ainda haja
recurso pendente da Fundação CESP para impedir a participação
dos beneficiários da Lei nº 4819 nestas eleições,
o Juízo determinou que o processo eleitoral deve ser retomado –
com a inclusão dos beneficiários da Lei nº 4819 - sob
pena de multa diária. Desta forma, a Fundação, a fim
de evitar a aplicação da penalidade judicial, deu sequência
aos procedimentos para a realização da eleição,
cuja apuração deve ocorrer em 27 de junho de 2011.
Ressaltamos que a retomada
da eleição, nos termos da decisão judicial, está
suportada pelos seguintes procedimentos:
Manter a votação
dos participantes assistidos, ocorrida entre os dias 3 a 7 de agosto de
2009, sem qualquer alteração;
Os votos recebidos por correspondência
dos participantes assistidos, na eleição ocorrida entre os
dias 3 e 7 de agosto de 2009, estão mantidos nos Correios devidamente
lacrados, sob a custódia da ECT, e serão apurados em 27 de
junho de 2011;
O sistema de votação
online dos participantes assistidos, na eleição ocorrida
entre os dias 3 e 7 de agosto de 2009, foi lacrado pela empresa Multilinks
(responsável pelo sistema eleitoral) no dia 7 de agosto de 2009.
A Multilinks confeccionou relatório de apuração dos
votos eletrônicos e o deixou em 25 de agosto de 2009, sob a custódia
da empresa de auditoria Ernst & Young e estes serão apurados
em 27 de junho de 2011;
Será comunicado aos
participantes assistidos no portal da Fundação CESP a inclusão
dos beneficiários da Lei nº 4819 no processo eleitoral como
eleitores, e as datas de apuração e posse;
Serão enviados kits
de votação para os beneficiários da Lei nº 4819,
em 27 de maio de 2011, para que possam escolher os candidatos homologados;
Após a votação
dos beneficiários da Lei nº 4819, prevista para ocorrer entre
os dias 13 e 15 de junho de 2011, todos os votos (eleitores assistidos,
eleitores beneficiários da Lei nº 4819, votos do correio e
votos eletrônicos) serão apurados conjuntamente em 27 de junho
de 2011, anunciando-se os vencedores e promovendo as devidas posses nos
cargos em 30 de junho de 2011.
O prazo até 30 de
junho de 2011 é o mínimo necessário para a finalização
do processo eleitoral, mantendo-se os mesmos critérios e prazos
utilizados no cronograma anterior (por exemplo: número de dias de
votação, tempo de campanha eleitoral, prazos para envio e
resposta dos votos) e aprovado pelo Conselho Deliberativo. (Fundação
CESP/AssPreviSite)
BB
Previdência: Relatório Anual
A BB Previdência já
disponibilizou em seu site a versão online de Relatório Anual,
referente ao exercício de 2010. Para conferir o documento, o interessado
deve acessar o site da BB Previdência, no endereço www.bbprevidencia.com.br,
e realizar o login no link do Acesso Restrito, utilizando CPF e senha.
É importante destacar
que a versão impressa do documento também já foi enviada
ao endereço cadastrado dos assistidos, autopatrocinados e às
patrocinadoras, para a distribuição entre os participantes
ativos.
O Relatório Anual
contempla as alterações no Estatuto da BB Previdência
e no Regulamento do Plano (apenas em alguns casos), as Demonstrações
Contábeis, o Resumo do Parecer Atuarial, do Demonstrativo de Investimentos
e das Despesas em 2010, além do Resumo da Política de Investimentos
2010. (BB Previdência)
Ipe:
Protestos em Porto Alegre
Cerca de 200 pessoas “abraçaram”
o prédio do Instituto de Previdência do Estado (IPE) ontem,
numa manifestação de sindicatos filiados à Federação
Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul
(Fessergs) e de entidades de representantes da Brigada Militar.
Segundo o presidente da
Fessergs, Sérgio Arnoud, a manifestação pediu que
os servidores sejam ouvidos em dois projetos que o Piratini mandará
à Assembleia Legislativa e que afetam diretamente o funcionalismo
estadual: a reforma da previdência e a alteração das
regras para o pagamento das RPVs – chamadas de precatórios de pequeno
valor.
– Quereremos ter oportunidade
de discutir as alterações antes que elas sejam feitas. Não
concordamos com o aumento dos descontos no salário do funcionalismo
– disse Arnoud. (Zero Hora)
Fundos:
Cade põe em xeque fusão Sadia-Perdigão
Procuradoria emite parecer
com fortes restrições à fusão, que podem incluir
a venda de uma das marcas ou o cancelamento do negócio
A procuradoria-geral do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu um duro
parecer que ameaça barrar a fusão entre Sadia e Perdigão.
O órgão recomenda restrições mais fortes -
que podem incluir a venda de uma das duas marcas principais - ou a reprovação
do negócio.
O documento foi entregue
nesta segunda no fim da tarde ao conselheiro relator do caso, Carlos Ragazzo,
e será distribuído para as empresas. Não é
a posição definitiva do Cade, mas representa um indicativo
importante, já que costuma ser seguido pelos conselheiros. "Estamos
preocupados com essa operação e queremos sinalizar ao conselho
que deve haver atenção redobrada", disse ao Estado o procurador-geral
do Cade, Gilvandro de Araújo.
O voto dos conselheiros
só será conhecido em plenário. A expectativa é
que a fusão, que criou a Brasil Foods (BRF), seja julgada em junho
após dois anos de análise e extensa documentação
apresentada pelos advogados. O negócio foi anunciado em junho de
2009, para resgatar a Sadia, que sofreu prejuízos bilionários
com derivativos cambiais no auge da crise global.
Com 38 páginas, o
parecer da procuradoria-geral do Cade é ainda mais restritivo que
o da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério
da Fazenda. A Seae recomendou a aprovação da operação
desde que seguidas uma de duas alternativas: a venda de um conjunto de
marcas com preços mais baratos ou o licenciamento por no mínimo
cinco anos da marca da Sadia ou da marca Perdigão.
"As alternativas oferecidas
pela Seae não são suficientes para combater os problemas
identificados", diz a procuradoria do Cade. "Ou encontramos restrições
que possibilitem efetivamente a um terceiro agente econômico fazer
frente ao poder de mercado da Brasil Foods ou se impõe a reprovação
da operação."
Para o órgão,
o licenciamento da marca Sadia ou Perdigão por cinco anos "é
temporário e não resguarda a competição no
médio e longo prazos". O parecer deixa em aberto qual seria a opção
ao licenciamento, mas, na prática, resta a venda de uma das duas
marcas principais. Para especialistas do setor, os concorrentes não
se interessariam pelo arrendamento temporário.
O entendimento dos técnicos
do Cade é que a segunda alternativa - venda em bloco de Batavo,
Rezende, Confiança, Wilson e Escolha Saudável e dos ativos
de margarina que incluem Doriana, Claybon e Delicata - também não
é satisfatória. "A alienação das marcas de
combate não seria suficiente para atribuir a um agente econômico
poder de mercado para contrastar eventual exercício de poder dominante."
O parecer da procuradoria
do Cade diz ainda que "as empresas não lograram êxito em demonstrar
que os benefícios decorrentes da fusão podem ser compartidos
com o consumidor". Sadia e Perdigão argumentam que vão criar
uma grande exportadora nacional, mas a preocupação do órgão
é com o custo para a população. As concentrações
de mercado ultrapassam 70% em categorias como hambúrgueres e pizzas
prontas. Procurada, a BRF não quis se manifestar, porque ainda não
recebeu o parecer. (Raquel Landim, de O Estado de S. Paulo)
Prêmio
Nacional de Seguridade Social
As associadas da Abrapp
têm até a próxima sexta-feira, dia 13, para participar,
indicando nomes, da preparação do Prêmio Nacional de
Seguridade Social. Trata-se de reconhecer as personalidades que nas mais
diferentes áreas de atividade se destacaram por suas iniciativas
e contribuições à construção dos avanços
do sistema de previdência complementar e, de uma forma mais ampla,
das muitas ações na direção de um Brasil melhor.
A cerimônia da premiação
é sempre um momento em que o sistema de fundos de pensão
estreita os laços com a sociedade brasileira, ao demonstrar identidade
de valores e de propósitos. É nesse espírito que teremos
no próximo dia 19/09/11 a entrega das estatuetas aos laureados na
16ª edição do prêmio, cerimônia que realizaremos
por ocasião do 32º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão,
em Florianópolis.
Para maior brilho da iniciativa,
decidiu a ABRAPP consultar as associadas, no intuito de que estas proponham
nomes para figurar como candidatos ao prêmio, sendo que cada indicação
deverá ser acompanhada por justificativa. Poderão ser indicados
um ou mais candidatos para integrar uma mesma categoria de laureados e
apresentadas sugestões para todas categorias ou somente para
parte delas.
Assim, pede-se nomes para
cada uma das seguintes categorias da premiação: Ação
Parlamentar; Ação Social; Comunicação; Educação
Previdenciária e Financeira; Fomento; Patrocinador de EFPC; Seguridade
Social.
A sugestão de candidatos,
algo que seguramente irá conferir ainda maior peso institucional
ao prêmio, deverá ser feita até 13/05/11, com Érika
Catino, através do e-mail erika@abrapp.org.br .
Posteriormente, até
o dia 14/06/11, a Comissão Julgadora integrada por 6 (seis) membros
reunir-se-a para definir, com base nos nomes apontados pelas associadas,
os laureados em 2011. (Diário dos Fundos de Pensão)
Senado
discute política salarial para aposentados
A Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa do Senado promoveu ontem
audiência pública para discutir a política salarial
para os aposentados e pensionistas. A reunião tratou também
do fator previdenciário e das repercussões do valor salário
mínimo, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias
para R$ 616,34 em 2012. Foram convidados para a reunião o presidente
da Confederação Brasileira dos Aposentados (Cobap), Warley
Martins Gonçalles, o presidente do Sindicato dos Aposentados da
Força Sindical, João Batista Inocentini, e o presidente do
Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da União
Geral dos Trabalhadores, Edmundo Benedetti. (Blog do Murillo de Aragão/Brasília
em Tempo Real)
STF
confirma acúmulo de aposentadoria e auxílio
O STF (Supremo Tribunal
Federal) negou novo recurso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
contra o acúmulo do auxílio-acidente anterior a 1997 com
a aposentadoria.
O Supremo disse que não
julgará a questão. Com isso, prevalece a palavra do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), que garante ao segurado o direito de receber
os dois benefícios após se aposentar.
O INSS havia entrado com
novo recurso, comparando o acúmulo a outras revisões que
foram julgadas --e negadas-- pelo Supremo. O STF, porém, reforçou
que o assunto não envolve a Constituição e, portanto,
que não irá analisá-lo. O julgamento da Segunda Turma
ocorreu no mês passado. (Gisele Lobato - Agora S.Paulo)
Minuta
do projeto previdenciário do RS nesta quinta
Liderados por sindicatos,
funcionários públicos questionam aumento da contribuição
para aposentadoria
A Federação
Sindical dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul
(Fessergs) comemorou ontem 21 anos com uma manifestação em
frente ao prédio do Instituto de Previdência do Estado (IPE)
para expor o temor diante da proposta do governador Tarso Genro (PT) de
aumento da contribuição dos funcionários para a aposentadoria.
A Fessergs reclama de não
poder participar dos debates sobre a proposição, que está
tramitando no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
O projeto do governo estabelece o aumento da alíquota de contribuição
para os que têm vencimentos superiores a R$ 3.689,66 e indica a criação
de um Fundo de Capitalização, que terá como modelo
o Departamento Municipal de Previdência de Porto Alegre, o Previmpa.
O presidente da Fessergs,
Sérgio Arnoud, explica que a preocupação do sindicato
é com as três faixas de aumento da alíquota de contribuição
propostas pelo Piratini de acordo com os vencimentos dos servidores. O
Executivo quer manter a alíquota de 11% para os que recebem até
o teto do INSS, R$ 3.689,66, e aumentar a alíquota para 16,5% dos
que recebem mais.
Haveria aumento na contribuição
de 1 ponto percentual (R$ 52,25) para os que recebem R$ 5 mil; de 2,5 pontos
percentuais (R$ 251,62) para os que ganham R$ 10 mil; e de 3,4 pontos percentuais
(R$ 814,56) para os que são remunerados com o teto do Estado, R$
24.117,62.
"Temos receio de que esse
seja o primeiro passo para uma desvinculação entre servidores
ativos e inativos", aponta Arnoud, que explica que a entidade é
"a favor de um percentual único para todos os servidores, por ser
a forma mais justa".
O sindicalista acredita
que o Palácio Piratini acertou em desistir da criação
de uma previdência complementar e afirma que o sindicato vê
com simpatia a criação de um fundo de capitalização,
mas que reivindicará que a estrutura seja coordenada pelo IPE.
"O Previmpa é interessante,
mas esse modelo tem que ser aperfeiçoado de acordo com as especificidades
do Estado, que tem um número bem maior de servidores", observa.
Ele aponta ainda a necessidade de o fundo ser criado através de
emenda parlamentar, para que os recursos não possam, no futuro,
ser destinados para outros fins.
"Daqui a pouco vem outra
gestão, muda a lei e coloca esse dinheiro nas estradas. Isso aconteceu
nos governos (Antonio) Britto (PMDB), (Germano) Rigotto (PMDB) e Yeda (Crusius,
PSDB). Precisamos de uma solução definitiva."
O presidente da Fessergs
promete pressionar hoje, em reunião do Comitê de Diálogo
Permanente - fórum criado pela Secretaria de Administração
e Recursos Humanos para fazer a interlocução entre a administração
estadual e os servidores -, os representantes do Piratini a apresentarem
as propostas. "O governo não acenou com diálogo até
agora", reforça.
O presidente do Conselho
Deliberativo do IPE, Carlos Alberto de Oliveira Azeredo, endossa a reclamação
do sindicato dos servidores. Para Azeredo, o Piratini desrespeita a direção
do IPE ao manter no núcleo do governo as discussões sobre
as mudanças. "Infelizmente, essas discussões de aumento de
alíquota nem passaram por nós", lamenta.
O presidente do Conselho
Deliberativo do IPE sustenta que é preciso uma reformulação
maior do que o aumento proposto pelo Piratini para resolver o rombo do
déficit no orçamento causado pela Previdência. "O Estado
tem que assumir sua responsabilidade. É uma maldade muito grande
o que estão fazendo com o funcionalismo", entende. "Em reposição
salarial não se pensou", emenda.
O projeto de lei que propõe
novas regras para os contribuintes do Estado faz parte das cinco medidas
propostas por Tarso no chamado pacote de sustentabilidade financeira, que
devem ser protocoladas em regime de urgência na Assembleia Legislativa
até o final de maio.
Com os cortes e novas fontes
de receita, o Piratini quer fazer economia suficiente para evitar a previsão
de déficit nas finanças neste ano.
Solidários à
reclamação dos servidores, representantes da União
Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública e
da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris)
participaram da manifestação da Fessergs.
O presidente das duas entidades,
João Ricardo dos Santos Costa, disse que a União irá
elaborar um estudo técnico para comprovar a existência do
déficit previdenciário e a eficiência das alterações
propostas para a área no pacote de sustentabilidade financeira.
O objetivo da ação é fornecer subsídios para
os servidores analisarem a proposta do Executivo.
Governo distribuirá
minuta do projeto na quinta-feira
A câmara temática
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que debate a reforma
previdenciária se reuniu ontem pela segunda vez. Durante mais de
duas horas, seus integrantes discutiram, a portas fechadas, o projeto do
Palácio Piratini que aumenta a contribuição sobre
os maiores salários do funcionalismo e cria um fundo complementar
para os novos servidores públicos.
Uma nova reunião
nesta quinta-feira dará detalhes aos conselheiros. O secretário-executivo
do Conselhão, Marcelo Danéris (PT), informa que a intenção
do governo é distribuir nesse encontro a minuta dos projetos que
promovem alterações no sistema previdenciário, além
de abrir os números que o Executivo detém sobre o tema.
Na semana passada, o governador
Tarso Genro (PT) apresentou as linhas gerais de suas propostas aos 90 conselheiros
no encontro do pleno do Conselhão. E determinou um prazo de no máximo
15 dias para que eles apresentassem sugestões ao projeto.
Ao propor um aumento dos
atuais 11% para 16,5% sobre as remunerações superiores a
R$ 3.689,66 - o teto do INSS -, o Executivo enfrenta resistências
dos servidores públicos e das categorias que recebem os maiores
salários no Estado. Além disso, há críticas
quanto ao prazo curto para uma discussão tão complexa.
O presidente da Associação
dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos
Santos Costa, cobra mais tempo para o debate. Ele estima que mais dois
meses de conversações entre o governo e o Conselhão
sejam necessários.
João Ricardo, que
também comanda a União Gaúcha em Defesa da Previdência
Social e Pública, encomendou um estudo para verificar a situação
da previdência no Estado e os motivos para a existência do
déficit - que os servidores chamam de passivo - estimado em R$ 5
bilhões.
Outro conselheiro contrário
às propostas do governo é o presidente do Sindicato dos Servidores
Públicos do Rio Grande do Sul (Sindisepe-RS), Claudio Augustin.
Ele declarou ser "radicalmente contra" a criação de um fundo
complementar. O sindicalista também rechaça o aumento na
contribuição dos servidores. Para Augustin, o Estado não
pode jogar o "passivo previdenciário" para o bolso do funcionalismo.
Presente no encontro de
ontem, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT), garantiu que o governo
está aberto às sugestões que se mostrem tecnicamente
viáveis. O petista disse que, apesar das divergências, há
pontos em comum entre as intenções do Piratini e as reivindicações
dos conselheiros. "Todos concordam que há rombo e que se não
fizermos alguma coisa agora a situação só vai piorar",
observa. (Fernanda Bastos e Samir Oliveira - Jornal do Comércio)
Desonerar
a folha ou sufocar a Previdência?
Nova investida, agora severa,
contra a estabilidade da Previdência Social! A pressão está
mais concentrada nos parlamentares de última geração
que, certamente, bancados pelo empresariado distante do trabalhador, querem
de qualquer forma desonerar a Folha de Pagamento da cota de responsabilidade
dos patrões, beneficiando o lucro fácil. Inicialmente, pretendem
desonerar percentual de 6%, deixando para o sacrifício final o restante.
Absurdo dos maiores esse
de, baseados em premissa mentirosa – a da possibilidade de criação
de postos de trabalho –, esfacelar as finanças do sistema público
de cobertura trabalhista e social. Uma irresponsabilidade sem precedentes:
golpear de morte a Previdência Social, estribado em que a desoneração
trará benefícios para a Economia!
Muitas isenções
têm sido concedidas sem sinal de retorno em postos de trabalho. A
prova está nos parcelamentos concedidos (em até 240 meses,
isto é, 20 anos), nos SIMPLES e SUPERSIMPLES e em outras renúncias
fiscais pouco discutidas, com benefícios unilaterais para devedores
e empresas de fachada. Também não foi ainda bem explicada
a redução de prazo de decadência para a cobrança
de dívidas de contribuintes, que despencou de dez para cinco anos.
Uma vergonha!
O empresário não
contribui, mas seus empregados continuam com direito de aposentadoria aos
30 anos, se mulher, e 35, se homem. A contribuição não
é vertida, porém os direitos são mantidos. Alguém
tem que explicar melhor essa estranha matemática, que enterra o
princípio da contrapartida: pagar sem receber o devido, ou não
pagar e receber alguma coisa. Façam isso com a previdência
complementar e veremos uma nova Enron (gigante estadunidense de energia
que falseava lucros a partir de dívidas não contabilizadas),
agora no Brasil.
O montante da Dívida
Ativa da União – onde se inclui a da Previdência Social –
beira os R$ 900 bilhões. Pouco se alcança de recuperação
de crédito a cada ano. Essa dívida seria bem maior, não
fosse a redução do prazo de decadência a que nos referimos.
O empresariado é poderoso e luta com todas as armas que tem e, para
ajudá-los, ainda veio a Lei 11.941/2009, que sobrestou ações
de cobrança em processos... Dos maiores devedores! Creiam!
Por que o FGTS continua
com os seus prazos de recolhimento preservados? Nada prescreve o direito
de a Caixa Econômica Federal cobrar, sem decadência, o que
é devido! Dois pesos e duas medidas, no trato de interesses de trabalhadores
e de programas públicos de governo.
Ao longo dos últimos
anos, os ataques aos interesses dos trabalhadores têm sido intensos.
O que seria um patrimônio íntegro e portentoso, de quando
em vez é subtraído em fatias gigantescas, como continua sendo
feito com o patrimônio imobiliário da Previdência Social.
São milhares de imóveis de grande porte, pertencentes ao
acervo da Previdência, que vêm sendo ocupados por órgãos
da própria Administração Pública – com destaque
para os do Poder Judiciário Federal. Também se encontram
instalados em próprios da Previdência Social órgãos
das administrações estaduais e municipais, empresas públicas
e outros. Uma festa!
A estrutura jurídica
dos bens previdenciários, que são dos trabalhadores, não
admite a cessão – não onerosa – de seu patrimônio.
Ele representa parte importante dos ativos, que garantem o equilíbrio
contábil do sistema. Em 1989, através da Lei 7.787, foi disciplinada
a forma de alienação dos imóveis em desuso ou desnecessários
para uso das entidades da Seguridade Social, com definição
do uso dos valores apurados, sempre em seu favor, tarefa que deveria estar
a cargo da CEF. Foi isso feito?
Não. Não se
criou o fundo previsto, bem como não se investiu em tecnologia nem
em capacitação de pessoal, conforme o disposto. Os prédios
vêm sendo cedidos (?!), reformas suntuosas têm sido feitas
e não se tem conhecimento de créditos compensatórios
da União, como forma de cobertura pela subtração desses
bens. Dilapidar, dilapidar e dilapidar, é o que se faz.
Cabe indagar: quem é
o curador do patrimônio imobiliário da Previdência Social?
Quem cuida dessa herança de todos os trabalhadores, que não
pode ser transferida para a Administração Pública
Direta porque, em sua origem, foi constituída com recursos próprios
do Orçamento da Previdência Social?
Se muitos desses imóveis
hoje vêm servindo graciosamente ao funcionamento da ‘máquina’,
‘quebrando o galho’ de vários órgãos governo afora,
é bom que, em termos de Orçamento, cada macaco permaneça
no seu. (Clemilce Sanfim de Carvalho - Anfip)
Beneficiários
por doenças passarão por perícia
Cerca de 580 mil beneficiários
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem auxílio-doença
ou aposentadoria por invalidez, concedido por medida judicial, terão
de fazer nova perícia para verificar se o auxílio deve ser
mantido. Essas pessoas devem começar a receber, entre o fim de maio
e o início de junho, carta do INSS convocando para fazer a reavaliação.
O presidente do INSS, Mauro
Luciano Hauschild, explicou nesta segunda-feira que novas perícias
são necessárias para que não haja pessoas recebendo
o benefício sem necessidade. "Em algum momento, a incapacidade reconhecida
pelo juiz cessa. Por isso, temos que reavaliar esse segurado. Se constatarmos
que ele não tem mais a incapacidade, encaminhamos esse resultado
ao juiz e ele é quem vai decidir se cessa o benefício ou
faz uma nova perícia com peritos judiciais".
De acordo com Hauschild,
as primeiras perícias devem começar a ser feitas já
no mês que vem. A expectativa do presidente do INSS é que
até o fim do ano todo o processo esteja concluído. Ele disse
ainda que essa reavaliação é importante para manter
o equilíbrio das contas da Previdência. "Isso contribui para
que não tenhamos pagamentos indevidos".
O presidente informou ainda
que há estatísticas que mostram que 70% dos beneficiários
desses auxílios por ordem judicial voltam ao trabalho depois de
reavaliados.
Segundo dados da Previdência
Social, no mês de março foram concedidos pouco mais de 14,6
mil aposentadorias por invalidez e cerca de 176 mil auxílios-doença.
(Terra Notícias)
Empresas e
Economia
AssPreviSite
Mercado
eleva previsão para taxa de juros
O mercado financeiro elevou
a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia)
para o fim de 2012, de 12,00% para 12,25% ao ano, segundo o boletim Focus,
divulgado ontem pelo Banco Central (BC). Para o encerramento de 2011, as
previsões continuaram apontando taxa de 12,50% ao ano. Atualmente,
a Selic está em 12,00% ao ano.
Embora o mercado tenha aumentado
a expectativa para o patamar da Selic no fim de 2012, os analistas mantiveram
em 5% a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) em 2012. Para 2011, no entanto, o mercado financeiro reduziu
levemente a projeção para a inflação oficial,
segundo o boletim Focus. A expectativa para a taxa neste ano caiu de 6,37%
para 6,33%, em um patamar ainda distante do centro da meta de inflação,
que é de 4,50% para o ano. A meta tem margem de tolerância
de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. No caso da inflação
de curto prazo, o mercado elevou de 0,43% para 0,45% a previsão
para o IPCA de maio de 2011.
O mercado financeiro manteve
a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
em 2011, em 4,00%, segundo o boletim Focus. Para o ano que vem, a projeção
para o crescimento da economia recuou de 4,25% para 4,21%. A estimativa
para o crescimento da produção industrial em 2011 passou
de 4,04% para 3,78%. Para 2012, a projeção para a expansão
da indústria subiu de 4,58% para 4,68%.
Para o mercado de câmbio,
os analistas preveem que o dólar encerre 2011 em R$ 1,62, valor
igual ao estimado na semana anterior. A projeção do câmbio
médio no decorrer de 2011 seguiu em R$ 1,61. Para o fim de 2012,
a previsão para o câmbio permaneceu em R$ 1,70.
Contas externas
O mercado financeiro manteve
a previsão para o déficit nas contas externas em 2011. A
previsão para o déficit em conta corrente neste ano passou
seguiu em US$ 60,00 bilhões. Para 2012, o déficit em conta
corrente do balanço de pagamentos foi de US$ 69,50 bilhões
para US$ 70,00 bilhões.
Já a previsão
de superávit comercial em 2011 caiu de US$ 18,05 bilhões
para US$ 18,00 bilhões. Para 2012, a estimativa para o saldo da
balança comercial permaneceu em US$ 10,00 bilhões. Analistas
elevaram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED)
em 2011, de US$ 46,00 bilhões para US$ 50,00 bilhões. Para
2012, a previsão seguiu em US$ 45,00 bilhões.
(Agência Estado)
Analistas
agora preveem inflação menor
Pela primeira vez em oito
semanas, projeções para o indicador estão mais baixas;
aposta é de 6,33% para 2011
Variações
menores de preços de alimentos e combustíveis, como o álcool,
tendem a aliviar o bolso do consumidor
Depois de oito semanas seguidas
apostando em uma taxa de inflação cada vez mais alta para
o ano, economistas ouvidos pelo Banco Central cederam e, pela primeira
vez, reduziram suas estimativas para o índice.
Segundo a pesquisa Focus,
feita semanalmente, a maior parte dos agentes do mercado espera que a inflação
ficará em 6,33% no ano, contra estimativa de 6,37% na semana anterior.
O resultado se deve ao fato
de que a inflação de abril ficou abaixo da esperada. Na última
sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelou
que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,77%.
Economistas previam uma
variação de 0,81% no período, e tiveram que ajustar
suas estimativas.
Segundo Silvio Campos Neto,
economista da Tendências, aspectos sazonais favoráveis, como
a acomodação no preço dos alimentos e a queda esperada
dos combustíveis, em função da safra da cana-de-açúcar,
devem ajudar a reduzir a inflação.
Ele espera que o indicador
fique abaixo de 0,50% nas próximas medições mensais.
"Mas isso ainda não
sinaliza uma mudança na visão dos agentes. O estrago já
foi feito e essa melhora não mostra que a batalha está ganha",
avalia.
DESACELERAÇÃO
A Fundação
Getulio Vargas divulgou ontem que os preços no atacado já
começaram a desacelerar, o que poderá suavizar os repasses
para os consumidores nos próximos meses.
O IGP-DI (Índice
Geral de Preços-Disponibilidade Interna) de abril subiu 0,50%. Os
preços do atacado, que têm forte peso na composição
do índice, subiram 0,24%, ante 0,60% no mês anterior.
O economista da FGV Salomão
Quadros explicou que a alta das commodities agrícolas já
chega perto de um limite. Segundo ele, a expectativa é que haja
um período de estabilização das cotações,
e que alimentos pressionem menos daqui para a frente (ANA CAROLINA
OLIVEIRA e CIRILO JUNIOR - Folha de S.Paulo)
Inflação
pelo IGP-DI é de 0,50% em abril
A inflação
medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
(IGP-DI) perdeu força em abril. O índice registrou alta de
preços de 0,50% no mês passado, após avançar
0,61% em março, segundo informou ontem a Fundação
Getúlio Vargas (FGV). A taxa mensal do IGP-DI veio dentro das estimativas
dos analistas, que esperavam uma elevação entre 0,30% e 0,53%.
A mediana das expectativas apontava taxa de 0,44%.
Embora não seja mais
usada para reajustar as tarifas de telefone, a taxa acumulada do IGP-DI
ainda é utilizada como indexador das dívidas dos Estados
com a União. Com o resultado divulgado hoje, o indicador acumula
alta de 3,07% no ano e de 10,84% em 12 meses.
No caso dos três indicadores
que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor
Amplo - Disponibilidade Interna (IPA) subiu 0,24% em abril, após
registrar alta de 0,60% no terceiro mês do ano. Por sua vez, o Índice
de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) teve
aumento de 0,95% no mês passado, ante alta de 0,71% em março.
Já o Índice Nacional do Custo da Construção
- Disponibilidade Interna (INCC-DI) apresentou alta de 1,06% em abril,
em comparação com a taxa positiva de 0,43% em março.
O período de coleta de preços para o IGP-DI de abril foi
do dia 1º ao dia 30 do mês passado. (Alessandra
Saraiva - Agência Estado)
IGP-DI
perde força e fecha abril com alta de 0,5%
Com a deflação
dos preços agropecuários ao produtor, a inflação
medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
(IGP-DI) perdeu força em abril, fechando em 0,5%, abaixo do 0,61%
do mês anterior. No ano, o indicador está em alta de 3,08%
e em 12 meses, de 10,86%. Já os preços industriais ao produtor,
os preços ao consumidor e o custo da construção mostraram
aceleração em abril.
O IPA agropecuário,
que subira 1,08% em março, caiu 0,66%, num quadro marcado pela recuo
expressivo das cotações de produtos como soja, tomate, laranja,
abacaxi, algodão, bovinos e aves. Os preços do algodão
em caroço, por exemplo, caíram 10,35% e os da laranja, 23,57%.
O IPA industrial subiu 0,58%,
mais que o 0,42% do mês anterior. Um dos destaques da alta foi o
minério de ferro, com aumento de 3,33%. Também subiram com
mais força itens como couro e calçados, produtos derivados
de petróleo e álcool, produtos de metal e máquinas,
aparelhos e materiais elétricos, como nota relatório da LCA
Consultores.
A alta dos preços
ao consumidor foi bastante salgada - 0,95%, acima do já elevado
0,71% de março. As maiores fontes de pressão vieram de alimentos,
vestuário e transportes e saúde e cuidados pessoais, todos
com alta superior a 1%. Alimentos, por exemplo, subiram 1,04%, enquanto
transportes avançaram 2,1%, com aumento de 5,98% da gasolina e de
10,47% do álcool combustível.
O custo da construção
também teve aceleração significativa, de 0,43% em
março para 1,06% em abril. O item mão de obra foi o maior
responsável, com variação de 1,74%. No mês anterior,
o aumento tinha sido de 0,37%. (Valor Online)
Tempo de indecisão
A esta altura já
está caracterizado que a grande mudança na política
econômica do novo governo parece ser a maior disposição
em correr maiores riscos em relação à inflação.
Não chega a ser uma mudança radical, mas também não
é pouca coisa. A concepção básica que sustenta
o argumento não deixa de ser tentadora. É, sem dúvida,
atraente a ideia de que os juros não devam subir muito para não
frustrar a sensação de bem-estar que criou condições
propícias para a vitória do governo em 2010. Os salário
crescem, as empresa lucram, a arrecadação sobe e o desemprego
nunca foi tão baixo. Por que estragar a festa, agora que deu certo?
Um pouco mais de inflação
em troca de um pouco mais de crescimento pode parecer um bom negócio,
principalmente se a pressão inflacionária for passageira,
fruto de choques de oferta. Ou seja, o governo poderia errar de duas formas.
Pode superestimar a ameaça da inflação, elevar os
juros de forma significativa para perceber mais adiante que sacrificou
desnecessariamente o crescimento. Pode também não subir tanto
os juros e ser surpreendido no futuro com uma inflação mais
alta. Tudo sugere que o governo prefere correr o segundo risco. Por que?
A resposta mais ingênua
para essa pergunta é imaginar que se trata de uma subordinação
do Banco Central (BC) às conveniências políticas de
momento, o que reduziria o dilema à uma mera questão de hegemonia
e remeteria a discussão ao campo da independência ou autonomia
da autoridade monetária. É mais complicado que isso. Há,
pelo menos, três razões que podem dar uma pista melhor. A
primeira é também a mais óbvia. Talvez o BC saiba
de coisas que ninguém sabe. Talvez, de fato, a ameaça de
uma inflação mais alta não seja tão premente,
o preço das commodities caia logo e possamos caminhar suavemente
para o centro da meta ao longo de 2012.
Governo heterogêneo
e multifacetado que prefere fazer um pouco de cada coisa, comprar tempo
e pagar para ver
O problema dessa explicação
é que, justamente porque é competente, é improvável
que a autoridade monetária desconheça que os preços
das commodities podem novamente ficar pressionados a partir do início
de 2012, assim como tem plena consciência de que o aumento do salário
mínimo na casa dos 14% no próximo ano não vai ajudar
em nada a necessária contração da demanda.
Da mesma forma, o Banco
Central certamente conhece, melhor que o mercado, a impossibilidade de
se promover um corte nominal nas despesas públicas, seja pelo estreito
raio de manobra contábil, seja pela necessidade de acomodar tensões
políticas inevitáveis em um governo de coalizão que
conta com dez (dez!) partidos. Também sabe que o alinhamento de
planetas que permitiu a conjugação entre forte crescimento
com inflação relativamente baixa em 2010 não vai durar
para sempre. Em algum momento, os juros internacionais subirão e
as virtudes do Brasil poderão ser percebidas com menor entusiasmo
- o BC sabe disso tudo.
Outra alternativa é
imaginar que mudou o cálculo político que permeia esse tipo
de decisão. Talvez o novo governo avalie que sacrificar crescimento
é mais pernicioso, do ponto de vista de seus aliados e eleitores,
do que uma inflação mais alta. Ou, dito de outra forma, o
ônus de uma inflação mais alta seria mais do que compensado
pelo benefício de um crescimento ainda vigoroso. Isso poderia ser
verdade se estivéssemos às vésperas de uma eleição
importante, quando tipicamente o futuro tem menos valor e o curto prazo
predomina sobre os problemas que se materializarão mais adiante.
Mas não só
estamos em início de governo, quando se espera mais maldades, como
todos sabemos que uma inflação maior agora pode comprometer
o crescimento justamente quando ele será mais necessário,
combinando o pior dos dois mundos na época da campanha eleitoral.
O eleitor vota com o bolso e a redução da renda real não
ajudaria em nada o governo. Os deputados e senadores sabem bem isso.
Parece mais crível
a hipótese de que a postura mais gradualista reflita apenas a enorme
dificuldade em se adotar uma estratégia mais agressiva diante da
complexidade do quadro com que se defronta o governo. Com efeito, não
há nada simples que possa ser feito. O corte de gastos públicos,
por exemplo, visto como alternativa ideal pelo mercado, é na prática
pouco viável, não por falta de "vontade política"
mas por restrições institucionais conhecidas dos especialistas.
É urgente e absolutamente
necessário controlar o ritmo de expansão da despesa pública,
mas a margem de manobra é pequena mesmo se o governo pudesse jogar
todas suas fichas nessa aposta. Pesar a mão em novas medidas de
contenção de crédito, para tornar menos necessária
a elevação dos juros, poderia trazer dúvidas sobre
a saúde de parte do sistema financeiro, o que é prejudicial
a todos. Muito cuidado nessa hora - não para atender ao interesse
dos bancos, mas para assegurar a tranquilidade dos depositantes. Exagerar
no controle de capital externo como forma de abrir espaço para juros
mais altos sem provocar nova valorização cambial poderia
assustar investidores estrangeiros e, na ausência de um mecanismo
que permita aferir a dosagem apropriada, pressionar o câmbio e a
própria inflação. Da mesma forma, elevar os juros
em exagero pode, na outra ponta, provocar uma nova rodada de valorização
do real e aguçar os problemas de competitividade de parte significativa
da indústria, com repercussões sobre o emprego e a renda
de um setor que sabe vocalizar suas reivindicações.
Poucas vezes a política
econômica esteve enredada em tantas escolhas mutuamente restritivas.
Em suma, tudo sugere que o gradualismo, mais do que a ignorância
dos riscos ou a ousadia de querer corrê-los reflita apenas o estreito
raio de manobra da política econômica de um governo heterogêneo
e multifacetado que, dardejado por múltiplas solicitações
e restrições, prefere fazer um pouco de cada coisa, comprar
tempo e pagar para ver. Muito provavelmente teremos ainda novas rodadas
de restrição ao crédito, limitações
à entrada de capitais, tentativas de conter o crescimento dos gastos
do governo e elevação de juros. Dará certo? A resposta
virá com o tempo - pouco tempo. (Luis Eduardo Assis
- Valor Online)
Mercado Financeiro
www.itauinstitucionais.com.br
III
Encontro de Previdência Complementar - Sul
Neste primeiro semestre,
os Fundos de Pensão da Região Sul estarão oferecendo
mais uma oportunidade para que os gestores das EFPCs e demais profissionais
do segmento troquem informações, compartilhem experiências,
aprimorem conhecimento e ampliem o diálogo sobre temas de real importância
e interesse comum.
Questões pertinentes
às expectativas futuras para o Sistema, tais como: Oportunidades
de Investimentos e Riscos decorrentes; Desafios no Controle e no Monitoramento
de Riscos; Reorganização de Planos de Benefícios e
Tendências; Conflitos que envolvem a Previdência Complementar
e Comunicação, Comportamento e Relacionamento com o Participante,
serão objeto de debate e reflexão na edição
do IIIº Encontro de Previdência Complementar da Região
Sul, com a temática: Gestão, Relacionamento e Inovação,
que acontecerá de 06 a 08 de junho de 2011, no Hotel Serrano, em
Gramado/RS.
Em breve a programação
deste Encontro estará sendo divulgada. As inscrições
serão gratuitas e as vagas limitadas. (Diário dos Fundos
de Pensão)